Cultura do Japão

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Origami é um passatempo japonês tradicional no qual um único quadrado de papel é dobrado.

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Origami é um passatempo japonês tradicional no qual um único quadrado de papel é dobrado de modos diferentes para criar formas como animais atraentes e plantas bonitas. Considerando que só se utiliza uma folha de papel, o passatempo pode ser facilmente desfrutado em qualquer lugar e muitas pessoas no Japão o praticam em casa e na escola.

Algumas formas lembram flores, borboletas, caranguejos, e até mesmo criações difíceis como árvores de Natal. Origami é especialmente popular entre meninas. A prática de Origami começou no início dos Origami japonêsanos 700, quando o primeiro papel foi apresentado no Japão.

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A princípio o papel foi dobrado para fazer decorações e usado em santuários de cerimônias religiosas, mas gradualmente as pessoas começaram a usá-lo dentro das suas vidas regulares. Durante o período de Heian (794-1185), era popular dobrar um valioso papel e manuseá-lo para embrulhar formosamente cartas e presentes.

Depois, o Origami continuou sendo utilizado em cerimônias tradicionais, mas as mulheres começaram a dobrar bonecas e outras formas para a sua diversão. No período de Edo (1603-1868), as pessoas inventaram tipos diferentes de Origami envolvendo corte e camadas de papel, e a atividade popular se desenvolveu entre as pessoas comuns do Japão.

Depois, pela era de Meiji (1868-1912), a técnica do Origami chegou a ser ensinada nas escolas primárias. Estudantes ainda continuam aprendendo Origami nas escolas.

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Nos tempos atuais, é usado para ensinar conceitos dentro da Geometria, como a relação entre um avião e uma forma sólida. Esta prática está ficando rapidamente mais popular nos demais países do mundo. Algumas associações de amantes de Origami são o Origami E.U.A. e a Britânica Sociedade de Origami.

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Ikebana é a arte de organizar talos formosamente cortados, folhas, e flores em vasos e outros recipientes.

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Esta arte evoluíu no Japão por mais de sete séculos.

Ikebana é a arte de organizar talos formosamente cortados, folhas, e flores em vasos e outros recipientes. Esta arte evoluíu no Japão por mais de sete séculos. Para organizar talos e flores exatamente como a pessoa deseja, é necessário uma familiaridade com muitos modos diferentes de fixar e posicionar.

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As pessoas aprendem as habilidades técnicas e expressivas após, normalmente, três a cinco anos de aulas de Ikebana. Durante os sete séculos de sua evolução, o Ikebana desenvolveu muitos estilos diferentes de arranjo.

Entre os mais comuns estão o rikka (flores paradas), seika ou shoka (flores vivas), nageire (flores jogadas) – que são estilos para arranjos em vasos tigela-amoldados – e o moribana (empilhar sobre as flores), que é o estilo ao usar pratos como recipientes.

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Tradicionalmente, os arranjos de flores, após enfeitados, ficavam dentro do toko-no-ma que são quartos onde normalmente eram recebidos os convidados.

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Hoje, eles também são Ikebanafreqüentemente visto em entrada de corredores e salas de estar, bem como em entrada de salões, de grandes edifícios e em vitrines. A escolha de quais flores arranjar é guiada pelo desejo de criar harmonia entre flores e recipiente e entre flores e ambiente. Apesar de ser tipicamente oriental, a técnica de camada após camada de flores é aplicada em arranjos ocidentais.

Em Ikebana, a consideração fundamental é usar o mínimo possível talos e folhas compondo contornos elegantes que realcem a beleza das flores. Algumas escolas de Ikebana começaram a incorporar aproximações de arranjos ocidentais(como o hanaisho da escola de Ohara). Os arranjos são saturados com uma visão oriental da natureza e incorporam o espaço ao redor das flores para proporcionarem um equilíbrio perfeito entre os elementos.

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Hoje em dia, os japoneses usam lápis, canetas esferográficas ou canetas com ponta de feltro para escrever cartas e outros documentos.

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Hoje em dia os japoneses usam lápis, canetas esferográficas, ou canetas com ponta de feltro para escrever cartas e outros documentos. Mas a arte de Shodo (caligrafia), na qual se utiliza um pincel em tinta-imersa, é artisticamente usada para criar kanji chinês e caracteres de kana japonês, permanecendo uma parte tradicional da cultura do Japão.

São admirados os trabalhos de caligrafia para a composição precisa do seu significado, tanto quanto o modo de como o pincel é controlado durante sua criação, a matização da tinta, e a colocação equilibrada do caractere no papel.

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A partir da escola primária, os estudantes aprendem os fundamentos de caligrafia em classes de estilo literário. No começo de cada ano civil, as crianças juntam-se e utilizam esta arte em uma atividade conhecida como Kakizome por meio das quais eles criam trabalhos caligráficos que simbolizam os seus desejos durante o ano novo.

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Material utilizado no Shodo

Algum estudantes de escolas elementares e medianas vão para as escolas especiais para aprender a arte, assistindo a aulas à noite e nos fins deShodo de Flor = Hanasemana, para se tornarem capazes de escrever caracteres bonitos.

A arte de Shodo se originou na China e veio para o Japão no sexto ou sétimo século, junto com métodos de fazer pincéis, tinta, e papel. Naquela época, Shodo era uma parte essencial na educação de membros das famílias nobres e governantes. Mas, com o passar do tempo, a arte se espalhou muito bem entre as pessoas comuns.

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Postura correta do Shodo

Hoje, Shodo não é só um tipo de arte para ser admirada, as pessoas o utilizam também para escrever os cartões de Ano novo, e em outras situações do cotidiano. Tipos diferentes de caligrafia incluem kaisho, ou “estilo quadrangular”, nos quais os golpes nos caracteres são precisamente tirados de uma maneira impressa; gyosho, ou “semicursive”, que é escrito mais rapidamente e mais livremente; e sosho, ou “cursive”, um método muito mais livre, mais fluido nos quais os golpes de caráter podem dobrar e podem encurvar. Uma variedade larga de papel também pode ser usada no Shodo.

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O Japão(Nihon) em forma de shodo

Em um tipo de caligrafia chamado chirashi-gaki, por exemplo, um tradicional poema japonês de 31 sílabas (chamado um waka) é escrito em um pedaço quadrado de papel.

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Shodo de Montanha (Yama)

O escritor pode começar as linhas do poema em níveis diferentes no papel para retratar o ritmo do verso, ou escrever em sombras mais escuras e mais claras de tinta para dar um senso de profundidade às palavras, fazendo o trabalho parecer quase como uma pintura de paisagem.

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Há várias referências antigas no Egito e na Índia para conservar as plantas em bandejas, prática que foi mantida por razões decorativas e medicinais.

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Há várias referências antigas no Egito e na Índia para conservar as plantas em bandejas, prática que foi mantida por razões decorativas e medicinais.

A primeira referência para o que nós chamamos bonsai remonta da China durante a Dinastia Tang (618-907). Nessa época, eles desenvolveram a miniatura de jardinagem e de árvores chamada Penjing que literalmente traduzido é paisagem de bandeja.

Uma lenda chinesa afirma que na Dinastia de Han (206 a.C. – 220 d.C.) um imperador montou em seu pátio uma paisagem completa com colinas, vales, rios, lagos e árvores que representavam todo o império. Ele organizou a paisagem de forma que pudesse contemplar seu império inteiro da janela do seu palácio.

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Essa forma de arte da paisagem em miniatura somente ele possuia. Quem ousesse imitá-lo, caracterizaria uma ameaça e seria morto. A primeira prova documentada sobre bonsai foi descoberta na tumba do Príncipe Zhang Huai que morreu em 706 durante a Dinastia Tang.

Descobriram um espetáculo de pinturas de plantas na parede da tumba que se assemelham ao bonsai. Em uma das pinturas, observa-se um criado levando uma paisagem em miniatura e, em outra pintura, um criado carrega uma bandeja que contém uma árvore.

O Penjing na Bonsai japonêsChina desfrutou do desenvolvimento artístico vigoroso durante a Dinastia Song (960-1279) e, antes dos primeiros anos da Dinastia de Qing (1644-1911), a arte se tornou mais popular e apareceram os primeiros manuais.

Com popularidade crescente, tanto na área comercial quanto no caráter folclórico, o Penjing transformou-se em formas artísticas mais sofisticadas. Além do esteticamente refinado Penjing, a pessoa poderia encontrar árvores nas quais tinham sido enrolados calções de banho para representar dragões e animais, ou abrigo de quem pintava camadas de nuvens, ou árvores amoldadas para se assemelhar aos golpes de caráter fortuitos.

No Japão, a arte de desenvolver árvore em miniatura foi provavelmente introduzida durante o período Heian(794-1191). Nesse tempo, o Japão enviou embaixadores à China para estudar artes, arquitetura, idioma, literatura, leis e Budismo fazendo com que o japonês importasse cultura e artes chinesas em uma grande escala.

O chamado Bonsai no Japão (árvore em uma panela ou bandeja), foi inicialmente um tipo de arte limitado à classe nobre da elite e assim permaneceu até a Era de Muromachi no décimo quarto século, enquanto prosperava juntamente com a cerimônia de chá verde para se tornar parte da cultura japonesa.

Antes da era de Edo no décimo sexto século, todo cidadão de toda as classes, do Daimyo (o senhor feudal) até os comerciantes, não hesitaria perante uma chance de desfrutar juntos a arte do bonsai, e foram realizadas várias competições na época. Durante esse período, o japonês desenvolveu uma paixão crescente por plantas e jardins e estilos de bonsai apareceram em impressões e ilustrações junto com eventos de vida e paisagens.

Considera-se que as artes do bonsai japonesas alcançaram o auge da sua prática antes do décimo oitavo século. O japonês demorou muito tempo para refinar a arte do bonsai. Os refinamentos que eles desenvolveram fizeram do bonsai o que é hoje, e alguns consideram ainda que o melhor bonsai está sendo desenvolvido no Japão.

Assim como o homem ocidental teve de algum modo sido exposto ao bonsai, igualmente já no décimo sexto século pelos comerciantes marítimos e missionários, o bonsai antecipadamente veio do oeste do Japão e da China. A exibição do bonsai em Paris em 1878, 1889, 1900, e a primeira e principal exibição do bonsai ocorrida em Londres em 1909 aumentaram o interesse ocidental pelo bonsai. Tem-se notícia que em 1904 mais de seiscentas plantas foram leiloadas num período de três dias na cidade de Nova Iorque.

Nesses primeiros anos, muitos ocidentais sentiam que as árvores se aparentavam torturadas e expressavam bem abertamente o desgosto pelo modo como as árvores estavam sendo tratadas por mestres do bonsai. Somente em 1935 as opiniões mudaram e o bonsai foi classificado finalmente como uma arte no oeste. Com o fim da SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, o bonsai começou a ganhar popularidade no oeste com soldados que voltavam do Japão com bonsai em reboque refletindo o interesse ocidental na arte.

O conhecimento deles sobre a arte do bonsai era de grande interesse para muitos americanos que aprenderam a arte. Hoje, bonsais são vendidos em lojas de departamentos, centros de jardim, berçários e muitos outros lugares. Porém, a maioria desses são cortados ainda verdes e não são o verdadeiro bonsai produzido por mestres de bonsai.

A maioria das árvores compradas hoje é conhecida como pré-bonsai e a maior parte só é usada como um ponto de partida. Um bonsai de boa qualidade demora muitos anos para crescer e desenvolver e às vezes pode ser comprado de mestres especialistas ou de coleções privadas.

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Juniperus Procumbens Nana Bonsai

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Hawaian Umbrella Bonsai

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Originalmente, kimono era palavra japonesa para designar roupa. Em anos mais recentes, a palavra foi sendo usada especificamente para se referir à tradicional roupa japonesa. Atualmente, ela é sinônimo deste tipo de roupa.

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A brilhante e atraente arte da impressão em bloco de madeira de ukiyo-e é universalmente a mais conhecida de todas as artes japonesas.

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No período Taishô e no início do período Shôwa, a geisha foi transformada em um símbolo de valores tradicionais.

Fonte: www.japao.org.br

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Cerimônia do Chá

A cerimônia do chá, ou chanoyu, é um passatempo est&ecute;tico singular do Japão, que se caracteriza pelo modo de servir e tomar a matcha, um chá verde em pó. Embora o chá tenha sido introduzido no Japão pela China por volta do século VIII, o matcha só chegou ao país no final do século XII.

O hábito de se fazer reuniões sociais para tomas o matcha espalhou-se entre a classe alta a partir do século XIV. Pouco a pouco, a apreciação de pinturas e artes da China foi-se tornando um dos propósitos principais dessas reuniões, que ocorriam em um shoin (estúdio), numa atmosfera serena.

Sob a influência das formalidades e modos que regulavam a vida diária dos samurais, que eram então a classe dominante na sociedade japonesa, desenvolveram-se certas regras e procedimentos que deviam ser seguidos pelos participantes dessas festas do chá. Essa foi a origem da cerimônia do chá. A forma da chanoyu, que é praticada hoje em dia, foi estabelecida na segunda metade do século XVI, durante o período Momoyama, pelo mestre-do-chá Sen do Rikyu.

O chanoyu implica mais coisas do que apenas desfrutar de uma xícara de chá de um modo estilizado. A cerimônia desenvolveu-se sob a influência do Zen-budismo, sendo seu objetivo, em termos simples, a purificação da alma através da unificação com a natureza. O verdadeiro espírito da cerimônia do chá tem sido descrito com termos tais como calma, rusticidade, graça e “o estetismo da simplicidade austera e da pobreza refinada”.

Os cânones estritos da etiqueta da chanoyu, que à primeira vista podem parecer opressivos e meticulosos, são de fato calculados cuidadosamente para se obter a economia de movimentos mais alta possível. Quando realizado por um mestre experiente, são deleciosos de se observar.

A chanoyu tem desempenhado um importante papel na vida artística do povo japonês. Como atividade estética, a cerimônia do chá implica a apreciação do aposento em que é realizada, do jardim anexo ao aposento, dos utensílios usados para servir o chá e da decoração do ambiente, como um rolo de papel suspenso ou um arranjo de flores.

A arquitetura japonesa, a jardinagem paisagística, as cerâmicas e arrajos de flores, tudo isso tem muito a ver com a cerimônia do chá. Foi o espírito do chanoyu, que representa a beleza da simplicidade estudada e da harmonia com a natureza, que moldou a base das formas tradicionais da cultura japonesa. Além disso, o tipo de formalidades, observado na cerimônia do chá, tem influenciado, de maneira fundamental, os modos dos japoneses.

Após a morte de Sem no Rikyu em 1591, seus ensinamentos foram passados de geração em geração por seus descendentes e discípulos. Formaram-se escolas diferentes que continuam ativas até os dias de hoje. Entre essas, a Escola Urasenke é a mais ativa e a que tem maior número de seguidores.

Essas escolas diferem umas das outras nos detalhes de suas regras, mas conservam a essência da cerimônia, que o grande mestre desenvolveu. Essa essência continua inalterada até hoje em dia, e o respeito pelo fundador é um dos elementos que todas as escolas têm um comum.

Arranjo de Flores

Em contraste com a forma de arranjo de flores meramente decorativa, que é popular nos países ocidentais, a arte do ikebana, ou arranjo de flores japonês, procura criar um harmonia de construção linear, ritmo e cor. Enquanto os ocidentais tendem a enfatizer a quantidade e cores das flores, dedicando sua atenção principalmente à beleza das flores, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo e desenvolveram a arte de incluir o vaso, o talo, as folhas e ramos, assim como as próprias flores. Toda a estrutura do arranjo de flores japonês baseia-se em três planos principais, que simbolizam o céu, a terra e a humanidade.

Arranjo Clássico

As origens do ikebana remontam ao ritual de oferenda de flores em templos budistas, que começou no século VI. Nesses arranjos bastante brutos, tanto as flores como os galhos eram dispostos para apontar em direção ao céu como um indicação de fé.

No século XV surgiu um estilo mais sofisticado de arranjo de flores, chamado de rikka(flores em pé). O estilo rikka, que procura refletir a magnificência da natureza, estipula que as flores devem ser arrumadas para representar o monte Sumeru, uma montanha mítica da cosmologia budista e símbolo do universo. Esse estilo envolve muito simbolismo.

Os galhos do pinheiro, por exemplo, simbolizam as rochas e pedras, e o crisântemo branco simboliza um rio ou córrego. O estilo rikka desfrutou de seu apogeu no século XVII. Hoje em dia ele é visto como uma forma antiquada de arranjo de flores. Considerado outrora uma decoração adequada para as ocasiões cerimoniais e festivas, o estilo rikka perdeu o fascínio do povo e raramente ainda é praticado.

Arranjo Naturalista

As mudanças mais significativas na história do ikebana ocorreram durante o século XV, quando o xogum de Muromachi, Ashikaga Yoshimasa (1346-1490), governou o Japão. Os grandes prédios e casas pequenas construídos por Yoshimasa espressavam seu amos pela simplicidade.

Essas casas pequenas continham um tokonoma, ou nicho, onde as pessoas podiam colocar objetos de arte e arranjos de flores. Foi durante esse período que as regras do ikebana foram simplificadas de modo a que as pessoas de todas as classes pudessem desfrutar da arte.

Um outro desenvolvimento importante ocorreu no final do século XVI, quando um estilo de arranjo de flores mais austero e simples, chamado nageire (que significa lançar ou arremessar para dentro), surgiu, como parte integrante da cerimônia do chá. De acordo com esse estilo, as flores devem ser arrumadas em um vaso da maneira mais natural possível, não importa que materiais possam ser usados.

Ikebana Moderno

Na década de 1890, pouco depois da Restauração Meiji, que introduziu um período de modernização e ocidentalização no Japão, desenvolveu-se um novo estilo de ikebana, chamado moribana (flores amontoadas). Esse estilo apareceu como resposta em parte à introdução de flores ocidentais e em parte apareceu coo resposta em parte à introdução de flores ocidentais e em parte ocidentalização modo de viver japonês.

O estilo moribana, que inaugurou uma nova liberdade no arranjo de flores, procura reproduzir em miniatura uma paisagem ou uma cena de jardim. É um estilo que pode ser apreciado onde que que seja exposto e que pode ser adaptado tanto para situações formais como informais.

Artes Visuais

BELAS-ARTES

Os objetos remanescentes mais antigos da arte japonesa são imagens de barro que datam da Idade da Pedra e figuras de pedra bruta de um período um pouco posterior. Um desenvolvimento ainda mais posterior foram as imagens mortuárias de argila chamadas de haniwa, que foram desenterradas de antigos mausoléus. Elas apresentam um certo avanço técnico e hoje são muito apreciadas como exemplos de arte primitiva.

Influência do Budismo

A introdução do budismo em 538 d.C. levou a um período cultural de súbito florescimento artístico, que atingiu seu auge no período cultural Asuka (538-645), quando as artes foram encorajadas pelo apoio imperial. Foram construídos muitos templos budistas, inclusive o célebre Templo Horyuji próximo a Nara, que se acredita ser a construção de madeira mais antiga do mundo. A influência budista é particularmente evidente na escultura figurativa que floresceu nesse período. A ênfase era dada à solenidade e à sublimidade e os traços era idealizados.

O Hakuho, ou o chamado período inicial da cultura Nara (645-710), que se seguiu ao período Asuka, foi uma época de forte influência chinesa e indiana. O achatamento da forma e a rigidez da expressão na escultura do período Asuka foram substituídos, pela graça e o vigor.

O Tempyo, ou o chamado período final da cultura Nara (710-794), foi a era de ouro do budismo e da escultura budista no Japão. Hoje em dia podem ser vistas algumas das grandes obras desses período em Nara e em seus arredores. Ela refletem um grande realismo combinado com uma rara serenidade.

Um estilo idealizado de expressão retornou na era seguinte Konin-Jogan (794-899), quando os ensinamentos místicos da seita budista exotérica Shingon influenciaram a escultura dessa época. As estátuas dessa era são maciças de forma e místicas na expressão. A era Konin-Jogan caracterizou o primeiro século do período Heian, que continuou até 1192. A família Fujiwara tomou o poder, e as características da escultura desse período são a elegância e a beleza, às vezes à custa do vigor.

O contato com a China foi cortado, e as influências antes introduzidas do exterior foram então assimiladas e evoluiram para um novo tipo de arte japonesa. A delicadeza e perfeição da forma caracterizam o novo gosto artístico desenvolvido nessa época. Essas características também são vistas na arquitetura singular desse período.

Durante essa era, a pintura assumiu uma posição importante, quase que pela primeira vez. Foi nessa era que se desenvolveram o tipo de pintura conhecido como yamatoe (pintura ao estilo japonês) e a arte do emakimono (rolos ilustrados).

Influência do Zen

A austeridade do regime d aclasse guerreira e do Zen-budismo foi refletida no período subseqüente Kamakura (1192-1338), quando a escultura tornou-se extremamente realista no estilo e vigorosa na expressão. A influência do Zen foi refletida na pureza e simplicidade da arquitetura desse período.

Ainda hoje em dia podem ser encontrados na arquitetura japonesa traços da influência da tradição estabelecida no período Kamakura. Os rolos ilustrados e as pinturas de retratos também estiveram em voga durante esse período.

O sumie, o delicado estilo da pintura a pincel com tinta preta, foi desenvolvido no período Muromachi (1338-1573). Ele se originou na seita budista do Zen, que estava familiarizada com a arte da China da dinastia Sung.

O período Azuchi-Momoyama (1573-1602), que se seguiu, foi um tempo de transição. Também foi um período de grande sofisticação artítica. Os artistas expressavam-se com cores vivas e desenhos elaborados. Foram introduzidos os suntuosos biombos flexíveis. Os castelos e templos eram decorados com elaboradas esculturas de madeira. Máscaras de grande refinamento artístico começaram a ser usadas no teatro nô.

A forma artística mais famosa do período Edo (1603-1868) talvez tenha sido o gênero de pintura Ukiyoe, que ganhou imensa popularidade entre o público em geral. É bem conhecida a influência do Ukiyoe sobre a arte européia da segunda metade do século XIX. A escultura entrou em declínio durante o período Edo, mas as artes manuais tiveram consideráveis avanços.

Influência Ocidental

A segunda metade o século XIX foi um período em que as influências ocidentais se fizeram sentir na arte japonesa. Hoje em dia existem, lado a lado, as formas ocidentais e os estilos tradicionais japoneses, que às vezes mesclam-se entre si em um novo processo de assimilação mútua e revigoramento.

Os japoneses nutrem um profundo interesse pelas manifestações artíticas, tanto como espectadores como praticantes. A pintura e o desenho são hábitos muito populares para as horas de lazer. Um grande número de exposições de arte é realizado durante todo o ano nas principais cidades e atrai imensas multidões. A exposição anual de arte mais antiga e mais impressionante do Japão é a ampla Exposição de Arte Nitten; ser selecionado para expor nela é uma das honras artísticas mais elevadas do país.

Desde a guerra tem havido um animado intercâmbio artístico internacional. Muitas pinturas japonesas e outras obras de arte têm sido expostas no exterior e são realizadas no Japão inúmeras exposições de obras estrangeiras. Além da Exposição Japonesa de Arte Internacional, que também é conhecida como a Bienal de Tóquio, a Exposição Bienal Internacional de gravuras, que se realiza em Kyoto, é muito conhecida no mundo.

Arquitetura

Durante muito tempo a madeira serviu de base para a arquitetura japonesa. Embora seja um país relativamente pequeno, o Japão foi agraciado com abundantes recursos florestais, e a madeira é o material mais adequado para o clima quente e úmido. A pedra não se adequa à construção no Japão tanto por razões de suprimento como de economia, tendo sido usada para um pouco mais do que o escarpamento de castelos.

Um traço notável da arquitetura japonesa é a coexistência de tudo, desde os estilos tradicionais, que foram transmitidos de geração a geração, até as modernas estruturas que empregam as mais avançadas técnicas de engenharia.

Estilos Arquitetônicos Tradicionais

Arquitetura de Santurário: uma das formas mais antigas sobreviventes no Japão de hoje é a arquitetura de santuário. O santuário Ise Jingu em Ise, na prefeitura de Mie, cujas origens são desconhecidas, é um monumento arquitetônico especialmente importante, que é reconstruído a cada vinte anos com o uso das técnicas originais de construção, sendo que a próxima reconstrução está programada para 1993.

A construção simples de cipreste japonês sem pintura reflete o aspecto e espírito da antiga arquitetura japonesa, que se destinava a mesclar-se de maneira harmoniosa com o ambiente em volta.

A influência do budismo:o budismo que chegou ao Japão através da China, no século VI, exerceu uma grande influência sobre a arquitetura japonesa. A arquitetura dos templos budistas transmite, com seus impenentes materiais de construção e escala arquitetônica, uma magnífica imagem do continente. O salão que guarda a estátua do Daibutsu (Grande Buda), no templo Todaiji, em Nara, concluído no século VIII, é a maior estrutura de madeira do mundo.

Tanto Nara como Kyoto, antigas capitais do Japão, construídas no século VIII, foram projetadas segundo o método chinês de planejamento urbano, que dispõe as ruas em um padrão de tabuleiro de xadrez. A Kyoto moderna conserva a forma que teve à época.

O desenvolvimento de estilos japoneses nativos: no período Heian (794-1192), o budismo sofreu uma japonização gradual. O Shinden-zukuri, o estilo arquitetônico empregado nas mansões e casas da nobreza, é característico da arquitetura residencial desse período.

O telhado coberto de casca de árvore do cipestre repoosa em pilares de madeira e vigas; o interior tem assoalho de madeira sem divisórias fixas dos aposentos; e ouso de biombos flexíveis e de uma só folha, o tatami e de outros materiais leves, possibilitava a livre definição do espaço vital.

O Gosho de Kyoto (Palácio Imperial), lar de gerações de imperadores, ainda exemplifica muito bem essa disposição. Alguns traços do aspecto exteriro, como os materiais de construção, o telhado de declividade abrupta e calhas largas ainda podem ser vistos nas moradias japonesas de hoje.

Uma outra característica do Período Heian foi o aparecimento dos jardins com tanques e pavilhões de pesca.

A influência do Zen: no período Kamakura (1192-1338), os samurais assumiram poder, depondo a nobreza como classe dominante na sociedade. A chegada do Zen-budismo da China nessa era fez surgir o estilo arquitetônico Tang nos templos e mosteiros de Kyoto e Kamakura. Em um dado momento, ele se transformou na arquitetura de vários andares de templos como o Kinkakuji (templo do Pavilhão Dourado) e o Ginkakuji (templo do Pavilhão Prateado) em Kyoto.

Tornaram-se populares os jardins de paisagem seca, nos quais são usados areia, pedras e arbustos para simbolizar montanhas e água. Embora todos eles fossem meios muito extravagantes dos samurais e da nobreza mastrarem seu poder, deles resultou também o florescimento de uma cultura artística singularmente japonesa.

O chá, que foi transmitido ao Japão pela China, popularizou-se entre as classes altas na era Muromachi (1338-1573). O espírito da casa de chá, que era construída especialmente para a cerimônia do chá, eventualmente passou a influenciar a arquitetura residencial e desenvolveu-se um estilo arquitetônico chamado sukiya-zukuri, ou estilo da cabana da cerimônia do chá.

A Katsura Rukyu de Kyoto, que antes foi uma vila imperial, é o exemplo máximo desse estilo. Constriída na primeira parte do período Edo (1603-1868), sua estrutura é famosa por sua soberba harmonia e rara simplicidade. O jardim é considerado um dos melhores exemplos da jardinagem parisagística japonesa.

A construção de castelos: muitos castelos foram construídos no Japão durante o século XVI, quando o espírito guerreiro domunou a sociedade japonesa. Embora fossem construídos como bases militares, os castelos também cumpriam um importante papel em tempos de paz como símbolo do prest&icute;gio de um senhor e como centro de administração.

Por esta razão, eles eram projetados não apenas para os propósitos militares, mas também tendo em mente a estética. Hoje em dia sobrevive um grande número de cadstelos em cidades espalhadas pelo país. Talvez o mais proeminente deles seja o Castelo Himeji, que muitas vezes &ecaute; comparado com uma garça branca por causa de sua beleza equilibrada.

O Desenvolvimento da Arquitetura Moderna

Com a Restauração Meiji em 1868 surgiu um período de modernizaç˜o e ocidentalização e foram introduzidas as técnicas de construção que usam a pedra e tijolo. O novo estilo espalhou-se pelo país e foi adotadoa em muitas fábricas administradas pelo governo e repartições oficiais. Tornaram-se cada vez mais populares os prédios de escritórios e residências que incorporavam os desenhos ocidentais.

Entretanto, as estruturas de pedra e tijolo construídas pelos m&ecaute;todos convencionais não conseguiram ficar de pé no grande terremoto de 1923, que reduziu Tóquio a escombros. Depois disso foram feitos progressos na pesquisa sobre métodos de construção à prova de terremotos, e entrou em voga a arquitetura do concreto armado, mais ou menos na mesma época emque tal ocorria na Europa Ocidental.

Desenvolvimento do pós-guerra: ao superar o pesado golpe que foi a Segunda Guerra Mundial, o Japão entrou em um período de crescimento econômico rápido, no qual a engenharia arquitetônica, que usa o aço e o concreto, atingiu um dos níveis mais elevados do mundo. Foi projetado um grande número de prédios, que proporcionaram uma contribuição significativa à arquitetura internacional. Nos últimos tempos tem havido uma tendência de expressar as formas tradicionais japonesas, usando tecnologia e materiais modernos.

O Estádio Nacional de Yoyogi, construído para as Olimpíadas de Tóquio em 1964, e os vários tipos de arquitetura vistos na Exposição Mundial de Osaka em 1970 exemplificam um resultado do crescimento econômico japonês do pós-guerra, doqual o país pode orgulhar-se. Recentemente têm chamado a atenção as formas arquitetônicas originais e as tendências pós-modernas criadas por jovens arquitetos, que tanto trabalham no exterior como no Japão.

Tem surgido um grande número de projetos de construção de habitações em larga escala, como a Cidade Nova Senri, em Osaka, para suprir a demanda de moradias causada pelo aumento populacional do país e, nas grandes cidadesm, onde a terra é escassa, a engenharia de arquitetura dos prédios ultra-altos tem feito notáveis progressos para suprir a grande demanda de espaço para escritório. Um bloco de arranha-céus em Shinjuku, no centro ocidental de Tóquio, que é chamado de subcentro da capital, ergue-se como símbolo do status econômico do Japão.

Uma recente tendência espetacular tem sida a reurbanização do centro de Tóquio, enfocada em prédios inteligentes como o complexo Ark Hills, para satisfazer as necessidades de uma cidade internacionalizada e com intenso nível de informação. Os prédios inteligentes são são conectados com as redes de telecomunicação mais avançadas do mundo e são adminsitrados automaticamente.

Desenho

Desenho Técnico

No campo do desenho ténico, vários implementos, ferramentas, talheres e outros itens adequados à vida moderna estão sendo mildados com base nas t&ecaute;cnicas tradicionais japonesas, tais como a da laca, o trabalho em madeira, a cerâmica, o trabalho em metal, a fundição, a gravação de relevo, a tecelagem e a arte de tingir. Esses produtos do trabalho manual, frutos do clima e da cultura singulares do Japão, estão granjeando popularidade como artesanatos folclóricos modernos.

Desenho de Moda

No campo da moda, nos últimos anos, os modistas japoneses vêm ganhando aclamação especial no plano internacional. Quando os modistas japoneses começaram a ser notados pela primeira vez no exterior, a origem do interesse foi a curiosidade acerca do gosto e estilo japoneses, mas, hoje em dia, os pioneiros Mori Hanae, vieram Ashida Jun, Kawakubo Rei, Miyake Issei, Takada Kenzo e Yamamoto Yoji.

A ocidentalização do estilo japonês de vida deixou pouca oportunidade para o uso do tradicional quimono, mas um novo senso de valores e novos modelos estão gerando uma reavaliação do quimono e dos modos de usá-lo.

Literatura

O vigor da literatura contemporânea japonesa, assim como o de muitas coisas no Japão, inspira-se em uma rica variedade de fontes, desde as influências clássicas da antiga China, passando pela diversidade do pensamento ocidental, até as qualidades duradouras de suas próprias tradições.

As duas obras literárias sobreviventes mais antigas do Japão exercem uma profunda influência até os dias de hoje. Uma delas é a Kojiki (Registro de Casos Antigos), uma obra em prosa que se acredita que foi completada em 712 d.C. A outra é a Manyõshü, uma antologia em vinte volumes de poemas compilado por volta do ano 770.

Ela contém cerca de 4.500 poemas de numerosos homens e mulheres de todas as profissões, tanto jovens como velhos – desde imperadores e imperatrizes até soldados de fronteira e camposeses humildes, muitos deles anônimos. Muitos desse poemas, que cobrem uma ampla variedade de temas, são conhecidos por sua comovente franqueza e simplicidade audaz.

O século IX foi um período de contato direto entre o Japão e a China, e os clássicos chineses foram a influência moldadora da literatura dessa época. Depois o contato foi rompido e seguiu-se um período no qual a influência das obras estrangeiras foi assimilada e os escritores japonese desenvolveram uma literatura própria.

Taketori Monogatari (A história do cortador de bambu), que foi escrito por volta do ano 811, é considerado o primeiro romance japonês. Ela foi seguido por outras obras como o Genji Monogatari (A história de Genji, escrita por Murasaki Shikibu, por volta de 1010), que é um romance em 54 volumes que descreve o amor e sofrimento de nobres e suas damas.

Ele oferece ao leitor um delicioso relance da vida na sociedade aristocrática japonesa nos séculos X e XI, assim como da elegante cultura do período Heian, em especial de seu estetismo colorido com uma suave melancolia. Esse primeiro grande romance da história foi escrito por uma das damas da corte Heian, muitas das quais era escritoras e poetisas de certa distinção.

A vida diária da nobreza na virada do século XI também é descrita de maneira viva em Makura no Sõs;shi (O livro do travesseiro), uma brilhante coleção de ensaios em um estilo que se assemelha ao dos poemas-prosa de uma outra talentosa dama da corte, Sei Shinagon, mas suas observações descritivas são mais realistas e mostram mais humor. Makura no Sõshi caracteriza-se por uma sagacidade poucas vezes rivalizadas na literatura japonesa posterior.

Durante esse período, os tanka – poemas de 31 sílabas, na forma 5-7-5-7-7 – tornaram-se populares entre as damas da corte, os nobres e os sacerdotes. Em 905 o Kokinsh&utilde (Coleção da poesia antiga e moderna) foi compilado como a primeira antologia de poemas coligidos por ordem imperial.

O tanka tornou-se a forma clássica do verso japonês e ainda hoje em dia é o favorito de muitos poetas. A brevidade da forma do tanka obriga os poetas a valerem-se da sugestão como meio de expandir o conteúdo de seus versos, artifício literário este que desde então tem sido característico da poesia japonesa.

A ascenção dos guerreiros aristocratas regionais à classe dominante gerou um período de cerca de 150 anos a partir do final do século XII, em que se popularizam os contos de guerra. Esse século e meio produziu um grande número de importantes romances históricos, nos quais o valente samurai substitui o cortesão efeminado como herói. Duas das obras famosas são Heike Monogatari (A história de Heike), escrito por volta de 1223, e o Taiheiki (Registro da Grande Paz), que apareceu em meados de 1300.

O declínio do poder do imperador e de sua corte e a destruição deixada na esteira da cruenta guerra da época emprestaram um tom trágico a toda a literatura, que tendia a salientar as vicissitudes do destino do homem.

A proeminente coleção de versos do Japão medieval é o Shin Kokinshü (Nova coleção da poesia antiga e moderna), uma antologia imperial notável por sua simbólica expressão de delicadas emoções e homores. A coleção de ensaios em dois volumes Tsurezuregusa (Ensaios no ócio), escritos por um monge budista que vivia em clausura, em cerca de 1335, é uma obra de natureza contemplativa e tom pensativo.

Mas os ensaios líricos ensinam ao leitor, de maneira sutil, a alegria desta vida temporal, assim como o conceito budista da impermanência de todas as coisas. O Tsurezuregusa teve uma grande influência sobre a literatura japonesa posterior e sobre a estética e ideais de comportamento do povo japonês em geral.

Encontra-se um tom nostálgico nas peças nô dos século XIV e XV, onde muitas vezes o mundo evocado é o dos heróismortos alguns séculos atrás. Essas peças são notáveis não penas por seu dramático poder de simbolismo refinado, mas também por sua magnífica poesia narrativa.

O século XVI foi um período de guerra entre senhores feudais rivais e muito pouca literatura foi produzida, mas um grande renascimento literário começou na segunda metade do século XVII, ou nos primeiros anos do período Edo de paz e de uma nova cultura plebéia.

Os romances de Ihara Saikaku (1642-1693), conhecidos por seu realismo vivo e estilo incisivo, e as peças de Chikamatsu Monzaemon (1653-1724), com sua composição dramática, foram escritos para um público mais amplo que incluía a classe dos comerciantes de ascensão recente, e tinham mérito literário bem elevado.

Nessas obras, os comerciantes, balconistas e pessoas comuns da cidade ocuparam o lugar dos generais como heróis, e às vezes seu fim trágico vinha na forma do suicídio e não em algum combate nobre. A maioria das peças de Chikamatsu foi escrita para o teatro de marionetes, mas mais tarde foi adaptada para o palco do kabuki. Algumas de suas peças ainda são encenadas hoje em dia.

Por volta dessa época, apareceu como nova forma de poesia, o haiku, um poema de três versos e cinco, sete e cinco sílabas, sendo que seu grande expoente foi Matsuo Basho (1644-1694). Basho desenvolveu uma simplicidade de estilo e uma profunda sutileza de conteúdo, que continuam a ser a forma idela almejada pelos poetas de haiku dos tempos modernos.

Esses importantes desenvolvimentos no romance, no teatro e na poesia continuaram até os séculos XVIII e XIX, quando o Japão foi virtualmente trancado para o resto do mundo.

A literatura ocidental varreu o Japão durante o século XIX, ora revigorando ora confundindo. Seguiu-se um período febril de experimentação literária e desenvolvimento. A literatura japonesa foi enriquecida por diferentes correntes do pensamento ocidental, como o liveralismo, o idealismo e o ramantismo.

Escritores japonese voltaram-se para o romance ao estilo ocidental e floresceram lado a lado diferentes tendências e correntes de pensamento oriundas do Ocidente. Proeminentes romancistas como Mori Ogai e Natsume Soseki produziram suas obras na virada do século. Ainda hoje em dia elas são muito lidas.

Uma grande número de obras literárias ocidentais foi traduzido para o japonês e os grandes nomes do Ocidente, de Shakespeare, Goethe e Tolstoi aos mestres contemporâneos da literatura, talvez sejam tão conhecidos no Japão como em seus próprios países.

Apesar do impacto causado pela literatura ocidental, ainda florescem as formas tradicionais japonesas. O tanka e o haiku, por exemplo, são escritos com tdoa a destreza e entusiasmo dos aristocratas da corte do passado. Os jornais publicam colunas regulares sobre tanka e haiku para esses poetas amadores.

Desde a guerra, um número cada vez maior de obras japonesas tem sido publicado no exterior. Obras contemporâneas que têm sido amplamente lidas em inglês ou outros idiomas incluem o Kikyõ (Volta ao Lar) de Osaragi Jiro, o Kinkakuji (O templo do pavilhão dourado) e outros romances de Jinuchiro. Também são muito lidos A história de Genji traduzido por Arthur Waley e outras traduções dos clássicos japoneses.

Em 1968, Kawabata Yasunari (1899-1972) tornou-se o primeiro japonês a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Kawakata é muito conhecido no exterior através de muitas de suas obras traduzidas para línguas estrangeiras, inclusive Yukiguni (País da Neve), Senbazuru (Mil garças) e Koto (Kyoto).

Seu estilo literário caracteriza-se pela busca da beleza do lirismo japonês, com aguda sensibilidade. Nos anos mais recentes, as obras de Abe Kobo, Endo Shisaku e Inoue Yasushi têm sido traduzidas e são amplamente lidas em inglês e outros idiomas.

O número total de títulos novos publicados no Japão em 1986 foi de 6.290, representando 21,5% de todas as publicações. Essas publicações cobrem um vasto número de campos, inclusive a não-ficção e os ensaios críticos, assim como também a literatura pura.

Em termos de vendas, a literatura popular supera todas as outras categorias; a literatura pura fica no fim da lista. O primeiro lugar na relação de autores que pagam mais impostos, publicada todos os anos pelo governo, tem sido monopolizado nos últimos anos por um escritor que escreve romances de mistérios que são sucesso de livraria.

As revistas em quadrinhos são muito populares no Japão e um grande número de revistas semanais é publicado tanto para adultos como para crianças. Uma delas tem, segundo se diz, uma circulação de mais de quatro milhões de exemplares por semana.

A história das revistas em quadrinhos do Japão remonsta ao final do século XIX, quando os jornais e revistas começaram a publicar primeiro caricaturas de um quadro e mais tarde de vários quadros, retratando a política, os costumos e a vida, de uma maneira satírica e bem- humorada. Nos anos 20 e 30, as histórias em quadrinhos tornaram-se populares, em especial as histórias de aventuras e as coleções de histórias desenhada por Tagawa Suiho, cujo heroi era um cachorro do exército.

Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos jornais e revistas começou a publicar histórias de quatro quadros, sendo que uma das mais proeminentes é Sazae-san de Hasegawa Machiko, um desenho bem-humorado ainda popular hoje e que apresenta uma dona-de-casa comum e sua família. A década de 1960 viu o surgimento de muitas revistas em quadrinhos para crianças, que plubicavam histórias em seriado.

O desenho mais popular dessa época foi e Tetsuwan Atomu, de Tezuka Osamu, que se tornou a primeira história em quadrinhos a ser mostrada na televisão. Nos últimos anos chegaram ao mercado várias revistas em quadrinhos dirigidas aos adultos, muitas vezes apresentando histórias escritas por escritores famosos e ilustradas por desenhistas muito conhecidos.

Religião e Costumes

Religião

No Japão, a Constituição garante liberdade de religião para todos, sendo que seu artigo 20 declara que “nenhuma organização religiosa receberá quaisquer privilégios do Estado, nem exercerá qualquer autoridade política.

Nenhuma pessoa será forçada a participar de qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será forçada a participar de qualquer ato religioso, celebração, rito ou prática. O Estado e seus orgãos abster-se-ão da educação religiosa e de qualquer outra atividade religiosa”.

A religião predominante noJapão hoje em dia é o budismo, que no final de 1985 tinha 92 milhões de seguidores. O cristianismo também está ativo; havia cerca de 1,7 milhão de cristãos no Japão em 1985. Entre as outras religiões, os mulçumanos contam comcerca de 155 mil seguidores, inclusive não-japoneses residindo temporariamente no país.

A religião nativa do Japão é o xintoísmo, que tem suas raízes nas crenças animistas dos japoneses ancestrais. O xintoísmo transformou-se numa religião da comunidade, com santuários locais para as famílias e deuses guardiães locais. Durante muitas gerações, o povo deificou os horóis e líderes de projeção de sua comunidade e cultuou as almas dos ancestrais de sua família.

Em um dado momento, o mito da origem divina da Família Imperial tornou-se um dos dogmas básicas do xintoísmo, e no início do século XIX um movimento xintoísta patriótico ganhou terreno. Após a Restauração Meiji em 1868, e em especial durante a Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo foi promovido pelas autoridades como religião estatal. Entretanto, pela Constituição do pós-guerra, o xintoísmo não receve mais menhum estímulo ou privilégio oficial, embora ele ainda desempenhe um importante papel cerimonial em muitos aspectos d vida japonesa.

O xintoísmo existe lado a lado com o budismo, e às vezes o sobrepuja na mento do povo. Hoje em dia, muitos japoneses realizam ritos xintoístas quando casam, e passam por ritos fúnebres budistas quando morrem.

O budismo foi introduzido no Japão através da Índia e da Coréia, por volta da metade do século VI (oficialmente em 538 d.C). Após obter o amparo imperial, o budismo foi propagado pelas autoridades através do país. No início do século IX, o budismo japonês entrou em uma nova era, atraindo, principalmente, a atenção da obreza da corte.

No período Kamakura (1192-1338), uma era de muita agitação política e confusão social, surgiram muitas seitas novas do budismo, que ofereciam a esperança de salvação tanto para os guerreiros como para os camponeses. O budismo floresceu não apenas como religião, mas também fez muito para enriquecer as artes e o saber do país.

Durante o período Edo (1603-1868), quando o férreo governo do xogunato gerou uma relativa paz e prosperidade e uma crescente secularização, o budismo perdeu grande parte de sua vitalidade espiritual, junto com o declínio do poder político e social dos mosteiros e templos budistas e da influência geral cultural da religião.

Pertencendo ao budismo Mahayana (o grande veículo) da Ásia oriental, o budismo japonês prega, em geral, a salvação no paraíso para todos, mais do que a perfeição individual, e existe uma forma bem diferente daquela encontrada em grande parte do Sudeste asiático.

Todas as mais de cem seitas budistas do Japão de hoje pertencem ou têm suas origens nos principais ramos do budismo, que foram levados ou se desenvolveram no país na antigüidade: Jodo, Jodo Shin, Nichiren, shingon, Tendai e Zen.

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, vários movimentos religiosos novos ganharam força, alguns deles baseados no xintoísmos, outros relacionados com certas seitas do budismo, e outros com uma orientação religiosa mista. Muitos desses movimentos realizam várias atividades sociais e culturais dentro de suas muito unidas comunidades religiosas; alguns também vieram a se engajar em atividades políticas de peso.

O cristianismo foi levado ao Japão pelo missionário jesuíta são Francisco Xavier, em 1549. Ele espalhou-se rapidamente na segunda metade desse século, uma era de guerras e comoção internas, e foi bem-recebido por aqueles que necessitavam de um novo símbolo espiritual, assim como também por aqueles que esperavam obter benefícios comerciais ou nova tecnologia ocidental, em especial as armas de fogo.

Entretanto, após a unificação do país por volta do final do século XVI, as autoridades reprimiram todo o potencial de novas mudanças e proibiram o cristianismo, como religião subversiva à ordem estabelecida. O cristianismo continuou banido até a metade do século XIX, quando o Japão reabriu suas portas para o mundo.

Entre os cristãos japoneses de hoje, os protestantes (981 mil seguidores) superam em número os católicos (457 mil). Os protestantes comemoraram o centenário da chegada de sua religião ao Japão em 1959.

Os japoneses encaram o confucionismo mais como um código de preceitos morais do que como uma religião. Introduzindo no Japão no começo do século VI, o confucionismo exerceu um grande impacto no pensamento e comportamento do japoneses, mas sua influência diminuiu após a Segunda Guerra Mundial.

Eventos Anuais

Climaticamente, o Japão é um país co quatro estações distintas, e muitos eventos anuais estão associados às mudanças da estação.

Ano Novo

Os japoneses comemoram com grande fervor a passagem de um ano e a chegada do ano novo. O período de momemoração é chamado de shõgatsu, que em seu sentido mais amplo refere-se ao primeiro mês do ano.

A primeiro de janeiro, as famílias se reúnem para beber um tipo especial de saquê, o qual acredita-se que garante uma vida longa; tomam um tipo especial de sopa, que contém bolo de arroz glutinoso; e em geral apagam as lebranças amargas que estaram do ano anterior.

As pessoas decoram as entradas de suas casas com ramos de pinheiro e grinaldas de palha, que simbolicamente impedem a entrada de qualquer coisa impura. Também visitam santuários para rezar pela boa sorte no ano vindouro e as casas de parentes e amigos pra trocas saudações de Feliz Ano Novo.

Hoje em dia, muitas crianças passam os feriados absorvidas em jogos de computador, mas ainda existe um bom número que, desfruta os divertimentos tradicionais do Ano Novo como o jogo de raquete, o pião, soltar pipa e o sugoroku, a versão japonesa do gamão. As comemorações do Ano Novo são o maior evento do calendário no Japão, e todas as empresas e repartições do governo ficam fechadas durante os três primeiros dias do ano.

Setsubun

No passado, a palavra setsubun referia-se a qualquer das várias mudanças de estação do velho calendário, mas hoje em dia ela faz alusão específica a 3 ou 4 de fevereiro, o começo tradicional da primavera. No velho calendário, o primeiro dia da primavera assinalava o início do Ano Novo, e o dia anterior, ou setsubun, representava o dia final do velho ano. A maneira tradicional de se comemorar esse dia é espalhando feijões pela casa para repelir os maus espíritos.

Festa das Bonecas

A Festa das Bonecas, ou hina matsuri, ocorrre a 3 de março, quando as famílias que têm meninas fazem uma exposição de bonecas, que representam a antiga corte imperial, e comemoram bebendo um tipo especial de saquê branco e adocicado.

Dia das Crianças

O quinto dia do quinto mês tem sido comemorado na China e no Japão desde a antiqüidade. Em 1948, o dia 5 de maio foi transformado em feriado nacional no Japão. Embora ele seja chamado de Dia das Crianças, é na verdade dedicado, apenas aos garotos. As famílias que têm meninos penduram do lado de fora das casas flâmulas que representam carpas como símbolos de força, fezem exposições de bonecos do samurai e armaduras do lado de dentro, e comemoram comendo bolos especiais de arroz.

Festival Tanabata

Comemorado a 7 de julho, ou a 7 de agosto em alguns lugares, o Festival tanabata tem suas origens na lenda folclórica chinesa sobre o ramântico encontro de duas estrelas que ocorre uma vez ao ano: a estrela Vaqueiro(Altair) e a estrela Tecelã(Vega). Nesse dia de festa, o povo escreve seus desejos em tiras de papel colorido, que são armarradas em ramos de bambu.

Festival Bon

O Festival Bon ocorre tradicionalmente durante vários dias por volta de 15 de julho no calendário lunar, quando se acredita que as almas do mortos retornam a seus lares. Esses dias ficam com mais freqüencia em torno do 15 de agosto. Muitas pessoas viajam de volta as suas cidades natais nessa época do ano, a fim de visitar os túmulos de parentes.

Durante esse festejo, as pessoas instalam lanternas para guiar as almas na ida e volta as suas casas, oferecem comida para os mortos e se divertem com um tipo especial de dança chamada bon odori. Muitas vezes as lanternas descem os rios flutuando.

Também é uma tradição budista as pessoas reverenciarem os túmulos de seus parentes durante o equinócio da primavera, por volta de 21 de março e no equinócio do outono, em torno de 23 de setembro.

Festivais Locais

O Japão tem uma longa tradição de fazer festivais para convidar e recever os deuses, para banquetear-se e comungar com ele. Muitos desse eventos, como o Festival Gion em Kyoto e o Festival Okunchi em Nagasaki, realizam desfiles coloridos com suntuosos carros alegóricos e outros adornos. Muitas vezes os bairros comerciais competem entre si durante esse festejos, com a apresentação de espetáculos suntuosos.

Festivais Agrícolas

Desde o período Yayoi (de cerca de 300 a.C a 300 d.C), a agricultura em terra alagadas formou a base para a produção de alimentos no Japão, e muitas festividades estão relacionadas com a produção agrícola, em especial o cultivo de arroz.

Os ritos xintoístas do Ano Novo era originalmente festivais nos quais as pessoas rezavam por uma colheita abundante no ano seguinte, e os festivais do plantio de arroz e outros dos arrozais em terra alagada que ainda são realizados no Japão também envolvem orações por uma boa colheita.

Meninas vestidas com quimono, com as mangas amarradas às costas com faixas vermelhas , plantam o arroz, enquanto, ao lado, músicos tocam tambores, flautas e sinos. A dança tradicionalmente relacionada com esses festejos evoluiu aos poucos até tornar-se parte do teatro nô.

No outono são realizados os festivais da colheita e os primeiros frutos dos arrozais são oferecidos aos deuses. Nas aldeias rurais, toda a comunidade comemora o festival do outono, e em muitos lugares carros alegóricos carregando deuses simbólicos desfilam pelas ruas. No Palácio Imperial o imperador desempenha o papel de presentear os deuses com oferendas de novos grãos e frutos.

Festivais de Verão

Enquanto são feitos muitos festivais de primavera para rezar por uma boa sefra e festivais de outono para dar graças pela colheita, muitos festivais de verão têm o objetivo de repelir as doenças. Dos três festivais mais importantes do Japão – o Festival Gion em Kyoto, o Festival Tenjin em Osaka e o Festival Kanda em Tóquio – , tanto o Gion como o Tenjin são festejos desse tipo.

O Festival Gion de 17 de julho, famoso pelos 32 carros alegóricos que desfilam pelas ruas,era, em suas origens, o festival de um culto espiritual, que teve inúmeros seguidores desde o período Heian (794-1192) até a Idade Média.

Os seguidores desse cutlo acreditavam que as desgraças e epidemias era causadas pelos espíritos de pessoas poderosas, que tinham morrido deixando rancores. As epidemias ocorriam, com freqüencia, no verão, de modo que a maioria dos festivais de verão visava aplacar os espíritos que causavam essas epidemias.

No Festival Tenjin, que também tem sua origem em um culto espiritual, um grande número de carros alegóricos com tambores e bonecos segue barcos que carregam alegorias coloridas e descem os rios de Osaka.

Outros Festivais Importantes

Um dos maiores festivais de verão do Japão e que todos os anos atrai muitos turistas é o Festival Nebuta, que é realizado no início de agosto em Aomori e em outros lugares do nordeste japonês. Ele se caracteriza por desfiles noturnos com imensos carros alegóricos de papel iluminados por dentro e que representam personalidades populares do passado e do presente. Dizem que a festa tem suas origens em um ritual que se acreditava que espantava a preguiça, já que se supõe que a palavra nebuta derive da palavra japonesa que significa sonolência.

O Festival Okunchi, que é realizado em outubro, em Nagasaki, é um festival de colheita famoso por sua dança do dragão, que originou-se na China. Nele desfilam pela cidade carros alegóricos que representam os navios mercantes do período Edo, baleias esguichando água e outros símbolos.

A Agência do Meio Ambiente foi criada em 1971 como órgão administrativo central para proteger o meio ambiente natural e eliminar a poluição. Os governos locais também criaram agências administrativas para lidar com a prevenção e eliminação da poluição em suas localidades.

Em 1971, o governo formulou padrões de qualidade ambiental que cobrem amplas áreas de poluição do ar, da água e sonora. Também impôs padrões de controle de ruído, efluente e emissão que regulam a produção de gases nocivos, efluentes e resíduos dos estabelecimentos industriais. Em contraste com os padrões de qualidade, as leis que regulam esses padrões contêm disposições coercitivas para forçar seu cumprimento, inclusive penalidades por violações.

Hoje em dia, os indivíduos e empresas que poluem são responsáveis legalmente por suas ações e devem levar a cabo todas as medidas exigidas por lei para impedir e eliminar a poluição e para pagar a indenização necessária por danos cometidos. Com base nesse princípio de que “o poluidor paga”, todas as indústrias estão sendo forçadas agora a desenvolver inovações tecnológicas efetivas e economicamente factíveis para o controle da poluição.

Em áreas locais onde as leis nacionais ainda são consideradas inadequadas, estão sendo impostos regulamentos e leis complementares para suplementar as leis nacionais existentes e lidar com os problemas locais.

Hoje em dias quase todas as regiões têm algum tipo de normas de regulamentação da poluição. Isto é bem evidente no nível das prefeituras, sendo que todas as 47 prefeituras aprovaram leis para a prevenção à poluição.

Em 1973, quando foi aprovada a Lei de Indenização por Danos Saúde Provocados pela Poluição, foram fortalecidas as medidas legislativas e administrativas que proporcionam alívio aos problemas de saúde causados pela poluição. O objetivo dessa lei é pagar indenizações e despesas médicas s vítimas de doenças específicas em certas localidades designadas pelo governo, assim como também proporcionar os serviços médicos e de bem-estar necessários a esses pacientes ou às suas famílias.

Os pagamentos desse plano de indenização saúde são feitos por um fundo, constituído de contribuições pagas por empresas e outros responsáveis pela poluição do ar e da água, tanto nos casos gerais como nos específicos. O plano de indenização funciona através dos governos municipais e prefeituras das áreas designadas pelo governo central.

A poluição em declínio

Os regulamentos que controlam a emissão de gases dos automóveis são muito estritos hoje, e foram reforçados os controles da emissão de enxofre, nitrogênio e óxidos de carbono nos gases expelidos pelas fábricas. Como resultado disso, tem diminuído cada vez mais o volume dos óxidos de enxofre da atmosfera nas zonas urbanas e foi reduzida de modo notável a taxa de aumentos da doenças relacionadas com a smog fotoquímica.

De acordo com medições feitas em 15 estações em cidades propensas à poluição do ar, o montante médio anual de dióxido de enxofre no ar – um indicador da poluição de óxido de enxofre – vem diminuindo de maneira constante, saindo de um elevado número de 0,059 parte por milhão no ano fiscal de 1967 para 0,011 ppm no ano fiscal de 1985.

Para aferir a extensão da poluição atmosférica nas vizinhanças das ruas movimentadas, o governo instalou estações de monitoramento em pontos muito congestionados das principais cidade. Desde 1979, o nível de muito dióxido de nitrogênio vem apresentando um acentuado declínio, chegando a 0,036 ppm no ano fiscal de 1985, segundo as médias anuais registradas por 26 estações que vêm fazendo medições desde 1971.

O governo realiza testes regulares nas águas de rios em 5.266 lugares espalhados pelo país. Os teste obedecem a padrões extremamente estritos, inclusive níveis superiores de zero para a cianogênio, fósforo orgânico, etil mercúrio e bifenil policloratado; 0,01 mg por litro para o cádmio, 0,05 mg por litro para o arsênico e 0,1 mg por litro para o chumbo.

Não obstante, esses padrões só foram atingidos em apenas 0,02% das 142.796 investigações realizadas no ano fiscal de 1980. Infelizmente, existem lagos, pântanos e outros corpos de água fechados onde os padrões ambientais ainda não foram atingidos.

O Japão também estabeleceu padrões rigorosos para a emissão de ruídos da fábricas, dos canteiros de obras e do tráfego, e as empresas que ultrapassam esse padrões são obrigadas a cumprir as ordens do governos locais para melhorar suas instalações. Os padrões nos bairros residenciais são de cinqüenta fons durante o dia e de quarenta fons à noite.

Os padrões para os comerciais pela Agência do Meio Ambiente, em julho de 1975. Residentes exigindo velocidades mais baixas, e em alguns distritos a batalha judicial demorou 12 anos depois que os Shinkasen começaram a correr, antes de se chegar a um acordo.

Em 1976 foram ficados padrões para os riscos de vibração, sendo fixado entre cinqüenta e setenta decibéis o nível para o tráfego de rua. As autoridades locais estão obrigadas a tomar medidas para corrigir a situação nos bairros onde esses níveis são ultrapassados.

Infra-estrutura social

A infra-estrutura principal que fornece a base para as atividades industriais, como as instalações de transporte de comunicação, está bem estabelecida no Japão, mas a infra-estrutura que serve de base para a vida diária das pessoas está atrasada em comparação com os países avançados da América do Norte e da Europa ocidental.

Em 1985, apenas 36% das famílias japonesas tinham acesso a instalações de esgoto, comparado com 97% do Reino Unido (1976) e 65% na França (1975), que tem o menos nível entre as nações ocidentais avançadas. O espaço para estacionamento per capita no centro de Tóquio é de apenas 2,2 metros quadrados, comparado com o espaço que varia de trinta a cinqüenta metros quadrados em Bonn, Londres e Washigton.

No centro de Tóquio também é baixa a porcentagem de ruas na área total, com 14%, comparada com 20% em Pais e 17% em Londres.

A poluição em declínio

Em 1996, a população do Japão estava em 125,9 milhões de habitantes, segundo o Ministério dos Assuntos Internos. Em termos de população, o Japão situa-se hoje em dia em oitavo lugar no mundo, atrás da República Popular da China, da Índia, dos Estados Unidos, da Indonésia, do Brasil, da Rússia e do Paquistão pela ordem.

Como ocorreu em outros países desenvolvidos, o crescimento populacional do Japão diminui nos últimos anos apesar de um forte decréscimo na taxa de mortalidade. Espera-se que a população do Japão atinja o pico de 136 milhões de habitantes em 2013, após o qual decrescerá pouco a pouco.

Infra-estrutura social

Em 1996, a densidade populacional do Japão era de 335 pessoas por quilômetros quadrado, situada entre nações densamente povoadas como a Bélgica, os Países Baixos e a República da Coréia. No momento, 45% de todos os japoneses aglomeram-se nas três grandes áreas metropolitanas de Tóquio, Osaka e Nagoya e de suas prefeituras vizinhas.

Recentemente tem ocorrido uma crescente concentração de população na área metropolitana de Tóquio, onde hoje em dia reside um quarto da população total do Japão. Uma razão para esta concentração é o papel cada vez mais importante que está sendo desempenhado pelas indústrias de serviços na economia japonesa. Uma proporção relativamente grande das indústrias de serviços está localizada em Tóquio.

Estrutura Populacional

A composição etária da população do Japão, expressada na convencional pirâmide populacional, está passando por uma alteração gradual. A estrutura típica de antes da guerra, com uma grande população de crianças com idade igual ou inferior a 14 anos, que formava uma grande base na pirâmide, deu lugar a uma estrutura semelhante a uma coluna, como resultado do declínio da taxa de nascimentos.

Em 1996, 15,1% do total da população japonesa era composta por pessoas com 65 anos de idade ou mais. Como a média de expectativa de vida do Japão em 1995 é a mais alta do mundo, com 82,9 anos para as mulheres e 76,4 para os homens, a proporção de cidadãos mais velhos está aumentando de modo acentuado e espera-se que atinja 23,6% no ano 2020.

Habitação

Desde o final da década de 1960, a ênfase do setor da construção de habitação no Japão transferiu-se da necessidade de eliminar a escassez quantitativa para a necessidade da melhoria qualitativa. As estatísticas mostram que após permanecer no âmbito de duzentos a quatrocentos mil durante o período do pós-guerra até o início dos anos 60, o número de casas construídas no Japão por ano aumentou de modo consistente, superando a marca de um milhão pela primeira vez em 1967, com um total de 1.040.000 unidades. Desde então têm sido construídas mais de um milhão de casas por ano.

De acordo com estatísticas compiladas pela Nações Unidas e pelo Ministério da Construção do Japão, o país atingiu o mais alto nível de construção de casas entre as nações industrializadas avançadas, em termos de construção por mil habitantes.

Em 1983, foram construídas no Japão dez unidades de habitação por mil habitantes, comparadas com 6,8 unidades na França, 5,9 unidades nos Estados Unidos e 5,5 unidades na República Federal da Alemanha. Como resultado disso, o número de unidades habitacionais por família aumentou de 0,97 em 1964, quando havia uma escassez para 1,01 em 1968 e 1,10 em 1983.

Aumento das construções não feitas de madeira

De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada pela Agência de Administração e Coordenação, em 1983 havia 34,75 milhões de moradias ocupadas no Japão, das quais 16 milhões, ou 46,1%, eram construídas de madeira, 31,3% de madeira à prova de fogo e 22,6% de concreto e ferro ou outros materiais que não a madeira.

Nas áreas urbanas havia um número relativamente baixo de moradias de madeira. Nos 23 bairros de Tóquio, por exemplo, apenas 21,2% das moradias eram construídas de madeira, ao passo que 42,5% era feitas de madeira à prova de fogo e 36,3% de outros materiais que não a madeira. A proporção das novas moradias construídas de materiais que não a madeira aumentou de 37% em todo o país nos anos 70 para exatamente 50% em 1984.

A pesquisa de 1983 mostrou que as moradias separadas representavam 64,3% de todas as casas do Japão, com a proporção caindo nas zonas urbanas. As estruturas de várias unidades, como os prédios de apartamentos, ocupavam 62,5% de todas as moradias nos 23 bairros de Tóquio.

Casa própria

A mesma pesquisa de 1983 revelou que 62,4% das casas consistiam de moradias ocupadas pelo proprietário, 24,3% das unidades eram alugadas pelo setor privado, 7,6% das unidades eram alugadas pelo setor público e 5,2% das moradias eram alugadas pelos empregados de empresas e por funcionários do governo.

A proporção de casas próprias no Japão é um pouco mais baixa do que a dos Estados Unidos, que é de 64,7% (1983). Entretanto, de acordo com o Livro branco de 1987 sobre a vida da nação editado pela Agência de Planejamento Econômico, o Japão está à frente do Reino Unido (60,9% em1984), da França (50,7% em 1982) e da República Federal da Alemanha (40,7% em 1982).

Tamanho das habitações

As principais atividades políticas e econômicas do Japão estão concentradas em Tóquio e o resultado disto é que o preço da terra na capital do país é bem mais alto do que em outras partes do Japão e em outras grandes cidades do mundo. Como conseqüência, as moradias em Tóquio e nas cidades satélites tendem a ser menores do que nas províncias.

O tamanho médio das moradias do cinturão urbano de Tóquio-Yokohama tem 3,90 aposentos (5,11 aposentos no caso das habitações ocupadas pelo proprietário) e uma área de 66,82 metros quadrados (93,6 metros quadrados no caso das habitações ocupadas pelo proprietário). De acordo com a pesquisa de 1983, as médias nacionais são de 4,73 aposentos (5,85 aposentos) e 85,92 metros quadrados (111,67 metros quadrados).

Em virtude desta situação, nos últimos anos o governo vem transferindo seu ênfase da melhoria quantitativa, para a qualitativa. O Ministério da Construção, por exemplo, fixou a meta para o padrão das moradias, que deve ser atingida pela metade das habitações por volta do ano 2000. No caso da moradia urbana para uma família de quatro pessoas, o objetivo é uma área total de 91 metros quadrados, abrangendo três quartos, uma sala de estar e uma área para a cozinha e a copa.

O governo vem trabalhando para a realização deste objetivo através da implementação de várias medidas, inclusive benefícios fiscais e o financiamento público com juros baixos. Ele também está dando prioridadae máxima para a limitação e estabilização dos preços da terra.

Fonte: www.rio.br.emb-japan.go.jp

Cultura do Japão

Arquitetura

Se algo pode definir a arquitetura de Japão é a perfeita coexistência dos estilos tradicionais com as mais modernas técnicas de engenharia. Graças a abundância de bosques, madeira foi um dos materiais mais utilizados na construção.

Entre os diferentes estilos arquitetônicos, ocupa um privilegiado lugar a arquitetura dos santuários xintoístas, umas das formas mais antigas que conhecem. É o caso do Santuário de Ise Jingu, que construiu-se cada 20 anos de acordo com as técnicas mais tradicionais.

Por outro lado, a influência do budismo na arquitetura foi muito importante. Prova dele é o grande Buda de Bronze de Nara, o Daibutsu, do templo Todaiji, a maior construção de madeira do mundo.

Quanto aos estilos arquitetônicos autóctones, estes sofreram diversas influencias ao largo dos diferentes períodos da história de Japão. No Período Heiano (de 794 a 1192), destaca o estilo Shinden Zukuri, que distingue-se pelos tetos de palha, obtidos das cortiça do cipreste, apoiados sobre vigas de madeira.

No interior ressaltam os solos de madeira, os biombos e tatamis para delimitar os espaços. O palácio Imperial de Kyoto é o melhor exemplo deste estilo. No Período Kamakura, momento em que os samurais alcançam a supremacia deslocando a nobreza e com a chegada do budismo desde China, desenvolveu-se o estilo Tang que pode-se apreciar claramente em numerosos templos das cidades de Kyoto e Kamakura.

Com o tempo, esta tendência evolucionária até a construção de templos em vários pisos, como é o caso do Kinkakuji (Pavilhão de Ouro) ou o Ginkakuji (Pavilhão de Prata). Ademais neste período ganham popularidade os jardins criados a base de areia, pedra e pequenos arbustos.

No Período Muromachi, graças a popularização do chá, as casas eram construídas de acordo a este rito-cerimonial, dando lugar ao estilo Sukiya Zukuri. O melhor exemplo é o Katsura Rikyu em Kyoto, onde numerosas casas para a cerimônia do chá, olham para um dos jardins mais belos do país.

No século XVI fazem sua aparição os castelos, criados não só com fins militares mas, ademais, com certos critérios estéticos já que em época de paz serviam para demostrar o prestígio dos senhores feudais. Entre os numerosos castelos há que destacar o Castelo de Himeji, construído no século XVII.

Quanto a arquitetura contemporânea e a raiz da abertura de Japão no ano de 1868, o país entra no período de modernização e ocidentalização, introduzindo nas diferentes construções a pedra e o ladrilho. Entre as obras mais destacadas há que nomear o Estado Nacional Yoyogi, sede dos jogos Olímpicos de 1964, a Nova Cidade Senri em Osaka ou o Distrito de Shinjuku, em Tóquio.

O Tatami, é uma tábua de palha de arroz trançada, que cobre os solos japoneses provocando um olor natural e um tanto doce.

Belas Artes

O início das artes japonesas se remontam a uns mil e quinhentos anos atrás, segundo os descobrimentos de diversos objetos, especialmente figuras de barro e utensílios de pedra sem polir.

É claro que a arte japonesa, ao largo de sua história, há sofrido numerosas influências estrangeiras entre as que destacam a arte china e persa. Entretanto com a introdução do budismo no ano 538 d.C. a arte da Índia, constitui como um dos pilares da arte japonesa.

A influência do budismo percebe-se de diferentes maneiras, nas expressões artísticas que se deu nos períodos que conformam a história do arquipélago.

No Período Asuka (592-645) se construíram numerosos templos (como o Templo Horyuji, o edifício de madeira mais antigo do mundo), sendo a característica principal o realce do solene e do sublime, aunado a simplicidade das formas e a idealização dos rasgos (sobretudo na escultura).

O Período Nara (710-794) costuma dividir-se em períodos conhecidos como Hakuho (710-729), onde se manifesta claramente a forte influência china e hindu, especialmente na escultura que apresenta graça e vigor; e o Período Tempyo (729-749), sinônimo da idade de ouro do budismo e da escultura budista. Suas características mais diferentes são o realismo e a serenidade.

O Período Konin Jogan ou Período Inicial Heian (810-824) distingue-se por suas formas volumosas e expressivas idealizadas, devido a influência exercida pelos ensinos místicos da seita budista esotérica Shingon. No Período Heian Tardio (794-1192), destaca a beleza, elegância, delicadeza e a esquisitice nas formas.

Durante este tempo a pintura assume, por primeira vez, uma posição importante que se aprecia sobretudo no Yamatoe ou pintura de estilo japonesa e no Emakimono (rolos ilustrados).

O Período Kamakura (1192-1333) caracteriza-se por sua austeridade. Na escultura prevalece o realismo e as expressões vigorosas, enquanto que na arquitetura distingue-se por sua pureza e simplicidade formas. No Período Muromachi desenvolve-se os sumie, pintura a pincel com tinta negra e já no Período Azuchi-Momoyama, produz um refinamento artístico que se expressa na imposição de cores vivas e desenhos elaborados.

É ademais, a época na que se realizam biombos, arquiteturas em madeiras muito elaboradas e máscaras para as obras de Teatro Noh. No Período Edo a modalidade artística mais importante foi o Ukiyoe (gravados), decaindo a escultura. Finalmente, já na segunda metade do século XIX (período chamado moderno com a restauração de Meiji), começa a perceber a influencia do ocidente que se vai misturando com as manifestações mais tradicionais.

A Cerimonia do Chá

No apartado de Entretenimento, desarrolhamos brevemente algumas das artes tradicionais japonesas como o Teatro Noh, Teatro Kabuki, Bunraku (Teatro de Marionetes) e Ikebana (Arranjo Floral). Dedicamos um espaço especial a Cerimonia do Chá ou Chanoyu, um passatempo exclusivo de Japão, que consiste na apresentação e na forma de servir ou beber o Matcha (chá verde em pó).

O chá foi introduzido em Japão desde China no século VIII, más o “matcha” aparece até finais do século XII. Este costume estendeu-se no século XIV nos shoin (estudos) e foram os samurais, classe dominante na sociedade japonesa, que desenvolveram regras e procedimentos que deveria seguir em uma Cerimonia de Chá.

A modalidade do Chanoyu, que pratica-se na atualidade foi estabelecida na segunda metade do século XVI pelo maestro Sen No Rikyu. Baixo influência do Budismo Zen, a cerimônia era algo mais que o desfrute de uma taça de chá, pois sua finalidade era purificar a alma mediante a identificação com a natureza. Depois da morte do maestro em 1591, instituíram diferentes escolas que continuaram seu labor até nossos dias.

Os estritos cânones do Chanoyu, que a primeira vista podem parecer pesados e meticulosos, estão calculados para conseguir a maior economia possível de movimentos. Sem dúvida, estes formalismos influenciaram de forma fundamental no comportamento dos japoneses.

Sado significa “senda do chá”, a cerimonia nos santuários é precedida por um monge, que serve o chá acompanhado de doces e um ritual em que cada gesto tem um significado, é uma obra artística na que concentram elementos estéticos e filosóficos do budismo zen, o confucionismo e o taoísmo.

No sado participam todas as artes japonesas: a arquitetura da casa de chá, a pintura pendurada na parede principal, a poesia de texto que reproduz, a porcelana dos utensílios e o ikebana utilizado na decoração, que é uma arte floral, com uma base filosófica zen, onde a beleza natural reflete ao mesmo tempo que se estimula o gozo dos efêmeros.

A composição deve respeitar uma estrutura triangular, onde estão representados o céu, a terra e o homem. Atualmente preparam as mulheres más antes delas foram os homens e muito antes monges budistas.

Literatura

São três as obras mais antigas que sobreviveram ao tempo e que ainda exercem uma profunda influência na literatura atual: “Kojiki” (Anais de Temas Antigos, prosa do ano 712 d.C., “Nihonshoki” o “Nihongi” (Crônica de Japão de 720), ambos escritos em caracteres chinos e o Man-yo-shu, a primeira antologia japonesa lírica que reúne cerca de 4.500 poemas em 20 volumes do ano 770 d.C.

No século IX aparece a primeira novela japonesa titulada “Taketori Monogatari” (O Conto do Cortador de Bambu) do ano 811 d.C. Destaca, ademais, a obra “Genji Monogatari” (O Conto de Genji), escrita por Murasaki Shikibu, que exprime uma visão da sociedade aristocrática do Japão do século XI. Neste século há que ressaltar o livro “Makura No Soshi” (Livro da Almofada), um drama cortesão que descreve a vida cotidiana da nobreza daquela época.

Durante este período adquiriu grande popularidade o “Tanka”, poemas de 31 sílabas, segundo o esquema 5-7-5-7-7. No século XII, com o assenso dos samurais e da classe guerreira ao poder, abre-se um período no que se faz popular os relatos de guerra.

No século XIV aparece o livro “Tsurezuregusa” (Ensaios na Ociosidade), obras escritas por um monge solitário e que, a partir do conceito budista da fugacidade das coisas, revoluciona o pensamento da sociedade japonesa.

No século XVI produz uma decadência na literatura que prolonga-se até o século XVII quando surgem os escritores Ihara ou Chikamatsu que escrevem para o grande público, baseada nas histórias cotidianas. É neste século quando aparece o Haiku, poema de 3 linhas (5-7-5 sílabas), tendo como máximo exponente ao poeta Matsuo Basho.

No século XIX a literatura ocidental invade Japão e se introduz, rapidamente, as correntes como o liberalismo, idealismo ou romantismo. Entretanto, e apesar desta influência, os poetas japoneses continuam cultivando o Tanka e o Haiku. Finalmente, já no século XX, não podem esquecer os populares cadernos de historietas japonesas que recriam os costumes e a vida política e social baixo os mais variados gêneros literários.

Os Maestros Artesãos

Conservam com suas mãos a memória das coisas, o artesanato é o tesouro vivo da história de Japão. Os forjadores de espadas, vêem das montanhas de Gassan na região Yamagata, onde se estabeleceu a primeira fundição faz 800 anos.

A dinastia Gassan que nasceu deste empenho em dobrar o aço, eram conhecidos como os Maestros da Montanha da Lua. A espada foi sempre considerada a encarnação do espírito do imperador, hoje é um objeto artístico muito cobiçado devido a sua singular beleza. A cerâmica, que adota diferentes técnicas, é outra das artes mais destacadas no país. A terra cobra vida nas mãos dos artesãos que levam a essência de seu trabalho até um estado místico.

A arte de tingir o quimono requer uma destreza extraordinária e um domínio da técnica mais fina na coloração dos tecidos, na mão do artista converte-se em um duende minimalista que desenha o detalhe, preenchendo com o desenho e a cor os grandes espaços do tecido.

O bambu foi modelado em Japão desde tempos pré-históricos para o uso cotidiano, más ao largo da história foi convertendo-se em uma arte protegida pelos governantes, que utilizaram em algumas cerimonias como a do chá. Os trabalhos lacados são laboriosos e lentos, estão esculpidos a partir de um enorme bloco de laca, criado pelo artesão mediante a superposição de centos de finas capas da preciosa resina, pintada e fundida previamente com pigmentos minerais, pode demorar anos para secar.

A Música

A corte imperial japonesa gostava de escutar uma elegante música conhecida como “Gagaku”, de influências chinas. O repertório das orquestras incluíam peças instrumentais e de baile. Atualmente conserva-se a tradição com algumas variações. Entre os instrumentos japoneses tradicionais encontram-se o “shamisen”, parecido ao banyo, mais largo.

Atualmente se usa para acompanhar peças teatrais do kakubi e bunraku. Outros instrumentos são o “koto”, o “biwa”. O consumo de música moderna em Japão ocupa um lugar destacado no âmbito mundial, a música ao vivo de todas as origens e muito popular em Tóquio.

Entre os músicos atuais destacam Kitaro e Sakamoto Ryuichi, membros da Mágica Orquestra Amarela, más nenhuma alcança a popularidade de Sakamoto Kyu, que nos anos 60 foi um êxito em USA. Existem numerosas bandas japonesas que imitam o estilo ocidental, e incluso nos ambientes de salseiros latinos se há destacado a “Orquestra da Luz” recolhendo êxitos como se tratasse de um grupo caribenho.

Cinema

As primeiras películas foram importadas a Japão em 1896, a produção própria começou em 1899. Na época do cinema mudo, a trama era explicada pelo “benshi”, que pronto começou a formar parte das próprias películas. Os primeiros argumentos foram sacados do teatro tradicional, más depois do terremoto de 1923, seguiram temas mais modernos. Proliferaram os temas de samurais.

Durante a II Guerra Mundial, os temas de propaganda proliferaram. Os aliados proibiram os filmes feudais e de artes marciais nos cinemas e pronto surgiram outros gêneros como os desenhos animados, filmes de terror, comédias, etc.

Nos anos 50 o cinema japonês atravessa uma época dourada, Akira Kurosawa introduz o cinema japonês no âmbito internacional, com o filme Rashomon (1950), que obteve o primeiro prêmio do Festival de Veneza em 1951. O diretor japonês continuou colhendo êxitos como “Os Sete Samurais”, “Yohimbo” (1961) ou “Ran” (1985). Outro diretor destacado é Itami Juzo. Atualmente o cinema independente japonês está sendo bem aceito pelo público ocidental.

Fonte: www.rumbo.com.br

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