Buriti

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Buriti

Buriti

Nome popular: carandá-guaçu; coqueiro-buriti; palmeira-do-brejo; miriti

Nome científico: Mauritia flexuosa L

Família botânica: Palmae

Origem: Brasil – Regiões brejosas de várias formações vegetais.

O buriti é uma palmeira que atinge até 35 metros de altura. Possui folhas grandes, em formato de estrela.

Cresce preferencialmente em terrenos pantonosos. As flores são dispostas em longos cachos de até 3 metros de comprimento e possuem coloração amarelada, surgindo de Dezembro à Abril.

Sua semente é oval e a amêndoa é comestível. A polpa é consumida na forma de doces, sorvetes, suco ou vinho de buriti. As folhas são usadas na fabricação de cordas, e o tronco serve para a produção de canoas.

Características da planta

Palmeira de porte elegante com estipe ereto de até 35 m de altura. Folhas grandes, dispostas em leque. Flores em longos cachos de até 3 m de comprimento, de coloração amarelada, surgem de dezembro a abril.

Fruto

Elipsóide, castanho-avermelhado, de superfície revestida por escamas brilhantes. Polpa marcadamente amarela. Semente oval dura e amêndoa comestível.

Frutifica de dezembro a junho.

Cultivo

Ocorre naturalmente isolada ou em grupos, de preferência nos terrenos pantanosos, sendo por isso denominada Palmeira-do-brejo, Buritis Altos, Vereda do Buriti Pardo, Buriti Mirim, Vereda Funda, Bom Buriti, Vereda-Meã, Buriti Comprido, Vereda-da-Vaca-Preta, Vereda-Grande, Buriti-do-Á, Vereda do Ouriço-Cuim, Buriti-Pintado, Veredas-Mortas, Córrego do Buriti-Comprido…

Os buritis e as veredas do Brasil central, imortalizados na obra literária de Guimarães Rosa, de onde tantas e tão verdadeiras expressões, são parte indissociável dos chapadões recobertos pelos domínios dos cerrados. Por onde passa um rio, riacho ou ribeirão, em suas margens, em meio aos campos tropicais do cerrado e nos, assim chamados, “lavrados” dos campos de Boa Vista em Roraima – enclaves de vegetação semelhante à do Brasil central em meio à floresta tropical – florescem as matas de galeria e, nelas, os buritis.

Um pouco além da mata, ladeando-as, as veredas bem marcadas de areias claras e vegetação mais rasteira.

Na relva densa e rica das veredas, circundadas em geral por campos limpos, destaca-se majestosamente o buriti: palmeira de estipe elegante e ereto, encimado por folhas enormes e brilhantes. Suas folhagens, abertas em forma de estrela, formam uma copa arredondada, uniforme e linda, vista de baixo sob o céu azul e limpo.

Vistas ao longe, essas matas onde se destacam os buritis, são indício seguro de que por ali existe um curso d’água, descanso e alimento para o sertanejo e para o caboclo: terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, recobertos por extensos buritizais escondem, por entre seus meandros, as águas correntes.Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti.

Do buriti – “verde que afina e esveste, belimbeleza”, como diz o Riobaldo de Guimarães Rosa – já foi dito, e muitas vezes reafirmado, desde que aqui chegaram os primeiros europeus com seus viajantes e naturalistas, que se trata da mais bela palmeira existente. Mais do que isso, nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento.

Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, são apanhados lá no alto, cortados no talo com facão bem afiado para não machucar a palmeira.

Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água. Dos frutos do buriti – um coquinho amarronzado que, quando jovem, possui duras escamas que vão escurecendo conforme amadurecem – aproveita-se a polpa amarelo-ouro. Para extraí-la é preciso, antes, amolecer aquelas escamas por imersão em água morna ou abafamento em folhas ou em sacos plásticos.

E é com ela que são preparados os doces e outros sub-produtos tradicionais. São eles. O moreno doce caixinhas de delicada marcenaria, na confecção das quais não se utiliza outro material a não ser a própria madeira do buriti; a farinha de buriti, produzida a partir da parte interna do estipe da palmeira; as raspas de buriti, obtidas a partir da secagem ou desidratação ao sol da polpa do fruto raspada; a paçoca de buriti, quando se misturam, às raspas, um pouco de farinha de mandioca e de rapadura. Todos eles, alimentos resistentes ao tempo durante a estiagem, quando outros alimentos rareiam.

A polpa pode, também, ser congelada e conservada por mais de ano, sendo utilizada praticamente da mesma forma que a polpa fresca. Com ela produzem-se, hoje em dia, diferentes tipos de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C, invenções e descobertas modernas, muitas delas desenvolvidas nos centros de pesquisa da EMBRAPA.

O buriti, no entanto, não fornece alimento apenas ao homem. Conta-se que, quando é safra de buriti, certos animais comem tanto e com tanta voracidade que se tornam pesados e fáceis de alcançar. É o caso do porco-montado de Roraima, espécie de porco doméstico que vive no mato, que nessa época fica com as gorduras tingidas pela cor amarelo forte do buriti.

Mas o buriti é ainda muito mais do que puro alimento para homens e animais. De sua polpa, por exemplo, a população regional extrai um óleo de cor vermelho-sangüínea utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante. Esse mesmo óleo é comestível, apresentando altos teores de vitamina A.

Também comestível e, dizem, saboroso, é o palmito extraído do broto terminal da planta.

Com as folhas crescidas – ou “palhas”, como diz o homem regional -, com suas fibras e com seus brotos, segundo descrição de Carmo Bernardes, pode-se fazer de tudo: “a caroça de vedar chuva, o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradação de balaios… as esteiras, as mantas, as redes de dormir, as cordas, as urupemas, os abanos e chiconãs de carregar galinha…” Por fim, segundo Pio Corrêa, o estipe do buriti fornece, por incisão, um líquido adocicado e agradável com o qual se mata a sede. Fermentado, esse mesmo líquido se transforma em uma bebida conhecida por “vinho de buriti”.

Por sua beleza e por propiciar tantos bens aos homens e aos animais – que também sabem apreciar e se fartar de seus frutos – o buriti foi a palmeira que mais encantou os naturalistas Spix e Martius quando, pela primeira vez, encontraram-se no interior das terras brasileiras.

Utilidade

A planta tem muitas utilidades:

1) A polpa dos frutos é usada para extração de óleo comestível de cor avermelhada e no preparo de sorvetes, cremes, geléias, doces, licores e sucos contendo vitaminas A e C. Os frutos servem de alimentos para animais silvestres.
2) As folhas, para confecção de cordas, esteiras, redes de dormir, abanos, utensílios domésticos para espremer raspa de mandioca no preparo de farinha e artesanatos diversos.
3) A estipe (tronco) é usada nas construções rurais e obtém-se, através de perfurações, um líquido adocicado para a fabricação do vinho-de-buriti. O palmito dessa planta é comestível.
4) Na arborização de praças, parques e jardins.

Teores Antes da Extração do Óleo Depois da extraçao
de óleo com hexano
sob refluxo
Umidade (%) 5,89 9,62
Cinzas (%) 5,33 4,03
Lipídios (%) 25,0 14,7
Proteínas (%) 5,90 5,34
Fibras (%) * 27,6
* O teor de fibras é determinado após a extração de óleo

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br/www.casaecia.arq.br

Buriti

NOME CIENTÍFICO: Mauritia flexuosa

NOMES POPULARES: Buriti; coqueiro-buriti; miriti (PA); boriti; moriti; muriti; caradáguaçú; carandai-guaçú; palmeira dos brejos.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Árvore com altura em torno de 20 a 30 m, tronco até 50 cm de diâmetro. Cachos de 2 a 3 m de comprimento.

OCORRÊNCIA: Pará; Maranhão; Piauí até São Paulo e Mato Grosso do Sul, em brejos de várias formações vegetais. Sua presença é tão característica e notável que emprestou seu nome à várias cidades, parques, etc.

É a mais alta e elegante das nossas palmeiras.

Os frutos castanho-avermelhados e revestidos com escamas apresentam uma polpa bem amarela, encobrindo a amêndoa comestível.

Da polpa adocicada se faz vinho, sorvete e doce.

O broto terminal é saboroso palmito.

Das folhas se fazem ripas, jangadas e cobertura de ranchos, e das fibras se tecem esteiras e redes.

Do buriti também se extrai o óleo usado para fritura, fabricar sabão, acender lamparina.

O óleo ainda é protetor solar e desodorante.

UTILIDADE

Sua madeira é empregada para construções rutais e em beira de rios. A polpa do fruto fornece óleo comestível e é consumida pelas populações locais, geralmente na forma de doces. A árvore é muito ornamental, podendo ser usada com sucesso na arborização de ruas e parques. Esta palmeira é uma das mais importantes e talvez aquela que desde o tempo pré-histórico os aborígines vêm tirando maior proveito, sendo que ainda hoje as tribos dispersas na Amazônia saúdam alegremente a aparição dos frutos maduros, realizando nessa época, sempre ansiosamente esperada, as suas melhores festas e celebrando simultaneamente os casamentos ajustados.

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS

Pode ser encontrada em várias formações vegetais, em áreas brejosas ou permanentemente inundadas. É frequente em baixadas úmidas de áreas do cerrado do Brasil Central. Produz anualmente grande quantidade de frutos consumidos por inúmeros animais.

FENOLOGIA

Floresce durante quase o ano inteiro, porém com maior intensidade nos meses de dezembro-abril. A maturação dos frutos verifica-se principalmente nos meses de dezembro-junho.

OBTENÇÃO DE SEMENTES

Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Os frutos assim obtidos podem ser utilizados para semeadura não havendo necessidade de despolpá-los. Entretanto, caso deseje-se armazená-los ou remetê-los para outros locais, é conveniente despolpá-los. Sua viabilidade de armazenamento geralmente é curta.

O Buriti

A mais alta das palmeiras nativas do Brasil, o buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo.

Conhecido também como carandá-guaçu, pissandó e outros nomes, o buriti (Mauritia vinifera) pertence à família das palmáceas.

Ocorre numa extensa área que cobre praticamente todo o Brasil central e o sul da planície amazônica. O estipe ou caule pode alcançar cinqüenta metros de altura, com cinqüenta centímetros de diâmetro na base.

Suas folhas, em número de vinte a trinta, chegam a cinco metros de comprimento por até três de largura e são muito usadas para cobertura de ranchos.

O estipe fornece, por incisão, um líquido doce e róseo que se transforma por fermentação no apreciado vinho de buriti.

O broto terminal é consumido como palmito. Da polpa dos frutos, que são drupas amarelas e escamosas de três a cinco centímetros, extrai-se óleo comestível e faz-se um doce pastoso. O buriti-do-brejo ou muriti (M. flexuosa), nativo da Amazônia, não costuma ultrapassar quarenta metros de altura.

O buriti-bravo (M. armata), cujos caules, revestidos de espinhos, crescem em média dez metros e formam touceiras densas, ocorre do Pará à Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

O buriti-mirim (M. pumila) é uma pequena palmeira das praias dos rios amazônicos, com três metros de altura média, cujos frutos fornecem apreciado refresco.

Nativo do Rio Grande do Sul é o buriti-palito (Trithrinax acanthocoma), cujo estipe de dois metros é encimado por uma coroa de filamentos trançados.

Buriti

Buriti

Fonte: www.unicamp.br/www.biomania.com/walehu.vilabol.uol.com.br

Buriti

A palmeira de mil e uma utilidades

Buriti

O buriti (Mauritia flexuosa) é uma das mais singulares palmeiras do Brasil.

O buriti é uma espécie abundante no Cerrado e um indicativo infalível da existência de água na região. Como o Cerrado é rico em água, lá estão os buritis, emoldurando as veredas, riachos e cachoeiras, inseridos nos brejos e nascentes. A relação com a água não é à toa.

Ao caírem nos riachos, os frutos de seus generosos cachos são transportados pela água, ajudando a dispersar a espécie em toda a região. Os frutos também servem de alimento para cutias, capivaras, antas e araras, que colaboram para disseminar as sementes. Na natureza, tudo funciona na base da cooperação mútua.

Os buritis também embelezam a paisagem do Cerrado e são fonte de inspiração para a literatura, a poesia, a música e as artes visuais.

O Buriti

Buriti

O buriti é fruto da palmeira conhecida localmente como árvore da vida, assim chamada por ser possível utilizar praticamente tudo dessa espécie. A polpa dos frutos é utilizada para fazer doces e sorvetes, além de ajudar na recuperação da pele queimada ou machucada. As sementes são utilizadas para fazer colares e outras jóias da floresta. As folhas trançadas cobrem as casas e até do caule se extrai um líquido que substitui o açúcar.

O buriti é a maior fonte natural conhecida de carotenóides (pró-Vitamina A), já muito conhecidos por suas propriedades protetoras para a pele. Estudos adicionais demonstram que o óleo também é muito útil para o cuidado dos cabelos, especialmente os danificados. O uso do óleo em condicionadores pode ajudar a recuperar a força e maleabilidade dos fios. Entre os sucessos já lançados, destacam-se os produtos solares, pré e pós-solares e maquilagens. Japão, França e Estados Unidos parecem especialmente atraídos pela sua cor vermelha intensa.

Fonte: www.ispn.org.br/www.cosmeticosbr.com.br

Buriti

Buriti

Buriti

Nome científico: Mauritia flexuosa

Família: aracaceae

Origem

Norte da América do Sul, Venezuela e Brasil, predominante no Brasil. O Buriti é a designação comum a plantas dos gêneros da família das aracaceas (antigas palmáceas). Contudo o termo pode se referir ainda à Mauritia flexuosa, uma palmeira muito alta, do Norte da América do Sul, Venezuela e Brasil, predominantemente nos estados da região norte neste último país. Seu fruto é uma fonte de alimento privilegiada. Rico em vitamina A, B e C, ainda fornece cálcio, ferro e vitaminas.

Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos, picoleres e licores, sobremesa de paladar peculiar e na alimentação de animais. O óleo extraído da fruta tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural, também é utilizado para amaciar e envernizar couro. Muito utilizado na cosmética como, hidratante, umectante, protege a pele contra os raios nocivos do sol, como óleos pós banho, xampus, filtro solar, sabonetes, além de dá cor, aroma e qualidade a diversos outros produtos de beleza.

O Buriti

Buriti na língua indígena significa “a árvore que emite líquidos” ou “a árvore da vida”. Considerada sagrada pelos índios por dela se fazer tudo o que é necessário para a sobrevivência, a casa, os objetos e a alimentação. Em Macaúbas é encontrado em diversos lugares da região das serras.

Da palmeira se aproveita quase tudo: com as palhas são feitas coberturas de casas, gaiolas, cercas; dos frutos faz-se doces, picolés, vitaminas. É uma importante fonte de renda para diversas famílias. O doce de buriti tem prezença garantida nos lares macaubenses.

Nome popular: Buriti, mirití, palmeira-dos-brejos.
Nome científico: Mauritia vinífera Mart.
Família botânica: Palmae.
Vegetação de ocorrência: Regiões brejosas, mata de Galeria e Veredas.
Características da planta: Palmeira de porte elegante com até 15 metros de altura. Flores em longos cachos de até três metros de comprimento, de coloração amarelada.

Fruto

Castanho-avermelhado, coberto por escamas, com polpa marcadamente amarela e rica em cálcio. Frutifica de outubro a março.

Cultivo

A germinação é lenta e irregular. No período de 60 dias germinam cerca de 30% e mais 30% germinam aos 10 meses após a semeadura. As mudas podem ser produzidas em laboratório através da cultura de embriões. O crescimento da planta é lento.

Aproveitamento Alimentar

Dos frutos do buriti, aproveita-se a polpa amarelo-ouro. Com ela, são preparados doces e outros subprodutos tradicionais. A polpa pode também ser congelada e conservada por mais de um ano. Com ela, produzem-se, hoje em dia, diferentes tipos de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina A.

Composição em 100 g: 144 cal, 2,6 g de proteína, 156 mg de cálcio, 54 g de fósforo, 6.000 mg de vitamina A, 0,03 mg de vitamina B1, 0,23 mg e vitamina B2 e 0,26 de vitamina C.

Composição nutricional

Componentes 100 g de polpa
Energia 74,00 cal
Água 79,7g
Proteínas 0,9g
Lipídios 0,3g
Carboidratos 18,9g
Fibra 0,9g
Cinza 0,3g
Cálcio 22,00 mg
Fósforo 17,00 mg
Ferro 1,80 mg
Caroteno 0,84 mg
Tiamina 0,02 mg
Riboflavina 0,09 mg
Niacina 0,62 mg
Vitamina C 9,90 mg
Zinco 0,63mg

 

Outros Usos

Ornamental, medicinal e artesanato.

Fonte: www.aromasdafloresta.com.br/www.macaubasemfoco.hpg.ig.com.br

Buriti

Buriti – Mauritia flexuosa L. f.

“Morety he outro modo de palma mto comprida e no alto tem hua roda q faz cõa folhada e dá hus cachos de coquos mto grandes … a fruta se come.” C.Lisboa 1631, em “Animais e Árvores do Maranhão”

No bioma Cerrado é a espécie que caracteriza as veredas, marcante fitofisionomia da região, ocorrendo também em matas de galeria e ciliares, podendo formar densos buritizais.

Para além dos domínios do Cerrado, corre em toda a Amazônia e Pantanal, sobre solos mal drenados, em áreas de baixa altitude até 1000m, sendo considerada a palmeira mais abundante do país.

Buriti

Produz anualmente grande quantidade de frutos, que podem ser consumidos ao natural, na forma de sucos, sorvetes, doces ou desidratados. Segundo Rafael Teixeira, guia na Chapada dos Veadeiros especializado em flora e avifauna do Cerrado, os frutos integram a dieta de mamíferos como a cutia, a capivara e a anta, e de aves como a arara. Em algumas cidades no Piauí, como Dom Expedito Lopes, o doce do buriti é fabricado e embalado em caixinhas feitas a partir do talo (pecíolo) de folhas do próprio buriti. O doce é comercializado em feiras do Distrito Federal e Goiânia.

As mulheres guerreiras, senhoras de seu corpo, são como a palmeira do murity, que rejeita o foto antes que ele amadureça e o abandona á correnteza do rio.” J. Alencar 1874.

A espécie possui íntima relação com a água, que atua na dispersão de seus frutos e auxilia na quebra da dormência das sementes. O viveirista Julmar Andrade, o “Mineiro”, recomenda que antes do plantio devemos deixar as sementes do buriti de molho durante 30 dias, trocando a água todos os dias. O procedimento quebra a dormência das sementes e promove uma homogeneização na germinação do lote.

Os pecíolos (talos) e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e ranchos, bem como no artesanato regional, para a confecção de cestos e móveis.

“…palmeira denominada brutíz, que he alta, e grossa com folhas de mais de sete pés de comprimento: do seu fruto fazem os índios, e ainda os antigos sertanistas um vinho, que se assemelha ao da videira na cor e gosto.” Casai 1817, em Corografia Brasílica.

O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas e vermífugas. Rico em pró-vitamina A (500 000 UI), com índice de 300mg/100g, o óleo é usado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização. O óleo absorve radiações no espectro ultra-violeta, sendo um eficiente filtro solar Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus.

Buriti
Palha de buriti – Banquinho-baú de madeira e palha de buriti, ao lado de vaso de cerâmica marajoara e da pastor alemão Terra.

Calorias 114,9
Glicídios (g) 2,16
Proteínas (g) 2,95
Lipídios(g) 10,50
Ca (mg) 158
P (mg) 44
Fe (mg) 5,00

Vitaminas

A (mcg) 6.000
B1 (mcg) 30
B2 (mcg) 230
C (mcg) 20,8
Niacina (mcg) 0,700

Fonte: www.cdpara.pa.gov.br

Buriti

Pertencente a família das palmáceas, o buriti (Mauritia vinifera e M. flexuosa) é encontrado principalmente na área central do Brasil até o sul da planície amazônica. Podendo alcançar até 35 m de altura, suas folhas grandes, formam uma bela copa. Suas flores tem a cor amarelada e normalmente aparecem no início do ano.

Seus frutos são avermelhados,cobertos por uma escama de cor avermelhada e lustrosa.. A polpa amarela cobre sua semente oval que é bastante dura. Frutifica de dezembro a junho. Exigente quanto à grande quantidade de água por perto, a presença do Buriti é uma boa indicação de um solo úmido com algum curso d’água por perto.

Geralmente, o Buriti se utiliza das águas correntes para levarem e espalharem as sementes de sua palmeira. Planta perenifólia, heliófita e higrófita, encontrada em várias formações vegetais, porém invariavelmente em áreas brejosas ou permanentemente inundadas. É particularmente frequente nas baixadas úmidas de áreas de cerrado do Brasil Central, em agrupamentos quase homogêneos, conhecidos como Veredas de Buritizais.

Produz grande quantidade de frutos, chegando a produzir cerca de 3 toneladas de cocos que são avidamente consumidos por diversos animais. O Buriti também é conhecido por sua grande capacidade de renovação celular. Funciona como um excelente esfoliante natural, removendo as células mortas e proporcionando vitalidade à pele.

É muito usado em produtos pós-sol. Nas regiões pesqueiras da Amazônia o óleo de Buriti é utilizado pelos pescadores após longas horas de trabalho. Como eles se expõem muito ao sol, utilizam o óleo que alivia e revitaliza a pele.

Em tupi-guarani seu nome pode significar: “aquele que contém água”, ou “a árvore que emite líquidos”, ou ainda, “a árvore da vida”. Consagrada pelos índios por se aproveitar tudo dela, o que era de grande utilidade aos índios. Os moradores do cerrado brasileiro, e toda a região onde o Buriti se encontra têm grande estima por ele, principalmente pelo fato de se aproveitar praticamente tudo.

Veja alguns exemplos:

Dos seus frutos, se tira a polpa e dela é extraído um óleo comestível com alto índice de vitamina C, vitamina A, além de possuir um alto valor nutritivo.

O fruto do Buriti descascado deve ser ralado e essa massa colocada para ferver. Na fervura, um óleo dourado começa a boiar e é cuidadosamente retirado para uso, principalmente, culinário. Seu óleo é riquíssimo em ácidos graxos, e pode dar à pele um toque macio e acetinado. Este óleo também pode ser utilizado contra queimaduras, pois ele proporciona um enorme alívio, além de ser cicatrizante. O óleo ainda produz um potente vermífugo. A polpa é utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias, licores entre outros alimentos. Também se utiliza o palmito do Buriti, comido refogado; ou faz-se doce. Das raízes faz-se remédio.

Sua madeira, pesada e dura, é utilizada para se fazer esteios e colunas para casa e currais. O tronco rachado ao meio é muito utilizado na construção de calhas.

As folhas são usadas para algumas coberturas (telhados), esteiras, peneiras, móbiles, entre outros produtos artesanais. Seus talos são usados para a fabricação de móveis domésticos.

A incisão da inflorescência, antes de desabrocharem as flores, fornece um líquido adocicado que, se fermentado, se transforma no “vinho deburiti”, podendo este ser preparado também do mesocarpo do fruto, de onde se fabrica o famoso doce de buriti. A medula do tronco fornece uma fécula semelhante ao sagu.

Proteínas: 1,8g/100g
Gordura: 11,2g/100g
Carboidratos: 20,4g/100g
Fibras: 7,9g/100g
Calorias: 189,6kcal
Zinco: 0,63mg/100g

Fonte: www.bairroburitis.com

Buriti

Buriti

Nome científico: Mauritia flexuosa

Nomes Populares: Buriti, carandá-guaçu, carandaí-guaçu, miriti, muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos.

Fruta riquíssima em vitamina A. Além de bastante calórica, possui altas concentrações de fibras, que auxiliam na digestão, além de cálcio e ferro. Da polpa de seus frutos é extraído um óleo comestível que possui altos teores de vitamina A (possui 300 vezes mais que a manga). Além disso, a polpa é muito utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias e vitaminas de sabores exóticos e apresenta alta concentração de vitamina C.

O buriti é uma palmeira com 25 a 50 metros de altura, porte elegante, estipe reto e simples.

Possui folhas grandes, dispostas em leque, em formato de estrela. Cresce preferencialmente em terrenos pantonosos.

As flores reunidas em inflorescência do tipo cacho, de até 3 metros de comprimento, possuem coloração amarelada, surgindo de dezembro a abril.

Frutos tipo drupa, globoloso e alongado, com a superfície revestida por escamas castanho-avermelhadas e brilhantes. Polpa alaranjada, envolvendo uma semente globosa e dura, oval e a amêndoa é comestível.

A polpa é muito utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geléias, suco ou vinho de buriti, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C. As folhas geram fibras usadas no artesanato, tais como bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos e bijuterias, e o tronco serve para a produção de canoas.

Os talos das folhas servem para a fabricação de móveis. Além de serem leves, as mobílias feitas com o buriti são resistentes e muito bonitas.

Frutificação primavera a outono, dependendo da região.

Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, são apanhados lá no alto, cortados no talo com facão bem afiado para não machucar a palmeira.

Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água.

Recentemente, pesquisadores da Universidade Federal do Pará descobriram que o óleo de buriti ao natural pode ser usado como protetor solar, porque absorve completamente as radiações eletromagnéticas, as mais prejudiciais à pele humana.

Os buritis foram imortalizados na obra literária de Guimarães Rosa.

Fonte: www.arara.fr

Buriti

Buriti

Nome científico: Mauritia flexuosa L. f.

Outros nomes populares: Miriti (PA), moriti, muriti, boriti, coqueiro-buriti, carandá-guaçu, carandaí-guaçu, palmeira-dos-brejos.

Características gerais: Palmeira robusta e elegante de 20-30 m de altura, com tronco (estipe) solitário e ereto, sem ramificação, liso e com anéis uniformemente espaçados, de 30-60 cm de diâmetro. No ápice do estipe encontra-se uma coroa de 20 folhas de até 4 m de comprimento. É uma planta dióica ou polígamo dióica, ou seja, existem indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas e hermafroditas. O fruto é uma drupa globoso-alongada de 4-7 cm de comprimento, constituída de epicarpo (casca mais externa) formado de escamas rombóides de cor castanho-avermelhada; mesocarpo (parte comestível) representado por uma massa espessa de cor alaranjada; endocarpo esponjoso que envolve a semente muito dura. Uma única planta pode conter até 7 cachos de frutos, com uma média anual de produção de 5000 frutos.

Regiões de ocorrência

Ocorre em toda a Amazônia, Nordeste, Centro Oeste e Brasil Central, atingindo seu limite austral no norte do estado de São Paulo. Também ocorre no norte da América do Sul. É a palmeira mais amplamente distribuída no país, formando populações naturais homogêneas tão amplas que chega a ser detectada por imagens de satélite. São famosos os “buritizais” das ilhas do estuário do Baixo Tocantins no Pará, ou as veredas ao longo de córregos no oeste da Bahia (Grande Sertão Veredas).

Utilidades

Inúmeros produtos úteis do buritizeiro são aproveitados pelas populações ribeirinhas de sua região de ocorrência, tanto na sua alimentação como em outras necessidades diárias: bebida natural ou fermentada, sabão caseiro, material para casa, óleo e doces dos frutos, fécula e um líquido potável e açucar do estipe, etc.

Da polpa ou mesocarpo prepara-se o “vinho de buriti” mediante o prévio amolecimento dos frutos em água morna; esta prática é necessária para completar o amadurecimento dos frutos que ao caírem ainda estão um tanto duros. Também é chamado em algumas regiões “vinho-de-buriti” o líquido adocicado e fermentado extraído pela incisão de sua inflorescência antes de desabrocharem as flores. Com a polpa também prepara-se o tradicional “doce de buriti”, principal produto derivado desta palmeira e já comercializado em vários estados.

É presença constante em feiras da região norte, onde pode ser encontrado em pequenos pacotes como em latas de 20 kg. Os índios Huitotos do Peru e outras tribos amazônicas preparam dos frutos um suco e uma espécie de “chicha” (cozimento fermentado). O buriti é fonte alimentar importante para os indígenas amazônicos. Da polpa ainda se obtém óleo comestível, empregado principalmente na fritura de peixes. Dos caroços ou sementes pode-se obter um carburante líquido obtido através de fermentação e destilação. Da medula do tronco obtém-se uma fécula amilácea semelhante ao “sagu” da Índia, empregada no preparo de mingaus.

A seiva do tronco do buriti é tão rica em açúcar que é possível extrair da mesma a sacarose cristalizada como da cana-de-açúcar. Para a sua obtenção, faz-se um furo no tronco e recolhe-se a seiva num recipiente, produzindo em média 8-10 litros por árvore. O produto cristalizado tem quase 93% de sacarose. Parece que apenas as plantas machos (que não dão frutos) possuem seiva açucarada.

As folhas novas do buritizeiro dão cordas resistentes. O pecíolo da folha fornece material leve e mole usado na fabricação de rolhas e no artesanato regional, como brinquedos, pequenas caixas, etc. O “doce do buriti” geralmente é acondicionado em caixas feitas com o pecíolo da folha. Os frutos in natura podem ser facilmente encontrados nas feiras das cidades da região Norte (Piauí, Maranhão e Pará) no período de dezembro a julho. A madeira do buritizeiro é moderadamente pesada e dura, porém de baixa durabilidade natural. Mesmo assim é muito utilizada regionalmente em construções rurais e construção de trapiches em beira de rios. A árvore é uma das palmeiras mais ornamentais e elegantes de nossa flora, contudo, totalmente ignorada por nossos paisagistas. O único que ousou usa-la pela primeira fez foi o famoso paisagista Roberto Burle Marx nos jardins do Palácio Itamarati em Brasília.

A importância do buriti transcende a sua utilidade econômica, tornando-se uma das plantas mais estimadas pelas populações de muitas regiões do país, sentimento este traduzido pelo uso de seu nome para designar várias cidades no interior do país: Buritizal (SP), Buriti (MA), Buritis (MG), Buriti Alegre (GO), Buriti Bravo (MA), Buritama (SP), Buriti dos Lopes (PI), Buritirama (BA), Buritizeiro (MG).

Informações ecológicas

Ocorre exclusivamente em áreas alagadas ou brejosas, como em beira de rios, igapós, lagos e igarapés, onde é geralmente encontrado em grandes concentrações na forma de populações homogêneas, formando os chamados “buritizais”. Geralmente parte do tronco fica imerso na água por longos períodos, sem que isso lhe cause dano. Á água tem importante papel na disseminação de suas sementes. É até possível encontrá-lo em solo seco, contudo, em alguma época este local foi muito úmido ou encharcado. Para cultiva-lo em terreno seco deve receber muita água na sua fase juvenil.

Produção de mudas

Os frutos devem ser colhidos no chão após sua queda espontânea, o que ocorre a partir de janeiro, prolongando-se até julho. Em seguida os frutos devem ser deixados amontoados por alguns dias até o completo apodrecimento da polpa para facilitar a separação da semente (uma por fruo). Um kg de sementes contém aproximadamente 35 unidades, cuja viabilidade em armazenamento é muito curta. Devem ser postos para germinação logo que colhidos e limpos em canteiros ricos em matéria orgânica, ou diretamente em embalagens individuais contendo o mesmo tipo de substrato. Em ambos os casos cobrir as sementes com uma camada de 1 cm de substrato e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 3-5 meses e a taxa de germinação é apenas moderada. As mudas estão prontas para plantio no local definitivo em aproximadamente 18 meses.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

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