Maurícia

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Maurícia – História

Se alguma coisa pode definir a história de Maurícia é o fato de ter sido considerada durante muitos anos um lugar de provisionamento de navegantes holandeses franceses e ingleses, nas rotas pelo oceano Índico.

Descoberta pelos árabes no século XV, foi batizada como o nome de Dina Robin, aliás, no ano de 1510, foi redescoberta por uma expedição da coroa portuguesa dirigida por Domingo Fernández, rebatizando-a com o nome de Ilna de Cirne.

Introduziram animais de outras terras, como macacos africanos, queixadas, algumas qualidades de tartarugas e gatos, estes de alguma forma são os responsáveis pela extinção de algumas espécies nativas.

Durante os seguintes 18 anos, Maurícia foi posse do império espanhol, enquanto este se manteve unido à coroa lusa, mas Portugal e Espanha não se ocuparam de colonizar a bela ilha, utilizando-a somente como ponto de abastecimento em suas contínuas viagens pelos mares do sul.

Maurícia oficialmente a República das Maurícias é uma ilha na costa sudeste do Continente Africano, no sudoeste do Oceano Índico, a cerca de 870 quilômetros a leste de Madagascar.

Além da ilha de Maurícia, A República inclui as ilhas de Carajos Cargados, Rodrigues e as ilhas Agalega.

Ilha Maurícia é parte das Ilhas Mascarenhas, com a ilha francesa de Réunion 170 quilômetros a sudoeste e da ilha de Rodrigues km 570 a leste.

área de Maurícia é 2040 km 2; sua capital é Port Louis.

O Reino Unido assumiu o controle das ilhas, em 1810, a partir da França durante as Guerras Napoleônicas, e a Maurícia se tornou independente do Reino Unido em 1968.

É uma república parlamentar e e faz parte da Organização das Nações Unidas, Sul Africano de Desenvolvimento Comunitário, o Mercado Comum da África Oriental e Austral, a União Africano, Francofonia e da comunidade das nações.

As principais línguas faladas nas Ilhas Maurícias são: Mauritian crioulo, Bhojpuri, Francês e Inglês.

Inglês é a única língua oficial, mas a língua franca é a mauriciano crioulo e os jornais e programas de televisão são geralmente em francês.

Línguas asiáticas também fazem parte do mosaico linguístico.

A população do país é composta de diversas etnias, incluindo Índia, Africano, chinês e francês.

Os primeiros exploradores europeus não encontraram povos indígenas que viviamna ilha.

ilha de Maurícia foi a única casa do dodo (Raphus cucullatus). Esta ave foi presa fácil para os colonos por causa de seu peso e incapacidade de voar, e extinguiram-se menos de 80 anos após a colonização europeia inicial.

MauríciaIlha Maurícia

Sendo dependente de produção de açúcar desde a sua independência, Maurícia desde então tem se desenvolvido para uma economia diversificada, com importantes pilares em serviços financeiros, processo de negócio de terceirização, turismo e tecnologia da informação.

Maurícia é classificado como uma economia de renda média-alta pelo Banco Mundial.

Foi classificada como o melhor país governado em toda África, cinco anos seguidos, terminando no topo do Índice Ibrahim de Governação Africano.

De acordo com o Índice de Democracia, Maurícia é o único país Africano com democracia “plena”.

Maurícia adotou o sistema britânico constitucional e administrativo com uma câmara eleitos para membros do parlamento e um presidente (que é o Chefe de Estado) eleitos pelo Parlamento e não por sufrágio universal.

A fonte principal de direito continua sendo a lei comum britânica, com elementos do Código Napoleônico da França e está sendo usado, como legado desde 1810 da colonização francesa.

ILHA MAURÍCIA, O SORRISO DO ÍNDICO

Nascida de uma poderosa força, que percebe-se na imperiosa atividade vulcânica do passado, Ilha Maurícia constitui a mais lograda tentativa da natureza por criar um paraíso.

Pois Maurício é um formoso édem formado por belas praias de areia fina, um arrecife a rodear à ilha protegendo a “jóia do oceano Índico”, por tímidas montanhas, verdes vales, pequenas ilhas, suaves cascatas e densos bosques tropicais.

Aliás, quando repara-se nas fotografias dos numerosos folhetos anunciando e promovendo a Ilha Maurícia, ressalta uma característica que define todas elas: o sorriso nas pessoas.

É o melhor marco que define aos mauricianos, gente vinda de todos os pontos cardinais do planeta, esse sorriso perene nos rostos, fruto de uma rica mestiçagem.

São estes elementos, o nascimento pela mais bela força criativa da natureza, o sorriso dos habitantes e as sutilezas imperceptíveis a converter-se em lenda, o que fazem da Ilha Maurícia o ensaio de paraíso mais logrado.

É por isso que no país as coisas, feitos e a mesma força vital que rege ao mundo, levam a outra direção.

Aqui o passado, o presente e o futuro conjugam-se de tal forma, criando dimensões nunca imaginadas. Talvez o melhor exemplo desta afirmação não seja o cheiro do tamarindo e da canela que inundam o ambiente, embriagando a razão e os sentidos, mas o do místico pássaro dodó, que suspeitando que não iria sobreviver à depredação colonial, optou pela extinção, para converter-se em mito e em lenda.

Os habitantes, sabedores e possuidores de um passado esplendoroso de ricos encontros, mostram seu melhor sorriso, a mais bela porta de entrada ao paraíso terreno, o Sorriso do Índico.

Maurícia – Os Primeiros Colonizadores

Foram os holandeses, no ano de 1598, os primeiros que estabeleceram na ilha e batizaram-na como Mauritius, em homenagem ao Príncipe de Orange, Maurício de Nassau.

Além de constituir-se como escala importante na rota Holanda-Java (em clara concorrência à Companhia das Índias), os colonos holandeses se extenderam rapidamente, iniciando a exploração dos bosques e introduzindo o cultivo da cana de açúcar.

O primeiro assentamento de colonos teve lugar na Cidade do Cabo. Porém, a princípios do s. XVIII, no ano de 1710, a próspera situação viu-se truncada pelo aparecimento da peste amarela, obrigando os habitantes a abandonar e inclusive a tocar fogo na ilha para evitar a propagação da epidemia.

Maurícia – De mãos francesas à mãos inglesas

A rica exuberância da ilha, a pesar dos primeiros acontecimentos, atraia os interesses de alguns impérios europeus. França foi a primeira a não perder tempo e cinco anos depois do abandono de Maurício, a ilha foi ocupada por agentes da Companhia Francesa das Índias Orientais, iniciando sua exploração mediante a importação de escravos.

Em 1735 a coroa francesa assumiu o controle direto da ilha, nomeando como primeiro governador o Conde Bertrand Francois Mahé de Labourdonnais, quem introduziu uma administração básica, organizou a construção de colônias, dominou as revoltas dos pretos e outorgou um grande impulso à região, especialmente pela extensão do cultivo de cana de açúcar. Os franceses rebatizaram a ilha como a “Ile de France” (Ilha da França).

Nos princípios do século XIX, as guerras napoleônicas tiveram importantes repercussões, pois os ingleses capturaram a ilha no ano de 1810. A nova soberania foi confirmada pelo Tratado de Paris (1814) e voltou o antigo nome holandês de Maurício. Em 1825 se estabeleceu um Conselho de governo e pouco mais tarde, em 1835 aboliu-se a escravatura.

A colônia conheceu nesta época uma prosperidade crescente baseada cada vez mais na maior demanda do principal produto agrícola: a cana de açúcar.

O século XIX transcorreu brilhantemente para este paraíso natural. Venceram doenças endêmicas, instalaram hospitais e desenvolveram as comunicações da ilha.

No âmbito cultural a construção de escolas e o surgimneto dos primeiros jornais em Maurício fez retroceder poderosamente o analfabetismo, não sem antes salvar confrontos com as anscestrais tradições das culturas indígenas.

Depois do ano 1860 a ilha sofre um retrocesso causado pela construção do Canal de Suez em 1869, o que supõe um isolamento das novas conexões marítimas, e mais tarde, nos finais do século, pela presença de ciclones, epidemias e por um forte excesso de população. Não deve-se esquecer que os ingleses importaram numerosa mão de obra barata, maioritariamente indianos, chineses e malgaches.

Maurícia – A Independência e o Século XX

A Primeira Guerra Mundial não significou nenhuma mudança substancial na situação de Maurícia, pelo contrário, durante a Segunda Guerra Mundial os ingleses utilizaram a ilha como base naval e aérea, após a queda de Singapur. Durante o intervalo entre estas duas guerras, a descida mundial dos preços do açúcar, provocada pela depressão de 1929, produziu uma grave crise na ilha, e a introdução de novos cultivos, como o milho, a mandioca e a batata.

Em 1957, restabelecida já a economia, iniciaram manifestos em relação as profundas diferenças entre as comunidades de origem hindu e francesa, representadas respectivamente, pelo partido laboralista e o partido social-democrata de Maurício.

Nas eleições de 1963 triunfaram os laboristas, com o apoio massivo dos operários não qualificados e dos peões das plantações de cana. Foi nomeado Primeiro Ministro Seewoosagur Ramgoolam, quem iniciaria uma forte campanha a favor da independência da colônia.

Estas medidas desembocaram em fortes distúrbios no ano de 1967, provocados em parte, pelos conflitos laborais e pela população crioula e de origem francesa, oposta à independência.

O partido a representar-lhes triunfou nas eleições de 1967 e nesse mesmo ano, de acordo com o combinado na Conferência Constitucional de Londres de 1965, se anuncia a independência do país para o ano de 1968.

Esse mesmo ano esteve cheio de incidentes e distúrbios, propriciando a intervenção de tropas britânicas via aérea.

A independência foi proclamada no dia 12 de março de 1968, com a forte oposição dos setores econômicos dominantes (plantadores de açúcar), e dos mestiços que viam em perigo sua hegemonia, caso desaparecesse a proteção britânica. Apesar de haver obtido sua independência, Maurício continuou sendo membro da Commonwealth até o dia 12 de março de 1992, dia em que proclamou-se a República Democrática independente.

Desde então, a exploração da Ilha, tanto no âmbito agrário como turístico, tem dependido diretamente das autoridades de Maurício. É um país fundamentalmente dedicado à agricultura (especialmente ao cultivo da cana de açúcar), representando 60% do produto Interior Bruto. Perto de 50% da superfície da ilha está dedicado à agricultura.

Outra fonte de beneficios é a exportação de chá aos países da África do Sul, sem esquecer o cultivo do tabaco e das flores ornamentais.

Porém, grande parte dos recursos são destinados à importação de outros produtos dos que carece a ilha, tais como o arroz ou a batata.

A segunda indústria em importância é a indústria têxtil e graças à ter-se convertido na primeira zona franca do oceano Índico, Maurício destaca-se pela importação, tratamento e exportação de produtos manufaturados.

O turismo é outra das indústrias principais do país.

bandeira da Maurícia resume de alguma forma sua inquietante história, onde a cor vermelha representa a luta pela independência, o azul o símbolo do oceano Índico, o amarelo como lembrança da vitória da revolução e o verde pela cor de sua vegetação. Tão variadas influências têm feito da Ilha Maurícia um conglomerado de culturas tingido com matices exóticas que só os autênticos paraísos naturais podem oferecer.

Maurícia – Clima

Ilha Maurícia é um destino para visitar durante qualquer época do ano.

A temporada mais quente vai dos meses de novembro a abril, com temperaturas próximas aos 30 graus centígrados e com um mínimo de risco de ciclones, de finais de dezembro a finais de fevereiro.

A temporada mais fresca vai dos meses de maio a outubro. A temperatura da água nunca desce abaixo de 22 graus centígrados.

Maurícia – Idioma

A língua oficial é o inglês.

O francês é o idioma mais estendido pois os mauricianos consideram uma língua cultural. O crioulo tem origem na língua dos escravos, produto do encontro entre a língua francesa e a falada em seus países de origem, maioritariamente de estrutura bantú.

Em Maurícia chegam falar perto de 30 línguas diferentes, com preponderância do hindu, entre as línguas orientais.

Maurícia – Religião

Os habitantes de Maurícia são muito religiosos.

No país contam mais de 87 religiões, destacando o hinduismo (46%), a católica (32%) e a muçulmana (17%).

O resto formado por pequenos grupos de budistas, animistas, anglicanos, protestantes e taoístas.

Maurícia – Localização Geográfica

Ilha Maurícia está situada ao sudoeste do oceano Índico, a 900 quilômetros de Madagascar. Junto às ilhas Reunião e Rodrigues conforma o arquipélago das Mascarenhas.

capital de Maurícia é Port Luis e suas principais povoações são Beau Bassin, Curepipe, Quatre Bornes e Vacoas-Phoenix.

A ilha, de origem vulcânica tem uma extensão de 1.865 quilômetros quadrados, 65 km. de comprimento e 48 km. de largura. Apesar do reduzido tamanho, sua orografia é íngreme, com amplo e importante planalto no centro rodeado de curtas cadeias montanhosas e de crateras vulcânicas. O cume mais alto é o da Riviere Noire, com 828 metros de altitude.

Maurícia tem perto de 165 quilômetros de costas e está rodeada quase por completo por um arrecife coralífero, a exceção da zona compreendida entre Sovillac e Pont Naturel, ao sul da ilha.

Este importante arrecife é o que permite e possibilita a beleza de suas praias, onde prevalecem as transparentes águas.

A Costa Noroeste delimitada ao sul pelo Port Louis e Perebére ao norte, caracteriza-se pelas quentes temperaturas. Na zona destacam Cap Malhereux e Grand Gaube, pitorescas vilas de pescadores desde onde pode-se divisar as ilhas Plate, Ronde e Coim de Mire, Grand Baie, conhecido internacionalmente como “A Costa Azul de Ilha Maurícia”, Mo e Pointe aux Piments, formada por belos coqueiros.

A Costa Oeste, extende-se de Port Luis até Morne Brabant ao sul, distingue-se pelas paisagens formadas por montanhas, praias de fina areia e pequenos povoados.

Nesta zona encontram-se as praias mais extensas como Flic em Flac, Tamarim e Riviere Noire, famosa pela pesca de altitude.

A Costa Sul, que extende-se desde Morne Brabant até Mahébourg, distingue-se pelas espetaculares praias, pela rica fauna marinha e impressionantes rochedos. Destacam Point Sude Ouest, Surinam, Souillac, Benares, Savannah, Blue Bay e Mahébourg.

A Costa Leste, delimitada por Mahébourg ao sul e Grand Gaube ao norte, caracteriza-se pelo relevo mutante desde as costas rochosas às finas e extensas praias. Na zona sobressaem Ile aux Cerfs (Ilha dos Cervos), uma das mais belas, Trou d´Eau Douce, Belle Mare, Pointe de Flacq e Pointe Lascars.

A Planície Central formada como conseqüência da ação vulcânica, reconhece-se pelas crateras apagadas como o Trou aux Cerfs, Grand Bassin ou Kanaka Cráter, assim como por montanhas encantadoras como Pieter Both. Na zona existem, também bosques primitivos e numerosos rios que convertem a paisagem em um paraíso.

Por outro lado, Ilha Maurícia conta com diversas ilhas e ilhotas, algumas consideradas reservas naturais. Sobressaem Ile aux Cerfs, Coim de Mire, as ilhas Plate, a ilhota Gabriel, Ilha Ronde, Ilha D´Ambrie e Ilha dos Bénitiers. Ilha Rodrigues, a 650 quilômetros de Maurícia, é a menor ilha das Mascarenhas. Trata-se de um édem quase intacto onde predominam as colinas, vales, povoados pitorescos e bosques tropicais. A população principal é Port Mathurin.

Maurícia – Flora

Maurícia é uma ilha de temperatura suave, graças a sua privilegiada situação e a particular evolução do ecossistema.

Sem lugar à dúvidas a melhor maneira para conhecer a flora do país é aproximar-se do Jardim Botânico de Plamplemousses, onde pode-se apreciar a rica variedade de flores como boganviles vermelhas e alaranjadas, alamandas, loireiros, rosas, camélias, azaléias, hortências e numerosas variedades de orquídeas, sem esquecer a famosa flor “Anthurium”, a qual graças a sua exótica forma, cor e características, tem-se convertido na lembrança típica de Ilha Maurícia, pois pode conservar-se intacta durante um prolongado período.

No país pode-se ver também ébanos (em algumas ilhas como em Ronde), assim como ibiscos e palmeiras de diversas qualidades como a latania ou a chamada princesa.

Como muitas outras ilhas tropicais os frutos abundam encontrando uma variada gama de banana, manga, mamão, jamaica, abacate, abacaxi, coco, litchis, etc.

Maurícia – Fauna

Quanto à fauna das 50 espécies endêmicas apenas sobrevivem perto de nove, o resto foi introduzido pela mão do homem. Na terra onde habitaram o místico Dodu e o Solitário, extintos no final do s. XVII, dos quais conservam-se restos ósseos apenas, hoje pode-se ver pombas rosadas, falcões, gaivotas, “condés” (ave originária da Indonésia), gorriões, cardenais e paille-en-queue o emblema de Air Mauritius).

Das 15 espécies de répteis sobressaem duas espécies pequenas, uma delas conhecida como cobra preta e é originária exclusivamente da Ilha Ronde, assim como camaleões chifrudos.

Entre as inumeráveis espécies de insetos destacam as borboletas, provavelmente as mais bela do planeta.

Entre os mamíferos destacam os cervos, araraunas índias, morcegos e mangustas. Para conhecer de perto a fauna atual, deve dirigir-se ao Jardim dos Pássaros de Casela, onde encontram-se todas as variedades.

Para quem gosta da caça, Maurícia conta com mais de novecento e cinquenta hectares em Le Domaine du Chasseur ou Coto do Caçador, com 1.500 cervos de Java e 500 queixadas.

Maurícia – Arte e Cultura

Ilha Maurícia tem sofrido numerosas colonizações e dominações absorvendo, com delicadeza, tudo aquilo que uns e outros deixaram à seu passo.

Apesar da cultura ter sido enriquecida por influências européias e asiáticas e sua essência ser basicamente africana, suas manifestações artísticas e culturais possuem uma forte influência da cultura “creole” ou crioula.

As Maurícias certamente têm uma história confusa. Embora há muito desabitada, a ilha é conhecida por ter sido usada já no século X por marinheiros árabes. No entanto, foi apenas no século XVI que foi explorado de forma mais oficial pelos portugueses, embora estes também não se tenham estabelecido ali.

Foi pouco antes da virada do século XVI que os holandeses ocuparam adequadamente a ilha, dando ao país o seu nome, em homenagem ao príncipe Maurice van Nassau, o stadtholder (ou governador) da Holanda.

Em 1710, no entanto, uma série de tentativas de estabelecer pequenas colônias bem-sucedidas falharam e os holandeses posteriormente abandonaram a ilha. Eles deixaram isso, sugerem os relatórios, para os piratas, mas não antes de introduzirem a cana-de-açúcar (e os cervos de Java) na paisagem. Cerca de cinco anos depois, os franceses tentaram a sorte, ocupando a ilha e rebatizando-a de “Isle de France”.

O governador francês visitante também estabeleceu a agora capital, Port Louis, como base naval. Inicialmente administrado pela Companhia Francesa das Índias Orientais, era uma base importante para supervisionar o comércio do Oceano Índico. No final do século, a ilha foi reivindicada pela coroa francesa, cuja autoridade administrativa viu aumentar a quantidade de escravos africanos comprados e a cana-de-açúcar se estabelecer como uma indústria próspera. Durante as Guerras Napoleônicas, no entanto, os ataques conduzidos a partir da ilha tornaram-se cada vez mais ameaçadores para os britânicos, que posteriormente invadiram e estabeleceram um domínio estável em 1814. Apesar de restaurar o nome para ‘Maurícia‘, os britânicos permitiram incomumente que os costumes, as leis e a língua permanecessem francesas.

Após a abolição, o trabalho contratado da Índia substituiu a escravatura, embora durante o século e meio seguinte os acontecimentos tenham continuado a afetar negativamente a economia. Em março de 1968 o país tornou-se independente dentro da comunidade e, em 1992, tornou-se uma república. Ao longo deste período e continuando até hoje, o país continua a enfrentar dificuldades económicas, mas as tentativas do governo para diversificar a economia estão lentamente a tornar-se bem sucedidas e a dependência da ilha das exportações de açúcar tem diminuído. Na verdade, a ilha é a mais rica do continente africano. O país também continua a ser uma república presidencialista estável, dominada em grande parte por três partidos.

A incompatibilidade de culturas e povos que compõem a história das Maurícias reflete-se noutras dimensões da ilha, como a língua, a cultura e a alimentação. Embora a língua oficial seja o inglês, grande parte da população local fala em crioulo-francês, mas em uma mistura de vários idiomas. As pessoas também são uma combinação de etnias, sendo a maioria indo-paquistanesa, na sua maioria descendentes de trabalhadores contratados. Cerca de um quarto são crioulos (uma mistura de francês e africano) e há também uma pequena percentagem de descendentes chineses e franco-mauricianos.

A maré de diversos exploradores que agraciaram as costas no passado também é evidente na comida; Especialidades asiáticas, indianas e europeias podem ser encontradas na culinária local – “menos um caldeirão do que uma panela maravilhosamente aromática”. A cultura da ilha talvez seja melhor descrita na tradição do table d’hôte, onde uma mesa familiar é coberta com pratos de autor e aberta a todos para partilha.

A condizer com a cor e o esplendor da comida, e algo a não perder, está a animada dança folclórica popular, pela qual os mauricianos são famosos: a séga.

A ilha é igualmente famosa por poetas e romancistas talentosos, bem como por um cenário artístico florescente, onde a representação e a pintura abstrata são particularmente populares.

Se você procura aventuras e atividades ao ar livre, esta pequena ilha tem muito a oferecer. A região norte, de Turtle Bay a Cap Malheureux, é muito popular para esportes aquáticos motorizados e passeios pelas ilhas.

Também no Norte está o Jardim Botânico Seewoosagur Ramgoolam, em homenagem ao primeiro primeiro-ministro das Ilhas Maurícia independentes, e exibindo uma elegância natural sobrenatural.

Os jardins são mais famosos pelos gigantescos nenúfares Victoria amazonica, que podem atingir 2 m de largura e são melhor vistos durante os meses de verão. Inicialmente começou como uma horta, mas também possui palmeiras imponentes e uma variedade de pássaros coloridos e pequenos animais selvagens.

A costa oeste é ideal para atividades aquáticas como surf, snorkeling e kitesurf, entre outras coisas, especificamente ao longo das belas praias de Flic en Flac, Tamarin e Le Morne.

Mais para o interior encontrará o Valleé de Ferney, na parte central da ilha, que alberga uma das aves de rapina mais ameaçadas do mundo: o peneireiro-das-Maurícias.

Possui também uma bela e antiga fábrica de cana-de-açúcar, uma floresta de 400 anos e algumas trilhas impecáveis (com o bônus de um adorável restaurante local próximo!). No sudoeste, encontrado em Chamarel, há uma fascinante exibição de diferentes cores de areia chamada As Sete Terras Coloridas.

Além das paisagens do Éden e das atividades ao ar livre, as Maurícias também permitem aos visitantes a oportunidade de voltar no tempo de uma forma magnífica. A Maison Eureka é um exemplo maravilhoso disso.

Localizada no noroeste, a apenas 10 minutos de carro de Port Louis, é uma mansão crioula perfeitamente preservada, construída na década de 1830 e adornada com móveis antigos e jardins bem cuidados.

Em Port Louis também fica o famoso Blue Penny Museum e o ensolarado Museu de História Natural. O primeiro dos dois é dedicado aos mundialmente famosos selos mauricianos de um e dois centavos de 1847.

Na verdade, no centro do museu está uma coleção que mostra dois dos selos mais raros do mundo. Embora também possua outros artefatos interessantes, como mapas e arte antigos, e também documente a história da exploração e dos períodos coloniais da ilha. Este último também contém alguns mapas fascinantes da ilha e pinturas da fauna original das Maurícias – incluindo, claro, o Dodo.

Além disso, guarda tesouros incríveis de antigos naufrágios espanhóis e britânicos. Aapravasi Ghat, as ruínas de um depósito de imigração do período de trabalhadores contratados sob o domínio britânico, bem como a Paisagem Cultural de Le Morne, um refúgio para escravos fugitivos nos séculos XVIII e XIX, foram ambos designados Patrimônios Mundiais da UNESCO. Eles também merecem uma visita.

Maurícia – Arquitetura

Quanto à arquitetura, o estilo crioulo é o mais sobressaliente. Distingue-se pela particular beleza de linhas e formas, que encaixam perfeitamente no meio ambiente. independentemente do tamanho das casas, sejam grandes, pequenas, de vários andares ou apenas de um único, o estilo crioullo tem respeitado a paisagem, das casas construidas no centro de jardins ou entre plantações tropicais.

Sem dúvida, a arquitetura crioula possui um forte carácter refletido em seus desenhos. O material mais utilizado é a madeira, tanto no exterior quanto no interior.

O coração da casa são as grandes e amplas galerias de frente para espaços verdes, enquanto os quartos, a sala de jantar o os banheiros situam-se na parte posterior da casa.

O que diferencia uma casa de estilo crioulo é seu desenho, a decoração original, que vai dos simples ângulos à variedades geométricas (sobre tudo nas janelas), em seus trabalhos de ferro forjado e no rico colorido das fachadas.

Entre os numerosos lugares onde pode apreciar-se a arquitetura da Ilha Maurícia, destaca Port Luis com a Praça de Armas, formoso conjunto da época colonial, onde pode-se ver estátuas de destacados personagens históricos, a Prefeitura, a Biblioteca Pública, o Colégio Real e a Basílica de Santa Elena. Sobressaem, também, as edificações em madeira da população de Curepide. Porém, é a casa de Eureka (construida em 1830) o melhor exemplo da arquitetura crioula.

Quanto á castelos, de influência européia, distingue-se o Castelo de Reduit, utilizado pelos franceses para esconder mulheres e crianças no caso de ataques britânicos. Originariamente construida em madeira para reconstruir em pedra.

Maurícia – Música

Dizem por ai que a música e o canto é o destino e a sina da Maurícia. É que a música é uma das máximas expressões da ilha. O rítmo do sega dá vida aos sons das “ravanes” (espécie de tambor) e através deles conta-se histórias de amores e dores, assim como episódios do passado do país.

A tradição é mantida desde os tempos da escravatura, quando ao finalizar a jornada os escravos se reuniam para cantar e bailar em volta de grandes fogueiras. O rítmo do sega é de origem moçambiquenha, mas graças à aportação dos diferentes grupos étnicos, tem-se visto profusamente enriquecido, provando que as danças possuem uma forte carga erótica.

Entre os diferentes instrumentos destacam, além do “ravane”, o “bobre”, um tipo de arco, o triângulo e a serpe, espécie de guadanha onde se bate com uma ponta de metal.

Maurícia – Literatura

A língua criole possui uma literatura própria, mas bastante escassa e dispersa. É por isso que guarda-se como um tesouro o primeiro livro documentado com textos em creole, entitulado “Essais d´um bobre africain”, publicado pelo autor Francois Cresteim no ano de 1822.

A obra contém 17 poesias na língua nativa e um número menor em francês. Tendo que esperar trinta e dois anos para que o poeta Lolliot escrevesse um livro inteiramente em creole (1855). Mais tarde, este movimento nativo se extenderia ao teatro e à narrativa.

Dentro das numerosas obras mauricianas destaca o romance de Bernardino de Saint-Pierre entitulado “Pablo e Virginia”, onde se conta a história de amor entre dos jovens mauricianos destinados a separar-se.

Virgínia tenta regressar à ilha, mas seu barco naufraga nos arrecifes da Ilha d´Amare. Pablo ve como morre sua amada e mais tarde ele próprio morre de dor e tristeza.

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/www.workingabroad.com/www.rumbo.com.br/www.checkmessenger2.net

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