Rio Branco

DADOS GERAIS

Estado que Pertence: Acre

Data de Fundação: 28 de dezembro de 1882.

Gentílico: rio-branquense

População: 7.925 ( estimativa de 2006)

Área (em km²): 1.064,91

Densidade Demográfica (habitantes por km²): 39,6

Altitude (em metros): 136

DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 1.976.493.668,00 (2004)

Renda Per Capita*: R$ 6.909,84 (2004)

Principais Atividades Econômicas: comércio, pesca, extrativismo e serviços.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,754 (PNUD – 2000)

PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

 Horto Florestal

Estação de Piscicultura

Memorial dos Autonomistas

Praça da Revolução

Casa do Seringueiro

Museu da Borracha

Mercado Velho

Parque da Maternidade

Casa do Artesão

Catedral de Nossa Senhora do Nazaré

Igrejinha de Ferro

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Bandeira da cidade de Rio Branco

Rio Branco
Bandeira da cidade de Rio Branco

A Bandeira de Rio Branco é um dos símbolos oficiais de Rio Branco, capital do Acre.

Descrição

Seu desenho consiste em um retângulo de fundo branco no qual está sobreposto o brasão do município.

GEOGRAFIA

Relevo: planície

Clima: equatorial

Vegetação: Floresta Amazônica

Rios Principais: Rio Acre, Igarapé São Francisco e Igarapé Judia.

Temperatura média anual: 26ºC

Índice Pluviométrico: 1800 mm (ano)

Fonte: www.geocities.com.br

Rio Branco

História

Em 1882, o vapor sobe o rio Acre e desembarca os Irmãos Leite no seringal Bagaço. Neutel Maia decide ficar algumas milhas acima e no dia 28 de dezembro funda o Seringal Empreza, na volta do rio onde está situada a Gameleira. Depois o mesmo vapor ainda deixa Manuel Damasceno Girão na foz do Xapuri, onde fundou o seringal Xapuri.

Nesse momento de expansão do extrativismo da borracha, quando o Acre era ainda considerado território boliviano, o Seringal Empresa, na rota entre Porto Acre e Xapuri, núcleo dinâmico da atividade econômica que dava a lógica à invasão da floresta, vai se constituindo no núcleo de um entreposto comercial.

Paralelamente, na fronteiriça margem do mesmo rio Acre, um novo centro se formava, dando lugar ao nascimento de um pequeno burgo comercial, livre, com o nome de Empresa Nova ou simplesmente Empresa, ao passo que o primitivo passava a ser conhecido como Empresa Velha.

Em 1904 o atual município de Rio Branco torna-se sede do Departamento do AltoAcre. “Excepcionalmente, a sede da Prefeitura do Alto Acre funcionou em Empresa Nova, que desde então foi denominada Vila Rio Branco, compreendendo, então, já os dois bairrosdo mesmo lado, ligados por um projeto da avenida.

Desde o estabelecimento da sede administrativa do território em 1903, quando então foi denominada Vila Rio Branco, até 1912, quando se estabelece definitivamente a denominação do futuro município, sua denominação oscilou entre uma homenagem ao Barão de Rio Branco e Penápolis, em homenagem ao presidente Afonso Pena. Em 1912, por força do Decreto Federal n.º 9.831, de23 de outubro, passa à categoria de cidade com o nome de Rio Branco.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Volta da Empresa, pelo Decreto doPrefeito n.º 3, de 22-08-1904.

Elevado á condição de cidade e sede municipal com a denominação de Rio Branco,pelo Decreto do Prefeito n.º 7, de 07-09-1904.

Elevado à categoria de sede com a denominação de Rio Branco, pelo Decreto Federaln.º 5.188, de 07-04-1904.

Constituído de 3 distritos: Rio Branco, Capatará e Riozinho.

Instalado em 18-08-1904.

Pela Resolução n.º 9, de 13-05-1909, deixou de ser sede do município transferido paravila de Penápolis.

Pelo Decreto Federal n.º 9.831, de 23-10-1912, voltou à condição de sede domunicípio com a denominação de Rio Branco. Instalado em 15-02-1913.

Pelo Decreto Federal n.º 14.383, de 01-10-1929, manteve o município com a mesma denominação, elevou a sede à categoria de capital do território.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 15 distritos: Rio Branco, Antimari, Campo Belos, Capatará, Catuaba, Deposito do Inquiri, Humaitá, Itu, Marechal Deodoro, Niterói, Plácido de Casto, Porto Acre, São Fancisco do Riozinho, Triunfo e Vila Rica.

Pelo Decreto Federal n.º 968, de 21-12-1938, os distritos de Antimari, Campo Belos, Capatará, Catuaba, Deposito do Inquiri, Humaitá, Itu, Marechal Deodoro, Niterói, São Fancisco do Riozinho, Triunfo e Vila Rica, perderam a condição de distrito, passando a figurar com zona do distrito sede do município de Rio Branco.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de3 distritos: Rio Branco Plácido de Castro e Porto Acre.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Rio Branco Plácido de Castro e Porto Acre.

Assim permenecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: biblioteca.ibge.gov.br

Rio Branco

Cronologia – 1882/1920

1882: O vapor sobe o rio Acre e desembarca os Irmãos Leite no seringal Bagaço. Neutel Maia decide ficar algumas milhas acima e no dia 28 de dezembro funda o Seringal Empreza, na volta do rio onde está situada a Gameleira. Depois o mesmo vapor ainda deixa Manuel Damasceno Girão na foz do Xapuri, onde fundou o seringal Xapuri.

18 de setembro de 1902: Primeiro Combate da Volta da Empreza – vitória boliviana

5 de outubro até 15 de outubro de 1902: Segundo Combate da Volta da Empreza – vitória acreana

4 de abril de 1903: Ocupação da Empreza por tropas brasileiras, sob o comando do General Olympio da Silveira

13 de maio de 1903: o general Olympio da Silveira proclama, em Empresa, o término da Revolução Acreana

18 de agosto de 1904: Toma posse da Prefeitura do Departamento do Alto Acre, o Cel.Raphael Augusto da Cunha Mattos

22 de agosto de 1904: Instaladas a delegacia de policia e uma escola primária.

7 de setembro de 1904: decreto Nº 7 – mudança de Nome de Empreza para Villa Rio Branco – provisóriamente sede do Governo da Prefeitura Departamental.

1908: É criada a Comarca do Alto Acre – Cidade Empreza – Sede

13 de junho de 1909: Prefeito Gabino Besouro – muda a sede do Departamento de Empreza (atual 2º Distrito) para Penápolis (atual 1º Distrito)

10 de agosto de 1910: instalava-se em Penapólis uma agência dos correios.

3 de outubro de 1912: Por ato do Prefeito Departamental Deocleciano Coelho de Souza Penápolis e Empreza passam a se chamar Rio Branco

7 de Maio de 1913:  é instalada uma estação de Rádio Telegrafia, tirando os acreanos do isolamento total

13 de junho de 1913: É criada uma nova organização ao território, razão da qual é instalado oficialmente o município de Rio Branco

7 de janeiro de 1914: Primeiras eleições municipais

1º de Maio de 1915: é inaugurado o primeiro grupo escolar da cidade

13 de Maio de 1916: Inaugurado o serviço de luz elétrica

1º de outubro de 1920: Território do Acre – extinção do departamento e unificação dos municípios em torno de um só governo, Rio Branco é escolhida a capital do Território do Acre

Fonte: Prefeitura de Rio Branco

Rio Branco

A mais populosa cidade do Acre (com mais da metade da população do Estado) foi fundada em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel de Maia. A princípio o lugar recebeu o nome de Seringal Empresa e, em 1904, elevou-se à categoria de vila, ao tornar-se sede do departamento do Alto Acre.

Em 1909, seu nome foi mudado para Penapólis, em homenagem ao então presidente Afonso Pena, para em 1912 receber definitivamente a denominação de Rio Branco, numa forma de homenagear o chanceler brasileiro Barão do Rio Branco.

Tornou-se município no ano de 1913 e em 1920, capital do território do Acre. Em 1962, é elevada à posição de capital do estado.

Cortada pelo rio Acre, que divide a cidade em duas partes – 1o e 2o distritos – Rio Branco é hoje o centro administrativo, econômico e cultural da região.

Às margens do rio Acre

Rio Branco foi uma das primeiras cidades a surgir às margens do rio Acre – margem direita especificamente. Conta a lenda que, em fins de 1882, uma frondosa árvore, a Gameleira, chamou de tal forma a atenção de exploradores que navegavam pelo rio, que eles resolveram abrir novos seringais por ali.

Aquela mesma Gameleira, que viria a ser testemunha da luta entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas, presenciou também o fim da disputa, que tornou o Acre parte do Brasil, no início do século XX.

Com a ação diplomática do chanceler brasileiro, Barão do Rio Branco, resultando na assinatura do Tratado de Petrópolis, a recém chamada “Villa Rio Branco” firmou-se como o principal centro urbano de todo o vale: o mais rico e produtivo do território do Acre.

As duas margens

A rua surgida a partir da Gameleira, na margem direita do rio Acre, era o centro da vida comercial e urbana, onde se encontravam bares, cafés, cassinos e os principais representantes do comércio em geral, como também as famílias da elite, formada por profissionais liberais e funcionários públicos.

Com o tempo, a administração política do território foi sendo transferida para a margem esquerda do rio, mais alta e sem inundação. Mesmo assim, a direita permanecia como pólo comercial da cidade.

Foi a partir da década de 50 que a margem direita passou a viver um processo de decadência econômica, passando a ser chamada de 2o distrito, enquanto a margem esquerda (1o distrito) atraiu cada vez mais para si as casas comerciais, as principais repartições públicas e as famílias mais importantes do lugar.

Pontos turísticos

Horto florestal: Possui algumas espécies da flora amazônica, além de um lago de 50 metros de extensão e locais para piqueniques. Ambiente bucólico numa área de 17 hectares.

Parque Ambiental Chico Mendes: 52 hectares de floresta e lazer. Metade do parque é de vegetação exuberante e fauna diversificada. A outra parte é composta de equipamentos adequados de diversão e turismo. Na floresta, as trilhas são ideais para uma relaxante caminhada.

Parque Zoobotânico: O parque fica no Campus da Universidade Federal do Acre/UFAC e desenvolve inúmeras atividades voltadas para o estudo, manejo, preservação e reposição de fauna e flora regionais. Contém, além de um trecho de floresta virgem, diversas espécies vegetais da floresta tropical.

Rio Acre: Nasce no Peru, desemboca no Rio Purus (Amazonas) e banha a cidade de Rio Branco, dividindo-a em dois distritos. Suas águas barrentas e piscosas são propícias para banhos e esportes náuticos no período que vai de julho a setembro. Ao longo do seu curso, formam-se nessa época várias praias, como a Praia do Amapá e a Praia do Riozinho do Rolo, entre outras.

Parque Capitão Ciríaco: Localizado no 2o distrito de Rio Branco, o parque tem dezenas de seringueiras nativas e espécies da flora amazônica. É bastante visitado pela comunidade local, que aproveita o lugar para fazer

Fonte: www.ac.gov.br

Rio Branco

A história do Acre começa a se definir em 1895 quando uma comissão demarcatória foi encarregada de definir limites entre Brasil e Bolívia, com base no Tratado de Ayacucho, de 1867.

No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial da linha divisória entre os dois países (nascente do Javari) que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época ocupada por brasileiros. Reconhecida legalmente a fronteira Brasil-Bolívia, em 12 de setembro de 1898 a Bolívia quis tomar posse da região então ocupada por seringueiros brasileiros, na vila de Xapuri. Os brasileiros não aceitaram e obrigaram os bolivianos a se retirar da região.

No início de 1899 desembarcou em Puerto Alonso o ministro boliviano, Dom José Paravicini, com apoio do governo brasileiro, impôs decretos, inclusive o de abertura dos rios amazônicos ao comércio internacional, cobrou altos impostos sobre a borracha, demarcou seringais e oprimiu os nativos da região. O período dessa atuação ficou na história como os “Cem dias de Paravicini”.

A insurreição Acreana ganha seu primeiro ensaio em 1º de maio de 1899, quando seringalistas se reúnem no seringal Bom Destino, de Joaquim Vitor, liderados pelo jornalista José Carvalho e decidem lutar contra o domínio boliviano, o momento coincidia com a viagem de Paravivini para Belém. O Delegado que o substituía, Moisés Santivanez foi expulso.

Começava a Revolução Acreana. Sem armas ou tiros, os revolucionários brasileiros restabeleceram o domínio e criaram a Junta Central Revolucionária.

Joaquim Galvez e o Estado Independente do Acre

Em 03 de junho de 1899 entra no cenário da Revolução do Acre o jornalista espanhol Luis Galvez, que denuncia nos jornais paraenses uma aliança entre Bolívia e Estados Unidos. Os EUA apoiariam militarmente os bolivianos em caso de guerra contra o Brasil. Enquanto o governo brasileiro continuava reconhecendo os direitos da Bolívia sobre a região, revolucionários decidem pela fundação do Estado Independente do Acre.

Os revolucionários, em 14 de julho de 1899 – escolhida por ser a data de aniversário da Queda da Bastilha durante a Revolução Francesa – concretizam a criação do Estado Independente do Acre, com capital na Cidade do Acre, antes chamado Puerto Alonso. Luis Galvez, não poderia ser diferente, foi aclamado presidente do novo país.

Galvez buscou o reconhecimento internacional, elaborou legislação, mas também desagradou seringalistas, aviadores e exportadores e acabou sendo deposto em 28 de dezembro de 1899 pelo seringalista Antônio de Souza Braga, que não se garantiu no comando e devolveu o posto a Galvez, em 30 de janeiro de 1900.

Em 15 de março de 1900 o governo federal enviou força da marinha brasileira para o Acre. Galvez foi destituído e o Acre voltou ao domínio Boliviano.

O governo do Amazonas também tinha pretensões de anexar o Acre ao estado e decidiu financiar a expedição Floriano Peixoto ou Expedição dos Poetas, que levou para a área boêmios e profissionais liberais de Manaus. Em 29 de dezembro de 1900, em Puerto Alonso, os poetas foram derrotados.

Em 11 de julho de 1901 a Bolívia assina contrato de arrendamento do Acre com capitalistas norte-americanos e ingleses, que chegaram para instalar o Bolivian Syndicate, para a opinião pública uma ameaça à soberania nacional. O governo federal finalmente percebe os riscos e possíveis perdas e interfere, salvando a Amazônia do domínio imperialista.

Revolução Acreana

Com novo apoio do governo do Amazonas seringueiros e seringalistas revolucionários partiram mais uma vez para a luta em 6 de agosto de 1902, em Xapuri. A luta armada se estendeu até 24 de janeiro de 1903, data de retomada do poder aos brasileiros e reinstalação do Estado Independente do Acre.

Com a substituição, na República brasileira, de Campos Sales (1898/1902) por Rodrigues Alves (1902/1906) muda a postura do governo federal sobre o assunto. A partir das negociações do Ministro das Relações Exteriores, Rio Branco, foi estabelecido o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, que anexava o Acre ao Brasil.

Em 8 de setembro de 1909, mediante o Tratado do Rio de Janeiro, foi resolvida também a questão de fronteiras como Peru.

Fonte: www.eaesp.fgvsp.br

Rio Branco

O Município de Rio Branco tem como limites os municípios de Sena Madureira, Bujari, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba, Porto Acre e Xapuri.

Tem como sede, a cidade de Rio Branco, que também é a Capital do Estado. É o maior centro populacional, comercial, cultural e industrial do Estado. É banhado pelos Rios Acre, Iquiri, Xipamamu e Antimari.

Através das rodovias estaduais AC-090, Ac-040 e Ac-010 e as rodovias federais BR-364 e BR-317, se liga aos municípios de Sena Madureira, Bujari, Porto Acre, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Epitaciolândia, Brasiléia, Capixaba e Xapuri, pela BR-364 está ligado a Cidade de Porto Velho (RO). Todas estas rodovias estão parcialmente asfaltadas.

Rio Branco conta com um Aeroporto Internacional, com Vôos comerciais regulares para todo o país e, eventualmente, vôos internacionais. Breve será inaugurado um novo aeroporto internacional, bem mais moderno e com capacidade para aeronaves de maior porte. Está sendo construído no km 20 da BR-364, a 8 km da sede do Município de Bujari.

O município de Rio Branco, principalmente a partir da década de 70, tem recebido fluxos migratórios de todo o interior, fato que se evidencia quando confrontamos sua população com a do restante do Estado: quase 50% da população encontra-se na Capital.

Conta com uma Universidade Federal – UFAC, com inúmeros cursos de graduação e, a partir de 1998, passou a contar também com uma universidade particular (Faculdade Integrada Rio Branco – FIRB).

Na área de saúde, mesmo com uma rede deficiente, Rio Branco recebe grandes demandas do interior. No entanto, em diagnósticos clínicos mais delicados, os pacientes seguem para tratamento fora do domicílio, mais acentuadamente para a Cidade de Goiânia.

Na área cultural conta com uma infra-estrutura razoável de teatros, destacando-se o Teatro Plácido de Castro, conhecido como “Teatrão”, de propriedade do Governo do Estado, onde são realizados os maiores eventos culturais da cidade.

A economia de Rio Branco experimenta diferentes fases de desenvolvimento. A agricultura continua a passos lentos, longe de abastecer o consumo interno. A pecuária, por sua vez, possui considerável rebanho, abastecendo o mercado de Rio Branco e ainda com razoável excedente exportável. A indústria da “pecuária”, vem se instalando já há algum tempo em Rio Branco, com beneficiadora de leite e derivados.

O setor industrial ainda não conseguiu decolar, pois até o Distrito Industrial encontra-se em estado de falência, com funcionamento apenas de algumas cerâmicas e um reduzidíssimo número de madeireiras.

O setor de serviços/comércio de Rio Branco encontra-se num estágio compatível com os demandas. Podemos registrar considerável número de supermercados, que conseguiram baixar sobremaneira o custo da cesta básica local. O setor de vestuários conta com satisfatório centro comercial, onde pode-se encontrar muitas opções, inclusive com lançamentos de modas simultaneamente com o sul do país.

O município conta também com várias empresas de transportes coletivos, com grande número de linhas de ônibus, já praticando, inclusive, o transporte urbano-integrado de passageiros. Registra-se também, uma grande quantidade de agências de viagens, segmento que tende a se expandir com a inauguração do novo aeroporto internacional, quando novas empresas aéreas devem instalar-se na Capital.

Rio Branco possui uma pequena rede hoteleira, setor que, em função do pequeno fluxo de turistas na Capital tem conseguido atender a demanda. No que se refere a restaurantes, Rio Branco está bem servida, pois se verifica uma variada oferta destes estabelecimentos, com culinária regional que consegue agradar a todos que a procuram e têm paladar exigente.

O cinema, que passou muito tempo esquecido, possui hoje duas salas, com lançamentos simultâneos com o sul do país. A cidade de Rio Branco, capital do Estado, é conhecida como “capital natureza”, sendo o palco de vida de um povo alegre e hospitaleiro, que sabe conviver com a modernidade, num encontro eclético de raças, crenças e costumes. 

Turismo

Horto Florestal

Com uma área de 17 hectares, o Horto Florestal é um local agradável onde os visitantes podem desfrutar da calma e tranqüilidade de um ambiente bucólico.

Possui algumas espécies da flora amazônica, um lago com 50 m de extensão, quadra de esportes, chuveiros coletivos, playground, pista de cooper, parque infantil, quadra de vôlei, campo de futebol society, restaurantes e instalações para piqueniques. É administrado pela Prefeitura de Rio Branco. Localiza-se no Bairro da Vila Ivonete, a 03 km do centro da cidade, com acesso através da Av. Getúlio Vargas ou pela Rua Antônio da Rocha Viana, com linha regular de ônibus e automóveis.

Lago do Amapá

Lago em forma de “U”. Situado-se à margem esquerda, a sudeste do Rio Acre. Por via terrestre, chega-se ao local de automóvel pela rodovia AC-040 entrando na Estrada do Amapá a 8 km do centro da cidade ou por via fluvial, em barco de pequeno porte, subindo o Rio Acre. Constituído a partir da mudança do curso natural do Rio Acre. No verão, há incidência de praia. No local, pratica-se a pesca.

Serve também para atividades de lazer náutico, contemplativo, reserva ecológica e camping. É administrado pelo Governo do Estado. É um atrativo de grandes potencialidades turísticas, mas ainda pouco explorado pelas comunidades locais e visitantes. Tendo maior incidência de visitas nos finais de semana e feriados.

Parque Ambiental Chico Mendes

Situado na Rodovia AC-040, nas proximidades da Vila Acre, a 10 km de Rio Branco. A metade de seus 52 hectares é coberta por floresta primária, de exuberante vegetação e diversificada fauna. No restante da área, com estágios diferentes de regeneração da floresta, a Prefeitura instalou equipamentos adequados ao lazer e ao turismo. Próximo à estrada e estacionamento estão o Memorial Chico Mendes, o campo de futebol, o mirante, as quadras de areia e o início da ciclovia.

Nas trilhas existentes no interior da floresta encontram-se aspectos da vida e da cultura amazônica como por exemplo: colocação do seringueiro, maloca indígena, quadros de lendas regionais e recintos com animais silvestres. É visitado pela comunidade, principalmente nos finais de semana e feriados. É visitado também, por turistas nacionais e estrangeiros.

Parque Capitão Ciríaco

Localizado no 2º Distrito, próximo à Ponte Cel. Sebastião Dantas. O parque contém dezenas de seringueiras nativas e espécies da flora amazônica, protótipo de uma Casa de Seringueiro com o defumador do látex. Bastante visitado pela comunidade local para caminhadas com pistas de cooper, parque infantil e quadra de vôlei. É administrado pela Prefeitura de Rio Branco.

Parque Zoobotânico

O Parque Zoobotânico, localizado no Campus Universitário da Universidade Federal do Acre/UFAC, com acesso pela BR-364, sentido de Sena Madureira, à altura do km 05, existindo pavimentação asfáltica e transporte coletivo do centro de Rio Branco até o Campus Universitário. Ao longo de sua existência, vem desenvolvendo inúmeras atividades relacionadas ao estudo, manejo, preservação e reposição de fauna e flora regionais.

O parque contém várias espécies vegetais da floresta tropical, havendo inclusive, um trecho de floresta virgem. Pode ser utilizado para caminhadas, pesquisas científicas, passeios pelas estradas de seringa onde se vê os utensílios utilizados pelos seringueiros para extração do látex, observar o processo de defumação e formação da péla de borracha defumada. Com potencial turístico para passeios pelas estradas de seringa existentes no local, além de poder conhecer a variedade de espécies da flora tropical. Sendo pouco visitado pela comunidade local.

Praia do Amapá

Constituída de areias claras, com extensão de 500 metros, rodeada de árvores frondosas, torna o local bastante agradável. No “Verão Amazônico” esta praia é bastante freqüentada por banhistas locais e visitantes. Nos meses de julho e agosto são promovidos eventos semanais de festivais de música e dança. Localiza-se à margem esquerda subindo o Rio Acre a 10 km do centro da cidade. Por via terrestre, pela Estrada Ac-040, pavimentada, até o posto fiscal, onde segue por um ramal até o local, com um pequeno trecho de estrada não pavimentada. Por via fluvial, subindo o Rio Acre, a aproximadamente 01 hora do centro da cidade.

Praia do Riozinho do Rola

O Riozinho do Rola é um afluente do Rio Acre, bastante piscoso que adentra as florestas, tornando o ambiente bastante agradável para passeios ecológicos. No verão, aparecem belas praias de areias claras e águas escuras, isentas de qualquer poluição. Na entrada do rio, existem casas que funcionam como restaurantes, oferecendo comidas típicas da região. Localiza-se à margem direita do Rio Acre, a aproximadamente 02 horas de barco de pequeno porte do centro de Rio Branco.

Reserva Extrativista Figueira

Localizada às margens do Igarapé Riozinho do Andirá, a uma distância de 55 km da cidade de Rio Branco. O acesso é feito pela Rodovia AC-090 (Estrada Transacreana). Legalizada pela portaria P/N. 283, de 29/01/87, do INCRA, como Projeto de Assentamento. Parte do projeto se transformou em Projeto de Assentamento tradicional. Tem capacidade para assentar 380 famílias, sendo 109 em atividade de seringueiro. Sua área totaliza 25.973,20 hectares.

Rio Acre

Rio Acre, tem sua nascente no Peru banhando os municípios de Brasiléia, Xapuri e Rio Branco, desembocando no Rio Purus (Amazonas). Banha a cidade de Rio Branco dividindo-a em dois distritos. Rio de águas barrentas e piscosas. No verão (julho-setembro) é propício a banhos e esportes náuticos, é navegável até às fronteiras do Brasil com Peru e Bolívia e com o Estado do Amazonas.

No período do verão formam-se diversas praias ao longo do seu curso, entre as quais destacam-se: Praia do Amapá, Praia do Riozinho do Rola entre outros. Pela sua posição estratégica, é um rio muito útil para as comunidades locais, contudo, pouco explorado pelos visitantes locais e de fora, em virtude da falta de infra-estrutura.

Seringal Nativo

Localizado às margens do Rio Acre, perto da praia do Amapá, com acesso através de barcos de pequenos porte, pelo Rio Acre, ou pela estrada AC-040 a 8 km do centro da cidade. Próprio para caminhadas pela floresta e visitações ao barracão (antiga residência do seringalista), casa do seringueiro, estrada de seringa. A penetração na floresta é efetuada através de caminhos estreitos, ladeados por frondosas árvores de diferentes espécies e cerrada vegetação de menor porte. O visitante se deslumbra com a natureza que o envolve, ouvindo o canto dos pássaros, respirando o odor da mata e pisando em agradável tapete de folhas, ao mesmo tempo que conhece a seringueira, a castanheira, a jarina, a samaúma, o mogno e outras inúmeras espécies. Por último, conhece a colocação do seringueiro, habitação construída em paxiúba e coberta de palha, situada em pequena clareira, cercada pela floresta.

Arquitetura

Anfiteatro Garibaldi Brasil

Construído em estilo moderno, integra-se ao conjunto arquitetônico do Campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), com 1000 m2 de área coberta, equipado com ar condicionado central , mesa completa de som e iluminação, auditório com capacidade para 300 lugares.

É um espaço para realização de exposições, solenidades e apresentação de peças teatrais. Inaugurado a 28 de setembro de 1988, com o nome de Garibaldi Brasil, em homenagem a Garibaldi Carneiro Brasil, personalidade lendária da cultura acreana, que foi advogado, jornalista, pintor, escultor, escritor, chargista e poeta. Situado no Campus Universitário da UFAC, com acesso pela Estrada Dias Martins (BR-364), distante 05 km do centro da cidade, com regular linha de ônibus no perímetro urbano.

Biblioteca pública

Centro cultural de Rio Branco, constando em seu acervo bibliográfico, obras completas sobre a História do Acre, do Brasil além de outros acervos ligados a outros ramos da ciência. É administrado pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado. Localiza-se à Av. Getúlio Vargas, 232 – Centro, em frente a Praça Rodrigues Alves (Plácido de Castro), com regular linha de ônibus no perímetro urbano.

Cacimbão da Capoeira

Fundado em 1927, por Hugo Carneiro e tombado pelo patrimônio histórico em 09/06/84. A sua utilidade era para abastecer com água as famílias residentes próximo ao Cacimbão. O cacimbão ficava além da zona urbana e fornecia água potável às residências através dos aguadeiros que transportavam nos ombros ou no lombo de burros. Está localizado à Rua Manoel Cezário, s/n.º no Bairro Capoeira, com regular linha de ônibus no perímetro urbano.

Casa do Seringueiro

Criada pela Fundação Cultural do Acre, o acervo reúne fotos, quadros, maquete de uma colocação dos seringueiros, réplica de um defumador de látex e da casa do seringueiro, além de quadros retratando Chico Mendes. Localiza-se à Av. Brasil, 216 – Centro, com regular linha de ônibus no perímetro urbano. É bastante visitada por estudantes, pesquisadores, professores, turistas da região e de fora do Estado.

Cine Teatro Recreio

Construído em alvenaria e madeira de lei, em estilo próprio da época, no período áureo da borracha, foi local de grandes apresentações artísticas e culturais. Após longo tempo de uso, esteve 10 anos fechado ao público. Somente em 1986 foram iniciadas as obras de reforma física do prédio, como também, os trabalhos técnicos de aparelhamento funcional do teatro. Considerado patrimônio histórico do Acre, teve mantida as suas características arquitetônicas da época.

Foi reinaugurado em 1987, voltando a oferecer aos amantes das artes cênicas, mais uma opção de entretenimento, com espetáculos teatrais, cinematográficos, exposições e atos culturais em geral. Está localizado à Rua Senador Eduardo Assmar, s/n.º – 2º Distrito. Distante do centro 01 km com regular linha de ônibus no perímetro urbano.

Catedral Nossa Senhora de Nazare

Construção em estilo romano – basilical. Teve sua construção iniciada em 1948, com o projeto de autores italianos e construída sob orientação do mestre de obras João Luiz da Silva. Inaugurada em 1959. No seu interior, possui três naves separadas com 36 vitrais coloridos na parte superior e 11 na inferior, doados por famílias acreanas; um mausoléu protegido com grades de ferro, com lápide demarcativa em granito, guarda os restos mortais do Bispo Dom Giocondo Maria Grotti; a abóbada em arco, sustentada por 26 colunas é pintada em carmesim e branco.

Na nave principal, encontram-se quatro altares, sendo um com entalhe em madeira e em painel da Sagrada Eucaristia; a cátedra do Bispo; a cadeira do sacerdote, entalhada em madeira com representação do Juízo Final, formando uma belíssima obra de arte. No alto a imagem de Cristo Crucificado encimando a mesa de celebração. A parte exterior é formada por frontões, cruz e adro. Localiza-se à Praça da Catedral (antiga praça dos tocos), no centro da cidade com linha de ônibus regular urbana.

Conservatório musical Maestro Neves

Construído em estilo moderno e capacidade para 40 alunos. Com uma área de 50 m2. Localizado no Horto Florestal, na Rua Antônio da Rocha Viana, bairro Vila Ivonete com linha de ônibus regular urbana.

Gameleira

Árvore histórica. Em dezembro de 1882, à sombra de uma árvore acampou o corajoso desbravador Neutel Maia. Nesse local, numa curva do Rio Acre, o desbravador nordestino, fundou o Seringal Volta da Empresa, origem da cidade de Rio Branco, atual Capital do Acre. Hoje, mais de um século depois, a gameleira é uma frondosa árvore com mais de 2,5m de diâmetro no tronco, com 20m de altura e, com o sol a pique, sua sombra tem por volta de 30m de diâmetro.

Pelo fato de haver agasalhado os primeiros povoadores da cidade e ter apreciado duas batalhas da Revolução Acreana, que se travaram ao seu redor, a Gameleira é considerada árvore histórica e através do Decreto Municipal n.º 752 de 28 de dezembro de 1981 foi tombada, transformando-se num monumento histórico. Localiza-se à Rua Cunha Matos, bairro do 2.º Distrito, com linha de ônibus regular urbana.

Datas Festivas

24 de janeiro – término da revolução acreana
01 de maio –
 festa de São José
1º domingo de maio –
 abertura da feira de artesanato e comidas típicas
06 de agosto –
 início da revolução acreana/1902
11 de agosto – 
aniversário da morte de Plácido de Castro
05 de setembro –
 dia da Amazônia
Móvel em setembro a grande Feira da Expoacre
04 de outubro – 
dia de São Francisco
12 de outubro –
 dia de Nossa Senhora de Nazaré
17 de novembro – 
assinatura do Tratado de Petrópolis
07 de dezembro –
 aniversário de nascimento de Plácido de Castro
08 de dezembro –
 Festa de Nossa Senhora da Conceição
28 de dezembro –
 aniversário da cidade.

Fonte: Governo do Estado Rio Branco

Rio Branco

Fundada em 28 de dezembro de 1.882, por Neutel Newton Maia, Rio Branco obteve sua autonomia através do Decreto Federal Nº 9.831 de 23 de outubro de 1.912, tem uma área de 8.580 km2 (nova área do município).

É a capital do Estado, concentrando aproximadamente 47% da população do Acre. Rio Branco situa-se em ambas as margens do rio Acre, pela qual está afeito a quase todos os municípios da microregião do alto Purus, excentuando-se apenas Sena Madureira e Manoel Urbano.

Ainda por via fluvial, Rio Branco se liga com os Estados do Amazonas e Pará. Por via aérea, está ligado às demais capitais brasileiras com saídas regulares diária de aeronaves Boing 737 Varig.Via terrestre está ligado a Porto Velho, capital de Rondônia, pela BR- 364.

A porção territorial que hoje corresponde ao Município de Rio Branco, inicialmente sede do departamento do Alto Acre, foi formada como entreposto comercial avançado da economia mercantil da borracha, e reconhecida desde as primeiras expedições realizadas pelo sertanista Manoel Urbano da Encarnação.

Em 28/12/1882 foi explorada por Neutel Maia, que se instalou no mais importante aglomerado da localidade, o seringal “Empresa” situado a margem direita do rio Acre, onde havia grande concentração de seringais e onde era extraído o melhor látex e produzida a maior quantidade de borracha do Alto Purus.

A Economia de Rio Branco

A economia de Rio Branco experimenta diferentes fases de desenvolvimento. A agricultura continua a passos lentos, longe de abastecer o consumo interno. A pecuária, por sua vez, possui considerável rebanho, abastecendo o mercado de Rio Branco e ainda com razoável excedente exportável. A indústria da “pecuária”, vem se instalando já há algum tempo em Rio Branco, com beneficiadora de leite e derivados.

O setor industrial ainda não conseguiu decolar, pois até o Distrito Industrial encontra-se em estado de falência, com funcionamento apenas de algumas cerâmicas e um reduzidíssimo número de madeireiras.

O setor de serviços/comércio de Rio Branco encontra-se num estágio compatível com os demandas. Podemos registrar considerável número de supermercados, que conseguiram baixar sobremaneira o custo da cesta básica local. O setor de vestuários conta com satisfatório centro comercial, onde pode-se encontrar muitas opções, inclusive com lançamentos de modas simultaneamente com o sul do país.

O município conta também com várias empresas de transportes coletivos, com grande número de linhas de ônibus, já praticando, inclusive, o transporte urbano-integrado de passageiros. Registra-se também, uma grande quantidade de agências de viagens, segmento que tende a se expandir com a inauguração do novo aeroporto internacional, quando novas empresas aéreas devem instalar-se na Capital.

Rio Branco possui uma pequena rede hoteleira, setor que, em função do pequeno fluxo de turistas na Capital tem conseguido atender a demanda. No que se refere a restaurantes, Rio Branco está bem servida, pois se verifica uma variada oferta destes estabelecimentos, com culinária regional que consegue agradar a todos que a procuram e têm paladar exigente.

O cinema, que passou muito tempo esquecido, possui hoje duas salas, com lançamentos simultâneos com o sul do país.

O êxodo rural intenso e desordenado das últimas duas décadas criou enormes problemas sociais para o setor público, acarretando uma elevação drástica da demanda por serviços sociais básicos (infra-estrutura urbano-social, saúde, habitação, educação, etc.) e por empregos, que a frágil economia local não tinha condições de atender.

A invasão da cidade de Rio Branco por um contínuo e crescente fluxo migratório resultou na formação de uma periferia superpovoada por mão-de-obra marginalizada, com taxas de desemprego e subemprego a níveis insuportáveis.

Nessas condições, a cidade que ainda não conta com um setor secundário dinâmico, dispondo apenas de indústrias de transformação do tipo artesanal (olarias, padarias, cerâmicas, etc.) , do baixo efeito multiplicador, tem suas oportunidades de emprego, quase que exclusivamente, restritos aos setores de prestação de serviços e de comércio.

Inchada pela abundante mão-de-obra não qualificada, nossa cidade transformou-se em um reservatório de força de trabalho para serviços sazonais. Sua estrutura está muito longe da sua aglomeração demográfica e a carência de serviços sociais básicos (saúde, água potável, energia elétrica, esgotos, etc.), chega a ser crônica e o fenômeno da marginalidade, que parece estar em estreita com a distribuição regressiva da renda, cresce dia a dia, aumentando o clima de insegurança no seio da população.

A cidade Rio Branco, que é carente de um setor secundário dinâmico, foi incapaz de absorver produtivamente a farta mão-de-obra não qualificada que, progressivamente, foi se amontoando na periferia urbana formando grandes bolsões de miséria à semelhança das favelas de qualquer grande cidade.

Fonte: www.brasilmacom.com.br

Rio Branco

Síntese da evolução urbana de Rio Branco

Rio Branco, não é uma cidade qualquer. Além de ser o mais antigo núcleo urbano de todo o Acre, logo se constituiu como a maior e mais importante cidade acreana sendo por isso escolhida como a capital do antigo Território Federal e do Estado do Acre. Mas Rio Branco ainda aguarda a elaboração de pesquisas e a organização de sua história com a abrangência e importância que de fato possui para a configuração da sociedade acreana.

Devido ao caráter ordenador do espaço urbano e da dinâmica social do Plano Diretor, é imprescindível ao menos pensarmos a cidade de Rio Branco em relação a sua história territorial, ao seu processo de ocupação do espaço e configuração de uma malha urbana diferenciada do meio florestal circundante.

1º Período – 1882 / 1908 – de seringal a cidade

Este primeiro período da história urbana de Rio Branco é marcado por três características centrais. A primeira diz respeito à transformação do seringal Volta da Empreza no povoado denominado Villa Rio Branco.

A segunda característica é que foi exatamente nesta época que Rio Branco alcançou a condição de liderança política e econômica do Acre que lhe valeria posteriormente a condição de capital.

Finalmente, a terceira característica fundamental da cidade nascente foi que neste período o povoado da Volta da Empreza – Villa Rio Branco esteve restrito a uma estreita faixa de terras na margem direita do rio Acre (atual 2º Distrito).

O Seringal Volta da Empreza foi fundado na margem direita do rio Acre, em 28 de dezembro1882, pelo cearense Neutel Maia. Mas logo se diferenciou dos outros seringais da região ao se tornar um porto muito freqüentado pelos vapores que transitavam pelo rio durante a época das cheias.

Neutel Maia criou então, já em 1884, uma casa comercial denominada Nemaia e Cia. para atender aos vapores, pequenos seringais e realizar a intermediação de gado boliviano para o abastecimento da região.

Espontaneamente, portanto, a Volta da Empreza deixou de ser um seringal como todos os outros do Acre para se tornar um povoado, o que equivale dizer que muito cedo a Volta da Empreza deixou de ser um espaço privado (de domínio exclusivo do seringalista) para se tornar um espaço publico onde outros comerciantes ou indivíduos podiam atuar ou se fixar.

Por isso, além de se tornar a principal referencia comercial do médio rio Acre, o povoado da Volta da Empreza foi palco preferencial de diversos movimentos da guerra entre acreanos e bolivianos que abalou a região no final do século XIX e principio do XX.

Tornou-se assim a sede do Acre Setentrional durante a ocupação militar de 1903 e, logo após a anexação das terras acreanas através do Tratado de Petrópolis, foi alçada a condição de sede do Departamento do Alto Acre no regime territorial recém implantado. Passou então a ter o nome de Villa Rio Branco, em homenagem ao articulador dos Tratados de limites que tornaram o Acre parte do Brasil.

Temos, portanto, neste período de 1882 a 1908 pelo menos três fases distintas na história da cidade, a saber:

1ª Fase – 1882 / 1898 – durante a qual o seringal se torna um povoado e se consolida comercialmente na região;

2ª Fase – 1899 / 1903 – na qual os diversos acontecimentos da Revolução Acreana levam a Volta da Empreza a se tornar o centro do poder político no vale do rio Acre;

3ª Fase – 1904 / 1908 – quando a agora denominada Villa Rio Branco consolida sua liderança política e econômica tornando-se a sede do Departamento do Alto Acre.

Em relação à configuração espacial de Rio Branco, durante todo este período a área urbana da cidade se restringiu a uma estreita faixa de terras na margem direita do rio Acre, que correspondia a uma parte da área pertencente a Neutel Maia. Inicialmente foi a Casa Nemaia e Cia., situada diante da enorme gameleira que assinalava o porto da Volta da Empreza, que serviu como referencia para a construção de uma série de outros prédios seguindo o traçado da margem do rio.

Formou-se assim um primeiro arruamento onde se estabeleceram hotéis, restaurantes, casas comerciais e residenciais construídos com a madeira que era abundante nos arredores desta primeira rua do povoado (atualmente chamada de Rua Eduardo Assmar).

Com a extensão e adensamento desta primeira rua organizaram-se três áreas distintas que se constituíram como os primeiros bairros do povoado. Uma pequena área residencial de trabalhadores que ocupava as terras da volta do rio Acre, acima da Gameleira, e que era denominada Canudos.

O centro do povoado da Volta da Empreza propriamente dito que era constituído pela rua ao longo da margem do rio no trecho entre a Gameleira e o local onde hoje está a cabeceira da Ponte Metálica.

E, finalmente, formou-se outro pequeno bairro de trabalhadores que recebeu o sintomático nome de rua África por abrigar os negros habitantes da cidade. Este ultimo bairro era a extensão da única rua da cidade na direção do igarapé da judia e era formado quase que exclusivamente por precárias casas de palha.

Ainda surgiria um quarto “bairro” (para empregar um termo de época) no povoado da Volta da Empreza – Villa Rio Branco. Isto se deu durante a ocupação militar de 1903, quando diante da necessidade de aquartelar tropas na área, o comandante Gen. Olimpio da Silveira decidiu faze-lo distante do centro do povoado escolhendo para tanto uma área periférica, rio acima, e ali acampou o 15º Batalhão de Infantaria do Exército.

A presença de tropas atraiu pequenos comerciantes que constituíram um novo arruamento, também ao longo da margem do rio, para atender as necessidades dos soldados dando origem ao bairro Quinze, cuja denominação permanece até hoje.

Ou seja, ao longo deste primeiro período de formação da área urbana de Rio Branco, podemos identificar não só sua consolidação um espaço diferenciado em relação aos seringais da região como também a configuração de um primeiro ordenamento espacial que refletia a organização da própria sociedade com bairros diferenciados para os trabalhadores ou para os “negros” da cidade.

2º Período – 1909 / 1940 – Uma cidade dividida

Este período da história da cidade possui alguns marcos fundamentais de diferentes naturezas. Seja no que diz respeito aos seus aspectos econômicos devido ao fim do ciclo da borracha a partir de 1913, seja em relação ao seu papel político já que Rio Branco se tornou a capital de todo o território a partir de 1920, seja no que se refere a ampliação de sua malha urbana pela incorporação de uma grande área de terras da margem esquerda já a partir de 1909.

Portanto, a definição de fases que unifiquem as diversas características deste período é mais difícil que em relação ao período anterior.

Como já vimos, até 1908, a Villa Rio Branco, sede do Departamento do Alto Acre, estava totalmente localizada na margem direita do rio Acre. Uma área plana e favorável à abertura das primeiras ruas, entretanto, muito baixa e alagável na época das cheias do rio Acre.

Além disso, por trás do alinhamento de casas do povoado a floresta foi gradativamente sendo substituída por uma área de pasto para abrigar o comércio de gado que, como já vimos, foi muito importante para Rio Branco. Essas características topográficas somadas a questões políticas relacionadas à luta autonomista que vinha sendo travada no Território Federal levaram ao questionamento da condição de capital do Departamento desfrutada por Rio Branco e deu origem a diversas tentativas de mudança da sede departamental.

Em 1909, em meio a um conturbado contexto político, o Prefeito Departamental do Alto Acre Cel. Gabino Besouro decidiu tomar uma parte das terras do Seringal Empreza situado na margem esquerda do rio Acre defronte à Villa Rio Branco.

E nestas terras definiu um novo arruamento que começando na margem do rio seguia até o limite da atual avenida Ceará. Nestas terras altas da margem esquerda Gabino Besouro quis fundar uma nova cidade chamada Penápolis, em homenagem ao presidente Afonso Pena, e que passaria a se constituir na nova sede da Prefeitura Departamental do Alto Acre.

Entretanto não havia como ignorar a Villa Rio Branco, do outro lado do rio, com toda sua pujança comercial e social, e pouco tempo depois os dois lados da cidade eram unificados e Penápolis passava a se constituir apenas como mais um novo bairro da agora “cidade” de Rio Branco situada em ambas as margens do rio Acre.

Desde então foi sendo estabelecida lentamente uma infra-estrutura oficial em Penápolis que logo passaria a ser denominado 1º Distrito, em contraposição ao lado velho da cidade que passou a ser conhecido como 2º Distrito. Ou, como já se escreveu, uma cidade dividida entre o lado oficial e o lado comercial.

Nem o acirramento dos movimentos autonomistas, nem a crise da borracha instalada a partir de 1913, foram suficientes para alterar significativamente o papel econômico e político de Rio Branco no contexto acreano. Pelo contrário, nesta época se consolidou o predomínio desta cidade frente às outras cidades acreanas que, com a exceção de Xapuri, eram bem mais novas.

Tanto assim que na reforma administrativa de 1920, que extinguiu os departamentos, coube a Rio Branco a primazia de se tornar a capital de todo o Território Federal do Acre centralizado. Com isso, Rio Branco garantiu maiores investimentos oficiais em relação aos outros povoados, cidades ou municípios acreanos, o que a levaria, entre outras coisas, até a atual condição na qual concentra metade de toda a população do Estado do Acre.

Tendo em vista que nosso principal interesse nesse texto é tentar compreender a dinâmica da formação urbana, podemos vislumbrar duas fases para este período da história de Rio Branco, a saber:

1ª Fase – 1909 / 1930 – consolidação de Penápolis pela ocupação da malha urbana planejada entre o rio Acre e a avenida Ceará

2ª Fase – 1931 / 1940 – estagnação da expansão urbana tanto no 1º Distrito (ex-Penápolis), quanto no 2º distrito da cidade.

Ou seja, a partir de 1909, com a abertura de quatro ruas (Epaminondas Jácome, Benjamin Constant, Marechal Deodoro e a atual Getulio Vargas) começou um longo e lento processo de ocupação de lotes urbanos na margem esquerda do rio Acre até o limite da atual avenida Ceará. Somada a essa estreita faixa urbana, entre 1909 e 1913 foram abertas três colônias agrícolas na região atualmente conhecida como baixada da Sobral.

Por outro lado, a área urbana da margem direita do rio Acre (2º distrito) não tinha como se expandir espacialmente pela presença de muitos terrenos baixos e alagadiços e de áreas particulares ocupadas por pastos. Ao mesmo tempo em que desfrutava de grande prosperidade econômica devido à pujança da economia da borracha e a vitalidade do comercio dominado por portugueses, espanhóis e sírio-libaneses.

Pelo menos até que a grave crise da borracha lançasse Rio Branco e o Acre num difícil período de estagnação econômica e social.

Só no final da 1ª Fase deste período, entre 1927 e 1930, a cidade de Rio Branco conheceria uma época de grandes mudanças urbanas com o Governo Hugo Carneiro. Esse paraense implementou um programa de construção de grandes prédios de alvenaria que mudou a paisagem da cidade.

Sob o signo da modernização foram erguidos o Mercado Municipal na beira do rio, o Palácio Rio Branco, o Quartel da Polícia, a Penitenciária (atual prefeitura municipal) e o Stadium do Rio Branco no limite da cidade que acabava na atual avenida Ceará.

A partir de 1930, a organização espacial de Rio Branco permaneceria basicamente a mesma por toda a década se restringindo a um relativo adensamento da área urbana já ocupada. Apesar de ser possível registrar um lento crescimento da área de influencia da cidade sobre as terras do antigo Seringal Empreza que não haviam sido desapropriadas em 1909 e que limitavam a expansão da cidade para além da atual avenida Ceará.

Um crescimento que se dava sob a forma de arrendamento dessas terras para ex-seringueiros desencantados com a crise e que queriam tentar a sorte como agricultores.

3º Período – 1941 / 1970 – Colônias/bairros uma cidade em expansão

A Segunda Guerra Mundial trouxe não só novas esperanças para a decadente economia extrativista como um novo alento para a sociedade acreana através dos milhares de imigrantes nordestinos que voltaram a vir para o Acre. Especialmente a partir de 1942 com o início da Batalha da Borracha os seringais voltaram a produzir, o comércio voltou a prosperar e as cidades acreanas ficaram muito mais agitadas.

No antigo bairro Quinze a já falida Usina de Castanha se tornou alojamento dos soldados da borracha em transito para os seringais, na rua 17 de novembro (ou Bairro Beirute) muitos comerciantes sírio-libaneses haviam enriquecido e se tornado seringalistas e no Palácio Rio Branco os planos governamentais voltaram a ser grandiosos.

E foi sob esse novo panorama que o Governador Oscar Passos efetivou em 1942 a compra das terras remanescentes do antigo Seringal Empreza para a implantação de novas colônias agrícolas no entorno da cidade. Entretanto, até 1945 todos os desejos estavam firmemente direcionados para os seringais e pouca atenção e recursos sobravam paras cidades acreanas.

Por isso, o novo plano de colonização organizado pelo Engenheiro Pimentel Gomes teve que esperar um momento mais propicio para sua efetiva implementação, ficando restrito a apenas duas colônias instaladas em 1943: São Francisco e Apolônio Sales, sendo que a segunda esteve por alguns anos abandonada.

Só com o fim da Batalha da Borracha e o principio do Governo Guiomard Santos em 1946 teve início a implantação das diversas colônias agrícolas em terras do antigo Seringal Empreza, num processo que se estendeu durante toda a década de 50.

Mas não só. Nesse mesmo período uma parte das terras do Seringal Empreza ao norte da atual avenida Ceará foi definida como “Zona Ampliada” e foi dividida em lotes urbanos para o futuro crescimento da área urbana da cidade.

Cabe ressaltar que com isso o governo do Território Federal do Acre tentava estancar a partida de trabalhadores com o fim da Batalha da Borracha e o retorno à crise do extrativismo. Para tanto em diversas colônias agrícolas foi instalada uma infra-estrutura mínima para dar suporte aos colonos e suas famílias, tais como escolas, núcleos mecanizados para beneficiamento da produção e postos de saúde.

Guiomard Santos foi responsável também por um grande programa de obras publicas que alterou mais uma vez a paisagem de Rio Branco, bem como de outras cidades acreanas.

O Aeroporto Salgado Filho (Aeroporto Velho), a Maternidade Bárbara Heliodora, o colégio Eurico Dutra, foram algumas das novas construções de Guiomard Santos, além da conclusão das obras do Palácio Rio Branco e da reforma do prédio da antiga penitenciaria que foi transformado no Hotel Chuí.

A isso tudo se somava ainda a implantação de infra-estrutura voltada para a produção, como a Cerâmica oficial que produzia telhas, tijolos e pisos para a construção civil, a Estação Experimental que produzia mudas e repassava técnicas de cultivo, o Aviário que produzia e distribuía aves, suínos e até abelhas para os colonos.

Com isso, o governo Guiomard Santos transformou Rio Branco muito mais profundamente do que Gabino Besouro e Hugo Carneiro haviam conseguido anteriormente. Dois outros elementos, aparentemente menores e secundários são simbólicos para esta abordagem da história da cidade e provam essa afirmação. Foi na gestão de Guiomard Santos que foram erigidas a Fonte Luminosa e o Ipase, o primeiro conjunto residencial da cidade.

Estes dois elementos passaram a ser marcantes para a história de Rio Branco por diferentes motivos. O primeiro porque desde então povoou a mente e os corações de todos os riobranquenses cujas infâncias, mocidades e velhices estão repletos do encanto proporcionado por suas águas coloridas.

Enquanto que o segundo parece ter dado origem a um modelo de intervenção urbana pelo poder público através da construção de conjuntos residenciais que parece ter sido muito importante daí por diante.

Foi nesse período, portanto, que Rio Branco alcançou algumas das principais características que viria a desenvolver em décadas posteriores. Os equipamentos instalados pelo governo territorial e as colônias agrícolas serviram como novos pontos de atração e fixação urbana.

A Cerâmica, o Aviário, a Estação Experimental, o Aeroporto Velho, a colônia São Francisco, a Fazenda Sobral, a colônia Apolônio Sales, entre outros, deram origem a alguns dos atuais bairros da cidade, revelando boa parte dos fluxos e processos sociais a que a cidade esteve submetida desde então.

Ao mesmo tempo em que deixam claros os motivos que levaram o 2º distrito da cidade a neste período finalmente ser superado em importância pelo 1º distrito em relação à vida orgânica da cidade.

Devemos aguardar a realização de novos estudos, porém, para poder definir fases que organizem melhor esse terceiro período do urbanismo de Rio Branco e sejam capazes de ajudar na compreensão dos elementos constituintes deste processo.

4º Período – 1970 / 1998 – Invasões/bairros uma cidade em explosão

No principio dos anos 70 a conjugação da infinita crise do extrativismo da borracha e dos anos de chumbo da Ditadura Militar teve efeito devastador sobre o Acre suas cidades. O governo Vanderlei Dantas decidido a modificar o eixo de desenvolvimento econômico regional estimulou a vinda de grandes empresas, fazendeiros e especuladores de terras para o Acre, em sintonia com a nova política proposta pelo regime militar.

Os seringalistas falidos e sem crédito não tiveram como resistir e acabaram vendendo enormes seringais por preços muito baixos. Em poucos anos um terço de todas as terras acreanas mudaram de mãos.

Os novos donos da terra, conhecidos regionalmente como “paulistas”, faziam parte da frente de expansão da fronteira agrícola que atingiu os estados do centro-oeste antes de atingir Rondônia e Acre através do programa Polonoroeste e que previa, entre outras coisas, a abertura da Br-364. Esta frente foi composta não só por fazendeiros e grandes empresas, mas também por grileiros de terras, madeireiros e por trabalhadores rurais do sul do país.

Ao atingir o Acre essa frente de expansão causou uma verdadeira implosão da estrutura social acreana na área florestal. O desmatamento promovido pelas madeireiras e a transformação dos seringais em fazendas levaram ao êxodo milhares de famílias que há décadas habitavam a floresta, dela dependendo para obter o seu sustento.

Esse novo fluxo migratório campo-cidade promoveu uma verdadeira explosão das cidades acreanas, em especial de Rio Branco que por sua condição de capital atraia a maioria dos seringueiros, castanheiros e ribeirinhos expulsos de suas colocações em todo o estado do Acre.

Teve início então a pratica das “invasões”, nome regional usado para designar terrenos públicos ou privados que eram invadidos por trabalhadores para construção de moradias, dando origem a novos bairros populares sem nenhuma infra-estrutura básica. Mesmo as tentativas oficiais de reverter a política de atração dos investidores “paulistas” para o Acre se revelaram insuficientes para deter o processo de migração do campo e o inchamento das cidades.

Mesmo as políticas de habitação popular implementadas nos anos 70 a 90 parecem não ter resultado em benefícios concretos para os segmentos sociais que não possuíam profissão definida e nem renda assegurada, mas atenderam sobretudo as camadas médias da população.

É necessário, entretanto, chamar atenção para o fato de que tanto o fenômeno das “invasões”, quanto as conseqüências das políticas publicas de habitação implementadas neste período precisam ser melhor estudadas para esclarecer esses processos e sua importância na formação da cidade.

Por outro lado duas características desse período, no que se refere a formação urbana da cidade, parecem bastante claras. A primeira é que apesar da “invasão” se constituir como um novo mecanismo espontâneo e desordenado de abertura de bairros, ele deve ter se orientado em linhas gerais pela localização das colônias agrícolas e dos bairros que já estavam em formação na época em que ocorreram.

Ou seja, os bairros oriundos de colônias agrícolas ou equipamentos urbanos que surgiram no período anterior continuaram atuando como focos de atração e fixação dos moradores da cidade.

A segunda característica diz respeito ao fato de que muitos dos fenômenos sociais que estavam ocorrendo na área florestal do estado passaram a acontecer também em Rio Branco.

É o caso, por exemplo, dos confrontos entre lideranças populares e grileiros de terras como os que levaram ao assassinato de João Eduardo em 1981, como já tinham levado a morte de Wilson Pinheiro em 1980 e ainda iria levar ao atentado a Chico Mendes em 1988, deixando claro que o nível de tensão social tanto nas florestas quanto nas cidades acreanas era extremamente alto então.

Diante desse contexto não é de estranhar que o quadro geral das cidades acreanas e de Rio Branco em especial tenha sido de degradação das condições de vida em todos os setores. Neste período Rio Branco não cresceu, explodiu. Se ao longo de 90 anos de sua história as dinâmicas geradas na cidade tinham dado origem a pouco mais de uma dezena de bairros, entre 1970 e 1999 esse número iria passar de 150 bairros.

Novos bairros originados de invasões desordenadas sem a mínima infra-estrutura de água, saneamento, luz, acesso, além de por vezes estar situados em locais alagáveis ou impróprios, como nas novas áreas ocupadas no 2º Distrito (Cidade Nova, Taquari, Santa Terezinha/bostal, etc), ou mesmo a partir de loteamentos clandestinos e conjuntos residenciais mal projetados e/ou implantados.

Uma realidade, enfim, que estabeleceu enormes desafios a serem enfrentados para a recuperação da qualidade de vida dos cidadãos de Rio Branco.

5º Período – 1999 / 2005 – O principio do reordenamento urbano

Desde 1999 estão sendo realizadas diversas intervenções na malha urbana de Rio Branco, especialmente nas vias estruturantes, que estão modificando e melhorando os fluxos internos da cidade, bem como o acesso aos bairros mais distantes do centro.

Além disso, obras de revitalização do centro mais antigo da cidade e de implantação de equipamentos como o Parque da Maternidade parecem apontar o início de um novo período da história da formação urbana de Rio Branco, o que só poderá se constatado mais corretamente no futuro.

Fonte: www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br

Rio Branco

Rio Branco é a capital do estado do Acre, na região norte do Brasil. A cidade é a mais populosa do estado, que concentra quase metade da sua população total.

Conhecer Rio Branco é um privilégio para aqueles que admiram o espírito guerreiro do povo amazônico.

A cidade hoje é um dos principais exemplos de persistência e amor à soberania nacional. Palco de um passado glorioso, Rio Branco é o berço de grandes personalidades como Marechal Rio Branco e Galvez, o ’imperador do Acre ’.

Abrigo dos nordestinos, de estrangeiros e outros que se aventuraram em busca da riqueza no ciclo da borracha, Rio Branco possui tudo que um turista procura: desde histórias e tradições encantadoras até um patrimônio cultural deslumbrante.

A culinária não deixa a desejar e o roteiro turístico é deslumbrante.

Atualmente, o lado esquerdo do rio acre, ou 1º distrito, como é conhecido, é a parte mais ativa da cidade. Rio Branco é cenário de um encontro eclético de raças, crenças e costumes. Envolvida pelo espetáculo vivo da natureza, a capital acreana oferece belas e diferentes atrações aos visitantes. Hortos florestais, museus, palácios, igrejas, teatros, parques e vários outros encantos formam o painel turístico da cidade.

E a população, através de suas manifestações culturais faz o dia-a-dia da cidade ficar mais bonito e mais alegre.

Se na década de 70 os nordestinos chegaram na região em busca da riqueza do látex, hoje as pessoas que chegam aqui buscam se desenvolver e abrir as portas para o mercado de trabalho é o chamado 4º ciclo migratório.

As particularidades da capital acreana só enriquecem mais ainda a natureza selvagem e atraente da Amazônia. Rio branco, disputa em hospitalidade, beleza e simpatia dos nativos com os demais municípios, principalmente Xapurí, um dos principais pólos turísticos do estado.

Visitar Rio Branco é, sem dúvida, fazer parte da história gloriosa.

História do local

A região, hoje conhecida como município de Rio Branco teve origem com a chegada do seringalista Neutel Maia na região do Acre, em fins de 1882, juntamente com sua família e trabalhadores, que trazia para a produção de borracha, onde fundou seu primeiro seringal à margem direita do rio Acre, onde hoje está localizada a árvore da gameleira, iniciando ali as construções de barracões e barracas, em terras antes ocupadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris, dando o nome de Seringal Volta da Empresa, onde hoje está localizado o chamado Segundo Distrito, por estar assentado onde o rio faz a curva.

Em seguida, abriu outro seringal na margem esquerda do rio Acre, onde hoje está instalado o Palácio do Governo do Acre, com o nome de Seringal Empresa.

Depois de terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o departamento do Alto Acre até 1905.

Cunha Matos escolheu para montar a sede de sua prefeitura, de forma provisória, na localidade povoada do seringal Volta da Empresa, à margem direita do rio Acre, no dia 19 de agosto de 1904, passando o local a ser chamado de Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904, onde hoje está localizado o Segundo Distrito da cidade de Rio Branco.

Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Acre, coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do rio Acre, onde hoje funcionam os principais órgãos públicos como o Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa e Palácio das Secretarias, nas terras do seringal Empresa, recebendo o nome de cidade de Penápolis, onde a terra era mais alta, não sujeita às alagações do rio Acre. Foi uma instalação definitiva.

Em 1910, o prefeito Leônidas Benício de Melo, assinou uma Resolução criando o município de Empresa, juntando a Vila Rio Branco (no Seringal Volta da Empresa, do lado direito do rio Acre) e a localidade de Penápolis (Seringal Empresa, do lado esquerdo do rio Acre).

Em fevereiro de 1911, o prefeito Deocleciano Coelho de Sousa, adotou novamente o nome de município de Penápolis.

De forma definitiva, em 1912, os dois lados da cidade passam a se chamar “Rio Branco”. Em 1920 passa a ser a capital do então Território do Acre.

Clima

Rio Branco possui a menor média de temperatura anual dentre as capitais da região norte. O clima é equatorial e varia de 10°c a 38° em dias mais quentes do ano. As noites sempre atingem a menor temperatura podendo chegar nas madrugadas á 22°c. Geralmente entre maio e agosto a cidade sofre o fenômeno da friagem, chegando até temperaturas muito baixas para a região 15ºc.

Lugar

Com uma população de aproximadamente 315 mil habitantes, Rio Branco situa-se em ambas as margens do rio Acre, rio que tem a nascente no Peru, banhando os municípios de Brasiléia, Xapuri e Rio Branco. Rio de águas barrentas e piscosas, no verão é propício a banhos e esportes náuticos e navegável até as fronteiras do Brasil com o Peru e a Bolívia e com o estado do Amazonas. A vegetação natural é composta basicamente por floresta tropical.

Curiosidades

Origem do nome: A capital ganhou este nome em homenagem ao diplomata Barão do Rio Branco, que junto com Assis Brasil e José Plácido de Castro, teve papel de destaque na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, tratado que garantiu a posse das terras do território do Acre e o direito da exploração da borracha nesta região para o Brasil.

Datas importantes:

11 de agosto de 1910 – começa a funcionar a primeira agência dos Correios e Telégrafos
11 de fevereiro de 1911 – instalação da Estação Radiotelegráfica
13 de abril de 1916 – Rio Branco recebe sua primeira usina elétrica
7 de setembro de 1917 – inauguração do primeiro serviço telefônico
13 de abril de 1918 – inaugurado o primeiro hospital de Rio Branco chamado de “Santa Casa de Misericórdia do Acre”.

Fonte: portalamazonia.locaweb.com.br

Rio Branco

ATRATIVOS

Lago do Amapá – Lago em forma de “U”. No verão, há incidência de praia. O local oferece pesca, lazer náutico, reserva ecológica e camping. Serve também para atividades de lazer náutico, contemplativo. É um atrativo de grandes potencialidades turísticas, mas ainda pouco explorado pelas comunidades locais e visitantes. Acesso pela rodovia AC-040 entrando na Estrada do Amapá a 8 km do centro da cidade ou por via fluvial, em barco de pequeno porte, subindo o Rio Acre.

Praia do Riozinho do Rola – O Riozinho do Rola é um afluente do Rio Acre, adentra a floresta. No verão, aparecem belas praias de areias claras e águas escuras. Na entrada do rio, existem casas que funcionam como restaurantes, que oferecem comidas típicas da região. Localiza-se à margem direita do Rio Acre, a aproximadamente 2 horas de barco do centro de Rio Branco.

Praia do Amapá – Com 500m, areias claras e árvores frondosas. A melhor temporada é entre julho e agosto quando semanalmente acontecem festivais de música e outros eventos culturais.

Fica à margem esquerda do Rio Acre a 10 km do centro da capital.

Palácio Rio Branco – O mais belo Palácio do Estado foi construído em 1930 no governo do Dr. Hugo Carneiro. Inspirado na arquitetura grega, tendo sua fachada ornamentada por quatro colunas jônicas, nele está instalada a sede do Governo Estadual. Rua Benjamin Constant, em frente a Praça Eurico Gaspar Dutra – Centro.

Museu da Borracha – É um espaço cultural, dinâmico, destinado a coletar, pesquisar, conservar, expor e divulgar a cultura do Acre para fins de estudo, educação e lazer. O acervo do museu reúne peças de Arqueologia, Paleontologia, História, coleção de manuscritos e documentos referentes à História do Acre. Av. Ceará, 1177 – Centro.

Teatro Plácido de Castro – Construído em estilo moderno em 1990 tem capacidade para 507 lugares e 120 vagas para estacionamento. Freqüentemente são realizados shows com artistas e de outros Estados. Av. Getúlio Vargas, s/n – Vila Ivonete.

Horto Florestal – Em uma área de 17 hectares, há algumas espécies da flora amazônica, um lago com 50m de extensão, quadra de esportes, chuveiros coletivos, playground, pista de cooper, parque infantil, quadra de vôlei, campo de futebol society, restaurantes e instalações para piqueniques. É administrado pela Prefeitura de Rio Branco. Localiza-se no Bairro da Vila Ivonete, a 03 km do centro da cidade, com acesso através da Av. Getúlio Vargas ou pela Rua Antônio da Rocha Viana.

Parque Ambiental Chico Mendes – Possui zoológico, trilhas e ciclovia. A metade de seus 52 hectares é coberta por floresta primária, de exuberante vegetação e diversificada fauna. No restante da área, a Prefeitura instalou equipamentos adequados ao lazer e ao turismo. Próximo à estrada estão o Memorial Chico Mendes, o campo de futebol, o mirante, as quadras de areia e o início da ciclovia. Nas trilhas existentes no interior da floresta encontram-se aspectos da vida e da cultura amazônica como colocação do seringueiro, maloca indígena, quadros de lendas regionais e recintos com animais silvestres. Rodovia AC-040, km 7, nas proximidades da Vila Acre, a 10 km do centro.

Parque Capitão Ciríaco – O parque contém dezenas de seringueiras nativas e espécies da flora amazônica, protótipo de uma Casa de Seringueiro com o defumador do látex. Bastante visitado pela comunidade local para caminhadas com pistas de cooper, parque infantil e quadra de vôlei. É administrado pela Prefeitura de Rio Branco. Localizado no 2º Distrito, próximo à Ponte Cel. Sebastião Dantas.

Parque Zôobotânico – Desenvolve inúmeras atividades relacionadas ao estudo, manejo, preservação e reposição de fauna e flora regionais. O parque contém várias espécies vegetais da floresta tropical, havendo inclusive, um trecho de floresta virgem. Oferece caminhadas, pesquisas científicas, passeios pelas estradas de seringa onde se vê os utensílios utilizados pelos seringueiros para extração do látex, observar o processo de defumação e formação da péla de borracha defumada. Com potencial turístico para passeios pelas estradas de seringa existentes no local, além de poder conhecer a variedade de espécies da flora tropical.

Campus Universitário da UFAC, com acesso pela BR-364, sentido de Sena Madureira, à altura do km 05.

Reserva Extrativista Figueira – Tem capacidade para assentar 380 famílias, sendo 109 em atividade de seringueiro. Localizada às margens do Igarapé Riozinho do Andirá, a uma distância de 55 km da cidade de Rio Branco.

Rio Acre – Tem sua nascente no Peru banhando os municípios de Brasiléia, Xapuri e Rio Branco, desembocando no Rio Purus (Amazonas). Banha a cidade de Rio Branco dividindo-a em dois distritos. No verão (julho-setembro) é propício a banhos e esportes náuticos, é navegável até às fronteiras do Brasil com Peru e Bolívia e com o Estado do Amazonas.

No período do verão formam-se diversas praias ao longo do seu curso, entre as quais destacam-se: Praia do Amapá, Praia do Riozinho do Rola entre outros.

Seringal Nativo – Próprio para caminhadas pela floresta e visitações ao barracão (antiga residência do seringalista), casa do seringueiro, estrada de seringa. A penetração na floresta é feita por caminhos estreitos, acompanhados por árvores de diferentes espécies e vegetação de menor porte. Localizado às margens do Rio Acre, perto da praia do Amapá, com acesso através de barcos de pequenos porte, pelo Rio Acre, ou pela estrada AC-040 a 8 km do centro da cidade.

Cacimbão da Capoeira – Fundado em 1927, por Hugo Carneiro e tombado pelo Patrimônio Histórico em 1984. O cacimbão ficava além da zona urbana e fornecia água potável às residências através dos aguadeiros que transportavam nos ombros ou no lombo de burros. Rua Manoel Cezário, s/n – Bairro Capoeira.

Casa do Seringueiro – Criada pela Fundação Cultural do Acre, o acervo reúne fotos, quadros, maquete de uma colocação dos seringueiros, réplica de um defumador de látex e da casa do seringueiro, além de quadros retratando Chico Mendes. Av. Brasil, 216 – Centro.

Cine Teatro Recreio – Construído em alvenaria e madeira de lei, em estilo próprio da época, no período áureo da borracha, foi local de grandes apresentações artísticas e culturais. Considerado Patrimônio Histórico do Acre, continua com as características arquitetônicas da época. Passou por uma reforma e foi reinaugurado em 1987. Rua Senador Eduardo Assmar, s/n – 2º Distrito

Catedral Nossa Senhora de Nazaré – Construção em estilo romano. No seu interior, possui três naves separadas com 36 vitrais coloridos na parte superior e 11 na inferior, doados por famílias acreanas; um mausoléu protegido com grades de ferro, com lápide demarcativa em granito, guarda os restos mortais do Bispo Dom Giocondo Maria Grotti. Praça da Catedral – Centro.

Gameleira – É considerada árvore histórica e em 1981 foi tombada, transformando-se num Monumento Histórico. Já existia quando surgiram os primeiros povoadores da cidade e duas batalhas da Revolução Acreana se travaram ao seu redor. Rua Cunha Matos – 2º Distrito.

Igrejinha de Ferro – Para cumprir promessa a Nossa Senhora, caso Plácido de Castro saísse vitorioso da Revolução Acreana, Joaquim Victor juntamente com seus seringueiros, construiu um monumento eterno, em homenagem a Nossa Senhora. As peças foram pré-fabricadas na Alemanha e montadas por dois engenheiros alemães – chapas galvanizadas, firmadas por parafusos engraxados, com duas paredes, sendo a externa escalonada, para evitar o calor da região, o assoalho, também de ferro, torre, altar e alguns bancos-. Rua Colômbia – Bosque – 4.º Batalhão de Infantaria e Selva.

Lápide à Plácido de Castro – Construída por admiradores e amigos em homenagem ao grande herói da Revolução Acreana, que participou da consolidação do Acre como terras brasileiras. O acesso a esse local pode ser feito de carro, pela estrada do Amapá ou de barco de pequeno porte, subindo o Rio Acre.

Praça dos Seringueiros – Aos domingos vários artistas mostram seus trabalhos e a cultural regional. É também em frente a esta praça que se realiza de maio a outubro, a feira de artesanato e comidas típicas na “Feirinha de Artesanato”. 

Praça dos Tocos – Também conhecida como Praça da Catedral, é um local aprazível, situada entre outros atrativos históricos como a Catedral de Nossa Senhora de Nazaré, a Assembléia Legislativa, o Fórum da Comarca de Rio Branco e o Tribunal de Justiça. Localizada no centro da cidade.

Quartel da Polícia Militar – É um dos prédios mais imponentes do “Acre antigo”, foi sede da Guarda Territorial. Quando o Acre se tornou Estado, o prédio tornou-se sede do Quartel da Polícia Militar. Em frente ao quartel, está localizada a Praça Rodrigues Alves (Plácido de Castro), que é a mais estruturada e arborizada da cidade. Ao lado está localizada a sede da Prefeitura Municipal de Rio Branco. Fica entre a Av. Brasil e a Rua Rui Barbosa, no centro da cidade.

Sala Hélio Melo – A sala é dedicada ao pintor Hélio Melo. Nela estão expostos quadro do artista que leva seu nome, retratando a floresta Amazônica em todos os aspectos. Seus quadros são pintados, a partir da extração do sumo das plantas da floresta. Av. Brasil, 216 – Centro.

COMO CHEGAR

Rio Branco possui com dois aeroportos internacionais o de Rio Branco e o Presidente Médici, está ligado às demais capitais brasileiras. O acesso por via rodoviária pode ser feito pelas rodovias BR- 364, BR-317, AC-090, AC-040 e AC-010. Ainda por via fluvial, Rio Branco se liga com os Estados do Amazonas e Pará.

Fonte: www.portaldehospedagem.com.br

Rio Branco

A porção territorial que hoje corresponde o Município de Rio Branco, inicialmente sede do departamento do Alto Acre, foi formada como entreposto comercial avançado da economia mercantil da borracha, e reconhecida desde as primeiras expedições realizadas pelo sertanista Manoel Urbano da Encarnação.

Em 28/12/1882, foi explorada por Neutel Maia, que se instalou no mais importante aglomerado da localidade, o seringal Empresa, situado a margem direita do Rio Acre, onde havia grande concentração de seringais e onde era extraído o melhor látex e produzida a maior quantidade de borracha do Alto Purus.

Com Coordenadas Geográficas de 9 °58’29’’ (s) e 67° 48’36’’ (W.Gr) e uma altitude de 152,5 m, Rio Branco situa-se em ambas as margens do Rio Acre, sua topografia a direita (na região hoje denominada por 2 Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo a margem esquerda, caracteriza-se por sucessão de aclives suaves.

Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

Cerca de 90% dos sedimentos da Bacia do Acre são de idade terciária de origem continental fluvial, tendo sido estudados sob denominações diversas, como a Formação de Pebas Manaus, Puca e Rio Branco. Delas a mais conhecida é a Formação Solimões.

Segundo o Projeto RADAMBRASIL (1976), encontramos no Acre, especialmente em Rio Branco, um quadro de aproximadamente 95% da área abrangida pela folha SC-19-Rio Branco, recoberta por uma seqüência cenozóica de ambiente tipicamente continental fluvial. São os sedimentos pliopleistocênicos da Formação Solimões.

Ao longo de cursos fluviais como o rio Acre, são identificados aluviões depositados no holoceno e atuais. Portanto, os depósitos sedimentares que caracterizam a área pertencem a uma província geológica de idade cenozóica.

A Formação Solimões é composta por sedimentos típicos de planície de inundação, apresentando estratificações cruzadas, estrutura laminar em argilitos, siltitos acamados e em lentes, arenitos finos e grosseiros em lentes ou interditados com siltitos e argilitos, etc.

Com alguma regularidade as rochas afloram em forma de paredões íngremes, em alguns trechos nas margens do rio Acre, oferecendo o aspecto de falésias fluviais. Em outros trechos, seus sedimentos apresentam-se recobertos pêlos aluviões recentes e, portanto, não aflorados.

É também visto a não existência, nos arredores de Rio Branco, de afloramentos cristalinos afirmando que “rochas sedimentares com ampla predominância de arenitos compõem o platô acreano, não se apontando a existência de Rochas Cristalinas”.

Aspectos Pedológicos

A análise feita pelo RADAMBRASIL folha de Rio Branco evidência a presença de cinco associações de solos que recobrem os arredores de Rio Branco:

Latossolo vermelho amarelo distrófico com características marcantes de óxido hidratados de ferro, alumínio e variável proporção de argila. São solos concrecionários lateríticos de textura argilosa; – Podzólico vermelho amarelo eutrófico, tem como sedimentos predominantes, argilitos, siltitos argilosos carbonatados.

Não são hidromorfos, e são caracterizados por apresentar um horizonte B textual com frações argilosas; – Podzólico vermelho amarelo álico, são solos de profundidade média, bem arenado e com grau de estrutura fraca e moderada, na forma geralmente granular.

Possui alto grau de acidez e presença de alumínio; – Solos hidromórficos gleyzados eutróficos e álicos, são desenvolvidos sobre sedimentos recentes (quaternário) de textura argilo-siltosa, com cores influenciadas pelo processo de redução do ferro e pela saturação com a umidade; – Solos hidromórficos gleyzados eutróficos, solos que foram originários a partir dos sedimentos da Formação Solimões no período plio-pleistoceno.

Aspectos Topográficos

Atopografia de Rio Branco apresenta-se facilmente observável em vários níveis de erosão e terraços. Isto é observado ao longo de grande número de meandros encaixados – o modelo regional, resultando uma paisagem ondulada, principalmente pelo afundamento do Rio Acre.

Aqui identifica-se vários níveis altiplanimétricos, sendo os mais elevados entre as cotas (médias) de 150 a 170 m de altitude na margem esquerdo do Rio Acre e sobre os quais a cidade se expandiu mais recentemente. Os níveis mais baixos estão situados em áreas próximas às margens direita do Rio Acre com cotas de 125 a 150 m de altitude, com sua planície aluvial sujeita a inundações periódicas.

Hidrografia

O principal rio da rede de drenagem do município de Rio Branco é o Rio Acre, que apresenta uma hierarquização fluvial relativamente homogênea, predominando na maior parte das sub-bacias um grande números de canais de primeira ordem, alguns destes chegam mesmo a secar na época de estiagem, sendo ocasionado ora pela baixa pluviosidade nos meses de junho a agosto, ora pelo desmatamento ao longo destes canais, pois secam em função da quebra do seu equilíbrio natural.

A área da bacia de drenagem do Rio Acre em sua totalidade é de aproximadamente 609,15 km2 dos quais 287 km2 estão no município de Rio Branco compreendendo 14 sub-bacias de características dentríticas. O Rio Acre apresenta um perfil longitudinal complexo predominando o percurso meandrante, embora possua alguns trechos consideráveis de forma retilínea – os estirões, segundo conhecimento popular da região.

Deve-se considerar é a morfometria das sub-bacias, principalmente naquelas que ocorrem dentro ou nos arredores da área urbana. Não existe um parâmetro de referência como modelo geral, mas um aspecto bastante discordante quanto a densidade de drenagem e quanto ao comprimento total dos canais. Por exemplo, os canais dos igarapés São Francisco e Liberdade.

O primeiro apresentando um percurso de 115,6 km e uma densidade de drenagem de 1,37 km/km2 , enquanto o segundo, bem menor em seu percurso (2,6 km), quase mantém a mesma capacidade de drenagem que é de 1,32 km/km2. Daí, a pequena flutuação, o que influi sobremaneira para a caracterização de um parâmetro geral.

O Rio Acre, afluente direto do Rio Purus. Por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes.

Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.

O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km2 e densidade de drenagem de 1,37 km/km2, é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.

O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.

Canal da Maternidade, este encontra-se totalmente poluído, quase morto, por cortar a cidade é coletor de lixo servindo de esgoto a céu aberto.

No comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes.

A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens. Hidrografia

O principal rio da rede de drenagem do município de Rio Branco é o Rio Acre, que apresenta uma hierarquização fluvial relativamente homogênea, predominando na maior parte das sub-bacias um grande números de canais de primeira ordem, alguns destes chegam mesmo a secar na época de estiagem, sendo ocasionado ora pela baixa pluviosidade nos meses de junho a agosto, ora pelo desmatamento ao longo destes canais, pois secam em função da quebra do seu equilíbrio natural.

A área da bacia de drenagem do Rio Acre em sua totalidade é de aproximadamente 609,15 km2 dos quais 287 km2 estão no município de Rio Branco compreendendo 14 sub-bacias de características dentríticas. O Rio Acre apresenta um perfil longitudinal complexo predominando o percurso meandrante, embora possua alguns trechos consideráveis de forma retilínea – os estirões, segundo conhecimento popular da região.

Deve-se considerar é a morfometria das sub-bacias, principalmente naquelas que ocorrem dentro ou nos arredores da área urbana. Não existe um parâmetro de referência como modelo geral, mas um aspecto bastante discordante quanto a densidade de drenagem e quanto ao comprimento total dos canais. Por exemplo, os canais dos igarapés São Francisco e Liberdade.

O primeiro apresentando um percurso de 115,6 km e uma densidade de drenagem de 1,37 km/km2 , enquanto o segundo, bem menor em seu percurso (2,6 km), quase mantém a mesma capacidade de drenagem que é de 1,32 km/km2. Daí, a pequena flutuação, o que influi sobremaneira para a caracterização de um parâmetro geral.

O Rio Acre, afluente direto do Rio Purus. Por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes.

Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.

O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km2 e densidade de drenagem de 1,37 km/km2, é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.

O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.

Canal da Maternidade, este encontra-se totalmente poluído, quase morto, por cortar a cidade é coletor de lixo servindo de esgoto a céu aberto.

No comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes.

A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens.

O atual aspecto econômico do turismo em Rio Branco

Não podemos deixar de notar o grande resultado que o turismo vem trazendo para a economia, esse efeito é sem dúvida gerado com o planejamento Turístico que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos. Estados vêm se beneficiando com investimento em infra-estrutura e na valorização da sua cultura e do seu produto, resultando sucesso na economia.

É fundamental que os investimentos sejam aplicados na busca de melhores condições para a própria sociedade local, visando também uma melhor qualidade de vida para seus habitantes e por conseqüência, acabam atraindo não só turistas, mas mão-de-obra qualificada para atender suas necessidades lazer, cultura e negócios, gerando empregos e também outros tipos de investimento para a cidade.

Praticar e falar sobre turismo em Rio Branco ainda é de pouco conhecimento, a prática de oportunismo turístico local é um dos problemas que atrasam o desenvolvimento e investimento para Rio Branco.

Esse quadro tende a se reverter na medida em que aumenta a necessidade de aperfeiçoar essa pratica na cidade. Um bom investimento na estrutura, melhoria na qualidade de serviços e uma dose de marketing são fatores primordiais para essa conquista.

Alan Maia Assad

Hino de Rio Branco

Letra: SANDOVAL TEIXEIRA DOS SANTOS

Música: JOÃO CÉSAR DE MORAIS

Neutel Maia o bravo fundador
Desta cidade de encanto, altaneira
Nossa Rio Branco tão linda e brasileira
Em seu Estado desfralda pela bandeira.

(estribilho)

De sua gente forte e viril
Feitos históricos engrandecem o Brasil
Contemplaremos o porvir abençoado
Assim seremos pelo Deus amados.

Este grande município brasileiro
Vinte e oito de dezembro a fundação
Mil novecentos e oitenta e dois o ano
Se comemora o centenário em ovação.
(BIS)

Hino Acreano

Letra: Francisco Mangabeira

Música: Mozart Donizetti

Que este sol a brilhar soberano
Sobre as matas que o vêem com amor
Encha o peito de todo acreano
De nobreza, constância e valor…
Invencíveis e grandes na guerra,
Imitemos o exemplo sem par
Do amplo rio que briga com a terra
Vence-a e entra brigando com o mar

Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis

Triunfantes da luta voltando
Temos n’alma os encantos do céu
E na fronte serena, radiante,
Imortal e sagrado troféu
O Brasil a exultar acompanha
Nossos passos portanto é subir
Que da glória a divina montanha
Tem no cimo o arrebol do porvir

Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis

Possuímos um bem conquistado
Nobremente com armas na mão
Se o afrontarem, de cada soldado
Surgirá de repente um leão
Liberdade é o querido tesouro
Que depois do lutar nos seduz
Tal o rio que rola, o sol de ouro
Lança um manto sublime de luz

Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis

Vamos ter como prêmio da guerra
Um consolo que as penas desfaz
Vendo as flores do amor sobre a terra
E no céu o arco-íris da paz
As esposas e mães carinhosas
A esperarem nos lares fiéis
Atapetam a porta de rosas
E cantando entretecem lauréis

Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis

Mas se audaz estrangeiro algum dia
Nossos brios de novo ofender
Lutaremos com a mesma energia
Sem recuar, sem cair, sem temer
E ergueremos, então, destas zonas
Um tal canto vibrante e viril
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis.

Fonte: www.oguiariobranco.com.br

Rio Branco

Capital: Rio Branco

Área: 152.522 km²

Relevo: Depressão na maior parte do território e planície estreita a norte

Rios: Acre, Envira, Juruá, Purus,Tarauacá

Vegetação: Floresta Amazônica

Clima: Equatorial

Em 1882, um arbusto de uma árvore conhecida como gameleira chamou a atenção de um explorador cearense que subia o rio Acre, levando-o a abrir ali mesmo um seringal chamado Volta da Empresa. Mais de um século depois, a centenária árvore, com mais 20 metros de altura e 2,5 metros de diâmetro, permanece intacta e marca o exato lugar onde nasceu Rio Branco, a capital do Acre.

Apesar de destino pouco procurado pelos turistas, a cidade tem muito a oferecer. Nos últimos anos, governo e instituições privadas têm investido na revitalização das suas construções históricas, na criação de novos espaços de lazer e cultura e na valorização do saber tradicional da sua gente, que convive com a maior floresta tropical do mundo, a amazônica.

Visitar a capital acreana significa conhecer episódios importantes da história do norte do Brasil: a selva desbravada por valentes nordestinos nos tempos áureos da extração da borracha, a saga de um povo que lutou para ser brasileiro e o sonho de Chico Mendes (1944-1988), um líder assassinado em nome da luta pela conservação do meio ambiente e pela união dos povos da floresta.

Cortado pelo rio Acre, a cidade tem seu centro dividido em duas partes, denominadas primeiro e segundo distritos. À margem direita, estão as primeiras construções, depois que o seringal virou povoado, e nela se estabeleceu o comércio que serviu para abastecer as embarcações que transportavam o “ouro negro”, no início do século passado. A antiga área portuária, conhecida hoje como calçadão da Gameleira, foi reurbanizada, e seus casarões transformados em bares, restaurantes e centros culturais, tornando-se o principal ponto de encontro das noites quentes da cidade. Do outro lado do rio, o Mercado Velho é outra atração que faz parte do projeto de restauração dos espaços históricos.

O acreano tem orgulho da sua história, que começa em 1895 quando uma comissão demarcatória definiu os limites entre Brasil e Bolívia. Determinou-se que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época ocupada por brasileiros. O governo boliviano pretendia expulsar a população e entregar o território às poderosas empresas estrangeiras que exploravam a borracha. O desejo da elite regional de incorporar essas terras ao Brasil desencadeou conflitos armados conhecidos como Revolução Acreana, que resultou na criação do Estado Independente do Acre, em 1903. O nome da cidade é uma homenagem ao diplomata Barão do Rio Branco, que teve papel fundamental nesse processo. O território permaneceu nessa condição política até a sua elevação a federação brasileira, em 1962. Para conhecer os detalhes dessa história, o Memorial dos Autonomistas reúne um acervo de fotos, esculturas e quadros sobre esse período de revoltas.

Quando se fala em Acre a primeira idéia que vem a cabeça é a luta do seringueiro e ativista ambiental Chico Mendes. Vale se deslocar até a cidade do líder, Xapuri (a 188 km da capital), para conhecer a sua casa, que, apesar de ter passado por uma reforma, preserva as suas características originais.

Mas a história do Acre não se resume à exploração da seringa. Muito antes de o território ser ocupado por seringueiros cearenses e comerciantes sírio-libaneses, o lugar era habitado pelos povos indígenas. Inclusive, o nome do Estado surgiu da tradução da palavraaquiri, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios apurinãs, um dos grupos originais da região. A Biblioteca da Floresta Ministra Marina Silva tem, entre seus objetivos, preservar a memória cultural desses povos. Para entrar de cabeça, agências locais também oferecem roteiros até algumas comunidades.

A população de Rio Branco, que tem cerca de 300 mil habitantes, é resultado da mistura de índios, nordestinos, negros e árabes. E, apesar da mescla, cultiva um profundo sentimento de identidade cultural, que é chamado pelo próprio povo de “acreanidade”. Outro termo surgido no Acre é a florestania, união das palavras “floresta” e “cidadania” e que serve para descrever as diversas formas de se viver na Amazônia. Uma expressão muito forte dentro desses dois conceitos é o Santo Daime, uma religião nascida na floresta do Acre.

A capital mais ocidental do país também é a porta de entrada para a integração com os vizinhos andinos Bolívia e Peru.

Com a construção da rodovia Interoceânica, que liga Rio Branco à cidade inca de Cusco, no Peru, a Secretaria de Turismo do Estado resolveu promover o roteiro Caminhos do Pacífico, que convida o visitante a desfrutar de uma viagem com uma paisagem única: a transição entre a Amazônia e os Andes.

Rio Branco representa um pedaço do Brasil ainda desconhecido. De tão distante, o dicionário “Aurélio” um dia usou a expressão “ir para o Acre” como sinônimo do verbo morrer.

Mal sabia Aurélio que o lugar significa vida: 90% das florestas, rios e lagos do Estado estão preservados e alguns pesquisadores afirmaram que a área concentra a maior biodiversidade do planeta. Para acabar com esse mal entendido, o povo da floresta convida a todos a conhecer como se vive em harmonia com a natureza.

O que fazer

Comece pela sede do governo. O Palácio Rio Branco, construído em 1930, em estilo neoclássico, tem um acervo que conta a história da formação do Acre, as lutas dos seringueiros e a vida de Chico Mendes.

Passeie pelo Calçadão da Gameleira, à beira do rio Acre, onde a cidade nasceu. Exatamente ali, em 1882, foi fundado o primeiro seringal, dando início à ocupação da região. A gameleira já estava lá e presenciou tudo.

Com tempo, visite o Parque da Maternidade, o Mercado Velho, a Casa do Artesão, o Parque Ambiental Chico Mendes – e, sobretudo, o Museu da Borracha.

Na época seca, aproveite as praias do Rio Amapá, localizadas a 10 km do Centro da cidade.

Quando ir

Dezembro a março são os meses mais quentes (e chuvosos), com os termômetros atingindo os 38°C. Entre maio e agosto, época de poucas chuvas, ocorre o fenômeno da friagem, quando as temperaturas podem chegar a 15°C.

Julho é um mês de grandes eventos na cidade. Um deles é o Festival de Artes da Praia do Amapá, com apresentação de artistas locais e convidados. Outro é a Expoacre, principal feira de negócios do estado, que também traz muitos shows.

Em dezembro, é realizado o Festival Varadouro, que reúne músicos e bandas do Brasil e de outros países e também oferece oficinas e palestras.

Fonte: viagem.uol.com.br

Rio Branco

Roteiro Cultural

Casarão

Rio Branco

O Casarão foi revitalizado e hoje, além de ser um espaço belo e cheio de história, está aberto de segunda a sexta feira para visitação pública. No piso superior existe a sala Chico Pop, uma loja de artesanato acreano e uma sala multimídia, com TV, aparelho de DVD, revistas e muito mais. O Casarão também é um espaço de festas, com eventos quase todo final de semana.

Onde: Av. Brasil, Centro, Rio Branco

Usina de Arte João Donato

Rio Branco

Uma das escolas públicas de arte mais bem conceituadas do Brasil, a Usina de Arte era uma antiga usina de castanhas que depois de muito tempo abandonada foi reformada para se tornar um centro de ensino de música, cinema, teatro, artes plásticas, literatura e muito mais.

Onde: Av. das Acácias, nº 1, Distrito Industrial, Rio Branco

Biblioteca da Floresta

Rio Branco

A Biblioteca da Floresta é especializada em assuntos e autores da Amazônia e do Acre. Também possui espaços de exposições que se renovam frequentemente, apresentação de filmes, auditório para palestras e debates e um amplo espaço digital com computadores disponíveis para pesquisa.

Onde: Via Parque da Maternidade, s/nº, Centro, Rio Branco

Palácio de Rio Branco

Rio Branco

Construído em 1930 com projeto de Alberto O. Massler, no governo de Hugo Carneiro; seu desenho arquitetônico foi inspirado na arquitetura grega seguindo o estilo da ordem jônica, tendo sua fachada ornamentada por quatro colunas terminadas em capitéis de fino traçado. Apresenta as fases históricas do povo acreano.

Onde: Praça Eurico Gaspar Dutra, s/nº, Centro, Rio Branco

Memorial dos Autonomistas

Rio Branco

O Memorial dos Autonomistas é um ótimo ponto para aqueles que gostam de fazer turismo histórico. O Memorial abriga os restos mortais do senador Guiomar Santos e sua esposa Lídia Hammes. Guiomar foi responsável, pelo projeto de Lei de elevação do Acre a estado, em 1957. O Espaço também conta com uma exposição permanente de documentos e objetos ligados ao Movimento Autonomista, além de exposições de arte temporárias.

Onde: Avenida Getúlio Vargas, nº309, Centro, Rio Branco

Galeria de Arte Juvenal Antunes

Rio Branco

Com o objetivo de reunir em um só lugar a obras de vários artistas acreanos em exposições, foi criada a Galeria de Arte Juvenal Antunes, um espaço ideal para a apresentação e divulgação da arte em vários âmbitos. Abriga uma exposição permanente com 54 trabalhos e uma temporária com 28.

Onde: Rua Senador Eduardo Assmar, nº1291, Calçadão da Gameleira, Rio Branco

Museu da Borracha

Rio Branco

Um espaço dinâmico destinado a coletar, pesquisar, conservar, expor e divulgar os testemunhos da cultura material e espiritual do Acre. Outro propósito do Museu da Borracha é o de contar a história do Acre e o modo de vida do seu povo.

Onde: Avenida Ceará, nº 1441, Centro

Tentamen

Rio Branco

A Sociedade Recreativa Tentamen possui seu famoso espaço desde 1922. É um ponto de grande importância na história do Acre que sofreu várias transformações ao longo do tempo, sendo ainda um local de encontro festejado para dança e diversão daqueles que a apreciam a longa data.

Onde: Rua 24 de janeiro, Segundo Distrito, s/nº, Rio Branco

Igrejinha de Ferro

Rio Branco

Idealizada pelo proprietário do Seringal Bom Destino, Joaquim Victor, para cumprir promessa a Nossa Senhora, caso Plácido de Castro saísse vitorioso na Revolução Acreana juntamente com seus seringueiros. Foi construída com chapas galvanizadas pré-fabricadas na Alemanha e montada por dois engenheiros alemães. Único marco histórico-religioso da Revolução Acreana.

Onde: 4º Bis, Rua Colômbia, nº 708, Bosque, Rio Branco

Casa Povos da Floresta

A Casa teve sua construção inspirada nas malocas indígenas e constitui-se num espaço de valorização cultural dos povos indígenas, seringueiros e ribeirinhos. Possui um acervo de livros, revistas, publicações e documentos, sala de vídeo e peças artesanais indígenas.

Onde: Parque da Maternidade, Setor B., s/nº, Rio Branco

Parque Chico Mendes

O Parque Ambiental Chico Mendes é um dos principais pontos turísticos de Rio Branco. O nome presta homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, cuja luta inspirou o socioambientalismo e a Florestania. Implantado na época em que Jorge Viana foi prefeito de Rio Branco, o Paque está aberto a visitação pública após passar por ampla reforma e adequação de espaços de cativeiros dos animais e dependências, que agora proporcionam melhores condições para receber seus visitantes.

Onde: Rodovia AC-040, nas proximidades da Vila Acre, Rio Branco

Parque da Maternidade

Inaugurado em 28 de setembro de 2002, é a obra de maior expressão na cidade de Rio Branco com uma extensão de 6.000m, corta grande parte da cidade. Possui pista de rolamento para carros, ciclovias e calçamento para pedestres, playground, pista de skate, quadras de esportes, anfiteatro, praças, restaurantes e lanchonetes. É um lugar de descontração para um bom papo, lazer e estruturado para a prática de esportes.

Onde: Rio Branco

Parque do Tucumã

Esse Parque está inserido numa região entre os bairros Tucumã e Universitário. O parque tem cerca de 3.600 metros de extensão. Possui pistas sinalizadas para veículos, ciclovias, calçadas para pedestres, playground, quadras de esportes, praças namoradeiras e quiosques para lanches. O parque é muito utilizado pela população para prática de caminhadas.

Onde: Estrada Dias Martins, na altura da Universidade Federal do Acre, Rio Branco.

Parque Urbano Capitão Ciríaco

Transformado, em agosto de 1994, em um espaço de proteção ambiental e cultural, possui vegetação nativa com frutíferas regionais e cerca de 600 seringueiras.

Dispõe de equipamentos de esporte, escolinha de artes e uma casa retratando arquitetura da época, dedicada à memória da Revolução Acreana e do surgimento da cidade de Rio Branco.

Onde: Av. Dr. Pereira Passos, nº225, bairro 6 de Agosto, Rio Branco

Fonte: www.portalamazonia.com.br

Rio Branco

Pontos Turísticos de Rio Branco

Rio Branco
Construído pelo Governo do Estado, o estádio Arena da Floresta é um dos mais modernos do País

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Localizada no Centro de Rio Branco, a Biblioteca Pública do Estado une modernidade e sofisticação em favor do conhecimento

Rio Branco
Casa dos Povos da Floresta divulga o conhecimento tradicional e a diversidade étnica do Acre

Rio Branco
Vista noturna da Praça da Bandeira, onde se localiza o Novo Mercado Velho de Rio Branco

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A visão aérea do rio Acre mostra a imponência de suas pontes e passarela

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Estátua de Chico Mendes na praça Povos da Floresta

Rio Branco
Marco da fundação de Rio Branco, a Gameleira é hoje um circuito de cultura e diversão

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Memorial dos Autonomistas conta a história do movimento pela transformação do Acre território em Estado

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Estátua de bronze do homem acreano no pátio do Novo Mercado Velho é um referência para os visitantes

Rio Branco
Visão noturna do Palácio Rio Branco, marco da fase de modernização da capital acreana

Rio Branco
Parque da Maternidade é o símbolo da qualidade de vida em Rio Branco

Rio Branco
Vista noturna da Passarela Joaquim Macedo, inaugurada em 2006

Rio Branco
Passarela Joaquim Macedo: beleza e praticidade sobre o rio Acre

Fonte: Internet

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