Expedições Colonizadoras

A EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE 1530

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Os portugueses encontravam muita dificuldade para defender o litoral do Brasil. Com receio de perder a posse da terra, eles concluíram que seria necessário trazer pessoas que, permanecendo aqui, dificultassem a entrada de estrangeiros.

No ano de 1530 chegou a expedição colonizadora, chefiada por Afonso de Souza, com os objetivos de:

– A expulsar os estrangeiros;

– A procurar ouro e outras riquezas;

– A fundar povoados para garantir a defesa do litoral;

Essa expedição trazia sementes, instrumentos de trabalho, animais domésticos e muitas pessoas, que deveriam construir suas casas , fazer plantações, explorar riquezas, abrir estradas e aqui ficar morando.

Em 1532, Martin Afonso de Souza fundou a primeira vila no Brasil, que recebeu o nome de Vila São Vicente, no litoral do atual Estado de São Paulo.

Foram construídas algumas casas, uma cadeia e uma igreja.

Os homens que ali ficaram receberam terras e sementes para cultivar, instrumentos agrícolas e animais domésticos para criar.

Logo deram início ao cultivo da cana-de-açúcar à construção de um engenho para produção de açúcar. A lavoura açucareira se desenvolveu bastante , por isso, a Vila de São Vicente prosperou. Estava iniciada a colonização do Brasil.

Ao regressar a Portugal, Martin Afonso de Souza aconselhou o rei a colonizar toda a terra, pois outros povos tinham interesse em nela se estabelecer para procurar riquezas.

Fonte: www.fieb.edu.br

Expedicões Colonizadoras

HISTÓRIA DOS BANDEIRANTES

O desejo de explorar o território brasileiro, a busca de pedras e metais preciosos, a preocupação do colonizador português em consolidar seu domínio e a vontade de arrebanhar mão-de-obra indígena para trabalhar nas lavouras resultaram em incursões pelo interior do país, feitas muitas vezes por milhares de homens, em viagens que duravam meses e até anos.

Entradas e bandeiras foram os nomes dados às expedições dos colonizadores que resultaram na posse e conquista definitiva do Brasil. As entradas, em geral de cunho oficial, antecederam as bandeiras, de iniciativa de particulares.

Tanto naquelas quanto nestas, era evidente a preocupação do europeu em escravizar o índio, e não foi pequeno o morticínio nas verdadeiras caçadas humanas que então ocorreram, como observa o historiador João Ribeiro.

As bandeiras, fenômeno tipicamente paulista que data do início do século XVII, não extinguiram as entradas e também não foram iniciativa exclusiva dos mamelucos – filhos de portugueses com índias – do planalto de São Paulo. Elas marcam o início de uma consciência nativista e antiportuguesa.

Os documentos dos séculos XVI e XVII chamam os bandeirantes de armador. A palavra bandeira só aparece nos documentos do século XVIII.

Para designar toda e qualquer espécie de expedição era comum empregar-se: entrada, jornada, viagem, companhia, descobrimento e, mais raramente, frota.

Bandeira é nome paulista e, por isso mesmo, bandeirante tornou-se sinônimo do homem paulista, adquirindo uma conotação heróica, ao juntar no mesmo vocábulo o arrojo e a tenacidade com que se empenharam na conquista do território, na descoberta do ouro e no povoamento de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

Embora as bandeiras tenham tido três ciclos em sua história – o da caça ao índio, o do sertanismo e o da mineração – o bandeirante manteve sempre as suas características, vivendo em condições extremamente difíceis. Seu equipamento quase se reduzia ao gibão de armas, couraça de couro cru, acolchoado de algodão, para amortecer as flechadas dos índios, também chamada de “escupil”, além de arcabuzes e mosquetes.

Também levavam machado, enxós, foices, facões e os importantes instrumentos de mineração e apetrechos de pesca. Usavam perneiras de pele de veado ou capivara e andavam quase sempre descalços; quando montados, ostentavam nos pés nus grandes esporas. Entretanto os chefes usavam botas e chapéus de aba larga que ajudaram, ao longo dos tempos, a firmar uma imagem de guerreiro forte e destemido.

De modo geral os bandeirantes não levavam provisões, mesmo nas viagens longas. Apenas cabaças de sal, pratos de estanho, cuias, guampas, bruacas e as indispensáveis redes de dormir.

Quando lhes faltavam os peixes dos rios, a caça, as frutas silvestres das matas, o mel, o pinhão e o palmito das roças indígenas, alimentavam-se de carne de cobra, lagartos e sapos ou rãs. Se a água faltava, tentavam encontrá-la nas plantas, mascavam folhas, roíam raízes e, em casos extremos, bebiam o sangue de animais.

Esses homens estavam tão identificados com a terra “inóspita e grande” que um documento da época assim os define: “Paulistas embrenhados são mais destros que os mesmos bichos.”

Quando estavam em viagem, só restava aos bandeirantes dois caminhos: seguir as águas de um rio ou abrir trilhas na selva.

Antes de tudo, entrar no sertão exigia muita coragem e capacidade de improvisação. O combate na selva era sempre rude e encarniçado. O grande número de árvores e arbustos tornava impraticável a luta a distância. As escopetas e os arcabuzes valiam num primeiro momento, mas não havia tempo para recarregá-los.

Muitos aprenderam o manejo do arco e flecha que, nesses momentos, tornavam-se muito mais eficientes. Em meio à luta era preciso também ter destreza com o punhal e às vezes valer-se das próprias mãos, no corpo-a-corpo inevitável. As condições eram tão rudes que os homens muitas vezes definhavam entre uma viagem e outra.

LENDAS E MISTÉRIOS

Calcula-se que 300.000 índios foram escravizados até 1641, quando o bandeirantismo de aprisionamento declinou e deu lugar a expedições cada vez maiores em busca de ouro, prata e pedras preciosas. Lendas e mistérios cercavam as expedições, algumas das quais ainda hoje não foram completamente reconstituídas, como a empreendida em 1526 por Aleixo Garcia, que teria alcançado o Peru, saindo da ilha de Santa Catarina.

A expedição de Sebastião Fernandes Tourinho, em 1572, teria descoberto turmalinas verdes na região onde mais tarde seria instalado o Distrito Diamantino. A mais extraordinária de todas as lendas conta que, antes do aparecimento oficial do ouro no Brasil, em fins do século XVII, foram descobertas fabulosas minas de prata na serra de Itabaiana, em Sergipe, por Robério Dias, em 1590. O feito foi relatado no romance As minas de prata, de José de Alencar, o que contribuiu para divulgar a história.

Um dos traços mais característicos do imaginário da época dos descobrimentos era a fusão do desconhecido com o maravilhoso e o fantástico. Contava-se que no Brasil seriam encontradas imensas riquezas e as lendas da serra Esplandecente e da lagoa Dourada, incorporadas ao folclore dos bandeirantes, são expressivas mostras da mentalidade daquele tempo.

Numerosas expedições em busca de ouro e pedras preciosas partiram de vários pontos da costa brasileira. Em 1554, partiu da Bahia a expedição de Francisco Bruza de Espinosa; a essa seguiram-se a de Vasco Rodrigues Caldas (1561), a de Martim de Carvalho (1567), a de Sebastião Fernandes Tourinho (1572), a de Antonio Dias Adorno (1574), a de Sebastião Alvares (1574) e a de Gabriel Soares de Sousa (1592). De Sergipe saiu a expedição de Belchior Dias Moréia e Robério Dias, filho e neto de Caramuru (1590); do Ceará, a de Pero Coelho de Sousa (1594); do Espírito Santo, a de Diogo Martins Cão (1596); e do Maranhão, a malograda expedição de Pero Coelho de Sousa (1603).

O apresamento dos índios, objetivo geral desses bandos armados, foi praticado com regularidade no sertão paulista, desde as primeiras entradas de Brás Cubas e Luís Martins em 1560. Os índios resistiam com valentia e até ferocidade.

O padre Anchieta se refere aos tupiniquins com assombro, chamando-os de “brava e carniceira nação, cujas queixadas ainda estão cheias de carne dos portugueses”. Mas os colonizadores, aproveitando-se das rivalidades entre as principais tribos, usaram a tática de jogá-las umas contra as outras.

CHOQUE COM OS MISSIONÁRIOS

A caça ao índio foi implacável. Os que não se submetiam, eram exterminados se não fugissem. Os bandeirantes paulistas atacavam seguidamente as missões religiosas jesuítas, uma vez que o índio catequizado, vivendo nessas aldeias, era presa fácil.

Em 1580, o capitão-mor Jerônimo Leitão trouxe de Guairá, a maior dessas missões, um grande contingente de índios escravizados, a que se seguiram outros. Todas ou quase todas essas aldeias foram destruídas, a começar pela de Guairá, em 1629, numa expedição que teve entre seus chefes Antônio Raposo Tavares. Segundo o historiador Paulo Prado, essa foi, sem dúvida, “a página negra da história das bandeiras”.

A destruição sistemática das missões prosseguiu a sudeste de Mato Grosso e ao sul, na direção do Rio Grande, à proporção que os missionários recuavam para as regiões próximas aos rios Uruguai e Paraná, onde conseguiram organizar a resistência, auxiliados pelo governador do Paraguai, D. Pedro de Lugo y Navarra. Os paulistas foram derrotados em Mbororé em 1641 e com isso o avanço sobre as missões arrefeceu durante algum tempo.

BANDEIRAS PAULISTAS

Quando os portugueses venceram o obstáculo da serra do Mar, em 1554, São Paulo de Piratininga tornou-se o ponto de irradiação dos caminhos de penetração, ao longo dos rios Tietê e Paraíba, tanto para oeste como para o norte.

As primeiras bandeiras foram organizadas pelo governador-geral da capitania de São Vicente, D. Francisco de Sousa, e distinguem-se das entradas, não só por seu cunho oficial mas, principalmente, por suas finalidades, mais pacíficas do que guerreiras. Exemplos disso foram as bandeiras de André de Leão em 1601 e Nicolau Barreto em 1602.

A maioria dos bandeirantes e mesmo de seus chefes era constituída por brasileiros, de sangue europeu ou misturado ao do indígena. Reuniam os filhos varões (acima de 14 anos), parentes, amigos, mateiros, apaniguados e índios escravos para a grande aventura do sertão.

Durante o século XVII os paulistas percorreram o sertão goiano e mato-grossense. Em 1676, Bartolomeu Bueno da Silva entrou, pela primeira vez, em terras de Goiás.

Verdadeira epopéia viveu Pedro Teixeira na Amazônia. Partindo de Belém do Pará, subiu o rio Amazonas até Quito, no Equador, retornando pelo mesmo caminho até o ponto de partida, entre 1637 e 1639, depois de fincar a bandeira portuguesa na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, delimitando as terras de Portugal e Espanha, de acordo com a partilha determinada pelo Tratado de Tordesilhas. Esse é o começo do desbravamento da região amazônica.

De todos os feitos, o mais notável, sem dúvida, é o de Antônio Raposo Tavares, português nato, que ao começar sua última aventura, em 1648, tinha cinqüenta anos de idade.

Partiu à frente de uma bandeira de mais de 200 paulistas e mil índios, realizando uma das maiores jornadas de que há notícia na história universal. Raposo Tavares se internou pelo Paraguai, em 1648, percorreu grande parte da região amazônica e ressurgiu em Gurupá, na foz do Amazonas, em 1652.

DESCOBERTA DO OURO

Fernão Dias Pais comandou a mais importante das bandeiras em busca de ouro. Rico e descendente de tradicional família paulista, empregou nessa empreitada toda a sua fortuna, à época a maior de São Paulo.

Auxiliado pelo genro Manuel de Borba Gato e pelo filho Garcia Rodrigues Pais, explorou uma grande área da região centro-sul do país, das cabeceiras do rio das Velhas, no sertão de Sabarabuçu, até Serro Frio, ao norte. Durante sete anos, entre 1674 e 1681, Fernão Dias percorreu a região e com sua bandeira nasceram os primeiros arraiais mineiros.

Aos 73 anos, sem ter encontrado o ouro e acometido pela febre que já matara muitos de seus homens, o velho bandeirante morreu a caminho do arraial do Sumidouro.

Borba Gato e Garcia Pais fixaram-se em Minas Gerais, que continuava a atrair bandeirantes, como Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, e Bartolomeu Bueno de Siqueira, em 1698. O ouro finalmente foi descoberto, no mesmo ano, pelo paulista Antônio Dias de Oliveira. Teve então início a corrida dos reinóis.

Depois da chamada guerra dos emboabas, as expedições mudaram de rota, na direção de Mato Grosso e Goiás.

Iniciou-se um novo período de bandeirismo: o das monções, expedições de caráter mais comercial e colonizador, em canoas, através do rio Tietê, de Araritaguaba até Cuiabá.

Os bandeirantes muitas vezes tinham de carregar as embarcações nos ombros e margear os rios, para evitar as numerosas cachoeiras.

Entre as monções, encerrando o ciclo das entradas e bandeiras, destacou-se a de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhangüera, que saiu de São Paulo em 1722, comandando 152 homens, à procura da serra dos Martírios, onde segundo a lenda a natureza esculpira em cristais a coroa, a lança e os cravos da paixão de Jesus Cristo. Depois de três anos de procura, o sertanista localizou ouro, a quatro léguas da atual cidade de Goiás.

Fonte: www.expedicoesbandeirantes.com.br

Expedicões Colonizadoras

A primeira expedição colonizadora foi comandada por Martin Afonso de Souza, queveio ao Brasil com as seguintes obrigações:

– Expulsar os franceses;

– Explorar o litoral, chegando ao interior na busca de ouro e prata;

– Fundar núcleos de povoado e defesa;

– Aumentar o domínio português, estendendo-o até o Rio da Prata,ultrapassando a linha do Tratado de Tordesilhas;

Tendo cumprido sua missão, Martin Afonso, na volta de Rio da Prata, fundou, nolitoral, a vila de São Vicente – a primeira do Brasil. Seguindo para a outra vila – Piratininga.

Introduziu o cultivo da cana-de-açúcar e construiu o primeiro engenho, que chamoude Engenho do Governador.

Tão grandes quanto a terra eram os problemas. Oitenta homens que tinham ido aointerior em busca de ouro morreram em luta com os indígenas.

Não adiantava fundar uma vila aqui e outra ali, pois era tudo muito distante. A terra brasileira continuava sem proteção

.O rei de Portugal teve que pensar em outra solução

Fonte: pt.scribd.com

Expedicões Colonizadoras

A Expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532)

Em 1530, com o propósito de realizar uma política de colonização efetiva, Dom João III, “O Colonizador”, organizou uma expedição ao Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes.

Comandada por Martim Afonso de Sousa, tinha uma tríplice missão: combater os traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento do “grande desertão”, as terras brasileiras. Para isto traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos.

Expedições Colonizadoras
Martim Afonso de Sousa

Martim Afonso possuía amplos poderes. Designado capitão – mor da esquadra e do território descoberto, deveria fundar núcleos de povoamento, exercer justiça civil e criminal, tomar posse das terras em nome do rei, nomear funcionários e distribuir sesmarias.

Durante dois anos o Capitão percorreu o litoral, armazenando importantes conhecimentos geográficos. Ao chegar no litoral pernambucano, em 1531, conseguiu tomar três naus francesas carregadas de pau-brasil. Dali dirigiu-se para o sul da região, indo até a foz do Rio da Prata.

Fundou a primeira vila da América portuguesa: São Vicente, localizada no litoral paulista. Ali distribuiu lotes de terras aos novos habitantes, além de dar início à plantação de cana-de-açúcar.

Montou o primeiro engenho da Colônia, o “Engenho do Governador”, situado no centro da ilha de São Vicente, região do atual estado de São Paulo.

Expedições Colonizadoras
João Ramalho

Diogo Álvares Correa, o Caramuru, João Ramalho e Antônio Rodrigues facilitaram bastante a missão colonizadora da expedição de Martim Afonso. Eram intérpretes junto aos índios e forneciam valiosas informações sobre a terra e seus habitantes.

Antes de retornar a Portugal, ainda em 1532, o Capitão recebeu carta do rei Dom João III. Este falava de sua intenção de implantar o sistema de capitanias hereditárias e de designar Martim Afonso e seu irmão Pero Lopes de Sousa como donatários.

Enquanto Portugal reorganizava sua política para estabelecer uma ocupação efetiva no litoral brasileiro, os espanhóis impunham sua conquista na América, chegando quase à exterminação dos grupos indígenas: os astecas, no atual México, os maias, na América Central e os incas, no atual Peru.

A Colonização Acidental

Dentre os inúmeros homens que viviam no Brasil destacaram-se Diogo Álvares Correa, o Caramuru, e João Ramalho. Caramuru, desde o seu naufrágio, em 1510, até a sua morte, em 1557, viveu na Bahia, sendo muito respeitado pelos Tupinambás. Tinha várias mulheres indígenas, entre elas Paraguaçu, filha do principal chefe guerreiro da região.

Com ela teve muitos filhos e filhas, das quais duas se casaram com espanhóis, moradores da mesma região. João Ramalho, por sua vez, não se sabe se era náufrago, degredado, desertor ou aventureiro.

Desde 1508 convivia com os índios Guaianá, na região de São Vicente. Casou-se com Bartira, filha do maior chefe guerreiro da região. Tiveram vários filhos e filhas, as quais se casaram com homens importantes.

Caramuru e João Ramalho possuíam algumas características em comum: muitas concubinas, muitos filhos, poder e autoridade entre os indígenas.

Protegiam os europeus que chegavam em busca de riquezas e, com eles, realizavam negócios. Também socorriam os que naufragavam em seus domínios, fornecendo-lhes escravos, alimentação, informação, pequenas embarcações e guarida.

Em troca, recebiam armamentos, moedas de ouro, vestimentas e notícias sobre o mundo europeu. Graças à obediência que os índios lhes tinham, os expedicionários portugueses foram recebidos de forma hospitaleira, e obtiveram importantes informações sobre a terra.

Caramuru e João Ramalho integram um grupo de homens fundamentais na colonização do Brasil. Além de participarem ativamente nesse processo, ainda que de forma acidental, prepararam e facilitaram o estabelecimento da colonização oficial das terras portuguesas na América.

A Coroa, reconhecendo o importante papel desses homens, atribuiu-lhes funções oficiais. João Ramalho, por exemplo, em 1553, foi nomeado capitão da vila de Santo André por Tomé de Sousa, o primeiro governador geral do Brasil.

Os jesuítas procuravam também se aproveitar do relacionamento desses homens com os indígenas, para concretizar a missão evangelizadora que lhes cabia.

Para eles, esses portugueses aventureiros representavam a afirmação integradora dos dois mundos: o bárbaro, dos índios, e o civilizado, dos europeus.

Neste período de colonização acidental, inúmeras feitorias se estabeleciam em diferentes pontos do litoral. Alianças eram firmadas e os contatos entre portugueses e índios tornavam-se mais sistemáticos e freqüentes. Estas estratégias, entretanto, não se mostravam suficientes para assegurar a Portugal o domínio sobre suas terras. Não garantiam uma forma efetiva de ocupação do litoral, em toda a sua extensão.

O rei francês, Francisco I, insatisfeito com a situação, resolveu contestar o monopólio ibérico sobre as terras do novo mundo, legitimado pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. A Coroa francesa pretendia estabelecer o princípio do Uti Possidetis, pelo qual só a ocupação efetiva do lugar assegurava sua posse.

Para solucionar esta questão de forma definitiva, a Coroa portuguesa estabeleceu uma política de colonização efetiva do Brasil. Dois fatos concorreram para esta decisão. Um deles foi o declínio do comércio do Oriente, cujos investimentos passaram a pesar bastante na economia portuguesa.

Os lucros ficavam em grande parte com os financiadores de Flandres, atual Bélgica. O outro fato a influir foi a notícia da descoberta, pelos espanhóis, de metais preciosos nas suas terras americanas. Tal notícia estimulou o interesse dos portugueses pelo novo território, reforçando a idéia de um “eldorado” promissor para os negócios de Portugal.

Fonte: www.multirio.rj.gov.br

Expedicões Colonizadoras

O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA

Preocupado em realizar o reconhecimento da nova terra, Dom Manuel enviou, antes mesmo do retorno de Cabral, uma expedição, composta por três caravelas, comandadas por Gonçalo Coelho, tendo a companhia do florentino Américo Vespúcio.

A expe-dição partiu de Lisboa, em 13 de maio de 1501, em direção às Canárias, de onde rumou para Cabo Verde. Nesse arquipélago se encontrou com navios da esquadra de Cabral que regressavam das Índias. Em meados do mês de junho, partiu para sua travessia oceânica, chegando à costa brasi-leira na altura do Rio Grande do Norte.

Expedições Colonizadoras
Américo Vespúcio

Na Praia dos Marcos (RN) deu-se o primeiro desembarque, tendo sido fi ncado um marco de pedra, sinal de posse da terra. A partir de então, Gonçalo Coelho deu partida à sua missão exploradora, navegando pela costa, em direção ao sul, onde avistou e denominou os pontos litorâneos, conforme calendário religioso da época. O [périplo] costeiro da expedição teve como limite sul a região de Cananéia.

A EXPEDIÇÃO DE 1502/1503

Essa segunda expedição foi resultado do arrendamento da Terra de Santa Cruz a um consórcio formado por cristãos-novos, encabeçado por Fernando de Noronha, e que tinha a obrigação, conforme contrato, de mandar todos os anos seis navios às novas terras com a missão de descobrir, a cada ano, 300 léguas [avante] e construir uma fortaleza.

A rota traçada pela expedição possivelmente seguiu o percurso normal até o Arquipélago de Cabo Verde, cruzou o Atlântico, passando pelo Arquipélago de Fernando de Noronha, concluindo sua navegação nas imediações de Porto Seguro, na atual Baía Cabrália.

A EXPEDIÇÃO DE 1503/1504

Segundo as informações do cronista Damião de Góis, essa expedição partiu de Portugal, em 10 de junho de 1503, com seis naus, e novamente foi comandada por Gonçalo Coelho. Ao chegarem em Fernando de Noronha, naufragou a [capitânia]. Nesse local deu-se a separação da frota.

Após aguardar por oito dias o aparecimento do restante da frota, dois navios (num dos quais se encontrava embarcado Américo Vespúcio) rumaram para a Baía de Todos os Santos, pois assim determina-va o regimento real para qualquer navio que se perdesse do capitão-mor.

Havendo aguardado por dois meses e quatro dias alguma notícia de Gonçalo Coelho, decidiram percorrer o litoral em direção ao sul, onde se detiveram durante cinco meses em um ponto que tudo indica ter sido o Rio de Janeiro, onde ergueram uma fortificação e deixaram 24 homens.

Logo depois retornaram a Portugal, onde aportaram em 18 de junho de 1504. Gonçalo Coelho, com o restante da frota, regressou a Portugal, ainda em 1503.

AS EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS

O litoral, conhecido como a costa do pau-brasil, prolongava-se desde o Rio de Janeiro até Pernambuco, onde foram sendo esta-belecidas feitorias, nas quais navios portugueses realizavam regularmente o carregamento desse tipo de madeira para o reino. Esse negócio rendoso começou a atrair a atenção de outros países europeus que nunca aceitaram a partilha do mundo entre Portugal e Espanha, entre eles a França.

Os franceses começaram a freqüentar nosso litoral comercializando o pau-brasil clandestinamente com os índios.

Portugal procurou, a princípio, usar de mecanismos diplomáticos, encaminhando várias reclamações ao governo francês, na esperança de que aquele Estado coibisse esse comércio clandestino.

Notando que ainda era grande a presença de contrabandistas franceses no Brasil, Dom Manuel I resolveu enviar o fidalgo português Cristóvão Jaques, com a principal missão de realizar o patrulhamento da costa brasileira.

Cristóvão Jaques realizou viagens ao longo de nossa costa entre os períodos de 1516 a 1519, de 1521 a 1522 e de 1527 a 1528, onde combateu e reprimiu as atividades do comércio clandestino.

Em 1528, foi dispensado do cargo de Capitão-Mor da Armada Guarda-Costa, regressando para Portugal.

A EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUSA

Em 1530, Portugal resolveu enviar ao Brasil uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa visando à ocupação da nova terra.

A [Armada] partiu de Lisboa, a 3 de dezembro, com duas naus, um galeão e duas caravelas que, juntas, conduziam 400 pessoas. Tinha a missão de combater os franceses, que continuavam a freqüentar o litoral e contrabandear o pau-brasil; descobrir terras e explorar rios; estabelecer um ou mais núcleos de povoação.

Em 1532, fundou, no atual litoral de São Paulo, a Vila de São Vicente e, logo a seguir – no limite do planalto que os índios chamavam de Piratininga –, a Vila de Santo André da Borda do Campo.

Da Ilha da Madeira, Martim Afonso trouxe as primeiras mudas de cana que plantou no Brasil, construindo na Vila de São Vicente o primeiro engenho de cana-de-açúcar.

Ainda se encontrava no Brasil quando, em 1532, Dom João III decidiu impulsionar a colonização, utilizando a tradicional distribuição de terras.

O regime de capitanias hereditárias consistiu em dividir o Brasil em imensos [tratos de terra], distribuídos a fidalgos da pequena nobreza, abrindo à iniciativa privada a colonização.

Martim Afonso de Sousa retornou a Portugal em 13 de março de 1533, após ter cumprido de maneira satisfatória sua missão de fincar as bases do processo de ocupação das terras brasileiras.

Fonte: www.mar.mil.br

Expedicões Colonizadoras

As principais expedições enviadas ao Brasil foram:

Expedições comandada por Gaspar de Lemos(1501) – Essa expedição explorou grande parte do litoral brasileiro e deu nomes aos principais acidentes como ilhas, baías, cabos, rios.

Expedições comandadas por Gonçalo Coelho(1503) – Essa expedição foi bastante lucrativa, organizada por conta de um contrato assinado entre o rei de Portugal e alguns comerciantes bastante interessados na extração do pau-brasil , dentre eles estava o rico comerciante Fernão de Noronha.

Expedições comandadas por Cristóvão Jacques(1516 e 1520) – Essas expedições foram organizadas para “tentar” deter o contrabando de pau-brasil: chamadas “Guarda-Costas”. Essas expedições não deram certo devido a grande extensão do litoral.

Houve também a primeira expedição colonizadora que foi comandada por Martim Afonso de Souza.

Essa expedição partiu de Lisboa em dezembro de 1530, com a intenção de:

– Procurar ouro

– Combater os corsários estrangeiros

– Fazer um melhor reconhecimento geográfico do litoral; e

– Iniciar a  ocupação de terras.

Martim Afonso ainda fundou a prima vila do Brasil, “São Vicente”, e também alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo e Santo Amaro.

Fonte: brasilcoloniaall.blogspot.com.br

Expedicões Colonizadoras

Qual a diferença entre expedição colonizadora e expedição exploradora?

EXPEDIÇÃO COLONIZADORA:

Foi uma série de frotas de embarcações que aportaram nas Américas e costa da África para lá se fixarem ( morarem ) por lá. Daí surgiu o termo colônia e metrópole. Geralmente as coroas metropolitanas mandavam para suas colônias pessoas ricas que construíam grandes engenhos para produção de diversos tipos de produto como foi o açúcar no Brasil.

EXPEDIÇÃO EXPLORADORA:

As metrópoles não queriam saber de morar nas colônias e tão pouco de povoá-la como foi o caso do Brasil nos seus primeiros 30 anos de descoberto. A metrópole apenas queria extrair suas riquezas e matérias primas. Toda a América latina foi explorada povos como os Incas, Maias e Astecas foram extintos por causa de ouro.

Resumindo; expedição colonizadora investe na colônia e povoa-a, enquanto que a expedição exploradora apenas extrai as riquezas e revende-as na Europa.

Fonte: br.answers.yahoo.com

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