Caju

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Nome popular: cajueiro

Nome científico: Anacardium orcidentale 1.

Família botânica: Anacardiaceae

Origem: Brasil – Nas regiões costeiras do Norte e Nordeste.

Caju
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Características da planta

Árvore que pode atingir até 10 m de altura, apresenta copa proporcional ao seu tamanho, arredondada chegando a alcançar o solo.

Tronco geralmente tortuoso e ramificado. Folhas róseas quando jovens, verdes posteriormente.

Flores pequenas, branco-rosadas, perfumadas, surgindo de junho a novembro.

Fruto

O fruto pequeno de coloração escura e consistência dura é sustentado por uma haste carnosa e suculenta bem desenvolvida, de coloração amarela, alaranjada ou vermelha.

Da haste obtém-se matéria- prima para o fabrico de sucos, doces, etc.

O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-de-caju que pode atingir até 2 cm de comprimento.

Os frutos amadurecem de setembro a janeiro.

Cultivo

Encontra condições ideais de cultivo no litoral do Nordeste. Prefere solo seco devendo seu plantio ser realizado na estação chuvosa. Prefere clima tropical e subtropical. Uma árvore com 4 anos pode produzir de 100 a 150 kg por ano.

A Amazônia parece ter sido o útero quente de onde diferentes espécies do genêro Anacardium se irradiaram para o resto do mundo.

E o cajueiro, seu representante mais conhecido, árvore rústica, espontânea e nativa do Brasil, mais precisamente da zona arenosa litorânea de campos e dunas, que vai do nordeste até 0 baixo Amazonas, está hoje disseminada por todas as regiões tropicais do globo.

Os indígenas de fala tupi, habitantes autóctones do nordeste do Brasil, já conheciam muito bem o caju e faziam dele um de seus mais completos e importantes alimentos.

Deve-se, inclusive, aos indígenas o seu nome: a palavra acaiu, de origem tupi, quer dizer “noz que se produz”.

Ficaram conhecidas como as ‘guerras do caju” as lutas pelo domínio temporário dos cajuais, travadas entre as tribos indígenas que desciam do interior na época da frutificação do caju e aquelas que viviam no litoral.

Supõe-se que foi assim, através das castanhas levadas pelas mãos dos indígenas que iam e vinham pelas terras do Brasil, que a fruta se espalhou por vastas regiões do interior seco e árido nordestino. Pouco exigente quanto a solos, com o tempo, o cajueiro se adaptou às terras para onde foi levado. Floresceu e frutificou ano após ano, formando extensos cajuais.

Quando, no século das grandes navegações, aqui chegaram os primeiros europeus, encontraram uma terra promissora de gentes e frutos exóticos, que se confundia com a visão do paraíso terrestre, onde o cajueiro era a verdadeira árvore proibida. Datam da metade do século XVI as primeiras e maravilhadas descrições da árvore do caju, dos cajuais sem fim do litoral americano e de seus frutos e usos, feitas pelos viajantes europeus.

Foi a partir de então que o caju iniciou sua viagem pelo mundo: embarcado nas naus portuguesas, aportou em Moçambique, Angola, Quénia e Madagascar, na África, e em Goa, na Índia.

Ali, os cajueiros começaram a crescer com profusão em terrenos secos e pedregosos onde antes não havia nada, tendo sido incorporados completamente na vida e na economia locais.

E têm sido muito bem aproveitados: a Índia é, hoje em dia, o principal produtor e exportador mundial da castanha-de-caju e do óleo da castanha, com altos índices de rentabilidade.

Enquanto isso, em sua terra de origem, as árvores de caiu foram sendo substituídas, primeiro, por plantações de cana-de-açúcar e, muito tempo depois, por casas e edifícios luxuosos à beira-mar. Por muitos anos as possibilidades de exploração econômica rentável do caju foram desconsideradas nas terras brasileiras.

Ainda assim, 0 Brasil é um importante produtor e exportador da castanha-de-caju, destacando-se os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. De maneira geral, a cajucultura é, hoje, uma atividade de grande relevância sócioeconômica para o nordeste do país.

Aliás, para o pesquisador Mauro Motta, nunca houve árvore e fruto de tamanha importância e alcance na vida social e na economia regional de uma população.

O caju está presente na literatura, na poesia, nos ditados populares, na fala, nos jogos infantis, nas crendices, nos costumes, no folclore, na medicina e no mobiliário e, é claro, na dieta alimentar, na culinária e na doçaria brasileira, especialmente, nordestina.

Para completar, é uma das frutas mais intrigantes existentes: aquilo que comumente se acredita ser a fruta, denominada popularmente de “pêra”, “maçã” ” ou “banana” – aquela parte carnosa, cuja forma pode ser alongada ou arredondada; cuja cor pode ser amarela, vermelha ou intermediária; que contém o sumo aromático e adstringente, por vezes azedo e, outras, dulcíssimo – é apenas a haste, o pedúnculo inchado que sustenta o verdadeiro fruto da planta, que é a castanha.Com a forma de um pequeno “rim” animal, a castanha é o principal produto do complexo econômico do caju.

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Quando madura, a castanha do caju apresenta uma casca bastante dura e cheia de um óleo viscoso, cáustico e inflamável que abriga a amêndoa.

A partir da 2ª Guerra Mundial, esse óleo se transformou em um produto estratégico para a indústria, por suas qualidades isolantes e protetoras. Atualmente existem mais de 200 patentes industriais que o utilizam como componente.

Os indígenas, no entanto, sabiam desde sempre que a melhor forma de aproveitar como alimento essa amêndoa abrigada na castanha do caju era torrando-a ao fogo. Assim, sua casca e o forte óleo que desprende são consumidos, restando a apreciadíssima e internacional cashew nut. A castanha- de-caju, como é conhecida pelos brasileiros, transformou-se em especiaria cara e de luxo muito utilizada salgada, como tira-gosto, e natural, na produção de doces e confeitos.

Além disso, da amêndoa da castanha-de-caiu – rica em proteínas, calorias, lipídios, carboidratos, fósforo e ferro – é extraído um óleo comestível que pode ser utilizado em substituição ao azeite de oliva.

No Brasil, os usos culinários do caju e de sua castanha se multiplicam.

Quando verde, por exemplo, a castanha volumosa e tenra, mais conhecida como maturi, é ingrediente especialíssimo da culinária nordestina: a famosa frigideira de maturi com camarões secos, por exemplo, é um prato baiano, raro e sensual, cuja receita ficou imortalizada na obra”Tieta do Agreste” do escritor Jorge Amado.

Da amêndoa torrada é costume fazer-se uma farinha muito especial que é misturada com farinha de mandioca, adoçada e vendida em pequenos cones de papel: guloseima de crianças. Essa mistura é, também, muito apreciada para ser degustada após a adição de suco de caju ou água, a gosto. É a tumbança.

A parte suculenta e refrescante, o pseudofruto do cajueiro – que contém vitamina C em quantidade para perder apenas da campeã acerola – tem incontáveis usos e, embora alcance pouco valor no mercado externo, é muito apreciada no Brasil.

O caju pode ser consumido como fruta fresca, sob os pés carregados ou adquirido de ambulantes nas ruas e nas praias. Especialmente, é comum servir de acompanhamento para aqueles que não se furtam de beber uma boa aguardente de cana, sendo consumido aos pedaços ou por inteiro, entre um gole e outro.

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Para beber, como é mais consumido, o caju serve de matéria-prima para inúmeros sucos, refrescos e cajuadas, quando ao suco adoçado, adiciona-se água ou leite. A cajuína, bastante apreciada e consumida gelada, é o suco filtrado, engarrafado e cozido em banho-maria. Esse suco, depois de filtrado e cozido, quando misturado com álcool transforma-se na jeropiga, um vinho de caju que pode ser mais ou menos encorpado. O mocororó é o suco fermentado, cru ou cozido, um vinho mais fino.

A doçaria nordestina é pródiga em receitas que levam a fruta, uma boa maneira de conservá-la para ostempos de entressafra. Assim, o caju costuma ser transformado em doces de todo tipo, na forma de sorvetes, gelados, compotas’ passas ou ameixas de caju, em calda ou fruta cristalizada.

As árvores que dão o caju, essa saborosa, múltipla e generosa truta de muito frutos, em suas variadas espécies, podem durar até mais de 50 anos e se apresentar com características bastante diversas.

São desde árvores com porte majestoso, amazônico, atingindo até a altura de 40 metros e apresentando os pseudofrutos carnosos pouco desenvolvidos (Anacardium giganteum), até formas árboreas de porte médio, não ultrapassando os 3 ou 4 metros de altura (Anacardiam othonianum) ou herbáceo, com até 80 cm (Anacardium humile).

Nesses últimos casos, a castanha apresenta-se com as mesmas características e usos do cajueiro comum, sendo apenas o seu pseudofruto uma miniatura perfeita do outro e um pouco mais ácido.

Também conhecidos como cajuí, cajuzinho ou caju-de-árvore-do-cerrado, tais frutos ocorrem naturalmente no Cerrado do Brasil.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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O cajú, fruto do cajueiro, tem duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como a fruta.

São conhecidas cerca de vinte variedades de cajú, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade).

Quando ainda verde, o cajú é chamado de maturi e é muito usado na cozinha do Nordeste no preparo de picadinhos e refogados.

É muito rico em vitamina C e contém ainda, em quantidades menores, vitaminas A e do complexo B.

Além de ser consumido ao natural, o cajú pode ser preparado em forma de suco simples (cajuada) ou de sorvetes, doces em calda ou pasta, licores, vinhos, xaropes e vinagres. Combinado com cachaça ou gim, vira o conhecido “cajú-amigo”,servido como aperitivo.

Depois de extraído o suco, sobra o bagaço do cajú, muito rico em celulose, que pode ser usado na cozinha como nas famosas “frigideiras” nordestinas – uma variação de fritada.

O cajú bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados.

Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

O fruto

O fruto do cajueiro tem duas partes: o fruto propriamente dito, que e a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente de pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como nome de caju.

São conhecidas cerca de vinte variedades de caju, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade).

Quando ainda verde, o caju é chamado maturi e é muito usado na cozinha do Nordeste no preparo de picadinhos e refogados. Além de ser consumido ao natural, o caju pode ser preparado em forma de suco simples (cajuada). Combinado com cachaça ou gim, vira o conhecido “caju-amigo“, servido como aperitivo. Também é usado no preparo de sorvetes, doces em calda ou pasta, licores, vinhos, xaropes e vinagres. Depois de extraído o suco, sobra o bagaço do cajú, muito rico em celulose, que pode ser usado na cozinha como, por exemplo, nas famosas frigideiras nordestinas, uma variação da fritada.

O caju é muito rico em vitamina C e contém ainda, em quantidades menores vitamina A e complexo B.

O caju bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme, sem manchas ou machucados.

Como é uma fruta muito fácil de estragar, o caju deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

Lave bem a fruta sob água corrente. Espete o caju com um garfo várias vezes e exprema o fruto com a mão, deixando cair o mesmo em um recipiente.

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DICAS CULINÁRIAS

Para que o doce de cajú fique bem clarinho, use panela de ágata
Para extrair todo o suco do cajú, depois de ter espremido a fruta, passe o bagaço por uma peneira

CURIOSIDADES

Em Pirangí, no Rio Grande do Norte, está o maior cajueiro do mundo. Ele ocupa uma área de 7.300 m² e tem cerca de 90 anos.

No Estado do Ceará, chamam-se “chuvas de maturi” as chuvas que caem na época da florescência do cajú (agosto e setembro).

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Fonte: www.geocities.com/www.horti.com.br

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Nome popular da fruta: Caju

Nome científico:Anacardium occidentale L.

Origem: América tropical

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Fruto

O caju possui duas partes: a castanha ou fruto propriamente dito e o pseudofruto (pedúnculo floral), que é a parte comumente vendida como fruta. São conhecidas cerca de vinte variedades de caju, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade).

Planta

De grande variabilidade genética, o cajueiro é classificado basicamente em dois grupos, comum e anão, definidos em função do porte das plantas. É uma planta perene, de ramificação baixa e porte médio.

O tipo comum ou gigante é o mais difundido, apresentando porte mais elevado e entre 8 e 20 metros de envergadura (diâmetro) da copa.A capacidade produtiva individual é muito variável, com plantas que produzem abaixo de 1 kg até próximo de 180 kg de castanha por safra.

O tipo anão (Anacardium occidentale L. var. nanum) caracteriza-se pelo porte baixo – altura inferior a 4 metros –, copa homogênea, diâmetro do caule e envergadura de copa inferiores ao do tipo comum e precocidade, iniciando o florescimento entre 6 e 18 meses.

Cultivo

A cajucultura, em geral, se caracteriza pela baixa produtividade (média de 30 a 240 kg/ha de castanhas e 60 a 450 kg/ha de pedúnculo), resultante, principalmente, do modo de formação dos pomares e pelo baixo uso de tecnologia nas principais regiões produtoras.

O cajueiro comum é normalmente plantado no sistema de pequenos aglomerados, onde se pratica o consórcio com outras culturas, ou no sistema de grandes plantios puros (solteiro) e ordenados. Em ambos os sistemas, o nível tecnológico empregado é normalmente muito baixo, desde a escolha da semente ao tipo de plantio e tratos culturais. O uso de insumos modernos – defensivos agrícolas, corretivos de solo e fertilizantes – é restrito ou ausente.

A recuperação da atividade no campo ocorre pelo uso de clones da variedade anã, os quais permitem não só aumento da produtividade como também a melhoria da qualidade da castanha para a indústria e o aproveitamento do pedúnculo, cultivados dentro das modernas técnicas de produção.

Os clones permitem obter, após o 8º ano, produtividade média de 1.200 kg de castanhas/ha e 2.200 kg de pedúnculo/ha em regime de sequeiro, atingindo até 5.000 kg de castanha/ha e 9.000 kg de pedúnculo/ha sob irrigação. Além da maior produtividade, apresentam como vantagem o porte baixo, permitindo a colheita dos pedúnculos diretamente na planta, diferindo do cajueiro comum, onde a colheita é feita após a queda dos frutos.

Com os atuais sistemas de cultivo, os produtores de caju necessitam de um período relativamente longo para recuperar parte do capital empregado na instalação e manutenção do pomar. Para reduzir este tempo, a adoção do cultivo adensado é uma alternativa, que proporciona rendimentos iniciais elevados e recuperação mais rápida dos investimentos com o pomar.

O cajueiro-anão, devido ao porte baixo, precocidade e alto potencial produtivo, é recomendado para o cultivo adensado.

Usos

O pedúnculo é composto de sais minerais, carboidratos, ácidos orgânicos e um elevado teor de vitamina C. Por apresentar um excelente valor alimentar e propriedades medicinais, é amplamente recomendado na dieta humana.

Vários produtos podem ser obtidos a partir desta matéria-prima, como: suco, polpa, geléia, cristalizados, doces, glacê, cajuína, fruto ao xarope, vinho, fibra (bagaço ou farinha) dentre outras.

Mercado

Apesar das suas propriedades e potencial de aproveitamento, verifica-se nas principais regiões produtoras grande desperdício (90%) do pedúnculo (pseudofruto), pois a maioria se dedica apenas à exploração do fruto (castanha).

O mercado consumidor para pedúnculo “in natura” é crescente e exigente. A qualidade do pedúnculo de caju, para esse mercado, está relacionada, principalmente, com o alto teor de açúcar, baixa adstringência e a coloração externa. Embora tenha excelentes características, a aceitação do pedúnculo fora do Brasil é reduzida em função da elevada adstringência, causada pela presença de tanino. Taninos são grupos de compostos químicos de origem vegetal, que provocam na pele íntegra a sensação de adstringência ou “aperto”. Na literatura, são citados teores de tanino de 0,22; 0,28 e 0,58 g/100 ml, respectivamente, para sucos doce, ácido e adstringente.

A cajuína é uma bebida não alcoólica preparada com caju, típica do Nordeste do Brasil. Em grane parte é produzida de forma artesanal a partir do suco do caju.

O suco é filtrado e misturado à gelatina, que separa o tanino. Posteriormente sofre clarificação.

O aproveitamento do bagaço do caju – produto com maior porcentagem de fibras do que seus similares – envolve a fabricação de biscoitos, pães, snacks e até bolos com alto teor de fibras. A maioria dos biscoitos e pães com fibras encontrada no mercado é produzida com a casca do trigo.

Outra alternativa para o aproveitamento do bagaço do caju é a utilização na composição da ração para o gado e aves. O bagaço de caju pode ser utilizado diretamente na alimentação animal ou ser desidratado para uso posterior. No entanto, é necessário cuidado na formulação, para evitar prejuízos ao animal.

Conforme estudos, a formulação da ração de ruminantes pode conter até 45% de bagaço de caju. Testes realizados com galinha caipira mostram que o uso de até 30% de bagaço na ração não compromete a produção de carne.

Pierre Vilela

Fonte: www.sebrae.com.br

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História

A história do caju no Brasil inicia-se com publicações de um monge naturalista francês chamado, André Thevet, em 1558.

Ele relatou fatos no seu livro “Singularidades da França Antártica”, a que outros chamam de “América”, sobre a primeira dominação francesa no Brasil. O monge naturalista fez a primeira ilustração da planta e seu fruto.

Outro monge gaulês esteve no Brasil em 1557, Jean de Léry, referindo-se também ao caju em seu livro “Viagem a terra do Brasil “.

O primeiro escritor português a descrever o cajueiro foi Pedro Magalhães Gandavo em 1576, comparou a castanha do caju com a mais saborosa das amêndoas. Outro pesquisador, Fernão Cardim, em 1548, descreveu que as castanhas podem ser comidas assadas, cruas e deitadas em água como amêndoas piladas, podendo-se ainda fazer doces.

Em 1587, o pesquisador, Gabriel Soares de Sousa, escreveu em seu livro “Tratado descritivo do Brasil em 1587 “, sobre o uso da castanha e o valor medicinal do suco, chamando a atenção para o óleo da casca da castanha.

O cajueiro ficou cada vez mais conhecido: Mauricio de Nassau protegeu os cajueiros, através da resolução que fixou a multa de cem florins por cajueiro derrubado, visto que a fruta tinha uma importância de sustento para os índios e para a exportação de doces cristalizados para a Holanda.

A origem brasileira do cajueiro é aceita por quase todos os autores modernos, o centro de origem e de dispersão é sem dúvidas o litoral Nordestino. Quando os colonizadores aqui chegaram, encontraram o cajueiro no litoral brasileiro. Não existem registros sobre a fruta, durante o domínio espanhol nas ilhas do caribe e parte da América Central e do Sul.

O nome caju, vem do nome original tupi da planta, “acá-iu”, ou fruto amarelo, que aportuguesado ficou caju, foi adotado em quase todos os idiomas, em algumas localidades em Portugal, chama-se noz portuguesa ou fruto de Portugal, isto indica que foram os lusitanos que para cá trouxeram o cajueiro.

O cajueiro foi aos poucos se espalhando em todo o território nacional. Posteriormente os portugueses levaram o cajueiro para as Índias, iniciando-se sua disseminação pelo mundo, inclusive para a África, espalhou-se pelas costas leste e oeste deste continente e lá encontrou condições muito favoráveis para seu desenvolvimento. Pode-se afirmar que nos dias atuais a área de ocorrência dos cajueiros esta compreendida entre as latitudes de 30o norte e 31o sul, vegetando em estado natural ou sob cultivo em diversos países.

O cajueiro permite o uso de diversas partes da planta, a raiz do cajueiro pode ser usada como purgante, ou mesmo como suporte para facilitar o transporte de mercadorias pelos trabalhadores. A folha serve como curtume, tem um alto teor de tanino, pode também ser usado em redes de pesca, devido sua alta resistência. A folha também pode ser usada como medicinal na terapêutica das avitaminoses. As cascas, também ricas em tanino, podem ser usadas para fazer chás, contra hemorragias, diarréia e úlceras. Quando cozidas, as cascas liberam uma substância tintorial avermelhada-escura, muito utilizada pelos pescadores para tingir suas roupas, redes e linhas de pesca, com isto adquirem maior durabilidade.

O caju é, entre as frutas comestíveis cultivadas, uma das que apresentam maior teor de vitamina C ( acido ascórbico ), a castanha pode ser consumida de diversas formas, seu sabor e valor nutricional são reconhecidos. Além disto o caju possui teores de açucares, taninos e minerais, entre eles o ferro, cálcio e fósforo. Segundo Ventura e Lima, em 1959, o caju possui ainda 14 tipos de aminoácidos, com maior presença da alanina, valina e leucina, segue-se ainda a prolina, triptofano e o ácido glutâmico. O caju tem, portanto, uma importância medicinal, principalmente do sistema nervoso, é um tônico de primeira qualidade e ainda antientérico, diurético e levemente depurador.

A utilização do caju pode ser de diversas formas, como alimento “in natura “, inteiro, cortado em rodelas, acompanhando pratos como a feijoada e as peixadas, como tira gosto para aperitivo, como suco, com leite, cozido, doces, refrigerante, etc.

O cajueiro ocupa lugar de destaque entre as plantas frutíferas tropicais, em face a crescente comercialização de seus produtos principais: castanha, óleo e a polpa da fruta. O cajueiro é uma planta adaptada a condições adversas, sempre foi cultivado de forma natural, permite uma convivência com diversas outras espécies vegetais e animais, enfim é uma planta com enorme potencial de desenvolvimento em sistemas agroecologicos com base na sustentabilidade ambiental.

Fonte: www.planetaorganico.com.br

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De aparência exótica, aroma agradável e sabor singular, o caju é uma fruta perfeita para colorir, perfumar, enriquecer e diversificar pratos da culinária tropical.

A referência sensorial e nutricional da amêndoa e da polpa suculenta faz desta uma das frutas nativas de maior potencial para a exploração sustentada no território brasileiro.

O pedúnculo ou pseudofruto do cajueiro é consumido pelo sabor especial e pelo alto valor nutritivo, relacionado, principalmente, ao elevado teor de vitamina C.

O nome caju é oriundo da palavra indígena “acaiu”, que, em tupi, quer dizer “noz que se produz”.

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O caju é considerado muitas vezes como o fruto do cajueiro, embora seja um pseudofruto.

É constituído de duas partes: a parte carnosa do caju, que é um pseudofruto formado pelo pedúnculo e a castanha (fruto).

A parte carnosa do caju é muito apreciada e consumida in natura ou na forma de suco; sorvete; refrigerante; doces em calda; além de possuir elevado teor de vitamina C.

Já a castanha tornou-se uma especiaria de luxo, indispensável na culinária nordestina. O tamanho varia de 3 a 5 cm e apresenta coloração escura.

O cajueiro é uma árvore de médio porte, podendo alcançar até 20 m de altura. Suas folhas são eficazes na cicatrização de feridas. A colheita ocorre de julho a dezembro, podendo em alguns casos estender-se até maio. Quando maduro, o caju apresenta cor amarela, vermelha ou roxo-amarelada.

O caju além de ser riquíssimo em vitamina C, é também fonte de betacaroteno (provitamina A), vitamina do complexo B e dos minerais cálcio, magnésio, manganês, potássio, fósforo e ferro. Além disso, fornece carboidratos e sua castanha é uma boa fonte de proteínas e gorduras. Auxilia também na contração muscular, pelo seu conteúdo em minerais. Das folhas novas do cajueiro pode se extrair um suco muito utilizado contra aftas e cólicas intestinais. A raiz pode ser utilizada na medicina como laxante.

O caju bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados. Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

O cajueiro

O cajueiro é uma planta rústica, típica de regiões de clima tropical. Na amazônia tropical, as árvores apresentam porte bastante elevado; nos estados do Nordeste brasileiro, a principal espécie de ocorrência é o Anacardium occidentale L., cujas árvores apresentam pequeno e médio porte.

Nas regiões de cerrado do Brasil Central as espécies nativas podem apresentar porte médio, como o cajueiro-arbóreo-do-cerrado (A. othonianum), por te arbustivo, como o cajueiro-do-campo (A. humile) ou até porte rasteiro (A. nanum e A. corymbosum).

As espécies do cerrado produzem pseudofrutos aromáticos conhecidos como cajuí, caju-docampo, cajuzinho-do-campo, caju-do-cerrado, caju-rasteiro, caju-de-ár vore-do-cerrado, que possuem sabor muito agradável e tamanho bem menor do que o caju produzido no Nordeste.

O A. occidentale L. é a única espécie do gênero que é cultivada com finalidade comercial. As demais espécies são exploradas apenas por extrativismo.

O cajuí nativo no cerrado brasileiro é largamente consumido ao natural ou mesmo sob a forma de sucos, doces e geléias. O pequeno tamanho destes pedúnculos favorece a produção das famosas compotas e desidratados, também conhecidos como “passas” de caju. Por fermentação fornece uma espécie de vinho ou aguardente, conhecido por comunidades indígenas como “cauim”.

Conforme os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa e por outras instituições de pesquisa, o pedúnculo de caju é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Além do potencial vitamínico, estes compostos conferem potencial antioxidante à polpa do caju. Esta propriedade biológica está associada à prevenção de doenças crônicodegenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes, que avançam a cada ano, superando estatísticas e preocupando as lideranças governamentais da área de saúde.

O aumento das doenças crônicodegenerativas está associado ao aumento da expectativa de vida da população e às características da vida moderna, como mudanças de hábitos alimentares, sedentarismo e poluição. A necessidade de aumento do consumo de frutas tem sido uma recomendação crescente da Organização Mundial da Saúde, visando à prevenção do desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas. De acordo com resultados de pesquisas realizadas no Brasil, pela Embrapa, e fora do Brasil, o caju é um forte candidato para acrescentar saúde, sabor e beleza na mesa tropical.

Assim como acontece no Nordeste do Brasil, na região Centro-Oeste a castanha de cajuí também é aproveitada para a produção da amêndoa, depois de descascada e torrada. As amêndoas de caju são ricas em proteínas e lipídeos. Na fração oleosa, predominam os ácidos graxos oléico (60,3%) e linoléico (21,5%), que são gorduras insaturadas e apresentam boa estabilidade, o que é uma característica desejável, tanto para a saúde humana quanto par tecnologia de alimentos. Segundo a Tabela de Composição de Alimentos apresentada por Franco (1992), as amêndoas ainda são ricas em vitamina B1 (1000 micrograma/100g); vitamina B2 (560 micrograma/100g); vitamina PP ou niacina (4,5 mg/100g); fósforo (575 mg/100g) e ferro (5,6 mg/ 100g).

O líquido da casca da castanha de caju (LCC) é muito empregado na indústria química para a produção de polímeros que são utilizados na produção de matérias plásticas, isolantes e vernizes.

Este óleo é constituído principalmente por compostos fenólicos, como os ácidos anacárdicos. As propriedades biológicas dos ácidos anacárdicos têm merecido atenção especial nos últimos anos, por se apresentarem como inibidores de enzimas medicinalmente importantes, além de compreenderem propriedades antimicrobianas, anticoagulante e antitumor.

Estes compostos fenólicos, que estão presentes nos pedúnculos e nas amêndoas, em pequenas quantidades, representam até 25% do peso da casca da castanha de caju, de onde são extraídos para o aproveitamento industrial.

O incentivo ao uso e à exploração sustentada do caju e do cajuí apresenta-se como uma importante solução para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Fonte: www.jornalentreposto.com.br

Caju

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Potente antisséptico

Do ponto de vista nutritivo, é uma fruta muito rica. Seu teor de vitamina C é bem maior que o da laranja.

O cajú tem ainda quantidades razoáveis de Niacina, uma das vitaminas do Complexo B, e Ferro. A vitamina C age contra infecções, a Niacina combate problemas de pele, e o Ferro contribui para a formação do sangue.

Por ser rico em fibras, o cajú é indicado para aumentar a movimentação intestinal.

Em bom estado, a fruta não deve ser verde, nem ter marcas de picadas de insetos.

O cajú ao natural é excelente no combate ao reumatismo e eczemas de pele. E o óleo de castanha de cajú é considerado potente antisséptico, limpando feridas e ajudando na sua cicatrização. Esse óleo é também indicado no combate a vermes intestinais.

As folhas novas do cajueiro, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem sua cicatrização.

Seu período de safra vai de janeiro a fevereiro. Cem gramas de cajú fornecem 46 calorias.

O cajú, fruto do cajueiro, tem duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como a fruta. São conhecidas cerca de vinte variedades de cajú, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade). Quando ainda verde, o cajú é chamado de maturi e é muito usado na cozinha do Nordeste no preparo de picadinhos e refogados. É muito rico em vitamina C e contém ainda, em quantidades menores, vitaminas A e do complexo B.

Caju
Caju

Além de ser consumido ao natural, o cajú pode ser preparado em forma de suco simples (cajuada) ou de sorvetes, doces em calda ou pasta, licores, vinhos, xaropes e vinagres. Combinado com cachaça ou gim, vira o conhecido “cajú-amigo”,servido como aperitivo. Depois de extraído o suco, sobra o bagaço do cajú, muito rico em celulose, que pode ser usado na cozinha como nas famosas “frigideiras” nordestinas – uma variação de fritada.

O cajú bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados. Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

Fonte: www.senado.gov.br

Caju

Nome Científico: Anacardium occidentale L.

Família: Anacardiaceae

Nomes Populares: Cajueiro, acajaíba, acaju, acajuíba, caju-manso, caju-banana, caju-manteiga, caju-da-praia, caju-de-casa

Nome oriundo da palavra indígena acaiu, que em tupi quer dizer “noz que se produz”.

Teve origem na América tropical e é facilmente encontrado no norte e nordeste do Brasil. A parte carnosa do caju (que é um pseudofruto formado pelo pedúnculo) é muito apreciada na forma de bebidas, além de possuir elevado teor de vitamina C. Já a castanha (fruto), por sua vez, tornou-se especiaria de luxo, indispensável na culinária nordestina e muito difundida em todo o mundo.

O caju é uma fruta típica da América do Sul e muito comum no litoral nordestino do Brasil. A polpa do caju é extremamente rica em vitamina C e pode ser consumida pura em sucos, sorvetes, doces e bebidas.

Assim, o suco de caju tem efeitos diurético, depurativo e sudorífero.

Alguns médicos naturalistas recomendam a polpa ou o suco nos tratamentos de diabete, eczema e reumatismo e no combate a gripes e resfriados.

Popularmente considerada como um afrodisíaco, a castanha-de-caju provavelmente adquiriu esta fama devido à sua grande quantidade de calorias.

Calcula-se que 100g de castanhas-de-caju contenham aproxiadamente 600 calorias, o que lhes confere um poderoso efeito energético.

Aplicações

A polpa pode ser utilizada na preparação de sucos, sorvetes, vinhos, licores ou doces.

Colheita

De agosto a janeiro.

Características Morfológicas

Altura de 5-10m, com tronco tortuoso de 25-40cm de diâmetro; em solos argilosos de boa fertilidade pode atingir até 20m de altura.
Folhas glabras, de cor rósea quando jovens, de 8-14cm de comprimento por 6-8cm de largura.
O pedúnculo super desenvolvido e suculento é geralmente confundido com o fruto, quando na verdade a castanha afixada àquele, é o verdadeiro fruto.

Ocorrência: Campos e dunas da costa norte do país, principalmente nos estados do Piauí e Maranhão.

Madeira: Madeira leve (densidade 0,42 g/cm3), forte de de longa durabilidade.

Fenologia: Floresce a partir do mês de junho, prolongando-se até novembro. Os frutos amadurecem nos meses de setembro até janeiro.

Utilidade

A madeira é apropriada para construção civil, serviços de torno, capintaria e marcenaria, confecção de cabos de ferramentas agrícolas, cepas de tamanco e caixotaria.

A árvore é muito cultivada em quase todo o país e no exterior para a obtenção de seu pseudofruto (caju) e de sua castanha; os frutos são muito consumidos em todo país, e a castanha é bastante popular e exportada para quase todo o mundo.

Os frutos ou pedúnculos pedem ser consumidos in natura, na forma de suco e de doces caseiros.

O suco de seu fruto é industrializado e altamente apreciado em todo o país. A casca da castanha fornece um óleo industrial.

É planta indispensável nos pomares caseiros da costa litorânea. As flores são melíferas.

Composição (100g)

Calorias 56kcal
Umidade 87.10g
Proteínas 0.80g
Fibra 1.50g
Cálcio 4.00mg
Fósforo 18.00mg
Ferro 1.00mg
Vitam. B1 0.03mg
Vitam. B2 0.03mg
Niacina 0.40mg
Vitam. C 219.00mg
pH 4.10
Brix 11.63%
Acidez 0.74%

Fonte: www.clubedasemente.org.br/www.amazon.com.br

Caju

Cajueiro – Anacardium occidentale

Caju
Cajueiro

Ocorrência: Costa norte do país, principalmente nos estados do Piauí e Maranhão, é naturalizado em todo o Brasil tropical, principalmente na costa litorânea.

Outros nomes: Acajaíba, acaju, caju manso, caju banana, caju manteiga, caju da praia, caju de casa.

Características

Árvore de 5 a 10 m de altura por 25 a 40 cm de diâmetro, dotada de tronco curto, geralmente tortuoso, revestido por casca um pouco áspera e partida que descama em pequenas placas de formas irregulares.

Planta perenifólia, ou seja, que não perde totalmente as folhas durante o ano, adaptada ao crescimento a pleno sol, com nítida preferência por solos arenosos e bem drenados. Possui copa baixa, arredondada e ampla, com ampla ramificação que chega a tocar o solo.

Em terrenos muito pobres seu porte não ultrapassa a de um arbusto.

Em algumas situações, quando muito velho, o tronco torna-se inclinado e tortuoso com ramos que chegam a rastejar sobre o solo, vindo a ocupar grandes áreas.

A propósito, existe um exemplar no Rio Grande do norte que até ficou famoso e virou atração turística.

É o celebre “cajueiro de Pirangi” que ocupa sozinho uma área de mais de 7 mil2.

Caju
Caju

Habitat – campos e dunas
Propagação – sementes
Madeira – leve, forte e de longa durabilidade

Utilidade

Planta de múltiplos usos localmente, tanto alimentar como medicinal. Por isso é também chamado de “boi vegetal”. Além disso, é amplamente cultivada para aproveitamento industrial de suas castanhas e frutos.

A parte denominada popularmente “fruto” é na verdade um “pseudofruto” resultante do super desenvolvimento do pedúnculo floral da planta, que quando maduro torna-se de cor amarela ou vermelha dependendo da variedade.

A “castanha” é o verdadeiro fruto, botanicamente falando.

O pseudofruto pode ser consumido in natura ou na forma de geléias, doces, sucos, passas, etc.

Já a castanha só pode ser consumida torrada devido ao alto conteúdo de ácidos que queima a mucosa bucal.

A sua extração e industrialização é de grande importância econômica para o nordeste do país, sendo também importante fonte de divisas para o país que a exporta para todo o mundo.

A transformação industrial dos pseudofrutos, principalmente na forma de sucos, é igualmente importante para a economia do Nordeste.

Da casca da castanha é obtido um óleo resinoso conhecido como cardol de amplo uso na fabricação de vernizes, isolantes, inseticidas, etc.

A exudação da casca fornece uma goma resinosa totalmente inatacada por insetos e a própria casca é rica em tanino.

A madeira é de inferior qualidade, sendo aproveitada apenas para caixotaria e lenha. Suas flores são melíferas.

Florescimento – junho a setembro
Frutificação – novembro a janeiro

Fonte: www.vivaterra.org.br

Caju

Caju
Caju

O Cajú tem um sabor e aroma agradável, o caju é uma fruta perfeita para colorir, perfumar, enriquecer e diversificar pratos da culinária tropical. A referência sensorial e nutricional da amêndoa e da polpa suculenta faz desta uma das frutas nativas de maior potencial para a exploração sustentada no território brasileiro. O pedúnculo ou pseudofruto do cajueiro é consumido pelo sabor especial e pelo alto valor nutritivo, relacionado, principalmente, ao elevado teor de vitamina C.

O nome caju é oriundo da palavra indígena “acaiu”, que, em tupi, quer dizer “noz que se produz”.

O cajueiro é uma planta rústica, típica de regiões de clima tropical. Na amazônia tropical, as árvores apresentam porte bastante elevado; nos estados do Nordeste brasileiro, a principal espécie de ocorrência é o Anacardium occidentale L., cujas árvores apresentam pequeno e médio porte.

Nas regiões de cerrado do Brasil Central as espécies nativas podem apresentar porte médio, como o cajueiro-arbóreo-do-cerrado (A. othonianum), porte arbustivo, como o cajueiro-do-campo (A. humile) ou até porte rasteiro (A. nanum e A. corymbosum).

As espécies do cerrado produzem pseudofrutos aromáticos conhecidos como cajuí, caju-do-campo, cajuzinho-do-campo, caju-do-cerrado, caju-rasteiro, caju-de-árvore-do-cerrado, que possuem sabor muito agradável e tamanho bem menor do que o caju produzido no Nordeste.

Caju
Caju

Conforme os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa e por outras instituições de pesquisa, o pedúnculo de caju é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Além do potencial vitamínico, estes compostos conferem potencial antioxidante à polpa do caju.

Esta propriedade biológica está associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes, que avançam a cada ano, superando estatísticas e preocupando as lideranças governamentais da área de saúde. O aumento das doenças crônico- degenerativas está associado ao aumento da expectativa de vida da população e às características da vida moderna, como mudanças de hábitos alimentares, sedentarismo e poluição. A necessidade de aumento do consumo de frutas tem sido uma recomendação crescente da Organização Mundial da Saúde, visando à prevenção do desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas. De acordo com resultados de pesquisas realizadas no Brasil, pela Embrapa, e fora do Brasil, o caju é um forte candidato para acrescentar saúde, sabor e beleza na mesa tropical.

Assim como acontece no Nordeste do Brasil, na região Centro-Oeste a castanha de cajuí também é aproveitada para a produção da amêndoa, depois de descascada e torrada.

As amêndoas de caju são ricas em proteínas e lipídeos. Na fração oleosa, predominam os ácidos graxos oléico (60,3%) e linoléico (21,5%), que são gorduras insaturadas e apresentam boa estabilidade, o que é uma característica desejável, tanto para a saúde humana quanto para a tecnologia de alimentos.

Segundo a Tabela de Composição de Alimentos apresentada por Franco (1992), as amêndoas ainda são ricas em vitamina B1 (1000 micrograma/100g); vitamina B2 (560 micrograma/100g); vitamina PP ou niacina (4,5 mg/100g); fósforo (575 mg/100g) e ferro (5,6 mg/100g).

O líquido da casca da castanha de caju (LCC) é muito empregado na indústria química para a produção de polímeros que são utilizados na produção de matérias plásticas, isolantes e vernizes. Este óleo é constituído principalmente por compostos fenólicos, como os ácidos anacárdicos.

As propriedades biológicas dos ácidos anacárdicos têm merecido atenção especial nos últimos anos, por se apresentarem como inibidores de enzimas medicinalmente importantes, além de compreenderem propriedades antimicrobianas, anticoagulante e antitumor.

Estes compostos fenólicos, que estão presentes nos pedúnculos e nas amêndoas, em pequenas quantidades, representam até 25% do peso da casca da castanha de caju, de onde são extraídos para o aproveitamento industrial.

Fonte: www.sitecurupira.com.br

Caju

Caju
Caju

O caju é uma fruta que merece nossa melhor acolhida à mesa. Pertence à família das anacardiáceas, em que se incluem também a manga, a aroeira, o imbu, a ciriguela e o cajá-manga.

O Caju possui diversas propriedades terapêuticas, antidiabética, adstringente, antidiarréica, depurativa, tônica, antiasmática, anti-séptica, antiinflamatória, vitaminizante, depurativa, expectorante, vermífuga, diurética. O fruto do Caju é duro e oleaginoso, mais conhecido como castanha-de-caju, consumido assado e salgado.

Do ponto de vista nutritivo, é uma fruta muito rica. Seu teor de vitamina C é bem maior que o da laranja. O cajú tem ainda quantidades razoáveis de Niacina, uma das vitaminas do Complexo B, e Ferro. A vitamina C age contra infecções, a Niacina combate problemas de pele, e o Ferro contribui para a formação do sangue.

Por ser rico em fibras, o cajú é indicado para aumentar a movimentação intestinal.

Em bom estado, a fruta não deve ser verde, nem ter marcas de picadas de insetos.

O cajú ao natural é excelente no combate ao reumatismo e eczemas de pele. E o óleo de castanha de cajú é considerado potente antisséptico, limpando feridas e ajudando na sua cicatrização. Esse óleo é também indicado no combate a vermes intestinais.

As folhas novas do cajueiro, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem sua cicatrização.

Seu período de safra vai de janeiro a fevereiro.

Cem gramas de cajú fornecem 46 calorias.

Uso Medicinal

A casca da castanha de caju encerra um óleo de cheiro forte, acre e cáustico, conhecido como cardol ou resina de caju, da qual se extrai o ácido anacárdico.

O óleo de caju tem servido para cauterizar excrecências, avivar dartos, modificar úlceras, acalmar a dor de dente e, no tratamento da lepra, foi usado como cáustico para os lepromas.

Valor Alimentício

O caju amarelo é o mais rico de todos; contém mais alto teor de vitamina C (220 miligramas) do que o vermelho (212 miligramas). Pouco maduro, contém menor teor; mas excessivamente maduro, também perde parte do seu conteúdo em vitamina C.

A polpa do caju contém carboidratos, um pouco de proteínas, gorduras e água. Apenas 30 a 40 gr. de caju, por dia, fornecem toda a quota diária de vitamina C necessária ao homem adulto.

No preparo de doces de caju, perde-se mais da metade do seu teor vitamínico, mas, ainda assim, resta boa porção, uma vez que os doces são feitos em casa.

A castanha do caju é um alimento em que, ao requintado sabor, se acham aliadas altas qualidades nutritivas. Deve ser usada torrada. É rica em vitaminas do complexo H, como tiamina, riboflavina e niacina. Salienta-se o teor de riboflavina ou vitamina H2 (500 mcg%), mais elevado que no próprio leite (190 mcg%).

É, como se vê, um alimento que deve ser incluído em nossa dieta, se bem que moderadamente, sobretudo pelo seu elevado teor protéico.

Fruta de sabor agradável, o caju merece a melhor acolhida às nossas mesas, não só como refresco, mas principalmente na qualidade de fruta.

Caju suco concentrado envasado

TACO – Tabela Brasileira de Composição de Alimentos

Tabela de valor Nutricional

Porção de 10 gramas

  % VD*
Valor energético 45.1kcal = 189kj 2%
Carboidratos 10,7g 4%
Proteínas 0,4g 1%
Fibra alimentar 0,6g 2%
Cálcio 1,0mg 0%
Vitamina C 138,7mg 308%
Fósforo 11,4mg 2%
Manganês 0,1mg 4%
Magnésio 8,5mg 3%
Lipídios 0,2g
Ferro 0,2mg 1%
Potássio 107,0mg
Cobre 0,0ug 0%
Zinco 0,1mg 1%
Riboflavina B2 0,0mg 0%
Sódio 45,0mg 2%

* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades

Resumo das Utilidades Medicinais

Afta: Aplicar no local o suco dos brotos do cajueiro.
Anti-séptico:
Proceder como indicado em feridas.
Calo:
Aplicar topicamente, na forma de cataplasma, o suco das castanhas frescas, várias vezes ao dia.
Catarros crônicos:
Indica-se a “cura de caju”, conforme explicado em eczema.
Dor de dente:
Aplicar no local “óleo de caju”. Ler observação feita em úlceras em geral.
Eczema: Recomenda-se a “cura de caju”:
Permanecer dois ou três dias por semana em completo repouso, alimentando-se exclusivamente de cajus maduros. Para evitar o fastio, podem-se fazer refeições de maçãs e laranjas, mas usar uma fruta em cada refeição; jamais misturá-las durante as “curas de frutas”.
Escorbuto:
Devido à sua riqueza em vitamina C, o consumo de cr poderoso antídoto contra esta desordem carencial.
Gripe:
Tomar suco de caju.
Icterícia:
Indica-se a “cura de caju”, conforme explicado em eczema.
Lepra:
Mesmo método indicado em úlceras em geral. O “óleo de caju” age como cáustico dos lepromas. Sua utilização deve ser acompanhada por especialista.
Psoríase:
Ler observações feitas em úlceras em geral. Pode-se proceder à “cura de caju”, conforme explicado em eczema.
Reumatismo:
Proceder à “cura de caju”, conforme indicado em eczema.
Sífilis:
Proceder à “cura de caju”, conforme indicado em eczema.
Úlceras em geral:
Recomenda-se, como modificador de úlceras, “óleo de caju”. Infelizmente não é fácil de encontrar à venda. Este óleo é extraído da casca da castanha de caju, e contém o ácido anacárdico. Sua utilização requer acompanhamento de terapeuta experimentado.
Verrugas:
O mesmo procedimento orientado em calo.

Fonte: www.portalnatural.com.br/www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br

Caju

Caju (Anacardium occidentale L.)

Caju
Caju

Caju
Cajueiro

Castanhas são os verdadeiros frutos do caju; suco é feito a partir do suporte da fruta.

Falso fruto do cajueiro, cujo fruto verdadeiro é a castanha.

O caju é o pedúnculo (suporte) da castanha.

Caju é também uma das denominações do próprio cajueiro, árvore originária da América Tropical e que foi levada a todos os países quentes.

Ela pode atingir até 20 m, mas geralmente é baixa e tortuosa, com ramos retorcidos e folhas grandes e duras, que apresentam nervuras dos dois lados. As flores são mínimas e agrupadas. O caju chega a atingir 9 cm de comprimento e possui bastante vitamina C.

Aproveitamento Econômico

A árvore fornece madeira cor-de-rosa, resistente, que é utilizada na construção civil, marcenaria e cabos de ferramentas. Da casca brota uma resina solúvel na água, que se aproveita como cola. Quanto ao falso fruto, o sumo é engarrafado industrialmente. Os estados de Pernambuco e Ceará contribuem com a maior parte da produção brasileira da fruta. A castanha de caju é oleaginosa, com alto teor de calorias, e é consumida geralmente torrada e salgada.

Fonte: www.clickeducacao.com.br

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