Timor-Leste

História

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Timor Leste é um pequeno país no sudeste da Ásia, conhecido oficialmente como República Democrática de Timor-Leste.

O país compreende a metade oriental da ilha de Timor e as ilhas vizinhas de Ataúro e Jaco.

Os primeiros habitantes são pensados para ser descendente de Australoid e Melanésia povos.

Os Portugueses começaram a negociar com Timor no início do século 16 e colonizado durante todo o meados do século.

Escaramuças com os holandeses na região, eventualmente, resultou em um tratado de 1859 para que Portugal cedeu a metade ocidental da ilha.

O Japão imperial ocupou Timor Leste entre 1942 e 1945, mas Portugal voltou autoridade colonial após a rendição japonesa da Segunda Guerra Mundial.

Timor-Leste

Timor Leste declarou-se independente de Portugal em 28 de Novembro de 1975, mas foi invadido e ocupado pela Indonésia vizinho nove dias depois.

Foi mais tarde incorporada pela Indonésia como a província de Timor Leste em Julho de 1976.

Durante a ocupação de duas décadas subsequentes, uma campanha de pacificação se seguiu. Embora a Indonésia fez grandes investimentos em infra-estruturas durante a ocupação de Timor Leste, a insatisfação generalizada permaneceram.

Entre 1975 e 1999, havia uma estimativa de cerca de 102.800 mortes relacionadas com conflitos (cerca de 18.600 mortes e 84.200 “excesso” de mortes por fome e doença), a maioria dos quais ocorreu durante a ocupação indonésia.

Em 30 de agosto de 1999, em um referendo patrocinado pela ONU , uma esmagadora maioria de Timor Leste votou pela independência da Indonésia.

Imediatamente após o referendo, milícias anti-independência de Timor – organizadas e apoiadas pelo exército indonésio – iniciou uma campanha de terra arrasada e punitiva. As milícias mataram cerca de 1.400 timorenses e forçosamente empurrada de 300.000 pessoas em Timor Ocidental como refugiados.

A maioria da infra-estrutura do país foi destruída durante este ataque punitivo.

Em 20 de setembro de 1999, a Força Internacional para Timor Leste (INTERFET) foi implantado no país e trouxe a violência ao fim.

Após um período de transição das Nações Unidas-administrado, Timor Leste foi reconhecido internacionalmente como uma nação independente em 20 de maio de 2002.

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br

Timor Leste

Nome Oficial: República Democrática de Timor-Leste

Capital: Dili

Outras Cidades: Baucau, Dare.

Governo

Tipo: democracia parlamentar.
Independência: 28 de novembro de 1975 (de Portugal).
Restauração da independência: 20 de maio de 2002. (Da Indonésia)
Constituição: março de 2002.

Geografia

Localização: Sudeste da Ásia, na borda meridional do arquipélago indonésio, a noroeste da Austrália.
Área : 14,874 km ² (5.742 milhas quadradas).
Terreno: montanhosa.
Ponto mais alto: 2.963 m Foho Tatamailau

Clima: tropical, quente, semi-áridas; estações chuvosa e seca.

Pessoas

Nacionalidade: timorense.
População: 1 milhão (2010 censo)
Religião: católica 96%.
Idiomas: Português, tétum (oficial); Inglês, Bahasa Indonésia (línguas de trabalho).
Alfabetização: 41%.

Recursos naturais: ouro, petróleo, gás natural, mármore, manganês.

Produtos agrícolas: café, arroz, milho, mandioca, batata-doce, soja, repolho, manga, banana, baunilha.

Indústrias: impressão, sabão de fabricação, artesanato, tecido.

Exportações parceiros: Indonésia% 100 (2005)

Exportações – commodities: café, sândalo mármore,; nota – potencial para exportações de petróleo e baunilha.

Moeda: dólar dos EUA (USD)

Os timorenses, que vivem na parte oriental da ilha de Timor, que fica entre a Indonésia ea Austrália, ocupam um terreno cuja área é 14,874 km 2.

A população, em 1975, quando a esquerda Português, foi 680.000 – 97% timorense (incluindo mestiços), 2% chinês, menos de 1% Português. (A população hoje é de cerca de 800.000 – timorense de 78%, 2% indonésio, chinês de 20%.

Timor Leste tem uma fronteira comum com Timor Ocidental, que faz parte da Indonésia, o ex-Índias Orientais Holandesas.

Durante séculos os timorenses tinham sido agricultores, que vivem em aldeias espalhadas e comer o que eles cresceram. Apenas alguns costeira timorenses eram pescadores. Comércio e loja mantendo teve para as gerações estado nas mãos dos chineses.

Timor Leste é extremamente montanhosa, por isso a maioria dos timorenses sempre viveu em isolamento, longe de cidades e influências estrangeiras, presos aos seus campos e práticas animistas. Apesar de séculos de trabalho missionário católico pelo Português, em 1975 animistas ainda numeradas tanto quanto 72% da população. O local timorense reis ainda desempenhou um papel importante em suas vidas e lealdades, enquanto a interferência de administradores portugueses e militar era quase inexistente

Fonte: www.nationsonline.org

Timor Leste

Designação Oficial: República Democrática de Timor-Leste

Designação Local: Timor Lorosae (Timor do Sol Nascente, em tétum)

Capital: Díli

Divisões Administrativas: 13 distritos administrativos – Aileu; Ainaro; Baucau; Bobonaro (Maliana); Cova-Lima (Suai); Díli; Ermera; Lautem (Los Palos); Liquiça; Manatuto; Manufahi (Same); Oecussi (Ambeno); Viqueque.

Chefe de Estado: José Ramos Horta

Primeiro-Ministro: Estanislau da Silva

Ministra dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação: Adalgisa Magno

Partido no Governo: Fretilin

Data da Restauração da Independência: 20 de Maio de 2002

Línguas Oficiais: Tétum e Português;

Línguas de Trabalho: Inglês e Bahasa (que foi obrigatória sob o jugo indonésio); nota: há cerca de 16 línguas indígenas.

Religiões: Católicos Romanos (90%); Muçulmanos (4%); Protestantes (3%), Hindus (0,5%), Budistas, Animistas (est. 1992).

INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Área: 14.609 Km2
Clima:
 monónico, com duas estações (quente e seco entre Outubro e Março, frio e chuvoso entre Abril e Setembro). 
Relevo:
 terreno montanhoso, vulcânico e acidentado.
Recursos Naturais e Produções:
 reservas de petróleo, gás natural e minério de cobre, sândalo, café, borracha, copra, algodão, cana de açúcar e óleo de coco.

TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS

População: 925 000 habitantes, na maioria de origem melanésia e malaia. Muitos refugiados no exterior ou imigrados.
Taxa de Crescimento Anual da População: 
0,7% (1975 – 2003); 4,9% (2003–2015)
População Urbana (% da população total):
 7,7% (2003); 9,5% (2015)
Estrutura Etária(2003): 
População com menos de 15 anos: 42,5%; População com 65 ou mais anos: 2,2%
Taxa de Natalidade: 
27,46 nascimentos por cada 1000 habitantes (est. 2004)
Taxa de Mortalidade: 
6,36 óbitos por cada 1000 habitantes (est. 2004)
Taxa de Mortalidade Infantil:
 87 por 1000 nados vivos (2002)
Esperança de Vida à Nascença: 
55,5 anos: Feminino: 56,6 anos; Masculino: 54,5 anos (2003)
Taxa de Alfabetização de Adultos: 
58,6% (15 e mais anos)
Índice de Desenvolvimento Humano: 
0,513 em 2003 (158º em 2004 e 140º em 177 em 2005)

DADOS ECONÔMICOS

Unidade Monetária: Dólar Americano
PIB:
 0,3 biliões usd (2003) 
PIB per capita: 
389 USD (2003)
Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) Recebida:
 Total – 219,8 milhões USD (2002); 150,8 milhões USD (2003) – Em % do PIB: 56,6 (2002); 44,2% (2003)
Principais Exportações: Café (Julho de 2005) principais importações: 
combustíveis minerais, óleos minerais e substâncias afins; veículos e acessórios; borracha; cereais; tabaco; bebidas, bebidas espirituosas e vinagres.

Fonte: www.ipad.mne.gov.pt

Timor Leste

NOME OFICIAL: República Democrática de Timor-Leste

POPULAÇÃO (2001): 787.342 habitantes

ÁREA: 18.850 km

CAPITAL: Díli

SISTEMA POLÍTICO: República Parlamentarista

POLÍTICA INTERNA

Ao longo de seu mandato, que se estendeu por dois anos e meio, a UNTAET – Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste – cuidou de organizar e reconstruir o país e prepará-lo para a independência. Foram realizadas eleições para a Assembléia Constituinte em 30/8/2001 e eleições presidenciais em 14/4/2002, quando foi eleito Xanana Gusmão. Em 20/5/2002 foi formalmente declarada a independência da nova República e foram empossados o presidente-eleito, o Parlamento e o governo do Primeiro Ministro Mari Alkatiri.

Após a independência do país, foi criada pelo Conselho de Segurança a Missão de Apoio das Nações Unidas a Timor Leste (UNMISET).

Passados os dois primeiros meses desde as cerimônias de independência de Timor-Leste, o Governo do Primeiro Ministro Mari Alkatiri, dispondo de maioria estável no Parlamento Nacional, não tem encontrado dificuldades em fazer aprovar as leis de seu interesse.

A FRETILIN (Frente Timorense de Libertação Nacional), partido do Primeiro Ministro, foi o mais votado nas eleições de agosto de 2001, ainda que não tenha conseguido obter a maioria de 2/3. O segundo colocado foi o jovem Partido Democrático (PD), com sete parlamentares, seguido do Partido Social-Democrata, com seis representantes no Parlamento.

O Presidente da República, Xanana Gusmão, além de suas atividades internas, tem representado seu país no exterior, para promover as relações de Timor-Leste com a comunidade internacional.

POLÍTICA EXTERNA

Timor-Leste independente coloca em prática a estratégia diplomática concebida e anunciada pelo Chanceler Ramos-Horta desde o primeiro momento em que assumiu a responsabilidade pela condução dos negócios estrangeiros de seu país. As duas maiores prioridades são Austrália e Indonésia, seguidas de Portugal, União Européia, Nações Unidas e Estados Unidos, bem como a inserção na CPLP e ASEAN.

A primeira viagem oficial de Xanana Gusmão, na qualidade de Presidente da República, foi à Austrália. Em seguida, viajou à Indonésia para o estabelecimento formal de relações diplomáticas com aquele país, cuja Presidente, embora tivesse comparecido a Díli nas celebrações da Independência, não desejou estabelecê-las na capital timorense. A visita a Portugal ocorrerá logo após a Assembléia Geral das Nações Unidas, em setembro.

Xanana Gusmão encontra-se em visita oficial ao Brasil e participa da IV Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, quando se dará o ingresso formal de Timor-Leste na Organização. No mesmo período, o Primeiro Ministro Mari Alkatiri e o Chanceler Ramos-Horta viajam a Brunei para a reunião de cúpula da ASEAN.

Com respeito ao mundo lusófono, a Constituição timorense assevera, por um lado, que “a República Democrática de Timor-Leste mantém laços privilegiados com os países de língua oficial portuguesa”, mas, ao mesmo tempo, afirma que “mantém laços especiais de amizade e cooperação com os países vizinhos e os da região.” Portugal e os demais países da CPLP, porém, ocupam lugar de particular importância. Situam-se neste contexto ações como a adoção do português como língua oficial (ao lado do tétum) e a adesão à CPLP.

Timor-Leste deverá manter a política externa de gestos equilibrados para os vários quadrantes que hoje pratica. Nela deverá haver lugar especial para o mundo de língua portuguesa e para o Brasil.

RELAÇÕES COM O BRASIL

O Brasil votou consistentemente nas Nações Unidas em favor da independência de Timor-Leste.

A história mais recente das relações bilaterais retrocede a fevereiro de 2000, quando o Embaixador do Brasil em Jacarta entregou a Xanana Gusmão carta na qual o Presidente Fernando Henrique Cardoso o convidava a visitar o Brasil.

O Brasil recebeu sucessivamente as visitas do Presidente Xanana Gusmão (então na qualidade de Presidente do Conselho Nacional da Resistência Timorense, CNRT) e do Bispo D. Carlos Filipe Ximenes Belo, ambas em março/abril de 2000.

Em 1º de junho, começou a operar o Escritório de Representação do Brasil em Díli.

Em 22 de janeiro de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso e a Doutora Ruth Cardoso visitaram Timor-Leste para reafirmar o interesse brasileiro em cooperar com o país e garantir o seu direito à independência.

Realizou visita oficial ao Brasil, em 4 e 5 de fevereiro de 2002, o Administrador Transitório de Timor Leste, Sérgio Vieira de Mello, que, em seus contatos com autoridades brasileiras, deu ênfase à participação do Brasil na Força das Nações Unidas de Manutenção da Paz e à cooperação nos terrenos da defesa, da educação, da saúde e da agricultura.

O Ministro de Estado das Relações Exteriores representou o Brasil na cerimônias de independência de Timor-Leste. Na mesma data, foram estabelecidas relações diplomáticas com o novo Estado, assinados Acordos de Cooperação Técnica e Educacional e o Escritório de Representação do Brasil em Díli foi elevado à categoria de Embaixada.

Merece também destaque o apoio prestado pelo Brasil à realização de eleições livres em Timor-Leste. Missão brasileira de observação eleitoral, composta por representantes do Congresso Nacional e da Justiça Eleitoral, participou da fiscalização à Consulta Popular de agosto de 1999, quando se confirmou o desejo de independência da população timorense. Com igual sucesso, outras duas missões de observadores eleitorais brasileiros – contando com representantes da Câmara dos Deputados e do Poder Judiciário – foram enviadas a Timor-Leste, em agosto de 2001 e abril de 2002, para fiscalizarem, respectivamente, as eleições para a Assembléia Constituinte e Presidência da República.

Cooperação Brasil-Timor Leste

Além da participação de efetivos do Exército brasileiro na Força de Manutenção de Paz da ONU e da presença de observadores militares nacionais em Timor-Leste, diversas são as iniciativas brasileiras em apoio à reconstrução do novo país, nas quais tem importante participação a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Entre elas merecem destaque:

(a) “Centro de Desenvolvimento Empresarial, Formação Profissional e Promoção Social Brasil – Timor-Leste” (ABC) – cuja implantação, promovida pela ABC/MRE, contou com a colaboração direta do SENAI e da FIESP (cujo Presidente, Horácio Lafer Piva, também esteve em Timor).

O projeto tem por objetivo, numa primeira etapa, a formação de profissionais nas áreas de construção civil, eletricidade, costura industrial, marcenaria, informática, panificação e confeitaria; posteriormente, serão também formados profissionais em mecânica, fabricação de mobiliários e confecções em couro.

O Centro foi lançado em janeiro de 2001, com a Presença do Presidente da República e inaugurado em 21 de maio passado pelo Ministro Celso Lafer. O Governo brasileiro está aportando a esse projeto cerca de US$ 1,8 milhão;

(b) “Alfabetização Solidária em Timor-Leste” (ABC) – a partir de projeto-piloto em Díli, a iniciativa foi ampliada a todos os 13 distritos do país, contemplando 141 salas de aula e 3.550 alunos. Tal projeto, dedicado à alfabetização de jovens e adultos, utilizou a metodologia do Programa Alfabetização Solidária do Brasil. O valor total do projeto atinge a cifra de US$ 540 mil;

(c) “Formação de Professores e Alunos com Recurso da Educação à Distância (Telecurso)” (ABC) – projeto apoiado pela Fundação Roberto Marinho. Esta iniciativa tem por objetivo a formação nos níveis fundamental e médio de jovens e adultos recém-alfabetizados, tendo alcançado implantar 20 tele-salas, atendendo a mais de 450 alunos. O custo final do projeto deve alcançar US$ 490 mil;

(d) “Transferência de Técnicas Cafeeiras” (ABC) – convênio firmado recentemente entre a Agência Brasileira de Cooperação e a Direção-Geral da Agricultura e Pesca de Timor-Leste, com vistas a aumentar a produtividade da cultura cafeeira local. Estima-se o valor do projeto em US$ 130 mil;

(e) “Cooperação em Matéria de Saúde” – decorrente de entendimentos mantidos no ano de 2001 entre os Ministérios da Saúde brasileiro e timorense, resultou na presença de médicos brasileiros em Timor-Leste e medidas de apoio à atuação do Ministério da Saúde timorense;

(f) “Pastoral da criança” – está em processo de implantação em Timor-Leste, devendo contar com recursos da UNICEF e do Ministério da Saúde local;

Esses projetos, além dos que se desenvolvem no âmbito da CPLP (nas áreas de educação, saúde, ensino profissionalizante, agricultura e telecomunicações, entre outras), revestem-se de ampliado conteúdo social e abrangem numerosas populações, com acesso democrático e igualitário. Representam, também, a confiança do Governo brasileiro na consolidação e aprofundamento da cooperação solidária com Timor-Leste.

Fonte: www2.mre.gov.br

Timor Leste

Timor Leste é um país do Sudeste Asiático.

A capital é Díli.

A principal religião é o Cristianismo (Catolicismo).

As línguas nacionais são o Tetum e o Português.

Os Portuguêses começaram a negociar com a ilha de Timor no início do século 16 e colonizaram-na em meados do século. Escaramuças com os Holandeses na região acabaram resultando em um tratado de 1859 em que Portugal cedeu a parte oeste da ilha. O Japão Imperial ocupou o Timor Português de 1942 a 1945, mas Portugal retomou a autoridade colonial após a derrota Japonesa na Segunda Guerra Mundial.

O Timor Leste declarou-se independente de Portugal em 28 de Novembro de 1975 e foi invadido e ocupado pelas forças Indonésias nove dias depois. Ele foi incorporado na Indonésia em Julho de 1976 como a província de Timor Timur (Timor Leste). Uma fracassada campanha de pacificação seguiu-se ao longo das próximas duas décadas, durante as quais um número estimado de 100.000 à 250.000 pessoas perderam suas vidas.

Em 30 de Agosto de 1999, em um referendo popular ONU-supervisionado, uma esmagadora maioria do povo de Timor-Leste votou pela independência da Indonésia. Entre o referendo e a chegada de uma força de paz multinacional no final de Setembro de 1999, as milícias anti-independência Timorenses – organizadas e apoiadas pelo exército Indonésio – iniciaram uma campanha em grande escala de terra arrasada de retribuição.

As milícias mataram cerca de 1.400 Timorenses e empurraram pela força 300.000 pessoas no Timor Oriental como refugiados. A maioria das infra-estruturas do país, incluindo casas, sistemas de irrigação, sistemas de abastecimento de água, e as escolas, e quase 100% da rede elétrica do país foram destruídas.

Em 20 de Setembro de 1999, as tropas de paz da Força Internacional para o Timor Leste (INTERFET) Australia-lideradas desembarcaram no país e trouxeram a violência a um fim. Em 20 de Maio de 2002, o Timor-Leste foi internacionalmente reconhecido como um estado independente. No final de Abril de 2006, as tensões internas ameaçaram a segurança da nova nação quando um ataque militar levou à violência perto de um colapso da lei e da ordem.

A pedido de Dili, uma Austrália-liderada Força de Estabilização Internacional (ISF) desembarcou no Timor-Leste no final de Maio. Em Agosto, o Conselho de Segurança da ONU estabeleceu a Missão Integrada da ONU no Timor-Leste (UNMIT), que incluiu uma presença policial autorizada de mais de 1.600 funcionários.

As ISF e a UNMIT restauraram a estabilidade, permitindo as eleições presidenciais e parlamentares em Abril e Junho de 2007 em uma atmosfera em grande parte pacífica. Em Fevereiro de 2008, um grupo rebelde encenou um ataque frustrado contra o presidente e o primeiro-ministro. O líder foi morto no ataque e a maioria dos rebeldes se renderam em Abril de 2008. Desde os ataques fracassados o governo tem desfrutado de um dos seus períodos mais longos de estabilidade pós-independência.

O Timor Leste, um dos países menores e mais pobres da Ásia, está localizado na metade oriental da ilha de Timor, no Arquipélago Malaio. Anteriormente uma colônia Portuguêsa, ele foi incorporado à força na Indonésia e existiu como sua 27ª província de 1976-1999. Em 20 de Maio de 2002, após uma longa luta, o minúsculo Timor Leste tornou-se a 192ª nação do mundo.

Terra

O Timor Leste compartilha a ilha de Timor, a maior e mais meridional das ilhas Sunda Lesser, com a província Indonésia do Timor Ocidental. Ele inclui a metade oriental da ilha e o enclave de Ambeno, na costa noroeste do Timor-Leste. O interior é montanhoso, com planícies estreitas e pântanos ao longo da costa. Díli, na costa norte, é a capital.

População e Economia

A maioria dos Timorenses são Cristãos Malaios. O Português e o Tétum, uma língua Austronesiana que serve como língua franca, são as línguas oficiais. Há também uma minoria de imigrantes Muçulmanos da Indonésia que foi favorecida em detrimento da população indígena predominantemente Católica Romana durante o período da dominação Indonésia.

O Timor Leste sempre foi pobre, com uma taxa de alfabetização de menos de 50 por cento. Em 1999, um tumulto por milícias pró-Indonésia devastou totalmente a economia. A agricultura de subsistência continuou, mas a maioria dos animais das fazendas tinham sido abatidos, e as plantações onde o café, chá, borracha, e outros cultivos comerciais eram cultivados para exportação tinham sido destruídas. A tarefa de reconstrução continua enorme.

O desolador quadro econômico era esperado melhorar após o Timor Leste começar a receber sua quota das receitas provenientes da exploração do petróleo e do gás natural de depósitos nos termos de um acordo de 2006 com a Austrália. Esta renda era para ser colocada em um fundo fiduciário, com o governo usando apenas os juros do fundo como parte de um esforço de longo prazo para eventualmente, tornar o Timor Leste economicamente auto-suficiente.

Economia – visão geral:

Desde a sua independência de 1999, o Timor-Leste tem enfrentado grandes desafios na reconstrução de sua infra-estrutura, reforçando a administração civil, e gerando empregos para os jovens que entram no mercado de trabalho. O desenvolvimento de petróleo e gás em águas marítimas recursos muito tem complementado as receitas do governo. Esta indústria de tecnologia intensiva, no entanto, tem feito pouco para criar empregos para os desempregados, em parte porque não existem instalações de produção em Timor-Leste.

O gás é canalizado para a Austrália. Em junho de 2005, o Parlamento Nacional aprovou por unanimidade a criação de um Fundo de Petróleo para servir como um repositório para todas as receitas petrolíferas e de preservar o valor da riqueza de Timor-Leste de petróleo para as gerações futuras. O Fundo detinha ativos de 9300 milhões dólar EUA em dezembro de 2011. A economia continua a se recuperar a partir do surto de 2006 meados de violência e agitação civil, que prejudicou tanto a atividade do setor privado e público da economia.

Os gastos do governo aumentou acentuadamente a partir de 2009 até 2012, principalmente em infra-estrutura básica, incluindo eletricidade e estradas. Experiência limitada na aquisição e construção de infra-estruturas tem dificultado esses projetos.

O desafio da política econômica subjacente o país enfrenta permanece a melhor forma de usar a riqueza do petróleo e gás para levantar a economia não petrolífera em um caminho de maior crescimento e reduzir a pobreza. Timor-Leste teve um orçamento equilibrado em 2012 com gastos do governo de $ 1,7 bilhão com foco no desenvolvimento de infra-estrutura pública. Com a força de sua riqueza petrolífera, a economia atingiu um crescimento real de aproximadamente 10% por ano durante os últimos anos, entre as mais altas taxas de crescimento sustentadas do mundo.

História e Governo

Tratados assinados pelos Países Baixos e Portugal em 1860 e 1914, dividiram a ilha de Timor entre as duas potências coloniais. A metade ocidental Holandesa-controlada tornou-se parte da Indonésia independente em 1950. Portugal retirou-se do Timor Leste em 1975. A anexação Indonésia posterior da região nunca foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), por Portugal, ou pela maioria das outras nações do mundo.

Sob o domínio Indonésio, o movimento de independência Timorense (Fretilin) foi brutalmente reprimido. Estima-se que 200 mil Timorenses morreram durante a ocupação. Os Timorenses Bispo Carlos Ximenes Belo e o líder da independência exilado José Ramos-Horta receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1996 por seus esforços para acabar com a violência.

Após a renúncia em Maio de 1998 do longa-data Presidente Indonésio Suharto, a Indonésia finalmente concordou em permitir que os Timorenses decidissem seu próprio futuro, apesar dos temores de que isso encorajaria outros grupos separatistas da Indonésia. Em um referendo de Agosto de 1999, 78,5 por cento dos Timorenses votaram pela independência completa; eles rejeitaram a autonomia dentro da Indonésia.

Após a votação, milícias pró-Indonésia, ao menos parcialmente apoiadas pelos militares Indonésios, lançaram uma campanha de destruição. Cerca de 2.000 pessoas morreram. O governo Indonésio concordou finalmente em Setembro para permitir uma força de paz liderada pela Austrália para restaurar a ordem. Em 27 de Outubro de 1999, a Indonésia ratificou a votação da independência do Timor-Leste; ele formalmente abandonou o controle de uma administração da ONU.

A Fretilin obteve a maioria dos assentos em uma Assembléia Constituinte eleita em Agosto de 2001. Este órgão iria escrever a constituição sob a qual o Timor Leste conquistou a independência completa. Sob sua democracia parlamentar, há um presidente eleito, que é o largamente cerimonial chefe do estado.

Um primeiro-ministro que representa o partido majoritário no parlamento eleito é o chefe de governo. José Alexandre Gusmão venceu as eleições presidenciais realizadas em 14 de Abril de 2002. A Assembléia Constituinte se transformou em uma legislatura seguindo-se as cerimônias da independência em 20 de Maio de 2002. As últimas forças da ONU deixaram o Timor Leste em 2005.

Nova violência eclodiu em 2006, no entanto. Forças de paz internacionais foram novamente enviadas para o empobrecido país. Ramos-Horta, que se tornara o primeiro-ministro, ganhou as eleições presidenciais de 2007. Em Agosto daquele ano, Gusmão se tornou o primeiro-ministro. Em Fevereiro de 2008 os dois líderes sobreviveram a tentativas de assassinato simultâneas pelas tropas dissidentes, em que Ramos-Horta ficou gravemente ferido. Mais uma vez, soldados da paz Australia-liderados foram enviados para restaurar a ordem.

Fonte: Internet Nations

Timor Leste

O território do Timor Leste está na parte leste (parte escura) da Ilha do Timor.

Do Brasil, via Buenos Aires e Sidnei, são cerca de trinta horas de avião para chegar ao país, 10.500 Km de distância e o fuso assemelha-se ao do Japão.

Nome Oficial: Timor Leste (Timor Loro Sa’e)

Capital: Dili

Localização: Sudeste da Ásia

Geografia

Área: 14.609 km². 
Hora local:
 +11h. 
Clima:
 equatorial. 
Cidades: 
Dili (60.150) (1980); Baucau, Ermera, Bobonaro.
População:
 750 mil (2001)
Nacionalidade:
 timorense (ou maubere).
Idioma: 
português, tetum. 
Religião: 
cristianismo 86% (católicos 100%), islamismo e crenças tradicionais 14% (1997). 
Densidade:
 51,3 hab./km² (2001). 
Pop. urb.:
 7,5% (2000). 
Fecundidade: 
3,85 filhos por mulher
Expectativa de vida M/F:
 49,2/50,9 anos; 
Mortalidade infantil:
 121/1000 (2000-2005).Analfabetismo: 40%.

Economia

Moeda: dólar americano. 
PIB:
 US$ 228 milhões (1999). 
PIB agropec.: 
21,3%. 
PIB ind.:
 28,9%. 
PIB serv.:
 49,8% (1999).
PIB per capita:
 US$ 304 (1999). 
Força de trabalho:
 341,9 mil (1993). 
Export.: 
US$ 46 milhões (1999). 
Import.:
 US$ 82 milhões (1999). 
Parceiros comerciais: 
Indonésia.

Timor-Leste é um território com cerca de 19.000 Km2 e cerca de 700.000 habitantes, que ocupa metade de uma ilha situada entre a Malásia e a Melanésia, 500Km a norte da Austrália.

A população de Timor-Leste é de origem Malaia, Melanésia e Polinésia e, contrariamente ao que acontece com as restantes ilhas do arquipélago indonésio, não teve praticamente contato com o Islão ou com o hinduísmo.

Fonte: www.portalafro.com.br

Timor Leste

Díli, capital do Timor Leste

A capital do Timor Leste, Díli, é também a maior cidade da república pequeno e subdesenvolvido asiático. A capital de Timor Leste está situado na costa norte desta nação pequena ilha.

Desde então, a capital de Timor Leste é também a maior cidade geradora de receita do país, portanto, a maioria da população do país estão concentrados aqui.

A capital de Timor Leste, também tem acesso ao melhor aeroporto comercial e militar do país chamado de Presidente Nicolau Lobato Internacional Aeroporto.

As origens da atual capital de Timor Leste, Dili, remonta a cerca de 1520 dC, quando o país estava sob a colonização do Português. A importância de Dili ocorreu durante 1769 dC, quando o país se tornou a capital do Português Timor Leste, a capital do Timor Leste também adquire grande importância durante o período da Segunda Guerra Mundial, quando a cidade ficou sob ocupação japonesa.

A história da capital de Timor Leste, junto com o resto do país foi mergulhado na ocupação estrangeira. Os primeiros ocupantes eram o Português, de quem o país ganhou a independência em 1975, mas após a independência do país ficou sob ocupação adicional de forças indonésias em 1976. Indonésia deu Timor Leste, o estatuto da província 27 da Indonésia, e Dili se tornou a capital de Timor Leste. Os eventos mais horríveis na capital da história de Timor Leste é o massacre de 1991, que aconteceu como resultado da guerra de guerrilha em curso entre ativistas indígenas e forças indonésias desde 1975. A guerrilha deu Timor Leste estado de emergência e eventos de Dili estão sendo regularmente monitorados pela ONU.

Atualmente, Dili é a única cidade do Timor Leste, que pode ser notado por atualizados instalações modernas, como educação e transporte e também por possuir um pouco de arte e patrimônio arquitetônico. A maioria dos edifícios do governo estão localizados aqui, e apesar de a capital do Timor Leste tem testemunhado a violência enorme, mas, as ruas ostentam alguns grandes edifícios de arquitetura Português.

Fonte: www.mapsofworld.com

Timor Leste

Povo do Timor Leste

Apesar de ser um país pequeno, com apenas 15.000 km2 de superfície e uma população de 924.000 habitantes, a riqueza étnico-cultural deTimor-Leste é bem patente nas dezenas de grupos sociais, crenças religiosas e idiomas que o compõem.

Existem mais de 20 grupos linguísticos principais no país. O Tétum, apesar de ser falado diariamente por apenas um quarto da população, é atualmente a língua oficial, a par com o Português. O Tétum Terik, usado no passado para assegurar as comunicações nas relações comerciais, evoluiu para o atual Tétum Praça, por intermédio da assimilação de vocábulos portugueses e malaios.

Timor-Leste
Pescador no Suai. Fotografia: Dan Groshong.

A presença dos portugueses a partir do século XVI foi determinante para o desenvolvimento da fé católica, espalhada pelos missionários que se deslocaram para a ilha. Atualmente, aproximadamente 91,4 por cento da população do país é católica, seguida de protestantes, muçulmanos, budistas e hindus. As práticas e costumes animistas coexistem pacificamente com os diversos credos, contribuindo para a cor e riqueza cultural do povo timorense.

A maioria da população dedica-se à agricultura, essencialmente orientada para o consumo interno, com o café a assumir-se como potencial exportação, a par da exploração dos recursos energéticos do mar de Timor e do emergente setor do turismo.

Geografia

Timor-Leste
Geografia do Timor Leste

Os 15.000 km2 de Timor-Leste distribuem-se pela metade leste da ilha de Timor, com 14.000 km2, o enclave de Oekusi (Oecussi), na metade oeste da ilha, com 815 km2, a ilha de Ataúru (Ataúro), a norte de Dili (Díli), com 141 km2, e o ilhéu de Jaku (Jaco), na ponta leste do país, com 11 km2.

A ilha caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação este-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado.

O ponto mais alto do país, o monte Ramelau (ou Tatamailau), regista 2960m de altitude, com quatro outros pontos a subirem acima dos 2000m: o monte Cablaque, na fronteira dos distritos de Ermera e Ainaru (Ainaro), os montes Merique e Loelaco, na zona oriental e o Matebian, entre Baukau (Baucau) e Vikeke (Viqueque).

Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre os 15º Celsius verificados nas regiões montanhosas e os 30º Celsius verificados em Dili (Díli) e na ponta leste do país.

Timor-Leste
O monte Paichau. Fotografia: Pedro Pires de Matos.

O país está sujeito ao regime de monções, durante o período de Novembro a Maio, altura do ano que regista forte precipitação e os mais elevados valores de calor e humidade. A época seca, de Junho a Outubro, é a melhor época do ano para visitar a ilha, pelas temperaturas mais amenas e baixos valores de humidade e precipitação.

Esta heterogeneidade contribui para a diversidade de paisagens do país, que variam das regiões montanhosas até às planícies e savana, passando pela selva, florestas de coqueiros e palmeiras e plantações de arroz. A pouca amplitude térmica na costa norte e ponta leste de Timor-Leste, que mantém temperaturas relativamente altas contribui para a possibilidade de se desfrutar das suas magníficas praias durante todo o ano.

História

Timor-Leste
Aniversário das FALINTIL

ilha de Timor possui uma longa e orgulhosa história assim como uma rica cultura construída ao longo de séculos. Foi referida por alguns como “a convergência cultural do Oriente”, devido à influência de vários grupos étnicos que contribuiu para o desenvolvimento da ilha.

A ilha de Timor cedo atraiu comerciantes chineses e malaios – com presença desde o século XIII – pela abundância de sândalo, mel e cera. A formação destas redes comerciais esteve também na origem de casamentos com famílias reais locais, contribuindo para a riqueza étnico-cultural da ilha. Os mesmos recursos naturais trouxeram os portugueses até esta região em 1512. Aos comerciantes seguiram-se os missionários e a religião católica é agora predominante.

Durante o século XVI vários reis cristianizados colocaram-se sob o protetorado português, que se viria a consolidar com a chegada, no início do século XVIII, do seu primeiro governador. Esta influência persistiu e resultou na colonização da ilha, particularmente Timor-Leste, por mais de 400 anos. Em 1915, a Sentença Arbitral assinada entre Portugal e a Holanda pôs termo aos conflitos entre os dois países, fixando as fronteiras que hoje dividem a ilha.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os Aliados (australianos e holandeses) envolveram-se numa dura guerra contra as forças japonesas em Timor. Algumas dezenas de milhar de timorenses deram a vida lutando ao lado dos Aliados. Em 1945, a Administração Portuguesa foi restaurada em Timor-Leste.

A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil, a República Democrática de Timor-Leste foi proclamada. Apenas uns dias depois, a 7 de Dezembro de 1975, a nova nação foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes. Em 30 de Agosto de 1999, os timorenses votaram por esmagadora maioria pela independência, pondo fim a 24 anos de ocupação indonésia, na sequência de um referendo promovido pelas Nações Unidas.

Em 20 de Maio de 2002 a independência de Timor-Leste foi restaurada e as Nações Unidas entregaram o poder ao primeiro Governo Constitucional de Timor-Leste.

Hoje, uma rica e diversa comunidade de Timor-Leste mostra as suas mais variadas e diferentes influências históricas proporcionando calorosas e amigas boas-vindas a todos, agora que, finalmente, o País encontrou a paz. Timor-Leste está rapidamente a ganhar a reputação de ser um dos mais seguros, senão o mais seguro, destinos do Sudoeste Asiático.

Pré-História

Timor-Leste
Pintura rupestre em Ile Kére Kére, Tutuala. Fotografia: Daniel Groshong.

Timor-Leste é uma ilha sedimentar localizada na região de Wallacea, área biogeográfica de transição entre as massas continentais da Ásia e da Austrália. Esta área nunca funcionou como uma zona de terra contínua entre os dois continentes, daqui resultando como principal consequência que qualquer migração humana para além do antigo continente asiático envolveu obrigatoriamente o atravessamento de mar.

A história da ocupação humana em Timor-Leste está hoje atestada desde há cerca de 35.000 anos, com datações obtidas após as recentes escavações na gruta de Lene Hara, em Tutuala (O’CONNOR; SPRIGGS; VETH: 2002). Já anteriormente, e no âmbito dos trabalhos desenvolvidos nos anos 60 por Ian Glover (GLOVER:1986), as primeiras datações pelo Radiocarbono confirmavam a ocupação pré-histórica da ilha e grandes transformações na paisagem e de ordem geomorfológica, devido à introdução de práticas sistemáticas de queimadas para fins agrícolas e pastoris. Estas primeiras comunidades agro-pastoris, portadoras de línguas Austronésias, terão chegado a Timor-Leste há cerca de 3.500 / 4.000 anos.

Para além dos trabalhos de Ian Glover, a Missão Antropológica de Timor (chefiada por António de Almeida) havia já levado a cabo nos anos 50 diversos trabalhos de prospecção e escavação de sítios arqueológicos. Data desta época a identificação e registo da gruta de Ile Kére Kére, importante sítio com pinturas rupestres em Tutuala inicialmente publicado por Ruy Cinatti.

Entre esses trabalhos das décadas de 50 e 60 e as novas investigações entretanto começadas em Timor-Leste, passaram mais de 30 anos. No âmbito do East Timor Archaeological Project, projeto de investigação arqueológica sobre a antiga ocupação humana em Timor-Leste iniciado em 2000, inúmeros sítios arqueológicos foram já identificados. Para além de Lene Hara, foram sondados ou parcialmente escavados diversos sítios ao longo de toda a costa Norte, havendo hoje diversas datações radiométricas disponíveis.

O levantamento sistemático das grutas e abrigos com pinturas rupestres, sobretudo na área de Lospalos, permitiu igualmente acrescentar novos sítios aos anteriormente conhecidos (O’CONNOR: 2003). Estes painéis com pinturas, não muito diferentes dos que eram já conhecidos desde os anos 60, atestam a presença de uma expressão cultural datada noutras regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico desde há pelo menos 2.000 anos.

As investigações arqueológicas em Timor-Leste prosseguem, com novos trabalhos a serem desenvolvidos nas regiões de Lospalos, Baucau e Baguia. Após mais de 30 anos em que não foi possível desenvolver qualquer atividade científica em Timor-Leste, o recém-criado país abre as suas portas a novos projetos de investigação, ocupando o lugar que lhe é devido na história da ocupação humana da região do Sudeste Asiático

Fonte: www.turismotimorleste.com

Timor Leste

Dados Gerais da Localização de Timor

A ilha de Timor está situada nos confins do Sudeste Asiático, bastante próxima da Oceania. O nome da ilha é de origem malaia, significando Oriente.

Distingue-se dos ilhéus mais a Leste pela designação de Timor Tesar -Oriente Grande. Sua hora local (+11 GMT), é por si mesma indicativa da realidade geográfica na qual se insere.

A ilha é uma das últimas que formam a Insulíndia. Esta região é formada por arquipélagos de variada extensão, que se espalham em arco entre a Malásia e a Austrália. Deste modo, de um ponto de vista geográfico, histórico e cultural, Timor corresponde a uma área de transição, combinando características asiáticas e do contexto oceânico.

O Crocodilo andou, andou, andou. Exausto, parou, por fim, sob um céu de turquesa e – Oh! Prodígio – transformou-se em terra e terra para todo o sempre ficou. Terra que foi crescendo, terra que foi se alongando e alteando sobre o mar imenso, sem perder por completo, a configuração do crocodilo. O rapaz foi seu primeiro habitante e passou a chamar-lhe Timor, isto é, Oriente. Mito Timorense O Primeiro Habitante de Timor

Timor soma aproximadamente 30.000 km², sendo uma das ilhas que compõem o Arquipélago de Sonda, igualmente parte da Insulíndia. Timor possui formato ablongo, interpretado pelo imaginário local como sendo o contorno de um crocodilo. Este, aliás, é um dos símbolos do país. A ilha está orientada na direção Sudoeste/Nordeste. Ao Sul e Leste é banhado pelo Oceano Índico (Mar de Timor) e ao Norte, pelo Mar de Banda.

O território do Timor-Leste ou Oriental corresponde aos trechos da ilha que até meados dos anos 70 estiveram sob domínio colonial português. Estes formam atualmente a República Democrática de Timor Leste – ou RDTL – independente desde 2002. O resto do território está sob jurisdição da República da Indonésia.

Isto posto, não podemos confundir Timor enquanto ilha com a RDTL. Esta última forma um Estado soberano situado geograficamente numa ilha cuja outra metade não constitui parte do seu espaço político.

Para os padrões brasileiros, a RDTL é um país pequeno. Seu território cobre escassos 18.899 Km². Nesta linha de argumentação, mesmo o menor estado brasileiro, Sergipe (21.862 km²), seria maior que o Timor-Leste. Unicamente na comparação com a menor unidade da federação, que é o Distrito Federal de Brasília (5.794 Km²), sua superfície seria superior.

O Timor-Leste possui dois poderosos vizinhos: a Austrália e a Indonésia, muito mais expressivos em área, população e influência econômica. De um ponto de vista geopolítico, a vizinhança com estes dois colossos pressupõe enorme influência de ambos nos destinos do país. Exatamente por esta mesma razão, é grande a determinação dos timorenses na afirmação da sua identidade histórica, lingüística e cultural.

Com a Indonésia, o Timor-Leste possui suas únicas fronteiras terrestres. A RDTL está separada da Austrália por largos braços de mar. Darwin, a cidade australiana de porte mais próxima, dista aproximadamente 650 km ao Sudeste de Timor.

Aspectos da Geografia Física

Geologicamente, a ilha de Timor é de origem vulcânica. Timor integra o chamado Anel de Fogo, área de intensa atividade sísmica que bordeja todos os países banhados pelo Pacífico. Registra-se a ocorrência de vulcões extintos em Baucau e no Oé-Cussi. Próximo da ilha há uma fossa oceânica ativa. Sendo um território de formação geológica recente, as características do relevo decorrem fundamentalmente desta determinação.

O Timor-Leste é cortado no centro, no sentido Leste-Oeste, por uma imponente cadeia montanhosa, autêntica coluna vertebral da topografia. Esta cadeia de montanhas também constitui o divisor de águas da ilha, sendo origem de uma densa rede hidrográfica, com rios que correm para o Sul e para o Norte com grandes caudais na época das chuvas.

O país possui vários picos ultrapassando 2.000 metros, configurando um território escarpado. Muitas das montanhas findam abruptamente no mar ao largo da costa setentrional. No interior, as ramificações da cadeia montanhosa central formam grande número de vales, rugosidades típicas do relevo de vastas extensões do território timorense.

O ponto culminante do relevo é o Monte Ramelau ou Tatamailau, com 2.963 metros de altitude, situado nas proximidades da fronteira com a Indonésia.

É comum a utilização da sigla RMC para designar o triângulo abrangido pelas três maiores montanhas de Timor-Leste: Ramelau (no centro, entre Ainaro e Atsabe), Matebian (a Leste de Baucau, com 2380 metros) e Cablaki (a Norte de Same, com 2.100 metros).

Ao lado desta topografia montanhosa, Timor conta com uma extensa planície costeira, acomodada ao longo do litoral. A parte meridional é geralmente larga, com a presença de zonas de assoreamento, mangues e de pântanos na desembocadura dos rios. Ao longo do litoral registram-se bancos de areia e várias formações coralígenas de grande beleza.

O clima é equatorial, com temperaturas elevadas e a amplitude térmica pouco significativa. Entre Outubro e Dezembro ocorre o período mais quente. Timor-Leste está inserido na área de ocorrência das monções, influenciando sua pluviometria. Conseqüentemente, uma forte estação chuvosa ocorre entre Dezembro e Março.

A intensidade e distribuição das chuvas influenciam diretamente a configuração da densa rede hidrográfica de Timor, formada por rios de regime torrencial, que correm impetuosamente da Cordilheira central na direção do oceano. O regime pluviométrico determina ainda os dinamismos da vegetação, as possibilidades agro-pecuárias e os assentamentos humanos.

A floresta equatorial constitui uma das mais magníficas manifestações da vegetação original de Timor. A capacidade desta cobertura vegetal em fornecer alimento, lenha e proteção foi desde cedo apreciada pelas diversas etnias que ocuparam o território timorense. A presença abundante do sândalo, coqueiros e acácias constitui uma marca notável da exuberante flora do país.

Pântanos, mangues e clareiras formadas por extensões savaneiras e de campos completam o quadro biogeográfico do país.

Um Pouco da História de Timor

Fontes chinesas, indianas, árabes e malaias indicam a existência de laços comerciais muito antigos com Timor. A partir dos primórdios do Século XVI, no contexto das grandes navegações, seu território foi declarado integrante do império português. Mais tarde, a Holanda disputou o controle da ilha com Portugal, terminando por ocupar sua parte Oeste (Ocidental).

As disputas pela posse do país perduraram até o Século XX. Timor foi o último baluarte da presença portuguesa na Oceania, vivendo em permanente instabilidade provocada pelos cercos e combates com os holandeses. Somente em 1914 a linha fronteiriça com os Países Baixos foi fixada definitivamente, consagrando a divisão de Timor entre as duas potências européias.

A delimitação das esferas de influência em Timor contemplou Portugal com a metade Oriental e a Holanda, com a metade ocidental. No interior da metade holandesa, foi reconhecida a soberania portuguesa sobre o enclave de Oe-Cusse (Ocussi ou ainda Ambeno). Neste enclave, localizava-se a primeira sede administrativa do Timor Português, a cidade de Ocussi. Ademais, também coube a Portugal a ilha de Atauro, na Costa Norte e o ilhéu de Jacó, na ponta Leste.

Ressalve-se que durante a maior parte da sua história o vasto interior do Timor permaneceu livre da dominação portuguesa, que se restringia a alguns povoados do litoral. A ocupação do áspero hinterland montanhoso do país foi muito difícil, dificultado pela resistência da população local – também conhecida como maubere – ao domínio português.

Os portugueses não encontraram um território desabitado e muito menos carente de organização política. Os timorenses encontravam-se organizados em diversas formações políticas, definidas pelos cronistas coloniais como “Reinos”. Denominados de Sucos pela população local, estas estruturas políticas tinham nos Liurais ou Régulos, chefes políticos tradicionais, sua representação mais evidente.

Assim, longe de manterem-se impassíveis, os povos locais resistiram como puderam ao colonialismo, encetando diversas insurreições anticoloniais: Kamenasse-Kailako (1719/1726), Luka (1775/1882), Kova-Kotubaba (1865/1912) e Manu-Fahi (1895/1912). Estas rebeliões acabaram por compelir Portugal a organizar “campanhas de pacificação”, ações militares que se prolongaram por quase 20 anos (1984/1912).

No tocante ao Timor Holandês, este integrava as Índias Orientais Neerlandesas, sob domínio dos Países Baixos. Tornou-se independente em 1945 no interior da República da Indonésia. A Indonésia foi governada por Ahmed Sukarno, um importante líder progressista que encaminhou uma política nacionalista e de contestação ao neocolonialismo. Por isso mesmo, um sangrento golpe de estado promovido por militares pró-ocidentais e apoiado pelos EUA afastou-o do poder em 1965.

Quanto ao Timor Português, este permaneceu sob domínio colonial até 1975. Em Abril de 1974, eclodiu em Portugal a Revolução dos Cravos, derrubando o regime salazarista. O movimento tinha como um dos seus principais objetivos a retirada de Portugal de todas as suas possessões. Em Timor, tal como nas demais colônias, a autonomia finalizaria uma ocupação colonial repudiada pelo conjunto dos nacionalistas.

No entanto, apesar de todas as colônias africanas de Portugal terem alcançado a independência, o mesmo não aconteceu com Timor. A República Democrática de Timor-Leste (RDTL), proclamada pela primeira vez pela FRETILIN (Frente Revolucionária do Timor Leste Independente) em 28 de Novembro de 1975, teve existência efêmera.

Timor-Leste
Guerreiro maubere do Século XIX

Apenas dez dias após a proclamação da independência, iniciou-se em 07 de Dezembro de 1975 a invasão de Timor pela Indonésia. Preparada durante meses pelo Exército deste país com o apoio logístico da administração Gerald Ford, dos EUA, sua intenção era promover a Integrasi, ou seja, a anexação do Timor-Leste à Indonésia.

A invasão inaugurou uma era de repressão, violências e de genocídio físico e cultural sem precedentes na história do território. Ela foi desenvolvida sob o comando do General Suharto, líder do grupo militar que dez anos antes tinha tomado o poder na Indonésia. Sua meta era a transformação do Timor-Leste na “27ª Província da Indonésia”, rebatizado Loro Sae. Com isto, os militares objetivavam assenhorar-se das riquezas do Timor-Leste e liquidar para sempre com o sonho de independência dos seus habitantes.

Naturalmente, a anexação não possuía qualquer amparo legal e, por conseguinte, não foi reconhecida pelo Comitê de Descolonização da ONU. A Organização das Nações Unidas continuou a considerar Portugal como “potência administradora” do país, desqualificando juridicamente a Integrasi promovida pela Indonésia.

O povo timorense repudiou de modo quase unânime os intentos dos invasores estrangeiros. Após muitos anos de duras lutas e resistência ao invasor, o Timor-Leste finalmente conquistou sua independência em 2002.

A RDTL ressurgiu em 2002 como o mais novo Estado soberano do IIº Milênio, uma nação cujas características a transformam num país irmão do conjunto dos brasileiros e numa fonte das novas possibilidades que se desenham no futuro.

A Pluralidade Timorense no Tempo e no Espaço

Como vimos, Timor possui relevo acidentado, repleto de escarpas e vales montanhosos. Os ecossistemas são também diversificados. Este quadro natural, composto por “nichos ecológicos” bem caracterizados, constituiu importante apoio para a perpetuação da diversidade humana na ilha. Isto porque os grupos étnicos de Timor sempre mantiveram forte identificação com determinados ambientes naturais da ilha.

Conseqüentemente, a diversidade do mundo tradicional timorense tanto foi sustentada pelo quadro natural do país assim como este também constituiu condição para esta perpetuação. A relação de equilíbrio mantida com a Natureza fortaleceu a tendência de heterogeneidade da sociedade tradicional maubere, não sendo possível pensar-se numa destas inferências sem a sua contrapartida e vice-versa.

Por isso mesmo, não há um tipo timorense homogêneo. Dum ponto de vista antropológico, os mauberes diferem enormemente entre si. Sem excluir os traços comuns a todas as suas populações, o fato é que estamos diante de um universo crivado de alto a baixo pela heterogeneidade, mantida durante o período colonial.

A manutenção desta diversidade sob domínio português resultou tanto da escassa inserção do colonizador no país, que nunca reuniu condições de homogeneizar culturalmente o Timor Oriental, quanto pela política de exaltar deliberadamente as diferenças como parte de uma estratégia visando manter os mauberes em desunião permanente.

A isto se agrega o fato do país caracterizar-se, desde passado remoto, por densa presença humana. Em 1979, a população do Timor Oriental somava 740.000 almas, isto é, algo como 39 hab/km², cifra bastante significativa para uma sociedade tradicional. A sociedade maubere era basicamente rural e o timorense típico, habitante de uma das centenas de aldeias disseminadas no território da ilha, assentamentos via de regra imemoriais.

Outro aspecto importante no Timor português é que a população autóctone sempre foi majoritária. Por exemplo, os dados oficiais de 1950 relativos à população contabilizavam 442.378 habitantes. Nestes, os europeus somavam 568 indivíduos (quase todos portugueses), os mestiços, 2.022 (geralmente pai português e mãe maubere), os chineses, 3.128 (em sua maioria comerciantes) e outros não-indígenas, como árabes e goeses (naturais de Goa, então parte da chamada Índia Portuguesa), 212. Estavam também identificados 1.541 “indígenas civilizados”, assimilados ao modo de vida do colonizador.

Os dados evidenciam que a imensa maioria da população (98%) era formada por mauberes, milenarmente estabelecidos no país. O substrato original da população local, assim como dos habitantes das ilhas dos arredores e da Papua-Nova Guiné, decorre de uma vaga de povoamento antiqüíssima, datada de 30.000 anos atrás. Posteriormente, uma segunda onda migratória, procedente da Ásia Continental e formada por malaios, alcançou a região por volta de 2.500/1.500 a.C.

Por conseguinte, os mauberes resultam da mestiçagem entre o primeiro grupo de migrantes, aparentados com os papuas e com os melanésios, com grupos de malaios. Numa proporção muito menor, árabes, chineses, indianos e inclusive africanos provenientes das colônias portuguesas, dissolveu-se no corpo principal do povo maubere. Quanto à sociedade tradicional propriamente dita, esta é formada por cerca de 16 grupos étnicos, configurando um complexo mosaico lingüístico e cultural.

No entanto, a diversidade jamais significou ausência de contatos entre as etnias do território. A sociedade tradicional timorense estabeleceu formas de cimentar a solidariedade sem perder suas especificidades. Esta tendência explica a afirmação do Tétum enquanto língua franca ou veicular, desempenhando papel de idioma de contato entre as etnias do Timor-Leste.

Através do Tétum, os timorenses comunicavam-se entre si, sem prejuízo para as demais línguas e dialetos. O prestígio do Tétum no período colonial foi reafirmado pelo apoio da Igreja Católica, utilizando-o na evangelização. O ensino do Tétum foi promovido pelos missionários e também pela administração portuguesa.

Nas lutas de libertação nacional, o Tétum consolidou-se enquanto elemento de unidade nacional. Nas montanhas, utilizando o método Paulo Freire, a resistência timorense desenvolveu intensas campanhas de alfabetização em Tétum, contribuindo assim para sua afirmação no seio do povo maubere. Não sem motivo, o Tétum, ao lado do português, constitui uma das línguas oficiais da RDTL.

Outro ponto a ser ponderado quanto aos aspectos sociais, lingüísticos e culturais de Timor foram os 470 anos de dominação colonial. Os portugueses marcaram indelevelmente a personalidade nacional maubere, processo este que impregnou sua cultura nos mais diferentes aspectos.

Dentre estes, a contribuição religiosa conquista destaque especial. Com a chegada dos primeiros missionários a partir do último quartel do Século XVII, iniciou-se a evangelização, base para que mais tarde, o Timor-Leste se transformasse num país quase inteiramente católico. Esta é uma singularidade importante quando lembramos que a Indonésia, seu poderoso vizinho, é o mais populoso país muçulmano do mundo.

Ser Católico para não ser Indonésio

Um aspecto interessante do catolicismo timorense é que este triunfa durante a ocupação indonésia. Em 1975, ano da invasão, numa população de 689.000 habitantes os católicos eram 225.000 (32 % do total). Na ocasião, a maioria dos mauberes, 400.000 pessoas (58%), professava culto animista. As minorias protestante e muçulmana eram inexpressivas. Em 1984, entre os 578.000 timorenses (decréscimo provocado pela ocupação), os católicos já são 458.000 (79%), os animistas reduziam-se a 100.000 indivíduos e os muçulmanos, quase todos indonésios, eram 15.000. A rápida expansão do catolicismo resultou da fricção com o Islamismo. Este, ao ser identificado com os ocupantes, não suscitava qualquer receptividade junto aos mauberes. Pelo contrário, o choque com os indonésios levou imensa maioria dos timorenses a adotar o catolicismo como forma de preservar sua identidade.

Além do catolicismo, outra contribuição importante foi a língua portuguesa. O português consolidou-se como meio de comunicação dos segmentos instruídos e das camadas urbano-cristianizadas do país. Proibido pelos invasores indonésios, o idioma sobreviveu e terminou reconhecido, ao lado do Tétum, como língua oficial do Timor-Leste.

A Resistência Maubere sempre insistiu no papel central da língua portuguesa no Timor-Leste independente. O português é um suporte fundamental da identidade nacional timorense, diferenciando-a dos milhões de falantes do Bahasa na Indonésia e do inglês na Austrália e em vários dos países vizinhos.

Não admira, pois que o Timor-Leste independente tenha se tornado o oitavo país de língua oficial portuguesa no mundo e também, ingressado na CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Timor é indiscutivelmente um parceiro na solidariedade inquebrantável que deve unir o mundo lusófono, contrapartida a uma globalização anglófona.

“Defendemos a reintrodução do português como língua oficial porque ainda há milhares de timorenses que falam o português e porque o Timor-Leste simplesmente não poderia sobreviver como uma identidade específica sem o português. É o português que garante a identidade de Timor-Leste, é o português que nos diferencia da região, é o português que nos permite comunicação, ligação e solidariedade com um espaço maior, que é o espaço lusófono”(Declaração de José Ramos Horta à Folha de São Paulo, 21-10-1996).

A República Democrática de Timor-Leste mantém laços privilegiados com os países de língua oficial portuguesa (Constituição da RDTL, 2002, Parte I, Artigo 8, § 3).

Eis assim como o Timor se apresenta ao mundo: uma nação plural, tropical, jovem, católica e para arrematar, falante do português. O que mais seria necessário para tornar esta nação próxima, de uma forma ou de outra, de milhões de brasileiros?

A Organização do Espaço Timorense

A sociedade maubere tradicional se pautava pelo minucioso aproveitamento dos recursos naturais, tendo por base a propriedade comum. Praticava-se a agricultura, a coleta de raízes e frutos, a caça e a pesca. Alguns grupos, como os Makassai da Cordilheira Central, construíam terraços nas montanhas para a cultura do arroz de regadio. Um comércio fundamentado em trocas complementares atravessava o conjunto da ilha. Os timorenses desconheciam a carestia. A fome era um acontecimento excepcional.

Embora a sociedade timorense tenha vivenciado, a partir do contato com os portugueses, mudanças em diversos aspectos, isto não implicou na desarticulação da vida tradicional, pois Timor ocupava uma posição marginal no Império Colonial Português. As atividades prediletas do mercantilismo português – o comércio de especiarias, agricultura de plantation, tráfico de escravos e a obtenção de metais preciosos – não eram sob qualquer ponto de vista favorecidas em Timor. Mesmo as especiarias – produtos típicos da Insulíndia – se concentravam nas ilhas mais a Oeste (as Molucas) ou a Leste (Java e Sumatra).

A grande riqueza do Timor colonial, a madeira do sândalo, esgotou-se logo nos primeiros momentos da colonização. Somente a partir do Século XIX, com o crescimento da demanda internacional pelo café, o país volta a figurar no mapa econômico português. O café timorense, de excelente qualidade, retinha um papel suplementar junto à economia tradicional, tornando-se o principal item da pauta de exportações do Timor Português (80% do total).

Embora fossem conhecidas (ou parcialmente exploradas) jazidas de cobre, de ouro, manganês, mármore azul – e em particular as fabulosas reservas de gás e petróleo – país permaneceu essencialmente agrícola, tendo o milho e o arroz como principais cultivos. A pesca era (e ainda é) explorada artesanalmente pelas populações costeiras. A caça conquistava certa proeminência na sociedade tradicional, incorporada à pauta alimentar ou fornecendo “bens de prestígio” (peles e penas raras).

Devido ao isolamento, Timor Oriental, contrariamente às demais colônias portuguesas, orientou seu comércio mais na direção dos países da região do que para a metrópole. Fato notório, Portugal investiu grande parte das suas energias nas colônias africanas, notadamente Angola e Moçambique. O nível de vida do Timor Português permaneceu muito baixo, não diferindo, contudo do encontrado na parte ocidental da ilha.

Este contexto explica a fraca articulação da rede urbana. Pouco expressiva, era composta por vilarejos geralmente dispostos ao longo da planície litorânea, servindo de suporte ao domínio colonial. Díli, a capital, contava em 1970 com apenas 18.000 habitantes. Os demais núcleos urbanos, como Lospalos, Baucau, Viqueque, Same, Ainaro, Balibo, Manatuto, Maubara e Liquiça, embora importantes na vida do país eram ainda mais modestos.

Esta organização espacial, que durante décadas caracterizou o espaço timorense, foi dilacerada pela ocupação Indonésia e rearticulada de modo a favorecer o novo ocupante, muito mais sequioso de explorar as riquezas do país. Os traumas provocados pela decidida atitude dos novos colonizadores em saquear o país constituem ainda hoje um dos desafios a serem enfrentados pela RDTL.

Impactos da Invasão Indonésia e a Independência

Conforme já registramos, a presença portuguesa no Timor-Leste, introduziu mudanças e intercâmbios que se sedimentaram lentamente ao longo de quase cinco séculos de história. Nada disto pode obscurecer o fato evidente de que a dominação portuguesa foi marcada, como é próprio de qualquer situação colonial, pela opressão e subserviência da colônia à metrópole, e indiscutivelmente, sempre na direção de favorecer economicamente os mandatários.

No entanto, em nada a administração portuguesa poderia ser equiparada em termos da brutalidade e desumanidade com as duas décadas e meia de ocupação da Indonésia. Ao contrário dos portugueses, os indonésios promoveram alterações radicais no país.

A grande meta dos indonésios era o petróleo. Timor detém uma das maiores jazidas de petróleo e de gás natural do mundo. Deste modo, muitos concordam com a avaliação pela qual o controle destas jazidas seria um dos principais motivos da invasão. O petróleo também constituiu elemento de barganha para a Indonésia obter o apoio da Austrália à anexação, com a qual foi acertada a partilha do recurso através do infame Tratado chamado Timor Gap (1989).

À espoliação econômica, somaram-se os impactos decorrentes dos deslocamentos forçados de população, colonização da ilha com etnias estranhas ao território, destruição do meio ambiente, repressão cultural e sumamente, o massacre puro e simples dos mauberes, produzindo duras seqüelas, das quais os timorenses até hoje se ressentem. Não por acaso, Timor é a nação mais pobre da Ásia.

Nobel para Timor

Dois filhos da terra de Timor, José Ramos-Horta, considerado o rosto da resistência maubere no exterior e o Bispo D. Ximenes Belo, foram laureados com o Nobel da Paz de 1996. Esta decisão foi considerada como das mais polêmicas da história do Nobel da Paz. Tratou-se de um inequívoco reconhecimento do direito do povo maubere a autodeterminação nacional.

A ocupação Indonésia alterou drasticamente os dados básicos da demografia timorense. Uma das conseqüências da invasão foi um acelerado “processo de urbanização” resultante da fuga em massa da população civil das áreas de conflito ou pelos deslocamentos induzidos pelas tropas de ocupação. Por isso mesmo ocorreu, em termos da realidade timorense, um “inchaço urbano” em várias cidades do território.

Em 2003, refletindo este drástico processo ocorrido em 25 anos, Díli, que nos anos 70 possuía 18.000 habitantes, alcançava 50.800 habitantes; Dae, 18.100; Baucau, 15.000; Maliana, 13.000; Ermera, 12.600; Aubá 6.600 e Suai, 6.400 (World Gazeteen). Recorde-se que em Timor, tal como em outros países crivados por conflitos, a expansão urbana raramente é sinal de qualidade de vida, mas sim de favelamento, más condições sanitárias, falta de oportunidades, etc.

Porém, acima de tudo o povo maubere ressente-se das perdas humanas. Acredita-se que durante a ocupação (1975-1999) cerca de 200.000 pessoas, ou seja, 1/3 da população total, tenha sido dizimada pelo exército da Indonésia. Este genocídio reuniria, pois características “judaicas” (pois como no caso dos judeus uma terça parte do grupo foi morta), assim como “armênias” (face ao primitivismo dos métodos de eliminação praticados pelo exército indonésio).

Praticado com uma impiedosa determinação, o massacre do povo maubere foi pouco noticiado no exterior. Uma dos raros registros destes acontecimentos foi a cobertura realizada pelo cineasta Max Stahl do massacre no cemitério de Santa Cruz, ocorrido em 1991 em Díli, quando os indonésios massacraram dezenas de civis.

A resistência contou com reduzida rede de apoios no exterior, praticamente restrita a setores da Igreja Católica, nações de língua portuguesa na África e a opinião pública de Portugal. A dificuldade em agremiar apoio foi tanto decorrente da luta desenvolver-se em um país distante e pouco conhecido, quanto pelo apoio ocidental à Indonésia, favorecendo a aceitação de uma situação “de fato”.

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, destacaram-se no apoio à luta do povo maubere. Registra o Relatório de 1982 da Delegação Central da FRETILIN em Missão de Serviço no Exterior do País: “Na nossa luta pela libertação nacional, os cinco Países irmãos de África que conosco sofreram o colonialismo português tem sido a nossa retaguarda segura. A sua experiência vitoriosa tem sido uma fonte constante de ensinamentos; o seu prestígio internacional tem contribuído para as nossas vitórias diplomáticas. A sua experiência diplomática tem sido posta a serviço do Povo Maubere. Em todas as instâncias internacionais, o Timor Leste tem estado na primeira linha de preocupações dos dirigentes e dos quadros dos cinco Estados irmãos”.

Seguramente, ante a uma situação como esta, restavam aos mauberes duas alternativas: submeter-se ou lutar. Escolheram lutar. Iniciada em 1975, a resistência continuada dos mauberes forçou a Indonésia finalmente a anunciar em 1999, a realização de um referendo, propondo independência ou autonomia. 80% dos timorenses optaram pela independência.

Timor-Leste
Onze anos após o massacre de Santa Cruz, timorenses reclamam a constituição de um tribunal internacional para julgar 
os responsáveis por abusos cometidos no Timor-Leste durante a ocupação.

Ainda assim não havia terminado a “algema de lágrimas” do povo maubere. A reação do exército indonésio e das milícias ligadas ao aparato de repressão originou novos massacres e destruição generalizada do país. O resultado inequívoco do plebiscito, acompanhado do clamor mundial contrário à Indonésia, respaldou a entrada em cena da ONU no território.

A UNTAET (United Nations Transitional Administration in East Timor), assumiu o exercício da administração do território, conduzindo-o finalmente à independência em 2002.

E, a testa da nova República está um veterano da luta pela independência: José Alexandre “Xanana” Gusmão, a quem se requisita a totalidade do seu conhecimento político para conduzir os primeiros passos da nova república.

Timor: Um Cadinho de Esperanças

Afastado para sempre o terror da dominação colonial, vislumbra-se para o povo maubere todas as potencialidades que se colocam pela liberdade. A RDTL, como depositária de tantas lutas e esperanças não está sozinha.

A jovem república conta com o apoio solidário do espaço lusófono e neste, com toda a rica experiência do Brasil no domínio da tropicalidade. Conta com a simpatia comprovada dos grupos democráticos, progressistas e de apoio ao Terceiro Mundo. Conta com as Ongs populares. Conta com as proposições alternativas e inovadoras, factíveis de transformar Timor num novo espaço de experiências para o conjunto dos seus povos.

Os timorenses contam enfim com um mundo inteiro, inteiro demais para que seu jovem e simpático país deixe de despontar no futuro como um exemplo na constelação de países que povoam o nosso planeta!

Nome Oficial: República Democrática de Timor-Leste
Superfície: 18.899 km²
Capital: Díli
Data de Formação do Estado: 28/11/1975. Reconhecimento internacional em 20/05/2002.
Línguas Oficiais: A constituição reconhece o Português e o Tétum como línguas oficiais de Timor-Leste. O Tétum e as demais línguas nacionais serão desenvolvidas e valorizadas pelo Estado. A RDTL autoriza a utilização do Bahasa-indonésio e do inglês.
População absoluta: 794.298 habitantes (ONU, 2001)
População relativa: 42 hab/km²
Religião: 95% são católicos; práticas animistas subsistem.
Hino Nacional: “Pátria”
Presidente: José Alexandre “Xanana” Gusmão.
Premier: Mari Alkatiri
Expectativa de Vida: 57 anos (ONU)
Alfabetizados: 56% (ONU)
Renda per capita: US$ 478

Maurício Waldman

Indicações Bibliográficas

WALDMAN, Maurício, 1993, Em Timor-Leste, A Luta Continua, artigo in Dossier “Véspera”, número 247, de 07/03/1993, AGEN – Agência Ecumênica de Notícias, São Paulo. Artigo disponibilizado na seção de história do site www.mw.pro.br;
WALDMAN, Maurício et SERRANO, Carlos, 1997, Brava Gente de Timor, Prefácio de Noam Chomsky, Editora Xamã, São Paulo, SP.

Fonte: www.timorcrocodilovoador.com.br

Timor Leste

Timor-Leste é um pequeno e pobre país com íntimas ligações históricas a Portugal, e um destino turístico de futuro. Conhecer a capital Dili e seus mercados, percorrer a colonial Baucau, conhecer lugares como Los Palos ou Metinaro, visitar a deslumbrante ilha de Ataúro, subir ao monte Ramelau por entre plantações de café, nadar nas praias de areia branca da ilha de Jaco são alguns dos prazeres possíveis em viagens a Timor-Leste. Um destino onde não é fácil viajar, mas onde a experiência vivida tudo compensa.

Fotos

Os sorrisos das crianças timorenses, bem como os seus olhos negros, profundos e igualmente risonhos são algo absolutamente encantador.

Aqui fica um curto retrato dessa pequenada, bem como da caricata manifestação de Dili e de um punhado de gentes e lugares de um dos mais novos países do planeta: Timor-Leste.

Timor-Leste
Entardecer na praia da Areia Branca, Dili, capital de Timor-Leste

Timor-Leste
Um timorense corre em redor do Cristo-Rei de Dili, semelhante ao homônimo do Rio de Janeiro

Timor-Leste
Vista sobre a praia do Cristo-Rei, Dili

Timor-Leste
Um grupo de timorenses de outros distritos repousa nas imediações de uma manifestação organizada pela igreja católica, Dili

Timor-Leste
Manifestante vestido com trajes tradicionais, Dili

Timor-Leste
Grupo de manifestantes canta e dança durante uma manifestação, Dili

Timor-Leste
Pormenor de Santa Cruz  

Timor-Leste
Imagem de uma típica aldeia timorense  

Timor-Leste
Vista da aldeia de Lorí, situada no extremo sudeste de Timor-Leste

Timor-Leste
Praia na região de Metinaro, costa norte de Timor-Leste  

Timor-Leste
Sinais da presença portuguesa em território timorense

Fonte: www.almadeviajante.com

Timor Leste

Nome completo: República Democrática de Timor Leste

População: 1,2 milhões (ONU, 2010)

Capital: Dili

Área: 14.609 km ² (5.641 milhas quadradas)

Principais idiomas: Tétum e Português (oficial), Indonésia e Inglês (línguas de trabalho)

Principal religião: Cristianismo

Expectativa de vida: 62 anos (homens), 64 anos (mulheres) (ONU)

Unidade monetária: 1 dólar EUA = 100 centavos

Principais exportações: café, mármore potenciais, para as exportações de petróleo

RNB per capita: 2.730 dólares americanos (Banco Mundial, 2010)

Domínio da Internet:. Tl

Código de discagem internacional: 670

Perfil

Estrada de Timor Leste para a independência – alcançado em 20 de Maio de 2002 – foi longa e traumática.

As pessoas da primeira nação do novo século sofreu algumas das piores atrocidades dos tempos modernos.

Um relatório independente encomendado pela administração transitória das Nações Unidas em Timor Leste, disse que pelo menos 100 mil timorenses morreram como resultado da ocupação da Indonésia de 25 anos, que terminou em 1999.

Portugal começou a estabelecer o controle colonial sobre Timor no século 16, quando a ilha foi dividida em pequenos estados. A Holanda depois colonizaram o oeste da ilha, que foi formalmente dividida entre os dois poderes imperiais em 1916.

Portugal investiu pouco em Timor, e retirou-se unilateralmente em 1975, após a decisão de dissolver o seu império colonial.

A Indonésia invadiu poucos dias depois da declaração de independência timorense, e usaram a força para esmagar a resistência popular.

As grandes potências regionais e mundiais fizeram pouco para combater o regime indonésio, que não foi reconhecido pela ONU. Guerrilheiros das Falintil lutaram pela independência, e sua causa capturado a atenção do mundo em 1991, quando as forças indonésias abriram fogo contra uma procissão memorial na capital, Dili, matando pelo menos 250 pessoas.

A pressão internacional aumentou e finalmente convenceu a Indonésia para permitir que um referendo sobre a independência em 1999, durante a qual uma milícia pró-Indonésia, aparentemente com indonésia de apoio ao exército, tentou, em vão, usar o terror para desencorajar os eleitores.

Quando o referendo mostrou que o apoio esmagador para a independência, a milícia entrou em fúria, centenas assassinos e reduzindo cidades em ruínas. Uma força de paz internacional interrompeu o caos e abriu o caminho para uma missão das Nações Unidas, que ajudou a reconstruir Timor Leste.

A reconstrução de Timor Leste tem sido uma das maiores histórias de sucesso da ONU. A Missão das Nações Unidas de Apoio no Timor Leste, UNMISET, acabou em maio de 2005.

Timor-Leste
Timorenses saudaram a independência, em 2002, com júbilo

Mas a segurança tem sido precária. Um surto de violência de gangues em 2006 levou o Conselho de Segurança da ONU de criar uma nova força de paz, a UNMIT. A ONU disse que a pobreza eo desemprego tinha agravado a agitação.

Como uma das nações mais pobres da Ásia, Timor Leste vai contar com ajuda externa por muitos anos. A infra-estrutura é pobre eo país é propenso à seca.

No entanto, de petróleo no mar vasto e campos de gás no Mar de Timor segurar muito potencial. Timor Leste ea Austrália concordaram em compartilhar receitas das reservas. Como parte do acordo, a decisão sobre a disputada fronteira marítima na área foi adiada.

Timor Leste está tentando promover a reconciliação nacional. Indonésia e Timor Leste criar organismos para levar os perpetradores da violência de 1999 para a justiça. No entanto, um relatório de 2005 das Nações Unidas concluiu que os sistemas não conseguiram entregar. O tribunal indonésio especial absolveu a maioria dos 18 suspeitos indiciados.

Cronologia:

1600 – Português invadem Timor, criado posto de comércio e uso ilha como fonte de sândalo.

1749 – Timor dividir seguindo batalha entre Português e Holandês. Português tomar a metade oriental.

1942 – japonês invadir, lutando batalhas com tropas australianas. Até 60 mil timorenses foram mortos. Japão no controle até 1945.

1974 – Revolução em Portugal leva a promessa de colônias livres, encorajando as partes a se preparar para novo futuro.

1975 – Agosto – retira administração portuguesa a offshore ilha de Ataúro.

1975 – Outubro – Cinco australiano baseados jornalistas mortos ao longo da fronteira com Timor Ocidental, alegadamente por tropas indonésias.

1975 – Novembro – Após a guerra civil breve, a Fretilin (Frente Revolucionária para um Timor Leste Independente) declara Timor Leste independente.

Invasão da Indonésia

1975 – Dezembro – Indonésia invade, utilizando a sua luta contra o comunismo como pretexto. Ele anexa território como sua 27 ª província, um movimento não reconhecido pela ONU.

Forte resistência ao regime indonésio, seguido pela repressão e da fome em que 200.000 pessoas são pensados para ter morrido.

1981 – Xanana Gusmão torna-se líder das Falintil (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor Leste), o braço armado da Fretilin.

1991 – Santa Cruz massacre do cemitério em que as tropas fogo em luto em um funeral em Díli de apoiante da Fretilin, matando mais de 100 pessoas.

1992 – revés para a resistência como Gusmão é capturado perto de Díli. Em 1993, ele é acusado de subversão e condenado à prisão perpétua, que posteriormente é reduzido.

1993 – Grupos de timorenses entrar embaixadas estrangeiras em Jacarta ao longo dos próximos anos que buscam asilo político.

1995 – 20 º aniversário da invasão indonésia marcado por protesto de 112 timorenses e simpatizantes que entram embaixadas russa e holandesa em Jacarta.

1996 – Atuando bispo de Díli, Carlos Ximenes Belo, líder da resistência e José Ramos-Horta outorgado Prêmio Nobel da Paz, a sensibilização internacional da luta pela independência de Timor Leste.

1998 – O Presidente indonésio, Suharto demite. Substituído pelo Bacharuddin Jusuf Habibie, que sugere território pode ser um estatuto especial dentro da Indonésia.

Aderência da Indonésia solta

1999 Janeiro – Indonésia diz que vai considerar a independência de Timor Leste se as pessoas rejeitam a autonomia.

1999 Fevereiro – Abril – Gusmão mudou-se de prisão de Jacarta para prisão domiciliar. Em resposta à crescente violência anti-independência ativistas, guerrilheiros ordens de Gusmão para retomar a luta pela independência.

1999 Maio – Indonésia, Portugal assinam acordo para permitir que os timorenses para votar em seu futuro. Lidar endossado pela ONU.

1999 – 30 de agosto a quase 99% de votos 450000-forte eleitorado no referendo organizado pelas Nações Unidas.

De setembro de 1999 – Resultado do referendo mostra eleitores 78% favoreceu a independência.

A violência explode como independência anti-milícia ajudado pela campanha currículo militar indonésia de terror, deixando-se a 1.000 mortos. Um quarto dos fogem as populações, principalmente para Timor Ocidental. A lei marcial imposta. Gusmão libertados.

Liderada pela Austrália força de paz chegar, gradualmente restaura a ordem. Muitos membros da milícia fugir para Timor Ocidental, para evitar a prisão.

Indonésia parlamento reconhece resultado do referendo.

Outubro de 1999, Gusmão liberado. Administração Transitória das Nações Unidas em Timor Leste (UNTAET) estabelecida.

1999 – Dezembro internacionais doadores em uma conferência de Tóquio concorda em fornecer EUA 520 milhões dólares em ajuda para ajudar a reconstruir o Timor Leste.

2000 Setembro – funcionários da ONU evacua de Timor Ocidental após o assassinato de três trabalhadores da agência de refugiados por quadrilhas de milícias pró-indonésias. Um tribunal indonésio prisões seis homens de até 20 meses para os assassinatos, ganhando indignação internacional por ser muito leniente.

2001 Julho – Timor Leste, Austrália assinam memorando de entendimento sobre as receitas futuras de campos de petróleo, de gás no Mar de Timor em que Timor Leste se obter 90% das receitas.

Agosto de 2001 – Eleição de 88 membros da Assembleia Constituinte; vitórias do partido Fretilin, tendo 55 lugares.

2002 Janeiro – Verdade e Reconciliação abre para tentar curar as feridas do passado.

Indonésia inaugura tribunal de direitos humanos para responsabilizar militares por atrocidades em Timor Leste depois de 1999 votação da independência.

2002 Fevereiro – Timor Leste Assembleia aprova projeto do governo que prevê a constituição executado ao longo de linhas parlamentares.

Timor Leste ea Indonésia assinam dois acordos que visam facilitar as relações.

abril de 2002 – Xanana Gusmão vence as eleições presidenciais.

2002 – 20 mai – Conselho de Segurança estabelece Missão das Nações Unidas de Apoio no Timor Leste (UNMISET) para ajudar as autoridades timorenses.

Independência

2002 – 20 Maio – Independência: convidados VIP incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e presidente da Indonésia, Megawati Sukarnoputri juntar celebrações em Díli.

De setembro de 2002 – Timor Leste torna-se membro da ONU 191.

2004 Janeiro – Portugal anuncia $ 63m (50m euros) pacote de ajuda.

2004 Fevereiro – Produção no campo de gás começa; Bayu Undan projeto deverá ganhar US $ 100ma ano.

De novembro de 2004 – Fim de dois anos processo em que 18 pessoas foram julgadas por tribunal indonésio por abusos dos direitos humanos em Timor Leste durante 1999 unidade independência. Apenas uma condenação – a de líder de milícia Eurico Guterres – é de pé esquerdo.

2005 Abril – Timor Leste, Indonésia sinal acordo de fronteiras marco durante a primeira visita presidente indonésio Yudhoyono a Díli desde que chegou ao poder.

2005 – Junho restantes forças de paz australianas sair.

2005 – comissão de Agosto – Verdade, criada por Timor Leste e Indonésia, realiza a sua primeira reunião. O corpo, que não tem competência para julgar, vai analisar a violência que acompanhou a independência de Timor Leste em 1999.

2006 Janeiro – Timor Leste, Austrália assinar um acordo para dividir bilhões de dólares em receitas esperadas de petróleo e gás no Mar de Timor. Sob o acordo, as negociações sobre a fronteira marítima disputada são adiados.

Relatório sobre supostas atrocidades cometidas durante o regime indonésio de 24 anos é apresentado à ONU. Ele acha que a ocupação foi diretamente responsável pela morte de mais de 100 mil timorenses.

Combate

2006 Maio – tropas estrangeiras chegam em Díli, para tentar restaurar a ordem como confrontos envolvendo ex-soldados, que foram demitidos em março, descer na maior violência entre facções, bem como saques e incêndios. Pelo menos 25 pessoas são mortas e cerca de 150 mil se refugiam em acampamentos improvisados.

Junho-Julho de 2006 – primeiro-ministro Alkatiri renuncia sobre sua manipulação da violência. José Ramos-Horta é nomeado como primeiro-ministro.

2006 – missão de paz Agosto – não – militar, a Missão Integrada da ONU em Timor Leste, ou a UNMIT, está configurado.

2007 Janeiro – O ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, vai a julgamento por acusações de armar civis durante 2006 inquietação.

Maio de 2007 – primeiro-ministro José Ramos-Horta vence eleição presidencial.

Junho de 2007 – Fretilin, liderada pelo ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, ganha o maior número de votos em eleições parlamentares, mas não a maioria necessária para governar sozinho.

De agosto de 2007 – Xanana Gusmão é nomeado primeiro-ministro, provocando violentos protestos.

Novembro de 2007 – Um tribunal australiano regras que cinco australiano baseados jornalistas foram deliberadamente mortos por tropas indonésias em 1975, para impedi-los expondo a invasão de Timor Leste.

Ramos-Horta ataque

2008 Fevereiro – Presidente José Ramos-Horta é baleado no estômago por soldados renegados em um ataque contra a sua residência Dili. O líder rebelde Alfredo Reinado foi morto no ataque.

2008 – Abril Gastão Salsinha, novo líder do grupo rebelde que tentou assassinar o presidente, se entrega junto com 12 de seus homens.

2008 Maio – Presidente Ramos-Horta pede Nações Unidas para manter a sua missão no país por mais cinco anos, citando preocupações de segurança.

2008 – relatório de julho-final por conjunta indonésio-timorense Oriente Verdade Comissão culpa Indonésia para as violações de direitos humanos no período que antecedeu a independência de Timor Leste em 1999 e insta-o a pedir desculpas. Presidente Yudhoyono expressa “profundo pesar”, mas não chega a um pedido de desculpas.

2009 – missão de paz da ONU Maio devolve o controle de um distrito de volta para a polícia local, pela primeira vez desde os distúrbios de 2006.

2009 – Agosto-Presidente Ramos-Horta demite um relatório da Anistia Internacional, que acusa o governo de não fazer justiça aos cidadãos que sofreram com a violência de 1999. Ele reconhece fracasso em enfrentar a pobreza.

2009 – Setembro-Indonésia diz laços com a Austrália pode ser prejudicado por um inquérito de crimes de guerra em cinco jornalistas australianos que morreram durante a invasão indonésia de Timor Leste em 1975.

Comissário de fevereiro de 2010 de Timor Leste anti-corrupção em primeiro lugar, Adérito Soares, é empossado para investigar repetidas acusações de corrupção contra funcionários.

2010 Março – Um tribunal condena rebeldes sobre a tentativa de assassinato do presidente em 2008, prendendo-los por até 16 anos. O Presidente Ramos-Horta posteriores perdoa-los ou comuta as penas.

2011 Março – Timor Leste oficialmente se associe à do Sudeste Asiático agrupamento regional, a ASEAN.

2012 Abril – O ex-chefe das Forças Armadas Taur Matan Ruak vence a segunda volta das eleições presidenciais.

2012 Julho – National Primeiro-Ministro Xanana Gusmão Congresso para a Reconstrução Timorense bate a Fretilin oposição nas eleições parlamentares, mas fica aquém de uma maioria. Governo de coalizão continua.

2012 novembro – Centenas de soldados australianos retirar de Timor Leste, pondo fim a uma missão de estabilização de seis anos.

Fonte: news.bbc.co.uk

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