Revolta dos 18 do Forte

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Revolta do Forte de Copacabana (1922). Tiros de canhão sacudiram a capital do Brasil durante a madrugada de 5 de julho de 1922, iniciando uma rebelião que se tornou o epicentro de uma série de insurreições militares conhecidas como revoltas de tenente.

Motins orquestrados por co-conspiradores do exército rapidamente se seguiram em outras guarnições cariocas (Rio de Janeiro), mas oficiais legalistas foram avisados e facilmente esmagaram esses levantes subsequentes. Organizada principalmente por oficiais subalternos, a revolta incluiu soldados comuns, suboficiais, cadetes e um punhado de civis.

Indignados com a corrupção do governo civil e a prisão do ex-presidente e porta-voz do Exército Marechal Hermes Da Fonseca, os oficiais subalternos agiram para depor o presidente Epitácio Pessoa.

Os rebeldes do Forte de Copacabana souberam do fracasso da revolta fora de suas ameias, mas se recusaram a se render, apesar do pesado bombardeio. Em 6 de julho, o comandante em exercício, tenente Antônio de Siqueira Campos, permitiu que todos os soldados não preparados para lutar até a morte deixassem o forte.

Os dezoito soldados e oficiais que permaneceram partiram com farrapos da bandeira brasileira do forte nos bolsos do peito. Onze deles enfrentaram forças legalistas em um tiroteio suicida na Avenida Atlântica, à beira-mar. Este ato audacioso capturou a atenção popular, fornecendo mártires e inspiração para as revoltas tenentes que se seguiram.

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana ocorreu em 5 de Julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no Brasil.

Foi a primeira revolta do movimento tenentista, no contexto da República Velha brasileira.

Antecedentes

Durante a campanha eleitoral de 1921, o jornal Correio da Manhã, na edição de 9 de outubro, publicou uma carta manuscrita, atribuída ao candidato do governo, Artur Bernardes, governador de Minas Gerais.

Nela o ex-presidente da República Marechal Hermes da Fonseca era chamado de “sargentão sem compostura”, acusando o Exército de ser formado por elementos “venais”.

Artur Bernardes negou veementemente a autoria da carta, vindo o mesmo periódico a publicar uma segunda carta, no mesmo tom da primeira, e como ela atribuída ao mesmo candidato. A comoção causada foi enorme, principalmente entre os militares, representados no Clube Militar, sob a presidência do próprio Marechal. Mais tarde seria descoberto que as assinaturas nas cartas eram forjadas.

Nas eleições de 1 de março de 1922, Artur Bernardes saiu-se vencedor, embora os resultados oficiais houvessem sido contestados pela oposição.

Com o clima político tenso, em Pernambuco, o Exército foi chamado para conter rebeliões populares, descontentes com o novo Governo estadual. No dia 29 de junho, Hermes da Fonseca telegrafou ao Recife, exortando os militares a não reprimirem o povo, sendo, por essa razão, preso no dia 2 de julho e o Clube Militar, fechado.

A prisão de Hermes da Fonseca, a mais alta patente militar do país, e o fechamento do Clube Militar por decreto presidencial, foram percebidos como uma afronta aos militares do Exército.

E ficaram ainda mais descontentes com a nomeação feita pelo presidente da República Epitácio Pessoa de um civil – o historiador Pandiá Calógeras – como Ministro da Guerra. Em todos os quartéis do Rio de Janeiro, se comentava que “a procissão ia sair”.

O movimento deveria se iniciar a partir do Forte de Copabacana, à uma hora da madrugada do dia 5 de julho. Na data marcada, porém, só a Escola Militar e o Forte de Copacabana se levantaram.

Cercados pelas forças leais ao Governo Federal, não tiveram alternativa a não ser entregar-se.

Revolta dos 18 do Forte – Movimento

Revolta do Forte 18, também conhecida como Revolta do Forte de Copacabana, teve início em 5 de julho de 1922 e terminou no dia seguinte, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

Foi a primeira revolta do movimento tenentista, no contexto da República Velha.

Segundo a tradição, concluiu-se com uma marcha de dezessete militares e um civil que exigiam o fim das oligarquias do poder, combatendo três mil homens das forças governamentais.

O levante, que foi planejado com proporções bem maiores, foi motivado a buscar a queda da República Velha, cujas características oligárquicas ligadas ao latifúndio e ao poder dos lavradores se opunham ao ideal democrático vislumbrado por setores das forças armadas, especialmente de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.

Revolta dos 18 do Forte – História do Brasil

Revolta dos 18 do Forte

Comandava o Forte de Copacabana, na ocasião, o capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do marechal Hermes da Fonseca. No dia 4 de julho, Euclides exortou os seus comandados, tendo feito escavar trincheiras desde o portão do forte até o farol, minando-se o terreno.

Tendo sido estabelecido que o movimento se iniciaria à uma hora da madrugada do dia 5, à uma e vinte o tenente Antônio de Siqueira Campos disparou um dos canhões, sinal combinado.

A guarnição aguardou em silêncio a resposta de outras unidades, o que não aconteceu. O Governo, informado do movimento, antecipara-se e fizera trocar os principais comandos militares da capital. Siqueira Campos, então, disparou contra o Quartel-General do Exército (no Campo de Santana, atual Palácio Duque de Caxias), o da Marinha (na Praça Barão de Ladário), o Depósito Naval e o Forte do Leme, matando quatro pessoas neste último. Outros autores afirmam que foram disparados tiros, ainda, contra a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói, e contra o Forte de São João, no bairro da Urca.

Durante todo o dia 5, o Forte de Copacabana sofreu intenso bombardeio pela artilharia da Fortaleza de Santa Cruz. Na madrugada do dia 6, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, telefonou ao Forte, exigindo a rendição dos rebeldes. O capitão Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos permitiram, então, a saída de todos aqueles que não quisessem combater. Dos 301 homens da guarnição, saíram 272.

Enquanto isso, os couraçados São Paulo e Minas Gerais, e um destróier posicionaram-se ao largo da ilha de Cotunduba, passando a bombardear o Forte. O Ministro Calógeras telefonou uma vez mais, passando Governo e rebeldes a parlamentar.

Como consequência, o Capitão Euclides Hermes saiu ao encontro do Ministro no Palácio do Catete, onde recebeu voz de prisão.

Encerrava-se o diálogo com um ultimato do Governo: ou os rebeldes se renderiam ou seriam massacrados.

Sob o bombardeio naval, o tenente Siqueira Campos, pressionado pelos remanescentes da tropa, tomou a decisão suicida: não resistirão no Forte e nem bombardearão a cidade, como haviam chegado a ameaçar. Sairão em marcha até ao Palácio do Catete, combatendo.

A canivete, uma bandeira brasileira foi cortada em vinte e nove pedaços e distribuída entre os rebeldes: um pedaço foi guardado para ser entregue ao capitão Euclides Hermes.

Às 13 horas do dia 6 de julho, iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica. Um número até hoje não determinado se rendeu ou debandou. Na altura do antigo Hotel Londres, restavam dezoito militares revoltosos, aos quais se juntou o Engenheiro Civil Otávio Correia, amigo do tenente Siqueira Campos.

Após alguns tiroteios, ao alcançarem a altura da antiga rua Barroso (atual Siqueira Campos), os dez homens restantes (nove militares e o civil), foram confrontados pela tropa legalista (integrada por cerca de três mil homens). No confronto final, um tiroteio que durou aproximadamente trinta minutos, foram capturados, feridos, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, e dois soldados.

Os demais faleceram em combate muito desigual.

Os soldados vieram a falecer posteriormente, no hospital, em consequência dos ferimentos recebidos.

Baixas confronto final

Tenentes

Siqueira Campos – ferido a bala no abdômen
Eduardo Gomes – ferido a bala na virilha
Mário Carpenter
Nílton Prado

Soldados

Hildebrando Nunes
José Pinto de Oliveira
Manoel Antônio dos Reis
dois soldados não identificados

Civil: Otávio Correia

A essa lista outros autores acrescentam ainda o nome do Cabo Reis.

O levante dos 18 do Forte – Rio de Janeiro

Revolta dos 18 do Forte
“Marcha da morte”: foto de Zenóbio da Costa publicada em O Malho, que eternizou o idealismo do movimento tenentista. A linha de frente dos revoltosos do Forte de Copacabana caminha pela Avenida Atlântica. Em primeiro plano, da esquerda para a direita: Eduardo Gomes, Márcio Carpenter, Newton Prado, o civil Otávio Correia e o soldado Pedro Ferreira de Melo. Rio de Janeiro, 5 de julho de 1922.

Dos diversos acontecimentos que marcaram o ano de 1922, o mais famoso ocorreu no Rio de Janeiro, tendo o dia 5 de julho como o ápice do movimento conhecido como “Os 18 do Forte”.

Havia no interior do exército forte disposição contra a posse do presidente eleito Artur Bernardes, representante das elites tradicionais, criticado pelos militares.

Dois episódios haviam agravado as tensões mesmo antes da eleição: a prisão do Marechal Hermes da Fonseca, então Presidente do Clube Militar, e as “cartas falsas” que teriam sido escritas pelo candidato à presidência Artur Bernardes e endereçadas ao político mineiro e Ministro da Marinha, Dr. Raul Soares – publicadas na imprensa, criticando os militares.

O Forte de Copacabana se revolta no dia 2 de julho. Era comandante do Forte o Capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do Marechal.

O movimento, que deveria se estender para outras unidades militares, acabou se restringindo ao Forte de Copacabana. Apesar das críticas realizadas, a alta oficialidade manteve-se fiel a “ordem” e não aderiu ao movimento, que acabou abortado nas outras guarnições.

Durante toda manhã do dia 5 o Forte de Copacabana sustentou fogo cerrado. Diversas casas foram atingidas na trajetória dos tiros até os alvos distantes, matando dezenas de pessoas.

Eram 301 revolucionários – oficiais e civis voluntários – enfrentando as forças legalistas, representadas pelos batalhões do I Exército.

A certa altura dos acontecimentos, Euclides Hermes e Siqueira Campos sugeriram que os que quisessem, abandonassem o forte: restaram 29 combatentes.

Por estarem acuados, o Capitão Euclides Hermes saiu da fortaleza para negociar e acabou preso.

Os 28 que permaneceram, decidiram então “resistir até a morte”, A Bandeira do Forte é arriada e rasgada em 28 pedaços, partindo depois em marcha pela Avenida Atlântica rumo ao Leme.

Durante os tiroteios, dez deles dispersaram pelo meio do caminho e os tais 18 passaram a integrar o pelotão suicida.

Após a morte de um cabo, ainda no asfalto com uma bala nas costas, os demais saltaram para a praia, onde aconteceram os últimos choques.

A despeito dos que tombaram mortos na areia, os remanescentes continuaram seguindo em frente.

Os únicos sobreviventes foram Siqueira Campos e Eduardo Gomes, embora tivessem ficado bastante feridos.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br/www.encyclopedia.com/www.unificado.com.br/worddisk.com

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