Milho

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Do latim milius.m. Planta da família das gramíneas, de caule grosso, com um a três metros de altura, segundo as espécies; folhas largas, planas e pontiagudas: flores masculinas que terminam numa panícula, e as femininas em espigas axilares resguardadas por uma camisa.

È indígena da América tropical, cultiva-se na Europa e produz umas espigas com grãos grossos e amarelos muito nutritivos.

Milho

Origem do Milho

A origem da planta de milho segue sendo ainda hoje um mistério, por mais que os estudiosos se esforcem em o aclarar por diferentes pontos de vista. Somente podemos afirmar, que era o alimento básico das culturas americanas, muitos séculos antes dos europeus, chegarem ao novo mundo.

Durante muito tempo pensou-se que o seu provável antecessor era o Teosinto, como ainda sustem algumas autoridades. Mas Mangelsdort y Reeves apresentaram várias provas de que o teosinto é o resultado da híbridação do milho e o tripsacum aparecem provavelmente depois de se cultivar o milho.

Há provas concludentes, descobertas por arqueólogos paleobotánicos, de que no vale de Tehuacán, no sul de México já se cultivava milho aproximadamente á 4.600 anos. Nos tempos precolombinos a sua extensão ia desde o Chile até ao Canadá Oriental. Já existiam muitas variedades principais e até mereciam respeito religioso de vários povos primitivos.

Com o descobrimento da América foi introduzido nos países mediterrâneos donde se difundiu rapidamente.

«A História do milho – Segundo Schery em “Plantas úteis para o homem”, perde-se na noite dos tempos. É tão diferente o milho de qualquer planta silvestre conhecida, que é impossível considerar qualquer espécie atual como sua antepassada. Com efeito, a planta foi seleccionada para grão e para outros produtos e hoje não sobreviria se o homem não a cultiva-se. E vice-versa, pode dizer-se que o homem do Novo Mundo não podia permitir o descuido do milho, já que era o alimento base em quase toda a América antes desta ser descoberta por Colombo.

As autoridades não estão de acordo quanto ao lugar de origem do milho, no entanto a maioria coincidem em que se estende desde o centro dos Andes, no noroeste da América do Sul, e por acaso (mais tarde), desde o outro centro, ao norte da América Central e México. Há outra teoria sobre a possibilidade de que o milho possa ter cruzado o Pacífico tropical, desde a área de Burma, com os navegadores, para começar a sua carreira espetacular desde a costa Peruana. É possível que nunca saibamos como foram os verdadeiros começos desta importante gramínea, mas desde os tempos históricos que a vemos progredir rapidamente até aos nossos dias, em que o mundo depende de muitos milhões de toneladas de um cereal que não pode existir sem ser cultivado.»

Em escavações geológicas e arqueológicas e datações, encontram-se espigas de milho, que pelo método do carbono 14, indicam-nos que um tipo de milho primitivo era consumido no México á 7.000 anos. Os processos de mutação e seleção natural em conjunto com os indígenas americanos, transformaram progressivamente certas variedades selvagens de milho em plantas cultivadas. A partir da década de 30, o desenvolvimento do processo de híbridação do milho deu origem a um incremento espetacular na produção deste cereal.

Propriedades Medicinais do Milho

A composição química do grão de milho é muito complexa. Reduzindo a um esquema, contém á volta de uns 10% de substâncias azotadas, entre 60 a 70% de amido e açucares; 4 a 8% de matéria gorda. O resto, até aos 100% , é água, celulose, substâncias minerais, etc.

Entre as matérias azotadas, encontra-se a zeína, a edestina (uma globulina) a maisina, (nas formas a,b, g ), etc. Em números redondos, das 60 partes de fécula, o milho doce só contem 20, as outras 20 converteram-se em dextrina; e a porção restante em glucose e sacarose quase em partes iguais.

O grão de milho reduzido a farinha ou desengordurado e convertido em “maizena” é de fácil digestão e muito nutritivo. Deve-se evitar a alimentação exclusiva de milho, sobretudo as crianças porque provoca doenças, as chamadas “carências”.

As barbas do milho tem virtudes diuréticas extremamente eficazes e de uma ação muito segura quando são bem aplicadas; jamais irritam.

Sempre que seja necessário ativar a secreção urinária podem prestar excelentes serviços; por exemplo: nos estados febris, inflamações da bexiga, doenças cardíacas, etc. Além do mais, a infusão destes filamentos estilares é inócua e pode consumir-se quanto se queira.

Se a dificuldade em urinar tiver como origem uma inflamação da próstata, de modo algum se deve administrar esta infusão, porque aumentaria o sofrimento do doente.

A infusão prepara-se com uma onça de estigmas (barbas) de milho, que se deitam num litro de água e se deixa ferver, quando esta tiver fervido deixa-se arrefecer e coam-se. O paciente toma a quantidade que quiser, quente ou fria, conforme lhe apeteça.

Existem milhares de maneiras diferentes de cozinhar o milho: cozido, assado, guisado, tostado, farinha, em tortilha, etc. Mas a forma mais peculiar que se adopta na transformação do milho é a bebida alcoólica conhecida como “Chicha”, mediante a fermentação deste com açúcar ou mel.

UM DIA COM O MILHO

Há mais de 3.500 usos diferentes para os produtos que se extraem do milho. Todos os dias descobrem-se novos usos. Em muitas ocasiões os produtos finais conseguidos são mais ecológicos do que os derivados do petróleo.

UTILIZANDO O MILHO A TODAS AS HORAS:

Ao levantar

Muitos dos sabonetes, geles e cosméticos incluem derivados de milho na sua formulação.

Para ter um bom começo todas as manhãs, há que tomar um bom pequeno almoço. O menu desta manhã inclui uma taça de corn-flakes, uma torrada com margarina e marmelada, e uma chávena de café instantâneo. Pois bem, das várias coisas que comemos ou bebemos ao pequeno almoço, são provenientes do milho, como o amido do milho, açúcar do milho, farinha de milho, etc. O pão pode ter amido, açúcar e dextrosa (glicose), como ingredientes. A marmelada costuma ter açúcar de milho.

O chá e o café instantâneo também costumam ter na sua composição um subproduto do milho: a maltodextrina. A margarina também pode ter milho. Os bolos feitos em casa, assim como outras sobremesas, são feitos com leveduras derivadas do milho.

Antes de sairmos de casa nós lavamos os dentes. A maior parte das pastas de dentes e elixires contêm uns 50% de sorbitol líquido. Com sorbitol consegue-se controlar a humidade e absorção da humidade do ar. Os elixires o incluem para proporcionar o agradável sabor doce.

As graxas dos sapatos incluem compostos derivados de milho. Apoiamo-nos contra uma parede, o gesso dos tabiques levam amido de milho para ganhar aderência. O óleo de milho é utilizado nas pinturas e vernizes. A cola dos papeis pintados é feita de amido e dextrina de milho. Uma parede de cimento pode ter água de milho na sua composição.

Á ida para a escola e trabalho

Metemo-nos no carro. Os carros também precisam de milho! As cabeças dos cilindros, os pneus e o liquido do limpa pára-brisas, contêm milho na sua composição. A bateria do carro também. Em muitos países do mundo o etanol é uma alternativa mais rentável do que combustíveis mais contaminantes como a gasolina. O Acetato Magnésio Cálcio é usado como substância para eliminar o gelo das estradas.

As crianças chegam á escola

Já se utilizam papéis feitos à base de milho, são elaborados com amido de milho, dextrina, dextrosa e açúcar de milho. Os lápis de cera e o giz, são fabricados com derivados de milho.

No trabalho

Utilizamos materiais que seguramente foram tratados com algum derivado do milho, como: papel, cartões, madeiras, adesivos, tintas, tecidos, etc.

Na comida

Milho no óleo, legumes em conserva, margarina, mostarda, maionese, ketchup, a frutose de muitas sobremesas, iogurtes (açúcar do milho para adoçar), congelados, gelados.

A carne e os ovos que consumimos, são provenientes de animais que foram alimentados com rações em que a sua composição em milho é em elevada percentagem, principalmente em glúten.

Uma visita a um conhecido que está internado no hospital

Cerca de 85 tipos diferentes de antibióticos utilizam milho na sua composição. A fina capa que cobre as aspirinas e outros analgésicos são feitas de amido de milho.

As garrafas com as soluções intravenosas que muitos pacientes necessitam, contêm dextrosa. A água em que se processa industrialmente o milho, também se utiliza para fabricar alguns antibióticos e fármacos.

Tomar um refresco a meio da tarde

Quase todas as bebidas gaseificadas utilizam edulcorantes obtidos do milho. As cervejas sem álcool substituíram o amido extraído da cevada pelo o do milho, para conseguirem formulas mais ligeiras.

As crianças comem guloseimas que levam milho: barras de caramelo ou chocolate, pastilha elástica, batatas fritas e um grande número de aperitivos feitos á base de milho.

De volta a casa

Os miúdos quando vestem fatos de treino com desenhos cheios de cor, estes necessitam de milho para que se mantenham as cores vivas e haja aderência à roupa.

Brincam em cima de tapetes que têm fibras tratadas com milho.

Ao jantar, utilizamos recipientes de plástico e de papel que têm na sua composição fibras de milho, que são muito mais ecológicos do que outros plásticos industriais. Quando comemos uma pizza, o molho de tomate tem amido e dextrosa de milho, e a massa tem farinha de milho. Os tacos e as tortilhas mexicanas também.

Os detergentes da máquina de lavar têm na sua composição um ácido cítrico derivado do milho, que veio substituir os fosfatos, permitindo uma eficácia na limpeza, diminuindo simultaneamente a dose de detergente a utilizar.

Antes de irmos para a cama, vemos umas fotografias. A película é feita com amido de milho.

Se o papá não tiver de se levantar cedo no dia seguinte, toma um copo de whisky bourbon, feito de milho.

Fonte: www.delariva.com

Milho

O milho é grande fonte de energia por conter alto teor de carboidratos, além de possuir quantidades consideráveis de vitaminas B1 e E e sais minerais.

A vitamina B1 (tiamina) ajuda na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, e tonifica o músculo cardíaco. A vitamina E apresenta propriedades antioxidantes sendo, por isso, utilizada na conservação de alimentos. Ela combate a degeneração muscular, atua no crescimento e protege o sistema reprodutor, aumentando a potência sexual.É ainda rico em Fósforo (necessário ao cérebro).

O milho cresce em forma de espiga- seus grãos formam fileiras retas, ao longo do sabugo (a parte de dentro), onde eles estão encaixados. Os grãos do milho mudam de cor e formato de acordo com a variedade.

O milho deve ser comprado fresco, com as folhas bem verdes e vivas e cabelos marrom-escuro. Se ele estiver à venda já sem casca, verifique se a ponta inferior da espiga é afilada e macia. Isso indica que ele está em boas condições.

O milho pode ser consumido por pessoas que possuam o aparelho digestivo delicado, por ser de fácil digestão. O óleo de milho é indicado porque dificulta a formação de gordura no sangue, reduzindo o nível de colesterol.

Pode ser preparado em espigas inteira, grelhado ou cozido em grãos. E fica mais saboroso quando se espalha manteiga ou margarina sobre as espigas.

Seu período de safra vai de dezembro a abril.

Valor nutritivo

O milho é um alimento bastante rico em sais minerais, proteínas e vitaminas. de fácil digestão, ele pode ser consumido até por pessoas que tenham problemas digestivos.

Destaque Nutricional

Atividade anticancerígena e antiviral. Apresenta função energética por ser um alimento fonte de carboidrato.

Origem

Palavra que vem do latim (Miliu). Planta da família das gramíneas e o respectivo grão.

O seu nome científico(Zea mays), planta de caule grosso, com um a três metros de altura, folhas largas, planas e pontiagudas.

O milho é chamado de monóico, porque possui as flores dos dois sexos na mesma planta, os estigmas das espigas femininas são muito compridos, parecendo fios de cabelos.Os grãos ficam um do lado do outro, assim cobrindo a espiga.

Por mais que os estudiosos tentem descobrir com certeza, não conseguem, pois tem diferentes pontos de vista. Mas podemos afirmar que era alimento básico das culturas americanas, muito século antes dos europeus.

Arqueólogos paleobotânicos descobriram de que no vale de Tehuacân no sul do México já tinha o seu cultivo a mais ou menos 4.600 anos. Já antes de Cristóvão Colombo a sua extensão ia desde o Chile até ao Canadá Oriental, com muitas variedades e tinham respeito religioso de vários povos primitivos. Com o crescimento da América, foi apresentado aos países mediterrâneos de onde se estendeu rapidamente.

Depois da secagem do milho, é usado como ração animal, ou processado para fazer a farinha de onde são feitos os cereais. Outro tipo de milho é usado, na produção de fubá.

O milho é um dos cereais mais utilizados no Brasil.

Os pratos mais conhecidos que são preparados com milho são: O bolo de milho, o curau, a polenta, a pamonha, o cuscuz, a broa de milho, a canjica, a pipoca, etc.

O milho é rico em amidos e proteínas, mas não é indicado para substituir as proteínas, pois ele necessita de dois aminoácidos essenciais que é a lisina e o triptofano.

O milho cultivado para a produção de pipoca é uma variedade especial, com espigas menores que as do milho doce e do milho dentado.Assim que os caroços são aquecidos de maneira rápida, a umidade interna é convertida em vapor, sendo assim a pressão estoura a cascas externa, transformando a parte interna em uma massa fofa de amidos e fibras. A cada xícara de pipoca sem gordura contém apenas 30 calorias e é rica em fibras, mas quando ela é preparada com óleo ou manteiga a sua caloria chega a 155 por xícara.

As barbas do milho ou cabelo de milho como são chamadas é conhecida como o chá desse cabelo de milho diurético e dizem que é bom para problemas de rins e febres.

Importante: Mas se a dificuldade de urinar for inflamação da próstata, não se deve tomar este chá, pois aumentaria o sofrimento do doente.

Cerca de 85 tipos diferentes de antibióticos utilizam o milho em sua composição. A capa que é coberta a aspirina são feitas com amido de milho.

Existem também detergentes de maquinas de lavar que na sua composição tem um ácido cítrico derivado do milho.

Fonte: www.sociedadedigital.com.br

Milho

Milho

Há milhões de anos o milho vem acompanhando o homem ao longo do tempo.

O milho deve ter surgido em solo centro-americano há aproximadamente 7000 anos.. Devemos procura-lhe a origem nos planaltos do México, onde, em tempos pré-colombianos, o precioso grão rapidamente se espalhou ao norte até a barra de São Lourenço, ao sul até o Prata e à oeste até o Amazonas. Os astecas, maias e incas, não só dele se alimentavam, mas tinham também uma relação de cunho religioso.

Até o descobrimento da América, em 1492, os europeus desconheciam por completo a existência do milho. Quando Cristóvão Colombo levou algumas sementes para a Europa, em 1493, causou grande sensação entre os botânicos. Linneus, em sua classificação de gêneros e espécies, denominou-o de “zea mays”, do grego “zeia” (grão, cereal), e em homenagem a um dos principais povos da América, os maias. Hoje seu consumo abrange praticamente todas as partes do mundo. E não apenas como alimentação. O milho serve também de matéria-prima para a fabricação de inúmeros produtos como óleos, cremes vegetais, bebidas e, por incrível que possa parecer, até combustíveis.

O milho (Zea mays), parece ter-se desenvolvido de um gramíneo silvestre (Enchalaena mexicana). Dada a sua importância para a humanidade, surgiram em diferentes culturas, lendas que explicam sua origem.

LENDA GUARANI

Em tempos perdidos na noite da antiguidade, quando viviam os índios muito afastados uns dos outros, cada família devia por si só cuidar e procurar o sustento na caça ou na pesca.

Dois caçadores, porém viviam juntos e eram os únicos que ajudavam na caça e repartiam o produto dela entre si e suas famílias.

Um dia quando foram pescar, disse um deles:

Não seria possível que “Nhandeyara”, o Grande Espírito, que manda nas aves do céu e os animais da terra para nosso alimento e o de nossos filhos, se dignasse de por sobre a terra outra casta de alimentos que fossem mais fáceis de colher? Os frutos silvestres têm sua curta estação, a caça e pesca costumam faltar0nos por vezes e muito mal passaríamos, se as raízes de umas plantas e os grelos das palmeiras não nos servissem de sustento.

Em tais conversas passaram horas, pois a pesca não foi muito abundante naquela ocasião. No dia seguinte cedo, aprontaram-se os dois caçadores seus arcos e flechas e dirigiram-se ao mato à procura de jacús. Caminharam muito, detendo-se por vezes para escutar o ruído de uma caça levantada que fugisse. Porém, a batida não deu resultado melhor que a pesca do dia anterior. As aves e os quadrúpedes tinham-se retirado para outra região e apenas obtiveram o indispensável.

A escassez fazia-se sentir por toda aquela lua. Uma noite, conversavam os dois amigos assentados sobre um toro que lhe servia de banco perto da porta, quando lhes apareceu um valente guerreiro, que saíra da escuridão todo envolvido em raios de luz.

Aproximando-se deles, disse que era enviado de Nhandeyara, que tinha escutado sua conversa na escuridão e que o mandara para proporcionar-lhes o alimento que lhes faltava. Para este fim devia lutar com cada um, para ver qual deles era o mais forte, tendo o mais débil de sacrificar-se e ser enterrado perto da cabana.

Da sepultura nasceria uma planta, que daria frutos suficientes para sustentar todo o tempo as duas famílias e a quantos a cultivassem.

E imediatamente começou a luta no pátio. O mais fraco era Avaty, este era o nome de um dos caçadores. Deu-lhe sepultura o amigo sobrevivente, que lamentava a inevitável separação e o estranho guerreiro, desapareceu na sombra de onde saíra. Aquele tinha que trabalhar com afinco e demorar-se mais nos bosques e campos para grangear o alimento indispensável para a sua família e a do amigo.

Em um dos primeiros dias da primavera foram surpreendidos pela agradável nova de que no túmulo de Avaty tinha nascido uma formosa planta de muitas folhas verdes e espigas douradas. Viu então o caçador cumprida a promessa feita pelo guerreiro e tranqüilizando-se compreendeu a grande sabedoria de Nhandeyara, que pode sacrificar um homem de bem para o bem de todas as outras criaturas.

Desde então, chamam os guaranis aquela planta “avaty”, em homenagem ao índio sacrificado e os nativos daquela terra cultivaram com esmero nas suas pequenas roças o primoroso grão, cuja espiga, ao ser passada de mão em mão, simboliza a união e afetuosa amizade. Pois nenhum bom índio olvida que a abundância que proporciona esse admirável alimento, tanto aos homens como aos animais, provém do sacrifício de uma amigo fiel.

LENDA PARECI

Um grande chefe pareci, dos primeiros tempos da tribo, Ainotarê, sentindo que a morte se aproximava, chamou seu filho Kaleitoê e lhe ordenou que o enterrasse no meio da roça assim que seus dias terminassem.

Avisou, que três dias depois da inundação, brotaria de sua cova uma planta que algum tempo depois rebentaria em sementes. Mas avisou para que não comessem e sim, guardassem-na para replanta, deste modo, ganharia a tribo um recurso precioso.

Assim foi feito e o milho apareceu entre eles.

Monteiro Lobato aproveitou-se deste mito de vida e morte e, pelas mãos da personagem Tia Nastácia, fez nascer o Visconde de Sabugosa, uma espiga de milho filósofa e cientista que andava e falava como os seres humanos e sabia mais do que qualquer pessoa do “Sítio do picapau-amarelo”.

OUTRAS TRADIÇÕES, OUTRAS LENDAS….

Existe na América do Norte, uma variante da Lenda Pareci, recolhida graças as investigações de C. Mathews, que omitimos para não sermos prolixo.

O milho, base da alimentação dos antigos habitantes do México e da América Central, ocupa um lugar importante na sua mitologia e história tradicional.

Suas tradições referem que a invenção deste cereal, deu-se depois da inundação diluvial da Antiguidade Americana e que foi efetuada por Quetzalcoatl, ou por seu companheiro Yucateca.

Naquela época os deuses, desejando encontrar com que acudir a subsistência dos homens, se puseram em marcha para descobrirem alguma planta. Quetzalcoatl chegou ao fim da estação da chuva a montanha Paxil, situada nos limites ocidentais da Guatemala e do estado de Chiapas.

Ali encontrou homens carregados de feixes de milho. Segundo historiadores, seriam formigas, símbolo da indústria e do trabalho, as que teriam levado a Quetzalcoatl ao descobrimento deste cereal tão importante.

Em geral, se atribue o achado do milho à civilização dos Toltecas, parece porém, que os Olmecas, antes daqueles, o cultivavam.

O milho no mundo pré-hispânico, era sustento básico do corpo e também do espírito. A religiosidade dos astecas estava vinculada de várias maneiras com o milho. Era o emblema da deusa dos cereais Centeotl. O Deus Tlaloc levava uma haste desta planta na mão.

O caráter sagrado do milho se encontra a cada passo na liturgia dos antigos mexicanos. Em setembro, a festa das sacerdotisas da Mãe do Milho, circunstância que os liga aos peruanos, que também veneram neste mês das mulheres, a deusa Mama Sara. Esta era a época propicia aos casamentos. Sendo a cultura peruana dominada de uma astrolatria ou astronomia simbólica, não admira a Mama Sara se encontra ente as estrelas do céu. Ela corresponde à Constelação de Virgem e é precisamente em setembro que se acha o Sol neste signo.

OS ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE…

Os índios do leste da América do Norte, acreditavam que o espírito do milho tinha se originado do sangue da mulher dos grãos. Nas fórmulas sagradas dos cheroke, o cereal por vezes é invocado como a “mulher velha” e um dos seus mitos conta como um caçador viu uma bela mulher sair de um pé de milho.

Os iroqueses acreditavam que o espírito dos grãos, o espírito das vagens e o espírito das abóboras eram três irmãs vestidas de folhas que se amavam muito e gostavam de viver juntas. Essa trindade divina é conhecida pelo nome de “De-o-ha’-ko”, ou seja, “nossa vida”. As três pessoas da trindade não têm nomes individuais e não são nunca mencionadas separadamente.

Os índios contavam uma lenda segundo a qual o milho era cultivado com facilidade, até que o “Maligno”, invejoso de seu útil dom concedido ao homem pelo Grande Espírito, lançou sobre os campos uma praga. E, ainda hoje, quando o vento faz farfalhar o milho, o índio julga estar ouvindo o espírito do milho lamentando a fecundidade perdida.

Os mitos da criação das plantas cultivadas deram um sentido de fundação cósmica ao nascimento dos cereais e converteram a origem da agricultura em um momento inaugural da vida civilizada. A agricultura, portanto, foi sinônimo de riqueza e vida civilizada. Seus símbolos eram a abundância de bens, a suntuosidade de templos, a magnificência das cidades e o esplendor que irradiava a imagem dos deuses.

Percebe-se portanto, o quanto os antigos pré-colombianos tinham toda a razão em sua adoração pelo milho. Em certo espaço do tempo, o milho não foi somente um alimento, mas uma forma de ver e encarar o mundo. E, para nós hoje, ele é uma das maiores riquezas que a natureza já nos ofertou.

Rosane Volpatto

Referências

Barring, Ann y Jules Cashford, (1993) The Myth of the Goddess. Londres, Penguin Books.
Coe, Michael D. (1973) The Maya Scribe and his World. Nueva York, The Grolier Club.
Florescano, Enrique (1993) El mito de Quetzalcóatl. México, Fondo de Cultura Económica.
Freidel, David, Linda Schele y Joy Parker (1993) Maya Cosmos. Three Thousand years on the Shaman’s Path. Nueva York, William Morrow and Company, Inc.
Robicsek, Francis y Donald M. Hales (1981) The Maya Book of the Dead: The Ceramic Codex.
Charlotesville, University of Virginia Art Museum.
Tabue, Karl (1985) The Classic Maya Maize God: A Reappraisal, Robertson, Merle Greene (comp.)
Fifth Palenque Round Table, San Francisco, The Pre-Columbian Art Research Institute.

Fonte: www.rosanevolpatto.trd.br

Milho

Um dos alimentos mais energéticos por conter alto teor de carboidratos, o milho traz em sua composição vitaminas A, E e do complexo B, proteínas, gorduras, sais minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio), açúcares, celulose e amido, além se ser rico em fibras e possuir mais calorias que o trigo. Isso significa que o produto pode suprir as necessidades nutricionais da população, além de ser um excelente complemento alimentar e auxiliar na eliminação de toxinas do organismo.

Sua composição química é complexa. Cerca de 10% do grão contém substâncias azotadas, 60 e 70% é composto por amido e açúcares e 4 a 8% por matéria gorda. O resto, até os 100% é formado por água, celulose e substâncias minerais. Existem, hoje, 150 espécies de milho, com diversas cores e formatos e mais de 3.500 usos diferentes para os produtos que se extraem do grão.

Além de ser tradicionalmente utilizado na preparação de bolos e broas, de curau, pamonha, canjica, polenta, cuscuz e pipoca, o milho também é empregado na composição de alimentos industrializados como salgadinhos, café solúvel, modificadores de leite e até na preparação da cerveja. O grão também é usado para fabricação de ração animal, além de matéria prima importante na indústria de transformação de diferentes setores.

História

Considerado sagrado em várias culturas, o milho se transformou na base da alimentação dos antigos habitantes do México e da América Central, ocupando lugar de destaque na mitologia e na história tradicional. Consumido pelos povos americanos desde cerca de 5 mil A C.,, o cereal foi reverenciado pelos Astecas e Incas e até ocupou lugar de destaque no Popol Vuh, livro sagrado da civilização Maia que relata o nascimento do ser humano a partir do milho.

Os índios do Leste da América do Norte, as civilizações asteca, maia e inca e nossos índios guaranis, criaram várias lendas que atribuíam ao milho uma origem divina, transformando o grão em sinônimo de abundância e no principal ingrediente da alimentação dessas populações.

Com a descoberta da América e as grandes navegações do século XVI, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua produção só perde para a do trigo e do arroz. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, atrás dos Estados Unidos e da China, porém, o nível de consumo do grão no país está longe de ser comparado ao do México e de países na região do Caribe.

Valores Nutricionais
Porção 100 g
Kcal 108
Carboidrato 25,10
Proteína 3,33
Gordura 1,29
Fibra 2,80
Colesterol 0

Fonte: correiogourmand.com.br

Milho

Cereal que, com o trigo, o arroz e a batata, é um dos quatro mais importantes produtos agrícolas do mundo.

No Brasil, é cultivado em quase todo o país.

Milho
O milho é base de ração para animais e ingrediente de várias receitas culinárias.

Quando Cristóvão Colombo chegou à Cuba, em 1492, enviou alguns homens da expedição para explorar o interior da ilha. Na volta, eles relataram sobre “um tipo de grão, de sabor agradável, que é cozido, seco e transformado em farinha, e que os índios chamam de maiz”.

Levado à Europa, o cereal indígena difundiu-se tão rapidamente que, poucos anos mais tarde, a maioria dos europeus já o conhecia. Os colonizadores portugueses introduziram-no na África, já com o nome de milho. Em seguida, chegou a vez da Ásia.

Além de ser consumido em grão, também pode ser transformado em farinha, com a qual se preparam pratos como bolos, polenta, angu e pamonha. A pipoca é feita de um milho especial que estoura quando aquecido.

Os Estados Unidos são o maior produtor de milho do mundo. Outros grandes centros produtores são a China, o Brasil, a Romênia, o México, a África do Sul e a Argentina.

Usos do Milho

Alimento Para Animais Domésticos

Grande parte da produção mundial de milho destina-se à alimentação de porcos, bois, ovelhas e aves. Anualmente, enormes quantidades de milho e caules de milho são transformados em ensilagem, uma ração fermentada destinada a alimentar os animais, particularmente nos países mais frios.

Alimento Para o Homem

O milho pode ser comido em grão (na própria espiga, assada ou cozida) e sob a forma de pratos preparados.

O milho também pode ser transformado em diversos tipos de farinha, como o fubá, a milharina e a farinha de milho granulada. É um cereal de alto valor nutritivo e uma rica fonte de gorduras, proteínas e carboidratos. Meio quilograma de milho cozido (cerca de duas espigas grandes) contém aproximadamente 550 calorias.

O refino do milho é o processo pelo qual o grão é separado em partes. Os produtos básicos obtidos nesse processo são o amido, o açúcar, o xarope (ou glicose de milho) e o óleo. O óleo de milho – que representa mais ou menos 5% do peso do grão – vem sendo usado cada vez mais como óleo de cozinha e na fabricação de outros produtos alimentares, como margarinas e gorduras. O amido de milho, ou maisena, é usado para engrossar pudins, molhos e caldos.

Também é empregado na preparação de doces e chicletes. O xarope, ou glicose de milho, obtido a partir do aquecimento do amido em recipientes fechados, é muito utilizado para adoçar alimentos e comer com pão.

Milho
Pés de milho, cereal que constitui a principal lavoura de muitos agricultores em todo o mundo.

A PLANTA

O milho é uma gramínea anual. A planta do milho é pouco ramificada e possui um grande número de pequenas espigas. Quando adulta, atinge de 2 a 3 m de altura, mas existem variedades que chegam até 5 ou 6 m.

Caules

O caule, ou colmo, do milho é sólido e reto, assemelhando-se a um bambu. Tem de dois a 4 cm de diâmetro e conta com cerca de 15 entrenós ou nós. O interior do caule, a medula, é formado por um tecido macio e esponjoso. O sistema de raízes da planta possui muitas ramificações que sustentam o caule verde.

Folhas

Em cada entrenó nasce uma folha, as folhas sucessivas – compridas e de bordas lisas – se dispõem em posições alternadas. São constituídas pela bainha, que envolve o caule, e pela lâmina foliar, ou limbo, que varia em comprimento de 40 cm a 1,20 m e, em largura, de 4 a 12 cm. O número de folhas em cada pé varia de 15 a 20.

As Espigas do milho desenvolvem-se a partir das junções das folhas com o caule, as axilas. Um pé de milho pode ter de uma até oito espigas. Cada uma delas é protegida por várias folhas, envolventes e encorpadas, conhecidas popularmente como palha. A espiga consiste em um sabugo coberto por fileiras de oito, dez, 12 ou mais grãos – as sementes do milho. De cada grão sai um estigma, que cresce muito e desponta fora da palha, formando o que geralmente se chama de barba, ou cabelo, do milho.

Cada grão de milho compõe-se de três partes: o pericarpo, a película externa; o embrião, parte que dará vida a uma nova planta; e o endosperma, que constitui a maior parte do grão. Depois que o grão é plantado, a planta usa o endosperma como alimento na fase inicial de crescimento. O endosperma é formado principalmente de amido mole e amido duro. As diferentes variedades de milho possuem distintas quantidades desses dois tipos de amido em seus grãos.

Milho Híbrido

Atualmente, o milho híbrido é responsável pela maior parte do cereal cultivado no mundo. Os pés de milho híbrido produzem, em geral, um terço a mais do cereal do que as melhores variedades desenvolvidas por outros métodos de cultivo. Além disso, os híbridos são mais resistentes à falta de água, às doenças e epidemias.

O milho híbrido é obtido a partir de linhagens puras, cultivadas artificialmente por autofecundação (fertilização dos óvulos de uma flor pelos grãos do pólen produzidos na mesma planta). Do cruzamento dessas linhagens resulta a semente híbrida, empregada nas lavouras comerciais.

Milho
Pamonha e mingau, alguns dos alimentos que podem ser feitos a partir do milho.

CULTIVO

Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, o milho é semeado geralmente em outubro, floresce em janeiro e atinge a maturação em fevereiro. No Nordeste, planta-se o produto em março para colhê-lo em junho. O milho desenvolve-se melhor em regiões onde as temperaturas oscilam entre 20°C e 30°C, com índice de chuvas variando de 400 a 600 mm, sendo elas bem distribuídas durante o ano. Durante a fase de crescimento da planta, as chuvas são essenciais, assim como as temperaturas elevadas são muito importantes um mês após a polinização.

Plantio

Embora os solos ideais para o milho devam ser profundos, arejados e bem drenados, ele pode ser cultivado em solos alcalinos ou áridos, desde que sejam enriquecidos com nutrientes.

Nas áreas onde a agricultura, de modo geral, adota métodos mais racionais de cultivo e produção, todas as operações que envolvem a cultura do milho são mecanizadas, possibilitando rendimentos elevados.

Germinação

A semente do milho é plantada com freqüência a uma profundidade de 5 cm. As plantinhas começam a brotar do solo de seis a dez dias após a semeadura.

Depois que a planta aparece na superfície, começa a desenvolver-se mais rapidamente o sistema de raízes do milho, ao mesmo tempo em que a sua parte superior vai crescendo. As raízes do milho, assim como as das outras gramíneas, espalham-se em todas as direções, mas sobretudo próximo à superfície do solo.

Na época do florescimento, surgem outras raízes, que nascem nos entrenós inferiores da planta e penetram na terra.

Cuidados

A maior parte do milho é cultivada sem irrigação, em regiões onde a quantidade de chuvas é suficiente.

Colheita

O ciclo de desenvolvimento do milho tem aproximadamente 140 dias de duração. A colheita, no entanto, dá-se cerca de seis meses depois ou mais. Nas áreas onde são empregadas técnicas mais desenvolvidas, a colheita também é realizada com o emprego de máquinas. A mais importante delas é a colhedeira mecânica, que colhe as espigas, debulha e ensaca o milho no próprio campo.

Os Inimigos do Milho. Há mais de 350 tipos de insetos que se alimentam das raízes, caules, folhas e grãos do milho. Entre eles encontram-se o verme da espiga de milho, o percevejo, o gafanhoto, o bicho branco e a broca-do-milho européia. Os fazendeiros combatem esses insetos lançando poderosos inseticidas sobre as plantas. Algumas vezes, chegam a misturar os inseticidas com fertilizantes diretamente no solo para matar certas pragas.

No Brasil, e em muitos outros países, os maiores prejuízos são causados por fungos que apodrecem as espigas. Uma das doenças mais freqüentes é a ferrugem.

Fonte: www.clickeducacao.com.br

Milho

Milho

Nome científico: Zea mays L.

Família: Gramineae

Origem: Americana, região onde se situa o México

Características da planta

A parte aérea atinge a altura de até 2 m e é constituída por uma colmo ereto, não ramificado, com nós e entre-nós de natureza esponjosa, e por folhas, com formato lanceolado, que se inserem nesses nós. Essas folhas são constituídas de uma bainha pilosa de coloração verde-clara que envolve o colmo. O grão de milho é um fruto de uma semente, ou cariopse, característico das gramíneas.

Características da flor

As flores são unissexuadas e encontram-se reunidas em inflorescências distintas. A inflorescência masculina pode atingir de 50 a 60 cm de comprimento, possuindo coloração variável, podendo ser esverdeada, marrom ou vermelho-escura. Cada flor masculina é constituída de três estames protegidos por duas formações membranosas chamadas lema e pálea. Dois desses conjuntos são protegidos por plumas formando uma espigueta que, em grupo de duas, são inseridas nos ramos da inflorescência. A inflorescência feminina (espiga) é constituída por um eixo (sabugo) com reentrâncias em que se desenvolvem as espiguetas. Cada espigueta compõe-se de duas flores, uma fértil e outra estéril, e é recoberta por um par de glumas. O conjunto estilo-estigma é que vem a constituir o cabelo, barba ou boneca do milho.

Melhores variedades: Híbridos e variedades em distribuição pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, ou certificados por ela.

Época de plantio: Outubro e novembro.

Espaçamento: 100 x 20cm (deixar 5 plantas por metro de sulco).

Sementes necessárias: 20kg / hectare

Combate à erosão: Semear em sulcos fundos (15cm), mas cobrir com pouca terra; cultivar em faixas de nível.

Adubação (básica): 50-60-15 . Aplicar 1/6 do N no plantio; o restante, em cobertura, 35 dias após a germinação.

Tratos culturais: Desbastar entre 20 e 30 dias ; fazer três a quatro cultivos mecânicos.

Combate à moléstias e pragas: No campo, lagartas: tratamento por inseticida à base de Carbaryl (Sevin); no armazenamento, traças e carunchos: expurgar com Fosfina e armazenar em paiol apropriado. Tratar com Malation 2% a 1: 1.000.

Época de colheita: Maio e junho.

Produção normal: 3.000kg/ha de grãos.

Melhor rotação: Algodão, arroz, mandioca e outras culturas comerciais; adubos verdes e pastagens.

Observações

O produto de sementes híbridas não deve ser usado no plantio.
Nas terras ácidas (pH abaixo de 5,4 e cálcio inferior a 2 meq ou Al3 + maior do que 0,50 meq), fazer calagem com calcário dolomítico.

Fonte: www.agrov.com

Milho

Milho

O milho é um ícone da cultura Americana. Não só representa as tradições dos Americanos Nativos e serve de símbolo ao mesmo tempo duma festa dum barbecue e duma saída ao cinema à noite, mas o milho, sob a forma de xarope de milho, também é um ingrediente acrescentável em muitos outros alimentos que consumimos diariamente.

Embora normalmente associemos o milho à cor amarela, ele pode surgir em diferentes variedades com um naipe de diferentes cores, tais como vermelho, rosa, preto e azul. O milho cresce em espigas, cada uma das quais está coberta por filas de sementes que são depois protegidas por fios semelhantes à seda, conhecidos como «seda de milho», e envolvidas numa casca.

O milho é conhecido cientificamente como Zea mays. Este apelido reflete o seu nome tradicional, maize, pelo qual é conhecido em muitos áreas por todo o mundo.

165 grs / 178.00 Calorias
NUTRIENTES QUANT. DDR (%)

DENSIDADE DO NUTRIENTE

CLASS.
vitamina B1 (tiamina) 0.36 mg 24.0 2.4 bom
folatos 76.10 mcg 19.0 1.9 bom
fibras 4.60 g 18.4 1.9 bom
vitamina C 10.16 mg 16.9 1.7 bom
fósforo 168.92 mg 16.9 1.7 bom
manganésio 0.32 mg 16.0 1.6 bom
vitamina B5 (Ácido pantotÉnico) 1.44 mg 14.4 1.5 bom

Benefícios para a Saúde

Afecções Intestinais
Dispepsia
Cólon Irritável
Colites Crónicas
Dieta de Desmame (nos lactentes)
Celiaquia
Doenças Renais Crónicas
Colesterol
Hipertiróidismo
Magreza em Geral

Milho Verde

O milho tem várias aplicações na culinária. Ele pode ser usado como cereal, quando seus grãos já estão secos, ou como legume, quando frescos. Ele cresce em forma de espiga, seus grãos formam fileiras retas ao longo do sabugo, onde eles estão encaixados. A espiga é recoberta pelos cabelos do milho, fios macios, longos e de cor marrom, os quais são as flores femininas do cereal. Protegendo os grãos e o cabelo há uma capa de folhas verdes e ásperas, conhecida como palha do milho, que depois de seca serve para envolver a pamonha ou fazer cigarros de palha. Os grãos do milho mudam de cor e formato de acordo com a variedade. O milho dente, tem grãos longos e achatados, podendo ser amarelos ou brancos. Os grãos do milho duro são curtos e arredondados e, embora sejam sempre brilhantes, sua cor pode variar do vermelho-alaranjado ao amarelo ou branco. O conhecido milho de pipoca tem grãos pequenos, amarelos ou brancos.

Há ainda o milho para canjica, brancoe sem germe, que é a base para essa espécie de sopa doce, também chamada munguzá.

O milho é um alimento bastante rico em sais minerais, proteínas e vitaminas. De fácil digestão, ele pode ser consumido até por pessoas que tenham problemas digestivos. A combinação mais saudável e nutritiva do milho é com leitoe. Ele dá origem a vários pratos, como a pamonha, a canjica, o curau e difrentes tipos de creme. Esta combinação compensa a falta de aminoáciods do milho. A canjica é um prato de alto valor nutritivo, sendo muito recomendada às mulheres grávidas ou que estejam amamentando, pois acredita-se que aumenta o leite.

Escolha as espigas com folhas de cor verde bem vivo e de cabelo marrom escuro. Quanto mais amarela e seca a casca, mais duro será o milho. Muitas vezes o milho é vendido já descascado. Nestes casos, preste atenção na parte de baixo da espiga. Se ela estiver macia, o milho é fresco , se estiver dura ou cortada, o milho já está velho. Compre sempre as espigas que têm grãos até a parte de cima. Além disso, o grão precisa estar macio.

Para verificar isso, faça o seguinte teste: aperte os grãos com as unhas, se soltar um pouco de líquido é sinal de que o milho está bom. O milho rende pouco quando ralado ou triturado. Por isso, ao comprá-lo para esse fim, lembre-se de que cada 100 g de milho “in natura” são aproveitados apenas 40 g. Também é possível comprar milho industrializado em latas.

O milho deve ser guardado sem casca e sem cabelo, na gaveta de verduras da geladeira. Nessas condições, o milho verde se conserva bom até 10 dias. Se for preciso conservá-lo por mais dias, é recomendável guardar no congelador. Dessa forma pode-se conservar o milho verde por até 1 mês, embora ele perca um pouco o sabor e fique mais duro. Os grãos soltos de milho verde devem ser guardados em recipientes bem fechados.

Milho

Milho híbrido

O milho é originário das Américas, provavelmente do México, tendo sido desenvolvido nos últimos oito mil anos. Os povos primitivos que habitavam a América Central conseguiram domesticar o milho e ao mesmo tempo, por seleção, produzir um número grande de raças. Quando Colombo descobriu a América em 1492 ele encontrou o milho cultivado pelos índios, no interior de Cuba e milho muito antigo foi encontrado nos túmulos do México e do Peru. No Brasil, entre os milhos indígenas, a maioria era constituída por milhos de grãos farináceos (amarelos e brancos), muito moles, que se prestavam à moagem e à produção de farinha. No entanto, havia ainda os de pipoca (redondos e pontudos) e os de grãos duros (laranjas e brancos). Esses foram os principais milhos desenvolvidos pelos índios no Brasil, Uruguai e Paraguai, e tiveram grande importância no melhoramento genético atual, principalmente o milho cateto (duro de cor laranja).

A história do melhoramento do milho no Brasil demonstra um caso de similaridade com aquilo que de melhor se praticava no início dos programas de genética de milho nas universidades americanas. Assim, as equipes que aqui se formavam puderam praticar e transmitir conhecimentos que construíram o suporte de metodologias e recursos humanos dos programas de melhoramento até hoje em andamento no Brasil.

A Escola Agrícola de Lavras – MG, atual Universidade Federal de Lavras, teve grande participação no melhoramento de milho no Brasil na década de 20, o que culminou com a publicação de dois livros, sendo o primeiro sobre a cultura e melhoramento do milho no Brasil e o segundo sobre genética e melhoramento de plantas, publicados por Hunnicutt (1924) e Paiva (1925).

O Instituto Agronômico de Campinas e a Universidade Federal de Viçosa iniciaram o estudo das cultivares de milho brasileiras e introduzidas por imigrantes, e também introduziram variedades e mesmo linhagens obtidas nos Estados Unidos. É interessante observar o intercâmbio de germoplasma entre essas duas instituicões, conforme relatado em Bragantia, publicação do IAC. Por envidarem esforços em tipos diferentes de milho, ao intercambiarem e promoverem cruzamentos entre linhagens, estabeleceram essas instituições um padrão comercial de milho híbrido que persiste até hoje como preferencial no mercado. Mais tarde, o Instituto Agronômico de Campinas desenvolveu linhagens e híbridos de grande importância para a manutenção da estabilidade da produção do milho no estado de São Paulo e áreas adjacentes. Destaque-se também, mais recentemente, o trabalho do Dr. Luiz Torres de Miranda, da Seção de Milho e Cereais Diversos na área de mapeamento de tolorância à “stress” ambiental, estudando uma raça de milho introduzida do México.

Por seu turno, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, principalmente pelo trabalho desenvolvido por Ernesto Paterniani, João Rubens Zinsly e Roland Vencovsky, desenvolveu estudos sobre métodos de melhoramento e mesmo cultivares comerciais, tendo coletado, avaliado e preservado uma imensa coleção de raças e variedades de milho, até que essa coleção foi agregada à EMBRAPA. (ressalte-se também que o trabalho de Marcílio Dias e Cyro Paulino da Costa na área de melhoramento de hortaliças e introdução e avaliação de germoplasma).

Os trabalhos de melhoramento com milho híbrido no Brasil tiveram início em 1932 no Instituto Agronômico de Campinas – IAC, no Estado de São Paulo, e em 1935 na Universidade Federal de Viçosa – UFV, em Minas Gerais, sendo o Brasil o segundo país a adotar o milho híbrido. No IAC, Carlos Arnaldo Krugg e colaboradores inicialmente conduziram trabalhos procurando a obtenção de linhagens de milho cateto, porque ele era o mais popular entre os agricultores, sendo que os primeiros híbridos conseguidos a partir de 1939, não foram muito produtivos, embora fossem bem mais produtivos do que o milho cateto. Na UFV os professores Gladstone de Almeida Drummond e Antônio Secundino de São José Araújo resolveram iniciar um programa de produção de híbridos obtendo linhagens de cateto e de milhos dentados e pela primeira vez, obtive-se um híbrido meio-dente, sendo este muito mais produtivo do que aqueles obtidos apenas com linhagens cateto. A partir destes resultados o programa do IAC também passou a adotar a mesma linha, obtendo também linhagens de milhos dentados e produzindo híbridos meio-dentes.

Desde o início do trabalho na UFV, com os professores Gladstone Drummond e Antônio Secundino de São José, o melhoramento de milho procurou atender as necessidades do agricultor brasileiro e estabelecer as bases de um programa de produção de sementes. Antonio Secundino foi pioneiro na pesquisa e seleção do híbrido de milho comercial no País, um dos fatores que tornou possível um rápido aumento na produtividade do cereal. Acompanhando o progresso no exterior, nessa área, fez-se convincente propagador de sua descoberta. Não relutava em oferecer seu produto, de fazenda em fazenda. O milho híbrido foi o marco de uma das transformações mais profundas da agricultura, razão de ter sido tema de reportagem das Seleções, publicação internacional de nomeada, na época. Em 1938, Secundino organizou um departamento de genética vegetal, em Viçosa, escolhendo como assistente o recém-formado Gladstone Almeida Drummond.

Confiantes nos resultados de pesquisa e com experiência nas linhagens puras de milho, iniciaram os testes. O trabalho começou com meio quilo de uma variedade do Texas, mais o milho catete, comum em nosso Pais. Após oito anos, em 1945, acontecia a fundação da Agroceres, quando veio à lume o primeiro híbrido comercial brasileiro. Hoje a Agroceres é um dos maiores grupos privados atuando em produção de sementes. Do conhecimento e da valoração dos recursos genéticos coletados e avaliados no país, construiu essa empresa um “portfolio” de híbridos de milho que atende a todos os nichos edafoclimáticos aptos àprática da cultura do milho no Brasil.

O desenvolvimento de trabalhos de melhoramento de populações de milho no Brasil teve início na década de 60, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz -ESALQ, sendo as primeiras variedades lançadas na década de 70 (Centralmex, Dentado Composto e Flint Composto). O IAC também deu considerável contribuição ao melhoramento de populações.

Mais recentemente, além das empresas internacionais atuantes no mercado de sementes de milho no país, diversas empresas de porte médio ou pequeno possuem também programas de melhoramento próprios, e valem-se dos recursos genéticos preservados e desenvolvidos principalmente pela EMBRAPA, para o desenvolvimento de suas cultivares.

Considerando o papel do Estado na produção de sementes de milho, é o relevante papel da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, baseado no programa de genética e melhoramento do IAC, nas décadas de 50 e 70. Mais recentemente, a EMBRAPA juntou-se a essa atividade, gerando linhagens parentais, testando-as em híbridos, e licenciando esse material genético para comercialização via um grupo de empresas privadas de produção de sementes, de porte médio e pequeno, grupo conhecido como UNIMILHO. Na década de setenta, mesmo uma instituição de ensino com a ESALQ/USP produzia em quantidades limitadas suas próprias sementes de milho e algumas hortaliças, distribuindo-as no mercado consumidor mediante canais informais.

Fonte: www.alimentacaosaudavel.org/www.redetec.org.br

Milho

A História do Milho

Cidadão Americano, Cidadão do Mundo

Cristóvão Colombo é considerado o descobridor não só do Novo Continente, a América, mas também de seu mais reputado alimento, o Milho. Rico em lipídios, proteínas, vitaminas (A e C) e carboidratos, esse cereal branco ou amarelo, protegido por camadas de folhas fibrosas, era há muito tempo a principal fonte de energia consumida pelos índios americanos.

O modo mais comum de utilização do milho pelos nativos americanos era como farinha ou fubá. Depois de pilado, o cereal era então fervido e comido como polenta ou ainda, transformado em deliciosas tortilhas e massas comestíveis que faziam a festa dos Mexicas (ou Astecas), Maias, Incas e demais povos da região centro-americana e andina. Essas tradições foram preservadas até os dias de hoje e esses alimentos derivados do milho continuam sendo muito populares.

Além das mencionadas tortilhas e polentas, também é comum o consumo do milho cozido temperado apenas com sal (aos quais algumas pessoas gostam de adicionar manteiga) ou ainda assado na grelha (sendo que em algumas regiões coloca-se a espiga no fogo sem que se retire a palha). Recomenda-se que o Milho Verde seja sempre comprado com a palha que o recobre intacta, pois o açúcar contido em seus grãos se transforma em amido quando se retira sua camada protetora que é justamente essa palha.

Entre os povos que o consumiam regularmente nas Américas deve ser dado um destaque todo especial aos Maias, Astecas e aos Incas, civilizações desenvolvidas que foram encontradas nas Américas pelos europeus. Seus habitantes tinham muitos conhecimentos em astronomia, arquitetura, matemática, irrigação, agricultura, drenagem, artesanato e economia, entre outras. Destaque-se também que souberam se apropriar dos elementos naturais que lhes eram fornecidos nas regiões em que se estabeleceram para não apenas sobreviver, e sim, para viver de forma confortável e majestosa.

Muito ligados à religiosidade, costumavam atribuir os ciclos da natureza a seus deuses. Como conseqüência disso, a fertilidade dos solos, o período de chuvas, a época apropriada para o plantio ou o momento exato de colher seus alimentos eram motivo de festas e celebrações rituais em agradecimento pela fartura.

Nesse sentido o milho ou maiz era o principal motivo de satisfação e orgulho desses povos. Para obter o milho e os outros alimentos basilares de sua alimentação, essas avançadas civilizações pré-colombianas tiveram que desenvolver técnicas agrícolas que solucionassem as dificuldades encontradas em seus territórios.

Os Astecas, por exemplo, construíram canais, ilhas artificiais flutuantes (conhecidas como chinampas) e drenaram ou irrigaram as regiões onde esse trabalho era necessário. Os Incas lidaram com terrenos montanhosos onde criaram um engenhoso sistema de plantio nas encostas que evitava a erosão e o desgaste do solo.

Em ambos os casos há registros de que o principal alimento a ser preservado e produzido era justamente o milho.

O que também chamou muito a atenção dos conquistadores espanhóis que dominaram essas civilizações foram os mercados públicos onde se vendiam muitos e muitos produtos, alguns conhecidos pelos europeus e outros totalmente desconhecidos, como é o caso do próprio milho, do cacau (e consequentemente do chocolate), do tomate e de várias espécies de pimentas. O mercado principal da maior cidade asteca, Tenochtitlán, acomodava 5 mil barracas vendendo produtos e tinha uma circulação de aproximadamente 60 mil pessoas por dia.

Incas, Maias e Astecas ficaram historicamente conhecidos como “civilizações do milho” por sua relação tão intensa e mística com esse cereal. Conta-se que, a despeito da luxuosidade das refeições dos líderes desses povos, o dia a dia era pautado em refeições simples, onde o granturco (milho em italiano) era presença obrigatória.

O maïs (milho em francês), quando fresco, dura cerca de três dias sob refrigeração. Como o processo de resfriamento é contemporâneo, esse alimento também se destacou entre os povos antigos por poder ser estocado quando maduro. Era então colocado em local seco e protegido onde acabava sendo guardado durante algum tempo e servia para sustentar as comunidades em períodos de escassez e fome. O controle desses estoques de alimentos, entre os quais o milho, também se tornava fonte de poder e autoridade dos imperadores e reis em relação a seus povos.

Apesar de destacado em praticamente todas as referências como um alimento típico das Américas, o milho, a partir de algumas de suas variedades, é mencionado na história desde a Antiguidade. A partir de escritos do romano Plínio, o Velho – há menções ao uso e consumo do milho miúdo (milium) e do milhete (panicum) entre os etruscos, célebres e desenvolvidos ancestrais dos romanos. Não se tratava, evidentemente, do milho verde encontrado em terras americanas, mas é importante lembrar esse registro tão antigo sobre parentes próximos do Zea Mays (nome científico).

As menções ao milhete e ao milho miúdo na história européia não se restringem a Idade Antiga e aos Etruscos e Romanos, estendem-se também ao Medievo.

Nesse outro período verifica-se que o consumo desses cereais constituiu um adendo alimentar expressivo para alguns períodos do ano, particularmente para as épocas de crise.

Somente a partir da chegada de Colombo e de outros navegadores europeus a América é que o mundo extra-americano veio a conhecer o milho.

Por esse motivo alguns historiadores notórios como Fernand Braudel chamaram as Américas de Civilização do Milho.

É, no entanto, a partir da visita de Colombo que o milho que conhecemos embarca em direção a Europa de forma definitiva para se tornar cidadão do mundo.

Na Europa da Modernidade o consumo do milho se consolidou primeiramente entre as pessoas mais humildes. A elite européia, constituída pelos nobres e burgueses, reagia de forma discriminatória em relação a um cereal que também era utilizado como ração animal e, por esse motivo, só se renderia aos encantos do Corn (milho em inglês) algumas décadas depois da plebe.

Entre a população mais pobre dessa Europa Moderna (séculos XV a XVIII), a utilização do milho se deu principalmente enquanto farinha grossa que dava substância e sustentação a sopas, papas e guisados confeccionados em suas pobres residências. A aceitação se deu principalmente a partir da Itália, onde o milho verde rapidamente suplantou seus antecessores (milhete e milho miúdo) e fez surgir uma das maiores tradições gastronômicas da Bota, a polenta.

Os franceses, que também acabaram aderindo ao consumo do milho americano a partir do século XVII, fabricavam a partir de sua farinha grossa ou mesmo do fubá uma iguaria conhecida como milhade ou millasse. Ao se espraiar pelo Velho Continente ao longo dos séculos XVIII e XIX, o milho juntamente com a Batata acabou também ajudando a resolver um dilema fundamental dos novos tempos, ou seja, como aumentar a produção de alimentos a ponto de abastecer os cada vez mais densamente povoados centros urbanos surgidos na esteira das revoluções burguesas.

As polentas celebrizaram-se a partir da Itália, país europeu que melhor acolheu o milho. No Brasil, além das polentas e do cuscuz, celebrizaram-se as sobremesas a base desse aclamado cereal, como o curau, o creme de milho, as pamonhas, os bolos de milho verde…

Atualmente o milho é utilizado na confecção de pratos doces e salgados das mais variadas espécies. Do fubá surgem pratos deliciosos como o cuscuz, pães, bolos e polentas. Há também as pamonhas, o curau, o creme de milho ou ainda saborosos sucos e sorvetes. Além desses acepipes devemos destacar que o milho é utilizado para a confecção de subprodutos como óleo de milho, xarope de milho, farinha de milho e até bebidas destiladas.

Na história do Brasil há informações a respeito do milho desde a chegada dos portugueses. Era também uma das bases alimentares de nossa terra juntamente com a mandioca, se bem que, diferentemente dos demais povos americanos, tinha importância secundária quando comparado ao pão da terra dos índios tupi-guaranis, muito mais ligados à chamada Rainha do Brasil, como era conhecida a Mandioca.

Os portugueses não demoraram – como os espanhóis em outras regiões americanas – a se apropriar do milho tanto para seu próprio consumo como também para a alimentação de seus animais. Em 1618, conforme nos diz Câmara Cascudo, “o milho dava bolos, havendo ovos, leite, açúcar e a mão da mulher portuguesa para a invenção”. O que não se pode negar, definitivamente, é que a partir de suas matrizes americanas, o milho ganhou o mundo e se tornou, sem dúvida alguma, um dos mais importantes alimentos de que se tem notícia.

Fonte: www.planetaeducacao.com.br

Milho

Originado nas Américas, este cereal da família das Gramíneas se expandiu rapidamente pelo mundo já no século XVI.

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, sendo um dos cereais mais cultivados em todos os continentes.

Existem mais de 150 espécies de milho, com diferentes cores e tamanhos.

O milho é um cereal nobre de elevado valor calórico, contendo vitamina A, vitaminas do complexo B, gorduras, carboidratos, cálcio, ferro, fósforo, cobre, zinco, enxofre, magnésio e manganês. Sua proteína, quando associada à uma leguminosa (feijões) ou ao leite, é quase completa.

O óleo de milho, cuja gordura é polinsaturada, é uma das principais fontes de ômega-6 existentes, contribuindo para a prevenção de distúrbios cardíacos.

Outra propriedade do óleo de milho é seu elevadíssimo teor de vitamina E, que previne ou evita a ação dos chamados radicais livres.

É rico em fibras, que ajudam a manter o intestino em forma, além de ajudar na prevenção de doenças do trato gastrointestinal.

Junto ao caule crescem as espigas, compostas pelo sabugo onde estão fixados os grãos.

O milho verde pode ser comprado na espiga ou em lata.

Na indústria, no processo de extração a seco é retirada a película e separado o germe do endosperma. Do germe se extrai o óleo e a parte sólida é utilizada para a produção de rações.

Do endosperma, se produz o canjicão ou mungunzá (amarelo) que é utilizado para fazer a pipoca.

Quando na separação, o endosperma se quebra em vários pedaços, viram canjica (branca). Os pequenos são levados para a moagem e se transformam em canjiquinha, em fubá e o amido. Num processo adicional, onde o produto passa por uma máquina de vapor obtém-se a farinha de milho pré-cozida e a polenta pré-cozida.

Veja a tabela nutricional do milho e seus derivados

Alimento Calorias
(100g)
Proteínas
(g)
Carboidratos
(g)
Gorduras
(g)
 Milho Verde 129 3,3 27,8 0,8
 Milho em Lata 109 3,5 18 2,,5
 Amido de Milho 381 0,2 91,3 0,05
 Milho p/ Canjica 371 8,8 79,6 1,2
 Milho p/ Pipoca 444 9,9 69,4 14,5
 Fubá 362 362 8,1 76,9 3,6
 Farinhade Milho 361 6,9 77,9 3,8

Walter Holtz Merege

Fonte: www.xenicare.com.br

Milho

Se depender do professor Armando Sabba Srur, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não vai faltar produto diferente para dona Yvette provar.

Ele é uma espécie de Professor Pardal – descobre utilidade para tudo, principalmente para partes de alimentos que costumam ir para o lixo.

Foi assim com o sabugo de milho, que até agora só era usado em ração animal. Com a ajuda dos alunos de nutrição, o professor descobriu que o sabugo é riquíssimo em fibra e podia ser uma boa indicação para quem tem prisão de ventre. A palha e os grãos não interessam nesta experiência.

O sabugo é cortado em pedaços, depois é levado ao forno para secar. A farinha do sabugo de milho não é solúvel, ela não se dissolve na água ou no leite, por isso, a melhor forma consumo é usando em receitas de bolos, de massas de pizza, por exemplo.

O professor Sabba preparou um biscoito com a farinha do sabugo de milho. A experiência foi feita em uma fábrica de biscoitos na Região Serrana do Rio. Leva manteiga, açúcar, farinha de trigo, ovos e a farinha do sabugo. O biscoito é crocante e o sabor não decepciona quem experimenta.

A criação do professor foi aprovada no sabor e também como fonte de fibra, para ajudar no funcionamento do intestino. “As fibras, tanto do sabugo quanto da casca do maracujá, são excelentes fontes de fibras, nutrientes e sais minerais. Não podemos abusar deles, mas não há nenhuma contra-indicação”, diz o médico Sérgio Puppin.

Uma vitória para o nosso Professor Pardal dos alimentos, que não se cansa de buscar na natureza a fonte

Informações coletados do globo reporter 23/05/2003

O milho é um conhecido cereal cultivado em grande parte do mundo. É extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Existem várias espécies e variedades de milho, todas pertencentes ao gênero Zea.

Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem americana, já que aí era cultivada desde o período pré-colombiano. É um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos conhecidos, sendo excessões a lisina e o triptofano.

Tem alto potencial produtivo, e é bastante responsivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. A produção mundial de milho chegou a 600 milhões de toneladas em 2004.

O milho é cultivado em diversas regiões do mundo. Os maiores produtores mundiais são os Estados Unidos. No Brasil, que também é um grande produtor e exportador, São Paulo e Paraná são os estados líderes na sua produção. A maior produção municipal é a de Jataí, em Goiás.

Atualmente somente cerca de 5% de produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos.

Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e à ausência de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais, bem como aos hábitos alimentares da população brasileira, que privilegia outros grãos.

História

Segundo Mary Poll, em trabalho publicado na revista Pnas, os primeiros registros do cultivo do milhos datam de há 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do México. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo. Segundo Linda Perry, em artigo publicado na revista Nature, o milho já era cultivado na América do Sul há pelo menos 4.000 anos.

O milho era plantado por índios americanos em montes, usando um sistema complexo que variava a espécie plantada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído por plantações de uma única espécie.

Com as grandes navegações do século XVI e o início do processo de colonização da América, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua produção só perde para a do trigo e do arroz.

No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.

O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na América do Sul, nomeadamente em regiões pouco desenvolvidas, no sistema conhecido no Brasil como de roças.

No final da década de 1950, por causa de uma grande campanha em favor do trigo, o cereal perdeu espaço na mesa brasileira. Atualmente, embora o nível de consumo do milho no Brasil venha crescendo, ainda está longe de ser comparado a países como o México e aos da região do Caribe.

Composição

O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem. Puro ou como ingrediente de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano.

Além das fibras, o grão de milho é constituído de calorias, gordura puras, vitaminas (B e complexo A), sais naturais (metal, isuqieo, fóssio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras e celulose.

Maior que as qualidades nutricionais do milho, só mesmo sua versatilidade para o aproveitamento na alimentação humana. Ele pode ser consumido diretamente ou como componente para a fabricação de balas, biscoitos, pães, chocolates, geléias, sorvetes, maionese e até cerveja.

Apesar de serem usados para fazer pães, o milho não contém a proteína glúten. Isso faz com que os assados de milho não sejam especialmente nutritivos (como é o caso dos assados feitos de trigo).

Usos

O milho é basicamente utilizado na alimentação, seja em forma direta (consumo humano direto), ou indireta (na alimentação de animais).

Uso na alimentação humana direta

Nos Estados Unidos, o uso do milho na alimentação humana direta é relativamente pequeno – embora haja grande produção de cereais matinais como flocos de cereais ou corn flakes e xarope de milho, utilizado como adoçante. No México o seu uso é muito importante, sendo a base da alimentação da população (é o ingrediente principal das tortilhas, e outros pratos da culinária mexicana).

De acordo com a Embrapa, no Brasil apenas 5% do milho produzido se destina ao consumo direto humano.

No Brasil, é a matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira como canjica, cuscuz, polenta, angu, mingaus, pamonhas, cremes, entre outros como bolos, pipoca ou simplesmente milho cozido.

Usos alternativos

O uso primário do milho nos Estados Unidos e no Canadá é na alimentação para animais.

O Brasil tem situação parecida: 65% do milho é utilizado na alimentação animal, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins.

Seu uso industrial não se restringe à indústria alimentícia. É largamente utilizado na produção de elementos espessantes e colantes (para diversos fins) e na produção de óleos e de etanol. O etanol é utilizado como aditivo na gasolina, para aumentar a octanagem.

Algumas formas da planta são ocasionalmente cultivadas na jardinagem. Para este propósito, são usadas espécies com folhas de cores e formas variadas, assim como espécies com espigas de cores vibrantes.

Pesquisas genéticas

O milho é a espécie vegetal mais utilizada para pesquisas genéticas. Em 1940, Barbara McClintock ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pela sua descoberta de transposons, enquanto estudava o milho.

A produção de milho é uma das mais difundidas entre as de alimentos transgênicos, em parte por que seu consumo é basicamente para ração animal, onde a resistência do consumidor é menor.

Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética durante processos de seleção de novas sementes para uso doméstico – inclusive milho transgênico.

Variedades especiais

Milho branco

Uma das variedades mais difundidas no Brasil é o milho branco. Tem como principais finalidades a produção de canjica, grãos e silagem.

A planta tem altura próxima de 2,20 metros, sendo que a espiga nasce a 1,10 metro do solo. A espiga é grande, cilíndrica e apresenta alta compensação. O sabugo é fino, os grãos são brancos, profundos, pesados e de textura média. O colmo tem alta resistência física e boa sanidade. A raiz tem boa fixação.

A planta é especialmente resistente às principais doenças foliares do milho, em diferentes altitudes e épocas de plantio. Podem ser colhidas até duas safras de milho branco por ano.

Em algumas épocas e regiões do Brasil, a cotação da saca de milho branco pode ser até 50% superior à do milho tradicional. O auge da demanda ocorre no período imediatamente anterior à Quaresma, pois a canjica é um prato típico destas festividades.

No Brasil, o milho branco é bastante difundido nos estados do Paraná e São Paulo, mas há também plantações isoladas nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso. Entre os principais municípios produtores estão Londrina, Irati e Pato Branco no Paraná, e Tatuí e Itapetininga em São Paulo.

Nos Estados Unidos, a produção de milho branco em 2004 correspondia a 3% do total. Embora ainda minoritário, o milho branco tem ganho espaço no mercado nos últimos anos, e a área plantada tem refletido o aumento na demanda. Um dos motivos é que o mercado reconhece que ainda não existem variedades trangênicas de milho branco, o que automaticamente aumenta seu valor de mercado em nichos específicos.

Classificação científica

Reino Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe Liliopsida
Ordem Poales
Família Poaceae
Género Zea

Espécies

Zea diploperennis
Zea luxurians
Zea mays ssp. huehuetenangensis
Zea mays ssp. mays
Zea mays ssp. mexicana
Zea mays ssp. parviglumis
Zea nicaraguensis
Zea perennis

Fonte: www.dependedenos.org.br

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