Governo Prudente de Morais

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Nascimento: 4 de outubro de 1841, Itu, São Paulo.

Falecimento: 3 de dezembro de 1902, Piracicaba, São Paulo.

Prudente de Morais – Presidente

Governo Prudente de Morais
Prudente de Morais

Prudente de Morais foi o terceiro presidente dos Estados Unidos do Brasil. Este é o primeiro civil a ocupar este cargo, e o primeiro presidente a ser eleito diretamente como prescrito pela Constituição de 1891.

Sua ascensão ao poder marcou a ascensão da oligarquia de grandes produtores de café no poder política.

Sua presidência abrange o período entre 15 de novembro de 1894 a 15 de novembro de 1898.

Seu mandato foi marcado pela guerra de Canudos, uma revolta camponesa no nordeste do país, esmagado pelo exército.

Ele também precisa lidar com uma ruptura de relações diplomáticas com Portugal, na sequência da qual uma mediação rainha Victoria permitidos apaziguamento.

Ele tinha sido anteriormente Governador do Estado de São Paulo.

Deu o seu nome para a cidade de Presidente Prudente.

Prudente de Morais – Biografia

Governo Prudente de Morais
Prudente de Morais

Advogado, nascido na cidade de Itu, estado de São Paulo, em 4 de outubro de 1841.

Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo (1863). Vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba (1865-1868).

Deputado provincial em São Paulo pelo Partido Liberal – PL (1868-1869). Filiou-se ao Partido Republicano Paulista – PRP (1876).

Deputado provincial pelo PRP (1878-1879/1881-1882).

Deputado geral por São Paulo pelo Partido Republicano – PR (1885). Deputado na Assembléia Geral do Império, por São Paulo, pelo Partido Republicano (1885-1886). Deputado provincial (1888-1889).

Após integrar a junta governativa de São Paulo, instituída com a proclamação da República, assumiu o governo daquele estado (1889-1890).

Como senador por São Paulo exerceu a presidência da Assembléia Nacional Constituinte (1890-1891) e a vice-presidência do Senado (1891).

Disputou, nesse mesmo ano, a presidência da República com Deodoro da Fonseca, perdendo a eleição indireta por uma pequena margem de votos.

Tornou-se presidente do Senado até 1894, em substituição a Floriano Peixoto, então titular desta casa, quando este assumiu a presidência da República. Por meio de eleição direta, passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1894.

Chefia o Partido Republicano Dissidente de São Paulo (1901).

Faleceu na cidade de Piracicaba, estado de São Paulo, em 13 de dezembro de 1902.

Prudente de Morais – Presidente

Governo Prudente de Morais
Prudente de Morais

Foi o primeiro presidente civil da República. Sua eleição marcou o fim da presença de militares no governo do país, inaugurando a representação dos interesses das oligarquias agrícolas e paulistas. Durante a crise econômica, em conseqüência da política do “encilhamento”, Prudente de Morais enfrentou intensa oposição política, liderada por militares florianistas e pelo grupo dos “jacobinos” que lutavam pela consolidação do poder republicano; pelo Partido Monarquista, que buscava se reorganizar; e por parcela dos setores médios da população, descontente com o governo de um presidente civil.

No ano anterior, houve o conflito em Canudos, no interior da Bahia, motivado pelo corte da madeira e liderado por Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro. Conselheiro tinha uma vida espiritualmente rica, com isso atrai ao seu redor, uma comunidade de quase trinta mil sertanejos. A revolta é vista como uma reação monárquica, apesar de seu caráter messiânico (relativo ao Messias) e regional.

A derrota das tropas baianas leva o presidente do estado a solicitar o envio de tropas federais. O fracasso de duas expedições e as mortes de seus comandantes republicanos gera uma onda de protestos e de violência na cidade do Rio de Janeiro. Os florianistas organizaram-se em milícias fardadas e assassinaram alguns monarquistas cariocas. Somente com a destruição do arraial de Canudos, em agosto de 1897, por uma expedição militar federal composta por oito mil homens, e após o atentado sofrido por Prudente de Morais, cometido por um soldado vitorioso em Canudos, deu-se fim à crise político-institucional, com o restabelecimento da ordem republicana.

Resumo

Segundo Período de Governo Republicano

15.11.1894 a 15.11.1898

Nascimento: Itu – SP, em 04.10.1841
Falecimento:
Piracicaba – SP, em 03.12.1902
Profissão:
Advogado
Período de Governo:
15.11.1894 a 15.11.1898 (04a)
Idade ao assumir:
53 anos
Tipo de eleição:
direta
Votos recebidos:
276.583 (duzentos e setenta e seis mil quinhentos e oitenta e três)
Posse:
em 15 de novembro de 1894, em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo Senhor Ubaldino do Amaral Fontoura

Afastamento: em 10.11.1896 a 03.03.1897, por motivo de doença, período em que assumiu o Vice-Presidente.

Período presidencial

Como primeiro presidente civil da República, sua eleição marcou o término da presença de militares no governo do país, inaugurando a representação dos interesses das oligarquias agrícolas e paulistas, sobretudo as do café.

Em plena crise econômica, em decorrência da política do “encilhamento”, Prudente de Morais enfrentou intensa oposição política, liderada por militares florianistas e pelo grupo dos “jacobinos” que lutavam pela consolidação do poder republicano; pelo Partido Monarquista que buscava se reogarnizar; e por parcelas dos setores médios da população descontente com o governo de um presidente civil.

Prudente de Morais licenciou-se do cargo em novembro de 1896, por motivo de doença, agravando a crise política, que passou a ser enfrentada pelo vice-presidente Manuel Vitorino. Reassumiu a presidência na nova sede do governo, o Palácio do Catete, em 4 março de 1897.

No ano anterior, deu-se a eclosão do conflito em Canudos, no interior da Bahia, motivado pela questão do corte da madeira e liderado por Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, que, pregando uma vida ascética, havia atraído ao seu redor uma comunidade de quase trinta mil sertanejos. A revolta foi vista como uma reação monárquica, apesar de seu caráter messiânico e regional.

A derrota das tropas baianas levou o presidente do estado a solicitar o envio de tropas federais. O fracasso de duas expedições e as mortes de seus comandantes republicanos gerou uma onda de protestos e de violência na cidade do Rio de Janeiro. Os florianistas organizaram-se em milícias fardadas e assassinaram alguns monarquistas cariocas. Somente com a devastação do arraial de Canudos, ocorrida em agosto de 1897, por uma expedição militar federal composta por oito mil homens, e após o atentado sofrido por Prudente de Morais, cometido por um soldado vitorioso em Canudos, deu-se fim à crise político-institucional, com o restabelecimento da ordem republicana.

Formação e início da carreira

Governo Prudente de Morais
Prudente tornou-se o primeiro presidente a ser eleito diretamente e o primeiro presidente civil

Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, no dia 4 de outubro de 1841. Com menos de três anos perdeu o pai, um comerciante de animais, assassinado por um escravo. Graduou-se em direito na Faculdade de Direito de São Paulo em 1863 e, no mesmo ano, transferiu-se para Piracicaba, onde exerceu advocacia durante dois anos, até começar sua carreira de político.

No Império, pertenceu primeiro ao Partido Liberal, monarquista. Foi Eleito vereador em 1865, presidindo a Câmara Municipal. Em 1870, transferiu-se para o Partido Republicano Paulista (PRP), declarando-se republicano, tendência que representou na Assembléia Provincial. Foi deputado provincial em São Paulo e deputado à Assembléia Geral do Império, defendendo, além da forma republicana de governo, o abolicionismo.

Início da república

Proclamada a república, foi nomeado por Deodoro da Fonseca chefe da junta que governou São Paulo de 1889 a 1890. Elegeu-se em seguida senador, chegando a ser vice-presidente do Senado, e presidente da Assembléia Constituinte em 1890 e 1891.

Elaborada a Constituição, disputou com Deodoro da Fonseca a presidência da república. Após a derrota para Deodoro, eleito indiretamente com 129 votos contra 97, Prudente de Morais presidiu o Senado até o fim do mandato.

A Presidência

Na disputa pela sucessão de Floriano Peixoto – que chegara à presidência devido ao golpe de 23 de novembro de 1891 – candidatou-se pelo Partido Republicano Federal (PRF). Venceu as eleições presidenciais de 1894 e tomou posse no dia 15 de novembro daquele ano, tornando-se o primeiro presidente a ser eleito diretamente e o primeiro presidente civil. A sua eleição marcou a chegada ao poder da oligarquia cafeeira paulista em substituição aos setores militares.

O governo de Prudente de Morais foi marcado por turbulências políticas, na tentativa de pacificar dois lados antagônicos: os defensores do governo militar e os simpatizantes da monarquia. Uma das primeiras questões que o presidente teve que resolver foi a da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, assinando a paz com os rebeldes.

Em 1896, enfrentou a questão diplomática envolvendo os ingleses, que acharam por bem tomar posse da Ilha da Trindade sem nenhum motivo. Depois de muitos contra tempos, finalmente a questão foi resolvida de forma favorável ao Brasil.

Outro grave problema que ocorreu em seu governo foi a Guerra de Canudos. No sertão baiano, surgiu uma revolta de caráter sócio-religioso que contagiava cada vez mais pessoas. Liderados por Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, os sertanejos protestavam contra os valores dos impostos e as péssimas condições que viviam. O Governo Federal organizou um grande exército e acabou com o movimento.

As divergências internas no PRF e a Guerra de Canudos desgastam o governo. Mesmo com a vitória das tropas do governo na guerra, os ânimos não se acalmaram. Em 5 de novembro de 1897, durante uma cerimônia militar, Prudente sofreu um atentado contra a sua vida; escapou ileso, mas o marechal Carlos Machado Bittencourt, Ministro da Guerra, foi ferido em seu lugar e faleceu.

As dificuldades econômicas provocadas, principalmente, pela política do encilhamento obrigaram o Governo a fazer novos empréstimos, aumentando grandemente a dívida externa.

Prudente de Morais deixou a presidência em 15 de novembro de 1898, quando passou o cargo a Campos Salles e retirou-se para Piracicaba, onde exerceria a advocacia por alguns anos. Faleceu devido a uma tuberculose em 13 de dezembro de 1902.

Prudente de Morais – Vida

Governo Prudente de Morais
Prudente de Morais

Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, filho de um negociante de animais.

Era filho de José Marcelino de Barros e D. Catarina Maria de Barros.

Perde o pai com pouco mais de 2 anos, assassinado por um escravo. Ainda na infância, muda-se com a família para a cidade de Constituição, atual Piracicaba.

Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1863, exerceu advocacia em Piracicaba.

Foi eleito deputado à Assembléia Provincial, primeiro pelo Partido Liberal e, depois, pelo Partido Republicano.

Em 1885 elegeu-se para a Câmara dos Deputados. Integrou a Assembléia Constituinte Republicana como senador, sendo eleito para presidi-la.

Concorreu com o Marechal Deodoro à Presidência da República. Em 1894, foi escolhido Presidente da República, em eleição direta, tomando posse a 15 de novembro.

É eleito vereador em 1865 e preside a Câmara Municipal.

Em 1868 elege-se deputado provincial pelo Partido Liberal. Adere ao Partido Republicano Paulista (PRP) em 1876.

É três vezes deputado da agremiação na Assembléia Provincial e uma vez na Assembléia-Geral do Império (1885-1886).

Vota a favor da libertação dos escravos com mais de 65 anos, nesse último ano, afirmando sua convicção abolicionista.

Com a proclamação da República, em 1889, é nomeado governador da província de São Paulo até 1890.

Ganha a eleição para o Senado nesse mesmo ano e disputa a Presidência da República como candidato civil contra a candidatura militar de Deodoro da Fonseca, mas é derrotado.

Elege-se por voto direto para a sucessão de Floriano Peixoto. No governo, enfrenta a ocupação da Ilha de Trindade pelos ingleses, pacifica o Rio Grande do Sul, conflagrado pela Revolta Federalista, e vence os rebeldes de Canudos, seguidores de Antonio Conselheiro, conflito que abala o país, em 1897.

No final do mandato, gozando de grande popularidade, retira-se para Piracicaba, onde vive até a morte.

Restabeleceu relações com Portugal e resolveu pacificamente o conflito com a Inglaterra que ocupava nossa Ilha Trindade.

Sob seu governo foi o Brasil vitorioso por arbitragem dos Estados Unidos, na questão de limites com a Argentina, conhecida como Questão das Missões.

Também firmou-se com a França um tratado para resolver a Questão do Amapá, com arbitragem da Suíça.

Em virtude de doença, passou o exercício do governo ao vice-presidente Manuel Vitorino Pereira, de 10 de novembro de 1894 a 5 de março seguinte.

Sofreu um atentado por um soldado fanático a 5 de novembro de 1897, no qual tombou mortalmente o Ministro da Guerra, Marechal Machado Bittencourt, que defendeu o presidente.

No seu governo iniciou-se o conflito de Canudos.

Faleceu em 1902.

Fonte: www.planalto.gov.br/www.eleger.com.br/www.an.arquivonacional.gov.br/br.feocities.com

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