Encilhamento

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Encilhamento foram as medidas realizadas por Rui Barbosa visando a organização financeira, na epóca do governo provisório logo após a implantação da república.

Um exemplo de uma das medidas do encilhamento foi a disponibilização de empréstimos às empresas que quizessem gerar empregos.

O encilhamento ocorreu durante o governo provisório de Deodoro da Fonseca (1889-1891).

O Ministro da Fazenda Rui Barbosa, na tentativa de estimular a industrialização do Brasil, adotou uma política emissionista baseada em créditos livres aos investimentos industriais garantidos pelas emissões monetárias.

A especulação financeira desencadeada, a inflação e os boicotes através de empresas-fantasmas e ações sem lastro desencadearam, em 1890, a Crise do Encilhamento.

Os problemas trazidos pelo encilhamento foram parcialmente resolvidos no governo Campos Sales. O ato de encilhar refere-se às apostas que seriam o modo com que os especuladores atuavam na Bolsa de Valores com as empresas fantasmas. Esta crise causou o aumento da inflação, crise na economia e aumento da dívida externa. A política econômica executada por Joaquim Murtinho conteve a emissão da moeda e procurou estimular o crescimento industrial do país.

O cenário, no campo da política econômica, era o seguinte: a República dos Estados Unidos do Brasil, recém-proclamada pelo chefe do governo provisório (15/11/1889 a 21/01/1891), general Deodoro da Fonseca, experimentava momentos de intenso debate em torno do seu maior desafio que era o de superar a escassez de moeda – agravada pelo crescimento do trabalho assalariado, resultado do fim da escravidão e da maciça chegada de imigrantes. Os metalistas defendiam a volta do padrão ouro. Os papelistas acreditavam que a pressão sobre o crédito seria sanada com a emissão de moeda.

Rui Barbosa, nomeado ministro e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, desejava substituir a antiga estrutura agrária baseada na exportação de café, promover a industrialização e incentivar o crescimento econômico.

Em 1890, Deodoro da Fonseca propõe uma série de medidas legislativas na área financeira a seu ministro da Fazenda, Rui Barbosa, para desenvolver o mercado de capitais brasileiro. A tomada destas medidas recebeu o nome de encilhamento, que é o ato de arrear (equipar) o cavalo, preparando-o para a corrida.

Abriram-se várias linhas de crédito para investimentos produtivos e em bolsas de valores e aumentaram muito os bancos emissores, fazendo que crescesse em demasia a oferta monetária, sem que se preocupasse com o lastro-ouro, ocasionando, assim, inflação e o fenômeno conhecido como moeda-podre (ou desvalorização monetária).

Além da inflação alta, o surto especulativo nas bolsas de valores culminou com o fechamento de várias empresas e, por conseguinte, uma recessão na economia, além da sonegação fiscal, isto é, aquisição de empréstimos para outros fins, geralmente de interesse pessoal, e venda de ações das empresas-fantasmas (que não foram abertas com o capital requisitado).

Somente, no governo de Campos Salles, com Rodrigues Alves no comando da economia brasileira, foi debelado os efeitos da crise do encilhamento.

Inspirado no sistema bancário norte-americano e coerente com seus “ideais liberais”, Rui Barbosa decreta a lei bancária de 17 de janeiro de 1890, que estabelecia as emissões bancárias sobre um lastro constituído por títulos da dívida pública.

O ministro lança as bases de uma política industrial nacional, apoiando, com medidas legais, a emergência de sociedades por ações. Pretendia o despertar das forças produtivas entravadas por um aparelho estatal obsoleto e por um retrógrado sistema econômico e financeiro, como relata Nelson Werneck Sodré, em sua obra História da Burguesia Brasileira.

Essa política monetária, chamada de Encilhamento, buscava atender às legítimas necessidades dos negócios emperrados por uma demanda reprimida de numerário. Foram, então, criadas três instituições regionais – cada uma com seu banco emissor (Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul). No Rio de Janeiro (região central) foi criado o Banco dos Estados Unidos do Brasil (BEUB). Cada região bancária tinha a função de expandir o crédito e estimular a criação de novas empresas.

Entretanto, o resultado da “má-fé emissiva” (os agentes autorizados pelo governo agiam livremente, sem qualquer vigilância oficial) foi um desastre. Em vez de financiar a indústria e o desenvolvimento, provoca um dos mais importantes surtos inflacionários do país e conseqüente especulação financeira na bolsa de valores. Fora do propósito inicial, o dinheiro foi desviado para toda sorte de negócios, enquanto a economia brasileira sofre violento “colapso”.

Em 20 de janeiro de 1891, Rui Barbosa perde o cargo de primeiro-ministro da Fazenda do Brasil, no qual manteve-se por 14 meses.

O general Deodoro da Fonseca renuncia em 23 de novembro do mesmo ano, sob iminente ameaça de deposição pelos republicanos, representados pelo vice-presidente Marechal Floriano Peixoto, que assume “naturalmente” a presidência.

Encilhamento

O FRACASSO DO ENCILHAMENTO

Na fase inicial de organização das instituições republicanas, urna das questões mais importantes, que gerou as primeiras crises, foi a reforma bancária, tarifária e tributária posta em prática durante o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891). Empreendida pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa, esta reforma visava aumentar a quantidade de dinheiro em circulação no país.

Para o ministro, o meio circulante precisava aumentar em face das novas necessidades trazidas pela Abolição e pela República.

A generalização do trabalho assalariado no pais exigia maior volume de dinheiro para a sua remuneração. Além disso, Rui Barbosa, considerado um industrialista, acreditava que a República devia abrir ao país urna nova etapa econômica, baseada no desenvolvimento da indústria que, para expandir-se, precisava da concessão de amplos créditos.

Para alcançar estes objetivos, o projeto, chamado de “Encilhamento”, elaborado por Rui Barbosa ampliava a possibilidade de emissões, permitindo aos bancos fundados com a autorização do governo constituir seus fundos sociais com apólices da dívida pública, moeda corrente ou ouro. O Brasil foi dividido em áreas de emissão (Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, cada qual com um banco, que deveria expandir o crédito a fim de estimular a criação de novas empresas, particularmente indústrias manufatureiras.

Ao mesmo tempo, Rui Barbosa promulgou uma reforma tarifária, com a cobrança em ouro do imposto alfandegário. Almejava, com isso, desestimular as importações em geral e incentivar a produção manufatureira interna, facilitando somente a entrada de matérias-primas e máquinas. Junto com essa reforma, o ministro empreendeu uma reforma tributária, criando o Imposto de Renda, que recaía principalmente sobre terrenos incultos e não edificados e sobre o álcool, o fumo e o selo.

De um modo geral, a política emissionista de Rui Barbosa resultou num grande fracasso: intensa especulação financeira na Bolsa de Valores, aparecimento de inúmeras empresas “fantasmas”, desvalorização da moeda e dos títulos, emissão descontrolada, inflação galopante etc.

O encilhamento (termo que compara as aplicações na Bolsa, com o jogo nas corridas de cavalos) levou muitas das empresas fundadas na época à falência, sem ter contribuído para o aumento da produção.

Afinal, o projeto de Rui Barbosa, apostando na industrialização, esbarrou na estrutura econômica do pais, apoiada na produção agrária voltada para o mercado externo, no latifúndio e na monocultura. Com um mercado interno precariamente desenvolvido e com a produção cafeeira respondendo por cerca de três quartos das exportações, persistia no Brasil a herança do passado colonial e a extrema dependência do capital externo.

1891 – Com a crise do encilhamento ocorre uma queda considerável do câmbio, dificultando aos importadores o pagamento dos direitos alfandegários em ouro.

Em dezembro de 1891, o imposto cobrado em ouro é substituído por direitos adicionais de 15% sobre os artigos importados.

Fonte: www.geocities.com

Encilhamento

O Encilhamento foi o plano econômico adotado por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda do Governo Provisório do Marechal Deodoro.

O Encilhamento constituiu-se numa reforma monetária, consistindo na proposta de aumento do meio circulante (moeda), visando amortizar a dívida pública, criar meios para o pagamento da mão-de-obra assalariada, créditos para a lavoura (devido aos grandes prejuízos que tiveram com o fim do trabalho escravo) e, principalmente, desenvolver a indústria.

Os Estados eram autônomos e podiam emitir moeda. As grandes emissões de moeda levaram o Tesouro nacional ao cos.

Os resultados foram catastróficos: inflação galopante, falências, especulação desenfreada na Bolsa, crises…Fez o Encilhamento um grande desastre econômico financeiro.

O caos financeiro do Encilhamento teve que ser enfrentado pelos governos posteriores, começando com Prudente de Morais e sendo parcialmente solucionado por Campos Sales.

Segundo um jornal da época, “todos jogaram, o negociante, o médico, o jurisconsulto, o funcionário público, o corretor, o zangão; com pouco pecúlio próprio, com muito pecúlio alheio, com as diferenças do ágio, e quase todos com a caução dos próprios instrumentos do jogo”.

Falta acrescentar à lista de especuladores os fazendeiros do estado do Rio de Janeiro, que influíram à capital para jogar na especulação o dinheiro dos empréstimos.

Os anos de 1890 e 1891 foram de loucura, segundo a expressão de um observador estrangeiro, o qual acrescenta ter havido corretores que obtinham lucros diários de 50 a 100 contos e que oscilação do câmbio fazia e desfazia milionários.

Por dois anos, o novo regime apareceu uma autêntica república de banqueiros, em que a lei era enriquecer a todo custo com dinheiro de especulação.

Encilhamento
O câmbio esmaga o povo. A Agostini, 1891

As conseqüências não se fizeram esperar.

Desde logo, houve enorme encarecimento dos produtos importados devido ao aumento da demanda e ao consumo conspícuo dos novos ricos.

A seguir, a inflação generalizada e a duplicação dos preços já em 1892.

Ao mesmo tempo, começou a queda do câmbio, encarecendo mais ainda os produtos de importação, que na época abrangiam quase tudo.

Em 1892, já era necessário o dobro de mil réis para comprar uma libra esterlina; em 1897, o triplo. Por cima, o governo aumentou os impostos de importação e passou a cobrá-los em ouro, o que contribuiu ainda mais para o agravamento do custo de vida.

Até o embaixador inglês sofreu as conseqüências quando um funcionário da embaixada pediu aumento de salário, demonstrando com listas de preços que seus 70$000 mensais não eram mais suficientes para sobreviver.

O embaixador encaminhou favoravelmente o pedido ao Foreign Office, dizendo que os salários não tinham acompanhado dos preços, e terminou seu ofício com uma tirada de orador popular: …até quando podemos esperar que o povo brasileiro aceite carregar tal peso?” Com efeito, segundo alguns cálculos, no primeiro qüinqüênio republicano houve aumento de mais de 100% nos salários para um aumento de mais de 300% nos preços.

Encilhamento (ministro Ruy Barbosa): tentativa de estimular a criação de empresas industriais e comerciais através de uma política emissionista e de empréstimos externos. Acabou gerando um movimento especulativo e a criação de diversas “indústrias fantasmas” devido a ausência de mecanismos de controle.

José Murilo de Carvalho

Fonte: www.anglosl.com.br

Encilhamento

1889

Encilhamento foi o período compreendido entre 1890/1892, durante o qual, no Rio de Janeiro, houve movimento incomum e desenfreado da Bolsa, além de grandes movimentações de capital, fundando-se bancos e companhias e fazendo-se e desfazendo-se consideráveis fortunas no espaço de alguns dias.

Encilhamento

Com o término do Segundo Reinado instituiu-se no Brasil o Governo Provisório (de 1889 a 1891) sob o comando do marechal Deodoro da Fonseca, que nomeou o primeiro ministério da história da República.

Ao assumir a pasta da Fazenda, Rui Barbosa deparou-se com um crescimento comercial e industrial desordenado e fortemente inibido pela falta de crédito e de dinheiro em mãos dos consumidores, além do câmbio baixo que barateava os produtos estrangeiros em detrimento dos nacionais.

O aumento do número de consumidores no país (população, escravos libertos, imigrantes e moradores das áreas antes marginais) reduzira a disponibilidade de dinheiro per capita.

As novas empresas, que aparentemente representavam um enorme progresso, estavam muito aquém das necessidades do país, não sendo suficientes, sequer, para absorver a mão-de-obra disponível. Além disso, a política imperial levara a uma dívida externa de quase 20 milhões de libras, superior, ao câmbio da época, a todo o meio circulante brasileiro.

O único aspecto favorável era a tendência das empresas a se multiplicarem, a despeito das restrições econômico-financeiras, parecendo muito claro que se obtivessem crédito fácil e fossem protegidas por uma taxa de câmbio mais elevada, elas se desenvolveriam muito mais.

Mas como o governo era provisório e não podia dar garantias para tão vultoso empreendimento, Rui Barbosa optou por colocar em circulação grande quantidade de papel-moeda, para que pudesse ampliar os mercados consumidores que cresciam aceleradamente em virtude da introdução do trabalho assalariado.

Mesmo encontrando resistência do próprio governo, o ministro da Fazenda conseguiu fazer aprovar o decreto de 17/01/1890, criando bancos emissores no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. Eles iriam emitir dinheiro tendo como lastro apenas títulos da dívida pública. Ao mesmo tempo, o governo, através de um sistema de garantias, se assegurava que o dinheiro fosse aplicado em financiamento de novas empresas e não em empréstimos aos agricultores.

Simultaneamente, davam-se grandes facilidades às sociedades anônimas, concitando o público a investir seus capitais na indústria e no comércio.

Exatamente como se esperava e desejava, a perspectiva de emissões levou os bancos a ampliarem o crédito a centenas de novas sociedades. Em menos de três anos o meio circulante cresceu duas vezes e meia, enquanto o capital real das empresas quintuplicava. Com crédito, garantias oficiais e um ambiente psicológico favorável, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro ganhou uma atividade frenética. As ações em alta rápida e constante faziam a fortuna dos investidores.

Toda pessoa que possuía alguma economia via-se tentada a investir, o que fez com que a política econômica de Rui Barbosa ganhasse seu apelido: encilhamento, ou seja, a preparação dos “cavalos” – os incorporadores – que no “hipódromo” da rua do Ouvidor disputavam a preferência dos “apostadores” – os acionistas.

Mas, aparentemente, o amadurecimento político nacional fora superestimado. Num clima de favoritismo e compadrio, empresas irrealizáveis, ou mesmo fictícias, iam conseguindo os mesmos favores e garantias que mereciam as sociedades sérias, de planos bem elaborados e rentabilidade segura.

No entanto, durante a maior parte do ano de 1890 a situação esteve sob controle, e a política de Rui mantinha suas possibilidades de êxito.

Contudo, seus inimigos formavam a corrente mais poderosa da República. De um lado, os cafeicultores agastados com os cortes nos créditos que o Império lhes havia autorizado, e ainda mais pelas tentativas do ministro em tributar-lhes as terras. De outro, os setores vinculados ao comércio internacional, para os quais a baixa do câmbio era uma aflição, e que não tinham nenhum interesse na produção de artigos nacionais.

Assim que a especulação despontou, a oposição usou-a contra a figura do ministro da Fazenda. Apesar disso, representantes de estabelecimento comerciais, bancários e industriais pediram, em memorial datado de 05/11/1890, que Deodoro mantivesse Rui à testa do ministério, mas os interesses contrários falaram mais alto. Em janeiro de 1891, como epílogo de uma crise política, Rui foi compelido a abandonar o Ministério da Fazenda.

Aos poucos, o clima de confiança se dissipou, enquanto a inflação ia restringindo os lucros dos investidores cada vez mais incertos, e aumentando o custo de vida, sem criar a contrapartida dos empregos e produtos.

Em fins de 1891, a tendência à baixa das ações já se generalizava e uma crise política (fechamento do Congresso e posterior renúncia de Deodoro) precipitou a queda.

Sucederam-se as falências e concordatas, e as ações das empresas mais sólidas sofreram brutal desvalorização. Muitas delas, mesmo as que operavam em regime de franca produção, foram prejudicadas.

Encerrava-se de maneira melancólica a tentativa de criar um grande parque industrial e comer-cial no país. Acabara o encilhamento.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

Fonte: www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br

Encilhamento

O “encilhamento”.

Na corrida de cavalos, a iminência da largada era indicada pelo seu encalhamento, isto é, pelo momento em que se apertavam com as cilhas (tiras de couro) as selas dos cavalos. É o instante em que as tensões transparecem no nervosismo das apostas. Por analogia, chamou-se “encilhamento” à poli­tica de emissão de dinheiro em grande quantidade que redundou numa desenfreada especulação na Bolsa de Valores.

Para compreender por que o Governo Provisório decidiu emitir tanto papel-moeda, é preciso recordar que, durante a escravidão, os fazendeiros se encarregavam de fazer as com­pras para si e para seus escravos e agregados. E o mercado de consumo estava praticamente limitado a essas compras, de modo que o dinheiro era utilizado quase exclusivamente pelas pessoas ricas.

Por essa razão, as emissões de moeda eram irregulares: emitia-se conforme a necessidade e sem muito critério.

A situação mudou com a abolição da escravatura e a grande imigração. Com o trabalho livre e assalariado, o dinheiro passou a ser utilizado por todos, ampliando o mercado de consumo.

Para atender à nova necessidade, o Governo Provisório adotou uma política emissionista em 17 de janeiro de 1890.

O ministro da Fazenda, Rui Barbosa, dividiu o Brasil em quatro regiões, autorizando em cada uma delas um banco emissor.

As quatro regiões autorizadas eram: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. O objetivo da medida era o de cobrir as necessidades de pagamento dos assalariados – que aumentaram desde a abolição – e, além disso, expandir o crédito a fim de estimular a criação de novas empresas.

Todavia, a desenfreada política emissionista acarretou uma inflação* incontrolável, pois os “papéis pintados” não tinham como lastro outra coisa que não a garantia do governo.

Por isso, o resultado foi muito diverso do espera­do: em vez de estimular a economia a crescer, desencadeou uma onda especulativa. Os especuladores criaram projetos mirabolantes e irrealizáveis e, em seguida, lançaram as suas ações na Bolsa de Valores, onde eram vendidas a alto preço. Desse modo, algumas pessoas fizeram fortunas da noite para o dia, enquanto seus projetos permaneciam apenas no papel.

Em 1891, depois de um ano de orgia especulativa, Rui Barbosa se deu conta do cará­ter irreal de sua medida e tentou remediá-la, buscando unificar as emissões no Banco da República dos Estados Unidos do Brasil. Mas a demissão coletiva do ministério naquele mesmo ano frustrou a sua tentativa.

Encilhamento

O que foi

Desde os últimos anos do Império, aumentara no Brasil a demanda por moeda determinada pela abolição da escravidão e pela política de imigração, em conseqüência da implantação do trabalho assalariado.

Visando atender a tal necessidade, o ministro da Fazenda de Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, adotou uma política emissionista para desenvolver a industrialização no país e aumentar a arrecadação do Estado.

Contudo, essa política emissionista gerou uma inflação quase incontrolável, pois a emissão de moeda não possuía bases sólidas, ou seja, o dinheiro distribuído no mercado era apenas papel sem valor real. Essa política de emissão de moeda foi chamada de encilhamento, nome que tem origem no lugar do hipódromo, onde se faziam as apostas.

Por fim, houve de fato, um impulso à indústria no período, contudo houve também uma grande especulação.

Fonte: www.culturabrasil.org

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