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Não há nenhuma teoria fundamentada que determine à que família linguística o Nihongo (língua japonesa) pertença. Sua estrutura é completamante diferente das línguas de origem Indo-Européias, tais como o Inglês e o Francês.
Atualmente, a língua japonesa é composta por três sistemas de escrita: Kanji (caracteres chineses), Hiragana e Katakana (caracteres fonéticos japoneses).
Escolha uma opcões para saber um pouco mais sobre a escrita japonesa.
Hiragana
Hiragana é um sistema de caracteres fonéticos composto por 46 “letras” que representam os sons utilizados no Nihongo (língua japonesa). O Hiragana é utilizado como partícula, conjunção e desinência de adjetivos e verbos. Ele também é utilizado combinado ao kanji, o que possibilita diferenciar a escrita chinesa da japonesa.
Logo abaixo temos as vogais e as sílabas.
Katakana
O Katakana, assim como o hiragana, também é um sistema de caracteres fonéticos composto por 46 “letras”. Atualmente, o Katakana é utilizado, em sua maioria, para representar palavras de origem estrangeira, nomes de pessoas e países estrangeiros, nomenclaturas científicas e onomatopéia, tais como sons emitidos por animais.
Kanji
Na escrita japonesa, além do kana (hiragana e katakana), utilizam-se os caracteres conhecidos como kanji, que foram “importados” da China, há aproximadamente 1500 anos. Estes ideogramas, muitos com origem pictográfica, são muito mais complexos do que a escrita Hiragana e Katakana, o que o possibilita ter formas diferentes significados e formas de leitura.
A maioria dos Kanji’s tem de três a seis formas diferentes de pronúncias, fazendo com que o idioma japonês torne-se mais difícil de aprender. No entanto, são os Kanji’s os responsáveis pelo charme desse idioma.
Devido à infinidade de kanjis, houve uma necessidade de se escolher um padrão mínimo para viabilizar o uso desses ideogramas. Por isso o governo japonês criou uma lista com 1945 Kanji, conhecidos como Joyo Kanji, que seriam utilizados no dia-a-dia japonês. Sendo assim, a maioria dos jornais e meios de comunicação se limita a usar apenas os Kanjis contidos nessa lista.
Leituras de Kanji – On e kun
O Kanji foi originalmente criado para ser a forma escrita da língua chinesa, sendo que para cada Kanji haveria um único som, ou seja, cada ideograma teria uma única forma de leitura em chinês. Entretanto, ao serem trazidos para o Japão, os japoneses começaram a utilizá-los não só para representar as palavras já existentes no país, como também para utilizá-los na forma chinesa. Em japonês, um Kanji tanto pode possuir uma leitura em japonês (chamado de Kun’yomi – leitura na forma KUN), quanto em Chinês, em sua forma original (chamado de On’yomi – leitura na forma ON). Muitos desses Kanji’s são utilizados atualmente.
On’yomi e Kun’yomi são os nomes dados as duas maneiras de se ler um Kanji. Em outras palavras, o On’yomi é a maneira de se ler e o Kun’yomi representa o significado. Normalmente o On’yomi vem escrito em katakana e o Kun’yomi em hiragana.
Leitura On (on-yomi) – chinesa
Leitura Kun (kun-yomi) – japonesa
Para formar muitas palavras na língua japonesa, podemos fazer uso de alguns recursos como juntar dois ou mais Kanji’s ( Kanji + Kanji…) ou Kanji + Hiragana. Quando utilizamos a fórmula Kanji + Kanji, podemos utilizar o On’yomi de um e o Kun’yomi de outro, e vice e versa.
Para exemplificar melhor, vejamos os seguintes exemplos:
Okurigana
Quando escrevemos verbos e adjetivos em wago (japonês nativo), utilizamos o Kanji na raiz ou origem da palavra (parte que não se modifica) e o Hiragana no final (para flexionar o verbo ou adjetivo). O hiragana utilizado desta maneira é chamado de Okurigana.
Tabemasu
(verbo comer flexionado tanto no presente como no futuro)
Tabemashita
verbo comer flexionado no passado
Chiisai
adjetivo – pequeno
Okii
adjetivo – grande
Algumas vezes o okurigana também é utilizado para esclarecer palavras ambíguas, como por exemplo:
Fonte: www.japaoonline.com.br
Idioma do Japão
Por pesquisa diligente, tem-se agora evidência conclusiva para as relações genéticas dos principais idiomas do mundo. O inglês, junto com outros idiomas falados na Europa, na Rússia e na Índia, pertence família lingüística indo-européia.
Em contraste, não há nenhuma evidência conclusiva relacionando o japonês a uma única família de idiomas.
A hipótese mais proeminente insere o japonês na família de Altaic que inclui o turco tungusic, mongol, e coreano – com a relação mais íntima para o coreano. Segundo Roy Andrew Miller, o idioma de Altaic original foi falado no Transcaspian, estepe do país, e os oradores desse idioma empreenderam migrações volumosas antes de 2.000 a.C., difundindo essa família lingüística do oeste da Turquia para o leste do Japão. Porém, tal hipótese é incompatível com algumas características principais do japonês.
Assim sendo, alguns estudantes consideram os idiomas do sul do Pacífico na família de Austronesian como pistas de relação genética. Vários lingüistas históricos japoneses acreditam na hipótese de uma teoria “híbrida” que o enquadra à família de Altaic, com influências lexicais dos idiomas da Austronesian possivelmente. Também é importante notar que na ilha do norte de Hokkaido, as pessoas de Ainu, que são física e culturalmente diferentes do resto dos japoneses, falam um idioma que aparentemente não se relaciona a uma única família lingüística.
Com a introdução do sistema de escrita chinês, que começou aproximadamente há 1.500 anos, os japoneses iniciaram o registro do seu idioma extensivamente por poesia e prosa.
O idioma daquela época, que era chamado japonês velho, teve várias características modificadas no decorrer do tempo. Por exemplo, Susumu Ono tem discutido que o japonês velho apresentava oito vogais em vez das cinco que nós temos hoje. Também havia várias características gramaticais e morfológicas que não mais vigoram.
A transição do japonês velho para o japonês moderno ocorreu por volta do décimo segundo século d.C. para o décimo sexto século d.C. O sistema de escrita japonês é escrito tradicionalmente na vertical, com as linhas a partir do lado direito da página. Enquanto esse modo de escrita ainda é predominante, há outro modo que é idêntico ao inglês, no qual se inicia a partir do lado esquerdo no topo, em linhas horizontais.
O japonês é escrito usando dois sistemas de ortografia: caracteres chineses e caracteres silábicos. Os caracteres chineses, ou kanji, foram trazidos da China há aproximadamente 1.500 anos. Antes da sua introdução,o japonês era restritamente um idioma falado. Caracteres chineses são sem dúvida o sistema mais difícil devido ao número transparente de caractere, a complexidade de ambos na escrita e leitura de cada caractere. Cada caractere é associado a um significado. Existem milhares de caracteres atestados, mas, em 1946, o governo japonês identificou 1.850 caracteres para uso diário.
Em 1981, aumentou-se a lista para 1.945 caracteres e a nomearam de Lista de Joyo Kanji (kanji para uso diário)
Os caracteres na lista de uso diário são aprendidos nas escolas primárias e secundárias, e os jornais geralmente limitam o uso de caractere a essa lista.
A maioria dos caracteres é associada a pelo menos duas leituras: a leitura japonesa nativa e a leitura que simula a pronúncia chinesa original do mesmo caractere. Se o mesmo caratere entrasse no Japão em períodos diferentes ou de regiões de dialeto diferentes da China, o caractere poderia ser associado a várias leituras chinesas que representariam períodos históricos diferentes e diferenças dialetais.
Por exemplo, o caractere “ir” tem quatro leituras diferentes: a leitura japonesa e três leituras originalmente chinesas distintas.
O segundo sistema de escrita é o silábico, ou kana, que foi desenvolvido pelos japoneses há aproximadamente 1.000 anos, originado de certos caracteres chineses. Cada silabarismo representa uma sílaba no idioma e, assim como também carateres chineses distintos, representa um som mas não significado.
Há dois tipos de sílabas: hiragana e katakana. Cada um contém o mesmo jogo de sons. Por exemplo, o “ka” em japonês pode ser representado pelo hiragana ou pelo katakana, ambos originados do caractere chinês. Hiragana é freqüentemente usado em combinação com um caratere chinês.
Por exemplo, o caractere representa a raiz de um verbo aproximado e a inflexão é escrita com hiragana. Katakana é usado para escrever palavras de empréstimo de idiomas ocidentais como inglês, francês, e alemão. É comum achar kanji, hiragana, e katakana sendo usados na mesma oração. Junto com carateres chineses e silábicos, são empregados às vezes alfabetos romanos para, para exemplo, nomes de organizações.
Companhias como Honda, Toyota, e Sony usam freqüentemente alfabetos romanos para o nome da marca em anúncios.
Escrita milenar
Há várias teorias sobre o desenvolvimento dos kanjis, e nenhuma delas é concreta. Uma das teorias informa que há uns 5.000 a 6.000 anos atrás, um historiógrafo chinês Ts’ang Chieh viu através do kanji uma idéia de como expressar símbolos de coisas por escrito, obtendo inspiração a partir da impressão do pé de pássaros em um campo de neve.
Outra teoria diz que começou quando Fu Hsi, um dos três imperadores da época, mudou o registro oficial do método de “nós de corda” para método de “carta”. Ambas as teorias são, provavelmente, ao invés de opiniões legendárias, fatos históricos confiáveis.
Porém, o fato seguro é que a carta de kanji mais antiga é a inscrição em ossos de animais e em cascos de tartarugas que foram introduzidos durante os dias do vigésimo segundo imperador de Shang (Yin) – há aproximadamente 1100 a.C.
Seis categorias de formação do kanji levam a sua origem em pictografia. Porém eles passaram por várias mudanças até alcançarem as formas atuais, como combinação ou consolidação de cartas diferentes, emparelhando significado e pronúncia. Essas seis categorias são chamadas de “rikusho”.
Shokei (pictografia) Shiji (ideografia simples) Kai’i (combinação ideográfica) Keisei (fonética ideográfica) Tenchu (derivado) Kashaku (empréstimos fonéticos)
1. Shokei (pictografia)
São caracteres originados de desenhos ou imagens.
2. Shiji (ideografia simples)
São caracteres originados de símbolos devido a dificuldade de serem expressos através de desenhos ou imagens.
3. Kai’i (combinação ideográfica)
São caracteres originados de outras combinações já existentes.
Por exemplo, o caractere de descanso é uma estrutura resultante da combinação do caractere de homem em repouso ao lado do caractere de árvore.
Outro exemplo seria a combinação de duas árvores lado a lado gerando o caractere de floresta.
4. Keisei (fonética ideográfica)
São caracteres originados de um elemento que representa um certo objeto e um outro elemento representando sua fonética.
5. Tenchu (derivado)
Existem várias explicações para essa categoria e uma delas diz que alterando um caractere puro ou juntando-se com outro deu-se origem a um novo caractere.
6. Kashaku (empréstimos fonéticos)
Essa é a categoria em que a pronúncia é de maior prioridade do que o significado. Também é usado para palavras importadas.
Escrita em madeira
Escrita em casco de animal
Escrita em casco de tartaruga
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