Belo Horizonte

HISTÓRIA

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Foi à procura de ouro que, no distante 1701, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz chegou à serra de Congonhas. Em lugar do metal, encontrou uma bela paisagem, de clima ameno e próprio para a agricultura.

Resolveu ficar: construiu a Fazenda do Cercado, onde desenvolveu uma pequena plantação e criou gado.

O progresso da fazenda logo atraiu outros moradores e um arraial começou a se formar em seu redor. Viajantes que por ali passavam, conduzindo o gado da Bahia em direção às minas, fizeram da região um ponto de parada.

O povoado foi batizado de Curral del Rei. Da serra de Congonhas mudou-se o antigo nome: é hoje a nossa Serra do Curral. Nossa Senhora da Boa Viagem, a quem os forasteiros pediam proteção, tornou-se padroeira do local.

Aos poucos, o Curral del Rei foi crescendo, apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha.

Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se pela região: produzia-se algodão, fundia-se ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário. Frutas e madeiras eram vendidas para outros locais.

Com a decadência da mineração, o arraial se expandiu. Das 30 ou 40 famílias existentes no início, saltou para a marca de 18 mil habitantes. Elevado à condição de Freguesia, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso.

Vieram as primeiras escolas, o comércio se desenvolveu. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Esse ciclo de prosperidade, contudo, durou pouco. As diversas regiões que constituíram o arraial foram se tornando autônomas, separando-se dele. A população rapidamente diminuiu e a economia local entrou em decadência. Já no final do século passado, restavam mais de 4 mil habitantes. Sua rotina era simples e monótona.

Começava cedo, no trabalho de casa ou na lavoura, e terminava às dezenove horas, quando muitos já começavam a se recolher. Durante o dia, a Farmácia Abreu era o ponto de encontro preferido para o bate-papo. à noite, as mulheres faziam novenas, enquanto os homens improvisavam um botequim no Armazém Esperança.

De vez em quando, uma serenata fazia as janelas se abrirem. Apenas nos fins-de-semana o arraial ganhava vida, quando os moradores das redondezas vinham ouvir a missa ou visitar parentes e fazer compras.

Em datas especiais, o arraial tornava-se mais alegre: nas Festas Juninas, no Natal ou no Dia da Padroeira os festejos eram certos.

A Proclamação da República, em 1889, vem trazer aos curralenses a esperança de transformações. Para entrar na era que então se anunciava, deixando para trás o passado monárquico, aos sócios do Clube Republicano do arraial propuseram a mudança de seu nome para Belo Horizonte. Foi nesse clima de euforia que os horizontinos receberam a notícia da nova construção da nova capital.

Durante três dias o arraial se pôs em festa, com missa solene, discursos, bandas de música e bailes. Seus habitantes já sonhavam com modernização e o progresso que a capital traria para a região. Nem imaginavam que, nos planos dos construtores, não havia espaço reservado para eles.

Mudança da Capital

A luta pela mudança

A discussão sobre a mudança da capital mineira não surgiu no século passado; era, ao contrário, uma idéia muito antiga. A primeira tentativa de transferir a sede do Governo para uma cidade diferente de Ouro Preto data de 1879, quando os inconfidentes planejaram instalar a capital de sua república em São João Del Rei.

Depois disso, mais quatro tentativas foram feitas, todas fracassadas.

A questão só veio a ser considerada após a Proclamação da República. Só que dessa vez, não se trava de uma simples transferência, mas a construção de uma nova cidade.

Uma série de fatores favorecia a idéia de mudança. Em primeiro lugar, para se destacar o novo cenário republicano, Minas Gerais precisava mostrar-se politicamente unida e forte. A construção de uma nova capital, localizada no centro geográfico do Estado, poderia facilitar o equilíbrio das diversas facções políticas que então disputavam o poder.

Os republicanos também desejavam promover o progresso de Minas Gerias, tornando-o um Estado industrializado e moderno. A cidade de Ouro Preto não oferecia condições adequadas para o crescimento econômico esperado. Os transportes e as comunicações eram dificultados pelo relevo acidentado da cidade e as estruturas de saneamento e higiene não comportavam mais um aumento da população.

A construção de uma nova capital, planejada de acordo com essas exigências era a solução para o problema do crescimento.

Um outro fator contribuiu para fortalecer a idéia de mudança. Ouro Preto, cidade histórica, guardava em sua arquitetura uma série de símbolos e marcas do passado colonial que os republicanos queriam enterrar. com suas ruelas e becos, suas igrejas barrocas e suas casas, porões e senzalas, a velha capital lembrava os anos da dominação portuguesa, das conspirações e da escravidão.

Uma nova cidade, planejada segundo os valores modernos, seria o símbolo de uma nova era.

Em 1891, o presidente do Estado, Augusto de Lima, formulou um decreto determinando a transferência da capital para um lugar que oferecesse condições precisas de higiene. Adicionada à Constituição Estadual, a lei provocou muitos protestos da população ouropretana. Os mineiros dividiram-se entre os “mudancistas”, favoráveis à nova capital, e os “não-mudancistas”. Cada um desses grupos fundou seu jornal, promovendo reuniões e debates.

O Governo Estadual, enfrentando essas disputas, criou um Comissão de Estudos para indicar, dentre cinco localidades, a mais adequada para a construção da nova cidade. O Congresso mineiro, a quem cabia a decisão final, votou a favor de Belo Horizonte. Assim, a 17 de dezembro de 1893, a lei n.º 3 foi adicionada à Constituição Estadual, determinando que a nova sede do Governo fosse erguida em Belo Horizonte, chamando-se Cidade de Minas.

No prazo máximo de quatro anos, a capital deveria ser inaugurada. A lei criava ainda a Comissão Construtora, composta de técnicos responsáveis pelo planejamento e execução das obras. Em sua formação, estavam alguns dos melhores engenheiros e arquitetos do país, chefiados por Aarão Reis.

O Planejamento

O traçado da cidade e a exclusão social

Uma cidade ordenada, funcionando como um organismo saudável esse era o objetivo dos engenheiros e técnicos que idealizaram Belo Horizonte. Para alcançá-lo, era necessário projetar um cidade física e socialmente higiênica uma cidade saneada, livre de doenças, mas também livre de desordens e revoluções.

O projeto criado pela Comissão Construtora, finalizado em maio de 1895, inspirava-se no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana.

Dividiram a cidade em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.

No centro, o traçado geométrico e regular estabelecia um padrão de ruas retas, formando uma espécie de quadriculado, Mais largas, as avenidas seriam dispostas em sentido diagonal. Esta área receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica. Abrigaria, também, os edifícios públicos dos funcionários estaduais.

Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que naquela época se chamava de 17 de Dezembro.

A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infra-estrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.

A implantação de tão grandioso projeto tinha, porém, uma exigência: a completa destruição do arraial que ali se localizava e a transferência de seus antigos habitantes para outro local.

Rapidamente, os horizontinos tiveram suas casas desapropriadas e demolidas, sendo-lhes oferecidos novos imóveis a um preço muito alto. Sem condições de adquirir os valorizados terrenos da área central, eles foram empurrados para fora da cidade, indo se refugiar em Venda Nova ou em cafuas na periferia.

A capital traçada pela Comissão Construtora era um lugar elitista. Seus espaços estavam reservados somente aos funcionários do Governo e aos que tinham posses para adquirir lotes. Acreditava-se que os problemas sociais, como a pobreza, seriam evitados com a retirada dos operários, assim que a construção da cidade estivesse concluída.

Mas, na prática, não foi isso que aconteceu. Belo Horizonte foi inaugurada às pressas, estando ainda inacabada. Os operários, aglomerados em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, assim como os horizontinos, formaram favelas na periferia da cidade. A primeira, a do Leitão – ficava nas proximidades do atual Instituto de Educação, em plena Avenida Afonso Pena.

Essa massa de trabalhadores que não eram considerados cidadãos legítimos de Belo Horizonte revelava o grau de injustiça social existente nos seus primeiros anos de vida.

Os Primeiros Anos

A cidade do tédio

Belo Horizonte foi inaugurada a 12 de dezembro de 1897, por uma exigência da Constituição do Estado. Entretanto, parte de suas construções não havia sido concluída e algumas de suas ruas e avenidas eram apenas “picadas” abertas no meio do mato. A crise econômica que tomava conta do país e do Estado tinha feito com que muitas obras ficassem paralisadas, à espera de recursos.

O comércio e a indústria ligada à construção civil, que tinham se desenvolvido bastante nos anos anteriores, agora enfrentavam dificuldades. A cidade não se industrializou no ritmo que se esperava e permaneceu sem atividades econômicas expressiva durante anos. Os trabalhadores foram os mais prejudicados os que não perderam o emprego tiveram seus salários atrasados durante meses.

Tudo isso contribuía para tornar a Capital uma cidade entediante e sem graça. Sua aparência inacabada e empoeirada dava a impressão de abandono. As ruas e avenidas largas demais para uma população não muito numerosa pareciam estar sempre vazias. Para piorar a situação, as diversões eram poucas e não conseguiam espantar a decepção e a tristeza dos primeiros habitantes.

Na área central, a Rua da Bahia era território de elite. Nela, ficava o único teatro da cidade o Soucasseaux, uma espécie de um barracão coberto de zinco, onde se apresentavam companhias de teatro e música e onde se improvisava um botequim. Nessa rua também ficavam os principais bares e cafés, lugar onde os homens se encontravam para conversar, falar de política e da vida.

Ao anoitecer, a rua virava palco para o footing (moças e rapazes desfilavam, trocando olhares, numa espécie de namoro bem comportado).

Na tentativa de espantar o tédio, os jovens fundavam clubes como o Rose, o Violetas, o dos Jardineiros do Ideal, o Santa Rita Durão e o Elite. Além de festas e bailes, esses Grêmios tinham a intenção de promover a literatura. Outros clubes eram criados durante os carnavais e os mais famosos foram os Matakins, os Diabos de Luneta e os Diabos de Casaca, que promoviam festas, desfiles de carros alegóricos, batalhas de confetes, serpentinas e, é claro, lança-perfume.

O Parque Municipal (na época quatro vezes maior) era muito freqüentado nos fins-de-semana. Ali, a sociedade encontrava espaço para praticar esportes, passear ou fazer piqueniques, enquanto bandas tocavam “retretas”. Também era lá que as paróquias comemoravam datas religiosas, com quermesses e barraquinhas.

A população pobre e os operários, contudo, não tinham acesso a essas formas de lazer. Preferiam os botequins nos bairros, os jogos de bola e a tômbola, uma espécie de bingo onde os prêmios não valem dinheiro. É que eles viviam em locais distantes do centro e sua condição financeira os impedia de participar das diversões pagas. Além disso, na área central eles eram alvo fácil da polícia, que, por causa de um simples passeio, podia prendê-los, alegando “vadiagem”.

Progresso em marcha lenta

Nas duas primeiras décadas deste século, Belo Horizonte viveu, alternadamente, períodos de grande crise e surtos de desenvolvimento. As fases de maior crescimento corresponderam aos anos de 1905, 1912-13 e 1917-19.

Aos poucos, pequenas fábricas começaram a funcionar na cidade, ampliou-se o fornecimento de energia elétrica, retomaram-se as obras inacabadas, expandiram-se as linhas de bonde, criaram-se praças e jardins e a cidade ganhou arborização. O número de empregos cresceu e a Capital passou a atrair mais habitantes.

A vida social também começou a se agitar, com a substituição do teatrinho Soucasseaux pelo elegante Teatro Municipal (1909) e com a inauguração de diversos cinemas. Freqüentar as salas dos cine-teatros Colosso, Comércio, Familiar, Progresso, Bijou e Paris tornou-se não só uma obrigação para os belo-horizontinos, como também um pretexto para encontros e conversas.

Nessa época em que cinema fazia muito sucesso, nasceu o gosto do belo-horizontino pela moda, com famosas costureiras imitando os modelos vestidos pelas atrizes mais conhecidas.

Foi também com o crescimento da cidade que a massa de trabalhadores começou a lutar contra as injustiças sociais. A primeira grande greve ocorreu em 1912 e paralisou a cidade por 15 dias. Liderado por trabalhadores da construção civil, que defendiam uma jornada de trabalho de oito horas, o movimento teve apoio de grande parte da população.

Mobilizando-se através de greves, os operários conseguiram ser reconhecidos como cidadãos, com direito a reivindicar melhores condições de trabalho, educação, transporte, saúde e moradia.

Anos 20 e 30

A poesia toma conta da cidade

Os anos vinte marcam uma época romântica da história da capital. Entre passeios de bonde e sessões de cinema, entre conversas nos cafés e o footing, a vida seguia alegre. Belo Horizonte era a “Cidade-Jardim” ou “Cidade Vergel”, onde o verde das árvores saltava das ruas e invadia as casas, tomando quintais e pomares.

Nesse período, a capital viu nascer a geração de escritores modernistas que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drumond de Andrade, Cyro dos Anjos, Luís Vaz, Alberto Campos, Pedro Nava, Emílio Moura, Milton Campos, João Alphonsus, Abgar Renault e Belmiro Braga, reunidos no Bar do Ponto, no Trianon ou na Confeitaria Estrela, eram rapazes inquietos que mudaram o panorama da literatura brasileira.

No campo das artes e da cultura, a cidade experimentou um grande desenvolvimento. Enquanto o Teatro Municipal vivia seus anos de glória, novas salas de cinema eram inauguradas como os cines Pathê, Glória, Odeon e Avenida. Em 1926, o maestro Francisco Nunes fundou o Conservatório Mineiro de Música. No ano seguinte, era criada a Universidade de Minas Gerais. Em 1929, fundou-se Automóvel Clube, ponto de encontro da elite belo-horizontina.

Como um reflexo do fim da I Guerra Mundial, em 1918, a indústria de Belo Horizonte ganhou impulso na década de vinte. Os serviços urbanos foram ampliados para atender a uma população sempre crescente. Parecia, finalmente, que a modernidade tinha chegado à Capital. Inauguraram-se grandes obras, como o viaduto de Santa Tereza, a nova Matriz da Boa Viagem e o Mercado Municipal.

Os automóveis circulando pelas ruas tornaram-se comuns, exigindo a criação de um código de trânsito e da primeira auto-escola. Surgiram também os auto-ônibus, complementando p serviço dos bondes.

Como prova do desenvolvimento e do prestígio, Belo Horizonte recebeu a visita dos reis da Bélgica, em 1920. Na ocasião, toda a Praça da Liberdade foi reformulada, adquirindo o seu aspecto atual. Em 1922, para comemorar os cem anos da Independência Brasileira, a Praça 12 de Outubro passou a se chamar Praça Sete de Setembro e ganhou o famoso “Pirulito”.

Essa onda de progresso continuou ao longo da década de 30. Na periferia, surgiram novos bairros. Cresceram nessa época Lourdes, Barreiro, Nova Suíça, Gameleira, Renascença, Sagrada Família e Parque Riachuelo. Muitas favelas também começaram a se formar. A expansão da cidade aconteceu sem um maior controle ou planejamento e isso trouxe sérios problemas urbanos.

Muitos dos novos bairros não possuíam os serviços básicos de água, luz e esgotos. Enquanto isso, o centro permanecia relativamente vazio.

Na arquitetura, surgiram novidades: o primeiro edifício de dez andares e um novo estilo de fachadas, como a do Cine Brasil.

A Revolução de 3 de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, também marcou a história da cidade. Tomada de surpresa, a população assistiu à troca de tiros entre revolucionários e as forças federais, no cerco ao Quartel do 12º RI. Nos anos seguintes, a ditadura do Estado Novo traria o fechamento do Poder Legislativo, o controle da imprensa e o clima tenso da repressão.

Como conseqüência da política de modernização da economia implantada por Vargas, as bases para o desenvolvimento industrial da cidade foram lançadas, criando-se a zona industrial de Belo Horizonte.

Dois acontecimentos importantes na década foram o 2º Congresso Eucarístico Nacional, em 1936, que reuniu milhares de católicos na Praça Raul Soares, e a Exposição de Arte Moderna, no mesmo ano.

O período viu, ainda, nascerem as duas primeiras rádios da cidade a Rádio Mineira (1931) e a Rádio Inconfidência (1936). Com seus programas de auditório, transmitidos ao vivo, elas viveriam seus anos dourados na década seguinte. A capital começava a amadurecer.

Anos 40 e 50

Nasce uma moderna metrópole

Os anos quarenta trazem a modernidade e dão um ar de metrópole à Belo Horizonte. Nessa época, a capital ganhou várias indústrias, abandonando seu perfil de cidade administrativa. O impulso para isso foi dado pela criação de um Parque Industrial, em 1941. O setor de serviços também começou a crescer com o fortalecimento do comércio. O centro da cidade tornou-se, então, uma área valorizada, principalmente para a construção de edifícios, e passou a sofrer a especulação imobiliária.

O grande responsável pela transformação de Belo Horizonte foi o prefeito Juscelino Kubitschek. Com o objetivo de renovar a capital, promovendo um surto de desenvolvimento e modernização, JK realizou diversas obras que projetaram internacionalmente o nome da cidade.

A mais importante delas foi o Complexo Arquitetônico da Pampulha inaugurado em 1943. Desenhado pelo jovem arquiteto Oscar Niemeyer, o complexo era formado por quatro obras principais a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Cassino e o Iate Golf Clube instaladas às margens da lagoa artificial.

Com suas linhas originais e modernas, Oscar Niemeyer fez da Pampulha um dos maiores exemplos da arquitetura modernista brasileira.

Também foi uma iniciativa de Juscelino Kubitschek, a construção de um conjunto habitacional no bairro São Cristóvão, localizado na Avenida Antônio Carlos, que, na época se chamava Avenida Pampulha. O Conjunto IAPI (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários), como foi denominado, surgiu como uma alternativa para o problema da moradia na cidade e como uma tentativa da Prefeitura de ordenar a região da Lagoinha.

Em 1941, também com projeto de Oscar Niemeyer, o Palácio da Artes começou a ser construído.

Um pouco mais tarde, já no final da década, um outro marco na arquitetura da capital seria inaugurado: o Edifício Acaiaca, na Avenida Afonso Pena. Com sua fachada de linhas retas e sóbrias, onde se destacavam as faces de dois índios, o Acaiaca era o maior e mais moderno prédio de Belo Horizonte, com os elevadores mais velozes da cidade.

Nessa época, ainda aconteceu a construção do Teatro Francisco Nunes (1949), no Parque Municipal, e da primeira estação rodoviária da cidade.

Se a marca dos anos 40 foi a modernização da arquitetura da cidade, os anos 50 ficariam conhecidos como a década da indústria, em razão do surto de desenvolvimento alcançado pela capital. A criação da Cemig, em 1952, e o desenvolvimento da Cidade Industrial, nas proximidades de Belo Horizonte (Contagem) são dois fatores que explicam esse crescimento.

Nessa década, caracterizada pelo grande êxodo rural, a população da cidade dobra de tamanho, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Surgem novos bairros, como o Sion e o São Pedro.

Uma nova avenida é aberta, sendo chamada de Cristiano Machado. Os problemas urbanos e a falta de moradia tornam-se mais graves. Preocupado com o crescimento desordenado da cidade, o prefeito Américo René Gianetti dá início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.

A cidade torna-se vertical com uma série de prédios cada vez mais altos sendo construídos. É dessa época o Edifício Clemente Faria, feito para ser a sede do Banco Lavoura (atual Banco Real), na Praça Sete. Projetados por Oscar Niemeyer, o Edifício JK, o Edifício do Bemge, o prédio do Colégio Estadual Milton Campos (atual Estadual Central), o Edifício Niemeyer e a sede da Biblioteca Pública Estadual são belos exemplares da arquitetura moderna caracterizados pela simplificação de formas e pelo uso de esquadrias metálicas, concreto, vidros e revestimentos de mármores e pastilhas.

Foi nos anos 50 que a cidade passou a ser influenciada pelo estilo de vida americano. Aquela era a época das grandes orquestras, que faziam sucesso não apenas no rádio, como também na recém-inaugurada TV Itacolomi. Nas boates e nos clubes cada vez mais numerosos tinham lugar as “horas dançantes” e os bailes de gala. Já para a população mais pobre, a diversão acontecia mesmo na rua, proporcionada pelas apresentações do cine grátis.

Anos 60 e 70

O progresso avança pela cidade

O crescimento econômico transformou o perfil de Belo Horizonte na década de 60. Sem respeito pela memória da cidade, o progresso avançou sobre suas ruas, demolindo casas, erguendo arranha-céus, derrubando árvores, cobrindo tudo de asfalto. Já não era possível reconhecer a “Cidade-Jardim” que tanto encantara os poetas; a cidade verde tinha ficado no passado.

Era preciso desafogar o trânsito e as avenidas rasgavam cada vez mais o tecido da cidade. Até o “Pirulito” foi retirado da Praça Sete, como parte das transformações radicais, e foi deixado no Museu Abílio Barreto.

A descaracterização da cidade fez-se sem remorsos. Se os espaços verdes desapareciam, se a beleza das antigas construções era transformada em pó, em seu lugar surgiam edifícios modernos, novas e novas indústrias.

Os anos 60 foram marcados pelo crescimento das indústrias e das instituições financeiras. Nessa época, Belo Horizonte começou a irradiar seu crescimento e suas cidades vizinhas também receberam muitos investimentos e fábricas. Esse progresso, contudo, não se fez sem o agravamento das desigualdades e problemas sociais. O surgimento de inúmeras favelas comprova o desequilíbrio causado pela concentração de renda.

Mas, não foi somente o desenvolvimento econômico que modificou a rotina de Belo Horizonte. A instauração da ditadura militar, após o Golpe de 64, também levou a população às ruas. Primeiro foram as mulheres católicas que com seus terços em punho, apoiaram o “movimento que nos livrara do perigo comunista”. A manifestação foi denominada a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

Mais tarde, vieram os estudantes dessa vez, protestando contra a falta de liberdade, o desrespeito aos direitos humanos e constitucionais. Inúmeras vezes, a Praça Sete assistiu à multidão ser dispersada com bombas e a prisão de manifestantes. Em 1978, seria a vez da campanha pela anistia dos presos políticos mobilizar os belo-horizontinos.

Na década de 70, a cidade era o próprio retrato do caos. Com um milhão de habitantes, belo Horizonte continuava crescendo desordenadamente. Nas regiões norte e oeste e nos municípios vizinhos, com a criação de distritos industriais e a instalação de empresas multinacionais, a população tornou-se cada vez mais densa.

Na tentativa de resolver os problemas causados pela falta de planejamento, foram tomadas várias medidas: criou-se o Plambel e instituiu a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A política de crescimento econômico acelerado, porém não resolvia os problemas sociais. A crise prolongada e os baixos salários levaram a população mais uma vez às ruas, já no final da década. Professores da rede pública e operários da construção civil, paralisando a cidade na greve de 1979, mostraram seu descontentamento com relação aos problemas econômicos e sociais, mas também em relação ao regime militar.

Anos 80 e 90

Os cidadãos redescobrem Belo Horizonte

A chegada dos anos 80 marcou o início de uma mudança nas relações do belo-horizontino com sua cidade. O crescimento desordenado e os problemas de perda de importantes marcos da história de Belo Horizonte, a degradação ambiental e as desigualdades sociais, foram pouco a pouco, tornando-se algumas das maiores preocupações dos cidadãos.

A consciência de que é preciso cuidar da cidade, ao mesmo tempo permitindo seu desenvolvimento e garantindo a qualidade de vida de seus habitantes, difundiu-se cada vez mais entre a população.

Foi ao longo da década de 80 que o belo-horizontino redescobriu o espaço das ruas, fazendo dele o palco de suas manifestações, de seus protestos e de suas artes. Em 1980, milhares pessoas tomaram a Avenida Afonso Pena e a então Praça Israel Pinheiro (hoje, Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. Em 83, diversas entidades e cidadãos saíram às ruas para protestar contra a demolição do prédio do Cine Metrópole, defendendo seu tombamento pelo Patrimônio Histórico.

Em 84, a multidão lotou a Praça da Rodoviária para dar força à campanha “Diretas Já”, participando do comício que reuniu nomes como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Brizola e Lula. Um ano depois, os mesmos manifestantes chorariam a morte do recém-eleito presidente Tancredo Neves, acompanhando seu velório no Palácio da Liberdade.

Mais recentemente, em 92, seria a vez dos jovens “cara-pintadas” protestarem contra a corrupção e exigirem o impedimento do presidente Fernando Collor.

Uma mentalidade diferente daquela que orientou o crescimento nas décadas anteriores começava a surgir. As obras realizadas na cidade ganharam nova direção. Em 1981, adotou-se um novo sistema de transporte, na tentativa de melhorara situação do trânsito na cidade. Foi iniciada a implantação do metrô de superfície como uma alternativa rápida, segura e menos poluente para o transporte de massa.

Em 84, a canalização do Ribeirão Arrudas, que está sendo concluída agora em 1997, pôs fim ao problema das enchentes que todos os anos causava prejuízos ao centro da capital.

A memória da cidade começou a ser mais valorizada, com o tombamento de vários edifícios de importância histórica. A população ganhou, ainda, diversos espaços de lazer, como o Parque das Mangabeiras, inaugurado em 82, e o Mineirinho. A área de saúde também experimentou grandes avanços com a redução do número de casos de poliomielite e tétano, graças às campanhas de vacinação infantil.

Ainda assim os problemas não desapareceram. A Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, era uma lagoa praticamente morta, tão poluída estavam suas águas. Uma praga de aguapés havia tomado conta de quase toda a superfície da lagoa, reproduzindo-se descontroladamente e provocando um desequilíbrio ecológico.

Na década atual, a valorização do espaço urbano teria continuidade. Em 1990, a Lei Orgânica do Município foi aprovada, trazendo avanços em diversos setores sociais. Em 92, criou-se o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município para tratar do tombamento de construções de valor histórico. Espaços como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembléia e o Parque Municipal, que se encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a frenqüentá-los e a cuidar de sua preservação.

Em 96, o Plano Diretor da cidade e a Lei de uso e Ocupação do Solo passaram a regular e ordenar o crescimento da capital.

A cultura passou a ser valorizada como um instrumento de conquista da cidadania. Assim, surgiram inúmeros projetos com o objetivo de popularizar a arte. O Grupo de Teatro Galpão é um dos que levam seus espetáculos às ruas. Com ele surgiu a iniciativa do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua. Na dança, há os exemplos dos grupos 1º Ato e Corpo.

Na música, o Coral Ars Nova, já se apresentou em todos os continentes e venceu diversos concursos internacionais de coros, e o Grupo Uakti, principal grupo de música instrumental e experimental do Brasil.

Fonte: www.bhservico.com.b

Belo Horizonte

Belo Horizonte é uma metrópole diferente, cercada por exuberantes paisagens da natureza, belíssimas cachoeiras e grutas.

Com clima privilegiado e cercada pelas montanhas da Serra do Curral, Belo Horizonte tem despertado a atenção pelo potencial ecoturístico.

A poucos quilômetros do centro existem diversos roteiros para inesquecíveis passeios ecológicos, com trilhas que escondem centenas de nascentes e riachos, cachoeiras e poços de águas cristalinas.

Pequenos bares e restaurantes próximos às trilhas oferecem a típica comida mineira em fogão de lenha. Para quem gosta de adrenalina, a região é ideal para a prática de diversas modalidades de esportes de aventura.

Belo Horizonte é ponto de partida também para passeios históricos. Nas cidades históricas, pode-se apreciar a riqueza da arquitetura e do barroco mineiro, que traduzem a história do estado e do país.

Fonte: Belotur

Belo Horizonte

Belo Horizonte é a capital do estado de Minas Gerais e comanda uma área metropolitana composta por 17 municípios. Situada na porção centro-sul do estado, junto à Serra do Espinhaço, é uma das três mais importantes metrópoles da região Sudeste do Brasil. Seu setor industrial baseia-se na metalurgia, em função da proximidade de extensas jazidas minerais de ferro, sendo que seu segmento automobilístico é um dos mais dinâmicos do país.

É considerada um centro cultural de grande importância, por estar nas proximidades de uma região que, no século XVIII, foi palco de grandes acontecimentos históricos ligados à mineração de ouro.

Fundada em 12 de dezembro de 1897, fruto de um projeto urbanístico que visava criar uma nova capital em substituição à Ouro Preto, Belo Horizonte tinha um traçado apresentando o centro cortado por 65 ruas e 12 avenidas diagonais intercaladas com 24 praças – inspirado no traçado da cidade de Washington.

Sua construção, iniciada em 1894, durou três anos, sendo o autor do projeto o Engenheiro Arão Reis. As obras foram concluídas por Francisco Bicalho

Fonte: www.timebrazil.com.br

Belo Horizonte

A História

A história do Município de Belo Horizonte inicia-se no século XVII com a fixação do bandeirante João Leite da Silva Ortiz nas terras delimitadas entre o pé da Serra do Congonhas até a lagoinha. Neste Local, favorecido pela topografia, Ortiz inicia a atividade agrícola e pastoril que promove o desenvolvimento da área tornando-a centro de abastecimento e produção num setor pouco explorado já que o espírito da época estava voltado para exploração do ouro.

Este local, denominado “Cercado”, fora definitivamente concedido em documento através da Carta de Sesmaria aquele bandeirante, em 19 de janeiro de 1711, pelo então governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Fica portanto registrado na história que, oficialmente, foi João Leite da Silva Ortiz, bandeirante, natural de São Francisco, Estado de São Paulo. O primeiro homem civilizado a habitar e possuir o local onde hoje está situada a capital de Minas Gerais.

Mais Tarde, com o desenvolvimento de sua produção, “Cercado” transforma-se num centro de atração de outros povoados passando a ser denominado “Curral d`El Rey” pôr ali existir um curral onde pernoitava o gado destinado ao pagamento da taxas reais.

“Curral d`El Rey “abastecia as grandes minerações da zona do Rio das velhas e via aumentar sua população com a chegada dos forasteiros. Como Distrito de Ordenhança, teve com Capitão o próprio Ortiz, nomeado a 02 de fevereiro de 1714 pelo governador, D. Braz de Baltazar.

A 06 de abril de 1714, com a formação das três primeiras Comarcas de Minas, “Curral d`El Rey ” fica pertecendo à Comarca do Rio das Velhas, cuja a sede era Sabará.

Com a Proclamação da República e conseqüente divulgação de novas idéias, os moradores de “Curral d`El Rey”sentiram a necessidade de mudar o nome do distrito. Foram indicados: Terra Nova, Santa Cruz, Nova Floresta, Cruzeiro do Sul e Novo Horizonte, sendo este último, pelo Capitão José Carlos Vaz de Mello, o mais aceito, não sem sofrer uma importante alteração sugerida pôr Luiz Daniel Cornélio de Cerqueira que propõe o nome Belo Horizonte.

Ainda como conseqüência do novo regime de governo instaurado no País, pensou-se em transferir a Capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte, lugar de maior expressão econômica. Esta idéia tomou consistência maior no governo provisório do Dr. Augusto de Lima, mas sua concretização só se deu no governo seguinte, do Dr. Afonso Augusto Moreira Pena,. Que incumbiu o Eng. Paraense Aarão reis, de organizar e dirigir uma comissão de estudos para a mudança da Capital.

Formada a comissão, iniciou-se o processo de construção da nova Capital, comandada após o pedido de demissão de Aarão Reis, pôr Francisco de Paula Bicalho.

A idéia de mudança da Capital, entretanto, não foi aprovada pelo povo ouropretano que resistia contrariamente à decisão até o último instante, ou seja, até a inauguração da nova Capital em 12 de dezembro de 1897.

A nova Capital que já contava com uma considerável expansão de diversas pequenas indústrias que ali se instalavam, teve a industrialização como fator importante para o seu desenvolvimento.

Já pôr volta de 1912, contava com um apreciável parque industrial no qual predominavam as indústrias médias que foram se expandindo até a formação da Zona Industrial de Belo Horizonte, composta pôr mais de vinte empresas. Em conseqüência da industrialização, surgiram e se desenvolveram os setores comerciais e de prestação de serviços.

Hoje, Belo Horizonte é o terceiro centro urbano do País. Uma metrópole que abriga uma população de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes e na juventude de seus 99 anos de fundação trabalha na busca de um desenvolvimento maior e na possibilidade de ser, ainda mais, uma cidade saudável e acolhedora.

A História de Belo Horizonte – De 1897 a 1909

1897 – 12/12 – é inaugurada a nova Capital de Minas Gerais.

29/12 – É empossado o primeiro Prefeito de Belo Horizonte Dr. Adalberto Ferraz da Luz que foi um dos engenheiros construtores de BH.

1898 – 12 / 01 – Foi inaugurada a primeira Agência Bancária de Belo Horizonte na recepção do Hotel Romanelli Rua Carijós, esquina com Rua São Paulo.

Acontece o primeiro grande incêndio de BH, foi no Quartel do 1 Batalhão de Brigada Policial em Santa Efigênia o prédio ficou completamente destruído.

Nesta época o Conde de Santa Marinha era uma figura de grande conceito em Belo Horizonte tendo construído o Cemitério do Bonfim e o prédio da imprensa oficial.

Toma posse como Presidente do Estado o Dr. Francisco Silviano Brandão em 07/07/1898.

1899 – Belo Horizonte tinha uma população de 25.000 habitantes.

Francisco Soucassoux constrói o primeiro Teatro de belo Horizonte que ficava na Rua da Bahia esquina de Av. Afonso Pena.

1900 – Foi realizada a maior festa já vista na cidade que foi o reivellon.

A diversão maior da cidade era as festas populares onde o pau de sebo era a atração principal.

Neste ano foi realizado o Carnaval com grande sucesso com desfiles de carroças enfeitadas com flores.

A única Escola de Nível Superior era a Faculdade de Direito.

É inaugurado o primeiro grande mercado de Belo Horizonte.

1901 – Foi inaugurada a primeira linha de Bondes em Belo Horizonte, nesta época os bondes eram transportes de luxo, para utilizar deste serviço os passageiros tinham que estar bem vestidos e não podiam transportar embrulhos, era um luxo

05/01 – Era inaugurada a primeira Associação Comercial de Minas Gerais.

19/03 – Era inaugurada apedra fundamental da igreja São José.

01/07- A cidade recebia o seu nome definitivo “Belo Horizonte “.

1902 – O presidente mandou construir um monumento na Praça da Liberdade, com as formas do Pico do Itacolomi, para homenagear os ouro-pretanos, que foram obrigados a deixar sua terra. A idéia não foi muito feliz pois recebeu várias críticas ridicularizando a obra.

O governo da época, Silviano Brandão, contraiu uma moléstia – a qual mais tarde o levou à morte – foi afastado do mandato, sendo substituído por Francisco Salles.

Construção da estrada de Ferro Oeste de Minas, rumo a Betim, passando pelo bairro Calafate, onde seria construído uma estação perto à Rua Santa Quitéria.

1903 – Alberto Santos Dumont, o criador do avião, visitou a cidade. Os moradores de Belo Horizonte o recebeu calorosamente. Após a recepção, o pai da aviação, percorreu a cidade no Landau presidencial – uma carroça puxada por quatro cavalos de raça . A cidade lhe prestou uma homenagem, dando seu nome a uma de suas principais avenidas: a Avenida do Comércio, que liga a Praça da Estação à Praça Rio Branco, passando a chamar-se Avenida Santos Dumond.

Foi criado o primeiro colégio, o Colégio Santa Maria, que fica na Rua da Bahia, hoje existe a Catedral de Lourdes.

1904 – Inauguração da Igreja São José, com desfiles de colegiais, bandas de músicas, novena e missa.

Fundação do primeiro time de futebol, o Sport Clube de Futebol, com sede numa loja da Rua dos Caetés. Os treinos eram realizados no Parque Municipal.

01/10 – Fundação da União Espírita Mineira

1905 – A cidade ganhou um novo tipo de taxi. Eram os fiacres, uma charrete coberta, puxada por um cavalo.

23/06 – Inauguração da primeira linha de bondes para o bairro Floresta, deixando de ser o transporte da elite, e passando a ser coletivo.

1906 – Foi eleito o presidente Afonso Pena, e no dia 18 de fevereiro, chega a Belo Horizonte, sendo calorosamente recebido pela população, que foi às ruas aplaudi-lo.

08/07 – Inauguração do Prado Mineiro, local apropriado para corridas de cavalo.

14/07 – Inauguração do segundo Batalhão de Polícia, na Rua da Bahia com Avenida Santos Dumont.

No mês de dezembro um rapaz chamado Raimundo Azeredo, que morava no bairro Pepiripau (hoje Sagrada Família), construiu um presépio com personagens que se movia, por meio de um pequeno motor a vapor. O presépio despertou interesses, e passo a ser chamado de Presépio do Pepiripau. Hoje o presépio é preservado pelo Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, localizado na Rua Gustavo da Silveira, 1035; Bairro do Horto.

1907 – A popularidade do Presidente junto aos moradores de Belo Horizonte era tão grande que, todos os funcionários públicos cederam um dia de seus salários para comprar um palacete e o ofertaram ao chefe do Estado. Compraram o terreno e construíram uma das mais belas residências da cidade na Avenida Liberdade, hoje avenida João Pinheiro.

17/03 – O Presidente João Pinheiro fundou a primeira Escola Superior da Capital, a Escola Livre de Odontologia de Belo Horizonte. Ficava localizada à Rua Guaicurus, nº 266.

Com muito pesar a população recebeu a notícia de que o Presidente João Pinheiro adoecera. Apesar dos esforços da junta médica formada pelos Drs. Hugo Werneck, Murtinho Novaes e Teles Menezes, o governador Veio a Falecer. Foi decretado luto oficial por 30 dias. O presidente foi sepultado em Caeté, e a urna foi transportada num trem especial para a cidade vizinha. No dia seguinte ao sepultamento o povo exigiu a mudança do nome da Avenida Liberdade para Avenida João Pinheiro.

1908 – Inauguração do Cine Teatro Comércio, na rua Caetés com Rua São Paulo, era o maior da cidade com capacidade para 800 pessoas.

25/01 – Nascia na capital o time de futebol que viria a ser o mais querido, o Clube Atlético Mineiro.

05/11 – Ocorreu um violento incêndio no Grande Hotel. O sinistro destruiu todo o prédio em poucas horas. Um fato curioso acontece: um piso cedeu e provocou a queda de um piano que ficou tocando de forma automática em meio às chamas.

1909 – O Bairro Bonfim recebeu sua linha de bonde.

01/04- Reinauguração do Grande Hotel, com uma grande festa.

14/06- Morre o fundador de Belo Horizonte, Afonso Pena. O comércio, as repartições públicas e estabelecimentos de ensino fecharam e foi decretado luto oficial por três dias.

21/10- Inauguração do grande Teatro Municipal (mais tarde cine Metrópole). O teatro foi construído por José Verdussem. Neste dia foi apresentado a peça “Magda”, com a companhia de Nina Sanzi, uma artista mineira que fazia sucesso na Europa.

A História de Belo Horizonte – Década de 10

1910 – A residência dos secretários de finanças de Minas, que ficava localizada à Avenida João Pinheiro esquina com Rua aimorés, foi transformada em sede da Prefeitura de Belo Horizonte.

03/03 – Fundação da Escola de Medicina, na Avenida Mantiqueira, mais tarde passou a chamar-se Avenida Alfredo Balena, em homenagem a um dos maiores mestre daquela escola.

Belo Horizonte já contava suas conquistas com 33.000 habitantes, possuindo várias casa de diversões, 4 cinemas, o grande Teatro Municipal e o Teatro de Variedades.

04/09- Inauguração da estrada para o Barreiro, passando pelo Bairro Calafate.

1911 – Belo Horizonte ganhou uma das mais belas obras, o Palácio da Justiça. Construído na Avenida Afonso pena ente rua Guajajaras e Avenida Álvares Cabral.

Construção do Hospital Cícero Ferreira para isolamento de pacientes portadores de moléstias contagiosas.

Construção do prédio do Banco Hipotecário na praça 12 de Outubro -atual Praça 7 de Setembro, hoje ocupado pelo Banco do Estado de Minas Gerais – BEMGE.

31/08 – Belo Horizonte ganhou seu Corpo de Bombeiros, aproveitando alguns homens da Guarda Civil.

1912 – O Prefeito vendia lotes nas Avenidas Paraná, São Francisco – atualmente Av. Olegário Maciel , ruas São Paulo, Curitiba, Santa Catarina, para incentivar o aumento da população, por preço de 10 anos antes.

Criou-se mais um time de futebol na cidade, é o América Futebol Clube.
Construção do Colégio Arnaldo.

1913 – No dia 1º de fevereiro foi inaugurado o novo matadouro. Com capacidade para abater 300 bois e 90 porcos por dia. Era localizado às margens do Ribeirão Arrudas, próximo ao Instituto Raul Soares.

20/07 – Inauguração do Orfanato Santo Antônio, na Avenida Amazonas esquina com Tamoios.

19/03 – Fundação da Associação Protetora dos Animais.

1914 – Belo Horizonte contava com uma população de 42 mil habitantes. Possuía quatro escolas superiores: Escola de Medicina, Engenharia, Direito e Odontologia.

06/01- A cidade estava em luto, havia morrido Carlos Prates, pessoa de destaque no governo de João Pinheiro. Ele havia ocupado cargos na Secretária da Agricultura, Comércio, Terras e Colonização. A capital prestou-lhe uma homenagem dando a um bairro da zona Oeste o seu nome.

Inauguração da estrada Belo Horizonte-Lagoa Santa, passando por Venda Nova.

13/01 – Belo Horizonte sofreu uma das maiores enchentes da época. Todos os córregos saíram de seus leitos, principalmente o Ribeirão Arrudas, que destruiu a ponte do Saco e desterrou grande parte da linha da Estrada de Ferro Oeste de Minas, que ficou interditada.

1915 – Foi realizado pela primeira vez o Campeonato Mineiro de Futebol. O campeão do ano foi o Clube Atlético Mineiro.

06/01- Inauguração do Cinema Floresta, que ficava na Rua Itajubá esquina com Pouso Alegre, no Bairro Floresta.

1916 – Com a Primeira Grande Guerra Belo Horizonte já sofria seus efeitos. Houve um retrocesso no desenvolvimento da cidade.

Inauguração da linha de bondes para Santa Casa de Misericórdia passando pelo Hospital das Clínicas.

1917 – O América Futebol Clube conquista a Taça de Prata oferecida pela Prefeitura da capital.

14/05 – Morre o ex-governador Chrispim Jacques Bias Fortes.

1918 – Fundação do Colégio Batista Mineiro, próximo ao bairro da Lagoinha.

Com a Primeira Guerra Mundial a “Gripe Espanhola” alastrava-se rapidamente, e a população de Belo Horizonte evitava sair de suas casas receosas de contágio. Várias pessoas na capital foram infectadas, e no mês de dezembro toda as casas foram desinfetadas.

1919 – Inauguração da bitola larga na via férrea, no dia 16 de julho, passando a permitir a ligação direta com o Rio de Janeiro sem necessidade de baldeação.

A História de Belo Horizonte – Década de 20

1920 – Ampliação do Corpo de Bombeiros, que consequentemente mudou-se para a Rua Aimorés com Rio Grande do Norte.

1921 – Inauguração do Palácio Episcopal.

02/09 – Fundação do Cruzeiro Esporte Clube com o nome de Yale. Este nome logo depois foi mudado para Palestra Itália.

O Parque Municipal ganhou o seu coreto, que fica localizado próximo à rua da Bahia.

Começavam as comemorações do centenário da Independência do Brasil.

Inauguração do Hospital Raul Soares, no bairro de Santa Efigênia.

08/09- Flávio dos Santos era nomeado o Prefeito da Capital.

19/09 – Inauguração da primeira linha de ônibus da cidade.

A Praça 12 de Outubro passou a se chamar 7 de Setembro em homenagem ao centenário da independência.

Belo Horizonte recebeu a visita da Rainha Elizabeth da Bélgica. Por isso a Praça da Liberdade foi totalmente reformada, passando a ter a forma atual.

1923 – A cidade de Venda Nova passou a pertencer Belo Horizonte.

29/04 – A aviadora Anísia Pinheiro Machado sobrevoou Belo Horizonte, tornando a primeira mulher a realizar este feito na cidade.

02/08 – A Loteria Mineira realizou seu primeiro sorteio. O prêmio foi no valor de 100 contos de réis e saiu para o bilhete de número 4.561.

1924 – O obelisco da Independência ficava pronto com atraso, e tinha sido construído na cidade de Capela Nova de Betim, pela empresa A. G. Gravatá. Com grande festa, no dia 7 de setembro, foi inaugurado e passou a ser chamado pela população de Pirulito da Praça 7.

O mês de outubro revelou-se o mês das homenagens, e alguns logradouros receberam nomes de personalidades como: Praça Raul Soares, Avenida Bernado Monteiro, rua Levindo Lopes e Aarão Reis.

1925 – No dia 15 de fevereiro o Presidente Melo Viana inaugura a estrada de Belo Horizonte-Santa Luzia.

09/04 – Inauguração do Conservatório Mineiro de Música, na Avenida Afonso Pena. A entidade foi fundada pelo Maestro Francisco Nunes e trouxe uma contribuição enorme para a melhoria do nível artístico da cidade.

12/10 – Era comemorado pela primeira vez na cidade o Dia das Crianças.

1926 – Pela primeira vez Belo Horizonte pode ter a possibilidade de ver um avião, chegando à capital pelo ar. Na esplanada do Horto desceram dois aviões da Marinha Nacional, eles vieram fazer um estudo sobre a possibilidade de se lançar uma linha aérea Belo Horizonte-Rio de Janeiro.

O Mercado Municipal, instalado no início da Avenida Afonso Pena, trouxe alguns transtornos para a cidade. Foi preciso transferi-lo para um local mais apropriado. Para resolver o dilema, foi realizado uma troca. O América Futebol Clube cedeu seu campo para a construção do novo prédio, local onde hoje se encontra o Mercado, em troca, o Clube recebia uma grande área no Parque Municipal para a construção de seu estádio, onde atualmente é o supermercado Extra. Este episódio foi um grande atentado contra o Parque Municipal.

24/07- Antônio Carlos R. de Andrade toma posse como Presidente do Estado.

1927 – A Câmara dos Deputados começou a funcionar na Praça da República.

A capital mineira já contava com 138 automóveis e 653 veículos de tração animal. Este número já trazia problemas para a cidade, forçado as autoridades a criarem o 1º regulamento de trânsito.

Inauguração da Cia. Fiação e Tecelagem Cachoeirinha.

07/09 – Criação da Universidade de Minas Gerais, mais tarde Universidade Federal de Minas Gerais.

1928 – Inauguração da primeira auto-escola. Ficava localizada na Av. Amazonas, nº 665, e chamava-se Escola Belo Horizonte.

07/03 – Inauguração do jornal “Estado de Minas”. Seus fundadores eram: Juscelino Barbosa, Mendes Pimentel e Pedro Aleixo. Sua sede ficava localizada na Avenida João Pinheiro, esquina com Rua Timbiras.

1929 – O governador da Paraíba, João Pessoa, veio a Belo Horizonte poucos dias antes de ser assassinado.

24/01- Inauguração do prédio da Secretária de Agricultura na Praça Rio Branco. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Luiz Signorelli.

11/08 – Belo Horizonte ganhou sua cadeia, que ficava atrás do 12 RI e passou a se chamar Casa de Correção.

05/10 – Inauguração do Mercado Municipal.

A História de Belo Horizonte – Década de 30

1930 – A cidade crescia e com ela a necessidade de haver mais escolas. Neste ano foi criado mais quatro grupos escolares: o Cesário Alvim, José Bonifácio, o Diogo de Vasconcelos e o Flávio dos Santos.

A Avenida Floriano Peixoto passou a chamar-se Avenida Brasil.

27/09 – Inauguração da fábrica de biscoitos Aymoré. Sua localização era na rua Timbiras com Santa Catarina.

03/10 – Belo Horizonte sofreu com a guerra política, as forças públicas se rebelaram contra as forças federais. As força públicas cercaram o Quartel do 12 RI. O fogo cruzado tomou conta das ruas da cidade, que se viu com os bondes parado, com o comércio fechado e carros que atravessem a cidade deveriam fazer em alta velocidade. O tenente Joaquim Garro, da Força Pública, tentou rastejar até o ninho de metralhadora do 12 RI para explodi-lo, mas foi visto e morto com uma rajada de metralhadora. No final do episódio o Tenente Rui de Brito Melo, oficial que havia iniciado a batalha, foi atingido e morto por uma bala de fuzil. O 12 RI se rendeu encerrando uma das passagens mais negras da história de Belo Horizonte.

1931 – No dia 6 de fevereiro nascia na cidade a Rádio Mineira, a primeira emissora. Sua sede era no Conselho Deliberativo, onde hoje é o Centro Cultural.

1932 – Belo Horizonte ganhava mais um jornal era o “Diário do Comércio”, que circulava com 18 páginas em tamanho ofício numa tiragem de apenas 58 exemplares.

14/06 – A cidade ganhou o maior cinema do país, o Cine-Teatro Brasil, localizado na Praça 7.

1933 – Inauguração do Aeroporto da Pampulha.

1934 – Inauguração do Colégio Santo Agostinho

1935 – Os chefes de Estado que recebiam nome de Presidentes passaram a ser chamados de Governadores.

Construção do primeiro arranha-céu da cidade, o Edifício Ibaté, na Rua São Paulo contra esquina Afonso Pena. O Edifício tinha dez andares, no seu terraço, foi construído um mirante, que era muito freqüentado.

O prefeito Negrão de Lima mandou construir uma barragem represando o Rio Pampulha, para evitar futuros problemas de abastecimentos.

03/09 – Nascia a Rádio Inconfidência.

23/01 – O comerciante José Dias dos Santos e Augusto Guerra Coutinho fundam a loja O Mundo Colegial na Rua Rio de Janeiro 352, loja especializada em uniformes escolares atendeu Belo Horizonte mais de 55 anos.

1937 – Construção do Matadouro Modelo, canalização do Córrego da Lagoinha, criação da Avenida Pedro I, abertura das Avenidas Pedro II e Silviano Brandão, construção das fábricas de tecidos da Renascença e Cahoeirinha, canalização do Córrego dos Pintos, calçamento das estradas de Nova Lima e estrada da Pampulha, início à construção do novo prédio da Prefeitura na Avenida Afonso Pena e remodelação do Parque Municipal, todas essas obras foram realizadas por Otacílio Negrão de Lima.

O Mercado Municipal sofreu um grande incêndio, e o prefeito autorizou o fechamento do triângulo formado pelas ruas Curitiba, Goitacazes e Avenida Amazonas, para instalar ali um pátio para animais e um abrigo para tropeiros, de forma a evitar o constantes congestionamentos na região.

A cidade já possuía 22.000 aparelhos de rádio.

Fundação do Colégio Marconi e a Casa de Saúde São José.

28/11 – Inauguração do Minas Tênis Clube.

1938 – Inauguração da barragem da Pampulha, o Viaduto da Floresta e várias pontes sobre o Ribeirão Arrudas e muitos córregos da cidade.

1939 – A previsão máxima de habitantes feita por Aarão Reis era de 200 mil habitantes, e neste ano Belo Horizonte atingiu este número.

Instalação na Praça Diogo Vasconcelos, entre a Avenida Cristóvão Colombo e Rua Pernambuco no bairro Funcionários, a Padaria Savassi.

Inauguração do novo prédio da Prefeitura na Avenida Afonso Pena.

Inauguração do Café Nice, na Praça 7.

A História de Belo Horizonte – Década de 40

1940 – Juscelino Kubstichek de Oliveira tomava posse como novo prefeito de Belo Horizonte no dia 18 de abril. A meta de Juscelino era promover um surto de progresso no menor espaço de tempo. A infra-estrutura dotada pelo novo prefeito, levou-o a construir o que viria a ser um marco na economia e na indústria e colocaria Belo Horizonte em pé de igualdade com as grandes cidades brasileiras: a Cidade Industrial.

Juscelino Kubstichek contratou um jovem recém-formado arquiteto, Oscar Niemeyer, para desenvolver um projeto urbanístico para a lagoa da Pampulha. Logo aprovado. O projeto constava de quatro obras: a Igreja Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Cassino e o Iate Golf Clube.

12/05 – Conclusão do Ribeirão Arrudas permitindo a construção da terceira mais importante avenida da cidade, a Tereza Cristina, com 4.115m, indo da Avenida Barbacena até a Amazonas.

Inauguração da estrada que ligava Belo Horizonte ao Triângulo Mineiro.

1941 – O Cemitério do Bonfim começou a atingir a sua capacidade máxima, 18.300 carneiros. JK construiu o Cemitério da Saudade com capacidade para 23.000 carneiros.

Inauguração da Igreja Batista, na Praça Raul Soares.

1942 – Grande manifestação patriótica aconteceu em Belo Horizonte no dia 18 de agosto; reuniram-se na Praça 7, líderes sindicais, políticos e trabalhadores, formando uma multidão que aumentava a cada instante. Os oradores, com seus discursos inflamados, repudiavam os países do Eixo, que participavam da 2º Guerra Mundial, e incendiavam a declaração de guerra.

1943 – Belo Horizonte ainda sofrendo com a guerra, montou um esquema organizado com antecedência de 15 dias. Foram espalhados cartazes em todas as lojas comerciais e lugares públicos, com o objetivo de instruir a população sobre a maneira como deveria agir durante a simulação de um ataque de guerra.

As pessoas deveriam permanecer em casa, manter as janelas e portas fechadas e luzes apagadas. Na rua, os abrigos de bondes eram uma sugestão para as pessoas defenderem das “bombas” que seriam atiradas pelos aviões. No dia 18 de junho realizou-se o teste com aviões fazendo vôos razantes sobre a Av. Afonso Pena. A Rádio Inconfidência (emissora oficial) informava sobre a evolução dos supostos combates. O episódio pouco durou. E as pessoas puderam respirar aliviadas logo após a encenação.

Belo Horizonte recebeu uma triste notícia do falecimento do Padre Eustáquio. Em sua homenagem as Vilas Progresso e Celeste Império passaram a constituir o bairro Padre Eustáquio.

1944 – Construção do Hospital da Baleia, no bairro da Saudade, especializado em doenças infantis.

Inauguração da Estação Meteorológica de Belo Horizonte.

1945 – O antigo Teatro Municipal, em homenagem à metrópole que Belo Horizonte se tornara, ganhou o nome de Cine Metrópole.

Nascimento das Casas Minart, uma grande indústria de móveis. Estava localizada na Rua São Paulo à Rua Carijós, onde hoje existe as Lojas Americanas.

30/10 – Posse do novo prefeito, João Gusman Júnior.

1946 – A Escola Norma foi transformada em Instituto de Educação no dia 21 de janeiro. Teve como diretora, a escritora Lúcia Casassanta que cursou uma escola de nível superior, e foi reconhecida por notório saber.

Fundação Perfumaria Lurdes.

07/01 – Pedro Laborne Tavares tomou posse como Prefeito de Belo Horizonte, o qual saiu pouco tempo depois, no dia 16 de agosto. Foi empossado Gumercindo Couto e Silva que permanece no cargo até o dia 26 de dezembro. Neste mesmo dia Emídio Beruto, seu sucessor, tomou posse.

1947 – O primeiro cinqüentenário de Belo Horizonte limitou-se a inauguração do Hotel Financial, que passou a ser o maior prédio da cidade com vinte e seis andares.

O Clube Atlético Mineiro recebeu o título de “Campeão do Cinqüentenário”, em torneio realizado para a comemoração do aniversário da cidade.

A cidade contava com quatro grandes jornais, sendo o maior o “Estado de Minas” com 40.000 exemplares, a “Folha de Minas” e o “Diário” com 22.000 exemplares e o “Diário da Tarde com 16.000 exemplares diários.

12/12 – Otácilio Negrão de Lima tomou posse pela segunda vez como prefeito. Sendo o primeiro da história da cidade a ser eleito pelo povo.

1948 – O prefeito Otácilio Negrão de Lima objetivando o equilíbrio ao crescimento da cidade, adotou o Barreiro, Pampulha e Venda Nova, como cidades satélites e mandou construir um conjunto popular ao lado do Matadouro, hoje bairro São Paulo.

Conclusão das obras do Estádio do América Futebol Clube, no espaço onde era o Parque Municipal, hoje Hipermercado Extra. A partida de inauguração foi entre o time mineiro e o Vasco da Gama do Rio de Janeiro.

04/04 – Fundação do Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais.

Criação do Mercado Popular, na Avenida Antônio Carlos, no bairro São Cristovão, par atender à população do Conjunto IAPI.

1949 – A Universidade de Minas Gerais passou a ser federal. recebendo o nome de Universidade Federal de Minas Geral.

Inauguração do Teatro Emergência – que recebeu este nome porque foi construído apenas para aguardar a construção do definitivo, já que o Teatro Municipal foi vendido – O nome definitivo foi “Francisco Nunes”, nome dado em homenagem um músico mineiro, que deu uma grande contribuição à música.

A História de Belo Horizonte – Década de 50

1950 – Fundação da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Com a inclusão de Belo Horizonte para sediar a Copa do Mundo houve a necessidade de ser construído um monumental Estádio Municipal, hoje conhecido como Independência.

07/12 – O Clube Atlético Mineiro ganhou, na França, o título de “Campeão de Gelo”. A disputa foi contra o St de François, sob uma temperatura de 5 graus abaixo de zero, com o gelo cobrindo todo o campo.

1951 – No dia 1º de fevereiro, Américo Renê Giannetti tomou posse como Prefeito de Belo Horizonte, e Juscelino Kubistcheck como governador do Estado. 1952 – Com o crescimento da cidade houve a necessidade da melhoria do sistema de transporte. Belo Horizonte ganhou a sua primeira linha de trolebus, aos quais eram veículos grandes nas cores laranja e creme, movidos a eletricidade.

Inauguração do Colégio Municipal, com o objetivo de servir aos moradores do Conjunto IAPI, no bairro São Cristovão.

1953 – Ocorreu um grande incêndio no Instituto de Educação, e com ele acabou-se com uma das melhores bibliotecas de Belo Horizonte.

Fundação da Construtora Mendes Júnior.

Os ônibus eram utilizados pela chamada elite, e os bondes para as classes mais populares.

1954 – Início da construção da Biblioteca Pública na Praça da Liberdade. O prédio teria seis andares, teatro, cinema, ambulatório e salas de exposições. Os operários que trabalhavam na obra eram presidiários da Penitenciária de Neves.

Inauguração do terminal de passageiros do Aeroporto da Pampulha e o Colégio Estadual no bairro de Lourdes, onde ficava o Batalhão de Cavalaria da Polícia Militar, que fora transferido para o DI no Prado. As duas obras foram realizadas pela então governador do estado, JK. O prédio do colégio foi projetado por Oscar Niemeyer, representando as salas de aula, uma régua; o auditório, um mata-borrão; a caixa-d’água, o formato de um giz, e o refeitório, simbolizado por um formato de uma borracha.

Foi construído, à base de protestos ecológicos, o colégio Imaco – Instituto Municipal de Ciências Contábeis- dentro dos limites do Parque Municipal.

16/04 – Começou em Belo Horizonte o que mais tarde foi uma catástrofe histórica. Na base da barragem da lagoa da Pampulha apareceu um pequeno vazamento com a forma de um repolho. Técnicos forma imediatamente para o local e tomaram algumas medidas preliminares, mas o vazamento começava a aumentar. Alex Rabelo, construtor da barragem, e Luiz Vieira, considerado o maior técnico em barragens, decidiram que as compotas deveriam ser abertas. O aeroporto da Pampulha foi interditado. O Corpo de Bombeiros tomou providências para que os moradores dos bairros, Aarão Reis, Capitão Eduardo, Matadouro e São Paulo, onde passava o Córrego do Onça, fossem retirados transferindo-os para um lugar seguro. No dia 20 aconteceu a tragédia maior: a barragem rompeu. Milhões de metros cúbicos de água se projetaram rumo ao aeroporto e inundaram toda a região, formando um espetáculo impressionante. O pequeno Córrego do Onça transformou-se num caudaloso rio, estendendo-se até o Rio das Velhas que também transbordou. Não houve vítimas, mas os prejuízos materiais forma incalculáveis.

1955 – Celso Mello tomou posse em 1º de fevereiro como prefeito de Belo Horizonte.

08/11- Nascia a primeira emissora de televisão de Belo Horizonte e a terceira do País, a TV Itacolomi.

Foi inaugurado um arrojado edifício, o mais alto do Brasil na época, o Conjunto JK, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

1956 – O crescimento da cidade podia ser percebido pelo fato do Aeroporto da Pampulha ser o sexto do mundo, recebendo mais de oitenta aviões por dia.

02/01- Inauguração do Clube dos Viajantes, com sede na Rua Itapecirica; passando mais tarde a ser chamado de Clube Recreativo Mineiro, e sua sede foi transferida para a Rua Grão Mogol, no bairro Sion.

Inauguração do Santa Casa de Misericórdia, com capacidade para 1200 leitos.

1957 – Construção do Edifício Arcângelo Maleta no lugar do Grande Hotel, que teve destacada participação na história da cidade, hospedando tantas pessoas ilustres e sendo palco de várias decisões que definiram os rumos do Brasil.

Belo Horizonte era considerada o município de maior progresso do país.

A Rede Ferroviária Federal inaugurou a linha BH-Rio Acima

Finalização das obras de reconstrução da represa da Pampulha. JK veio a Belo Horizonte para inaugurá-lá e foi recebido com grande festa popular.

1958 – Inauguração do prédio da Delegacia de Plantão no Bairro São Cristovão.

Finalização de uma projeto de construção do mais arrojado centro esportivo do País. Era constituído de uma grande estádio para a prática do futebol – o Mineirão -, um ginásio para esportes especializados de diversas modalidades – o Mineirinho – um Centro Esportivo Universitário – CEU e da Lagoa da Pampulha para os esportes aquáticos.

01/05 – Inauguração do Conjunto Residencial JK.

12/12 – A Universidade Católica de Minas Gerais foi reconhecida oficialmente, através de decreto assinado por JK, exatamente no dia do aniversário de Belo Horizonte.

Amintas de Barros tomou posse como Prefeito da cidade.

1959 – Inauguração da Praça 21 de Abril, hoje conhecida como Praça Tiradentes, no dia 29 do mesmo mês.

Inauguração do Zoológico.

A História de Belo Horizonte – Década de 60

1960 – Eram iniciadas as obras de construção do Estádio Magalhães Pinto – Mineirão.

Devido a problemas na sua fundação um edifício localizado na Avenida Amazonas, 749 ficou conhecido como Balança mais não cai.

1961 – Era inaugurada na Praça da Liberdade a Biblioteca Pública, porém devido a falta de verbas foi construido apenas três andares dos cinco do projeto original.

Inaugurado o Edifício Arcanjo Maleta na Rua da Bahia com 642 salas, 129 lojas e 319 apartamentos.

Era criado o Coral Ars Nova.

1962 – Morre o maior historiador da cidade: Abílio Barreto. neste ano e m sua homenagem o Museu de Belo Horizonte passou a ter o seu nome .

Tomou posse com Prefeito de Belo Horizonte Claves de Souza.

Inaugurada a estátua de Tiradentes no cruzamento das Avenidas Afonso Pena e Brasil, passando a chamar Praça 21 de Abril.

1963 – No dia 3 de janeiro, tomou posse como Prefeito de Belo Horizonte, Jorge Carone Filho.

Belo Horizonte ganhava o maior e mais arrojado mercado da América Latina; o Mercado Novo, instalado no quarteirão compreendido entre as vias Olegário Maciel, Goitacasses, Tupis e Rio Grande do Sul.

O Pirulito da Praça 7 foi transferido para Praça Diogo de Vasconcelos ( Praça da Savassi ).

Foi Inaugurado o anel rodoviário.

O abrigo de bondes da Avenidas Afonso Pena com Rua da Bahia, considerado reduto de marginais, mendigos e desocupados, foi transformado em galeria de artes e exposições.

Foi realizada uma missa de sétimo dia na Igreja São José, para o Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy que foi transmitida ao vivo pela TV Itacolomi e pela Rádio Guarani.

No mês de novembro o Prefeito Jorge carone mandou cortar as árvores da Afonso Pena, com a justificativa de uma praga e que a praga iria acabar com todas as árvores da cidade.

Foi construido o primeiro Shopping Center da Cidade no fianl da Avenida Silviano Brandão, porém ele não chegou a ser instalado e foi transformado em moradia de desabrigados.

Foi inaugurado na Praça 7 um monumento em homenagem aos fundadores da cidade. Hojê este monumento está abandonado no Parque Municipal.

1964 – Começa a construção da Estação Rodoviária.

1965 – No dia 31 de janeiro, Oswaldo Pierucetti tomou posse como Prefeito de Belo Horizonte.

A Praça Diogo de Vasconcelos, na bairro Funcionários era ponto de encontro dos estudantes, principalmente do Colégio Padre machado e Instituto de Educação de Minas Gerais.

Foi inaugurado o “Mineirão” um dos maiores Estádios de Futebol.

1966 – A Avenida António Carlos recebeu mais duas pistas laterais para dar melhor escoamento ao tráfego.

Continua a ritmo lento as obras de construção do Palácio das Artes.

O Aeroporto da Pampulha é um dos mais movimentados do Brasil.

É assinado o decreto para construção do Parque das Mamgabeiras.

O “Rei” Roberto Carlos vem a Belo Horizonte com toda a turma da Jovem Guarda e é realizado o maior desfile de rua na história de Belo Horizonte. O cortejo saiu o Aeroporto da Pampulha em carro aberto com Erasmo carlos, Wanderley Cardoso, Wanderléia entre outros e foram até o ginásio do Minas Tenis onde mais de vinte mil pessoas estavam esperando a comitiva para um Show que foi transmitido para todo o Brasil pela TV Itacolomi.

1967 – O Clube de Diretores Lojistas faz um apelo ao Prefeito para a proibição de passagem de carretas pelo centro de Belo Horizonte .

Toma posse com Prefeito de Luiz Gonzaga Souza Lima.

Começa as obras da construção da Vila Olímpica do Clube Atletico Mineiro.

1968 – Cortadas as arvóres da Avenida do Controrno e da Praca da Liberdade

O Prefeito Souza Lima, pretendia iniciar a construcão de um metrô em Belo Horizonte, que iria do Horto ao Eldorado com conexão para o Barreiro .

1969- É criado o bairro da Mangabeiras.

É criada na Praca da Liberdade à Feira Hippie.

Comçou a ser destruiada a Serra do Curral para exloracão de minério.

Veio a Belo Horizonte a Seleção Brasileira de Futebol para jogar contra o Atlético no Mineirão. O Galo ganhou da Seleção por 2X1 e este foi o último jogo antes da viagem para o México.

A História de Belo Horizonte – Década de 70

1970 – O ano de 1970 foi marcado pela maior tragédia da história da cidade. O desabamento do Pavilhão de Exposições daa Gameleria. No final da tragédia 45 pessoas morreram no local e dezenas de pessoas ficaram mutiladas.

O Atlético cedeu o seu campo em Lourdes para a Prefeitura construir um campo de lazer.

É inaugurado o Cemitério Parque da Colina.

É fundado o Grupo de Teatro de Bonecos Giramundo por Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Madu.

1971 – Era inaugurado em 8/03 o Centro Esportivo Universitário na Pampulha.

09/03 Belo Horizonte recebeu a nova Estacão Rodoviária, a mais moderna da América Latina com uma área de 35.529m2.

Todos os veiculos trocaram de placa.

13/03 Inaugurado o Túnel da Lagoinha e no dia seguinte o Elevado Castelo Branco. Nunca a cidade recebeu tantas obras.

18/12 O Atlético é Campeão Brasileiro em pleno Maracanã vencendo o Botafogo com um gol de Dario.

1972 – É inaugurada a nova Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Córrego da Cachoeirinha foi canalizado.

Foi proibida as corridas de carros nas pistas laterais do Mineirão.

Fonte: www.mixbh.com.br

Belo Horizonte

A história do município de Belo Horizonte inicia-se no século XVII com a fixação do bandeirante João Leite da Silva Ortiz nas terras delimitadas entre o pé da Serra do Congonhas até a Lagoinha. Neste Local, favorecido pela topografia, Ortiz inicia a atividade agrícola e pastoril que promove o desenvolvimento da área tornando-a centro de abastecimento e produção num setor pouco explorado, uma vez que o espírito da época estava voltado para exploração do ouro.

A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade.

Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto, com suas minas de ouro exauridas, era travada pela topografia.

Visando a mudança da capital, o governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais.

Dessa forma, cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.

O local ora escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em cursos d’água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos.

Atualmente, a cidade conta com uma população de 2.375.151 habitantes, possuindo uma área de 330,95 km². Tem como cidades limítrofes Nova Lima e Brumadinho a sul; Sabará e Santa Luzia a leste; Santa Luzia e Vespasiano a norte; e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité a oeste.

Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias e administração pública.

Com pouco mais de um século de existência, Belo Horizonte é nacionalmente conhecida como a “capital nacional dos botecos”. Existem na cidade cerca de 14.000 estabelecimentos, mais bares per capita do que qualquer outra grande cidade do Brasil. A culinária mineira é uma atração concomitante que acompanha bem as bebidas. Todos os anos, no mês de abril, é realizado o festival Comida di buteco, competição anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos bares e botecos de BH todas as noite durante um mês em busca dos melhores petiscos ou tira-gostos, como dizem os mineiros. Quarenta dos melhores bares disputam em categorias como higiene, temperatura da cerveja, serviço e principalmente, o melhor tira-gosto. Os vencedores são decididos não só pelos jurados, mas também por votação popular.

A chamada zona boêmia da cidade se atualmente concentra principalmente no centro da capital, mas outros bairros se destacam pelo lazer noturno, como Savassi, Funcionários, São Pedro, Santa Tereza, São Bento, Santo Antônio, Lourdes e Serra. Há diversos restaurantes e bares temáticos que invadem as esquinas dos lugares mais badalados. Há casas noturnas, bares, cafés, casas de espetáculo e danceterias que atendem aos mais diversos públicos, dos mais conservadores aos mais vanguardistas. Pode-se encontrar desde um ambiente erudito e sofisticado até uma noite agitada, ou então algo rústico e popular.

Pontos Turísticos

Praça da Estação

Belo Horizonte

A Praça Rui Barbosa, é mais conhecida como Praça da Estação, por se localizar no antigo ramal ferroviário que foi porta de entrada de toda a matéria-prima utilizada na construção de Belo Horizonte. O primeiro relógio público da cidade foi instalado lá, no alto da torre da estação, cuja praça começou a ser construída em 1904. Dezoito anos depois, em 1922, um novo prédio (estilo neoclássico) foi erguido para atender à demanda da efervescente cidade. Destacam-se na praça dois leões em mármore e a estátua de bronze que homenageia os Inconfidentes.

Praça do Papa

Belo Horizonte

A Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papa, situa-se próxima à base da Serra do Curral, a mais de 1.100m de altitude.

É um mirante tradicional e tem uma das melhores vistas da cidade. Em 1980, quando o papa João Paulo II esteve na capital mineira, do alto do Mangabeiras, pronunciou: “… que belo horizonte!”. Desde então o local ficou conhecido como Praça do Papa, tornando-se palco privilegiado para grandes encontros religiosos e shows musicais.

Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade

Belo Horizonte

Construída na época da fundação da capital, mistura vários estilos, que são o retrato vivo da evolução da cidade: neoclássico (final do séc. XIX), art-déco (década de 1940), moderno (décadas de 1950 e 1960) e pós-moderno (1980). Era também o centro do poder executivo mineiro, transferido para a Cidade Administrativa. Hoje abriga o Circuito Cultural Praça da Liberdade, um dos maiores complexos do gênero do país, formado por diversos espaços culturais que integram arte, cultura popular, conhecimento e entretenimento.

Igreja São Francisco de Assis

Belo Horizonte

Popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha. Localizada às margens da Lagoa da Pampulha, num dos mais belos conjuntos arquitetônico-paisagísticos de Minas Gerais, a Igreja São Francisco de Assis foi fundada na década de 40, inaugurada em 1945, e consagrada como Igreja Católica em 11 de abril de 1959.

De estilo delicado e singelo lembrando as montanhas de Minas, representa o trabalho de quatro expoentes da arte brasileira:Oscar Niemeyer, Candido Portinari, Ceschiatti e Burle Marx.

Museu de Arte da Pampulha

Belo Horizonte

Primeiro projeto de Niemeyer na Pampulha. Funcionou como cassino, o primeiro da cidade, até ser fechado em 1946, devido à proibição do jogo no país. Passou a funcionar como museu em 1957, quando era conhecido como “Palácio de Cristal”. Suas instalações possuem biblioteca, loja de souvenirs, café e salas de multimídia. O acervo do MAP é constituído de 900 obras.

Casa do Baile

Belo Horizonte

A Casa do Baile foi originalmente um famoso salão de dança de Belo Horizonte, inaugurado em 1943 e funcionou até 1948. Hoje, abriga uma espécie de memorial voltado à arquitetura e ao design, construído por Oscar Niemeyer em 1940. Passou por uma reforma e foi reinaugurado em 2002, porém manteve as características originais.

Fonte: www.japbm2013.com.br

Belo Horizonte

TURISMO

Nas redondezas de Belo Horizonte encontram-se parques de grande riqueza natural como o Parque das Mangabeiras, localizado a 6 km de distância da cidade, na Serra do Curral. Além de riachos e fontes naturais, o parque tem também um anfiteatro aberto e facilidades para esportes. Próximo à Serra do Curral, ainda no âmbito da região metropolitana de Belo Horizonte, encontra-se a reserva natural de Mata do Jambreiro, área de 912 hectares, com vegetação típica da Mata Atlântica, onde vivem mais de 123 espécies de pássaros e dez espécies diferentes de mamíferos.

Principais Pontos Turísticos

Casa do Baile

A Casa do Baile foi inaugurada em 1943. Ali funcionava um dancing popular. Com a desativação do Cassino, a Casa do Baile acabou fechando as portas em 1948. A construção circular, que fica numa ilha artificial, possui uma pitoresca ponte de onze metros e chama a atenção pelas formas sinuosas das fachadas, que sugerem quase uma continuidade da Lagoa.

Centro de Cultura

A construção distingue-se na cidade como um do poucos exemplares da arquitetura neogótica, de inspiração portuguesa. Construído em 1914, para abrigar o Conselho Deliberativo da Capital, primeiro órgão legislativo municipal, e a Biblioteca Pública Municipal, o edifício tem rica decoração externa e interna. O prédio tombado passou por uma reforma para sediar o Centro de Cultura Belo Horizonte, inaugurado em 1997, com o objetivo de ser um espaço voltado à cultura.

Feira de Artesanato

Idealizada por um grupo de artistas mineiros e críticos de arte, esta feira surgiu na Praça da Liberdade em 1969. Logo se tornou ponto de encontro de várias gerações e despertou a atenção dos visitantes e turistas para a riqueza e diversidade dos trabalhos expostos. A feira extrapolou os limites da praça e foi transferida para a avenida Afonso Pena em 1991. Hoje são cerca de três mil expositores divididos em 17 setores.

Feira de Tom Jobim

Exposição e venda de peças antigas e pequenos objetos, com o atrativo das comidas e bebidas típicas de várias regiões Neste festival gastronômico ao ar livre, pode-se optar, entre outros, pela comida internacional ou pelos pratos típicos da cozinha mineira e brasileira. Aos sábados, é um local agradável e descontraído para encontro da população. Conta com 85 expositores.

Flores

A Feira de Flores e Plantas Naturais constitui um atrativo à parte em Belo Horizonte. Nela são encontrados os mais diversos tipos de plantas, inclusive bonsais. A feira vem crescendo, já conta com cerca de 50 expositores e se tornou programa obrigatório. Funciona à sombra de enormes ficus, o que lhe confere um ar bucólico.

Igreja Boa Viagem

A história da Catedral da Boa Viagem se confunde com a própria história de Belo Horizonte. Desde os princípios do século XVIII, existia, onde hoje se encontra a Catedral, uma pequena capela de pau-a-pique, típico exemplar da arquitetura colonial mineira. A capela antiga foi substituída pela nova catedral, cuja construção terminou em 1932. Em estilo neogótico, a Catedral da Boa Viagem abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em mármore de Carrara. Nossa Senhora da Boa Viagem é padroeira de Belo Horizonte.

Igreja de São Francisco

A Igreja de São Francisco de Assis foi inaugurada em 1943. Com linhas arrojadas, apresenta mosaicos nas laterais da nave. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por 14 painéis de Portinari, considerada a sua obra mais significativa.

Os jardins são assinados por Burle Marx.

Igreja São José

Primeira igreja projetada para a nova capital, foi inaugurada em 1906 e logo se tornou ponto de encontro religioso da sociedade. Foi entregue aos padres redentoristas com projeto arquitetônico dos irmãos Gregório e Werenfrid e pinturas do imigrante alemão Schumacker.

Mercado Central

Inaugurado em 1929, ocupa uma área privilegiada na região central da cidade. São mais de 400 lojas, que vendem de tudo, desde hortifrutigranjeiros de ótima qualidade, produtos típicos como os queijos e doces mineiros, passando pelo artesanato, ervas e raízes medicinais, até a venda de loterias. Nos bares mais populares, muita gente se reúne para apreciar os famosos tira-gostos regados a cerveja gelada.

Misturando tradição e memória com aspectos da vida moderna, o Mercado Central é mais do que uma grande feira ou um centro de abastecimento: é um espaço descontraído de convívio social.

Minascentro

O Minascentro (Centro Mineiro de Promoções Israel Pinheiro) é o maior centro de convenções de Belo Horizonte. Possui uma área total de 30164 m², dividida em três pisos, com capacidade para 10 mil pessoas. O prédio foi construído em 1926, para ser sede da Escola de Aperfeiçoamento. Em 1948, passou a abrigar a Secretaria de Estado da Saúde. Em estilo neoclássico, sua arquitetura foi preservada, apesar das reformas para transformá-lo em centro de convenções.

Mineirão

Inaugurado em 1965, o Mineirão, segundo maior estádio coberto do mundo com capacidade para 130 mil pessoas, ajudou a levar o futebol mineiro para lugar de destaque e dotou o público de um espaço adequado para assistir a grandes espetáculos do futebol profissional.

Museu Abílio Barreto

Instalado em antigo casarão colonial de 1883, único remanescente do arraial do Curral Del-Rey, o museu guarda um valioso acervo referente à histórica Belo Horizonte, composto por pinacoteca, mobiliário, esculturas, arte sacra, peças decorativas, documentos, material fotográfico e iconográfico. A maquete do antigo Curral Del-Rey fica neste museu.

Museu da Pampulha

O prédio que abriga o Museu de Arte da Pampulha (MAP) foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer. Antigo cassino da cidade, foi fechado em 1946 com a proibição do jogo no país. Em 1957, o chamado Palácio de Cristal passou a funcionar como Museu de Arte. Sua concepção foi influenciada pelos princípios de Le Corbusier. Os jardins de Burle Marx são uma homenagem ao verde tropical. Três esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa adornam os jardins. Em 1996, foi readequado e ganhou novas salas de multimídia, biblioteca, café/bar, loja de souvenires e toda uma infra-estrutura técnica para abrigar as obras. O MAP possui um expressivo acervo de 1600 obras.

Museu do Telefone

Foi inaugurado em 1978, como parte das comemorações dos 25 anos da Telemig, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a memória da telefonia em todo o mundo, desde a sua invenção até as mais modernas tecnologias do setor de telecomunicações. Visitas programadas com antecedência para alunos de escolas e grupos de adultos.

Museu Mineiro

O prédio do Museu Mineiro, de estilo eclético com predominância de elementos neoclássicos, é considerado parte integrante de seu acervo, pelo valor histórico e artístico que representa. Construído no final do século passado, serviu como sede do extinto Senado Mineiro – o Senadinho. Em 1977, foi autorizada a implantação do museu. Reúne um acervo composto de diversas coleções, que retratam a história da produção cultural mineira. Destaca-se a coleção de Arte Sacra Colonial.

Palácio da Liberdade

O Palácio da Liberdade foi inaugurado em 1898. A construção reflete a influência do estilo francês na arquitetura da capital, com requintes de acabamento. A escadaria de ferro e estruturas metálicas foram importadas da Bélgica. Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon; o salão de banquete à Luís XV; as pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e o grande painel de Antônio Parreira.

Palácio das Artes

Construído dentro da área do Parque Municipal, o prédio teve projeto inicial de Niemeyer. A planta definitiva ficou a cargo do engenheiro Hélio Ferreira Pinto e a inauguração foi em 1971.

A construção imponente e moderna abriga a Grande Galeria, com um espaço nobre para as artes visuais, e mais três galerias para exposições artísticas, lançamentos literários e eventos do gênero, o Foyer, as salas Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta, a sala de cinema Humberto Mauro e ainda duas salas de espetáculos: o Grande Teatro e o Teatro de Arena João Ceschiatti. Funciona no mesmo prédio o Centro de Artesanato Mineiro.

Parque das Mangabeiras

Localizado nas encostas da Serra do Curral, foi projetado pelo paisagista Burle Marx e inaugurado em 1982. O Parque das Mangabeiras é um dos maiores parques urbanos do país, com matas que ocupam a maior parte dos seus 2,3 milhões de m². Além de funcionar como centro de pesquisa e de educação ambiental, aberto a toda a comunidade, dispõe de variadas opções de lazer.

Para visitar o parque, existem três opções: o Roteiro das Águas, o Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol. Logo na entrada, uma sala multimídia orienta os visitantes sobre as atrações do local.

Parque Municipal

Primeira área de lazer e contemplação da cidade, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi inaugurado em 1897, na antiga Chácara do Sapo, onde residia o engenheiro Aarão Reis, responsável pelo planejamento da nova capital. Surgiu inspirado nos parques franceses da Belle Époque, com roseiras e coreto. Em meio a muito verde, estão mais de 50 espécies de árvores, onde ficam diversos equipamentos de lazer. Hoje o espaço funciona também como centro de educação ambiental. Outras atrações dentro do Parque Municipal são o orquidário da cidade, o teatro Francisco Nunes e o Palácio das Artes.

Praça 7 de Setembro

A Praça Sete de Setembro é o principal ponto de referência do centro da cidade.Os prédios e construções do hipercentro de Belo Horizonte apresentam estilos arquitetônicos diferentes. O corredor da avenida Afonso Pena é uma boa vitrine dessa progressão de estilos e de décadas. O Tribunal de Justiça, na Afonso Pena, 1420, em estilo neoclássico, data de 1911. Também em estilo neoclássico, a Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, na Afonso Pena, 1534, é ornamentada por colunas coríntias. O elegante e luxuoso Automóvel Clube, na Afonso Pena, 1394, foi construído na década de 20 para reunir a nata da sociedade mineira. Da década de 40, a sede da Prefeitura de Belo Horizonte, na Afonso Pena, 1212, tem características Art Decó com volumes geométricos no traçado da fachada. O Edifício Acaiaca, na Afonso Pena, 867, com 29 andares, foi um marco da verticalização de Belo Horizonte. Inaugurado em 1943, em estilo Art Decó e influência marajoara.

Praça da Bandeira

Reinaugurada em 12 de dezembro de 1997, como parte das comemorações dos 100 anos de Belo Horizonte, a Praça da Bandeira é um espaço aberto e contemplativo que abriga o Marco Cívico do Centenário. No terceiro domingo de cada mês, é realizada a cerimônia de troca da Bandeira Nacional, a partir das 10 horas.

Praça da Estação

Foi através do antigo ramal ferroviário que chegou todo o material necessário para a construção da nova capital das Minas Gerais. Em 1888, Belo Horizonte ganha o primeiro relógio público da cidade, no alto da torre da estação. A construção da praça teve início em 1904 e, dessa época, destacam-se até hoje nos jardins os dois leões em mármore, encomendados ao artista belga Folini. Com o rápido crescimento da cidade, foi necessária a construção de uma nova estação ferroviária, inaugurada em 1922, em estilo neoclássico. No largo encontra-se também o Monumento da Terra Mineira, estátua de bronze que homenageia os heróis da Inconfidência. O prédio ao lado, construção retangular, servia como dormitórios e escritórios da Rede Ferroviária Federal. No prédio da estação, fica a maquete de ferromodelismo, uma representação de mini-ferrovia.

Praça da Liberdade

A construção do conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade foi iniciada na época da fundação da nova capital (1895-1897). Feita para abrigar a sede do poder, as primeiras Secretarias de Estado obedecem a tendência da época – estilo eclético com elementos neoclássicos. Ao longo dos anos, o núcleo foi recebendo construções de diferentes estilos arquitetônicos. Na década de 40, o estilo Art Decó com revestimento pó-de-pedra do Palácio Cristo Rei; nas décadas de 50 e 60, prédios modernos foram implantados, como o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública; já nos anos 80, em estilo pós-moderno, foi inaugurado o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves. A praça é ponto de encontro da cidade e ainda conta com coreto e fonte luminosa.

Praça da Savassi

A Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, fica no bairro Funcionários, numa região que também passou a ser genericamente chamada Savassi. O nome está ligado a uma padaria famosa, da família Savassi, que existia no local. Na década de 40, era ponto de encontro de políticos e da alta sociedade. Com o passar do tempo, a Savassi se firmou como centro comercial sofisticado, transformando-se, mais tarde, em point da juventude e de grande concentração de bares e restaurantes.

Praça do Papa

Que belo horizonte . Esta foi a expressão utilizada pelo Papa João Paulo II diante da paisagem urbana que avistou, … do alto do bairro das Mangabeiras, quando esteve na cidade em 1980. Desde então, a praça Israel Pinheiro, onde ele celebrou missa campal, passou a ser denominada Praça do Papa. No centro da praça foi erguido um monumento em ferro, em homenagem à sua visita. Atualmente é local das principais manifestações religiosas e de shows musicais que acontecem na cidade. A praça é cercada pela Serra do Curral, tombada e eleita pela população como símbolo oficial de Belo Horizonte. Compõem ainda este roteiro a Rua do Amendoim e o Parque das Mangabeiras.

Rua do Amendoim

Na verdade, chama-se rua Professor Otávio Magalhães. Esta pequena rua, no bairro das Mangabeiras, e pouco abaixo da Praça do Papa, faz parte do folclore turístico da cidade. Ninguém sabe ao certo como, quando e quem descobriu o curioso fenômeno ótico que acontece neste trecho de asfalto. Quando os carros são desligados, eles sobem, ao invés de descerem, a suave ladeira.

Serraria Souza e Pinto

A Serraria Souza Pinto foi erguida em 1912. É uma das primeiras construções da capital a utilizar estruturas de ferro e se constitui num dos belos exemplares da arquitetura industrial do início do século. Tombada em 1981 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e restaurada em 1997, destina-se à realização de shows, feiras, cursos, congressos e exposições.

UFMG

Inaugurada em 1989, a Universidade Federal de Minas Gerais surgiu com o propósito de ser um instrumento de integração entre a universidade e a sociedade. Oferece espaço para a difusão das mais diferentes manifestações culturais. Funciona no antigo prédio da Escola de Engenharia.

Fonte: www.feriasbr.com.br

Belo Horizonte

Mineirão

ORGULHO MINEIRO

Belo Horizonte
Mineirão – Belo Horizonte

Fruto da audácia e da visão de futuro dos seus idealizadores e construtores, da determinação do Governo de Minas Gerais, do idealismo e da perseverança de seus incontáveis colaboradores e da paixão do povo mineiro pelo futebol, o Mineirão transformou e revolucionou o esporte do nosso Estado e mudou positivamente os rumos e a história do próprio futebol brasileiro.

Desde a inesquecível festa de 05 de setembro de 1.965, quando a Seleção Mineira derrotou o River Plate, da Argentina, por 1 a 0, o Mineirão também se transformou em orgulho nacional.

Da Lei de autoria do Deputado Jorge Carone Filho, assinada pelo Governador José Francisco Bias Fortes sob o número 1947, em 12/08/59, surgiu este grande monumento ao futebol. Na época a população de Belo Horizonte era de pouco mais de 600 mil habitantes e a capacidade do estádio de 130 mil pessoas.

História do Mineirão

O Estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido mundialmente pelo carinhoso nome de Mineirão, foi inaugurado no dia 05 de setembro de 1.965. Muita gente, sem dúvida, sabe disso. Mas poucos podem narrar com precisão tudo o que se passou pela cabeça de tantos políticos, radialistas, jornalistas, cronistas esportivos, atletas e torcedores. Mas certo é que por volta dos remotos anos 50, todas as pessoas que estavam à época envolvidas no futebol ansiavam por um estádio de bom tamanho para abrigar o crescente público.

O sonho, pode-se dizer assim, surgiu nos anos 40. A capital mineira iria sediar jogos da copa de 50 e precisava ter um espaço adequado. Por isso, foi então construído o Estádio Independência, no Horto.

O projeto de construção do Mineirão surgiu na época do Governo Bias Fortes e, em 25 de fevereiro de 1.960, o governo da União e a UFMG liberaram ao Estádio de Minas Gerais, sob a forma de comodato não-aprazado, a área localizada no conjunto onde se construía a cidade universitária, na Pampulha, em Belo Horizonte. A área liberada destinava-se unicamente à construção do Estádio de futebol e os recursos para a execução dos trabalhos seriam fornecidos pelo governador do Estado, o sonho de se construir um grande estádio, confortável e seguro começava aí a sair do papel.

A ADEMG surgiu junto com o Mineirão e é uma autarquia criada pela Lei 3.410 de 08 de julho de 1.965. Em 19 de dezembro de 1.993 a ADEMG foi vinculada à Secretária do Estado de Esporte e Lazer para poder melhor desempenhar seu papel de administradora dos estádios de Minas Gerais.

Para custear as obras e apressar a conclusão, o então governador Magalhães Pinto, determinou a venda antecipada de 3 mil cadeiras do estádio, que também dava o direito a um lugar no estacionamento no pátio interior.

De 1.963 à 05 de setembro de 1.965, data de sua inauguração, cerca de cinco mil homens, entre engenheiros e operários estiveram envolvidos na obra de construção A inauguração do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, foi marcada por uma grande festa. Na manhã de abertura do estádio, 73.201 pessoas estavam presentes, e a festa teve um pouco de tudo, como salto de pára-quedista, banda de música, e é claro, muito futebol.

ESTÁDIO GOVERNADOR MAGALHÃES PINTO

PROPRIETÁRIO: Governo do Estado de Minas Gerais

LOCALIZAÇÃO: Avenida Abrahão Caram, 1001 – Pampulha

Distâncias

Até o centro da cidade: 10 Km
Até o aeroporto de Confins: 35 Km
Até o aeroporto da Pampulha: 01 Km
Até a rodoviária: 09 Km
Até a ferroviária: 10 Km

O PROJETO

O Mineirão foi projetado pelos arquitetos Eduardo Mendes Guimarães Júnior e Gaspar Garreto. O projeto estrutural é do Eng. Arthur Eugênio Jermann. As obras de construção foram dirigidas pelo Eng. Gil César Moreira de Abreu posteriormente nomeado primeiro Diretor Geral da ADEMG (autarquia responsável pela administração do estádio). O estádio atualmente tem capacidade total para 75.783 espectadores, sendo 54.261 assentos com encosto.

ESTRUTURA

É constituída por 88 pórticos de concreto armado, dispostos radialmente em torno de uma elipse. O vão livre entre pórticos, mede 7,5 metros (8 metros de eixo a eixo). A estrutura é composta de 28 setores de construção, estruturalmente independentes. A viga principal da cobertura vence o vão em balanço de 30,5 metros.

PORTÕES: São 15 portões com 72 roletas, para entrada de público e posterior escoamento,além do hall Principal do estádio.

BILHETERIAS: O estádio possui quatro (4) bilheterias com 18 guichês cada, além de bilheterias menores nos portões 01 e 14, num total de 78 guichês para venda de ingressos.

TÚNEIS: Quinze metros é a distância entre o vestiário e o gramado. Existe ainda um túnel central para os funcionários da ADEMG – FMF – PMMG e Imprensa e um túnel exclusivamente para uso dos árbitros.

VESTIÁRIOS

São no total seis (6) vestiários. Os dois principais, com área de 200 m2 cada. Estes possuem sala de aquecimento para jogadores, banheiras de hidromassagem, duchas, ar condicionado, freezer e todo conforto necessário ao descanso dos atletas. O vestiário dos juizes possui área feminina e masculina, conta também com uma confortável sala de massagens.

VESTIÁRIOS – DETALHES

Superfície em m2
(22 jogadores/equipe): 200 m2
Número de duchas por equipe: 9
Número de banheiras de hidromassagem: 11
Número de lavabos por equipe: 04
Mesa para massagem por vestiário: 01
Espreguiçadeiras para jogadores: 11
Armários para jogadores: 22 (além de rouparia)
Vasos sanitários: 4
Mictório coletivo: 1

BARES: O estádio possui um total de 36 bares para atender os torcedores. Alguns bares, também são distribuídos na área das tribunas de honra e cadeiras cativas, imprensa e autoridades.

ESTACIONAMENTO: Com capacidade para abrigar cerca de 4.000 veículos. O estacionamento funciona sob o monitoramento de um circuito interno de TV. Existem 38 vagas demarcadas para deficientes físicos.

ÁRBITROS: As condições de segurança para os árbitros são boas, existindo túnel separado, vestiários próprios, sala de massagem e ambiente próprio para o repouso dos árbitros antes e após os jogos.

ILUMINAÇÃO

A iluminação do Mineirão é uma das mais perfeitas em campos de futebol de todo o mundo. O sistema é composto de 168 refletores de 2.000 w cada. Fabricação GE, e o sistema secundário de 52 de 2.000 w e 200 de 1.500 w. O índice de iluminação é de 1.600 lux médios. No dia 19 de fevereiro de 1997, a ADEMG inaugurou o novo sistema de iluminação, durante o jogo Cruzeiro X Grêmio.

CABINES DE RÁDIO E TELEVISÃO

Totalmente impermeabilizadas, com paredes de vidro, todas na sombra, na parte da tarde. São 45 no total, onde se incluem, cabines para Ademg, para diretores dos clubes visitantes, para Supervisão do evento e para técnicos de operação do placar eletrônico. As demais cabines se destinam às emissoras de Rádio e Televisão.

PLACAS COMEMORATIVAS

Localizam-se à entrada principal do Estádio, abrigando um número de placas, que prestam homenagens ou registram passagens de equipes importantes do futebol nacional e internacional ou que se destacaram de uma forma ou de outra no Mineirão, com gols e jogadas que ficaram na história do futebol.

DIMENSÕES DO CAMPO

Comprimento: 110 metros

Largura: 75 metros

Espaço nas laterais: 25 metros

Espaço atrás dos gols: 48 metros

Rogério Bertho

Fonte: www.ademg.mg.gov.br

Belo Horizonte

Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais e tem uma população com cerca de 2,1 milhões de habitantes.

Foi considerada a metrópole com melhor qualidade de vida da América Latina pelo Population Crisis Commitee da ONU e a 45ª entre as cem melhores do mundo.

Exibe, ainda, o diploma de “Cidade Modelo da Área Ambiental”. Localizada na região Sudeste, em ponto geográfico estratégico do país e das Américas, é cercada pelas montanhas da Serra do Curral, que lhe servem de moldura natural e referência histórica.

A cidade é conhecida também pelo clima ameno e agradável o ano todo com temperatura média de 21º C.

O inverno é seco e o verão chuvoso. Além das vantagens naturais e da facilidade de acesso aéreo e rodoviário, a capital mineira destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos, pela forte vocação do comércio e da prestação de serviços e ainda por uma rica produção artística e cultural. Aos 102 anos de idade, Beagá é uma mistura de tradição e modernidade.

Escolhida para ser a nova capital das Minas Gerais em substituição a Ouro Preto, foi a primeira cidade planejada no país. Dinâmica, atrai um volume cada vez maior de investimentos. Reconhecida como centro de excelência médica, biotecnologia e informática, Belo Horizonte sedia importantes eventos nacionais e internacionais.

Quem visita a cidade deve conhecer o Complexo Arquitetônico da Pampulha; o espaço da Liberdade; o Parque das Mangabeiras; os museus e as igrejas; os centros de compras; os barzinhos e restaurantes, que fazem da noite de Beagá uma das mais animadas do País.

A partir de Belo Horizonte, ainda é possível conhecer as riquezas de Minas Gerais.

Ecoturismo

Cercada pela Serra do Curral, rica em nascentes e com clima agradável. Belo Horizonte oferece as condições ideais para a prática de ecoturismo. A cidade possui 27 parques e diversas áreas verdes com estrutura para a prática de esportes e ideais para passear e descansar.

No entorno da capital existe roteiros que podem ser feitos por quem gosta de desfrutar a natureza ou para os amantes da aventura. Antigo caminho dos bandeirantes em busca do ouro e depois mantidas pelos tropeiros, no transporte de mantimentos para as colônias, as trilhas levam a uma viagem no tempo através de ruínas e construções do século passado.

Atualmente, as trilhas são utilizadas pelos amantes da natureza e dos esportes radicais. São uma boa opção tanto para a prática do trekking, quanto do mountain bike. As matas abrigam uma diversidade de fauna e flora, com clareiras e bosques agradáveis para um descanso.

As cachoeiras são um convite a um banho revigorante ou, para os que buscam altos níveis de adrenalina, a oportunidade para a prática do cannyoning e do rappel. Ao longo das trilhas, pequenos bares e restaurantes oferecem a típica comida mineira em fogão a lenha.

Fonte: www.qualyinf.com.br

Belo Horizonte

Bandeira e Brasão de Belo Horizonte

A bandeira municipal de Belo Horizonte constitui-se dum campo branco sobre o qual encontra-se o brasão de armas do Município, centralizado.

A Lei n.º 6.938 de 16 de agosto de 1995 dispõe sobre os símbolos municipais de Belo Horizonte.

Os símbolos municipais

Belo Horizonte
Brasão de Belo Horizonte – Incorreto desde 1960

Belo Horizonte
Brasão de Belo Horizonte – Correto desde 1995

Bandeira, brasão de armas, hino e selo, são símbolos cívicos que retratam a história e as características de cada município

Você já ouviu falar em heráldica e vexilologia?

São ciências que estudam, respectivamente, os brasões e as bandeiras. O Brasil tem os seus símbolos nacionais, que são, a Bandeira Nacional, o Brasão da República ou das Armas Nacionais, o Hino Nacional e o Selo Nacional.

Além do país, a Constituição Federal, faculta aos estados e aos municípios brasileiros, a adoção de símbolos próprios para retratar a história e as características de cada um deles. A grande maioria dos municípios adotou como símbolos, o brasão, a bandeira e o hino.

Muitos dos atuais brasões municipais, foram elaborados sem respeitar as normas e as convenções estabelecidas na ciência heráldica, principalmente, na heráldica cívica.

Os símbolos municipais são as formas de representação mais expressivas da imagem das comunidades, e, conseqüentemente, das administrações que as dirigem.

O brasão de armas, assim como a bandeira e o selo municipais, são figuras simbólicas, insígnias que representam a identidade do município, a sua evolução política, administrativa e econômica, bem como os seus costumes, tradições, arte e religião’, enfim, é a representatividade de cada município aplicada em suas formas, peças, ornamentos e símbolos. Além de grande parte da população desconhecer os símbolos cívicos do seu município, muitas vezes, estes foram elaborados por artistas que não possuíam nenhuma noção do que estabelece a Heráldica e a vexilologia, respectivas ciências que estudam os brasões e as bandeiras.

Os erros mais comuns, segundo o estudo do pesquisador, estão nos brasões de armas de grande parte dos municípios brasileiros. Para a composição de um brasão de armas, é necessário que se obedeça regras e leis, universalmente aceitas, que regem toda a sistematização da heráldica. Uma destas leis diz respeito ao brasão, que é composto pelo escudo de armas – a peça mais importante -, os ornamentos exteriores, a coroa mural, o listel, seus mantos e tenentes.

Para a composição de cores nos brasões, a heráldica estabelece o emprego de reduzida quantidade de tintas.

As tintas, denominadas esmaltes, são divididas em 3 grupos:

Metais(ouro e prata)

Cores (goles/vermelho, bláu/azul, sinople/verde, sable/preto e púrpura)

Peles (arminho, veiro, contra-armarinho, contra-veiro, arminhado).

Os esmaltes não têm significado simbólico fixo e nem pré-determinado, mas não se usa, no escudo, metal sobre metal, nem cor sobre cor.

A coroa mural é um ornato exterior do escudo e símbolo de soberania. Representa toda a evolução política e administrativa do município. Ela é colocada em cima das armas das cidades, diferindo apenas no número de torres. ‘A coroa mural de cinco torres, em metal prata, é para cidades.

De cinco torres, em metal ouro, é privativa de cidade capital de estado. De quatro torres, para vilas e, de três torres, para as demais povoações’, esclarece o especialista. O brasão também recebe um listel, que é a moldura ou o filete, com o topônimo – o nome da localidade.

Pode-se atribuir tais erros, pela falta de livros e obras sobre a ciência heráldica, no país, a ocorrência de tantos símbolos municipais fora dos padrões. ‘Poucas pessoas no Brasil conhecem as normas heráldicas e as leis que instituem os símbolos cívicos. Daí, a freqüente ocorrência de distorções. Um país se torna forte e respeitado, quando o seu povo conhece, entende, divulga e defende os seus princípios e valores, representados pelos símbolos nacionais, estaduais e municipais’.

Nos brasões de armas de municípios brasileiros, os erros heráldicos mais comuns, segundo o pesquisador, são os de proporção do escudo. Na heráldica, o padrão dos escudos é de 7 x 8. ‘Por desconhecimento, vários brasões municipais são apenas artísticos, com formas desconhecidas e fora dos padrões estabelecidos pela heráldica’.

Na coroa mural dos brasões municipais, também são freqüentes os erros na aplicação das cores e números de torres. ‘Existem várias cidades cuja coroa mural é da cor metal (ouro) que é privativa à capital de estado; além disso, outro erro comum é o uso abreviado dos meses, nas datas alusivas e ou comemorativas das cidades.

Como por exemplo: 08 – DEZ – 1987, onde ‘DEZ’ simboliza o mês de outubro. A heráldica é uma ciência universal e cabe a todo heraldista o uso numérico das datas.

No caso: 8 – 10 – 1987′.

Também é muito comum em brasões de cidades brasileiras, o uso de figuras humanas como ornamentos exteriores. Na heráldica, só é permitido o uso de corpo inteiro, à figura de Jesus Cristo e às dos santos.

No caso de outras figuras, é aceito somente o busto. Muitos brasões também usam cores fora dos padrões da heráldica, como azul claro, laranja, verde claro, dentre outras. O uso de metais sobre metais e esmaltes, também é muito comum, contradizendo as leis da heráldica. ‘O brasão e a bandeira devem ter as mesmas cores. Cada município, só pode ter um brasão’, ressalta.

Para avaliar se os símbolos do seu município estão de acordo com o que estabelece a heráldica e a lei, é necessário que o trabalho seja realizado por um profissional da área, o heraldista ou arauto.

Vale lembrar ainda que, a Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, determina a forma e a representação dos símbolos nacionais; estabelece a responsabilidade da escola de hastear e guardar a Bandeira Nacional; ostentar na fachada principal, o Brasão da República; e de ensinar os alunos a conhecer, respeitar e cultuar os símbolos nacionais. ‘No seu artigo 39, a lei tornou obrigatório, o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional, bem como o canto e a interpretação da letra do Hino Nacional, em todos os estabelecimentos de ensino público e privado.

Wagner Costa

Fonte: www.descubraminas.com.br

Belo Horizonte

Pontos Turísticos de Belo Horizonte

Casa do Baile

Belo Horizonte

A Casa do Baile foi inaugurada em 1943. Ali funcionava um dancing popular. Com a desativação do Cassino, a Casa do Baile acabou fechando as portas em 1948. A construção circular, que fica numa ilha artificial, possui uma pitoresca ponte de onze metros e chama a atenção pelas formas sinuosas das fachadas, que sugerem quase uma continuidade da Lagoa.

Centro de Cultura

Belo Horizonte

A construção distingue-se na cidade como um do poucos exemplares da arquitetura neogótica, de inspiração portuguesa. Construído em 1914, para abrigar o Conselho Deliberativo da Capital, primeiro órgão legislativo municipal, e a Biblioteca Pública Municipal, o edifício tem rica decoração externa e interna. O prédio tombado passou por uma reforma para sediar o Centro de Cultura Belo Horizonte, inaugurado em 1997, com o objetivo de ser um espaço voltado à cultura.

Cidade de Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte é uma cidade que encanta pelo seu conjunto arquitetônico, um dos mais belos do país. Parques, praças, jardins, feiras, museus e pontos pitorescos completam o charme da cidade.

A diversidade de exposições, mostras e eventos culturais que acontecem podem ser apreciados nos vários centros de cultura da cidade. Todas as formas de expressões artísticas encontram espaço neste circuito. Na região central é possível conhecer um pouco da arquitetura religiosa predominante do início da construção da cidade. O estilo neogótico com toda a sua imponência, riqueza das imagens e pinturas internas.

A história de Belo Horizonte, o valor da arte sacra mineira, a evolução da telefonia, as obras dos artistas modernos, contemporâneos, e a história natural são algumas das opções oferecidas pelos museus da cidade.

Feira de Artesanato

Belo Horizonte

Idealizada por um grupo de artistas mineiros e críticos de arte, esta feira surgiu na Praça da Liberdade em 1969. Logo se tornou ponto de encontro de várias gerações e despertou a atenção dos visitantes e turistas para a riqueza e diversidade dos trabalhos expostos. A feira extrapolou os limites da praça e foi transferida para a avenida Afonso Pena em 1991. Hoje são cerca de três mil expositores divididos em 17 setores.

Exposição e venda de peças antigas e pequenos objetos, com o atrativo das comidas e bebidas típicas de várias regiões Neste festival gastronômico ao ar livre, pode-se optar, entre outros, pela comida internacional ou pelos pratos típicos da cozinha mineira e brasileira. Aos sábados, é um local agradável e descontraído para encontro da população. Conta com 85 expositores.

Flores

Belo Horizonte

A Feira de Flores e Plantas Naturais constitui um atrativo à parte em Belo Horizonte. Nela são encontrados os mais diversos tipos de plantas, inclusive bonsais. A feira vem crescendo, já conta com cerca de 50 expositores e se tornou programa obrigatório. Funciona à sombra de enormes ficus, o que lhe confere um ar bucólico.

Igreja Boa Viagem

Belo Horizonte

A história da Catedral da Boa Viagem se confunde com a própria história de Belo Horizonte. Desde os princípios do século XVIII, existia, onde hoje se encontra a Catedral, uma pequena capela de pau-a-pique, típico exemplar da arquitetura colonial mineira.

A capela antiga foi substituída pela nova catedral, cuja construção terminou em 1932. Em estilo neogótico, a Catedral da Boa Viagem abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em mármore de Carrara. Nossa Senhora da Boa Viagem é padroeira de Belo Horizonte.

Igreja de São Francisco

Belo Horizonte

A Igreja de São Francisco de Assis foi inaugurada em 1943. Com linhas arrojadas, apresenta mosaicos nas laterais da nave. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por 14 painéis de Portinari, considerada a sua obra mais significativa. Os jardins são assinados por Burle Marx.

Primeira igreja projetada para a nova capital, foi inaugurada em 1906 e logo se tornou ponto de encontro religioso da sociedade. Foi entregue aos padres redentoristas com projeto arquitetônico dos irmãos Gregório e Werenfrid e pinturas do imigrante alemão Schumacker.

Belo Horizonte

Mercado Central

Inaugurado em 1929, ocupa uma área privilegiada na região central da cidade. São mais de 400 lojas, que vendem de tudo, desde hortifrutigranjeiros de ótima qualidade, produtos típicos como os queijos e doces mineiros, passando pelo artesanato, ervas e raízes medicinais, até a venda de loterias.

Nos bares mais populares, muita gente se reúne para apreciar os famosos tira-gostos regados a cerveja gelada. Misturando tradição e memória com aspectos da vida moderna, o Mercado Central é mais do que uma grande feira ou um centro de abastecimento: é um espaço descontraído de convívio social.

Minascentro

O Minascentro (Centro Mineiro de Promoções Israel Pinheiro) é o maior centro de convenções de Belo Horizonte. Possui uma área total de 30164 m², dividida em três pisos, com capacidade para 10 mil pessoas. O prédio foi construído em 1926, para ser sede da Escola de Aperfeiçoamento. Em 1948, passou a abrigar a Secretaria de Estado da Saúde. Em estilo neoclássico, sua arquitetura foi preservada, apesar das reformas para transformá-lo em centro de convenções.

Belo Horizonte

Mineirão

Inaugurado em 1965, o “Mineirão”, segundo maior estádio coberto do mundo com capacidade para 130 mil pessoas, ajudou a levar o futebol mineiro para lugar de destaque e dotou o público de um espaço adequado para assistir a grandes espetáculos do futebol profissional.

Belo Horizonte

Instalado em antigo casarão colonial de 1883, único remanescente do arraial do Curral Del-Rey, o museu guarda um valioso acervo referente à histórica Belo Horizonte, composto por pinacoteca, mobiliário, esculturas, arte sacra, peças decorativas, documentos, material fotográfico e iconográfico. A maquete do antigo Curral Del-Rey fica neste museu.

Museu da Pampulha

Belo Horizonte

O prédio que abriga o Museu de Arte da Pampulha (MAP) foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer. Antigo cassino da cidade, foi fechado em 1946 com a proibição do jogo no país. Em 1957, o chamado “Palácio de Cristal” passou a funcionar como Museu de Arte. Sua concepção foi influenciada pelos princípios de Le Corbusier.

Os jardins de Burle Marx são uma homenagem ao verde tropical. Três esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa adornam os jardins. Em 1996, foi readequado e ganhou novas salas de multimídia, biblioteca, café/bar, loja de souvenires e toda uma infra-estrutura técnica para abrigar as obras. O MAP possui um expressivo acervo de 1600 obras.

Museu do Telefone

Belo Horizonte

Foi inaugurado em 1978, como parte das comemorações dos 25 anos da Telemig, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a memória da telefonia em todo o mundo, desde a sua invenção até as mais modernas tecnologias do setor de telecomunicações. Visitas programadas com antecedência para alunos de escolas e grupos de adultos.

O prédio do Museu Mineiro, de estilo eclético com predominância de elementos neoclássicos, é considerado parte integrante de seu acervo, pelo valor histórico e artístico que representa. Construído no final do século passado, serviu como sede do extinto Senado Mineiro – o Senadinho. Em 1977, foi autorizada a implantação do museu. Reúne um acervo composto de diversas coleções, que retratam a história da produção cultural mineira. Destaca-se a coleção de Arte Sacra Colonial.

Palácio da Liberdade

Belo Horizonte

O Palácio da Liberdade foi inaugurado em 1898. A construção reflete a influência do estilo francês na arquitetura da capital, com requintes de acabamento. A escadaria de ferro e estruturas metálicas foram importadas da Bélgica. Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon; o salão de banquete à Luís XV; as pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e o grande painel de Antônio Parreira.

Palácio das Artes

Belo Horizonte

Construído dentro da área do Parque Municipal, o prédio teve projeto inicial de Niemeyer. A planta definitiva ficou a cargo do engenheiro Hélio Ferreira Pinto e a inauguração foi em 1971. A construção imponente e moderna abriga a Grande Galeria, com um espaço nobre para as artes visuais, e mais três galerias para exposições artísticas, lançamentos literários e eventos do gênero, o Foyer, as salas Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta, a sala de cinema Humberto Mauro e ainda duas salas de espetáculos: o Grande Teatro e o Teatro de Arena João Ceschiatti. Funciona no mesmo prédio o Centro de Artesanato Mineiro.

Parque das Mangabeiras

Belo Horizonte

Localizado nas encostas da Serra do Curral, foi projetado pelo paisagista Burle Marx e inaugurado em 1982. O Parque das Mangabeiras é um dos maiores parques urbanos do país, com matas que ocupam a maior parte dos seus 2,3 milhões de m².

Além de funcionar como centro de pesquisa e de educação ambiental, aberto a toda a comunidade, dispõe de variadas opções de lazer. Para visitar o parque, existem três opções: o Roteiro das Águas, o Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol. Logo na entrada, uma sala multimídia orienta os visitantes sobre as atrações do local.

Parque Municipal

Belo Horizonte

Primeira área de lazer e contemplação da cidade, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi inaugurado em 1897, na antiga “Chácara do Sapo”, onde residia o engenheiro Aarão Reis, responsável pelo planejamento da nova capital.

Surgiu inspirado nos parques franceses da Belle Époque, com roseiras e coreto.

Em meio a muito verde, estão mais de 50 espécies de árvores, onde ficam diversos equipamentos de lazer. Hoje o espaço funciona também como centro de educação ambiental. Outras atrações dentro do Parque Municipal são o orquidário da cidade, o teatro Francisco Nunes e o Palácio das Artes.

Praça 7 de Setembro

Belo Horizonte

A Praça Sete de Setembro é o principal ponto de referência do centro da cidade.Os prédios e construções do hipercentro de Belo Horizonte apresentam estilos arquitetônicos diferentes. O corredor da avenida Afonso Pena é uma boa vitrine dessa progressão de estilos e de décadas. O Tribunal de Justiça, na Afonso Pena, 1420, em estilo neoclássico, data de 1911.

Também em estilo neoclássico, a Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, na Afonso Pena, 1534, é ornamentada por colunas coríntias. O elegante e luxuoso Automóvel Clube, na Afonso Pena, 1394, foi construído na década de 20 para reunir a nata da sociedade mineira.

Da década de 40, a sede da Prefeitura de Belo Horizonte, na Afonso Pena, 1212, tem características Art Decó com volumes geométricos no traçado da fachada. O Edifício Acaiaca, na Afonso Pena, 867, com 29 andares, foi um marco da verticalização de Belo Horizonte. Inaugurado em 1943, em estilo Art Decó e influência marajoara.

Praça da Bandeira

Belo Horizonte

Reinaugurada em 12 de dezembro de 1997, como parte das comemorações dos 100 anos de Belo Horizonte, a Praça da Bandeira é um espaço aberto e contemplativo que abriga o Marco Cívico do Centenário. No terceiro domingo de cada mês, é realizada a cerimônia de troca da Bandeira Nacional, a partir das 10 horas.

Foi através do antigo ramal ferroviário que chegou todo o material necessário para a construção da nova capital das Minas Gerais. Em 1888, Belo Horizonte ganha o primeiro relógio público da cidade, no alto da torre da estação. A construção da praça teve início em 1904 e, dessa época, destacam-se até hoje nos jardins os dois leões em mármore, encomendados ao artista belga Folini.

Com o rápido crescimento da cidade, foi necessária a construção de uma nova estação ferroviária, inaugurada em 1922, em estilo neoclássico. No largo encontra-se também o “Monumento da Terra Mineira”, estátua de bronze que representa a conquista do território mineiro pelos entradistas e bandeirantes e os mártires mineiros. O prédio ao lado, construção retangular, servia como dormitórios e escritórios da Rede Ferroviária Federal. No prédio da estação, fica a maquete de ferromodelismo, uma representação de mini-ferrovia.

Praça da Liberdade

Belo Horizonte

A construção do conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade foi iniciada na época da fundação da nova capital (1895-1897). Feita para abrigar a sede do poder, as primeiras Secretarias de Estado obedecem a tendência da época – estilo eclético com elementos neoclássicos. Ao longo dos anos, o núcleo foi recebendo construções de diferentes estilos arquitetônicos.

Na década de 40, o estilo Art Decó com revestimento pó-de-pedra do Palácio Cristo Rei; nas décadas de 50 e 60, prédios modernos foram implantados, como o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública; já nos anos 80, em estilo pós-moderno, foi inaugurado o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves. A praça é ponto de encontro da cidade e ainda conta com coreto e fonte luminosa.

Praça da Savassi

Belo Horizonte

A Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, fica no bairro Funcionários, numa região que também passou a ser genericamente chamada Savassi. O nome está ligado a uma padaria famosa, da família Savassi, que existia no local.

Na década de 40, era ponto de encontro de políticos e da alta sociedade. Com o passar do tempo, a Savassi se firmou como centro comercial sofisticado, transformando-se, mais tarde, em point da juventude e de grande concentração de bares e restaurantes.

Praça do Papa

Belo Horizonte

“Que belo horizonte “. Esta foi a expressão utilizada pelo Papa João Paulo II diante da paisagem urbana que avistou, … do alto do bairro das Mangabeiras, quando esteve na cidade em 1980. Desde então, a praça Israel Pinheiro, onde ele celebrou missa campal, passou a ser denominada Praça do Papa. No centro da praça foi erguido um monumento em ferro, em homenagem à sua visita.

Atualmente é local das principais manifestações religiosas e de shows musicais que acontecem na cidade. A praça é cercada pela Serra do Curral, tombada e eleita pela população como símbolo oficial de Belo Horizonte. Compõem ainda este roteiro a Rua do Amendoim e o Parque das Mangabeiras.

Na verdade, chama-se rua Professor Otávio Magalhães. Esta pequena rua, no bairro das Mangabeiras, e pouco abaixo da Praça do Papa, faz parte do folclore turístico da cidade. Ninguém sabe ao certo como, quando e quem descobriu o curioso fenômeno ótico que acontece neste trecho de asfalto. Quando os carros são desligados, eles sobem, ao invés de descerem, a suave ladeira.

Serraria Souza e Pinto

Belo Horizonte

A Serraria Souza Pinto foi erguida em 1912. É uma das primeiras construções da capital a utilizar estruturas de ferro e se constitui num dos belos exemplares da arquitetura industrial do início do século. Tombada em 1981 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e restaurada em 1997, destina-se à realização de shows, feiras, cursos, congressos e exposições.

UFMG

Belo Horizonte

Inaugurada em 1989, a Universidade Federal de Minas Gerais surgiu com o propósito de ser um instrumento de integração entre a universidade e a sociedade. Oferece espaço para a difusão das mais diferentes manifestações culturais. Funciona no antigo prédio da Escola de Engenharia.

Fonte: www.brasilviagem.com

Belo Horizonte

Belo Horizonte, cidade centenária e uma das primeiras capitais projetadas do país, possui atualmente mais de 2,4 milhões de habitantes. Foi considerada a metrópole com melhor qualidade de vida da América Latina pelo Population Crisis Commitee da ONU e a 45ª entre as cem melhores do mundo em 1990. Do alto da Serra do Curral, que cerca parte da cidade, é possível deslumbrar algumas das belezas naturais, simbolizadas por extensas áreas arborizadas e pelos arranha-céus.

Neste aspecto Belo Horizonte, que já foi apelidada de “Capital das Alterosas” pois “alteroso (ô)” significa de altura elevada; alto, e por extensão, altiva e majestosa, é considerada cidade modelo. O clima ameno e agradável permite uma temperatura média anual de 21º C.

A cidade conta com o rico conjunto arquitetônico da Pampulha, composto por museus e obras de Oscar Niemeyer. No ponto de vista cultural, Belo Horizonte ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, com intensas atividades artísticas e culturais, representadas pela presença da literatura, música, teatro e dança com raízes fortes e tradicionais da cultura mineira.

Na música pode-se destacar o Coral Lírico e a Orquestra Sinfônica do Palácio das Artes, o grupo 14 Bis, Clube da Esquina, Jota Quest, Manitu, Pato Fu, Sepultura, Skank e Tianastácia, entre outros de grande repercussão nacional e internacional.

No teatro a presença de companhias mineiras ocupa o primeiro plano do cenário nacional representada, por exemplo, da Companhia de Teatro Giramundo de Bonecos, o Grupo Galpão, o grupo de dança Corpo, a Companhia de Dança do Palácio das Artes e 1° ato.

Entre as personalidades que marcaram a cultura brasileira e residiram em Belo Horizonte devem ser lembrados: Carlos Drummond de Andrade, Emílio Moura, Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Gustavo Capanema, Milton Campos, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Pedro Nava, Ziraldo e Roberto Drummond, nascido em Ferros, MG, mas belo-horizontino de coração.

Também é muito rico o calendário anual de festivais, por exemplo, Festival Internacional de Curtas, FIT – Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua, INDIE – Festival Internacional de Cinema, a Campanha de Popularização do Teatro, Comida de Buteco, entre outros. Quinzenalmente, aos domingos, é realizado o “Concerto no Parque”, no Parque Municipal e às quartas-feiras o projeto “Quarta Erudita” no Palácio das Artes.

Não fugindo ao movimento nacional de carnavais fora de época, em BH temos o Carnabelô, Carnabrahma, e o “Axé Brasil”; as festas trances como a “Infected Mushrooms” e os festivais de pop-rock nacional, como o “Pop Rock Brasil” e “Mix Rock”.

Em Belo Horizonte o artesanato virou cartão-postal aos domingos nas feiras de Arte e Artesanato da Afonso Pena e do Mineirinho. Mas já no início do século, o comércio local começou a se despontar e atrair bons investimentos, e atualmente possui também uma forte vocação para o setor de serviços.

Não obstante, a cidade desenvolveu uma infra-estrutura favorável e de qualidade que tem contribuído para ser uma das cidades onde mais cresce a presença de eventos empresariais como feiras, congressos e convenções inclusive de caráter internacional.

Belo Horizonte

Belo Horizonte é considerada também como uma das capitais nacional dos bares, com grande concentração de cafeterias, bares, casas de chopp, adegas, cachaçarias, livrarias e danceterias, principalmente na região da Savassi. Essa é Belo Horizonte, um lugar que quanto mais se desvenda as maravilhas que aqui se encontram, menos você quer sair, pois quem conhece não esquece jamais.

HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE

Além da rota do ouro responsável pela formação de vilas e arraiais gerando cidades como Sabará e Nova Lima, a abundância de água, a bela topografia e os solos férteis atraiam os primeiros bandeirantes em fins do século XVII e início do XVIII para formar os primitivos núcleos urbanos na Serra de Congonhas, atual Serra do Curral, entre Sabará e Contagem.

Mais precisamente em 1701, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz estabeleceu-se na Fazenda do Cercado, onde desenvolveu uma pequena plantação e criou gado. Não demorou muito para o local atrair novos moradores e se tornar um ponto de parada dos viajantes que conduziam gado proveniente da Bahia rumo às minas o que foi essencial para o surgimento do arraial do Curral Del Rei em meio às senzalas, casebres e engenhos.

Com a comercialização de gado, a fabricação de farinha e uma pequena lavoura a região começou a apresentar um crescimento econômico significativo, que contribuiu para a instalação de pequenas fábricas que produziam algodão, fundiam ferro e bronze.

Também extraía-se granito e calcário e comercializavam-se frutas e madeiras para outros locais. Com o tempo e decadência da atividade de mineração na vizinhança, a população do pequeno vilarejo saltou para 18 mil habitantes, o que contribuiu para elevar o local à condição de Freguesia, ainda dependente de Sabará.

A padroeira escolhida foi Nossa Senhora da Boa Viagem, que acompanhava os forasteiros que passavam pela região, e por conta disso foi construída uma capela em sua homenagem no centro da freguesia.

Pelo fato do Curral Del Rei abranger diversas regiões, com o tempo cada uma começou a realizar atividades autônomas separando-se, e isso levou a economia à decadência refletindo em diminuição significativa da população. No final do século, restavam apenas quatro mil habitantes.

A capital das Minas Gerais que nessa época era Vila Rica, hoje Ouro Preto, era contestada pelos inconfidentes, que queriam sua transferência para São João Del Rei. Logo após a instauração da República em novembro de 1889, a discussão sobre a mudança da capital novamente se acirrou. A intenção era equilibrar as diferenças econômicas das diversas regiões do Estado e solucionar problemas técnicos e administrativos de Ouro Preto.

A instalação de uma nova forma de governo demandava uma capital sem raízes com o passado colonial mineiro. Assim, em 1891 o governador do Estado, Augusto de Lima, defendia a cidade de Belo Horizonte para ser a sede estatal.

Na oposição vinha o senador da República, Afonso Pena, que apostava no município de Paraúna e uma terceira corrente que apoiava a mudança para o Sul de Minas ou para a Zona da Mata. Após várias avaliações técnicas e contestações políticas, Bello Horisonte, como se escrevia, era o nome da nova capital mineira.

Aliando-se aos traços da modernidade, a cidade contou com os incentivos do governo para erguer os loteamentos e as futuras residências. Posteriormente, no dia 17 de Dezembro de 1893 a lei n° 3° da Constituição Estadual determinou que a nova sede do governo fosse Belo Horizonte e estabeleceu o prazo de quatro anos em que a capital deveria ficar pronta.

Na mesma lei foi criada a Comissão Construtora, chefiada por Aarão Reis, que apresentava alguns nomes de referência nacional da época, em arquitetura e engenharia, para dar início à construção da nova cidade.

Em 1895 o projeto ficou pronto e lembrava o modelo das mais modernas cidades do mundo: Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas tais como condições de higiene e circulação humana, por isso, o projeto dividiu a cidade em três zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural, em que a Avenida do Contorno, até então conhecida como 17 de Dezembro, era o limite.

Por exigência da Constituição federal, no dia 12 de Dezembro de 1897, Belo Horizonte foi inaugurada, porém parte de suas construções não havia sido finalizada e muitas ruas e avenidas eram apenas “picadas” abertas no meio do mato.

Nesta época o país passava por uma crise econômica e, consequentemente, o comércio e a indústria ligados à construção civil enfrentavam dificuldades. Com isso, a cidade não se industrializava no ritmo esperado e expressava uma aparência de um lugar abandonado. O progresso veio vagarosamente nas duas primeiras décadas do século XX.

Aos poucos, pequenas fábricas iniciaram suas atividades, melhorou o fornecimento de energia elétrica, obras inacabadas foram retomadas, as linhas de bonde foram ampliadas e com a criação de praças e jardins a cidade ficou mais arborizada. Devido a esses pequenos investimentos, o número de empregos cresceu e a cidade atraiu mais habitantes.

Nas décadas de 20 e 30, Belo Horizonte passou a ser conhecida como “Cidade-Jardim” ou “Cidade Vergel”, pois o verde embelezava as ruas e tomava conta dos quintais das casas. Nesta fase, a capital recebia a nova geração de escritores modernistas em que se destacaram Carlos Drumond de Andrade, Cyro dos Anjos, Luís Vaz, Alberto Campos, Pedro Nava, Emílio Moura, Milton Campos, João Alphonsus, Abgar Renault e Belmiro Braga.

Eles eram conhecidos por suas inquietudes e sempre se reuniam em bares da cidade para conversar sobre um assunto que os tornaram memoráveis no Brasil: a Literatura. Concomitante, a arte e a cultura ficaram em evidência, prova disso é o sucesso que o Teatro Municipal e a inauguração das novas salas de cinema faziam em meio os moradores.

Em 1926 o maestro Francisco Nunes criou o conservatório Mineiro de Música e em 1929 o Automóvel Clube foi inaugurado para ser o ponto de encontro da elite belo-horizonte. Essas duas décadas foram essenciais para o desenvolvimento da cidade, pois com o final da Primeira Guerra Mundial a modernidade veio à capital e foi refletida em grandes obras como o Viaduto de Santa Tereza, a Matriz da Boa Viagem, o Mercado Municipal e a inauguração da Universidade Federal de Minas Gerais (1927).

A circulação de carros pelas ruas se tornou uma constante e colaborou para a criação de um código de trânsito e de uma auto-escola; surgiram também os auto-ônibus para complementar os serviços dos bondes. Comprovando seu prestígio e desenvolvimento, Belo Horizonte recebeu a visita dos reis da Bélgica; esta ocasião contribuiu para a reformulação de toda a Praça da Liberdade, a qual tem a mesma aparência até hoje.

Nesta época a Praça 12 de Outubro passou a se chamar Praça Sete de Setembro e, além do novo nome, recebeu o monumento popularmente conhecido por “pirulito”, a fim de comemorar os cem anos de Independência brasileira. Essa fase de progresso se estendeu pela década de 30.

Favelas começaram a surgir e a cidade foi crescendo sem planejamento e muito menos controle, acarretando sérios problemas urbanos. Com a revolução de 30 a ditadura do Estado Novo, implantada por Getúlio Vargas, provocou o fechamento do Poder Legislativo e o controle da imprensa e deixou o clima bastante tenso. Mas, com a política de modernização implantada por Vargas, foi criada a zona industrial na cidade.

Neste mesmo período nasceram as duas primeiras rádios da cidade: a Rádio Mineira (1931) e a Rádio Inconfidência (1936), responsáveis por transmitirem ao vivo programas de auditório. Em meio esses acontecimentos, Belo Horizonte foi palco de dois fatos importantes: o 2° Congresso Eucarístico Nacional e a Exposição de Arte moderna, ambas em 1936, a partir desse momento a cidade rumava ao amadurecimento.

Belo Horizonte

Entres as décadas de 40 e 50, Belo Horizonte começa a ter um ar de metrópole deixando de ser vista como uma cidade administrativa e adota o perfil industrial, impulsionado pela criação de um Parque Industrial em 1941. A parte central da cidade recebeu edifícios que a valorizaram ainda mais. O responsável por essa mudança na cidade foi o prefeito Juscelino Kubitschek que realizou vários projetos inovadores proporcionando à cidade projeção internacional.

Entre as suas maiores feitorias destaca-se a construção de conjuntos habitacionais; o Complexo Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 na mesma data em que foram iniciadas as obras do Palácio das Artes; ambas desenhadas por Oscar Niemeyer.

No final desta década a capital abrigou algumas construções que se destacam até hoje: O Edifício Acaiaca que abrigava os elevadores mais rápidos da cidade, localizado na Avenida Afonso Pena, o Teatro Francisco Nunes localizado no Parque Municipal e a primeira estação rodoviária. Na década de 50, Belo Horizonte teve um surto de modernidade significativo por causa de dois fatores:

A criação da CEMIG em 1952 e o desenvolvimento da Cidade Industrial. Devido ao êxodo rural, a população que tinha apenas 350 mil habitantes passou a ter o dobro e assim surgem novos bairros e avenidas, em que se destaca a Cristiano Machado.

O crescimento desordenado foi um fator preocupante em Belo Horizonte nesta época, pois os problemas urbanos e a falta de moradia se intensificaram. Percebendo esse descontrole, o prefeito Américo René Gianetti elabora um Plano Diretor com o objetivo tornar a cidade mais vertical, assim, uma série de prédios cada vez mais altos foram construídos, entre eles o Edifício Clemente Faria e os projetos elaborados por Oscar Niemeyer: o Terminal JK, o Edifício do Bemge, o prédio do Colégio Milton Campos (atual Estadual Central), o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública Estadual.

Belo Horizonte

O típico dia-a-dia americano influenciou o modo de vida dos belo-horizontinos na década de 50. Durante este período grandes orquestras eram sucessos não só nas rádios, mas na recente TV Itacolomi. Nas boates, clubes e bailes freqüentados pela elite da cidade as “horas dançantes” conquistavam a todos, já a população mais carente se divertiam nas exibições do “cine grátis”.

Nas décadas de 60 e 70, o progresso avança por Belo Horizonte assim como o desrespeito por parte dos habitantes pela memória da cidade, pois várias casas e árvores foram demolidas e novos arranha-céus ganharam lugar na cidade juntamente com o asfalto. As belas construções que nasceram junto com a cidade começaram a desaparecer para dar lugar aos edifícios modernos e às novas indústrias.

Os encantos da “Cidade-Jardim” da década de 20 cediam lugar às avenidas para melhorar o trânsito, fator este que contribuiu, inclusive, com o deslocamento do “pirulito” para o Museu Abílio Barreto.

Na década de 70, o caos se instalou em Belo Horizonte. O crescimento desordenado ocasionado pelo aumento da população, que já havia excedido há muito os limites planejados da Avenida do Contorno e ampliando o mercado consumidor motivaram a criação do Plambel originando a Região Metropolitana, com o objetivo de unir em um mesmo agrupamento sócio-econômico os municípios em torno da capital e criar mercados de serviços comuns.

Hoje a “Grande Belo Horizonte” compreende 33 municípios interligados, além da própria Capital: Baldim, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jabuticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e Vespasiano.

Nas décadas de 80 e 90 os cidadãos de Belo Horizonte começaram a desenvolver uma consciência mais humanitária em relação à cidade. Devido ao crescimento desordenado causado ao longo dos anos, a degradação ambiental e as desigualdades sociais começaram a ser motivo de preocupação para todos. Neste momento, os belo-horizontinos começaram a cuidar mais do que restava da memória do município e buscavam meios de melhorar a qualidade de vida da população.

Ao longo dos anos 80 os cidadãos redescobriram seu espaço nas ruas, que se tornou palco de suas manifestações, protestos e até de suas artes. Em 1981 foi implantado um novo sistema de transporte para atender as necessidades da população: o metrô de superfície. Em 1982, os belo-horizontinos foram presenteados com dois espaços de lazer: O Parque das Mangabeiras e o Mineirinho. Em 1983 as pessoas protestaram contra a demolição do Cine Metrópole, mas, mais do que isso, eles defenderam o tombamento pelo Patrimônio Histórico.

Em 1984 a Praça da rodoviária foi tomada pelos militantes da campanha “Diretas Já”, entre os participantes destacam-se a presença de Tancredo Neves que faleceu um ano depois e foi velado no Palácio da Liberdade.

Neste mesmo ano, as obras para a canalização do Ribeirão Arrudas foram iniciadas a fim de diminuir os problemas de enchentes que causavam prejuízos na cidade. Foi também nesta mesma década que Belo Horizonte recebeu a visita do Papa João Paulo II que reuniu milhares de fiéis na Avenida Afonso Pena e na antiga Praça Israel Pinheiro (atual Praça do Papa).

Nos anos 90, as obras na cidade rumam em uma nova direção e os habitantes começam a receber orientações de cidadania, o que não ocorria nos anos anteriores. Assim, vários edifícios de importância histórica começaram a ser tombados, preservados, restaurados e receberem mais cuidados. Lugares como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembléia e o Parque Municipal foram recuperados e voltaram a ser espaços de convivência dos belo-horizontinos.

Em 1996 um novo Plano Diretor da cidade e a Lei do Uso e Ocupação do Solo começaram a regular e ordenar o crescimento da capital de Minas.

Belo Horizonte

De acordo com a Lei complementar 63, de 10/01/2002, alterando os arts. 7º e 21 da LC 26, de 14/01/1993, foi criado o COLAR METROPOLITANO da Região Metropolitana de Belo Horizonte constituído pelos Municípios de Barão de Cocais, Belo Vale, Bonfim, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, Santa Bárbara, São José da Varginha e Sete Lagoas.

E assim, Belo Horizonte inicia o século XXI buscando construir uma visão urbana humanitária, que a possibilite realmente ser uma cidade para todos, sem distinções e reduzindo as desigualdades sociais.

Fonte: www.desvendar.com

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