Integralismo Brasileiro

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Integralismo Brasileiro – O que foi

O integralismo brasileiro acredita amplamente que deve haver uma “ordem social e política totalmente integrada, baseada na convergência das tradições patrimoniais (herdadas) políticas, culturais, religiosas e nacionais de um determinado estado”.

Enquanto o Integralismo se refere a um amplo conjunto de movimentos, que variam de nação para nação, este artigo trata especificamente do brasileiro. Ele não é exatamente fascista. Mas paleofascista, e quando o fascismo cria corporações dependentes do Estado, o Integralismo cria corporações orgânicas e independentes, não interferindo nos empregos e empresas de ninguém.

Enquanto no fascismo o fim é o estado no Integralismo o estado é o começo, o ser humano é o meio e o fim é Deus, outra diferença é que o fascismo foi inspirado no paganismo e materialismo extremo diferente do Integralismo, que é inspirada no cristianismo.

Também acredita que o único deus é Jesus e o líder é simplesmente uma pessoa normal, por isso não endossa cultos de personalidade.

Integralismo Brasileiro foi um movimento político e ideológico de inspiração fascista ocorrido no Brasil na década de 30.

Busca um Estado autoritário e nacionalista; uma sociedade baseada em hierarquia, ordem e disciplina social; e o reconhecimento da suprema autoridade política e jurídica do chefe da nação sobre indivíduos, classes e instituições.

Alguns de seus ideólogos, como Gustavo Barroso, dão ao integralismo um fundo racista, defendendo a superioridade da população branca brasileira sobre negros, mestiços e, especialmente, judeus.

Já nos anos 20 o pensamento nacionalista brasileiro desenvolvia uma vertente conservadora.

Integralismo Brasileiro
Da esquerda para a direita, em pé: Ruy Ulrich, Hipólito Raposo, Luís de Almeida Braga e José Pequito Rebelo. Sentados, da esquerda para a direita: António Sardinha, Vasco de Carvalho, Luís de Freitas Branco, Xavier Cordeiro e Alberto Monsaraz.

Entre seus entusiastas estão intelectuais de variadas formações e tendências, como o sociólogo Oliveira Viana, o jornalista, professor e político Plínio Salgado e o pensador católico Jackson de Figueiredo.

Mesmo sem atuar como grupo, eles têm em comum posições políticas nacionalistas, antiimperialistas e anticomunistas, criticam a democracia liberal e defendem os regimes fascistas, que começam a despontar na Europa.

Ação Integralista Brasileira

Em 1932, Plínio Salgado e Gustavo Barroso fundam em São Paulo a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração nazi-fascista.

Seu programa mistura ideias nacionalistas e a defesa da autoridade do Estado diante da “anarquia liberal” com o lema “Deus, pátria e família”.

Deus, Pátria e Família

Os militantes vestem camisas verdes e saúdam-se com gritos de Anauê! – interjeição que em tupi quer dizer “ave” ou “salve”.

Ação Integralista Brasileira (AIB) recebe a simpatia imediata de importantes setores conservadores empresariais, militares, religiosos e até sindicais e logo se transforma em partido político.

Em menos de quatro anos, a organização reúne mais de 300 mil adeptos, expande a militância por todo o país e entra em choques frequentes com grupos democráticos. Em 1935 aprova a repressão à Intentona Comunista. Plínio Salgado lança-se candidato à Presidência da República nas eleições previstas para 1938. Elas, porém, não se realizam.

Com o golpe que instala o Estado Novo, os partidos são extintos e o espaço político do integralismo é reduzido. Desiludidos com Getúlio Vargas, os integralistas promovem o assalto ao palácio presidencial no Rio de Janeiro e pensam contar com a proteção do Exército para tomar o poder. Mas o presidente obtém o apoio da cúpula militar, e o golpe fracassa.

Os integralistas são perseguidos e seus líderes, presos. Plínio Salgado é exilado em Portugal, e o movimento desarticula-se.

Integralismo Brasileiro – Movimento Político

Movimento ocorrido no Brasil após a Revolução de 30, condensando as forças de direita no país sob inspiração da ideologia fascista então vigente em países como a Itália de Benito Mussolini.

Ao movimento do Integralismo, além de alguns setores da oligarquia brasileira uniram-se também membros da classe média, da Igreja e ainda militares.

Integralismo passou a possuir organização formal no Brasil a partir da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelos escritores Plínio Salgado e Gustavo Barroso.

Integralismo possuía como ideias básicas em sua ideologia a afirmação do privilégio do Estado autoritário e nacionalista na ação política, tendo o governante do Estado como líder supremo sobre todas as instituições e classes sociais. O movimento integralista condenava a ação comunista e todas as posições ideológicas liberais, rotulando-as “anarquia liberal”.

A fundação da Ação Integralista Brasileira passa a tomar parte fundamental na articulação dos setores da direita radical no Brasil.

A AIB possuía uma organização interna também inspirada nos moldes fascistas e ainda nazistas, caracterizados por aspectos como a hierarquização militar interna à organização, além de vestimentas similares às militares, ostentando o símbolo do sigma (a letra grega: (S), em analogia ao uso da cruz suástica pelos nazistas. Ainda a organização de direita procurava sustentar lemas como “Deus, pátria e família” e seu grito de saudação, “Anauê” (ou “ave”, “salve”), era a versão tupiniquim da saudação do povo da Alemanha nazista aos seus líderes.

A história da AIB (Ação Integralista Brasileira) conta com vários conflitos entre os integralistas e os movimentos democráticos que ocorriam no Brasil. Na época da Intentona Comunista, ocorrida no ano de 1935, a Ação Integralista apóia oficialmente o governo na repressão do movimento que pretendia instalar o regime comunista no Brasil. No entanto, a organização começou a desarticular-se a partir do golpe que instalaria o Estado Novo no Brasil, sob o comando de Getúlio Vargas. Plínio Salgado havia se candidatado à presidência da República, porém o movimento partidário integralista é dissolvido com o advento do Estado Novo, assim como todos os demais partidos são suprimidos do cenário político brasileiro.

Ação Integralista tenta reagir contra sua aniquilação, empreendendo um tentativa de golpe de estado, contando com a participação de membros do setor militar. No entanto, a elite da classe militar estava de acordo com Vargas, não apoiando o golpe e lutando contra ele até seu desvanecimento. Não tardam as perseguições aos integralistas da AIB, que se exilam em países da Europa, se dispersando assim o movimento integralista.

Integralismo Brasileiro – Resumo

Integralismo Brasileiro (AIB) foi um movimento político brasileiro ultranacionalista, corporativista, conservador e católico tradicionalista de extrema direita. Inspirada no fascismo italiano, no integralismo lusitano e baseada na Doutrina Social da Igreja Católica, foi fundada em 7 de outubro de 1932 pelo escritor e jornalista brasileiro Plínio Salgado.

Os integralistas também eram conhecidos como camisas verdes ou, pejorativamente, como galinhas verdes por seus oponentes, em referência à cor dos uniformes que usavam.

Salgado desenvolveu o que viria a ser a AIB, com a Sociedade de Estudos Paulista (SEP), grupo de estudos sobre os problemas gerais da nação. Os estudos do SEP resultariam na criação da AIB em 1932.

O movimento integralista havia adotado algumas características dos movimentos de massa europeus da época, especificamente o fascismo italiano, mas se distanciando do nazismo porque o próprio Salgado não apoiava o racismo. No entanto, apesar do slogan “unidade de todas as raças e todos os povos”, alguns de seus membros, como Gustavo Barroso, tinham opiniões antissemitas.

Como símbolo, o Integralismo Brasileiro (AIB) utilizou uma bandeira com um disco branco sobre fundo azul, com um sigma maiúsculo (S) no centro. A AIB, como todos os demais partidos políticos, foi extinta após a instauração do Estado Novo, efetivado em 10 de novembro de 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas.

Integralismo Brasileiro
Sigma

Integralismo Brasileiro (AIB), desde então, consolidou-se como uma extensão do movimento constitucionalista. Assim que o partido iniciou suas atividades, influenciado pelo fascismo italiano, começaram a ocorrer conflitos com grupos rivais, como a Aliança Libertadora Nacional (ANL), à semelhança dos conflitos entre partidos fascistas e socialistas em vários países da época.

Fonte: EncBrasil/www.fe.unicamp.br/polcompball.miraheze.org/wiki.acervolima.com

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