Maranhão

História

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A origem do Maranhão tem por base a luta entre povos, a luta pelo território. No ano do descobrimento do Brasil, os espanhóis foram os primeiros europeus a chegarem à região onde hoje se encontra o Maranhão. Somente trinta e cinco anos depois, que os portugueses tentaram ocupar o território, sem êxito.

E a partir disso, em 1612, os franceses ocuparam definitivamente o Maranhão, originando a França Equinocial. A ocupação foi num cenário de lutas e tréguas entre portugueses e franceses durante três anos e, no ano de 1615, os franceses retomaram definitivamente a colônia.

Com o objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com a metrópole, instituiu-se em 1621 o Estado do Maranhão e Grão-Pará. Isto, porque as relações com a capital da colônia, Salvador, localizada na costa leste do oceano Atlântico eram dificultadas, devido às correntes marítimas.

A separação do Maranhão e Pará ocorreu em 1774, após a consolidação do domínio português na região. A forte influência portuguesa no Maranhão fez com que o Estado só aceitasse em 1823, após intervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de setembro de 1822.

Dados Gerais do Maranhão

Capital –São Luis
Área (km²) –331.983,293
População estimada –6.367.138 pessoas
Número de Municípios –217

Arquitetura

Maranhão

Chamada por um viajante francês de “Pequena vila dos palácios de porcelana”, São Luís tem o maior conjunto arquitetônico de origem portuguesa da América Latina. O casario colonial do Centro Histórico da capital – e de algumas cidades do interior, como Viana, Guimarães e Alcântara – é herança de um tempo de riqueza, quando o Maranhão era um grande exportador de algodão e cana-de-açúcar.

Colonizadores portugueses e seus descendentes reproduziam nos solares e casarões o estilo arquitetônico colonial europeu. Utilizaram ainda o revestimento em azulejos nas fachadas, para amenizar o calor e evitar a umidade. Uma idéia funcional que também agregou charme e beleza, e se tornou marca característica das construções coloniais maranhenses.

Além das fachadas, os azulejos também eram utilizados em painéis dentro de casas e igrejas. A arquitetura da época se caracteriza ainda pelo uso de pedras de cantaria trazidas de Portugal, sacadas com balcões em ferro e mirantes.

Patrimônio Cultural da Humanidade

A área de casarões históricos de São Luís ocupa 250 hectares e envolve três mil e quinhentas construções. A beleza e a importância histórica deste acervo arquitetônico foram reconhecidas em 1997, durante o primeiro mandato da governadora Roseana, pela Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO), que concedeu à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Para concessão do título, também foi levada em conta a preservação dos prédios antigos e a revitalização dos bairros que formam o Centro Histórico (especialmente a Praia Grande, obra iniciada na década de 70 e retomada a partir de 1987, com o Projeto Reviver, no governo do presidente José Sarney).

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Principais festas populares

Carnaval

O desfile das escolas de samba é disputado atualmente por doze agremiações de São Luís e São José de Ribamar, algumas com décadas de tradição e participação na folia. Na passarela, também se apresentam os blocos afros e uma tradição carnavalesca: os blocos tradicionais.

Esses grupos também fazem cortejos nas ruas do bairro histórico da Madre Deus e no Maranhão têm um estilo único. Vestidos com roupas luxuosas, inspirados em trajes do tempo do Império, os blocos tradicionais maranhenses têm, além do figurino, um ritmo próprio, caracterizado pela forte e cadenciada percussão.

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Outras atrações típicas do carnaval maranhense são as tribos de índios e a casinha da roça. As tribos reúnem crianças e adolescentes vestidos com trajes indígenas, imitando rituais de cura. A casinha da roça reproduz uma casa coberta com palha, em cima de um caminhão. Dentro da casa, tocadores e coureiras dançam o tambor de crioula.

São João

No mês de junho, a temporada de festejos para Santo Antonio (dia 13), São João (24), São Pedro (29) e no maranhão, São Marçal (30), reúne milhares de pessoas nos arraiais para ver e acompanhar as danças tradicionais, além das saborosas comidas típicas, vendidas em barracas de palha.

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No centro do arraial ou em outro lugar de destaque, há espaço para apresentação dos grupos folclóricos. As atrações são variadas: desde a tradicional quadrilha, que se manifesta em outras regiões do Brasil, até o típico bumba-meu-boi, tambor de crioula, dança portuguesa, dança do coco, dança do lelê, cacuriá e dança do boiadeiro.

Além dos arraiais espalhados em diversos pontos da capital, inclusive no Centro Histórico, em duas datas há encontros de grupos de bumba-meu-boi que reúnem na mesma ocasião milhares de admiradores. Na noite do dia 28 de junho, véspera de São Pedro, depois de percorrer os arraiais os grupos vão para o Largo do Santo, na Madre Deus, para ir à capela louvar e agradecer as graças alcançadas.

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Depois de muitas orações, eles se apresentam no largo, no meio da multidão. Ao longo de toda a madrugada, até a manhã do dia 29, dezenas de grupos se revezam entre as orações na capela e as danças no largo.

Outro momento é o dia 30 de junho. O tradicional encontro dos bois do sotaque de matraca acontece no bairro do João Paulo. Diferente das homenagens a São Pedro, o encontro em homenagem a São Marçal começa pela manhã e tem seu ponto alto à tarde, quando há uma maior concentração de grupos na antiga avenida João Pessoa, rebatizada de São Marçal.

Festa do Divino

A Festa do Divino é uma das manifestações culturais e religiosas mais ricas e tradicionais do Maranhão. Há indícios de que essa tradição teria chegado com a colonização açoriana, no século XVII. Realizada em várias cidades, a festa em homenagem ao Divino Espírito Santo ocorre em diferentes datas e de formas variadas.

Em São Luís, essa manifestação é marcada pelo sincretismo religioso entre a religião católica e os cultos de origem africana. Cada terreiro de mina realiza sua festa, também associada a santos católicos e entidades espirituais. Uma das mais famosas é a festa da Casa Fanti-Ashanti, dirigida por um dos pais-de-santo mais conhecidos de São Luís, Pai Euclides.

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A celebração mais famosa é a Festa do Divino na cidade histórica de Alcântara, que fica do outro lado da baía de São Marcos, próximo à capital.

Realizada tradicionalmente no mês de maio, com encerramento no domingo de Pentecostes, a festa mistura lendas, história e religiosidade. Em quase duas semanas, são realizados diversos rituais, como procissões, levantamento do mastro, louvores, banquetes e missas.

A organização desses eventos é de responsabilidade de um grupo chamado de corte do Império, formado por adultos, que são representados nos altares festivos e procissões por crianças, nas funções de Imperador ou Imperatriz (a cada ano um deles se reveza no papel principal), mordomos-régios, mestre-sala e vassalos.

A corte se veste de trajes luxuosos, imitando o figurino imperial, um símbolo do imaginário popular sobre a visita que Dom Pedro faria à cidade, no século XIX, quando Alcântara era uma das mais ricas do país, graças à produção de algodão e aos engenhos de cana-de-açúcar.

Segundo os registros históricos, duas das famílias mais abastadas da cidade disputaram quem faria o mais belo palacete para hospedar o Imperador.

Com a desistência de Dom Pedro em fazer a viagem, as construções foram abandonadas e suas ruínas ainda resistem nas ruas da cidade, junto com as de outros prédios que pereceram ao longo do tempo.



 

Manifestações Culturais e Ritmos

Bumba meu boi

Tradição de mais de duzentos anos, o bumba-meu-boi já foi alvo de proibições da polícia no século XIX e hoje é reconhecido como a principal manifestação cultural popular do Maranhão, festejado em todas as regiões do estado, em diversos ritmos e estilos.

A brincadeira mistura lendas indígenas, dança e música, além de uma indumentária caprichada e cheia de brilho.

É na temporada junina que as centenas de grupos reinam nos arraiais como principal atração da cultura maranhense.

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No enredo, o peão Pai Francisco mata o boi mais bonito da fazenda onde trabalha, para satisfazer o desejo de sua esposa Catirina, que grávida, deseja comer a língua do animal, estima do fazendeiro.

A desfeita deixa o dono da fazenda furioso e um grupo de índios é chamado para fazer rituais de pajelança e ressuscitar o novilho.

Sotaques

O bumba meu boi é brincados em diferentes estilos, conhecidos como sotaques. Cada um tem ritmo, roupa, instrumento e coreografia próprios. Os principais são os de matraca (ou da ilha), zabumba, orquestra, baixada e costa de mão (ou Cururupu). Também há grupos mais recentes que não seguem um único sotaque e, principalmente no interior do estado, outros que seguem estilo próprio, que não se enquadra a nenhuma das categorias mais específicas.

Tambor de Crioula – Patrimônio Imaterial do Brasil

Manifestação cultural de matriz afro-brasileira, o tambor de crioula mistura dança, canto e percussão de tambores. No carnaval, nos festejos juninos, em louvor a São Benedito ou associado a outras festas, o tambor de crioula não tem data específica e pode ocorrer ao longo de todo o ano, no interior de terreiros ou ao ar livre.

Com saias rodadas de chitão (tecido) florido, blusa branca com rendas e babados, torso na cabeça e colares, as dançarinas do tambor de crioula, chamadas de coureiras, se dispõem em formação circular e dançam diante dos percussionistas. Um passo tradicional na dança é a punga, ou pungada, uma espécie de cumprimento – feito com o toque do ventre – entre a coureira que vai sair da roda e outra que vai dançar no centro da formação.

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Reconhecimento

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) define como Patrimônio Cultural Imaterial “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”.

No Brasil, o registro dos Patrimônios Culturais Imateriais é feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico – IPHAN. O registro do tambor de crioula do Maranhão como Patrimônio Imaterial do Brasil ocorreu em 18 de junho de 2007, e, segundo o site do IPHAN, faz parte de um projeto de reconhecimento das formas de expressão que compõem o amplo e diversificado legado das tradições culturais de matriz africana no país.

Tambor de mina

Diferente do tambor de crioula, o tambor de mina não é dançado como simples diversão e faz parte dos rituais da umbanda, religião afro-brasileira trazida pelos descendentes negros de origem jeje e nagô. O culto é realizado nos terreiros, onde os iniciados cultuam, invocam e incorporam entidades espirituais. Com roupas especiais para a ocasião, os integrantes cantam e tocam instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs.

Entre as casas de culto religioso em São Luis, a mais antiga é a Casa das Minas, fundada no século XIX. Comandada por mulheres, é uma casa de culto aos voduns (entidades do reino africano de Dahomé atual Benin), pertencente ao vodum Zomadônu, da família real de Davice. Único terreno de mina-jeje de São Luís é muito visitada durante a Festa do Divino. Além da Casa das Minas, a Casa de Nagô e a Casa Fanti-Ashanti também merecem destaque.

Um templo de beleza e história.

O Palácio dos Leões é uma preciosidade que há quase 400 anos permanece conservado para servir de residência e sede administrativa do Governo do Maranhão, figurando como o endereço mais nobre da Ilha de São Luís.

Com três mil metros quadrados de área construída e esculpido com o primor da arquitetura neoclássica, o forte erguido em 1612 pelos franceses transformou-se em um suntuoso palácio nos tempos do governador Joaquim de Mello e Póvoas, no ano de 1766.

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A obra de arte, que representa um dos maiores símbolos da cultura maranhense, guarda relíquias da história política do Maranhão. Seus salões nobres e luxuosos são recheados com um mobiliário eclético e exibem peças que remontam a mais de duzentos anos, nos mais variados estilos.

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O prédio é um dos mais antigos construídos na Ilha de São Luís, é hoje vigiado por duas imponentes estátuas de leões, em bronze, dispostas em frente à fachada e que representam o poder executivo. Na entrada principal, uma escadaria é o caminho para a ala nobre, com seus cinco salões principais.

O Palácio dos Leões é uma viagem extraordinária ao passado, arte, cultura e política do Brasil.

Maranhão, um Brasil de descobertas

O Maranhão tem revelado ao mundo que, desde tempos antigos, cultiva a beleza e a tradição. Aqui, você descobre que ser Amazônia e, ao mesmo tempo, Nordeste resulta numa beleza natural com forte poder de atração.

O Maranhão é diferente porque abriga cidades históricas singulares, riquezas ecológicas, além de contar com manifestações populares, representadas pelo exuberante Tambor de Crioula e pela variedade e beleza do Bumba-Meu-Boi.

Satisfaça a sua curiosidade, o desejo de navegar outros mundos e venha descobrir o Maranhão.

Turismo de Aventura, Cultural, Gastronômico, Ecológico, de Lazer.

Fonte: www.ma.gov.br

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São Luís

O Pólo São Luís abrange os municípios que compõem a Ilha,a capital São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, e a cidade Monumento de Alcântara.

São Luís foi fundada em 1612 por franceses, invadida por holandeses, mas totalmente construída pelos portugueses.

Seu famoso conjunto arquitetônico, do Centro Histórico, com cerca de 5 mil imóveis datados dos séculos XVII e XIX, remetem qualquer pessoa a um passado de muita riqueza, onde barões e prósperos comerciantes acumularam fortunas.

Tombado em 1997 como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o acervo colonial, abriga, atualmente, lojas, cinemas, museus, teatros, bares, restaurantes e hotéis.

Se a opção é a natureza, basta lembrar que São Luís está localizada numa ilha, cercada de belas praias. Ponta D’Areia, Calhau, Olho D’Água e Araçagy são algumas opções.

Fonte:www.turismo.ma.gov.br

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No Maranhão o ambiente de negócios é muito favorável para investir.

O estado tem ótimas áreas agricultáveis, abundância de água (três bacias hidrográficas que podem integrar projetos de irrigação), e oportunidades de negócios nas áreas Aeroespacial, Corredor centro norte, Fazendas florestais, Implantação de negócios ligados à pecuária, Implantação de indústrias de pesca, Indústrias de laticínios, Maricultura, Minérios provenientes de Carajás, Pólo calcário e gesso, Pólo cerâmico, Pólo coureiro, Pólo de carcinicultura, Pólo guseiro, Pólo mínero-metalúrgico, Pólo turístico, e Piscicultura dentre outros.

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O estado possui rotas ferroviárias e rodoviárias que se interligam e levam até São Luís, onde fica o porto com capacidade para exportar toda produção do Maranhão e estados vizinhos.

Localização: O Maranhão está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites o Oceano Atlântico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O).

Ocupa uma área de 331.983,293 km².

A capital é São Luís com 998.385 habitantes (Estimada 2006

Outras cidades importantes são Açailândia, Imperatriz, Timon e Caxias.

População: 6.103.327 habitantes ( Estimada 2005)

Densidade demográfica: 17,03 habitantes/km²

Distribuição demográfica: urbana: 59,5 % rural: 40,5 %

Hora local: G.M.T. menos 3 (três) horas

Temperatura : Apenas pequenas variações no decorrer do ano:

média das mínimas: 21ºC

média das máximas: 32ºC

Precipitação pluviométrica média de 1200 mm a 2000 mm / ano

Relevo: apresenta duas regiões distintas: a planície litorânea e o planalto tabular.

Vegetação: Mata dos Cocais a Leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a Oeste, cerrado ao Sul.

Quantidade de Municípios: 217

Fonte:www.sebrae.com.br

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João Francisco Lisboa analisa em seu livro “Apontamentos para a História do Maranhão”, de l852, os acontecimentos gerados pelo descontentamento criado pela introdução do estanco – comércio de produtos monopolizados pelo Estado – que tiveram sua culminância na Revolução do Maranhão de l684, episódio conhecido como a “Revolução de Beckman”.

O objetivo deste trabalho é analisar algumas das significações que Lisboa emprestou a “povo”, “moradores”, “cidadãos”, “plebe” e “turba”: a relação entre “povo” e “herói” e seus conceitos de “ordem” e “desordem”.

Povo é o elemento passivo, apesar de agente da desordem, porque é nele que agem as forças coletivas, não pode controlar as ações, ao contrário, é levado por elas, tornando-se, então, a força incontrolável que irrompe em excessos e conduz à desordem.

O sujeito da ação dos eventos narrados é Manuel Beckman, personagem que agrega os valores capazes de lhe conferir a condição de um herói. Mesmo assim, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também passará a ser afetado pelas forras coletivas.

Mas vejamos como Lisboa se vale do uso do termo “povo”, contraposto ao de “moradores”, até o momento em que os acontecimentos revolucionários explodem na cidade.

Os “moradores” são a elite da cidade enquanto a ordem é mantida e estão claramente separados do “povo. Contudo, a partir do momento em que a opressão a que esses proprietários estão sendo submetidos a partir da introdução do estanco se explicita, esta elite transforma-se, na narrativa de Lisboa, em “Povo”. É explícita a identificação do “povo” com uma situação de opressão. Este é o momento em que se alternam as designação de “moradores” e “Povo”. Entretanto, este “Povo”, constituído pela elite, jamais será igual ao “povo”, formado pela plebe.

Existe, porém, um termo intermediário nesta transição de “moradores” para “Povo” “cidadão”, que surge para designar os moradores uma vez que assumam parte ativa em uma situação política; termo que só permanece enquanto não surgem nenhum tipo de ação identificada com uma subversão da ordem. Isso significa dizer que permanecem cidadãos enquanto se mantêm no âmbito da reflexão , passando a tornar-se”Povo” se partem para a ação propriamente dita.

Esta idéia nos permite uma aproximação com as observações de Michelet no livro “O Povo”, de l846. Interessante porque, ambos se consideram liberais e poucos anos separam as duas obras. Podemos usar, portanto, algumas chaves presentes em Michelet para interpretar Lisboa.

Em ambos os escritores está presente a idéia de que o povo é arrastado por grandes forças coletivas; bem como, a distinção que fazem entre “homens de reflexão”, binômio de onde emergirá afigura do herói, ou para usar a denominação de Michelet, do gênio individual.

Apesar do povo ser “arrastado pelas grandes forças coletivas”, o que Michelet considera mais interessante no povo é a sua capacidade de ação, por esta razão, segundo ele, o maior erro que as pessoas do povo podem cometer é abandonar os “seus instintos” e lançar-se em busca das “abstrações e generalidades”, que, inversamente, caracterizam os homens das altas sociedades, que os fazem ser, “homens de reflexão”.

O intuito de Michelet era resgatar a imagem do povo, porém, na verdade, esse objetivo ia além: ele estava descrevendo uma fórmula para salvação do povo, função esta, que caberia ao gênio individual, o herói:

“O povo, em sua concepção mais elevada, dificilmente se encontra no povo. Quer eu o observe aqui ou ali, não se trata dele, mas de uma classe, uma forma parcial do povo, alterada e efêmera. Em sua verdade, em seu poder maior, ele só existe no homem de gênio; neste é que mora a grande alma… Essa voz é a voz do povo; mudo pôr si, ele fala pela boca deste homem…, e nele, finalmente, todos são glorificados e salvos”.

O limite a que chegou Michelet ao abordar o tema “povo” é revelado pela inversão que faz: ao invés de colocar o homem de gênio no povo, coloca o povo dentro do homem gênio.

No caso de Lisboa, o herói, em nenhuma de suas componentes, saí do seio do povo,partilha de elementos comuns com o povo ou o carrega em sua alma, como em Michelet; ao contrário, o herói é uma personagem que atravessa a fronteira entre a elite e o povo e ‘, é por causa dos valores que, por um lado, o destacam singularmente; e por outro, carregar consigo deberço , que o habilitam a desempenhar este papel. O heroísmo que Beckman representa não está em momento algum a serviço do povo para resgatá-lo de sua posição. Seu heroísmo existe para reagir à injustiça e à opressão que, aliás, são sofridos mais diretamente pelos proprietários submetidos à tiraniado estanco e à proibição do livre comércio. A designação de Povo que Lisboa emprega serve para nomeara elite que está submetida à opressão . O povo identificado com a maior gama da população é indicado mais propriamente pelas designações de turba, multidão ou plebe.

A política da Corte, “para não contrariar a prática seguida no Estado em ocasiões semelhantes” era fazer as coisas de modo a que, pelo menos, em aparência se dessem pela aceitação voluntária da parte do povo.

O que importava era que não se subvertesse a rotina naquele lugar. A novidade maléfica é a revolução que se anuncia através de uma série de pequenos incidentes que acabam por degenera-se até causar a deflagração da desordem no sistema. É exatamente isto que diz Francisco Lisboa “… em regra as crises natureza nunca deixam de trazer consigo todos os elementos indispensáveis a seu completo desenvolvimento”. Esta mentalidade é a marca da permanência e da continuidade mantidas pela Corte como garantia da manutenção de seu poder.

As calamidades naturais entram no rol das causas gerais que se acumulam para agir de uma só vez, culminando no processo incontrolável que escapa ao controle humano e leva à revolução. O “povo” é o elemento impulsionado pelas “causas gerais”, não possui ação própria, ele é mostrado como uma massa passiva pronta a ser conduzida.

É um acidente o estopim que detona a crise – o elemento próprio da situação de desordem, contido naturalmente no processo de degeneração. Este acidente é a aparição da voz que levará atrás de si a multidão: a figura do revolucionário. A multidão sozinha, como já acentuado, jamais poderia levar este processo adiante.

Para desempenhar este papel, Beckman sofre um rito de passagem através de um rebaixamento à condição do homem comum, o que se dá quando ele “ata o seu destino ao destino do povo” atravessando a distância que separa a elite privilegiada do homem do povo, passando a participar”da miséria e opressão comuns” sendo, portanto, “dominado e arrastado pelas mesmas idéias e paixões, que eram de todos”. Isso faz com que Beckman não possa ter mais total controle da situação. Entretanto, esta situação não é absoluta já que Beckman nunca completa esta transição. Ele fica em uma situação intermediária entre o mundo da elite e o mundo do povo, entre o seu status nobre de “homem de reflexão” e o rebaixamento a “homem de ação”. É esta localização especial que o habilita a conduzir as multidões e, sob este aspecto, ele representa o protótipo do herói.

A voz de Beckman, o líder, ao conduzir as novas ordens se confunde com a ação da multidão. Sua voz torna-se a própria ação. Mas é também , ao mesmo tempo, pela posição intermediária que ocupa, o elemento de moderação capaz de controlar a selvageria do povo, que a esta altura, já aparece representado totalmente por uma multidão que não possui mais faces identificáveis, é somente “povo”, e o “povo” entregue a seu estado completo, torna-se “plebe”, e junto com ela, estará sempre presente a perspectiva de violência, permanecendo, entretanto, a separação entre os líderes e o “povo”, antepostos como nobres diante da plebe furiosa.

Segundo o relato, fica claro que Beckman não teria tido o intento de instalar uma nova ordem, mas, pelo contrário, restaurar a antiga. A manutenção da ordem mínima, surge como um ponto de honra a ser preservado pelos “melhores cidadãos”, coisa muito diferente do que poderia fazer a “plebe”.

Com o passar do tempo, começa a aparecer toda a inconstância do “povo”, característica da falta das virtudes identificadas com a firmeza de propósitos e com a tenacidade próprias somente do herói. Gradualmente, a ordem começa a ser restabelecida, e com a normalidade, a rotina. É o retorno do mundo da permanência suplantado o instante fugaz da novidade revolucionária. Está demonstrada a instabilidade do povo, que parece saudar o fim da revolução com o mesmo entusiasmo com que abraçara a sua causa. A moral da história parece querer dizer que o “povo”, enfim, ama a normalidade:

O início dos infortúnios de Beckman dera-se com o rompimento com o acordo tácito que mantinha as aparências “da aceitação voluntária do povo”.

A revolução de Lisboa não é alteração radical das bases em que se apoiam a sociedade brasileira, a glória que destaca da revolta do Maranhão não é o fato de haver sido uma revolução, mas o heroísmo de Beckman. Sobre revoluções, Lisboa não as apoia, sua atração pelo tema restringe-se às discussões entre homens ilustrados, entre os “homens de reflexão”, lugar onde ele mesmo se situa, e de onde pode encontrar a legitimidade e a justiça de uma revolução, que seria um movimento, como já se disse, voltado, unicamente, contra as injustiças e a falta de liberdade política e econômica para aqueles que identifica como cidadãos. Vai nesse sentido o liberalismo de Lisboa.

Poderia parecer absurdo, que Lisboa acabe reverenciando a revolução pela sua moderação, “respeito à vida”, à “fazenda” e aos direitos dos adversários”. O respeito à “fazenda”, serve para diferenciar estas de outras revoltas menos nobres descritas como “simples fatos materiais”, enquanto que, por outro lado, uma revolução feita de idéias poderia, facilmente, permanecer restrita aos salões da República das Letras, em perfeito isolamento dos ditames da tão temida necessidade. É ao intelecto que deve estar ligada a revolução e não à necessidade. Esta é a divisão entre “homens e reflexão” e “homens de ação”, de que nos fala Michelet, e que parece fornecer os limites do mundo de Francisco Lisboa.

Bibliografia

Lisboa, J. Francisco. Crônica do Brasil colonial: apontamentos para a história do Maranhão, Petrópolis: Vozes, l976.
Michelet, Jules. O Povo, SP: Martins Fontes, l988.

Geografia e Dados Gerais do Maranhão MA

O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites o Oceano Atlântico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). Um pouco Maior que a Itália e um pouco menor que a Alemanha, o estado ocupa uma área de 331.983,293 km². A capital é São Luís, e outras cidades importantes são Açailândia, Imperatriz, Timon, Caxias, Codó, Bacabal, Balsas e Santa Inês.

Localização:Região Nordeste.

Ponto mais alto:localizado na Chapada das Mangabeiras (804 metros)

Região Nordeste

Estados limítrofes Piauí, Tocantins e Pará

Mesorregiões 5

Microrregiões 21

Municípios 217

Capital São Luís

Área

Total 331.983,293 km² (8º)

População

2006 estim. 6.184.538 hab. (10º)

Densidade 18,6 hab./km² (16º)

Maranhão
Bandeira do Maranhão

Maranhão
Brasão do Maranhão

Habitante

Maranhense

Principais Municípios

São Luís, Imperatriz, Caxias, Codó, Santa Luzia, Bacabal.

Atividades Econômicas

extração de babaçu e cera de carnaúba, pecuária (bovinos, suínos), avicultura, agricultura (milho, arroz, mandioca, feijão, algodão, cana-de-açúcar, laranja), pesca (camarões, lagosta) e minerais (calcário, gás natural, gipsita, petróleo e sal marinho).

Geografia

Estado referente à região do Nordeste brasileiro. O Maranhão tem fronteiras estaduais com os seguintes Estados: Piauí (ao leste), Tocantins (ao sudoeste) e Pará (ao oeste). Ao norte, o Estado é limitado pelo Oceano Atlântico. São Luís é a capital do Estado e sua cidade mais populosa, situada na região da costa atlântica, apresentando um litoral bastante recortado.

Hidrografia

A rede hidrográfica maranhense é, em sua maior parte, pertencente à bacia do Norte e Nordeste. Entre os principais rios do Estado se encontra o Paranaíba, dividido com o Piauí na região fronteiriça entre os dois Estados. Outros rios que banham o território do Maranhão são o Gurupi (zona de fronteira com o Pará), o Tocantins (zona de fronteira do Maranhão com Tocantins), Turiaçu, Itapecuru, Pindaré, Grajaú e Mearim.

Lista de Rios do Maranhão

Rio Gurupi
Rio Itapecuru
Rio Mearim
Rio Munim
Rio Parnaíba
Rio Pindaré
Rio Tocantins
Rio Turiaçu

Clima e Vegetação

A característica climática predominante no Maranhão é configurada como tropical. As temperaturas médias anuais são superiores a 24°C, enquanto os índices pluviométricos variam entre 1500 e 2500mm anuais. As chuvas no território do Maranhão caracterizam duas áreas distintas: no litoral as chuvas são mais abundantes, enquanto no interior são mais escassas.

Outro fator condicionante do clima no Estado é sua posição geográfica, dividida entre a área situada no complexo amazônico, ao noroeste, onde o clima tende à caracterização como equatorial, e a área situada na região semi-árida do Nordeste brasileiro.

O fator condicionante do clima é responsável pela distinção entre algumas áreas de vegetação: ao noroeste há a presença da Floresta Amazônica ou Hiléia Brasileira, sendo esta região também conhecida como Amazônia Maranhense; nas regiões de clima caracterizado como tropical, predomina o cerrado, ao sul do território estadual; no litoral, há a presença do mangue; ao leste, numa zona de transição entre o cerrado e a floresta equatorial, há a Mata dos Cocais, de vegetação relativamente homogênea, onde predomina o babaçu (Orbignya martiana), de grande importância econômica para o Estado.

Relevo

O relevo maranhense é basicamente dividido em duas grandes áreas: a região de planície no litoral e a região de planalto nas demais áreas do Estado. A planície caracteriza-se pela presença de tabuleiros (pequenos platôs) e baixadas alagadiças. Esta região de planície chega a avançar, a partir de sua região central, em direção ao interior do território. Quanto ao planalto, com forma tabular e de formação basáltica a partir do mesozóico, há a presença de áreas de chapadas, com escarpas que constituem, por exemplo,as serras da Desordem, da Canela e das Alpercatas.

A população indígena do Maranhão está entre as mais significativas do país do ponto de vista numérico, sendo estimada em pouco mais de 12,2 mil habitantes. Está dividida em dezesseis grupos, sendo que quatorze destes já vivem em áreas demarcadas para si pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).

Como nos demais Estados nordestinos, a população maranhense também enfrenta problemas infra-estruturais, como a rede hospitalar insatisfatória, em que grande parte dos estabelecimentos são mantidos por entidades privadas. Outro grave problema social trata-se dos conflitos rurais resultados da baixa condição econômica dos trabalhadores rurais, destituídos de terras próprias para o cultivo e a subsistência.

Economia

As atividades econômicas predominantes no Estado do Maranhão são a agropecuária e o extrativismo vegetal: o arroz é o principal produto agrícola, em conjunto com o milho, a mandioca, o feijão e a cana-de-açúcar; o babaçu é o produto de extração de extrema importância para a economia do Estado, seguido da carnaúba.

A pecuária regional tem os bovinos, caprinos, asininos e suínos entre seus principais rebanhos.

O cultivo agrícola é desenvolvido sobretudo nas regiões dos vales do Pindaré e do Mearim.

No período entre os anos de 1949 e 1953, a pesca maranhense esteve no primeiro lugar em termos de produção nacional. Já as atividades industriais são restritas; há no Estado a participação dos setores industriais alimentícios, madeireiros e de processamento de alumínio.

Etnias

O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas lavouras de cana, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e predominantes são dos grupos linguísticos Jê e Tupi. No tronco Macro-Jê destaca-se a família Jê, com povos falantes da língua Timbira (Mehim), Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do Pindaré e Krejê. No Tronco Tupi a família tupi-guarani, com os povos falantes das línguas Tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além dos Awá-Guajá e e um pequeno grupo Guarani. concentrados principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e na região de Barra do Corda e Grajaú.

Os afro-descendentes são maioria da população, devido ao forte tráfico negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milhares de negros da Costa da Mina e da Guiné. Muitas das tradições maranhenses tem a forte marca das culturas africanas: culinária (Arroz de Cuxá), religião (Tambor de Mina e Terecô), festas (Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula) e músicas (Reggae). Atualmente, o Maranhão conta com mais de 700 comunidades quilombolas em toda região da baixada, rio Itapecuru e Mearim.

A população branca, 24,9% é quase exclusivamente descendentes de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda no início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e da região de Trás-os-Montes. Também no século XX vieram contingentes significativos de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande e tradicional presença no estado. A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento do estado até a metade do século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante similar ao português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma conjugação verbal e pronominal vizinha àquela lusitana.

Gentílico

Maranhense

Hora local

A mesma em relação a Brasília.

Hino do Maranhão

I
“Entre o rumor das selvas seculares,
Ouviste um dia no espaço azul, vibrando,
O troar das bombardas nos combates,
E, após, um hino festival, soando.

Estribilho
Salve Pátria, Pátria amada!
Maranhão, Maranhão, berço de heróis,
Por divisa tens a glória
Por nome, nossos avós.

II
Era a guerra, a vitória, a morte e a vida
E, com a vitória, a glória entrelaçada,
Caía do invasor a audácia estranha,
Surgia do direito a luz dourada.

III
Quando às irmãs os braços estendeste,
Foi com a glória a fulgir no teu semblante
E foi sempre envolta na tua luz celeste,
Pátria de heróis, tens caminhado avante.

IV
Reprimiste o flamengo aventureiro,
E o forçaste a no mar buscar guarida
Dois séculos depois, disseste ao luso:
– A liberdade é o sol que nos dá vida.

V
E na estrada esplendente do futuro,
Fitas o olhar, altiva e sobranceira,
Dê-te o porvir as glórias do passado
Seja de glória tua existência inteira.”

Fonte:www.achetudoeregiao.com.br

Maranhão

Tudo que o turista com espírito de descoberta espera encontrar no Nordeste, o Maranhão tem. Maranhão possui uma costa de 640 km de extensão, a segunda maior do Brasil, tem o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o maior conjunto de dunas do mundo, e o Parque Estadual de Manuel Luís – maior banco de corais da América do Sul.

Maranhão

Maranhão ainda tem um das áreas mais ricas e desconhecidas da Selva Amazônica e a maior área preservada de cerrados, com dezenas de grandiosas cascatas. Maranhão já nasceu diferente.

Possui a única capital brasileira fundada por franceses e é, curiosamente, a mais portuguesa. Isto é explicado pelos tesouros naturais que existem na região, no Estado de transição entre Norte, Nordeste e o Centro -oste brasileiro que motivaram muitas guerras entre os colonizadores.

Os portugueses venceram a guerra e dominaram no Maranhão, especialmente em cidades como São Luís e Alcântara, que possui uma preciosa herança: o maior conjunto de arquitetura civil portuguesa da América Latina, com mais de 3000 construções de valor histórico.

O encanto de São Luís e de Alcântara, onde a mistura entre negro, índios e brancos resultou em um sólido e exuberante patrimônio cultural, vem, durante vários séculos, impressionando muitos viajantes. Agora está se revelando, para pioneiros novos, o grande potencial do Maranhão para o ecoturismo. Conhecer as maravilhas do Estado exige espírito de aventura.

O Governo de Maranhão já está abrindo estradas para isso, preparando a infra-estrutura básica do mundo inteiro de forma que turistas de todo o mundo possam desfrutar dos encantos do Estado. Maranhão o espera. Maranhão é o Nordeste com algo mais.

Cultura Popular

A Cultura Popular do Maranhão é uma feliz convergência de influências. Produto da mistura de brancos, negros e índios, ela também traduz a localização geográfica do Estado, mostrando a sua ascendência nordestina e amazônica. A força deste multiculturalismo deu origem a uma das mais ricas, vivas e originais expressões culturais do País.

Sua personalidade está impressa em todas as suas manifestações: seja no trançado da palha, no trabalho das rendeiras, na tradição da pesca artesanal e da construção de barcos, quanto no sabor de sua comida, nas lendas, no som arrebatador do Bumba-meu-boi e nos seus diferentes “sotaques” e na variedade das danças, como a Dança do Coco, Dança do Caroço e Dança de São Gonçalo.

Mas as festas são um dos momentos de expressão máxima da cultura maranhense. As festas no Maranhão são um espetáculo de cores, sons, sabores, fé, magia e tradição. É festa o ano inteiro: Festa do Divino, de São Benedito, Carnaval, São João e muitas outras. Em todas elas, a mesma característica: a participação popular e a alegria.

Bumba-Meu-Boi

Maranhão

O Bumba-meu-boi é uma das mais expressivas manifestações culturais do Maranhão. Este espetáculo de música, dança, cantos e cores arrebata os sentidos e alegra as noites de São João em São Luís.

O Bumba-meu-boi é um auto dramático, uma fantástica mistura de teatro, dança e folclore, com traços semelhantes aos autos medievais, mas suas verdadeiras origens estão perdidas no tempo. A história de Pai Francisco, Catirina, e a sua relação com o boi, é encontrada com variações, em diversas culturas. Mas só aqui no Maranhão ele é tão empolgante.

Produto da mistura de brancos, negros e índios, estas influências estão presentes nos diferentes estilos de boi – os chamados “sotaques”. São 3 os principais sotaques:

Boi de matraca: de marcada influência indígena, se caracteriza pela utilização da matraca, um instrumento construído com pequenas tábuas que fazem a percussão;

Boi de zabumba: de influência africana, utiliza a zabumba, uma espécie de tambor, na marcação.

Boi de orquestra: predomina a influência branca, utiliza instrumentos de sopro como saxofones, clarinetas e pistões.

Cada sotaque é uma batida, um ritmo diferente. E com o sotaque mudam também as indumentárias, as cenografias e as toadas. O resultado é uma festa, uma mistura de sons, ritmos e cores, que arrebata a assistência. Um espetáculo de grande beleza e valor cultural inestimável.

Brincar o Bumba-meu-boi no Maranhão é uma experiência inesquecível. Venha você também viver esta alegria e descobrir o segredo de um São João diferente!

São João

Maranhão

O São João do Maranhão é uma comemoração sem igual em todo o Brasil. A partir O São João do Maranhão é uma comemoração sem igual em todo o Brasil. A partir da segunda quinzena do mês de junho, a cidade de São Luís se transforma num grande arraial.

Compõem o folguedo as barraquinhas de palha, as bandeirolas, as fogueiras, os licores e as comidas típicas. A diferença fica por conta das muitas manifestações culturais que ocorrem durante o São João e que fazem desta festa um dos momentos mais ricos da cultura popular do País. A Festa de São João é como um caleidoscópio da riqueza cultural, artística e folclórica do Maranhão. O Bumba-meu-boi é a mais expressiva delas.

Esta fantástica mistura de teatro, dança e folclore, com traços semelhantes aos autos medievais, tem as suas origens perdidas no tempo. Mas até hoje ele empolga e arrebata a assistência. Suas cores, a beleza das suas coreografias, o brilho das fantasias, o esvoaçar das fitas e o som quente, forte e perturbador dos diferentes “sotaques” do Bumba-meu-boi, arrasta o povo todo pelas ruas para acompanhar as suas evoluções. É um espetáculo emocionante.

E tem mais cultura neste São João! Tem a sensualidade do Tambor-de-crioula, uma dança herdada dos escravos e conduzida por tambores em um ritmo frenético, onde as mulheres em movimento sensual, coroam a dança com uma “umbigada”, tem a Dança do coco, o Lelê ou Pela porco, o Cacuriá, a dança de São Gonçalo, Bambaê de caixa, a dança portuguesa e a tradicional quadrilha.

A presença do povo, a alegria dos participantes e todas estas atrações culturais fazem da Festa de São João do Maranhão uma comemoração verdadeiramente diferente de tudo o que você já viu!

Circuito Religioso

Os tambores ressoam no Maranhão durante o ano inteiro. A religiosidade do povo maranhense se expressa através da devoção, da dança, da alegria das festas.

O São João do Maranhão é uma comemoração sem igual em todo o Brasil. As fogueiras são acesas e o povo todo vai para as ruas acompanhar as evoluções, as danças, os brilhos e coloridos do Bumba-meu-boi. É um espetáculo emocionante, com um som quente que arrasta toda a assistência. E, para deixar ainda mais animados os festejos de São João, tem a tradição do Tambor-de-crioula, dança quente e sensual.

Mas o circuito religioso no Maranhão ainda tem mais comemoração! Como a Festa do Divino, na cidade de Alcântara, os festejos de São Benedito, protetor dos escravos e a festa em homenagem a São José de Ribamar, santo reconhecido pela fama de milagreiro.

Nas casas de culto africano, o Tambor de Mina, ritual semelhante ao do Candomblé, ressoa em dezenas de cerimônias ao longo do ano.

Fé, alegria e uma pluralidade de sons, ritmos e movimentos contribuem para fazer do circuito religioso uma das grandes atrações culturais do Maranhão.

Festa do Divino

A Festa do Divino é comemorada durante o mês de maio em várias cidades do Maranhão. Mas é em Alcântara que ela alcança todo o seu esplendor. Esta festa, que reúne devoção e história, encontra no casario colonial e nas ruínas do tempo do Brasil Império de Alcântara o cenário perfeito para nos transportar para uma época em que ainda viviam reis e imperadores.

No período das comemorações, sobe a luz bruxuleante dos archotes, os cortejos populares percorrem as ruas da cidade, entoando cânticos até chegar à casa onde está hospedado o Imperador ou Imperatriz, que então recebe as homenagens do povo. As “caixeiras” comandam a celebração. Elas acompanham o cortejo rufando suas “caixas” (uma espécie de tambor), entoando cânticos e executando os passos de uma dança muito peculiar. As “bandeirinhas” participam do canto e da dança, acompanhando o toque das caixeiras. Ao final, são servidos doces e bebidas para os participantes do cortejo.

Homenagem a São José de Ribamar

A apenas 35 km de São Luís, a cidade de São José de Ribamar é o maior santuário de peregrinações religiosas do Estado. Graças aos milagres atribuídos ao Santo Padroeiro, fervorosos romeiros de todas as regiões do País para lá se dirigem, no mês de setembro, quando da realização dos festejos em sua homenagem.

Numa comovente profissão de fé, grande número de fiéis dirigem-se à Casa dos Milagres para depositar seus ex-votos. São cabeças, membros e órgãos do corpo humano ou peças como casas ou embarcações, esculpidas em cera ou madeira, simbolizando o agradecimento pela graça de curas alcançadas ou sonhos realizados.

Mais de 100.000 pessoas dividem suas atenções entre o profano e o sagrado. Romeiros que, contritamente, participam das missas, dos batizados e acompanham a procissão são os mesmos que animam os shows, bailes de reggae, apresentações folclóricas, desfiles carnavalescos, numa demonstração de que a fé e a devoção não excluem a alegria.

O cenário dessas manifestações, já antes deslumbrante, em frente à Baía de São José, ganhou imponência e conforto com a construção da basílica pelo governo atual. No largo da igreja foi erguida uma estátua do Santo, com 17,50m de altura, que pode ser avistada de bem longe da costa

Em torno, outras doze edificações menores representam etapas da vida do padroeiro: nascimento, noivado, os passos de São José. Fazem ainda parte do complexo religioso a grande concha acústica e o Museu dos Ex-Votos. Essas obras contribuíram para a consolidação dos festejos de São José como um dos mais importantes eventos do calendário turístico do Maranhão.

Fonte:www.braziliantourism.com.br

Maranhão

Formação Histórica

Foram os espanhóis os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje se encontra o Estado do Maranhão.

Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses, uma primeira tentativa fracassada de ocupação do território.

Foram os franceses que realizaram a ocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500 deles chegaram em três navios e fundaram a França Equinocial.

Seguiram-se lutas e tréguas entre portugueses e franceses até 1615, quando os primeiros retomaram definitivamente a colônia.

Em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão e Grão-Pará, com o objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com a metrópole, uma vez que as relações com a capital da colônia, Salvador, localizada na costa leste do oceano Atlântico eram dificultadas, devido às correntes marítimas.

Em 1641, os holandeses invadiram a região e ocuparam a ilha de São Luiz, nomeando o povoado em homenagem ao rei Luiz XIII.

Três anos depois, foram expulsos pelos portugueses. A separação do Maranhão e Pará veio a ocorrer em 1774, após a consolidação do domínio português na região.

A forte influência portuguesa no Maranhão fez com que o Estado só aceitasse em 1823, após intervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de setembro de 1822.

No século XVII, a base da economia do Estado encontrava-se na produção do açúcar, cravo, canela e pimenta; no século XVIII, surgiram o arroz e o algodão, que vieram a se somar ao açúcar, constituindo-se estes três produtos a base da economia escravocrata do século XIX.

Com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888, o Estado enfrentou um período decadência econômica, do qual viria a se recuperar no final da primeira década do século XX, quando teve início o processo de industrialização, a partir da produção têxtil.

O Estado do Maranhão recebeu duas importantes correntes migratórias ao longo do século XX. Nos primeiros anos chegaram sírio-libaneses, que se dedicaram inicialmente ao comércio modesto, passando em seguida a empreendimentos maiores e a dar origem a profissionais liberais e políticos.

Entre as décadas de 40 e 60 chegou grande número de migrantes originários do Estado do Ceará, em busca de melhores condições de vida na agricultura. Dedicaram-se principalmente à lavoura de arroz, o que fez crescer consideravelmente a produção do Estado.

Origem do nome

Maranhão

Do tupi, mba’ra, mar, e nã, corrente, rio que semelha o mar, primeiro nome dado ao rio Amazonas.

Fonte:citybrazil.uol.com.br

Maranhão

Como tudo começou

A divisa fixada em 1494 pelo Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal para dividir as terras ainda desconhecidas pelos europeus, cortava a linha do Equador em um ponto qualquer afastado do Amazonas.

Maranhão

Os métodos rudimentares para determinar as distâncias em alto mar não possibilitavam uma localização precisa e, na dúvida, devido às sanções que ameaçavam os que não teriam respeitado este “testamento de Adão” – como o chamava ironicamente Francisco I da França – era preferível manter-se distante da zona incerta.

Os sucessores de Colombo, assim como os de Cabral, não se distanciavam das rotas conhecidas, e todo o litoral entre o Orenoco e o Nordeste brasileiro tornava-se um “no man’s land”, que somente alguns raros exploradores clandestinos ousavam percorrer.

Para incentivar o povoamento do Brasil, o rei João III, de Portugal, dividiu-o em capitanias hereditárias, em 1535. A Capitania do Maranhão, situada mais ao Norte, ele a deu ao tesoureiro – e célebre historiador – João de Barros, que levou muito a sério a sua missão colonizadora.

Ao longo de três décadas, ele enviou não menos de quatro frotas com mais de 3.000 colonos, que fundaram a cidade de Nazaré (muito provavelmente na localização atual de São Luís) e três outros vilarejos, sob as ordens de seus próprios filhos, que ali ficaram durante cinco anos (1555-60).

A falta de ajuda oficial e o precário conhecimento das rotas marítimas (por causa do Gulf Stream era mais fácil ir de São Luís à Europa do que de São Luís para o resto do Brasil!) contribuíram, pouco a pouco, para o desaparecimento destas colônias.

Depois de 1570, enquanto o Brasil já tinha cidades tão ricas quanto Salvador e Olinda, toda a costa do Norte era uma região abandonada à própria sorte.

Este descaso do poder despertou a cobiça dos ambiciosos: traficantes portugueses e espanhóis, corsários holandeses, ingleses e, principalmente, franceses, que vinham todo ano para comerciar com os índios, estabelecendo assim as bases de um contato vantajoso.

Em 1612, uma expedição francesa comandada por Daniel de la Touche, Senhor de la Ravardière, partia de Cancale (Saint-Malo) na Bretanha, com o apoio da regente Maria de Médicis, para se apossar do lugar (“não pela força mas por amor”, segundo as palavras do missionário capuchinho Claude d’Abbeville) e fundar aqui a França Equinocial.

No dia 8 de setembro, foi concluído o Forte e Vila de São Luís, assim nomeado em homenagem a Luís XIII (alguns anos mais tarde, no lado contrário ao Atlântico, na embocadura do Senegal, uma outra cidade seria batizada com o nome de São Luís, mas em homenagem a Luís XIV). O fato teve uma certa repercussão e provocou uma crise diplomática, resultando, finalmente, na reconquista do Maranhão pelos portugueses de Pernambuco, em 1615.

Fonte:www.topgyn.com.br

Maranhão

O estado do Maranhão localiza-se entre a Amazônia e o Nordeste, constituindo-se a fronteira entre as duas regiões. Conta com 216 municípios, 5,6 milhões de habitantes e uma extensão superior a 333 mil quilômetros quadrados, tendo como capital a cidade de São Luís.

Maranhão

Economia

Possui indústrias diversas, destacando-se as de transformação de alumínio, alimentos e madeiras. Também possui atividades de extrativismo do coco babaçu e da agricultura da soja, mandioca, arroz, milho, e pecuária.

Localização

Limita-se com o Piauí, Tocantins e o Pará. Em 1612, colonizadores franceses queriam fundar nesse território, a França Equinocial Brasileira. O Maranhão guarda as marcas do passado, principalmente na arquitetura de sua capital, São Luís, que mostra as marcas do Brasil Colonial.

O centro possui ruas estreitas e sobrados com fachadas de azulejos datados dos séculos XVII a XIX. Alcântara, município de reduto negro, foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional pela riqueza de sua arquitetura que também revela o passado histórico.

Amazônia Maranhense

No Maranhão a região amazônica propriamente dita é compreendida pelas regiões a oeste do paralelo 44 menos os cerrados do sul-maranhense. inclui-se aí todo o litoral ocidental até a baía do Tubarão (extensão do chamado litoral norte, que inclui São Luís), toda a baixada maranhense (espécie de prolongamento das várzeas da bacia amazônica e dos campos do Marajó), os vales dos extensos e perenes rios Gurupi, Turiaçu, Pindaré, Grajaú e Mearim até mais ou menos a região de Grajaú, tornando-se difícil muitas vezes definir onde começa um bioma e termina o outro. O traçado que delimita o bioma nunca é retilíneo.

Assim sendo, a cidade de São Luís seria a terceira maior da Amazônica e um dos seus portais litorâneos e Imperatriz a segunda maior do interior da Amazônia e um dos seus portais interioranos.

Isso quer dizer que, no Maranhão, as áreas compreendidas por essas regiões que hoje estão devastadas ou fragmentadas em sua maior parte (cerca de 69%, o pior índice da Amazônia Brasileira), outrora foram cobertas pela mais exuberante floresta tropical densa e ecossistemas associados.

Esse cenário compõe mais de um terço do estado, todo o oeste e centro-norte; as áreas adjacentes são conformadas por ecótonos(área de transição) ou as formações florestais pré-amazônicas propriamente ditas, que abrange algumas áreas próximas à fronteira leste com o Piauí (zonas de transição para o domínio da Caatinga e parte do Cerrado) e as regiões de tensão ecológica com os cerrados do sul do Estado (como exemplo da Pré-Amazônia está o Parque Estadual do Mirador).

Colonizadores e cientistas que visitaram o litoral e o interior do Maranhão na época colonial nos deixaram relatos das paisagens, fauna e flora tipicamente amazônicas e bem distintas daquelas encontradas nas capitanias do Nordeste.

A distância e a dificuldade de acesso deixou o Maranhão e todo o norte do país no primeiro século isolados do contato com o restante da colônia e a mercê de piratas franceses, ingleses, espanhóis e holandeses.

Com a definitiva expulsão dos franceses em São Luís dá-se início a ocupação portuguesa efetiva no Maranhão em particular e na Amazônia em geral.

Interior do Maranhão

Não só a capital encanta o visitante. O interior exibe belezas naturais exuberantes. A Floresta dos Guarás, por exemplo, é recortada por baías e centenas de canais e furos. Há fartura de peixes, caranguejos e aves que alimentam em manguezais.

Os manguezais são visitados por diversos animais, entre os quais, o guaxinim e o macaco-prego. A Em diversas ilhas, artesãos do mar fabricam embarcações para pesca e transporte de pessoas. Em Cururupu ainda funcionam rústicos estaleiros artesanais. A região integra a Área de Proteção Ambiental Reentrâncias Maranhenses, nos municípios de Cururupu, Cedral, Guimarães e Porto Rico.

Lençóis

Os Lençóis Maranhenses são também um pedaço dos grandes atrativos naturais. A região forma um Parque Nacional (155 mil ha) com dunas. O delta do rio Parnaíba é maravilhoso. A região de Carolina e os recifes do Parcel de Manoel Luís, onde se encontra o maior banco de corais da América do Sul, são bons lugares para o mergulho.

“Minha terra tem palmeiras”

Conhecido também por “Terra das Palmeiras”, o Maranhão tem nas várias espécies desta árvore a sua principal fonte de renda. Entre as mais significativas do ponto de vista econômico está a palmeira do babaçu.

A agropecuária, as plantações de soja, no Sul do Maranhão, as indústrias de transformação de alumínio e de alumina, e as indústrias alimentícia e madeireira complementam a economia estadual.

Ao contrário do que ocorre em outros estados da região nordeste, o Maranhão não sofre com a seca. Existe em seu território uma extensa rede de rios perenes e uma estação chuvosa regular. Fazem parte desta rede o rio Parnaíba, o maior deles, e os rios Gurupi, Grajaú e Tocantins, que corre ao sul delimitando a fronteira do estado com o Tocantins.

Lendas do Maranhão

Lenda do Milagre de Guaxenduba

Conta-se que, no principal e decisivo confronto entre portugueses e franceses, travado em 19 de novembro de 1614, diante do Forte de Santa Maria de Guaxenduba, já se tornava evidente a derrota dos lusitanos, por sua inferioridade numérica em homens, armas e munições.

Apesar de lutarem, iam-se arrefecendo os ânimos dos soldados de Jerônimo de Albuquerque. Mas eis que surge, entre eles, uma formosa mulher em auréola resplandecente.

Ao contato de suas mãos milagrosas, transforma-se a areia em pólvora e os seixos em projéteis. Revigorados moralmente e providos das munições que lhes estavam faltando, os portugueses impõem severa derrota aos invasores, a quem só restou o recurso da rendição.

Em memória deste feito, foi a Virgem aclamada padroeira da cidade de São Luís do Maranhão, sobre a invocação de Nossa Senhora da Vitória.

O Padre José de Moraes, em “História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará” (1759), demonstra a antigüidade desta lenda, escrevendo: “Foi fama constante (e ainda hoje se conserva por tradição) que a virgem Senhora foi vista entre os nossos batalhões, animando os soldados em todo tempo de combate.

Lenda da Carruagem de Ana Jânsen

No século 19 viveu em São Luís a Senhora Dona Ana Joaquina Jânsen Pereira, comerciante que, tendo acumulado grande fortuna, exerceu forte influência na vida social, administrativa e política da cidade.

Era voz corrente, então, que Donana Jânsen – como era comumente chamada – cometia as mais bárbaras atrocidades contra seus numerosas escravos, os quais, submetia a toda sorte de suplícios e torturas em sessões que, não raro, terminavam com a morte.

Alguns anos após o falecimento de Donana, passou a ser contada na cidade a fantástica estória, segundo a qual, nas noites escuras das sextas-feiras, boêmios e notívagos costumam deparar com uma assombrosa e apavorante carruagem, em desenfreada correria pelas ruas de São Luís, puxada por muitas parelhas de cavalos brancos sem cabeças, guiados por uma caveira de escravo, também decapitada, conduzindo o fantasma da falecida senhora, penando, sem perdão, pelos pecados e atrocidades, em vida, cometidos.

Quem tiver a infelicidade e a desventura de encontrar a diligência de Donana Jânsen e deixar de fazer uma oração pela salvação da alma da maligna senhora, ao deitar-se para dormir, receberá das mãos de seu fantasma uma vela de cera.

Esta, porém, quando o dia amanhecer, estará transformada em descarnado osso humano.

Lenda da Serpente da Ilha

Submersa nas águas que circundam a Ilha de São Luís, continuamente cresce, enquanto dorme, camuflada pelo limo e pelo musgo grudados sobre suas grossas escamas. Ninguém sabe por quanto tempo esse animal dormirá.

O certo, porém, é que chegará o dia em que, findo o processo de crescimento, a cabeça desse monstro encontrará a ponta de sua própria cauda. Nesse dia, para desgraça dos habitantes de São Luís, essa fenomenal criatura acordará.

Então, produzindo rugidos ensurdecedores, soltando enormes labaredas pelos olhos e pela boca, abraçará a Ilha com força descomunal e, com fúria diabólica, a arrastará para as profundezas do mar, afogando, de maneira trágica, todos os habitantes da ilha.

Fonte:portalamazonia.globo.com

Maranhão

Estado de Maranhão – Brasil

Este Estado é considerado o estado com a maior diversidade de ecossistemas do Brasil: desde a floresta amazônica até o litoral, cerrados e pântanos, além de ter o maior banco de corais da América do Sul, e conta com uma população de: 6.184.538 hab.

Tem um dos patrimônios históricos, culturais e arquitetônicos mais ricos do país.

Este Estado tem 640 quilômetros de litoral atlântico.

Foi colonizado pelos franceses, holandeses e portugueses sucessivamente.

Sua capital, a cidade de São Luís, é a porta de entrada ao Estado e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e hoje conta com uma população de: 957.899 hab.

É  interessante visitar:

Parque Nacional dos Lençóis Marañenses

Delta do Rio Paranaíba

Parque Provincial Marino do Parcel de Manoel Luís

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses

É um dos ecossistemas mais assombrosos do mundo, já que se trata do único deserto do planeta que tem milhares de lagoas cristalinas de água doce; além de ser um mar de dunas que ocupa 70 quilômetros da costa.

A paisagem é deslumbrante, já que esta zona árida está repleta de oásis sombreados por palmeiras e tem inumeráveis lagoas com águas azuis e verdes, que durante a época de chuva, se contrastam com as dunas de areia branca.

É um dos lugares mais bonitos do litoral brasileiro.

O parque é muito extenso e não tem estradas para o acesso, e para conhecê-lo, é aconselhável visitá-lo com um guia local em veículos quatro por quatro.

Alcântara

É uma cidade histórica com numerosos casarões coloniais.

São José de Ribamar

É uma aldeia de índios antiga.

Carolina

Nesta cidade existe formações geológicas de origem ainda inexplicáveis, e também cascatas grandes, cavernas e covas com inscrições nas rochas.

Venha conhecer o Maranhão e descubra que além de seu rico Patrimônio Histórico, Cultural e Arquitetônico, tem também, um extraordinário potencial sócio-ambiental como o da Ilha dos Lençóis na Floresta dos Guarás. Sinta a adrenalina borbulhar pelas suas veias ao ter a empolgante experiência de visitar uma das últimas fronteiras descobertas pelo ecoturismo no Brasil!

É um santuário ecológico que reúne no mesmo lugar e ao mesmo tempo cenários bucólicos exuberantes, uma avifauna com milhares de pássaros Guarás (Eudocimus ruber) que parecem incendiar o manguezal com sua plumagem de vermelho intenso, lendas épicas extraordinárias como a do Rei dom Sebastião e uma comunidade de pescadores que ainda hoje mantém a lendária tradição.

Paisagens bucólicas e lendas épicas à parte, o lugar é também um bálsamo do tempo e do espaço para quem é atraído pela emoção de novas descobertas, por lugares remotos e pouco freqüentados, que gosta do inusitado e não prioriza o conforto convencional, mas, não rejeita uma deliciosa culinária local e um bom repouso numa aconchegante rede embalada pela refrescante e acariciadora brisa do mar, para descansar de todas estas sensações vividas por aqui

Fonte:www.brasilcontact.com

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