Colonização do Brasil

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Colonização do Brasil – Como foi

A colonização do Brasil aconteceu por volta do século XVI, por meio da expedição de Martim Afonso de Souza. O objetivo era manter o domínio das nossas terras sobre tudo o que havia sido encontrado, para que pessoas de outros países não tomassem posse do que havia sido descoberto.

Os índios trabalhavam como escravos, cultivavam suas próprias terras e os alimentos extraídos eram usados para abastecer o mercado europeu. Também eram obrigados a derrubar árvores de pau-brasil, cortá-las em toras e carregar os navios portugueses, que levavam a madeira.

O pau-brasil, uma madeira muito avermelhada, era usado para fazer tintura de tecidos, o que lhe dava grande valor comercial na Europa. Por isso era muito explorado.

Na primeira expedição, Martim Afonso de Souza trouxe aproximadamente quatrocentas pessoas, a fim de explorar e garantir para os portugueses as riquezas do nosso país. Nessas viagens, os portugueses trouxeram animais domésticos, sementes e mudas de cana-de-açúcar, ferramentas agrícolas e armas.

Em razão da beleza da madeira e sua grande utilidade, os franceses também passaram a visitar o Brasil, com o intuito de explorar a madeira e obter altos lucros para seu país. Com isso, os portugueses foram implantando as feitorias para garantir que a exploração de determinadas terras ficassem apenas sob o domínio de Portugal. Um das primeiras feitorias foi a da baía de Guanabara, onde conseguiram manter a rota dos produtos, não permitindo que fossem desviados.

No dia 22 de janeiro de 1.532, Martim Afonso de Souza fundou ainda a ilha de São Vicente, em São Paulo, deixando ali uma de suas feitorias.

A disputa pela colonização era grande. Ao chegar à costa de Pernambuco, Martim Afonso de Souza encontrou três navios carregados com pau-brasil e os prendeu, garantindo a mercadoria para Portugal.

Os índios ficavam encantados com as bugigangas que os portugueses lhes ofereciam, como canivetes e espelhos. Trocavam essas quinquilharias pelas riquezas de nossas terras, ao que deram o nome de escambo troca feita sem dinheiro. Dessa forma, estavam sempre satisfeitos, mantendo uma relação amigável com os portugueses.

Colonização do Brasil – Processo

Colonização do Brasil foi um processo de povoação, exploração e dominação do território, já que a Corte Portuguesa acreditava na hipótese de ter o território brasileiro invadido e tomado caso não fosse ocupado.

Apesar dessas intenções, a Corte Portuguesa também tinha como objetivo transformar o novo território em fonte de renda para Portugal.

Indiscutivelmente os primeiros colonizadores das terras brasileiras foram os índios. Não se sabe ao certo a origem destes povos, acredita-se que os índios vieram da Ásia e Oceania através do estreito de Behring ou pelo Oceano Pacífico.

Em 1516, sob comando de Dom Manuel I a Corte Portuguesa enviou pessoas dispostas a iniciar o povoamento no Brasil e lhes entregou ferramentas para que conseguissem iniciar o desbravamento de algumas terras.

Dois anos após a chegada dos portugueses, os índios invadiram e destruíram a colônia firmada em Porto Seguro. Após este ataque, o Brasil permaneceu até 1530 sem receber novas pessoas intencionadas em residir ali.

Colonização do BrasilMartim Afonso de Souza

No ano de 1530, Dom João III, rei de Portugal da época, enviou Martim Afonso de Souza ao Brasil para explorar seu território em busca de minerais e ainda fazer demarcações estratégicas no território de modo que beneficiasse a extração dos minerais.

Com total autonomia dada pelo rei, Martim Afonso designava autoridades e distribuía terras para aqueles que se comprometiam a realizar a missão determinada pelo rei.

Quase todo o litoral foi explorado por Martim Afonso e suas expedições.

No litoral paulista foram firmados os primeiros povoados do país, onde as primeiras plantações de cana-de-açúcar foram formadas, além dos primeiros engenhos.

Brasil Império – Economia

Com o fundo do capital criado pela liberação de mão-de-obra escrava das minas, o café abriu os portos para o comercio exterior onde recuperou a economia da crise financeira. Devido ao pequeno investimento, o café foi se expandindo, mas por outro lado, os latifundiários, cafeicultores, ansiosos pelos lucros imediatos, acabaram com a natureza, sendo assim, as terras não aguentaram mais e em 1870, como declínio do Vale, o Oeste Paulista foi a nova trajetória. A abolição do tráfico negreiro em 1850, pela Lei Eusebio de Queiroz, sofreu um aumento na economia interno, já que não podia mais comprar escravos.

A partir de 1860, a tarifa Silva Ferraz anulou Alves Branco, por pressões inglesas, sobre a redução de taxas Alfandegárias.

No processo abolicionista na mudança do trabalho escravo para o assalariado, quem sofreu bastante foi o negro, não estando preparado para a concorrência no mercado de trabalho, permaneceu marginalizado, sobre preconceitos. O regime republicano só estabeleceu no Brasil, com o fim do Império.

Descoberta e Colonização – 1500 – 1808

Colonização do Brasil
O marco da Colonização

Perdido em sua busca de uma rota para as Índias Ocidentais, o explorador Português Pedro Álvares Cabral avistou terra em março de 1500.

O Brasil foi oficialmente descoberto em 22 de abril, quando Cabral desembarcou na Bahia, perto do futuro local de Porto Seguro.

O escrivão português Pero Vaz de Caminha relata a sua chegada em solo brasileiro em uma de suas cartas, descrevendo o encontro da expedição com cerca de 20 homens de pele morena clara, completamente nu, arcos e flechas que transportam.

Muitos anos se passaram desde o tempo em que o Brasil foi descoberto até a sua colonização.

As três primeiras décadas após a descoberta foram utilizados principalmente para a colheita de árvores pau-brasil para extrair um corante vermelho de sua madeira. Foi esta árvore que deu ao Brasil seu nome.

A população indígena forneceu o trabalho para cortar, descascar e transportar as toras.

Os primeiros portugueses colonizadores chegaram até 1531. O rei de Portugal anunciou o acordo do Brasil com a criação de capitanias hereditárias. A área foi dividida em 14 capitanias que foram subdivididas em 15 partes e 12 proprietários.

O rei basicamente abriu mão de sua soberania e concedeu essas concessões de poder significativa.

Cada um era responsável por estabelecer e desenvolver a terra à sua própria custa. Mas, como um resultado da tarefa árdua e falta de recursos, a maioria dos esforços falharam. Das 14 capitanias, São Vicente experimentou um breve período de prosperidade e o único a realmente prosperar era Pernambuco, no nordeste do Brasil. As outras capitanias desmoronou e alguns donatários não só perderam seus bens, mas a sua própria vida.

Após o fracasso deste empreendimento, a coroa Português realizou uma segunda tentativa de resolver o território em 1549. Foi criado o primeiro Governo Geral, nomeando Tomé de Souza como governador e transformou Salvador na primeira capital do Brasil.

Desde os primórdios da colonização, houve grandes disputas em curso entre os Portugueses e a população indígena e seu modo de vida.

Tomé de Souza alinhou-se com a tribo Tupi e declarou guerra contra as outras tribos, escravizando aqueles que foram conquistados.

Foi uma guerra cultural e territorial.

Os pioneiros aventureiros Bandeirante que exploraram o interior do Brasil conquistaram muitos índios e tribos inteiras foram assassinados.

Os que escaparam muitas vezes sucumbiram a doenças europeias que eram estranhos para o seu sistema imunológico. Outros foram trabalhar até à morte.

Embora a missão dos jesuítas era proteger fisicamente os índios dos Bandeirantes, o seu total desrespeito às tradições nativas resultou na aniquilação cultural da população indígena.

Os jesuítas fundaram as chamadas missões, onde proselitismo dos índios com a religião europeia e proibiu seus próprios costumes.

Duarte da Costa foi o segundo governador-geral do Brasil, que consolidou o processo de colonização, introduzindo a produção de açúcar.

Este produto foi muito cobiçado na Europa e usada para fins medicinais ou como ingrediente alimentar. No entanto, o crescimento das plantações de cana passou de mãos dadas com o comércio de escravos.

A maioria dos africanos escravos foram retirados das regiões ao redor de Angola, Moçambique, Sudão e Congo. Eles foram forçados a trabalhar longos dias, sem condições de vida adequadas, expostos a doenças e exploração sexual.

As relações sexuais entre senhores e escravos eram comuns, resultando em uma grande população inter-racial. Com o tempo, muitos escravos fugiram para formar quilombos (comunidades compostas por escravos fugitivos). Estas comunidades rapidamente começou a se espalhar por toda a terra. A comunidade mais famosa foi a República de Palmares, que sobreviveram a maior parte do século 17 e no seu auge era o lar de cerca de 20.000 pessoas.

Os holandeses, franceses e britânicos também foram atraídos pelos recursos naturais do Brasil.

Em 1555, os colonos franceses colocaram os pés em uma pequena ilha no Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara em uma tentativa de expandir suas posses territoriais.

Alguns anos mais tarde, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil, expulsou os franceses que ocupavam o Maranhão e Rio de Janeiro.

A União Ibérica, a anexação da coroa Português pelos espanhóis, teve consequências negativas para o Brasil a sério. Holanda, uma vez que aliado dos Portugueses, agora tornou-se um inimigo, atacando e ocupando grandes áreas do litoral brasileiro. Os holandeses tiveram seu olho em conquistar o Nordeste. Eles brevemente conquistaram Salvador em 1624, mas logo foram expulsos.

Eles fundaram a leste empresa indiana e retomou seus ataques na região. Em 1630, eles finalmente conseguiram conquistar Olinda e Recife, que se tornou a capital da New Holland (Nova Holanda).

Os Portugueses declararam guerra e, eventualmente, foram capazes de recuperar Recife. Em 1661 os holandeses abandonaram a colônia no Brasil.

Agora que todo o território estava, mais uma vez sob seu controle, Portugal fez do Brasil um vice-reino e partiu para explorar o interior.

Os Bandeirantes (pioneiros), que viajaram para o interior correndo atrás escravos fugitivos, descobriram grandes jazidas de ouro em Minas Gerais em 1693, e os diamantes em 1721.

A descoberta de ouro teve um profundo impacto sobre o Brasil. Estima-se que dois milhões de escravos que foram enviados para o Brasil no século 18 e foram colocados para trabalhar nas minas.

Esses recém-chegados se juntaram a uma população de colonos, que também tinha feito o seu caminho para as minas de ouro.

No início do século 18 o Brasil se tornar o maior produtor de ouro do mundo.

Parte da riqueza financiou a construção de cidades históricas como Ouro Preto, em Minas Gerais.

No entanto, a corrida do ouro não sobreviveu por muito tempo.

Em 1750 a produção das minas estava em declínio e a população começou a se mudar para as áreas costeiras. Muitos dos garimpeiros fizeram o seu caminho para o Rio de Janeiro.

No mesmo ano, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri para resolver os “conflitos de fronteira” no mundo hispânico. Sob as condições do tratado, a Coroa Português deu à Espanha todas as terras na margem ocidental do Rio de la Plata e em troca recebeu o Amazonas, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul.

Para reestruturar a colônia, Marques de Pombal, Secretário de Estado da Coroa Português, implementou diversas iniciativas para centralizar o poder. Ele promoveu o desenvolvimento e as fronteiriças patrulhas urbanas, estimulado a agricultura e, em 1762, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, aumentando o controle sobre as rotas de comércio.

No entanto, em 1785, a rainha de Portugal, Dona Maria, Pombal removeu do cargo e proibiu qualquer desenvolvimento industrial no Brasil.

Esta opressão renovada só resultou em crescente apelo para a independência do Brasil.

Em 1789, Tiradentes e 11 outros conspiradores ressentidos formaram a Inconfidência Mineira (Minas Infidelidade) em uma tentativa de derrubar o governo Português. Todos os 12 conspiradores foram presos e seu líder Tiradentes foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro em 1792. Sua cabeça foi exibida em Ouro Preto e sua casa foi destruída.

Ele se tornou um símbolo nacional de resistência e, muito mais tarde, um museu foi dedicado em sua homenagem em Ouro Preto.

Colonização do Brasil – História

A experiência portuguesa no processo de colonização do Brasil

Colonização Portuguesa no Brasil

Os colonizadores que chegaram ao Brasil a partir do século XVI possuíam uma cultura e se pautavam na cultura portuguesa, com suas leis, tradições, família e uma religião oficial.

Na colônia pelo modo de produção desenvolveram lavouras de cana e produziram em seus engenhos o açúcar através do trabalho escravo. A cultura portuguesa que havia lhe proporcionado as Grandes Navegações e os descobrimentos lhes concedera o Brasil para colonização, portanto os senhores de engenho possuíam um padrão cultural, uma enraizada cultura reinícola. Porém muitos colonizadores a fim de atender seus próprios interesses desconsideravam alguns aspectos da sua cultura oficial, tornando-se preocupação e alvo da justiça da coroa, das ações dos donatários de capitanias, intervenção da igreja e dos senhores de engenho. Todavia é importante ressaltar que a cultura portuguesa mesmo com alguns desvios tinha uma grande predominância, abrangendo o viver diário da colônia.

A identidade portuguesa pode ser assim definida: os portugueses eram sobretudo católicos, eram europeus, vassalos do rei ou de um senhor, eclesiásticos, etc.

Com uma cultura de personalidade, atribuíam grande valor a pessoa humana e a autonomia de cada um, eram portadores de uma característica peculiar.

Devido a influencia da cultura portuguesa em especial na vida dos senhores do engenho pode-se afirmar que a cultura portuguesa possuía uma amplitude no desempenho do papel social.

A sociedade colonial dava grande importância nos hábitos sociais, políticos e culturais.

A relação dos portugueses com os habitantes da terra (índios) e os escravos

No processo de colonização do Brasil os portugueses não estavam sozinhos, tiveram que se relacionar com os indígenas e também com os africanos que os próprios portugueses trouxeram.

O relacionamento com estes povos provocou alterações na cultura dos primeiros colonizadores, as modificações não sugiram da noite pro dia, foi necessário transcorrer um período de mudanças sociais. O modo de ser dos colonizadores era hegemonicamente fundado na cultura portuguesa, esses vieram para o Brasil determinado a trabalhar no cultivo da lavoura de cana, suas maiores preocupações eram se enriquecer e enobrecer.

Porém esses colonizadores não vieram dispostos a usar de sua própria força de trabalho, sendo assim tentaram escravizar os índios, mas estes demonstraram resistência ao trabalho, mostrando-se maus trabalhadores, devido a isto, de não se adaptarem a cultura dos portugueses, estes por sua vez substituíram os índios pelos negros para realizarem o trabalho braçal.

Em Portugal os africanos eram responsáveis por quase todo o tipo de trabalho, muitas das atividades especializadas acabaram sendo realizadas pelo braço escravo. Os portugueses estavam admirados com os africanos, pois provinham de culturas em que trabalhos com ferro, gado e outras atividades úteis para a lavoura açucareira eram praticados, especialmente os congoleses, que não sabiam a arte da escrita, mas eram considerados os povos mais avançados da raça negra. A maior parte dos escravos traficados para o Brasil provinha da costa ocidental da África, e era referido pelos colonizadores como escravos da Guiné, só a partir de 1550 que prevaleceram o embarque de africanos das regiões de Angola e do Congo.

 Aspiração pela Nobreza

Para os portugueses a busca pela nobreza era algo natural, pois essa condição oferecia poder e privilégios, no entanto nobreza em Portugal dos séculos XVI e XVII era entendida como transmissível pelo sangue ou proveniente da reputação ou fama que certas atividades sociais proporcionavam. Existia a possibilidade de mobilidade social, mesmo para o estado do povo, através das categorias profissionais os cidadãos podiam ascender a um novo estado.

Essas aspirações eram algo muito presente na sociedade portuguesa, pois, com esse estatuto diferenciador podiam obter isenções fiscais, regime especial de prova, prisão domiciliar e formas de tratamento diferenciadas. Apesar de acontecerem mudanças no pensamento social europeu, com os novos descobrimentos e a Reforma Protestante, essas classificações sociais fundamentadas na tradição perduraram em Portugal. Mesmo que o rei concedesse armas e brasões para as pessoas que não tivessem os títulos correspondentes, a nobreza continuava a ser vista como uma virtude essencialmente natural e quaisquer alterações radicais feitas pelo rei nesse pensamento eram mal recebidas.

Poderes Informais

Na sociedade Portuguesa, as relações sociais como: amizade, serviço e clientela, eram considerados por eles de grande valor, fato este, para se obter benefícios e proteção.

Consequentemente essas relações iriam auxiliar em suas praticas corporativistas. Nas diferentes relações sociais da sociedade portuguesa, os poderes informais, ligados ao vinculo familiar, possuíam grande influencia e não eram nada desprezíveis.

Portanto, questões institucionais ou jurídicas tinham por vista se misturarem e estarem em comum com outras relações paralelas baseadas em critérios, tais como: parentesco, amizade, fidelidade, honra e serviço.

Senhores de Engenho

Ser senhor de engenho no Brasil não era atividade simples e para qualquer um. Apesar de ser um sonho de boa parte dos colonos, esse ideal mantinha-se, desde o princípio da colonização, até o final de século XVII.

André João Antonil era escritor, e, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil, ele descreve as longas atividades e as relações sociais do engenho e de seu senhor.

Ele revela que ser senhor de engenho não é para quem quer, mas, para quem tem cabedal e governo. O título de senhor de engenho a que muitos desejam, tornava o homem mais respeitado, servido e obedecido por todos. No Brasil o sonho de conquistar o título de nobreza pelos colonizadores não foi atingido, pois a Coroa Portuguesa  regulamentava a autorização dessas honrarias para os colonizadores e até mesmo para os senhores de engenho.

Mesmo não alcançando o título de nobreza e os privilégios senhoriais que eram concedidos aos senhores de capitanias, os senhores de engenho não abriram mão do ideal de viver nobremente na colônia.

Os senhores de engenhos possuíam poder dentro de suas terras, e construíam relações que acrescentava e reforçava os seus poderes e influências, através de participações no esforço de segurança, milícia, havia também outros meios sutis como, uma política de casamentos que visava benefícios as famílias envolvidas.

Através do casamento e do compadrio era possível trazer para as suas relações funcionários que ocupavam postos importantes da administração da Coroa.

No entanto esta estratégia de casamento não agradava ao Concílio de Trento, que defendia  a liberdade de escolha dos noivos. Com todas estas ações os senhores de engenhos foram dominando a vida social e administrativa da Colônia. Faltava à sociedade colonial, mecanismos de interlocução que possibilitasse a defesa de seus interesses junto à metrópole. Na época de Duarte Coelho senhor das capitanias hereditárias de Pernambuco, o estabelecimento do Regimento de Tomé de Sousa, representou uma ameaça aos privilégios dos senhores de engenhos  e lavradores de sua capitania. Como Duarte Coelho mantinha acesso  direto a D. João  III, o problema foi superado, mas, ainda corria-se o risco da perda de privilégios. Tomé de Sousa  e o padre Manoel da Nóbrega sugeriram ao rei a retomada de direitos em todas as capitanias.

Quando a Assembleia dos Três Estados se reunia, o que era acontecia somente quando era da vontade do rei, os representantes das colônias não participavam dessas reuniões.

Havia chance de encaminhar petições à Coroa, mas a falta de interesse da administração e a política de interesses da assessoria de gabinete acabavam influenciando mais. Impossibilitados pela distância da metrópole e pela falta de representações que lhes possibilitassem influir na política, restava aos colonos somente à utilização dos poderes informais, e até ao suborno. Os senhores de engenhos que se destacavam como representantes dos grupos de interesses da colônia exerciam uma constante pressão sobre os funcionários da administração da Coroa, quanto à imposição da lei. As estratégias de casamentos, compadrio e atração de figuras importantes da administração da Coroa para as famílias locais, tem o mesmo significado da prática da cultura portuguesa, conhecida como os poderes informais. Os colonos que se encontravam afastados dos recursos da metrópole, da parentela e de amigos influentes do reino, sabiam das facilidades que os poderes informais proporcionavam. Por isso faziam o possível para atrair os amigos mais influentes para o seu convívio íntimo.

Essas relações sociais fundadas no parentesco, na amizade e no compadrio tornaram-se uma realidade na cultura dos senhores de engenho e de outros colonizadores portugueses, e era algo perfeitamente natural e aceito sem restrições para a época.

O significado da família na cultura portuguesa

No Brasil Colônia, nos séculos XVI e XVII, a família detinha grande importância, sendo esta direcionada pela tradição.

Na sociedade portuguesa, a família correspondia às pessoas que viviam sobre o mesmo teto, ou seja, os integrantes que compõe uma família: pai, mãe, filhos e até mesmo os domésticos.

Também era comum, as elites de Portugal fazerem uso do termo família para se referirem aos escravos, e não ao seus filhos. A família podia também, ser compreendida pela descendência, pela hereditariedade, onde se inicia com um elemento principal que vai se multiplicando, isto é, se estendendo através de seus descendentes (filho, netos, e outros), construindo assim, uma família.

Os portugueses mantinham a convicção de que os pais continuavam através de seus filhos e que por isso, o amor que sentiam por seus filhos era considerado um sentimento superior a todos os demais.

Portanto, nota-se que a família na sociedade portuguesa possuía significados amplos, podendo abranger tanto seus descendentes como os criados, escravos e até mesmo os seus bens. Era uma sociedade patriarcal, em que o senhor de engenho era a autoridade máxima da casa, e todos deviam lhe obedecer. O processo de colonização do Brasil se estendeu através das capitanias hereditárias, em que se destaca a capitania de Pernambuco, que foi doada a Duarte Coelho. Sua família pertencia à nobreza rural da região de Entre Douro e Minho.

Duarte Coelho antes de sua vinda ao Brasil realizou importantes serviços para a Coroa Portuguesa, e também chefiou uma armada no litoral africano.

Tanto Duarte Coelho como os outros colonizadores possuíam uma experiência cultural, no entanto, ao estabelecerem contatos com os outros povos que aqui viviam tanto transformaram como também foram transformados, ocorrendo mudanças em suas relações sociais, onde paralelamente atuaram como elemento principal dessas relações.  O Primeiro Reinado

Em 1959 foi estabelecido o primeiro governo geral do Brasil e a primeira ordem religiosa, a Companhia de Jesus, tendo como superior da ordem o padre Manoel da Nóbrega. Um de seus primeiros feitos foi a criação do colégio da Bahia, onde a educação era gratuita e para brancos, pardos, mestiços ou escravos sem distinção. No final do século XVII houve um conflito social no Brasil, especificamente no colégio da Companhia de Jesus da Bahia, pela falta de perseverança e maus costumes, a sociedade passou a não tolerar mais a presença dos afro-brasileiros na escola, e eles não foram mais admitidos nas ordens que haviam se estabelecido no Brasil.

Os excluídos apelaram para o El-Rei e para o padre geral, ambos respondem encaminhando uma carta ao governador, admitindo a presença deles nas ordens, porem o governador apresentou sua resposta com determinados pontos de que: foram excluídos pelos ricos que provocaram constantemente com os filhos dos brancos; porque estes não queriam estar onde eles estivessem; porque admitidos ao sacerdócio, e tendo, por outro lado, letras não se davam a ofícios úteis e transformavam-se em?? vadios??; Porém, a exclusão só se devia manter nas escolas superiores, nas elementares de ler, escrever, contar e doutrinar, se admitiam sempre, e continuariam a admitir. Essa resposta dada pelo governador não mudara a questão dos excluídos. O direito da educação era um privilegio garantido somente aos primeiros, nem mesmo a primeira república teve êxito em solucionar os problemas educacionais, só se preocupou com a mudança de um regime.

Colonização do Brasil – Resumo

Colonização do Brasil
Martim Afonso de Souza

No começo da colonização, Portugal não se interessou pelas terras brasileiras; somente após o declínio do comércio oriental e das feitorias africanas é que a Coroa investiu na possibilidade de obter lucro do Brasil.

A Corte Portuguesa também tinha como objetivo transformar o novo território em fonte de renda para Portugal. Indiscutivelmente os primeiros colonizadores das terras brasileiras foram os índios.

Não se sabe ao certo a origem destes povos, acredita-se que os índios vieram da Ásia e Oceania.

Em 1516, sob comando de Dom Manuel I a Corte Portuguesa enviou pessoas dispostas a iniciar o povoamento no Brasil e lhes entregou ferramentas para que conseguissem iniciar o desbravamento de algumas terras.

Dois anos após a chegada dos portugueses, os índios invadiram e destruíram a colônia firmada em Porto Seguro. Após este ataque, o Brasil permaneceu até 1530 sem receber novas pessoas intencionadas em residir ali.

No ano de 1530, Dom João III, rei de Portugal da época, enviou Martim Afonso de Souza ao Brasil para explorar seu território em busca de minerais e ainda fazer demarcações estratégicas no território de modo que beneficiasse a extração dos minerais.

Com total autonomia dada pelo rei, Martim Afonso designava autoridades e distribuía terras para aqueles que se comprometiam a realizar a missão determinada pelo rei. Para isso, criou um sistema chamado de Capitanias Hereditárias?, a qual doaria terras para o donatário.

O Brasil foi então dividido em imensos lotes, mas a falta de recurso para esses donatários gerou descontentamento com a Coroa Portuguesa. O sistema fracassou, ficando apenas as Capitanias de São Vicente e de Pernambuco que prosperaram com o plantio de açúcar.

Quase todo o litoral foi explorado por Martim Afonso e suas expedições. No litoral paulista foram firmados os primeiros povoados do país, onde as primeiras plantações de cana-de-açúcar foram formadas, além dos primeiros engenhos. O pau-brasil, a economia açucareira e a mineração tinham respectivamente por base a mão de obra indígena, mão de obra escrava e o ultimo era também escravista.

Fonte: professorajanainaspolidorio.files.wordpress.com/marechalrondon.wikispaces.com/soulbrasileiro.com/www.mundofilosofico.com.br

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