Governo Washington Luís

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Nascimento: 26 de outubro de 1869, Macaé, Rio de Janeiro.

Morte: 9 de agosto de 1957, São Paulo, São Paulo.

Washington Luís – Vida

Governo Washington Luís
Washington Luís

Político fluminense (1869-1957).

Washington Luís foi o último presidente da República Velha, deposto 21 dias antes do final do mandato.

O período governamental que encerraria a “República Velha” teve início a 15 de novembro de 1926, quando tomaram posse nos cargos de Presidente e Vice-presidente Washington Luís e Fernando de Melo Viana, respectivamente.

Washington Luís Pereira de Sousa nasce em Macaé, filho de família prestigiada no Império.

Estuda no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e forma-se em direito em São Paulo.

Nomeado promotor público do município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, renuncia ao cargo para dedicar-se à advocacia em Batatais, no interior de São Paulo.

Washington Luís é eleito vereador em 1897 e prefeito da cidade em 1898.

Em 1900 casa-se com Sofia de Oliveira Barros, filha de um cafeicultor de Piracicaba, união que reforça sua ligação com a oligarquia paulista.

Com o apoio dela, elege-se prefeito da capital em 1914 e governador do estado em 1920, quando profere sua famosa frase “Governar é abrir estradas”.

Investe realmente na modernização da infra-estrutura de transportes, construindo 1. 326 quilômetros de novas estradas.

Washington Luís assume a Presidência da República em 15 de novembro de 1926.

Encontra a economia em crise de endividamento interno e externo e de retração das exportações, em parte provocada pela crise econômica mundial.

É deposto pela Revolução de 1930, em outubro daquele ano.

Washington Luís vive os 17 anos seguintes exilado na Europa e nos Estados Unidos.

Volta ao Brasil em 1947.

Historiador e membro da Academia Paulista de Letras, escreve livros e ensaios sobre a história brasileira até morrer, em São Paulo.

Washington Luís – História

Governo Washington Luís
Washington Luís

O Governo de Washington Luís foi o último da “República Velha” ou “República do café-com-leite”.

Ele não chegou a concluir o mandato. Foi deposto pelo movimento chamado “Revolução de 30”.

Washington Luís Pereira de Souza nasceu na cidade de Macaé (RJ), em 26 de Outubro de 1869. Ele foi filho de um rico fazendeiro dono de muitos escravos.

Washington Luís estudou no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, na Faculdade de Direito de Recife e se formou em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1891.

Washington Luís foi nomeado promotor público na cidade de Barra Mansa (RJ), mas deixou o cargo para trabalhar como advogado em Batatais, interior de São Paulo. Participou ativamente da sociedade de Batatais, escreveu artigos para os jornais da cidade e foi eleito vereador e presidente da Câmara, cargo que na época valia como o de prefeito.

Apesar de teimoso, Washington Luís era alegre e bem humorado. Participava de reuniões com os amigos para ouvir músicas e poesias. Gostava de cantar trechos de ópera e até marchinhas de carnaval. Num desses encontros, conheceu Sofia Paes de Barros, neta do Barão de Piracicaba.

Washington e Sofia se casaram no dia 4 de março de 1900 e tiveram quatro filhos. Após o casamento, se mudaram para São Paulo. Ele foi eleito deputado estadual em 1904 e assumiu a Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo em 1905.

Foi prefeito da cidade de São Paulo por duas vezes: em 1913, foi escolhido pelos vereadores e, em 1917, foi eleito com voto direto.

Anos depois, Washington Luís foi presidente do Estado de São Paulo (1920-1924) e investiu na construção de rodovias.

Adotou o lema: “Governar é construir estradas”. Ele adorava carros. Até participou de alguns ralis automobilísticos no começo dos anos vinte.

O nome de Washington Luís foi indicado para a presidência da Republica pelo grupo que controlava a “política do café-com-leite”.

Na eleição direta, não teve concorrentes. Foi eleito como candidato único. Passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1926.

Logo no início do Governo, chegou ao fim a Coluna Prestes. O Governo de Washington Luís não estava mais ameaçado pelas rebeliões tenentistas, mas ele se negou a assinar o pedido de anistia aos envolvidos nos levantes, inclusive aos “rebeldes de 1924” que deram origem à Coluna Prestes.

Em dezembro de 1926, Washington Luís assinou a lei da reforma monetária que criava uma nova moeda: o cruzeiro.

O presidente reprimiu o avanço do movimento operário com a Lei Celerada, de 1927. Essa lei aplicava censura à imprensa e limitava o direito de reunião.

A situação de Washington Luís começou a se complicar com a crise mundial de 1929, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. O café, que representava 70% das exportações brasileiras, teve seu preço diminuído no mercado internacional. Além disso, havia uma superprodução de café nas fazendas e um grande estoque do produto nas mãos do Governo.

Mesmo enfraquecidos, o presidente Washington Luís e os cafeicultores de São Paulo indicaram como sucessor na presidência o paulista Julio Prestes. Os estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul não concordaram com a indicação e criaram a Aliança Liberal, que lançou como candidato a presidente o gaúcho Getulio Vargas e a vice-presidente o paraibano João Pessoa.

Júlio Prestes venceu as eleições presidenciais de 1º de março de 1930. Mas o resultado foi contestado por suspeita de fraude. Além disso, o assassinato de João Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, agravou os movimentos de oposição ao Governo. Militares se rebelaram nos quartéis e manifestantes tomaram as ruas do Rio de Janeiro, atearam fogo aos jornais fiéis ao Governo e exigiram a saída de Washington Luís.

Getúlio Vargas e outros políticos iniciaram uma conspiração e o presidente Washington Luís foi deposto em 24 de outubro de 1930, pelos chefes das forças armadas. Uma junta provisória de Governo assumiu o poder, composta pelos generais Tasso Fragoso e Mena Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha. O movimento ficou conhecido como “Revolução de 30”.

No Palácio Guanabara, Washington Luís pensou em resistir. Porém, vinte e um dias antes do término de seu mandato, após garantia de que seus ministros, familiares e amigos estariam seguros, foi deposto e levado preso ao Forte Guanabara.

Em 21 de Novembro de 1930, embarcou para um longo exílio na Suíça, Portugal e Estados Unidos. Retornou ao país em 1947 e não se envolveu mais em política. Dedicou-se ao estudo e a pesquisa de Historia.

Morreu em São Paulo em 04 de Agosto de 1957.

Washington Luís – Presidente do Brasil

Governo Washington Luís
Washington Luís

Herdando compromissos financeiros de seu antecessor, Washington Luís assumiu com palavras adequadas para a ocasião: “Eu não faço obras sem ter dinheiro pronto na gaveta e não faço pagamentos que não tenham sido legalmente autorizados”.

E mesmo com o caixa curto construiu mais de 300 km de estradas municipais, antecipando o lema que o tornaria famoso na sua carreira posterior como presidente do Estado (na época o governador era assim chamado) e presidente da República: “governar é abrir estradas”. Iniciou a urbanização da Várzea do Carmo com a implantação do parque D. Pedro II e construiu o “Trianon” na avenida Paulista (no mesmo local onde hoje se encontra o Masp).

Durante sua gestão a cidade passou por maus momentos, entre greves e uma grave epidemia.

A “gripe espanhola”, vinda da Europa em 1918, no final da 1ª Guerraoperários estava com os salários congelados desde o início da , chegou a São Paulo em um ano de inverno rigorosíssimo.

Não bastasse isto, a maioria dos guerra em partir de 1916 uma recuperação da atividade industrial e da 1914, quando ocorreu uma retração da produção industrial. Porém, mesmo havendo a lucratividade das empresas depreciados pela inflação, os trabalhadores tinham em 1918 os mesmos salários nominais de 1914,

Esta situação perversa – que já havia provocado duas greves gerais na cidade em 1917 e 1918 – expôs os operários aos rigores de um inverno gélido e uma gripe que se mostrou devastadora, matando mais de 8.000 pessoas.

Durante as greves, Washington Luís manteve-se fiel a outro de seus lemas: “a questão social é um caso de polícia”. Sua única providência foi autorizar o funcionamento das feiras-livres nos bairros, como forma de descentralizar o abastecimento.

Durante a greve de 1917 os trabalhadores só aceitaram a mediação do jornalista Julio de Mesquita Filho de O Estado de S. Paulo nas conversações sobre as suas justas reivindicações. Contudo, tanto empregadores como as autoridades não cumpriram suas promessas de reposição salarial e anistia às lideranças, o que levou a novas greves em 1918 e 1919, que por fim resultaram em aumentos de salários e na conquista da jornada de 8 horas.

Eleito para a presidência do estado, Washington Luís não chegou a terminar seu mandato municipal, concluído por Álvaro da Rocha Azevedo (1919-1920).

Na presidência

Por suspender o estado de sítio e a censura à imprensa que vigoraram no governo de Artur Bernardes, o governo de Washington Luiz(15/11/1926 – 24/10/1930) foi recebido com grande otimismo, embora tivesse recusado anistia aos revoltosos de 1922 e de 1924.

Tal expectativa, contudo, dissipou-se em virtude do retorno da censura à imprensa, da pouca sensibilidade para com as questões sociais, da crise econômica de 1929 e da indicação do paulista Julio Prestes como candidato oficial à sucessão presidencial.

A Revolução de 1930 pôs fim ao governo de Washington Luiz e à denominada República Velha.

Washington Luís – Biografia

Governo Washington Luís
Washington Luís

Natural de Macaé (RJ), estudou no Colégio Pedro II e formou-se em Direito em São Paulo, onde cumpriu sua trajetória política:Vereador, Deputado estadual, Secretário de Justiça, Prefeito da cidade de São Paulo e Governador do estado.

Nasceu no Rio de Janeiro, mas eleito por São Paulo, procurou concentrar poderes em suas mãos e pacificar o país.

Libertou presos políticos e diminuiu a censura à imprensa. Suspendeu o Estado de Sítio.

Propagou um discurso anticomunista.

A Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, levou à baixo todos os seus projetos econômicos.

O preço do café desabou, levando a uma crise séria.

Lançou Júlio Prestes, paulista, para sua sucessão, quebrando a ordem do Café com Leite.

Não terminou seu mandato, sendo deposto por Getúlio Vargas, que liderou a Revolução de 30.

Washington Luís faleceu em São Paulo a 4 de agosto de 1957.

Período presidencial

Durante toda a década de 1920, a República Velha sofreu um profundo desgaste devido às manifestações de oposição da classe média urbana, dos movimentos tenentista e operário e das oligarquias dissidentes.

Logo no início de seu governo, chegou ao fim a Coluna Prestes, que com 620 homens entrou em território boliviano e, posteriormente, se dissolveu.

O governo de Washington Luís não estava mais ameaçado pelas rebeliões tenentistas e pelo avanço do movimento operário, entretanto, para coibir novos movimentos de oposição, criou a Lei Celerada, em 1927, que impunha censura à imprensa e restringia o direito de reunião, levando para a clandestinidade o Partido Comunista Brasileiro, que havia sido reconhecido pelo governo no início do ano.

A crise econômica mundial de 1929, deflagrada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 24 de outubro, foi a maior na história do capitalismo, atingindo diversos países e paralisando suas atividades econômicas.

Seus efeitos no Brasil derrubaram a política de valorização do café, iniciada em 1906 com a assinatura do Convênio de Taubaté. O café, que respondia por 70% das exportações brasileiras, teve seu preço diminuído no mercado internacional. A crise do produto ameaçou a estabilidade do governo de Washington Luís que não permitiu a nova desvalorização da moeda, pleiteada pelos cafeicultores diante do desastre na Bolsa de Nova Iorque.

A vitória do paulista Júlio Prestes, apoiado por Washington Luís, nas eleições presidenciais de 1º de março de 1930, foi contestada por suspeita de fraude.

O assassinato de João Pessoa, presidente da Paraíba e candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas à sucessão presidencial, em 26 de julho de 1930, foi um fato decisivo para o agravamento dos movimentos de oposição ao governo deWashington Luís, já desgastado pela crise do café.

Reassumindo o governo do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas e outros políticos como Oswaldo Aranha deram início à conspiração política que levou ao movimento de 3 de outubro de 1930, a Revolução de 1930, como ficou conhecido o episódio.

O presidente Washington Luís foi deposto em 24 de outubro, pelos chefes das forças armadas, e uma junta provisória de governo assumiu o poder, composta pelos generais Tasso Fragoso e Mena Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha.

Resumo

Décimo Período de Governo Republicano – 15.11.1926 a 24.10.1930

Nascimento: Macaé – RJ, em 26.10.1869
Morte:
São Paulo – SP, em 04.08.1957
Profissão:
Advogado
Período de Governo:
15.11.1926 a 24.10.1930 (03a11m14d)
Idade ao assumir:
57 anos
Tipo de eleição:
Direta
Votos recebidos:
688.528 (seiscentos e oitenta e oito mil quinhentos e vinte e oito)
Posse:
Em 15.11.1926, em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo Senador Antônio Francisco de Azeredo

Observação: Foi deposto em 24.10.1930 pelo movimento revolucionário. Assume o poder a Junta Governativa composta pelos Generais Tasso Fragoso e Menna Barreto e pelo Almirante Isaías de Noronha.

Ficha de Washington Luís

Nome completo: Washington Luís Pereira de Sousa
Data de Nascimento:
26 de outubro de 1869
Local de Nascimento:
Macaé (RJ)
Data da Morte:
4 de agosto de 1957
Local da Morte:
São Paulo (SP)
Primeira-dama:
Sofia Pais de Barros
Partido Político:
PRP
Profissão:
Advogado

Mandato de Washington Luís

Início do mandato: 15 de novembro de 1926
Fim do mandato:
24 de outubro de 1930
Tempo de Mandato:
3 anos, 11 meses e 14 dias
Vice-Presidente:
Fernando de Melo Viana
Precedido por:
Artur Bernardes
Sucedido por:
Júlio Prestes.

Fonte: www.meusestudos.com/www.presidencia.gov.br/br.geocities.com

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