Tunísia

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Capital: Túnis
Idioma: árabe e francês
Moeda: dinar tunisiano
Clima: árido e mediterrâneo

Tunísia – História

Situada na costa do mar Mediterrâneo, no extremo norte da África, a Tunísia é uma das nações mais liberais do mundo árabe: as mulheres têm direitos civis e não precisam usar o tradicional véu sobre o rosto, o châdor. Uma minoria de nômades berberes vive no país.

Tunísia guarda marcas da presença de diversas civilizações. Uma das principais são as ruínas de Cartago, a antiga cidade-Estado fundada pelos fenícios, próxima de Túnis, a ocidentalizada capital.

No norte, ocupado pelos montes Atlas, corre o único rio perene do país, o Medjerda.

Em seu vale se desenvolve a atividade agrícola, que emprega 30% da mão-de-obra. Na região central existe um imenso lago quase sempre seco – o Jerid – que divide ao meio o território da Tunísia.

No deserto do Saara, ao sul, o dromedário constitui o meio típico de transporte.

O subsolo tunisiano contém significativas jazidas de fosfato e petróleo.

Os árabes chegam no século VII da Era Cristã e fazem da cidade de Túnis o centro da religião islâmica no norte da África.

Tunísia goza de uma situação privilegiada que têm determinado que desde a antigüidade seja ponto de encontro de numerosas civilizações mediterrâneas.

O território onde se localiza a Tunísia é colonizado no ano 1000 a.C. pelos fenícios, povo de origem semita, que estabelece na região um importante entreposto comercial do mar Mediterrâneo, Cartago.

Sua destruição pelos romanos, em 146 a.C., marca o fim da ocupação fenícia.

A região passa, então, a fazer parte do Império Romano.

Em 1574, a Tunísia incorpora-se ao Império Turco-Otomano e permanece administrada por governadores turcos (beis) até 1881, quando se converte em protetorado da França. Em 1956, a França concede independência à Tunísia.

Os fenícios fundaram Cartago (perto da atual cidade de Tunis) em 814 aC, e logo dominaram o Mediterrâneo.

Em 146 aC Cartago foi conquistada pelos romanos (Terceira Guerra Púnica), destruída e depois reconstruída.

Em 439 dC, os vândalos, originalmente uma tribo germânica, capturaram a cidade, e é usado como base para invadir todo o Mediterrâneo (incluindo o saque de Roma em 433 dC).

Em 534 Cartago foi tomada pelo Império Bizantino (também conhecido como Império Romano do Oriente).

Em 670 os árabes islâmicos invadiram a região e fundou Kairouan.

No seu auge, a capital Kairouan foi considerada a cidade mais importante terceiro Islâmica (depois de Meca e Medina) e era um centro de aprendizagem do Alcorão.

De 800 até o século 16 Tunísia (Kairouan) foi governado por uma série de dinastias: Aghlabite, fatímida, e Zirid.

Tunis foi capturado pelos espanhóis em 1535 (e novamente em 1573) e em 1574 tornou-se parte do Império Otomano.

No início do século 18 o país era governado, mais ou menos independente, pelos Beys de Tunis.

A região foi reconhecida como uma esfera de influência da França no Congresso de Berlim 1878, e tornou-se um protetorado francês em 1883.

Em 20 março, 1956 Tunísia ganhou a independência sob o governo de Pasha Bey Muhammad al-Amin.

Em 25 de Julho de 1957, a líder nacionalista e primeiro-ministro, Ali Habib Bourguiba, depôs o Bey e tornou-se presidente da nova República da Tunísia.

Durante sua presidência, Bourguiba introduziu reformas políticas, como voto para as mulheres e educação gratuita, e manteve um socialista, secular, e, finalmente, uma regra muito autocrático.

Em 1975, o parlamento da Tunísia votou para fazer Bourguiba “presidente vitalício”.

Primeiro-ministro da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, deram um golpe contra Bourguiba em 7 de Novembro de 1987 e foi presidente desde então – estilo contínua Boruguiba de governo.

Tunísia – Pré-história

Tunísia foi habitada desde tempos pré-históricos. Vestígios da presença humana foram encontrados nas camadas mais profundas do Paleolítico.

Seus primeiros habitantes conhecidos são berberes da migração da população da Líbia a partir do sul. Sua chegada é confirmado pelo menos 4000 aC

Sem dados concretos se crê que, como no resto da África setentrional, Tunísia deve ter sido colonizada pelos primeiros homens há aproximadamente um milhão de anos.

Porém seus primeiros restos conhecidos pertencem ao Paleolítico Inferior de onde nos têm chegado os bifaces de Gafsa.

Em estes tempos o clima da Tunísia era mais parecido ao da África Equatorial com grandes períodos de calor e abundantes precipitações e uma paisagem de savanas no que habitava uma fauna parecida à de Kenia na atualidade, com búfalos, elefantes, leões e hipopótamos, entre outros animais.

Com as glaciações européias no Paleolítico Médio, o clima do país se volta mais suave e são abundantes os bosques que substituíram as savanas. Durante este período se desenvolve o Ateriense, a primeira civilização pré-histórica do Magreb e do Sahara.

Logo aparece um regionalizo nas civilizações pré-históricas com culturas epepeleolíticas como o iberomauritánico, do tipo Cro-Magnhon, e o Capsiense, do tipo mediterrâneo.

Ambas são culturas completamente diferentes e se repartem o Magreb durante aproximadamente os 10.000 anos que precedem à era cristã.

Em tempos posteriores, três milênios antes de Cristo, com a dessecação do Sahara, chegaram homens de outros povos. Destes encontros surge a cultura líbica ou protolíbica, a quem os romanos chamavam “barbarus”, derivando-se de aqui o término beréber, nome tradicionalmente aplicado à população da parte noroeste da África entre o Mediterrâneo.

Tunísia – Os Cartagineses e as Guerras Púnicas

Os fenícios, povo comerciante da Ásia Menor, se estabeleceram na África setentrional desde o século XII a.C. em modestas colônias, que funcionavam como acampamentos de descanso em suas viagens a Gades, a atual Cádiz.

A colonização inicia-se com a fundação de Cartago no ano 814 a.C. por habitantes do reinado de Tiro, e em pouco tempo se converteu na capital de uma república marítima que estendia suas redes comerciais pela Espanha mediterrânea e pelo norte da África. Esta primazia provocou a rivalidade com Roma, dando inicio às Guerras Púnicas, mantidas entre Roma e Cartago pela possessão de Sicília e as rotas comerciais.

Na primeira delas, entre os anos 264-241 a.C. Cartago perdeu as ilhas de Sicília, Cerdenha e Córcega. A segunda Guerra Púnica, que se desenvolveu entre os anos 218-202 a.C., têm seu ponto de partida nas localidades de Sagunto e Valência, colonizadas por Aníbal.

Este general, para adiantar-se aos romanos, cruza os Pirineos e os Alpes saindo vitorioso nas cidades de Tesino, Trebia, Trasimeno e Cannas chegando até as portas de Roma.

Os romanos enviaram a Escipão o Africano e Aníbal, que havia voltado da Itália, foi derrotado em Zama no ano 202 a.C.

Os contra-ataques deram de novo a vitória aos romanos, graças ao apoio de um chefe beréber chamado Masinissa, que era o rei dos Numidias e Cártago aceitou uma paz humilhante e perdeu todas as colônias e parte de seus territórios africanos.

A meados do século II a.C. os cartagineses atacaram aos Numidias, que os acossavam constantemente, e Roma declarou o que seria a terceira Guerra Púnica, que teve lugar entre os anos 149-146 a.C., sendo uma guerra curta e decisiva. As legiões romanas sitiaram a cidade de Cartago e depois de uma persistente resistência, no ano 146 a.C., a vila foi destruída definitivamente por Escipão Emiliano após um arrepiante suicídio coletivo.

Tunísia – O Domínio Romano

Cartago foi reconstruída mais tarde chegando a ser capital da província da África romana, a faixa da Tunísia próxima ao mar.

Os romanos outorgaram a liberdade às antigas cidades cartagineses para evitar conflitos com os Numidias aos que venceram em Yugarta.

Foi durante o domínio de César quando Cartago foi reconstruída depois de anexar-se o resto do norte de África, brilhando com resplendor desde o século I até o século VI. Então surgiram cidades como Thugga, Thuburbo, Majus, Regia e Maktar.

A riqueza da província não se devia ao comércio, como na época púnica, senão à agricultura. Como Egito, a província se constituiu no celeiro de Roma o que fez que Cartago chegara a ser a terceira cidade em importância do império, depois de Roma e Alexandria.

Com a queda do Império Romano o território africano seguiu as mesmas vicissitudes e no ano 429 de nossa era os vândalos assaltaram e tomaram Cartago.

Tunísia – Vândalos e Bizantinos

Procedentes de Andaluzia, os vândalos conduzidos por Genserico conquistam a província romana de África. Porém, depois da morte de seu líder no ano 447, seus seguidores foram incapazes de prosseguir sem ele.

Os vândalos que subsistiam, fundamentalmente, graças pirataria e devido à anarquia que reinava entre eles não conseguiram manter sua supremacia, pelo que no ano 534, o imperador Justiniano, do Império Romano de Oriente ou Bizantino, envia uma armada ao mando do general Belisario, pondo fim ao caótico estado vândalo. Se criou, novamente, a província da África e os bizantinos conseguiram restabelecer a ordem e defender seu território dos bereberês do sul e do oeste.

Tunísia – O Domínio Árabe

No ano 647 d.C. inicia-se as primeiras incursões dos árabes, que, aos 15 anos da morte de Mahoma e movidos pelos ensinamentos do Profeta, conquistam os territórios do norte da África vencendo aos bizantinos.

Foi o califa Utmam quem decide invadir os territórios, que batizados novamente pelos árabes se chamaram grande Magreb e Ifriquiyah, a atual Tunísia. Os árabes se impuseram progressivamente e, depois da fundação de Kairuám no ano 670 e após a toma de Cartago no 698, se fizeram donos absolutos do território.

Porém, os bereberês que se converteram ao Islam o fizeram desde a rama radical kharechita ou jariyita, a qual defendia a igualdade de todos os muçulmanos, provocando ao longo do século VIII inacabáveis revoltas entre os extremistas do Islam e os sunnitas.

No ano 800, Ibrahimibm o Aghlab, fiel aos abbasíes, se impôs como Mediador entre os bereberês, pelo que o califato de Bagdade lhe concedeu o título de emir.

O período aglabí trouxe ao longo de quase um século o bem estar, a calma e o florescimento cultural ao país. Porém, os problemas de sucessão califal provocaram o nascimento de diferentes seitas religiosas, entre as que se encontravam a dos fatimíes, a frente do Abu Abd-Allah, quem em companhia dos bereberês Ketama conquistam Kairuám no ano 969. Com o tempo decide mudar e se constrói a cidade de Mahdia, situada na costa oriental Tunisiana.

Movidos pelo ideal de construir um grande estado para destruir aos abbasíes decidem fazer incursões em Egito. Trás vários fracassos, conseguem no ano 939 triunfar e fundam a cidade do Cairo, deixando a Tunísia em mãos dos ziríes bereberês.

No ano 1048 os ziríes tentam liberar-se da soberania fatimí, e se produz a ruptura com Egito. Porém, o califa do Cairo envia aos nômades salteadores de Banu Hilal, que conseguem invadir o território da Tunísia no ano 1057. Os Hilalíes devastaram por completo o país, submergindo-o na mais absoluta das anarquias.

Ao mesmo tempo os normandos ocupavam Sicília e desembarcam, finalmente, em Tunísia no ano 1148. Mas, os normandos foram expulsos no ano 1159 pelas tropas marroquinas almohades que ocupam o país.

Se inicia um curto período de prosperidade que se vê interrompido pelo filho de Abu Hafs, que com a morte de seu pai decide autoproclamar-se emir, iniciando o período Hafsida.

Tunísia – Período Hafsida

Neste período reinou a paz em Ifriqiyah, a atual Tunísia, durante 50 anos. Todos os artistas, eruditos, artesãos e camponeses andaluzes que tinham fugido da Espanha muçulmana, contribuíram decisivamente a esse período de prosperidade cultural e material. Porém, pouco a pouco, as rivalidades e os levantamentos conduziram à decadência dos hafsíes.

Tunísia – Turcos e Espanholes

Trás a reconquista de Espanha e com a recuperação de Granada, o novo reino se lança à conquista do norte de África. No ano 1535 o rei Carlos V, reconquista Tunísia e devolve o poder ao antigo rei hafsida.

Porém em 1558, o grego Dragut ocupa a Ilha de Djerba e a cidade de Gafsa em nome do sultão turco.

Depois de várias lutas os turcos e seus aliados berberiscos acabam com a dominação espanhola e no ano 1574 Tunísia é anexada ao Império Otomano. Os turcos permaneceram como donos do país até o ano 1881.

Baixo o domínio turco se produz em 1705 a fundação da dinastia dos huseinidos, que se prolongou até o ano 1855.

Tunísia – Protetorado francês

A sorte da Tunísia foi selada desde o exterior, durante o Congresso de Berlim, no ano 1878, se deu autorização a França para conquistar Tunísia. O governo francês em 1881 e de acordo a sua política imperialista converte à cidade da Tunísia num protetorado seu.

O Bey continuou ostentando o trono, mas os franceses se fizeram cargo do governo. As terras passaram a mãos dos colonos franceses, embora se respeitou aos fazendeiros tunisianos.

Os camponeses foram expulsos a terras estéreis ou bem, passaram a ser trabalhadores nas propriedades francesas.

Da miséria social e material surgiu, a início do século XX, a resistência e os movimentos independentistas dirigidos pela elite tunisiana. Em 1920 se fundou o Partido Liberal Constitucional Destour, cujos dirigentes utilizavam um tono moderado frente a França.

O advogado Habib Bourguiba, educado em França, desprezava a suave postura do Destour e no 2 de março de 1934 funda o partido Neo-desturiano, com tonos mais agressivos pelo que, rapidamente, converte-se num partido de massas.

Tunísia – Independência

TunísiaTunísia

Depois da II Guerra Mundial, Bourguiba apresentou um plano de independência escalonada, que foi desprezado por França. Porém, depois de vários movimentos populares, o 20 de março de 1956 se consegue a independência da Tunísia sem haver derramado nem uma gota de sangue. Pouco depois, o Bey nomeou a Bourguiba primeiro ministro e nesse mesmo ano o país ingressou como membro de pleno direito nas Nações Unidas.

Em 25 de julho de 1957, o parlamento destituiu ao Bey e Tunísia se converteu numa República com Habib Bourguiba como presidente. Borguiba conduzirá ao país à modernização reforçando seu prestigio exterior. Em 13 de agosto de 1956 se promulga uma das reformas mais revolucionarias da legislação islâmica, o Código do Estatuto Pessoal, que faz à mulher Tunisiana juridicamente igual ao homem.

Em 7 de novembro de 1987, dado o precário estado de saúde do presidente Habib Bourguiba passa a ocupar a presidência Zine o Abidine Bem Ali, quem empreende uma política econômica de inspiração liberal, modernizando à vez as estruturas sociais e comprometendo a seu país no pluralismo e a democracia política.

atual Tunísia está dividida em 23 governos civis, cada um deles baixo a autoridade de um governador. A agricultura, a pesca e a transformação dos produtos agrários têm uma grande importância na economia Tunisiana. O 65% da população está implicada de alguma maneira nestas atividades. Em Tunísia, além de fosfato, aproximadamente o 80% da produção minera, existem jazidas de ferro, chumbo e zinco. As principais exportações da Tunísia são os produtos cítricos, o azeite de oliva, o vinho, a sal, o enxofre e os dátiles.

O turismo é a segunda fonte de divisas do país e desempenha um papel muito importante na economia contemporânea do país.

Tunísia – Localização Geográfica

Tunísia, da mesma forma que os países da região ocidental do norte da África se denomina Estados do Magreb e que em árabe significa Oeste, com o que se designa às terras mais ocidentais do mundo árabe.

Tunísia no aspecto a tamanho é o menor deles e encontra-se situado no extremo oriental do Atlas e na margem do Mar Mediterrâneo.

Suas fronteiras estão limitadas ao nordeste com Argélia e ao sul e sudeste com Líbia, pelo norte e o noroeste com o mar Mediterrâneo.

Tunísia têm uma extensão de 164.150 quilômetros quadrados de superfície com uma largura média de 240 quilômetros, o que supõe um pouco menos de um terço da superfície total da Espanha e conta com um litoral de uns 1.300 quilômetros recortado pelos golfos da Tunísia, Hammamet e Gabes.

Existem três zonas claramente distinguidas: a zona dos Tell, que está formada pelas cadeias montanhosas deste nome, o Tell marítimo e o Alto Tell, onde predomina o relevo montanhoso, que se prolonga para a costa e onde se intercalam vales. Esta zona, devido às chuvas que aqui se produzem, permite a seus habitantes recolher uma colheita regular ao longo de todo o ano.

A segunda região é a das Estepes Centrais Altas e as Baixas, com um relevo mais baixo que a anterior e levemente acidentada pelas montanhas do norte e pelas bacias como a do Chott o Djerid; para finalmente chegar à Região do Sul, constituída pela prolongação para o norte do deserto do Sahara.

As cadeias montanhosas que seguem em direção nororiental pertencem ao sistema do Atlas, de recente movimento e, que desde Marrocos e através de Argélia, continua por Tunísia onde perde altitude de maneira clara.

Suas montanhas chegam até o Cabo Bon e ao Hinterland do Golfo de Gabes. Ao oeste se eleva a montanha mais alta do país, o Djebel Chambi com 1.554 metros.

As cordilheiras do Atlas se misturam com extensas mesetas esteparias que continuam para o interior do país num estepe plano, onde isoladamente surgem alguns maciços montanhosos como os de Djebel Orbata, com uma altitude de 1.165 metros, o Djebel Sidi com 1.029 m ou o Djebel Nara com 722 m.

A costa setentrional se caracteriza claramente pelos dois tipos de paisagem que nela pode-se admirar: Na parte ocidental, a serra que está coberta de bosques, enquanto que para o leste, comunicando-se com a região das colinas de Mogod, se estende uma zona mais bem árida e com extensos maquís.

A costa oriental pertence à região das estepes, mas o povo tunisiano têm conseguido transformá-la em férteis campos. Para o interior a região estende-se desde Zaguán até o oásis de palmeiras datileras de Zarzis, na frente da Ilha de Djerba. A diferença do Sahel setentrional em volta de Susa, a porção meridional que circunda Sfax, apresenta um clima muito mais seco submetido já à influência do Sahara.

Em direção leste-oeste e desde o Golfo de Gabes até a fronteira argelina estende-se a enorme região dos Chott, os chamados lagos salgados secos. O maior deles é o Chott O Djerid, com uma extensão de uns 5.000 quilômetros quadrados seguido de seus subsidiários Fejej e de Gharsa, no oeste.

Como os chott são alimentados pelos uadis (palavra de origem árabe que significa o mesmo que torrente seco), que levam pouco caudal de água e nunca se enchem por completo, a intensa insolação estival provoca a evaporação do líquido, pelo que a superfície destes lagos se cobre de grossas camada de sal de 3 a 5 cm de espessura, sendo possível dar um alucinante passeio.

A única rede hidrográfica importante do país encontra-se na zona norte e está formada pelo Medjerda e os afluentes Miégéle, Tessa e Siliana. Do mesmo modo destacam, o Golfo da Tunísia, “al-Túnisi”, a península do cabo At-Tib, no norte, os Golfos de Hammamet, “Al-Hammámát” e Gabes, “Al-Qábis”, no leste e o Golfo de Gabes, fechado no extremo sul pela ilha de Djerba, “Garbah”.

Tunísia – Flora e Fauna

Tunísia conta com uma variada flora e fauna devido à grande variedade de microclimas com que conta e que vão desde os desertos arenosos, passando por lagos salgados, até as zonas costeiras com diferentes ilhas.

Flora

Na zona do norte do país, sobretudo da costa oriental e setentrional, a flora é do tipo mediterrânea. Entre as muitas e chamativas plantas subtropicais encontram-se os hibiscos, as buganviles, os aromáticos jasmins, os cítricos, as oliveiras e as videiras.

Na serra norte de Kroumir, encontram-se belos bosques povoados nos que crescem os redondos sobró e as grandes azinheiras, enquanto que na zona de Mogod, crescem plantas típicas do maquís como os fetais, as urzas e as giestra. Na zona de Tabarka predominam os bosques com árvores variados como os dules, os álamos, as salgueira e os fetais.

Nas regiões altas do Atlas dominam sobretudo os zimbros e os pinos de Alepo. Na zona próxima à capital e para o sul, até Nabeul e Hammamet, em Cabo Bom, predomina a variada e chamativa flora de cultivo como jasmins, magnólias, gerânios, vinhedos, laranjeiras e limoeiros.

Na zona central, conhecida como o Sahel, as bonitas palmeiras tamarineiras são a imagem dominante. Na zona mais ocidental, para a fronteira com Argélia, predominam os vales cultivados de esparto, enquanto que nas regiões limítrofes a Monastir e Sousse se dão os hibiscos, gerânios, jasmins e oliveiras.

Na zona sul, que compreende desde a região de Gafsa até as fronteiras com Líbia e Argélia, o deserto começa a fazer ato de presença.

Na Ilha de Djerba pode-se contemplar as longas palmeiras e uma grande variedade de árvores entre as quais encontram-se as oliveiras, figueiras, granados, alforrobeiras, macieiras e os pessegueiros.

Em Gabes podem-se admirar as formosas e diversas flores todas elas próprias das areias, das dunas ou dos leitos argilosos dos rios.

Para o sul de Chott O Djerid encontram-se algumas plantas próprias das altas mesetas do Serif. Já na zona desértica o que prevalecem são as dunas, sem nenhum tipo de vegetação.

Fauna

Com relação à fauna tunisiana, as espécies de grande tamanho como os leões do Atlas, panteras, avestruzes, antílopes oryx, carneiros selvagens ou elefantes estão se extinguindo.

Enquanto que às espécies de guepardos, hienas listadas, cervos de berberia e búfalos encontram-se reduzidos a uns quantos exemplares e baixo estrita proteção do Governo tunisiano.

Na zona norte em Tabarka e na serra de Kroumir habitam javalis, raposas, lebres, chacais, gatos selvagens e montanhês. Em Nabeul e Hammamet encontram-se diferentes espécies de raposas, chacais, lebres, codornas e javalis. Por o contrário nas regiões meridionais, zonas desérticas ou pré-desérticas habitam os fenec, os gerbos do deserto, os temidos escorpiões, as perigosas víboras cornudas, numerosas espécies de serpentes, o zorreig, ao que temem especialmente os nômades, e os camaleões. Com respeito ao famoso macaco magot somente pode-se ver nos chotts meridionais.

Uma das espécies mais características e apreciadas pelos tunisianos é o dromedário, introduzido desde Ásia há mais de 1.500 anos, este animal têm adaptado perfeitamente ao meio e é, sem dúvida, um exemplar fundamental na cultura do deserto, pois a existência dos nômades que está cada vez mais reduzida, depende em boa parte deles.

Desta espécie se aproveita a pele, a gordura, a água, os excrementos para o fogo e a construção das choças, leite e a carne, além de ser um excelente meio de transporte para atravessar os áridos desertos.

Entretanto, o mais interessante da Tunísia é sua ornitofauna, com mais de 400 espécies de aves. Nos lagos existem multidões de anátidas, limícolas, flamingos ou estorninos, que em primavera criam nas áreas meridionais dos chott. Cabo Bon acolhe uma grande riqueza de pássaros diversos como ratoeiros ou falcões.

Enquanto as garcetas, os chorlitejos patinegros, os tarros brancos e as gaivotas vivem de maneira permanente em Tunísia. As aves migratórias como as cegonhas ou as andorinhas passam todo o inverno no país.

Na época da migração os céus tunisianos oferecem um espetáculo impressionante com milhares de aves voando para seu destino.

Fonte:  www.colegiosaofrancisco.com.br/ www.rumbo.com.br/www.tendarabe.hpg.ig.com.br/news.bbc.co.uk/www.tunisie.online.fr

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