Entradas e Bandeiras

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Entradas e Bandeiras – O que foram

A partir de 1700, é iniciado no Brasil um processo de alargamento de suas fronteiras com o objetivo de dominar e exterminar os indígenas e as missões dos jesuítas espanhóis, mapeamento do território brasileiro, mineração de ouro e esmeraldas além de outros metais e pedras preciosas, e obtenção de mão-de-obra escrava.

As Entradas e Bandeiras surgiram predominantemente em um período em que o Brasil já contava com inúmeros centros populacionais espalhados pelo seu territórios.

Os movimentos originaram-se no nordeste para a região do amazonas e posteriormente para o centro do país.

Por outro lado, as Bandeiras partiram de São Vicente, em São Paulo, em direção ao Rio Grande do Sul, além de incursões pela região Centro-Oeste. O movimento das Entradas antecederam às Bandeiras, e ambos possuíram características diversas entre si.

As Entradas e Bandeiras eram expedições que entravam pelo sertão do Brasil com o objetivo de reconhecer nosso território, procurar metais preciosos, caçar índios para escravizar e destruir quilombos.

As Bandeiras eram tipicamente paulistas, pois partiam da Vila de São Paulo, portanto, São Paulo é a terra dos bandeirantes, que levavam à frente da expedição uma bandeira, daí, o nome que recebeu.

Expedições de desbravamento no interior do Brasil na época da colônia. Organizadas com maior frequência no século XVII, seus principais objetivos são o reconhecimento territorial, a captação de mão-de-obra indígena, a submissão ou eliminação de tribos hostis e a procura de metais preciosos.

As entradas têm seu centro principal de propagação no litoral nordestino, saindo da Bahia e de Pernambuco para o interior em missão geralmente oficial de mapeamento do território.

Também combatem os grupos indígenas que ameaçam ou impedem o avanço da colonização, como os caetés, os potiguares, os cariris, os aimorés e os tupinambás. A atuação das entradas estende-se do Nordeste à Amazônia e ao Centro-Oeste, abrangendo ainda áreas próximas do Rio de Janeiro.

As bandeiras, em sua maioria, saem de São Vicente e de São Paulo para o Sul, Centro-Oeste e região mineira. São quase sempre expedições organizadas por paulistas e formadas por familiares, agregados, brancos pobres e muitos mamelucos que têm como meta atacar as missões jesuíticas e trazer índios cativos ou ir em busca de minas de ouro e pedras preciosas. Entre as principais bandeiras destacam-se as de Antônio Raposo Tavares, Fernão Dias Pais Leme, Bartolomeu Bueno da Silva e Domingos Jorge Velho.

Entradas e Bandeiras – Organização

Entradas e Bandeiras
Entradas e Bandeiras

São Paulo era uma povoação acanhada. O mato crescia por toda parte. Mas era para esse povoado que retornavam os bandeirantes cansados das aventuras, como Raposo Tavares.

Na primeira década do século XVII, logo após o regresso de Nicolau Barreto com inúmeras “peças” (assim eram chamados os escravos, índios ou negros) capturadas, os paulistas lançaram-se ao sertão.

Sucederam-se, desse modo, as bandeiras de Diogo de Quadros (1606), Manuel Preto (1606-1607), Belchior Dias Rodrigues (1607-1609). Os primeiros guerreou os carijós, Manuel Preto voltou da região do Guairá com índios, utilizados em sua fazenda de Nossa Senhora da Expectação (atual bairro da Freguesia do Ó).

As outras duas entradas seguiram para a região dos índios “bilreiros”, tribo não identificada, provavelmente situada entre os rios Paraná, Paraguai e Araguaia.

O certo é que a expedição de Martim Rodrigues foi totalmente destruída.

Em 1610 partiram as entradas de Clemente Álvares, Cristóvão de Aguiar e Brás Gonçalves, todas dirigidas ao sertão dos carijós. No ano seguinte foi a vez de Diogo Fernandes e Pêro Vaz de Barros – este último à frente de uma bandeira organizada por D. Luís de Souza, filho de D. Francisco de Souza, destinada a apresar índios nas missões do Guairá para o trabalho nas minas de Araçoiaba.

Em 1612, Sebastião Preto seguiu para o Guairá, retornando com muitos indígenas. Três anos depois, Lázaro da Costa tomou rumo sul, enquanto Antônio Pedroso Alvarenga conduzia sua bandeira para os sertões goianos, atingindo o Tocantins e seus afluentes.

Uma vila despovoada de homens

Em 1623, partiram tantas bandeiras que São Paulo tornou-se quase que uma povoação só de mulheres e velhos. Nesse ano, penetraram no sertão, entre outros, Henrique da Cunha Gago e Fernão Dias Leme (tio de Fernão Dias Pais), além de Sebastião e Manuel Preto, que voltavam, mais uma vez, a caçar índios.

No ano seguinte, os bandeirantes protestavam, indignados, contra uma provisão do governador, que destinava à Coroa a quinta parte dos indígenas capturados.

O apresamento havia-se tornado uma atividade econômica de vulto. Devia, portanto, pagar impostos, da mesma forma que a pesca da baleia e o comércio de pau-brasil.

Organização das bandeiras

Entradas e Bandeiras

Por essa época, as expedições de apresamento e as de prospecção apresentavam formas de organização vastante diferentes. As primeiras, estruturadas militarmente pro D. Francisco de Souza e, mais tarde, pelos mestres-de-campo Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares, reuniam milhares de índios, liderados por algumas centenas de mamelucos (mestiços) e portugueses.

Dividiam-se me companhias com estados-maiores, vanguardas e flanqueadores. O armamento básico era o arco e flecha, mas contavam também com armas de fogo.

As bandeiras de prospecção eram bem menores: algumas dezenas de sertanistas que se esgueiravam pelas matas, procurando passar despercebidos às tribos guerreiras. Seu armamento era leve, para defesa contra eventuais ataques indígenas e de animais.

Entre os pontos comuns aos dois tipos de expedição estavam a ausência de animais de carga e o fato de evitarem vias fluviais. As regiões serem percorridas eram pedregosas ou cobertas pela mata, mais facilmente cruzadas por homens que estavam em marcha.

Quanto aos rios, era junto a eles que estava localizada a maioria das tribos: o percurso por via fluvial teria anulado qualquer efeito de surpresa, essencial para o êxito do apresamento. só no século XVIII, quando foram descobertas as minas de Cuiabá, é que as monções começaram a seguir pelo rio Tietê – ou Anhembi, como era então denominado – rumo aos centros mineradores de Mato Grosso.

Entradas e Bandeiras – Expansão Territorial Brasileira

Oficiais ou particulares, as entradas e bandeiras têm importância fundamental para a expansão territorial e o desenvolvimento da economia colonial.

São essas expedições que devassam a Amazônia e ali dão início ao extrativismo das “drogas do sertão” (ervas, resinas, condimentos e madeiras nobres). Entram pelo rio São Francisco, abrindo caminho para o gado, chegam às serras mineiras e descobrem ouro e diamante.

Os sertanistas também são usados no combate a escravos negros aquilombados e índios que se opõem à colonização branca. É o caso da bandeira de Domingos Jorge Velho, contratada no final do século XVII para destruir o Quilombo dos Palmares e depois liquidar a resistência dos cariris no Nordeste, na chamada Guerra dos Bárbaros, que se estende de 1685 a 1713.

Entradas e Bandeiras
Descobrimento do Brasil

Foi a conquista e ocupação do interior do território, além dos limites do Tratado de Tordesilhas.

Essa expansão foi responsável pela extensão territorial do Brasil de hoje.

Fatores que contribuíram para essa expansão territorial:

A) Suspensão do Tratado de Tordesilhas – durante o domínio espanhol, período em que Portugal passou para o domínio da Espanha, esse tratado foi suspenso
B) Expedições
: Entradas e Bandeiras
C)
 Pecuária
D)
 Jesuítas

Entradas e Bandeiras – Jesuítas

Qual a diferença entre Entradas e Bandeiras?

Entradas

Eram expedições militares (oficiais) organizadas pelo governo, cujo objetivo era: reconhecer o interior do Brasil e procurar metais preciosos.

As Entradas NÃO ultrapassavam o tratado de Tordesilhas.

Grande parte do território brasileiro era ainda desconhecido: neste período, portanto, as terras ignotas possuíam, para o colonizador, uma aura de mistério que os levava a crer nas grandes riquezas em fontes perenes de metais preciosos ainda não exploradas. Assim nascem as entradas, tendo por objetivos a busca do ouro e o combate e a captura aos “selvagens hostis”.

As entradas, portanto, foram os primeiros responsáveis pela dizimação em grande escala das tribos indígenas no Brasil.

A ação dos catequizadores, ao passo que se opunha a esta caçada humana, acabava por facilitar o trabalho dos entradistas: a catequização dos índios, que se aglomeravam em aldeias, tornava mais facilitada a própria aniquilação deste povo. Os portugueses ainda aproveitavam as hostilidades entre certas tribos inimigas e jogavam-nas umas contra as outras, tirando grande partido disto.

Apesar destes fatos, a luta dos portugueses não se desenvolveu sem perdas: os índios, de grande tradição caçadora e guerreira, opuseram grande resistência ao português.

Mas a caçada portuguesa aos indígenas, ainda assim, foi implacável.

Bandeiras

Eram expedições particulares, que partiam de São Paulo e que promoveram a grande expansão territorial do Brasil.

São Paulo foi o grande centro irradiador das Bandeiras. Enquanto as primeiras Entradas possuíam por característica o recrutamento de uma gente aventureira, sem compromissos oficiais, as primeiras Bandeiras foram oficialmente organizadas pelo Governador-geral D. Francisco de Sousa. Possuíram as Bandeiras caráter mais pacífico que guerreiro, embora algumas das bandeiras, com seus sertanistas experientes, foram contratadas para o extermínio de índios ainda rebeldes à colonização e aos negros fugitivos estabelecidos nos quilombos.

Um dos movimentos bandeirantes organizados chegou a percorrer as maiores distâncias de que se tem notícia entre todos os movimentos exploratórios continentais: as jornadas empreendidas por Antônio Raposo Tavares chegaram a somar distâncias percorridas de dez mil quilômetros, abrangendo pioneiristicamente o espaço continental sul-americano. Através das bandeiras, iniciou-se também a exploração do espaço amazônico.

Também a expedição comandada por Fernão Dias Pais foi importante: à procura do ouro, Dias Pais morreu sem vislumbrar seu paraíso de riquezas. Porém, seu filho, Garcia Pais, e seu genro, Manuel de Borba Gato, prosseguiram na busca, fixando-se em Minas Gerais, uma região que atraía muitas outras expedições bandeirantes.

Estas que vieram descobriram finalmente as tão almejadas minas auríferas na região das Minas Gerais.

Objetivo:

Reconhecer o interior do Brasil;
Procurar metais preciosos;
Caçar índios para escravizar e
Destruir os quilombos.

As bandeiras ultrapassavam o Tratado de Tordesilhas

Centro irradiador das bandeiras: SÃO PAULO.

Por que São Paulo?

Pois na época era uma Vila marcada pela pobreza e pelo isolamento geográfico assim, os paulistas aproveitaram o período do domínio espanhol e se expandiram pelo Brasil.

Tipos de Bandeiras

BANDEIRASDE PREAÇÃO: Ou apresamento, eram bandeiras de caça ao índio.
BANDEIRAS DE CONTRATO:
 Eram bandeiras para combater índios e destruir quilombos.
BANDEIRASDE PROSPECÇÃO:
 Foram bandeiras que saíam à procura de metais preciosos.

Bandeiras de apresamento

A caça ao índio era um lucrativo comércio para os paulistas.

Por que atacavam as Missões?

As Missões jesuíticas eram os alvo preferido dos bandeirantes, pois os índios missionados já eram catequizados, profissionalizados e domesticados assim, valiam mais no mercado de escravos.

BANDEIRAS DE CONTRATO ( Sertanismo de Contrato)

Era um tipo de Bandeira que através de um contrato, partiam para o interior para combater índios em guerra e principalmente para destruir os quilombos.

A mais famosa bandeira de contrato foi a de Domingos Jorge Velho, que destruiu o maior quilombo da história do Brasil: o Quilombo de Palmares, em Alagoas.

BANDEIRAS DE PROSPECÇÃO

Foram bandeiras que partiam em busca de metais preciosos
O bandeirante que mais se destacou
: Fernão Dias Paes o CAÇADOR DE ESMERALDAS que partiu para Minas Geraise morreu acreditando ter encontrado esmeraldas, na realidade as pedras verdes eram turmalinas.

Regiões onde se encontrou ouro e diamante: Minas Gerais;Goiás; Mato Grosso do Sul.

Fonte: www.geocities.com/www.sagradomarilia.com.br/br.geocities.com/www.escolavesper.com.br

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