Lunda Sul

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Lunda Sul é uma das 18 província de Angola e está dividida administrativamente, localizada no nordeste do país.

Capital: Saurimo
Municípios:
 Cacolo, Saurimo, Dala, Muconda.
Clima:
 Tropical úmido.
Área:
 77 637 Km²; altitude de 1.096 metros acima do nível do mar.
Minerais:
 Diamante, manganésio e ferro.
Pastorícia:
 Bonivicultura de Carne.

Lunda Sul – História

Lunda Sul é uma província de Angola localizada no nordeste do país. Antes da chegada da colónia portuguesa, as terras da Lunda Sul eram território de vários povos bantos, dos Chocue, de etnias gangalãs e de algumas frações Luba. Estes três povos começaram a organizar-se politicamente no século XVI.

Lunda Sul localiza-se na zona do planalto, caracterizada por relevos não superiores a 1000m de altitude.

Saurimo era a antiga capital da província da Lunda, mas com a sua divisão em duas províncias (Lunda Sul e Lunda Norte), manteve-se como capital da Lunda Sul em 1978.

Lunda Sul tem 10 comunas em particular: Mona Quimbundo, Chiluage, Muriege, Cazage, Luma-Cassai, Alto-Chicapa, Xassengue, Cucumbi, Sombo-Sur, Cassai e Dala.

Principal Produção: Agrícolas arroz, mandioca, milho, horticultura; Abacateiro, Amendoim, Ananás, Batata-Doce, Feijão Cutelinho, Goiabeira, Mandioca, Mangueira, Hortícolas, Recursos Madeireiros, (Floresta tropical), Pinheiro, outros pecuária;

No setor agrário, a província tem condições edaf-climáticas para o cultivo de raízes, tuberculos, leguminosas e cereais com destaque para a cultura do arroz.

É importante a reabilitação e apetrechamento destas capatazias que serviram para o apoio técnico material e fomento da produção agrária das famílias camponesas que paulatinamente se reinstalaram nas suas áreas de origem.

Encontra-se normalizada as comunicações interprovincial com o resto do país.

Lunda Sul é uma terra de mistério antigo, parece ter sido primitivamente habitada pelos pigmeus, hoje encontrados um pouco mais a norte, na região dos grandes lagos.

Esses primitivos habitantes viriam a ser deslocados definitivamente pelas várias tribos bantu que na sua migração para sul ocupariam a totalidade do território de Angola.

Para além do rio Lalua. viviam várias comunidades de um povo vindo do nordeste – os bungos – subordinados a chefes, que, não obstante independentes, ouviam e respeitavam o mais velho chamado lala Mácu, estando assim em embrião a formação de um novo estado, o da Lunda ou Runda.

Este velho laia foi agredido, um dia, por dois dos seus filhos Quingúri e lala – quando embriagados e dessa agressão sobreveio-lhe a morte.

Antes de morrer, porém, indicou sua filha Lueji como sucessora e pediu aos outros chefes que a amparassem e aconselhassem, visto ser ela ainda nova e inexperiente, evitando que os irmãos se apoderassem do lucano (bracelete insígnia usada pelo chefe).

Precisava Lueji de escolher um homem para pai dos seus filhos, mas não o encontrava do seu agrado, até que nas suas terras apareceu um caçador de nome llunga, filho de Mutumbu, potentado da Luba, que foi o escolhido e o progenitor de Noeji, o primeiro Muatíânvua.

As divisões no novo estado cedo começariam com Quinguri que não querendo sujeitar-se à autoridade da irmã e do estrangeiro a quem ela se unira, deliberou com alguns parentes mais afeiçoados abandonar as suas terras e ir organizar, longe dali, um novo e forte estado, cujas forças pudessem mais tarde vencer as do Muatiânvua.

Outro grupo descontente, chefiado por Andumba, partiria mais tarde para com as gentes de Quinguri se juntar.

No seu caminho para oeste viriam a encontrar, no entanto, forças hostis que provocaram alteração na rota inicial, havendo então um retrocesso para leste, espalhando-os até ao rio Cassai e dando origem a diversas tribos que tomaram o nome dos rios nas margens dos quais se estabeleceram.

A esta gente os lundas designavam por aioco, que se pode interpretar por expatriado, e tal palavra evoluiria para quioco.

Sentindo Lueji o novo estado do Muatiânvua ameaçado pelos de Quinguri, que entretanto ia aumentando de poderio, mandou expedições de gente armada – as chamadas “guerras”, comandadas por parentes de absoluta confiança, em diversos rumos, a fim de ampliar os seus territórios e sujeitar outras tribos à sua obediência.

Por este motivo, para ocidente, foi Andumba, seu primo, a quem deu o título de Capenda Muene Ambango, que se demorou próximo ao rio Luachimo, atraindo a si outras gentes, sempre em ligação com a Mussumba.

Pela sua morte, ali, sucedeu-lhe sua sobrinha Mona Mavoa, que continuou o avanço para poente, chegando ao rio Cuango.

Dela descendem os Capendas: Capenda-ca-Mulemba, Capenda-Malundo e Capenda-Cassongo. todos estabelecidos ao longo deste rio reconhecida em 1907 a existência de diamantes nos vales de alguns rios que, correndo em Angola.

Penetram no Congo Belga. previu- se que o rico mineral existiria. também em território angolano e por tal motivo fundou-se a Companhia de Pesquisas Mineiras de Angola, à qual fora dada concessão para esse fim e que em 1913 fez avançar para a Lunda uma expedição chefiada pelo seu representante em Luanda. O então capitão de artilharia António Brandão de Melo.

Partindo de Camaxilo para leste, chegou ao rio Luachimo e aí estabeleceu uma estação que serviria de base aos reconhecimentos a efetuar e para se ligar aos engenheiros vindos do Congo Belga.

A descoberta dos primeiros diamantes em Angola, foi registada em Novembro de 1912 quando dois geólogos da empresa Forminière encontraram 7 diamantes no ribeiro Mussalala, tendo sido no mesmo ano constituída a PEMA (Companhia de Pesquisas Mineiras de Angola). As primeiras explorações tiveram lugar no rio Chicapa e seus afluentes.

Em Outubro de 1917 foi criada a DIAMANG que registou no seu primeiro ano a produção de 4. 110 quilates. A produção bateria o seu record em 1971 com 2 413 021 quilates. Em Janeiro de 1981 foi criada a ENDIAMA que substutuiria total e definitivamente a Diamang em 1988.

A divisão administrativa de hoje dIvide as Lundas em duas Províncias:

Lunda Norte com a capital em Lucapa e;
A Lunda Sul, em Saurimo.

O setor dos diamantes de Angola tem sido dos mais afetados pela situação de guerra e posterior instabilidade que o País tem atravessado. A Região das Lundas tem sido das mais afetadas.

O preço da guerra provocou uma comercialização anárquica e em grande escala fomentada por numerosos dealers ilegais que catalizaram o desenvolvimento não só da garimpagem, mas também o desvio de importantes quantidades de diamantes para o exterior do País, em total prejuízo para o Estado.

O Programa de Estabilização do Setor dos Diamantes (PROESDA) deu origem às Leis 16/94 e 17/94, que complementando a Lei Quadro 1/92, definem a orientação para o setor.

Assim, a Endiama, deixando uma situação de controlo absoluto, associou-se a vários parceiros na propecção e pesquisa de diamantes.

Os povos lunda-quiocos herdaram fabulosa riqueza etnográfica e a sua escola esculturica é das mais notáveis de toda a África.

Estes povos construíram uma civilização ara além das fronteiras de Angola, conhecidos internacionalmente por Tchokwe.

A arte Tchokwe foi disseminada por coleccionares pelos cinco continentes e está presente nos maiores museus.

Lunda Sul – Indústria

Materiais de Construção; O atual parque industrial da província é constituído pela Sociedade Mineira de Catoca cuja atividade principal é a extracção de diamantes.

Comércio formal é constituído por uma rede que exerce atividade apenas nas sedes municipais de Saurino e Cacolo. Setor de turismo circunscreve-se a cidade de Saurimo.

Lunda Sul – Estradas e Pontes

Os troços que ligam os Municípios à capital da Província, têm uma operacionalidade relativa mais operante. Urge a construção de uma ponte sobre o rio Cuilo.

Recentemente inaugurou-se a ponte sobre o rio Cacuilo na Estrada Nacional que permitiu o restabelecimento das atividades entre as Províncias do Leste à Capital e outras cidades do Litoral.

Lunda Sul – Geografia

Lunda SulMapa de Lunda Sul

província da Lunda Sul tem uma área de 77 636 km² e a sua capital é Saurimo.

A província está atualmente subdividida em 4 municípios que são os seguintes:

Dala
Kakolo
Mukonda
saurímus

Lunda Sul – Clima

O clima da província é predominantemente tropical-úmido, com temperaturas variando entre 34ºc máxima e 22ºc mínima.

Localizada a uma altitude de 1.134,55 metros acima do nível do mar, a Lunda Sul tem um clima Tropical úmido e seco ou de savana.

A temperatura anual da cidade é de 24,84ºC e é 0,47% superior às médias de Angola.

Lunda Sul normalmente recebe cerca de 99,94 milímetros de precipitação e tem 173,72 dias chuvosos (47,59% do tempo) anualmente.

Lunda Sul – Cultura

No domínio da cultura, existem vários grupos de dança, centros recreativos, grupos musicais, grupos de teatro, bem como monumentos de arquitetura civil e religiosa e sítios históricos.

Lunda Sul – Economia

A principal atividade económica é a extração de Diamantes. Manganês e ferro são outros recursos minerais explorados.

Lunda Sul – Natureza

As florestas são densas e perenes, acompanhando os interflúvios ou as nascentes dos rios. Aqui ainda é possível ver savanas arbustivas, savanas arborizadas e florestas secas.

A província possui diversas espécies de animais: elefantes, golungos, nunces, palancas vermelhas, hipopótamos, leões, jacarés, crocodilos, onças, cabras, gatos selvagens e cobras, como pítons, cobra voadora, surucucu, cusdeira, entre outras.

Em relação às aves, é possível observar abutres, andorinhas, águias, cegonhas, garças, martas, pintadas, perdizes, patos selvagens, entre outros.

Os rios mais importantes da província são o Mombo, o Rio Luachi, o Chicapa, o Luachimo, o Chiumbe e o Rio Cassai, que nasce na região do Alto Chicapa, a uma altitude de 1.300m.

Os outros rios são Muanguês, Cuango, Luó, Luavuri, Cucumbi e Luzia.

Na maioria desses rios é possível a prática da pesca esportiva.

Lunda Sul – Como chegar

Existem duas formas viáveis de chegar à província da Lunda Sul. Para quem vem do estrangeiro, o ponto de partida é a cidade de Luanda, que é a capital de Angola, a cerca de 1.040 km e Lucapa, a 135 km de Saurimo. Luanda é o ponto de intersecção que liga as outras províncias. Para viajar de avião a partir de outra província que não seja Luanda, é necessariamente necessário realizar primeiro um voo com escala para Luanda.

Por um lado, temos o transporte aéreo como um dos meios a utilizar para chegar à província. Existe um aeroporto (Aeroporto Deolinda Rodriguez), em Saurimo, para aviões de pequeno e grande porte.

Para adquirir um bilhete de avião a TAAG deverá chegar ao aeroporto doméstico de Luanda com destino à Lunda Sul ou ainda poderá fazer a reserva online.

Por outro lado, é possível chegar à província por via rodoviária. Saindo de Luanda, chega-se a Saurimo via Malange. Para adquirir o bilhete para a Lunda Sul é necessário chegar a uma das lojas da empresa interprovincial de autocarros Macon, com lojas em Gamek-vila, Golf2 Kimbango, Camama e outras agências distribuídas pela cidade.

Fonte: www.consuladodeangola.org/welcometoangola.co.ao/weatherandclimate.com/notesread.com

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