Região Nordeste do Brasil

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Na região Nordeste tem início a história o Brasil. No meio de uma privilegiada natureza, os estado compreendidos nesta região têm sido testemunhas e protagonistas das mais ricas e variadas manifestações culturais do país.

A nota predominante é o moderado clima e suas encantadoras praias. A região compreende os estados do Maranhão (São Luis), Piauí (Terezina), Bahia (Salvador), Sergipe (Aracaju), Alagoas (Maceió), Pernambuco (Recife), Paraíba (João Pessoa), Rio Grande do Norte (Natal) e Ceará (Fortaleza).

Bahia

Bahia é o estado que concentra o passado do Brasil e lugar onde existem as raizes africanas. A capital, Salvador da Bahia, foi o centro da colônia e da indústria açucareira desde o ano de 1549 a 1763. O estado divide-se em três áreas: O Reconcavo, Sertão e o Litoral.

A região do Reconcavo, nos arredores da Bahia de Todos os Santos, em Salvador, é úmido e quente, e suas principais cidades são Cachoeira, Santo Amaro e Nazaré. A Região do Sertão caracteriza-se pela extremidade de suas condições metereológicas, enquanto que no Litoral, ao sul da capital e, importantye centro produtor de cacau, encontra-se as mais delicadas praias do país.

No Estado da Bahia poderá desfrutar do cativante espetáculo de capoeira (a dança de origem africana, que oculta em seus movimentos a prática de uma arte marcial), assim como, de alguma cerimonia de candomblé em um dos muitos “terreiros” (locais públicos para o ritual), onde as mulheres dançam e cantam em língua yoruba, enquanto os homens tocam os instrumentos.

Salvador

É sem dúvida, uma das cidades mais fascinantes do Brasil, não somente por seu passado colonial, mas sim por sua preciosas praias e povoados de aldeias, onde o tempo parece que parou.

Salvador, situado em uma península de forma triangular, na boca da Bahia de Todos os Santos, conta com mais de mlhões de habitantes. A cidade está dividida em duas partes: Cidade Alta e Cidade Baixa, ambas comunicadas por bondes, o Elevador Lacerda e por alguns caminhos abruptos chamados de “ladeiras”.

Na Cidade Alta encontra-se o centro histórico e os edifícios mais importantes, assim como o bairro do Pelourinho, Terreiro de Jesus e Anchieta, áreas que ressaltam por suas numerosas igrejas, ruas empedradas e casarões do século XVI e XVII.

A melhor maneira de conhecer esta região é fazê-la andando e desfrutar de seus pontos que surpreendem.

Recomendamos iniciar pela Catedral da Bahia, na Praça da Sé, é o templo maior e majestoso da cidade, e considerado como o templo mais bonito da cidade. Construida entre os anos de 1657 e 1672, de estilo barroco português, foi a sede da antiga Escola Jesuita.

Destacam-se as colunas de São Francisco de Borja, São Pedro e São José, assim como, as imagens de São Inácio de Loyola e São Francisco Xavier (horário de segunda –feira a sábado, das 8 às 11 horas e das 15 às 18 horas. Domingo das 17 às 18:30 horas). Encostado encontra-se o Museu Afro-Brasileiro, o que foi a Antiga Faculdade de Medicina.

Exibe uma pequena coleção de peças religiosas da África e Bahia, assim como, cerâmica e trabalhos em madeira de cerimoniais ritualísticos do Candomblé (horário de terças-feiras a domingo das 9 às 17 horas). Em seus sótãos encontra-se o Museu de Arqueologia e Etnologia, que abre de segunda a sextas-feiras das 9 às 12 horas e das 14 às 17:30 horas.

Muito próximo encontra-se a Igreja de São Francisco de estilo barroco e que distingue-se por suas curiosas expressões dos escravos, como uma clara manisfestação de vingança, imprimindo em diversas talhas, onde os querubins com rostos distorcidos ou anjos com enormes órgãos sexuais ou grávidos, permanecem como caladas testemunhas de um triste passado (horário de segunda –feira a sábado, das 7:30 às 11:30 horas, e de 14 às 18 hors. Domingos das 7 às 12 horas).

Alguns passos, localiza-se a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, do século XVII, de estilo barroco e prateresco (horário das 8 às 11:30 horas e de 14 às 17:30 horas de segunada à sábado) A Igreja de São Pedro dos Cléricos, destaca-se por seu estilo rococó, do século XVIII. Abre somente durante os atos religiosos.

O distrito ou bairro do Pelourinho aloja as construções mais antigas e Salvador. Foi local onde os escravos eram torturados e vendidos ao melhor benfeitor. Pelourinho significa “lugar de tortura”.

Na área sobressai o Museu da Cidade, onde pode-se ver diferentes peças utilizadas nos rituais de candomblé, assim como, efeitos pessoais do célebre Castro Alves (segunda à sexta-feira das 8 às 12 horas e das 14 às 18 hors); a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída pelos escravos no século XVIII e com excelentes azulejos, A Igreja do Santísssimo Sacramento da Rua do Paço; a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, no alto da colina e construída em 1636. Em seu interior destaca-se o altar de estilo barroco. Próximo, o Museu do Carmo, onde pode-se desfrutar da fmosa escultura do Cristo de Chagas (o Cabra).

A Casa da Cultura Jorge Amado, recentemente renovada, foi o lugar onde os escravos eram vendidos. Atualmente oferece projeções e exemplares da obra deste artista (segunda a sexta-feira das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas).

Antes de deixar a parte alta, aproxime-se do Museu de Arte Sacra da Bahia, situado em um casarão do século XVII e que exibe uma boa coleção de arte sacra. Para chegar a Cidade Baixa, convidamos para que utilize o Elevador Lacerda, inaugurado no ano de 1868, Os elevadores sobem e baixam os 85 metros de altura, transportando mais de 50 mil pessoas por dia.

Na parte baixa, destaca-se o Mercado São Joaquim, a três quilômetros do ascensor. Trata-se de um típico mercado de barracas, onde desfrutará de um ambiente popular sem igual. A Igreja Nosso Senhor do Bonfim, construida em 1745, na Península de Itapagipe, é para os adeptos do Candomblé o Templo de Oxalá.

Convidamos para que prenda uma fita no pulso e peça três desejos, que cumprirá o pedido quando a fita cair, por desgaste natural (horário terças-feiras a domingo de 6 às 12 horas e de 14:30 às 18 horas). Não deixe de percorrer e visitar os arredores da Cidade Baixa, para ver o velho Farol Monte Serrat e as praias de Boa Viagem, um lugar com muita animação e sede dos principais festivais da cidade.

Por último, sugerimos uma visita ao Museu de Arte Moderna, que aloja interessantes coleções de pinturas gravadas, esculturas desenhos e têxteis (horários terças às sextas-feiras das 11 às 17 horas. Sábados e domingos das 14 às 17 horas).As Praias e os arredores de Salvador da Bahia A praias da cidade encontram-se a uns 45 minutos de ônibus, do centro da capital.

As mais populares são de Amaralina, Itapoã, com palmeiras, lagoas e dunas brancas. Piturba, Rio Vermelho, Chega Nego e Jardim de Alá, são pontos de reunião dos baianos, sede de importantes festivais e prossições e além, de serem as mais belas praias do país. Nelas pode-se praticar diversos esportes aquáticos.

A Ilha de Itaparica (16 km de Salvador) é a ilha da Baía de Todos os Santos e, é para os habitantes de Salvador o melhor lugar par descançar e banhar-se em suas tranquilas águas. Nela encontra-se alguns locais turísticos como o Forte São Lourenço, construido pelos alemães no século XVII, a Casa chamada Solar Tenente Botas, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e a Fonte da Bica.

Para chegar em Itaparica, pode-se tomar alguns dos botes que partem do Mercado Modelo (centro de artesanatos e de restaurantes), já que dirigem-se ao Mar Grande ou bem, se preferir, pode abordar o ferry, que parte de São Joaquim até Bom Despacho em Itaparica. As praias da ilha são uma delícia, sobre tudo por suas águas transparentes e por seu animado ambiente.

A Ilha dos Frades encontra-se no centro da Baia e destaca-se por suas paisagens de grande beleza e praias de areias brancas, enquanto aue a Ilha Maré, a menor, sobressai por seu manancial de água doce, suas tranquilas praias e alguns monumentos coloniais, como a Capela de Nossa Senhora das Neves.

Cachoeira

Se dispõe e tempo, não deixe de realizar uma visita a cidade colonial de Cachoeira, situada a 120 quilômetros de Salvador. Trata-se de uma vila com interessantes construções da época colonial, algumas em processo de restauração. Não deixe de percorrer suas ruas e visitar a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, a Ordem da Carmelitas e, com preciosas talllas policromadas.

Encostado a Pousada do Convento, a Casa da Camara e Cadeia, antiga prisão, o Museu do SPHAN, alojado em uma antiga mansão colonial, onde exibe-se mobiliário da época (de terças-feiras à domingo das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas), a Igreja Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, com belos afrescos e azulejos portugueses, a pequena Igreja Nossa Senhora da Ajuda, a mais antiga da cidade, o Museu Hansen Baia na antiga casa da heroína Ana Neri e a Santa Casa da Misericórdia, o hospital municipal mais antigo de Cachoeira, que conta com uma delicada capela com diversos afrescos (aberta todos os dias das 14 às 17 horas).

Cruzando a velha ponte sobre o rio Paraguaçu, encontra-se o povoado de São Félix, onde resslta a Casa da Cultura Américo Simas e o Centro Cultural Dannemann, onde pode-se ver antigas máquinas utilizadas no processo da elaboração dos cigarros.

Nos arredores de Cachoeiras alcança-se a majestosa Igreja e Convento de Santo Antonio de Paraguaçu, uma esplêndida construção franciscana do século XVII, em processo de restauração (quase em ruinas).

Outras Áreas da Bahia

Se dispõe de tempo não deixe de visitar ao norte do Estado da Bahia, a Praia do Forte, próximo da importante reserva de tartarugas marinhas, e as praias de Guarajuba e Subaúma. Ao sul de Salvador sobressaem as cidades de Valença e Itacaré, esta última, tranquilo povoado colonial, Ilhéus, que distingue-se pela hospitalidade dos seus habitantes e pelo encanto de suas praias e Porto Seguro, importante centro turístico e ponto de encontro dos antigos pioneiros e colonizadores.

O mais destacado é a Cidade Alta, que acolhe a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia (provavelmente o templo mais antigo do Brasil), a Igreja de Nossa Senhora da Penha, do ano 1535, a Igreja do Rosário dos Jesuitas de 1549 e o antigo forte de 1503. Quinze quilômetros ao norte localiza-se a principal Reserva Biológica do Pau Brasil, um arvoredo nativo, que está a ponto de desaparecer, depois de vários anos de desmatamento.

A oeste de Salvador aconselhamos que aproxime-se de Lençóis, o melhor ponto de partida para realizar excursões através de uma natureza composta de picos, cascatas e rios. Daqui pode-se ter acesso ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, especialmente interessante, por suas formações rochosas.

Sergipe, Alagos e Pernambuco

Deixando o Estado da Bahia e continuando pelo litoral, em direção norte e depois de passar pelos estados de Sergipe e Alagoas, encontra-se o Estado de Pernambuco, berço da civilização brasileira.

Antes de viajar a este encantador lugar e se dispõe de tempo, pode fazer uma parada nos Estados de Sergipe(capital Aracaju), para admirar a arquitetura dos povoados de São Cristovão, Laranjeiras, Neópolis e Propriá e do Estado de Alagoas, com excelentes praias de águas tranquilas, sem esquecer a relaxante capital, Maceió.

Recife

É a capital de Pernambuco, a quarta cidade do país e lugar de pontes e águas. Conhecida popularmente por “Veneza Brasileira”. Recife é um importante centro turístico, graças ao desenvolvimento das áreas como a de Boa Viagem, considerada a Copacabana de Pernambuco.

A cidade extende-se a frente da Ilha do Recife, na desembocadura do Rio Capibaribe e o percurso ao centro histórico pode-se começar pela Praça da República, onde encontra-se o Teatro Santa Isabel, o Palácio do Governo, ambos do século XIX e a Catedral de São Pedro dos Cléricos. Muito próximo o Forte das 5 Pontas, construido pelos alemães no ano de 1677 e que acolhe o Museu da Cidade, onde mostra-se com fotografias e mapas da história de Recife.

A uns passos, aconselhamos uma visita ao Mercado de São José, o maior centro de alimentos de Pernambuco e a Basílica de Nossa Senhora da Penha.

A Casa de Cultura de Recife, próximo a estação do metro é um dos melhores locais para desfrutar do espetáculo de música e dança tradicional, quanto A Galeria, poderá contemplar uma coleção permanente, com mais de 2.000 peças diversas.

Por último, em Boa Viagem, ao sul da cidade encontrará o ambiente turístico com mais vida de toda a região. Aquí encontram-se os melhores hotéis, restaurantes, clubes e centros noturnos. As melhores praias encontram-se ao sul e destacam-se a praia de São José da Coroa Grande, Tamandaré e a 7 quilômetros mais ao sul, a famosa praia de Porto Galinhas, de águas transparentes e encantadoras baias.

De Recife pode-se fazer a viagem em avião até o Arquipélago de Fernando de Noronha(525 quilômetros de costa). Composto por 21 ilhas, destaca-se por suas transparentes águas, sendo um dos melhores locais para imersões e snorkeling.

Com o objetivo de não estrgar o frágil ecossistema das ilhas, existem uma série de normas que devem segui-las ao pé da letra. O trajeto em avião de Recife a Fernando de Noronha tem uma duração aproximada de uma hora e meia.

Olinda

A 6 km de Recife encontra-se Olinda, uma das vilas coloniais mais conservada do Brasil. É a cidade com maior número de construções do século XVII, razão pela qual foi declarada Patrimonio Cultural da Humanidade, e estamos certos de que ficará apaixonado por este encantador município.

A cidade extende-se no alto de uma serra, de frente para o mar, para descobri-la somente caminhando pelas suas sinuosas e laberínticas ruas empedradas. A Praça do Carmo é a melhor localidade para iniciar a visita. O Convento de São Francisco do ano de 1585, o Seminário e a Igreja da Graça, podem ser visitadas todos os dias das 8 às 11:30 horas e das 14 às 17 horas.

O convento aloja além, a Capela de São Roque e a Igreja de Nossa Senhora das Neves. Não deixe de ver o Museu de Arte Sacra de Pernambuco, alojado em uma bonita casa do século XVII, com uma preciosa coleção de arte sacra ( horário de terças- feiras a sextas- feiras das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas.

Sábado e Domingo das 14 às 17:30 horas), e o Museu de Arte Contemporânea, onde foi o antigo cárcere da Inquisição, que oferece as últimas expressões artíticas da região. Finalmente, aconselhamos uma visita ao Mercado da Ribera (século XVIII), sede de galerias e artistas, o Monastério de São Bento, com os melhores trabalhos de tallado em madeira e as Igrejas de Nossa Senhora da Graça (1549), da Sé(1538), Nossa Senhora da Conceição(1585), da Misericórdia (1540) e Nossa Senhora do Amparo(1581).

Quanto as praias não são muito recomendáveis, já que as águas nestas áreas não são muito limpas. Sem dúvida, aconselhamos que realize uma rápida visita a Igarassu, uma das cidades mais velhas e mais tranquila do Brasil. Encontra-se a 35 km ao norte de Recife e 20 km da Ilha de Itamaracá.

Ceará

Continuando pelo litoral da costa atlântica, em direção norte e depois de passar pelos estados da Paraíba (capital João Pessoa) e Rio Grande do Norte(capital Natal), encontr-se o Ceará, chamado “Estado da luz e da cor”. Com mais de 600 quilômetros de praias, a região constitui-se em um dos últimos descobrimentos turísticos e sem lugar de dúvidas, um dos locais mais facinantes do país.

Fortaleza

É capital do Estado do Ceará, é uma cidade divertida, de frente par o mar e provida de uma zona histórica, construida pelos portugueses e holandeses. O principal atrativo são suas extensas praias, suas águas que não baixam os 27 graus centígrados de temperatura e suas animadas noites, quando a cidade em festa, a rítmos do “forró”, consegue tranquilidade e sossego até o amanhecer.

Dos locais turísticos, destacamos o Teatro José de Alencar, situado na praça homônima, uma edificação de 1910, do estilo art noveau. Sua fachada com balcões de ferro, contrasta com as demais construções.

O Centro de Turismo, alojado em uma antiga prisão, aloja o Museu de Arte e Cultura Popular, lojas de artesanatos e escritórios de informações, assim como, lojas de venda de entradas para diversos espetáculos( horário segunda-feira aos sábados das 7 às 18 horas. Domingo das 7 às 12 horas ). Não esqueça de realizar uma visita ao Museu Histórico e Antropológico do Ceará( de terças a sextas-feiras das 8 às 12 horas.

Sábados e domingos das 14 às 18 horas) e o Museu do Automóvel, com uma boa coleção de velhos carros americanos e europeus ( de terças- feiras aos sábados das 8 às 12 horas e das 14 às 17:30 horas, Domingo das 9 às 17 horas).

As praias de Fortaleza e seus arredores

As praias da cidade mais frequentadas são as praias de Iracema, Meireles e do Futuro. Nelas pode-se tomar sol, praticar diversos esportes aquáticos, realizar caminhadas pelo Passeio Marítimo e desfrutar de uma boa comida que oferecem numerosos restaurantes. Pela noite o ambiente é frenético, envolvido em sensuais rítmos de “forró”, onde a caipirinha com mel, bebida nacional é a rainha da escuridão. As noites de Foraleza não perdem para ninguém.

Até o Leste de Fortaleza sucede-se um rosário de praias que extendem-se por todo litorial, desde Prainha até Icapui, fronteira com Rio Grande do Norte. Há para todos os gostos. Ums paradisíacas como a de Iguape, com palmeiras e dunas de areias, outras selvagens e de brutos barrancos como as de Morro Branco, outras por exemplo a de Batoque, recolhida e com poucas pousadas para descançar, ou como a de Canoa Quebrada a 13 quilômetros de Aracati, com um ambiente que recorda os anos setenta, onde o pôr do sol é um espetáculo.

Muito próximo, do Centro Comercial Iguatemi encontra-se o Parque Ecológico do Coco, inaugurado no ano de 1991, depois de vários grupos ecologistas protestarem ferverosamente pela preservação da área.

Até o Oeste de Fortaleza, a nota predominante são as praias selvagens, virgens e de uma beleza indescretível. Sobressai a sublime Jericoacoara, a mais remota e primitiva praia d toda região ou as praias de Paracuru, Itapipoca ou Lagoinha, com palmeiras de coco e uma trnquilidade que voa suepeitosamente.

Piauí e Maranhão

Mais ao norte do Estado do Ceará encontra-se os estados do Piaui(capital Terezina) e o maior estado e mais pobre da Região Nordeste, e que distingue-se pelo seu Parque Nacional de Sete Cidades, com formações rochosas de mais de 150 milhões de anos; e o Estado do Maranhão (capital São Luís), região predominantemente rural, e que sobressai pela sua preciosa cidade de Alcantara, na Baia de São Marcos. Um dos melhores exemplos uniformes da arquitetura colonial dos séculos XVII e XVIII, desgraçadamente esquecida e ignorada.

Fonte: www.rumbo.com.br

Região Nordeste do Brasil

Relevo

Formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, a maior parte desta região está em um extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-se dividida em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão.

Sub-regiões e clima

O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semi-árido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação exuberante, à medida que avança para o oeste.

A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical úmido, com chuvas mais frequentes no outono e inverno. O solo é fertil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização.

O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.

O sertão, uma extensa área de clima semi-arido, chega até o litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de água perene.

Turismo

O grande número de cidades litorâneas com belas praias, contribui para o desenvolvimento do turismo. Muitos estados investem na construção de parques aquáticos, complexos hoteleiros e pólos de ecoturismo. Esse crescimento, no entanto, favorece a especulação imobiliária, que em muitos casos ameaçam a preservação de importantes ecossistemas.

A cultura nordestina, é um atrativo à parte para o turista. Em cada estado, há danças e hábitos seculares preservados. As rendas de bilros e a cerâmica, são as formas mais tradicionais de artesanato da região. As festas juninas em Caruarú (PE) e Campina Grande (PB), são as mais populares do país.

O nordeste é a região brasileira que abriga o maior número de Patrimônios Culturais da Humanidade, título concedido pela UNESCO. Alguns exemplos são a cidade de Olinda (PE), São Luís (MA) e o centro histório do Pelourinho, em Salvador (BA).

Há ainda o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, um dos mais importantes sítios arqueológicos do país. O carnaval continua sendo o evento que mais atrai turistas, especialmente para Salvador, Olinda e Recife. Cada uma dessas cidades chega a receber 1 milhão de turistas nessa época.

Outro grande destaque a nível nacional e mundial é Fernando de Noronha, com suas maravilhosas paisagens naturais e mar cristalino, local que abriga os golfinhos saltadores, conhecidos em todo o mundo.

Recursos Minerais

O Nordeste é rico em recursos minerais. Os destaques são o petróleo e o gás natural, produzidos na Bahia, em Sergipe e no Rio Grande do Norte.

Na Bahia, o petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental e processado na Pólo Petroquìmico de Camaçari. O Rio Grande do Norte, responsável por 11% da produção nacional em 1997, é o segundo maior produtor de petróleo do país, atrás do Rio de Janeiro.

Produz também 95% do sal marinho consumido no Brasil. Outro destaque é a produção de gesso em Pernambuco, que responde por 95% do total brasileiro. O Nordeste possui ainda jazidas de granito, pedras preciosas e semipreciosas.

Dados Sociais

Essa região é a mais pobre do país. 50,12% da população nordestina tem renda familiar de meio salário mínimo. De acordo com levantamento do UNICEF divulgado em 1999, as 150 cidades com maior taxa de desnutrição do país estão no nordeste. Nelas, 33,66% das crianças menores de 5 anos, são desnutridas (mais de um terço).

Densidade Demográfica

Sua densidade demográfica é de 29,95 hab./km² e a maior parte da população de concentra na zona urbana (60,6%).

Economia

Nos últimos cinco anos, a economia nordestina mostra-se mais dinâmica que a média do país. Uma das razões é o impulso da indústria e do setor de serviços. A agricultura e a pecuária, contudo, enfrentam situação inversa nos anos 90.

Os longos períodos de estiagem fazem com que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor apresente quedas sucessivas. A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-de-açúcar, com Alagoas respondendo por metade da produção do Nordeste.

Há alguns anos, teve início o desenvolvimento de lavouras de fruticultura para exportação na área do vale do São Francisco – onde há inclusive cultivo de uvas viníferas – e no Vale do Açú, a 200km de Natal (RN). É no Rio Grande do Norte que são produzidos os melhores melões do país. A pecuária ainda sofre os efeitos da estiagem, mas o setor avícola desponta.

População e Transportes

As maiores cidades nordestinas são: Salvador, Fortaleza, Recife, Natal, João Pessoa, Maceió, São Luís, Aracajú, Ilhéus, Itabuna, Teresina, Campina Grande, Feira de Santana e Olinda.

As rodovias em geral são precárias. Há entretanto algumas boas e surpreendentes exceções. As principais vias de escoamento e transporte de carga rodoviária são efetuadas pela BR-116 e BR-101. Os aeroportos de Recife, Salvador e Fortaleza são os principais destaques

A região Nordeste do Brasil engloba os seguintes estados:

– Alagoas
– Bahia
– Ceará
– Maranhão
– Paraíba
– Pernambuco
– Piauí
– Rio Grande do Norte
– Sergipe

Área total: 1.561.177 km²
População (2000): 47.693.253 habitantes
Densidade demográfica (2000): 30,54 hab/km²

Maiores cidades (Habitantes/2000):

– Salvador (2.440.828);
– Fortaleza (2.138.234);
– Recife (1.421.993);
– São Luís (868.047);
– Maceió (796.842);
– Teresina (714.583);
– Natal (709.536);
– João Pessoa (595.429);
– Jaboatão dos Guararapes-PE (580.795);
– Feira de Santana-BA (481.137);
– Aracajú (461.083);
– Olinda-PE (368.666);
– Campina Grande-PB (354.546).

 

Região Nordeste do Brasil
Mapa da Região Nordeste

Fonte: www.portalbrasil.net

Região Nordeste do Brasil

Área – 1.561.177,8 km² (18,26% do território nacional).
Estados – Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Características

É constituída por extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão, formando as chapadas sedimentares de Diamantina, Araripe e Ibiapaba, e os planaltos cristalinos das serras de Borborema e Baturité. A diversidade das características físicas, que condicionam sua ocupação e economia, a subdivide em quatro sub-regiões.

Zona da Mata – Faixa litorânea de até 200 km de largura, do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, com clima tropical úmido, chuvas concentradas no outono e inverno, exceto no sul da Bahia, onde se distribuem ao longo do ano. O solo, escuro e fértil, é o massapê, formado por gnaisses e calcários. A vegetação natural, praticamente extinta, é a Mata Atlântica, substituída pela cana-de-açúcar no início da colonização. Metrópoles regionais: Salvador e Recife.

Agreste – Área de transição entre a úmida Zona da Mata (brejos) e o sertão semi-árido. Os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, com culturas de subsistência e pecuária leiteira.

Sertão – Na maior parte das depressões interplanálticas semi-áridas do interior, chega até o litoral no Rio Grande do Norte e Ceará. Metrópole regional: Fortaleza, de maior crescimento no Nordeste. O clima é semi-árido, as chuvas escassas e maldistribuídas. Os solos rasos e pedregosos dificultam a agricultura. A vegetação típica é a caatinga. Nas partes mais úmidas há bosques de palmeiras, especialmente a carnaubeira (a “árvore da providência”, pois todas as suas partes são aproveitadas). O maior rio é o São Francisco, única fonte perene de água para as populações ribeirinhas, com várias usinas, como a represa de Sobradinho, em Juazeiro (BA), e a hidrelétrica de Paulo Afonso. A economia baseia-se em latifúndios de baixa produtividade, com pecuária extensiva e culturas de algodão seridó. Apresentando más condições de vida, é a região de onde sai o maior número de migrantes.

Polígono das Secas – Criado em 1951 para combater as secas do Nordeste, essa área só não abrangia originariamente o Estado do Maranhão e o litoral leste do Nordeste, e incluía ainda o norte de Minas Gerais. Desde 1951 a área de Polígono tem aumentado muito em função dos desmatamentos e das secas.

As secas de 1979 a 1984 e 1989 a 1990 atingiram 1.510 municípios, com 439 em estado crítico e 336 em estado de emergência. O combate tradicional às secas é feito com a construção de açudes e distribuição de verbas aos prefeitos dos municípios atingidos. Com fins eleitoreiros, essa política é chamada indústria da seca, beneficiando fazendeiros com a construção de açudes em terras privadas, ou prefeitos pela manutenção de currais eleitorais.

Geoeconomia

Região Nordeste

Compreendendo, o norte de Minas Gerais e excluindo o oeste do Maranhão. Apesar de considerarmos a seca o problema comum do Nordeste, há enormes disparidades econômicas e naturais entre as suas sub-regiões.

Bacia do São Franscisco

São Francisco – Ocupa área de 645.876,6 km². Seu principal rio, o São Francisco, é o único fornecedor de água na região semi-árida do sertão. Desde a nascente, na serra da Canastra (MG), até a foz, na divisa Alagoas/Sergipe, recebe diferentes apelidos: rio da Unidade Nacional, dos Currais e Velho Chico. Possui bom potencial hidrelétrico e a importante usina de Paulo Afonso, BA Apesar de ser um rio de planalto, tem 2 mil km navegáveis entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA).

Saúde

Na região Nordeste do país a desnutrição infantil é muito grande, destacam-se ainda os problemas cardiovasculares, doenças infecto-contagiosas, a doença de Chagas, cólera e a esquistossomose.

Desnutrição Infantil

É um problema crônica de dimensões endêmicas no Brasil. O organismo desnutrido carece de proteínas, calorias e vitaminas, em conjunto ou isoladamente. Em conseqüência da fome, o curso das doenças é mais grave, especialmente das infecto-contagiosas.

Números da desnutrição – Os casos de desnutrição crônica no país chegam a 15,4% da população. A desnutrição aguda, medida também pela relação peso/altura, atinge 2%. No Nordeste, a desnutrição afeta 27,3% da população. Em todo o Brasil há 30,7% de crianças de até 5 anos desnutridas.

Mortalidade Infantil

O índice de mortalidade infantil brasileiro, em 1992, é de 54 mortes de criança por mil nascidas vivas. Em 1994, a taxa na região Nordeste, a mais alta do país, é de 77 por mil. A menor taxa de mortalidade infantil do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, é a do Japão: 4,5 por mil.

Aumento da mortalidade – Levantamento do Ministério da Saúde mostra: no interior de Alagoas, em cada mil crianças nascidas nos três primeiros meses de 1994, 174 morrem antes de completar 1 ano. É o maior crescimento da mortalidade infantil dos últimos 20 anos, índice comparável aos de alguns dos países mais pobres da África.

Principais Causas da Mortalidade

Os fatores que mais contribuem para a manutenção da elevada taxa de mortalidade infantil entre a população mais pobre são o precário acesso aos serviços de saúde, a falta de saneamento ambiental e a baixa escolaridade.

Influência do saneamento – De acordo com dados de 1992 da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 60% das internações em pediatria são devidas a doenças que surgem por meio do contato com água e esgoto não tratados.

Influência da escolaridade – Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a mortalidade por diarréia, infecção respiratória aguda e desnutrição é três vezes maior nos filhos de mulheres sem qualquer nível de escolaridade.

Doenças infecto-contagiosas – Na região Nordeste as doenças infecto-contagiosas são a terceira causa de mortes, indicando a carência de atendimento a necessidades como saneamento e acesso aos serviços de saúde. Medidas de educação sanitária acessíveis à população também são importantes na prevenção dessas doenças.

Cólera: A doença é causada pela bactéria Vibrio cholerae; no continente americano o tipo disseminado é o El Tor. É transmitida principalmente pela água e alimentos contaminados e sem esterilização ou pelo contato com fezes e vômitos de pessoas infectadas. Sem tratamento, a taxa de mortalidade chega a 50%.

Sintomas – Os principais sintomas são a diarréia súbita e aquosa, vômitos, cólica, dor de barriga e câimbras.
Prevenção – A cólera pode ser evitada com a extensão do sistema de saneamento básico a toda a população. Os alimentos crus devem ser muito bem lavados e a água deve ser fervida ou tratada com produtos químicos que destruam o vibrião.
Ritmo da epidemia – A atual epidemia de cólera é conseqüência da progressão da sétima pandemia da doença, iniciada na década de 60. A cólera chega ao continente americano pela costa do oceano Pacífico, em 1991. Desce os rios da Bacia Amazônica e instala-se nos Estados do Amazonas e Pará. A seguir chega ao Maranhão. Em 1992 atinge a Paraíba. De forma descontínua, difunde-se por todos os Estados do Nordeste. Nos primeiros meses de 1993, avança para o Sul do país e alcança os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. De janeiro a setembro de 1994, 98% dos casos ocorrem na região Nordeste.

Doenças Parasitárias

As doenças parasitárias mais comuns são a doença de Chagas, a esquistossomose, a febre amarela, o dengue, a leishmaniose, a filariose e as verminoses.

Doença de Chagas: Moléstia tropical provocada pelo protozoário Triypanosoma cruzi. Ela é transmitida por picadas do barbeiro (um tipo de inseto) infectado. A evolução da doença é lenta e pode levar anos para que os problemas internos apareçam. Na fase crônica pode comprometer o coração e prejudicar a passagem de alimentos do esôfago para o estômago.

Sintomas – Na fase aguda há forte reação local à picada, com lesões locais e febre elevada.
Prevenção – A estratégia para diminuir o número de casos é a eliminação dos transmissores nas áreas infestadas. Há também programas de controle de qualidade de bancos de sangue para impedir a contaminação por transfusões de sangue. Segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS), é necessário investir US$ 700 milhões apenas para melhorar as condições ambientais e combater o barbeiro.
Números da doença de Chagas – Estima-se que 18 milhões de pessoas na América Latina estejam contaminadas. No Brasil, ela ocorre em 44,5% do território. Em 1993, segundo o Ministério da Saúde, foram internadas 1.336 pessoas com a doença.

Esquistossomose: Nas Américas a doença é causada pelo parasita Schistosoma mansoni. O caramujo do gênero Biomphalaria, o hospedeiro intermediário do parasita, libera larvas do parasita na água. As larvas penetram na pele ou mucosa das pessoas que entram em contato com essa água. Nos casos graves a esquistossomose causa hipertensão da veia porta, hipertensão pulmonar, insuficiência hepática, tumores.

Sintomas – Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, perda do apetite, suor intenso, tosse, diarréia. Nos casos crônicos há dor abdominal, dificuldade de digestão e náuseas.
Prevenção – O combate ao caramujo hospedeiro e o tratamento da água e das fezes são as principais medidas de prevenção.
Números da esquistossomose – Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 200 milhões de pessoas em 76 países sofrem de esquistossomose. A região Nordeste e o Estado de Minas Gerais convivem com a esquistossomose em situação endêmica. Os programas de controle do Ministério da Saúde conseguiram, até agora, diminuir a mortalidade e as formas mais graves da doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em 1993 são detectados 272.728 casos.

Problemas educacionais

Na região Nordeste os maiores problemas educacionais são a repetência, a falta de escolas e acesso às mesmas, podemos também inserir neste contexto o despreparo dos professores do ensino de 1º e 2º grau, e de seus baixos salários fazendo crescer a falta destes nas escolas. Temos ainda um importante atenuante deste problema, a falta de merenda escolar contribuindo assim para o alto índice de evasão escolar nesta região.

Repetência: Na região Nordeste o índice de repetentes sobe para 22,2% e na Sul é de 14,85%. Esses números não são precisos porque, muitas vezes, o aluno abandona a escola quando sabe que vai repetir. No ano seguinte, quando ele se matricula novamente na mesma série, é considerado, com freqüência, como um aprovado vindo da série anterior.

Causas da repetência – Os fatores que mais contribuem para a repetência são a pouca base educacional dada pela família e pela pré-escola; metodologia e currículos inadequados e professores maltreinados. A falta de manutenção das instalações físicas também colabora, criando um ambiente inadequado.

Evasão – Na análise tradicional o Brasil é considerado um país de alto índice de evasão escolar. Essa evasão seria causada pela falta de condições econômicas da família de manter a criança na escola, já que o trabalho dos filhos garantiria a sobrevivência familiar.

Em muitas regiões isso é verdade: no município pernambucano de Barra de Guabiraba, entre o Agreste e a Zona da Mata, a taxa de evasão chega a 74% na safra do canavial, em função do trabalho das crianças no corte da cana. Outras análises mostram que a família valoriza a educação, vista como um mecanismo para assegurar melhores empregos, salários e ascensão social.

O aluno só engrossa as estatísticas de evasão escolar após várias repetências. Antes de desistir do 1o grau, os alunos ficam em média 6,4 anos na escola.

Estrutura do ensino: A educação brasileira é estruturada em dois níveis: o básico, com 11 anos – 8 obrigatórios –, e o superior. A educação infantil, para crianças de 0 a 6 anos, não obrigatória, é dada em creches, para crianças de 0 a 3 anos, e em pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos.

Nível básico: Compreende o 1o grau, para crianças e adolescentes de 7 a 14 anos anos (também chamado de ensino fundamental), e o 2o grau, de 15 a 17 (também chamado de ensino médio). Deve oferecer uma formação que permita ao estudante participar da vida em sociedade e progredir no trabalho e nos estudos posteriores.

Migração interna: Os migrantes podem ser classificados em três tipos: aqueles que partem em direção às grandes cidades e regiões metropolitanas; os que partem para as cidades médias e os que se dirigem para regiões rurais.

Os dois principais fluxos migratórios são de nordestinos em direção ao Sudeste, Centro-Oeste e Amazônia e de sulistas rumo ao Centro-Oeste e à Amazônia. Estas duas últimas regiões passam a ser, desde os anos 60, muito procuradas, devido à expansão das fronteiras agrícolas, à abertura de garimpos – explorados de maneira arcaica, o que demanda enorme contingente de trabalhadores – e à instalação de enormes sistemas de engenharia, tais como usinas hidrelétricas e rodovias. Suas taxas de crescimento demográfico são as maiores do país.

Fluxo Migratório: O fluxo de migrantes mais antigo e numeroso é da região Nordeste . Desde o primeiro Censo (1872), a região Nordeste vem diminuindo sua participação na população total. De 46,1% na época, cai para 28,9% em 1991. Esse fluxo não pode ser atribuído exclusivamente a fatores climáticos e de solo, mas também a questões ligadas à posse da terra e outras questões sociais.

Durante a década de 80, diminui o fluxo migratório da região Sul rumo às regiões Norte e Centro-Oeste, mas elas continuam com crescimento demográfico superior ao das outras regiões.

Petróleo

Água Grande – Localizado no Estado da Bahia. O campo petrolifero que mais produziu até hoje, com um total de 42,9 milhões de m³ (274 milhões de barris). No Recôncavo Baiano já foram produzidos mais de 1 bilhão de barris de petróleo.

Demografia

Os dados do mais recente Censo Demográfico, realizado em 1991, confirmam: o ritmo de crescimento da população brasileira decresce; a população idosa aumenta de forma significativa; e diminui o ritmo de crescimento nas grandes cidades. A população do Brasil, de acordo com estimativa do IBGE para 1993, é de 151.523.449 habitantes.

O crescimento exponencial da população brasileira tem sofrido uma desaceleração contínua a partir, sobretudo, dos anos 70. Entre 1950 e 1960, a população cresce 34,9%; entre 1960 e 1970 o crescimento cai para 32,9%; entre 1970 e 1980 diminui para 27,8%. Entre 1980 e 1991, segundo o último Censo, chega a 23,5%.

Distribuição da População

Por sexo –nas regiões Nordeste apresenta maioria feminina.

A predominância de homens entre os migrantes se justifica, porque são eles que saem de suas cidades para buscar melhores condições de vida na agricultura, no garimpo ou nos grandes sistemas de engenharia (por exemplo, as barragens), deixando para trás mulher e filhos.

Já na migração da zona rural para as grandes cidades, a situação é outra: é a mulher que se faz mais presente, especialmente quando solteira, já que encontra maiores oportunidades de emprego.

Fonte: www.grupoescolar.com

Região Nordeste do Brasil

Estados e Capitais da Região Nordeste

Região Nordeste do Brasil

A Região Nordeste é a terceira maior região do Brasil e a maior em número de estados, possui nove: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Sua área total é de 1.561.177km², semelhante a área da Mongólia.

A região possui 3.338km de praias, sendo a Bahia o estado com maior extensão litorânea com 938km e o Piauí com a menor, com 60km de litoral.

Por causa das suas diferentes características físicas a região foi subdividida pelo IBGE em quatro sub-regiões: Meio Norte, Caatinga, Agreste e Zona da Mata:

Meio-Norte: transição entre a Amazônia e o Sertão, também é conhecida como Mata dos Cocais. Vai do Maranhão a oeste do Piauí;

Sertão: o clima é semi-árido e vegetação é a caatinga. Chega a quase sua totalidade no interior nordestino, mas nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte alcança o litoral;

Agreste: transição entre o sertão e a zona da mata, é a menor sub-região do Nordeste. Vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia;

Zona da Mata: suas características são chuvas abundantes, é a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da Região Nordeste. Localiza-se no leste da região e vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia; A região faz divisa ao norte e leste com o oceano Atlântico, ao sul com Minas Gerais e Espírito Santo e a oeste com o Pará, Tocantins e Goiás.

Relevo

Região Nordeste do Brasil

O relevo da Região Nordeste possui dois grandes planaltos: Borborema e bacia do rio Parnaíba. Possui também chapadas como a chapada Diamantina, na Bahia, onde encontramos o pico mais alto da região, o pico do Barbado com 2.033 metros de altitude.

Além dos planaltos já citados a região nordestina possui a depressão Sertaneja-São Francisco, parte dos planaltos e serras do Leste-Oeste, planícies e tabuleiros litorâneos. 
Clima da Região Nordeste

A Região Nordeste é conhecida por seus dias sempre ensolarados e clima ameno, mantém temperatura média entre 20° e 28° C. Em áreas localizadas acima de 200m e no litoral oriental a média é de 24° a 26°C.

Existem alguns locais da região em que as temperaturas médias chegam a ser inferiores a 20°C, que são na Chapada Diamantina e no Planalto da Borborema. O índice de precipitação anual varia entre 300 à 2.000mm.

O município de Cabaceiras na Paraíba, tem média de menos de 300mm de precipitação por ano, sendo considerada por conta disso a cidade mais seca do Brasil. Existem quatro tipos de clima na Região Nordeste:

Equatorial úmido: presente em uma pequena parte do Maranhão, na divisa com o Piauí;
Litorâneo úmido: vai do litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte;
Tropical: está presente nos estados da Bahia, Maranhão Ceará e Piauí;
Tropical semi-árido: todo o sertão nordestino;

Vegetação

A vegetação da Região Nordeste varia bastante, existem trechos de Mata Atlântica, restinga, caatinga, cerrado, manguezais, entre outros. Abaixo segue as vegetações mais importantes:

Mata Atlântica: também conhecida como floresta tropical úmida, originalmente poderia ser encontrada em toda faixa litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, mas hoje devido a desmatamento só existe 5% da mata original;

Mata dos Cocais: vegetação de transição entre os climas semi-árido, equatorial e tropical. Abrange os estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e parte do Ceará. Suas árvores nativas são a carnaúba e o babaçu;

Cerrado: mesmo ocupando 255 do território brasileiro, no Nordeste ele só está presente no sul do Maranhão e no oeste baiano. Suas características são árvores baixas, com galhos tortos, gramínea e solo com alta acidez;

Caatinga: é a vegetação típica do sertão, muita rica ecologicamente suas principais espécies são a aroeira, cactos, pereiro e leguminosas;

Vegetações litorâneas e matas ciliares: na vegetação litorânea podemos incluir os mangues, restingas e dunas, importantes ecossistemas para preservação de rios e lagoas e espécies de crustáceos, já as matas ciliares podem ser encontradas no cerrado ou na Zona da Mata, são pequenas florestas nas beiras dos rios com bastante material orgânico no solo e são responsáveis pela preservação dos rios e mares;

Hidrografia

Apesar de estar com 72,24% de seu território dentro do Polígono da Seca (municípios sujeitos a repetidas crises de prolongamento das estiagens e, conseqüentemente, objeto de especiais providências do setor público), a Região Nordeste possui cinco bacias hidrográficas:

Bacia do São Francisco: formada pelo rio São Francisco e seus afluentes é a mais importante da região. Possui quatro hidrelétricas: Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó. Faz a divisa natural dos estados da Bahia com Pernambuco e de Sergipe com Alagoas;

Bacia do Parnaíba: com 344.112km² é a segunda mais importante, drena boa parte do Piauí, parte do Maranhão e Ceará;

Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas e possui 287.384km². Seus principais rios são: Jaguaribe, Capibaribe, Acaraú, Paraíba, uma, entre outros;

Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental: fica entre a região Norte e a Nordeste, localiza-se praticamente em todo o estado do Maranhão. Suas sub-bacias formam mangues, várzeas, babaçuais, etc;

Bacia do Atlântico Leste: divide-se entre os estados da Bahia e Sergipe, no Nordeste e Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste. Com totalidade de 364.677km², sua principal atividade econômica é a pesca;

População da Região Nordeste

A Região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, com 30% da população brasileira. Suas maiores cidades são Salvador, Recife, Fortaleza, Natal, Teresina, Maceió, entre outras.

Fonte: www.estadosecapitaisdobrasil.com

Região Nordeste do Brasil

Cultura

Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Esse complexo regional apresenta grande diversidade cultural, composto por manifestações diversificadas. Portanto, serão abordados alguns dos vários elementos culturais da região em destaque:

O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Milhares de turistas são atraídos para o carnaval nordestino, que se caracteriza pela riqueza musical e alegria dos foliões.

Região Nordeste do Brasil
Carnaval de Olinda

O coco também é conhecido por bambelô ou zamba. É um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro. É uma dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de pares, que vão ao centro e desenvolvem movimentos ritmados.

O maracatu é originário de Recife, capital de Pernambuco, surgiu durante as procissões em louvor a Nossa Senhora do Rosário dos Negros, que batiam o xangô, (candomblé) o ano inteiro. O maracatu é um cortejo simples, inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma mistura de música primitiva e teatro. Ficou bastante conhecido no Brasil a partir da década de 1990, com o movimento manguebeat, liderado por Chico Sciense e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, entre outros.

O Reisado, ou Folia de Reis, é uma manifestação cultural introduzida no Brasil colonial, trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir do dia 24 de dezembro, saem os vários Reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. Os participantes dos Reisados acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino Jesus, em Belém.

As festas juninas representam um dos elementos culturais do povo nordestino, é composta por música caipira, apresentações de quadrilhas, comidas e bebidas típicas, além de muita alegria. Consiste numa homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. As principias festas juninas da região Nordeste ocorrem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

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Festa junina em Campina Grande (PB)

Bumba meu boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois, é preciso ressuscitá-lo. O espetáculo é representado por um boi construído em uma armação de madeira coberta de pano colorido. Ao final, o boi é morto e em seguida, ressuscitado.

O frevo surgiu através da capoeira, pois o capoeirista sai dançando o frevo à frente dos cordões, das bandas de música. É uma criação de compositores de música ligeira, especialmente para o carnaval. Com o passar do tempo, o estilo ganhou um gingado composto por passos soltos e acrobáticos.

Quilombo é um folguedo tradicional alagoano, tema puramente brasileiro, revivendo a época do Brasil Colônia. Dramatiza a fuga dos escravos que foram buscar um local seguro para se esconderem na serra da Barriga, formando o Quilombo dos Palmares.

A capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos, é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Rapidamente adquiriu adeptos nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. O instrumento utilizado durante as apresentações de capoeira é o berimbau, constituído de arco, cabaça cortada, caxixi (cestinha com sementes), vareta e dobrão (moeda).

Região Nordeste do Brasil
Roda de Capoeira

A festa de Iemanjá é um agradecimento à Rainha do Mar. A maior festa de Iemanjá ocorre na Bahia, no Rio Vermelho, dia 2 de fevereiro. Todas as pessoas que têm “obrigação” com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. Nesse evento cultural há o encontro de todos os candomblés da Bahia. Levam flores e presentes, principalmente espelhos, pentes, joias e perfumes.

Lavagem do Bonfim é uma das maiores festas religiosas populares da Bahia. É realizada numa quinta- feira do mês de janeiro. Milhares de romeiros chegam ao Santuário do Senhor do Bonfim, considerado como o Oxalá africano. Existem também promessas católicas de “lavagens de igrejas”, nas quais os fiéis lavam as escadarias da igreja com água e flores.

O Candomblé consiste num culto dos orixás que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, como a água, o vento, as florestas, os raios, etc. É de origem africana é foi introduzido no país pelos escravos negros, na época do Brasil colonial. Na Bahia, esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco, nomeia-se xangô, no Maranhão, tambor de menina.

A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais variados assuntos: desafios, histórias ligadas à religião, política, ritos ou cerimônias. É o estilo literário com o maior número de exemplares no mundo. Para os nordestinos, a Literatura de Cordel representa a expressão dos costumes regionais.

A culinária do Nordeste é bem diversificada e destaca-se pelos temperos fortes e comidas apimentadas. Os pratos típicos são: carne de sol, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão verde, canjica, tapioca, peixes, frutos do mar, etc. As frutas também são comuns, como por exemplo: manga, araçá, graviola, ciriguela, umbu, buriti, cajá e macaúba.

O artesanato da região Nordeste é muito variado, destacam-se as redes tecidas, rendas, crivo, produtos de couro, cerâmica, madeira, argila, as garrafas com imagens produzidas de areia colorida, os objetos feitos a partir da fibra do buriti, entre outros.

Wagner De Cerqueira E Francisco

Fonte: www.mundoeducacao.com.br

Região Nordeste do Brasil

Sobre o Nordeste

O Nordeste – região que sofre disparidade econômica em relação ao restante do Brasil – é imensamente rico do ponto de vista cultural e de recursos naturais.

A região é auto-suficiente em petróleo e recursos hidrográficos e água subterrânea, embora tenha grande parte do seu território localizado no semi-árido.

Do ponto de vista cultural, o Nordeste brasileiro detém uma identidade própria e diversificada.

A Música Popular Brasileira muito deve a nordestinos como Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Bahiano (o primeiro cantor profissional do Brasil), Dominguinhos, Caetano Veloso, Torquato Neto, Tom Zé, Gilberto Gil, Chico Science, Gal Costa, Fagner, Chico César, Raul Seixas, Sivuca, Capiba, Geraldo Azevedo, Zeca Baleiro, Paulo Diniz, Simone, Jackson do Pandeiro, Orlando Dias, Marinês, Anísio Silva, Nelson Ferreira, Maria Creuza, Ivete Sangalo, Geraldo Vandré, Walkdick Soriano, Reginaldo Rossi, Moraes Moreira, Núbia Lafayette, Selma do Coco, Roberta Miranda, Paulo Debétio, Zé Ramalho, Dodô e Osmar, Valdonys, Zé Marcolino, Turíbio Santos, Severino Araújo da Orquestra Tabajara.

E até sambistas como os baianos Mano Décio da Viola e Riachão além do pernambucano Bezerra da Silva.

Escritores como José de Alencar, Castro Alves, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Câmara Cascudo, João Ubaldo Ribeiro, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Marcos Vilaça.

Oferece ao mundo da poesia nomes como Gregório de Matos, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Ascenso Ferreira, Olegário Mariano, Augusto dos Anjos, Da Costa e Silva, Sousandrade, Raimundo Correia, Waly Salomão, Solano Trindade, Marcus Accioly, Zila Mamede, entre tantos.

Poetas populares, repentistas e violeiros como Patativa do Assaré, Lourival Batista, Pinto do Monteiro, Siqueira de Amorim, Cego Oliveira, Cego Aderaldo, Zé da Luz.

O teatro brasileiro muito deve aos nordestinos Nelson Rodrigues, Paulo Pontes, Dias Gomes, Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho, João Falcão, Prazeres Barbosa, Samuel Campelo, Elpídio Camara, Valdemar de Oliveira, Geninha da Rosa Borges, Maneco Quinderé, Sebastião Vasconcellos, Viriato Correia, Carlos Câmara, Aderbal Freire Filho.

O mesmo ocorre com o cinema através das contribuições de nordestinos como Luiz Severiano Ribeiro, Zé Trindade, Vladimir Carvalho, Anecy Rocha, Helena Ignez, Renato Aragão, Luiz Carlos Barreto, José Dumont, Marcélia Cartaxo, Jota Soares, José Wilker, Florinda Bolkan, Hermila Guedes, Hileana Menezes, Ingra Liberato, Zé Sozinho.

O destaque de nomes da televisão brasileira como Chacrinha, Chico Anysio, Marco Nanini, Aguinaldo Silva, Tom Cavalcante, Tiririca, João Falcão, Fabiana Karla, Guel Arraes, Bruno Garcia, Péricles Leal, Pedro de Lara.

Jornalistas como Barbosa Lima Sobrinho, Carlos Castello Branco, Audálio Dantas, Palmira Wanderley, Sebastião Nery, Moacir Japiassu, Cipriano Barata.

Artistas plásticos como Pedro Américo, Antônio Dias, Aldemir Martins, Estrigas, João Câmara, Francisco Brennand, Tereza Costa Rêgo, Santa Rosa, Pierre Chalita, Eduardo Eloy, Vicente do Rego Monteiro, Antônio Bandeira, Sérvulo Esmeraldo, José Cláudio, Romero Britto, Mário Cravo Neto, Hélio Rola.

Artistas gráficos como Carlos Estevão, Péricles (criador de O Amigo da Onça), Luiz Sá (Reco-Reco, Bolão e Azeitona), Mendez, Laílson, RAL.

Educadores como Paulo Freire, Anísio Teixeira, Martins Filho, Manoel Bomfim.

Líderes religiosos e espirituais como Dom Hélder Câmara, Bezerra de Menezes, Padre Cícero, Dom Eugênio Sales, Dom Távora, Dom Vital, Dom Avelar Brandão, Padre Ibiapina, Padre Rolim, Padre Henrique, Divaldo Pereira Franco.

Movimentos sociais rurais que projetaram nomes como o de Antônio Conselheiro (Canudos), Beato José Lourenço (Caldeirão), Lampião, Maria Bonita, Corisco, Jararaca (Cangaço), Francisco Julião, Clodomir Morais (Ligas Camponesas).

Movimentos sociais libertários Frei Caneca e Padre Mororó.

Mulheres das lutas sociais como Maria da Penha, Maria Quitéria, Bárbara de Alencar, Margarida Alves, Adalgisa Cavalcanti.

Cientistas como José Leite Lopes, Nise da Silveira, Nelson Chaves, Oswaldo Gonçalves de Lima, Casimiro Montenegro, Manoel Correia de Andrade, Milton Santos, Pirajá da Silva, Rodolfo Teófilo, Rubens de Azevedo, Vasconcelos Sobrinho.

Pioneiros como Pinto Martins (Aviação), Padre Francisco João de Azevedo (Inventor da máquina de escrever), Marechal José Pessoa (planejador da localização de Brasília).

Historiadores como Frei Vicente Salvador, Pereira da Costa, Pedro Calmon, Oliveira Lima, Raimundo Girão, Capistrano de Abreu, Nirez Azevedo, Sílvio Romero.

Juristas como Ruy Barbosa, Tobias Barreto, Clóvis Bevilácqua, Pontes de Miranda, Paulo Bonavides, Evandro Lins e Silva.

Líderes políticos como Mário Alves, Miguel Arraes, Teotônio Vilela, Pedro Ernesto, Luiza Erundina.

Presidentes da República como Luiz Inácio Lula da Silva, Marechal Floriano Peixoto, Marechal Deodoro da Fonseca, Marechal Castelo Branco, José Linhares, José Sarney, Epitácio Pessoa, Café Filho, Fernando Collor de Mello.

Mestres da Cultura Popular como Vitalino dos bonecos de barro, Salustiano da rabeca, Joãosinho Trinta, Dona Santa do Maracatu, Pastinha da capoeira, Galdino da cerâmica.

No futebol, a começar dos técnicos (Zagallo, Gentil Cardoso) tem uma seleção formada: Manga, Ricardo Rocha, Clodoaldo, Marinho Chagas, Juninho pernambucano, Zequinha, Clodoaldo, Vampeta, Vavá, Canhoteiro, Ademir Menezes, Rivaldo, Rildo, Bita. No Futsal, Manoel Tobias. No Futebol Feminino, Marta, por duas vezes escolhida a melhor do mundo.

Atletas como Shelda (Vôlei de Praia), Fábio Gouveia (Surf).

Por tudo isso, é fundamental que os nordestinos, brasileiros e o mundo conheçam a região Nordeste, em seus detalhes.

Diáspora

Espalhada por todo Brasil existe um grande população de nordestinos. É o chamado fenômeno da diáspora.

O termo diáspora (em grego antigo, “dispersão”) define o deslocamento, normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas populacionais originárias de uma zona determinada para várias áreas de acolhimento distintas.

A diáspora nordestina teve início em 1.879 com o Ciclo da Borracha. Calcula-se que mais de 60 mil nordestinos migraram para a Amazônia para trabalharem como “Soldados da Borracha” estimulados pelos governos estaduais através do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia – SEMTA.

No Século XX, com o agravante da exploração social e do trabalho na economia rural nordestina, a implantação do processo de industrialização no Sudeste – que teve seu auge entre 1960-1980 – tornou atraente o fluxo migratório de nordestinos para destinos preferenciais como Rio de Janeiro e São Paulo.

A palavra favela que consagrou as habitações da periferia do Rio de Janeiro e, depois, de todo Brasil, tem sua origem numa planta da caatinga existente no Arraial de Canudos. A origem do termo se encontra no episódio histórico conhecido por Guerra de Canudos.

A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, assim batizado em virtude de uma planta (chamada de favela) que encobria a região.

Alguns dos soldados que foram para a guerra, ao regressarem ao Rio de Janeiro em 1897, deixaram de receber o soldo, instalando-se em construções provisórias erigidas sobre o Morro da Providência. O local passou então a ser designado popularmente Morro da Favela, em referência à “favela” original.

O nome favela ficou conhecido e na década de 20, as habitações improvisadas, sem infra-estrutura, que ocupavam os morros passaram a ser chamadas de favelas. Com a destruição do arraial de resistência de Antônio Conselheiro, em Canudos, muitos dos beatos migraram para o Rio de Janeiro em navios oferecidos pelo poder público, como forma de desativar o foco de resistência.

Candango, que geralmente é utilizado para designar os brasilienses, é o termo dado aos trabalhadores que imigravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo é de origem africana e significa “ordinário”, “ruim”. A construção de Brasília foi feita basicamente por migrantes nordestinos, chamados de candangos, que depois ficaram morando na sua periferia nas cidades satélites.

Nas três últimas décadas do Século 20, a fronteira agrícola de soja do Centro-Oeste também foi expandida com a força da mão-de-obra nordestina, que por lá tem se fixado.

Em São Paulo, principal destino dos exilados pela seca dentro de seu próprio país, o número de nordestinos e descendentes é estimado em 6 milhões. Existe até uma emissora de rádio, em São Paulo, funcionando para difusão na colônia nordestina.

Portanto, o interesse pelo conhecimento sobre o Nordeste – além dos conterrâneos espalhados por todo país – é também fundamental para que o Brasil ultrapasse a fase cruel da desigualdade social e regional e afirme sua identidade como Nação.

Ivan Maurício Monteiro dos Santos

Fonte: www.onordeste.com

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