Coco

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Nome científico: Cocos nucifera L.

Família: Palmae

Origem: Índia/Ásia

Nomes populares: Coqueiro, coqueiro-da-Índia, coco-da-baía

O coco, fruto tropical amplamente cultivado no Brasil, é rico em proteínas, gorduras, calorias, carboidratos, vitaminas (A, B1, B2, B5e C), e ainda em sais minerais, principalmente potássio e magnésio. Por isso, além de saboroso, é considerado um alimento muito saudável, nutritivo.

Do coco, tudo se aproveita. A camada externa serve para fabricar substrato agrícola, capachos, brochas, escovas, estofamentos e tecidos grossos para sacos. A casca dura e usada no artesanato e como fonte de energia térmica (combustível para caldeiras).

As partes comestíveis do fruto são: a polpa branca e a água, que podem ser consumidas quando o fruto ainda está verde ou depois de maduro. Da polpa madura extraem-se o leite, coco ralado, o farelo e o óleo. O leite de coco e o coco ralado são usados para preparar uma infinidade de pratos doces e salgados.

O farelo é destinado ao consumo animal. O óleo é usado na alimentação e na fabricação de sabão, cosméticos, detergentes.

Origem

Muitas referências afirmam que o Cocos nucifera é originário da Índia.

Há algumas referências, entretanto, que defendem a origem desconhecida desta palmeira.

Clima

A planta frutifica apenas em locais de clima quente.

Características da planta

Palmeira inerme, solitária, de estipe cilindra, lisa, podendo chegar até a 20 m de altura. Folhas de até 3 m de comprimento, com bainha de fibra grosseira e cor castanha, pecíolo longo e cerca de 100 pinas (folíolos) distribuídas em intervalos regulares.

Fruto de forma ovóide, com cerca de 15 cm de diâmetro que, quando maduro, apresenta coloração castanha; possui polpa abundante de até 2 cm de espessura e a cavidade central contém um líquido aquoso ou leitoso, conhecido como agua-de-côco.

Características da flor

Flores unissexuais, reunidas em inflorescência ramificada (espádice) que se forma na axila de cada folha. A espádice encerra-se em uma larga espata lenhosa, que é composta por uma raque em que, em seus dois terços superiores, situa-se um aglomerado de flores masculinas pequenas, medindo apenas alguns milímetros, de coloração brancacenta ou amarelo-claras e situam-se na parte basal da raque.

Quais são os tipos?

Todos os tipos de palmeiras produzem coco (como o coco-catolé, ou coco-ouricuri, pequeno fruto típico da Mata Atlântica). Nos trópicos, os cocos são muito apreciados, tanto pelos turistas como pelos nativos. No Brasil, seus maiores cultivadores estão localizados no Nordeste e no estado do Pará. O coqueiro gosta de clima quente e úmido. Sua altura pode chegar a 30 metros. Também existem variedades anãs, que não ultrapassam três metros.

Melhores variedades

Anão
Verde e pernambuco

Época de plantio: Início das chuvas.

Espaçamento: 8 x 8m.

Mudas necessárias: 156/hectare.

Covas: 80 x 80 x 80cm.

Combate à erosão: Plantio em curvas de nível.

Culturas intercalares: Arroz, feijão, milho, soja, durante a formação.

Adubação: Na cova: Colocar no fundo, até 1/3 da profundidade, uma camada de cascas e fibras de, coco, lixo, folhas etc ., misturadas com terra da superfície; o restante da cova ser preenchido com 30 litros de esterco de curral, 1.000g de calcário dolomítico, 500g de fosfato natural e 300g de cloreto de potássio, misturados com terra da superfície; na frutificação, em março e novembro, em cobertura , ao redor das plantas, em um raio de 1,5-2m: 400g de sulfato de amônio; 300g de superfosfato simples; 200g de cloreto de potássio; 20 litros de esterco de curral.

Tratos culturais: Roçadas e coroamento.

Combate à moléstias e pragas: Ceratostomela (fungo que causa a queda das flores e podridão do pedúnculo dos frutos): pulverizar os cachos com Dithane M-45 a 2% a cada 20 dias.

Época de colheita: O ano todo.

Produção normal: 50 – 60 frutos/planta/ano.

Observações

Cultura permanente. Preferir terras férteis, com altitude inferior a 500 metros.

Uso Nutricional

O coco é uma árvore da qual tudo se aproveita.

No Brasil, o coco é usado verde para beber a água, que é a mais pura, nutritiva e completa bebida que a natureza produz nos trópicos.

O ponto ideal para se beber a água coco do verde, é em torno de 6-7 meses depois que os frutos começarem a aparecer. Nessa fase se encontra a maior concentração de sacarose, depois esta tende a diminuir, na medida em que o coco amadurece.

O principal constituinte da água, é o potássio, que varia de acordo com a quantidade encontrada nos solos.

A carne do coco maduro é um alimento importante na culinária dos países tropicais.

O leite ou creme obtido do coco fresco ralado, serve como base no preparo de diversos pratos, tanto na culinária doméstica, quanto na comercial. A Bahia é o estado brasileiro onde o coco encontra sua maior expressão.

No processo de extração do óleo de coco, a torta resultante é rica em proteína de 18 a 25% e em fibras. Porém, pelo processo de industrialização, que utiliza altas temperaturas, se produz a desnaturação da proteína, que não fica adequada para o uso humano, sendo usado para a alimentação de ruminantes.

O bagaço resultante da extração caseira do leite ou óleo de coco, por não utilizar o processo industrial, pode e deve ser usado na confecção de bolos, pães, etc., pois ela é rica em proteínas e fibras. De fato, em vários Centros de Pesquisa da Índia, Inglaterra, Filipinas e EUA, esforços estão sendo feitos para produzir, para consumo humano, proteína, óleo e outros produtos a partir do coco maduro fresco.

A farinha de coco na Índia e nas Filipinas, é preparada a partir da extração do óleo para ser usada na alimentação, especialmente em padarias e merenda escolar, podendo substituir a farinha de trigo e leite, sem gordura em até 5%, sem afetar o valor e a qualidade do produto.

Coco seco é outro produto muito usado na indústria de alimentação.

O coco seco, bem processado deve ser crocante, branco, com um sabor agradável e doce do coco.

O valor nutritivo é aproximadamente o seguinte: gordura 67,50%, carbohidratos 5,9%, proteínas 9,3%, sais minerais 2,4% e fibras 3,9%.

Óleo de coco

Para uso doméstico, é preparado a partir do leite de coco fresco esquentado; com o calor, o óleo se separa, então é retirado e coado.

Em nível industrial, é utilizado o processo hidráulico junto com solventes químicos.

Óleos ricos em ácido láurico, como o de coco, têm boa demanda na indústria de alimentos e na química, devido a sua “baixa rancidade”, sua facilidade de derreter e sua habilidade de formar emulsões estáveis e espuma.

Esses fatores têm levado o óleo de coco a ser usado como óleo de cozinha, gordura vegetal, substituto de gordura do leite em margarinas, biscoitos, bolos, sorvetes e cremes para bolos, também substituto da manteiga de cacau. Aliado a isso, o óleo de coco tem um maior “grau de digestibilidade”, que qualquer gordura, incluindo a manteiga e isso é devido a seu alto percentual de glicerídios assimiláveis (91%).

Por isso foi usado como substituto da manteiga, especialmente na confecção de margarina, porém com a introdução de óleos hidrogenados na confecção de margarina e gorduras vegetais, o óleo de coco perdeu seu lugar privilegiado na indústria alimentícia, especialmente a partir da preocupação de usar óleos poli-insaturados para evitar as doenças coronárias, por aumento do colesterol.

No entanto, estudos feitos com grupos na Polinésia, que utilizam grande quantidade de óleo de coco na sua comida, encontraram uma menor taxa de gordura no sangue que o grupo que consumia uma dieta no estilo europeu. Por isso o consumo de gorduras saturadas ou insaturadas na influência do nível de colesterol no sangue, ou de doenças coro-nárias, deve ser analisada no contexto geral da dieta e do estilo de vida das pessoas.

Água de coco e leite de coco?

No interior do coco, quando verde, pode beber-se o líquido ligeiramente adocicado que se chama “água de coco”. A água de côco contém sais minerais como sódio, potássio e cloro, e um tipo de açúcar muito fácil de digerir, a glicose.

A água de coco funciona como um excelente diurético. É só beber um copo por dia.

Os resultados são surpreendentes: baixa a pressão arterial, elimina o inchaço dos pés e diminui o colesterol.

Para a prisão de ventre, tome 1 copo de água de coco em jejum até regularizar as funções intestinais. A água de coco também é um ótimo vermífugo, principalmente para as crianças.

Quando o coco está seco, o mesmo líquido fica esbranquiçado, e chama-se “leite de coco”. O leite de coco é rico em gordura e sais minerais, contendo também pequena porcentagem de proteínas.

Em Timor, a água de côco é um líquido sagrado usado para abençoar os plantios de milho.

Para saber se o coco está em condições de consumo, lá vai uma dica: bata com uma moeda na casca, se o som for estridente o coco está fresco, se o som for oco indica que o fruto não está bom para o consumo.

Uso Medicinal

A água de coco é usada como diurético. Por seu alto conteúdo em sais minerais, é usada nos casos de diarréia e cólera. Por ser estéril, pode ser usada em caso de emergência para hidratação parenteral (na veia). Experiência nesses sentido foi feita em Bangok, Tailândia.

A água de coco com farinha de arroz, feito cataplasma, é usada na China, em feridas gangrenosas e cabeça de prego (furúnculo).

Em Curaçao, o leite de coco feito na hora e a carne do coco maduro, são usados para matar vermes.

O leite de coco é usado, também externamente, para tratar mastites (inflamação das mamas) e erisipelas (vermelhão).

O óleo de coco é usado, com sal, para gripes e garganta inflamada, é também um bom meio para fazer massagem.

A raiz do coqueiro, considerada adstringente, é utilizada para baixar a febre, para diarréias e desinterias; em casos de aumento do fluxo menstrual e em gargarejo para aliviar a dor de dente.

O cabelo de coco, depois de fervido, é efetivo contra diarréias e sapinhos.

No Sri Lanca, as raízes são torradas feito pó e usadas como pasta de dente. Também são utilizadas como desinfetante para feridas e para gargarejar nos problemas de boca e garganta.

Composição Química

A água de coco verde é composta de água 95,5%, proteína 0,1%, gordura – de 0,1%, carbohidratos 4%, cálcio 0,02%, fósforo – 0,01%, ferro 0,5%.

A proteína do coco tem uma proporção dos aminoácidos arginina, alanina, cisteína (essenciais) e serina maior do que aqueles encontrados no leite de vaca, daí que em alguns lugares das Filipinas, esta água é usada para alimentar crianças pequenas. Presença de vitamina C pode variar de 2,2 a 3,7 mg/%, e vai diminuindo na medida em que o coco amadurece. Possui também vitaminas do complexo B em pequena proporção. Os sais minerais são iodo 105mg, potássio 312mg, cálcio 29mg, magnésio 30mg, ferro 0,10mg, cobre 0,04mg, fósforo 37mg, enxofre 24mg e cloro 183mg/100ml.

O óleo de coco é rico em óleos saturados, em especial ácido láurico e mirístico e contém uma grande porcentagem de glicerol.

O glicerol é importante para o organismo, pois com ele o corpo produz ácidos graxos saturados ou insaturados, de acordo com suas necessidades. O glicerol é, também, um emulgato dai seu uso na produção de cremes e pomadas. De todos os óleos vegetais de uso industrial o de coco tem o mais alto valor de saponificação e o mais baixo valor de iodo e de refração, o que significa que o óleo de coco é excelente para o preparo de pomadas cremosas.

A água de coco contém um fator de crescimento e é utilizado em alguns laboratórios como meio de cultivo.

Fonte: www.agrov.com

Coco

Coco é o nome do fruto da palmeira.

O coco é um fruto do coqueiro, da família das palmáceas, a qual abrange cerca de um milhão de espécies. O coco-da-baia, introduzido na Bahia em 1553, pelos portugueses, é o mais conhecido e utilizado.

A água de coco, líquido existente no interior do fruto, especialmente em maior quantidade quando o coco está verde, constitui sabor levemente adocicado e suave.

Existem muitos tipos de palmeiras e, portanto, diversos tipos de cocos, entre eles, os mais conhecidos, a carnaúba, o babaçu, o dendê, a tâmara e o coco-da-baía, o fruto do coqueiro.

Origem controversa

O coqueiro (Cocos nucifera L.), é um membro da Família Arecaceae (família das palmeiras). É a única espécie classificada no gênero Cocos e a palmeira de maior importância econômica. Sua origem é controversa. Enquanto uns afirmam que é originário da Costa Ocidental da América Central e dali disseminou-se pelo Sudeste asiático, outros afirmam que é nativa da Indonésia, da Nova Zelândia ou da Índia. Existe uma teoria de que o coqueiro espalhou-se pelo mundo através das correntes marítimas que levaram os frutos mar afora e estes chegaram às praias, inclusive por aqui, na região litorânea entre a Bahia e o Rio Grande do Norte, onde, até hoje existem em profusão.

Mas, o mais certo, é que, no Brasil, tenha sido introduzido em 1553, procedente da Ilha de Cabo Verde que, por sua vez, recebeu-os originários da Índia. Da região do Recôncavo Baiano, espalhou-se por toda a costa do Brasil levado, provavelmente, por dispersão natural, através das correntes marítimas.

Na “terra brasilis”, o coqueiro não revelou, imediatamente, ao indígena que habitava aquela área, todas as suas potencialidades alimentares. Segundo Câmara Cascudo, pouco mais de 50 anos após sua introdução no país, frei Vicente do Salvador já observava que, por aqui, cultivavam-se em quantidade as grandes palmeiras que dão o coco, mas acrescentava também, que o habitante da terra apenas aproveitava a água e a fina polpa, nutritivas e refrescantes de seu fruto verde, desconhecendo o uso do fruto seco.

Ainda segundo o autor, foi apenas com a chegada dos escravos africanos, especialmente aqueles originários de Moçambique – onde a extração e o aproveitamento do leite de coco já eram práticas comuns, herdadas da longínqua Índia – que iniciou-se a perfeita alquimia que culminou com a criação dos deliciosos e únicos pratos da original culinária afro-brasileira.

O termo “coco” foi criado pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um “coco” (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro). Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês “coco”, ao italiano “cocco”, ao alemão “Kokos” e aos compostos inglês “coconut” e alemão “Kokosnuss”.

Planta Tropical

Sendo por excelência uma planta de clima tropical, encontrou ao longo da costa litorânea da região Nordeste um “habitat” adequado para o seu pleno desenvolvimento. Mas pode também ser cultivado em outras regiões distantes do mar. Gosta de clima quente e úmido. Para o bom desenvolvimento da planta não pode ocorrer falta de água, necessitando cerca de 2000 mm de chuvas bem distribuídas durante o ano. A temperatura média anual não deve ser inferior a 22 graus C, fator muito importante para a floração do coqueiro. Além disso, a planta não tolera ventos fortes e frios e necessita boa insolação. Quanto ao solo, deve ser leve, profundo, permeável e arejado. O pH ideal situa-se na faixa de 6,0 a 6,5. A propagação do coqueiro se dá por meio de sementes que devem ser obtidas de plantas produtivas, de estipe reto e vigoroso; boa distribuição de copa e grande número de folhas e, é claro, livre de pragas e doenças. Os frutos escolhidos devem apresentar tamanho médio, formato arredondado e estarem perfeitamente maduros (11 a 12 meses de idade).

Características do Coqueiro

Planta arbórea perene, o coqueiro é uma planta de grande longevidade, podendo viver além dos 150 anos. Palmeira de raiz fasciculada (vai a 1,8m. para lados e até 0,6m. para baixo), tem um caule indiviso (único) liso, chamado de estipe ou espique, que pode atingir até 30 m de altura e 30 a 50 cm de diâmetro (coqueiro gigante). Há, porém, variedades anãs que não ultrapassam 2 ou 3 metros. As folhas, em tufo de 30/35 unidades, localizam-se na extremidade superior da árvore.

São bem verdes, pinadas e arqueadas, largas e compridas – de 3 a 6 metros de comprimento, podendo chegar a ter quase 1 metro de largura (duram de 1 a 2 anos). O coqueiro é uma planta monóica (órgãos masculinos e femininos na mesma planta), produzindo flores unissexuadas em uma inflorescência ramificada em forma de cacho com pequenas e numerosas flores femininas globosas (normalmente, de 12 a 15 inflorescência por ano em intervalos de 24 a 30 dias). Seu fruto é o coco, popularmente conhecido como coco-da-baía.

As variedades de coqueiro

Gigante – também chamado de típico, é predominante, tem grande altura, polinização cruzada, fruto verde, cocos destinados à industrialização. Dos 6 aos 9 anos de idade o coqueiro inicia a produção de frutos, que se estabiliza quando chega aos 12 anos, alcançando uma média de 70 cocos por pé ao ano. Esta é a variedade mais comum em todo o Nordeste brasileiro, região responsável por cerca de 85% da produção nacional e mais de 90% da área plantada, ocupando principalmente os Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia.
Anão
– representado por tipos com frutos verdes, vermelhos e amarelos, tem auto fecundação e frutos destinados ao consumo da água-de-coco. Não alcança mais do que 10 metros de altura, o que facilita bastante a coleta dos frutos. É mais precoce do que a variedade gigante, iniciando sua frutificação no segundo ano após o plantio, também apresentando maior produtividade, cerca de 200 frutos por pé ao ano. Em compensação, vive apenas 20 anos, ou seja, bem menos tempo do que o centenário coqueiro comum. No Brasil, a variedade anã foi introduzida pelos doutores: Artur Neiva e Miguel Calmon em 1925, quando retornavam de uma viagem ao Oriente estimulados pela precocidade na produção e facilidade de colheita dos frutos.
Híbrido
– proveniente do cruzamento natural ou artificial gigante x anão.

O Coco

Botanicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca tem uma superfície relativamente fina e lisa (exocarpo ou epicarpo – 1) por baixo da qual vem uma espessa capa fibrosa com aproximadamente 5 cm de espessura dependendo da variedade (mesocarpo – 2) ), que envolve um “caroço” interno muito duro (endocarpo lenhoso – 3), popularmente chamado de casquilho ou quenga.

Antes de amadurecer, os frutos estão quase que completamente cheios de  líquido esbranquiçado (albume) – a água de coco. A medida que o coco amadurece, a água vai diminuindo e espessando a parte carnosa branca (endosperma sólido), que de início assemelha-se a uma geléia mas que ,quando os frutos estão completamente  maduros, chega a 1 cm ou mais. 

Para a germinação do fruto é necessário pequena quantidade de água de coco: um coco seco não germina.

Fases de Amadurecimento

Na primeira fase de amadurecimento do coco, (4 a 5 meses), ocorre o desenvolvimento da amêndoa, da casca, casquilho e a água de coco que enche totalmente seu interior. Na segunda fase (de 6 a 8 meses), a casca e o casquilho se endurecem e engrossam. Na terceira fase, o endosperma (polpa) se desenvolve e amadurece. Em geral, quando o fruto tem uns 160 dias, alcança seu tamanho máximo e começa a formar a amêndoa. Quando tem 220 dias, começa a madurecer o casquilho. O endosperma sólido, está completamente formado em torno de 300 dias e em 12 meses, o casquilho, está completamente maduro, juntamente com o fruto. A casca, que se forma ao mesmo tempo que o embrião, em seu período inicial é tenra e logo se enrijece e escurece. O fruto chega a alcançar o peso médio de 3 a 4 Kg.

A Polpa

A massa albuminosa do coco, a polpa, é rica em proteína e vitaminas e pode ser consumida crua, em seu estado natural, ou processada como gordura vegetal, coco ralado e leite de coco, obtido através da prensagem da polpa ralada. Em todas as suas formas, tem vasta utilização culinária e está presente em pratos salgados e doces da cozinha de muitos países, do Oriente ao Ocidente, como Índia, Indonésia e todo o Sudeste asiático; praticamente toda a África e Brasil, principalmente na culinária baiana.

A água é saborosa, hidratante e considerada um isotônico natural por ser rica em sais minerais. A presença do sódio e potássio em sua composição possibilita a recuperação destes minerais perdidos através da urina e, sobretudo, do suor. Sua composição é semelhante a do soro fisiológico, o que a torna eficiente para hidratar a pele, reduzir o colesterol, combater a desidratação, enjôos e também a retenção de líquidos no organismo.

Propriedades Nutricionais

Alimento completo, o coco é excelente substituto da carne, do queijo, do ovo e do leite, aos quais é superior. É rico em proteínas, gorduras, calorias, sais, hidratos de carbono e vitaminas A, B1, B2, B5 e C.

Propriedades Medicinais

A água de coco tem várias aplicações na terapêutica caseira. A água e o leite de coco são apropriados nos casos de rugas da pele. Prestam-se também como calmantes, diuréticos, anti-térmico, estimulante do apetite, depurativos do sangue, etc.

O coco verde possui as mesmas propriedades do leite materno, segundo experiências realizadas nos Estados Unidos. No Havaí, as mães costumam alimentar os bebês com leite de coco. Uma colherada de coco pela manhã, é excelente remédio contra vermes intestinais. E a polpa age como adstringente nas hemorróidas.

Árvore da Vida

Considerado mundialmente como a “árvore da vida” por seus múltiplos usos e finalidades, o coqueiro é uma rica fonte de alimento e de energia utilizado na habitação, na movelaria, nas indústrias de cosméticos, de margarinas, de sabões e de fibras, e no artesanato.

No coqueiro, praticamente tudo é utilizado: raiz, estipe, inflorescência, folhas, palmito e principalmente o fruto que, mediante uma transformação geralmente simples, gera diversos subprodutos ou derivados

Variedade de Usos

O casquilho é utilizado para a produção de carvão, carvão para gasogênio, carvão desodorizante e carvão ativado. O coque metalúrgico, pelo seu alto valor calorífico e baixo teor de cinzas, viabiliza seu uso na ourivesaria, metalurgia e indústria artesanal, em substituição ao carvão mineral.

No processamento industrial, seja para extração de óleo de coco, ou seja para a produção de leite de coco, obtém-se um resíduo de grande importância na alimentação animal – a torta de coco – que pode ser ministrado ao rebanho como fonte de proteínas e energia. Outro subproduto, geralmente desperdiçado pela indústria, é a água do coco seco, que poderia ser utilizada para fornecer açúcares e sais minerais, principalmente potássio. Segundo R. Child, cada litro de água de coco maduro contém, aproximadamente, 20g de extrato seco de sais minerais.

Da casca do coco são extraídas fibras de diferentes comprimentos que servem na fabricação de uma diversidade riquíssima de artigos como vestuário, tapetes, sacaria, almofadas, colchões, acolchoados para a indústria automobilística, escovas, pincéis, capachos, passadeiras, tapetes, cordas marítimas, cortiça isolante, cama de animais. Os resíduos de matéria vegetal resultante da extração das fibras das cascas possuem, geralmente, uma grande umidade que, após uma secagem natural e queima podem retornar ao coqueiral em forma de cinzas que contêm, segundo Y. Frémond (1969), 30% em K2O (óxido de potássio). Caso as cascas não sejam queimadas, pode o produtor incorporá-las ao solo como adubo orgânico fornecendo nesse caso, 3,5% em K2O.

Um dos produtos derivados do coco de grande comercialização no mundo inteiro é a copra ou amêndoa do coco, pela facilidade e economia de transporte para países interessados nessa matéria prima. É obtida partindo-se o coco maduro em 3 partes, que são postas a secar. A seguir, retira-se, em fragmentos, a polpa branca, continuando a secagem. Do produto assim obtido, a copra, de odor desagradável, usada, principalmente, para a extração do óleo de coco, empregado como alimento há milhares de anos e, também, como combustível, matéria-prima na fabricação de borracha sintética, margarina, cosméticos, fluidos para freios hidráulicos de aviões, resinas sintéticas, inseticidas e germicidas, agente plastificador de vidros de segurança, adesivo no processamento de lubrificantes, na fabricação de glicerina e, principalmente, nas indústrias de sabões e detergentes que preferem o .óleo de copra pelas suas características próprias como espumante, bactericida, germicida, e, principalmente, por ser biodegradável, portanto, não poluidor do meio ambiente, como acontece com outros tipos de detergentes e saponáceos.

A produção mundial de copra de coco está concentrada em 3 países asiáticos: Filipinas, Indonésia e Índia, que produzem 76%, levando o continente a responder por 85% da produção mundial de copra.

Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos que ainda dispõem de outras matérias primas para obter óleos comestíveis (soja, algodão, girassol), o óleo de coco é altamente utilizado na fabricação de álcool graças ao teor de ácidos láuricos e ácidos saturados de menor peso molecular. Ele serve, especialmente, na fabricação de detergentes, como os sulfatos de álcool não poluentes, devidos às suas propriedades biodegradáveis. A indústria de plásticos utiliza-se também dos álcoois derivados do óleo de coco.

A inflorescência do coqueiro serve de fonte alternativa para a produção de açúcar, já que, a seiva da inflorescência “Toddy”, em estado fresco (não fermentado), contém de 12 a 15% de sacarose, similar ao teor de caldo de cana-de-açúcar usado na preparação do açúcar. Considerando-se, segundo estudos de Frémond, que a colheita gera por planta, aproximadamente, 227 litros de seiva, ou seja, 36 Kg de açúcar nos oito meses de colheita por ano. A quantidade possível de açúcar produzida por hectare vai depender, naturalmente, do espaçamento adotado na plantação.

A seiva que exsuda dos pedúnculos cortados é adocicada e pode ser tomada ao natural, como refresco, ou se deixa fermentar para a fabricação de uma bebida alcoólica, o arrack. Com a seiva, pode-se fazer também o vinagre de palma, além do açúcar, como foi anteriormente mencionado.

 Importância econômica

O coqueiro é cultivado em aproximadamente 11,6 milhões de hectares em 86 países localizados na zona intertropical do globo terrestre, Cerca de 96% da produção mundial é proveniente de pequenos agricultores, com áreas de 0,2 a 4 hectares, sendo 70% dessa produção consumida internamente nesses países, constituindo-se na principal fonte de gorduras e proteína. A sua importância, na grande maioria dos países, se deve ao seu papel na produção de óleo, como geradora de divisas e como cultura de subsistência para os pequenos agricultores, fornecendo alimentos, bebidas, combustíveis, ração para animais e abrigo. O coqueiro tem um papel muito importante na sustentabilidade de ecossistemas frágeis.

Os maiores produtores mundiais de coco são as Filipinas, Indonésia, Índia, Sri Lanka e Tailândia. México, Brasil e Venezuela lideram a produção latino-americana. Quase todos os países da América Central cultivam o fruto.

No Brasil

A introdução do coqueiro no Brasil e sua adaptação aos solos arenosos da costa brasileira, permitiram o surgimento de uma classe produtora, ocupando um ecossistema com poucas possibilidades de outras explorações comerciais, cuja cadeia produtiva é muito diversificada e de grande significado social. A cultura do coqueiro está disseminada numa área de 247 mil hectares com uma produção aproximada de 1,1 bilhões de frutos, concentrada no Nordeste do Brasil.

Antes restrita à região Nordeste do Brasil, a cultura do coqueiro, nos últimos anos vem se expandindo muito nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e até mesmo Sul, principalmente, do coqueiro anão. Esta expansão se dá não só no litoral, mas também no interior dos estados; este fato deve-se principalmente ao grande aumento da procura e do consumo da água de coco verde, ou seja, “in natura”, comercializada em maior parte na região litorânea e nos grandes centros.

Curiosidade

Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco. Escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia.

Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido colhedor.

Virgínia Brandão

Fonte: correiogourmand.com.br

Coco

A origem do coqueiro, a palmeira tropical que dá o famoso coco da Bahia, é bastante controversa. As hipóteses mais evidentes admitem que é oriundo da Índia ou das ilhas do Pacífico.

Há indicativos, contudo, de que seja originário do continente africano e de que existe na América Central desde tempos pré-colombianos. O coco ( Cocus nucifera L.) pertence à família Palmae.

O coco- da-baía é uma palmeira abundante neste País,principalmente nos Estados da Bahia e de Pernambuco, onde confere à paisagem litorânea um toque de singular beleza. A palmeira ocupa lugar preponderante na literatura botânica.Em folhas de palmeira os fenícios faziam sua escrita.

Folhas de palmeira coroavam as musas outrora representadas pelos escritores e escultores.Para os astrólogos egípcios, a folhas da palmeira era o emblema de sua ciência.desde os tempos mais remotos, os triunfos são simbolizados pelas palmas, as ¨palmas da vitória¨. E quem não sabe da triunfal entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo lhe saiu ao encontro, com ramos de palmeiras ?

Utilidades Medicinais

Falta de Apetite: Tomar água de coco algumas horas antes da refeição Não usar outros alimentos nos intervalos da alimentação.
Artrite:
Os artríticos devem beber regularmente água de coco.
Asma:
Tomar de manhã e à noite duas ou três colheres de sopa do leite de coco aquecido. Em seguida, tomar uma xícara de chá de agrião(decocto). Usar leite de coco natural, caseiro, não adoçado. Não usar o industrializado.
Calmante:
Tomar água de coco em abundância.
Para prevenir Cárie dentária:
Comer freqüentemente coco,mastigando bem. Não usar açúcar.
Disenteria:
Tomar duas xícaras de leite de coco natural por dia, sem açúcar.
Enjôo:
Tomar água de coco aos goles. Recomenda-se especialmente em viagens marítimas. Aconselha – se levar alguns cocos verdes.
Vias, doenças das Respiratórias:
Tomar o infuso das flores do coqueiro com mel.
Verminoses:
Mastigar bem e deglutir em jejum, pela manhã, uma colher de sopa de coco ralado, fresco.

Propriedades

O coco-da-baía é rico em proteínas, gorduras, calorias, sais, hidratos de carbono e vitaminas A, B1, B2, B5 e C. Seus efeitos curativos se devem, principalmente, ao seu conteúdo de magnésio. O ser humano necessita dele para conservação da tensão muscular. Sabe-se que a polpa do coco age como adstringente nas hemorróidas.

A água de coco verde é deliciosa, refrescante, nutritiva e terapêutica, além de exótica. Sua composição físico-química é semelhante à do soro fisiológico. São muitos os benefícios da água do coco.

O coco verde contém sais minerais, fibras, carboidratos e proteínas, vitaminas A, B1, B2, B5 e C.

O valor nutritivo do coco e seu sabor variam de acordo com o estágio de maturação apresentando de maneira geral quantidades significativas de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro), e fibras. À medida que a polpa amadurece, enriquece o seu teor de gorduras.

O coco também possui carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas A, B1, B2, B5 e C e magnésio.

Uma unidade média de coco verde contém cerca de 300 ml, o que eqüivale a:

54 calorias
12g de carboidratos
0,4g de proteínas
0,4g de gorduras

Benefícios

A água de coco é considerada um isotônico natural por ser rica em minerais. A presença de eletrólitos tais como sódio e potássio na água de coco possibilita a uma absorção mais rápida, recuperando as perdas destes minerais através da urina e da pele.

Além disso, a água de coco é a única bebida isotônica natural disponível comercialmente. Portanto, é ideal para repor o líquido perdido depois das atividades físicas e para a recuperação nos casos de desidratação por ser um excelente soro vegetal.

Recomendações

A água de coco possui sódio e potássio que ajudam a hidratar o organismo após atividades físicas.

Compra: No momento da compra, escolha cocos íntegros e de formato arredondado. Evite frutos muito verdes e/ou com lesões na parte externa.

Transporte: O transporte do supermercado até o domicílio deve ser feito com certo cuidado, a fim de evitar possíveis choques mecânicos que afetem sua estrutura interna.

Higienização:

Lave numa bacia com 2 litros de água e 3 gotas de detergente.
Deixe mergulhada durante 3 minutos.
Enxágüe bastante.
Coloque os numa mistura de um litro de água e uma colher de água sanitária.
Espere 5 minutos.
Enxágüe para consumo imediato ou seque bem antes de armazená-los na geladeira. Assim, o consumidor reduz as chances de contaminação por bactérias.

Armazenamento: O coco ainda inteiro deve ser armazenado sob temperatura ambiente, com durabilidade de aproximadamente uma semana. Após partir, conserve a água na geladeira.

Dicas de Consumo

O leite de coco é usado em ensopados e doces. A polpa é ideal para sorvetes e doces. A água pode ser usada como fonte de reposição de sais e água para o organismo.

Fonte: www.prepgc20.cnptia.embrapa.br/www.agrobyte.com.br

Coco


Coco


Coco

Características da planta

Palmeira com estipe solitário de até 30 m de altura, curvado ou ereto. Folhas de até 3 m de comprimento, pêndulas, com folíolos de coloração verde-amarelada, rígidas. Flores numerosas brancas, pequenas, reunidas em cacho de até I m de comprimento. Floresce o ano todo e de forma mais abundante no verão.

Fruto

Forma ovóide, quase globoso, de coloração esverdeada a amarela, de casca lisa, com cerca de 25 cm de comprimento e 15 em de diâmetro, que demora a amadurecer, quando então torna-se castanho. Polpa abundante de até 2 em de espessura. Cavidade central contendo a conhecida “água-de-coco“.

Cultivo

Propagação por meio dos coco-sementes, provenientes das plantas matrizes ou mães.

Prefere terras arenosas de regiões de clima quente.

São cultivadas as seguintes variedades: gigante (conhecido como o coqueiro-da-baía), anão, verde, amarelo, vermelho e híbrido (anão X gigante).

A origem do coqueiro

A palmeira tropical que dá o famoso coco-da-praia, coco-da-índia, coco-da-baía ou, simplesmente, coco – é bastante controversa. Uns dizem que ele é oriundo da Índia outros afirmam que é proveniente de ilhas do Pacífico; alguns, ainda, o julgam africano; e, para completar, dizem também que já existia, em tempos pré-colombianos, na América Central.

O certo é que, no Brasil, ou melhor, na Bahia, o Cocos nu-cifera chegou, em 1553, a bordo das embarcações portuguesas, proveniente das ilhas de Cabo Verde, para onde, por sua vez, também tinha sido levado pelos portugueses, como nos dá notícia o viajante Gabriel Soares de Sousa.

Dali, da região do Recôncavo Baiano, espalhou-se por toda a costa do Brasil levado, provavelmente por dispersão natural, através das correntes marítimas.

Na terra brasilis, o coqueiro não revelou, imediatamente, ao indígena que habitava aquela área, todas as suas potencialidades alimentares. Segundo Camara Cascudo, pouco mais de 50 anos após sua introdução no país, frei Vicente do Salvador já observava que, por aqui, cultivavam-se em quantidade as grandes palmeiras que dão o coco, mas acrescentava também que o habitante da terra apenas aproveitava a água e a fina polpa, nutritivas e refrescantes, de seu fruto verde.

Ainda segundo o autor, foi apenas com a chegada dos escravos africanos, especialmente aqueles originários de Moçambique – onde a extração e o aproveitamento do leite de coco já eram práticas comuns, herdadas da longínqua Índia – que iniciou-se a perfeita alquimia que culminou com a criação dos deliciosos e únicos pratos da original culinária afro-brasileira.

Que pratos dessa culinária podem levar leite de coco ou coco puro? Muitos! Entre os salgados, o vatapá, o caruru de folha, o efó, as frigideiras de maturi, peixes e frutos do mar, as moquearraia,cas todas, de arraia, aratu, camarão, peixe, lagosta, ostra e siri-mole, o xinxim de galinha, o arroz-de-hauçá, e outros.

Entre os doces, a baba-de-mofa, as cocadas, branca, queimada ou de coco verde, de cortar ou de colher, a cocada-puxa, o quindim, o “creme do homem”, o beiju molhado, o cuscuz de tapioca, os bolos todos, de aipim, de milho, de milho verde, de tapioca, de massa puba e de farinha de trigo, os mingaus de milho, de puba e de tapioca, a canjica, a pamonha, o xerém, o munguzá, a paçoca de banana, entre tantas outras invenções possíveis.

Apesar de se tratarem de pratos bastante específicos e típicos, muitos dos princípios contidos em seu receituário foram incorporados às outras culinárias desse país continente, tendo sido transformados e adaptados de acordo com os ingredientes e costumes locais, mantendo, é claro, o precioso sabor do coco-da-baía.

Para Pio Corrêa, “sem dúvida alguma, entre as numerosas palmeiras utilíssimas ao homem, esta é a mais importante de todas”. De fato, como em todas as demais plantas da família das Palmáceas, do coqueiro nada se perde. Porém, neste caso, o fruto é, essencial e fundamentalmente, a parte mais valiosa.

Antes de atingir a perfeita maturação, quando está ainda verde, o coco-da-baía contém um líquido de cor clara, de sabor adocicado, conhecido como água-de-coco.

Refrigerante, nutritiva e terapêutica, a água-de-coco tem inúmeras aplicações sendo, a melhor delas, deliciar aqueles que dela sabem se aproveitar. É, também, eficiente como soro hidratador, podendo ainda ser utilizado como auxiliar no tratamento das doenças infantis e dos organismos debilitados.

Com a idade, em seu processo de maturação, diminui a quantidade de água no interior do fruto, aumentando, ao mesmo tempo, a espessura e a consistência de sua polpa. Dessa polpa branca, carnuda e oleosa, extrai-se o leite de coco, de uso culinário por excelência. O bagaço, acrescido da polpa integral e de outras matérias, é também utilizado na fabricação de azeite, de sabão, de velas e de margarina.

A fibra do coco, que envolve essa parte carnosa, tem ampla utilização na fabricação de capachos, passadeiras, sacos, broxas, escovas, redes, esteiras, etc.

O coqueiro e seus frutos estão presentes em mais de 80 paises ao redor do globo – na indonésia, no Pacífico, na África, na América Central e do Sul e no Caribe tendo grande importância na vida e na economia de várias populações regionais. Ele vive bem na praia, perto do mar e do sal, mas esta não é uma condição necessária para que seja cultivado com sucesso.

Atualmente, por exemplo, estão em andamento projetos de cultivo do coqueiro-da-baía em áreas irrigadas do sertão nordestino com bons rendimentos.

No Brasil, os coqueiros mais comuns são encontrados em duas variedades: a gigante e a anã. Os frutos obtidos, tanto numa variedade como na outra, têm as mesmas características e utilidades.

No primeiro caso, como o coqueiro é uma planta de grande longevidade, podendo viver além dos 150 anos, chega a atingir 35 metros de altura. Isso dificulta bastante a coleta dos frutos, tornando-a uma atividade arriscada e que exige do apanhador grande destreza, prática e coragem.

Por outro lado, com toda a sua altura, elegância e porte, o coqueiro transforma-se em uma das mais belas e ornamentais plantas existentes.

Dos 6 aos 9 anos de idade o coqueiro inicia a produção de frutos, que se estabiliza quando chega aos 12 anos, alcançando uma média de 70 cocos por pé ao ano. Esta é a variedade mais comum em todo o Nordeste brasileiro, região responsável por cerca de 85% da produção nacional e mais de 90% da área plantada, ocupando principalmente os Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia.

O coqueiro anão

Introduzido no Brasil em 1925, vindo da Malásia – não alcança mais do que 10 metros de altura, o que facilita bastante a coleta dos frutos. É mais precoce do que a variedade gigante, iniciando sua frutificação no segundo ano após o plantio, também apresentando maior produtividade, cerca de 200 frutos por pé ao ano.

Em compensação, vive apenas 20 anos, ou seja, bem menos tempo do que o centenário coqueiro comum.

“Me deixem em paz com meu luto e minha solidão. Não me falem dessas dessas coisas,respeitem meu estado de viúva. Vamos ao fogão …Tomem do ralo e de dois cocos escolhidos – ralem.

Ralem com vontade, vamos, ralem; nunca fezmal a ninguém um pouco de exercício (dizem que exercício evita os pensamentos maus: não creio).

Juntem a branca massa bem ratada e a aqueçam antes de espremê-la: assim sairá mais fácil o leitegrosso, o puro leite de coco sem mistura.

À parte o deixem.Tirado esse primeiro leite, o grosso não joguem a massa fora, não sejam esperdiçadas, que os temposnão são de desperdício. Peguem a mesma massa e a escaldem na fervura de um litro d’água.Depois a espremam para obter o leite raloO que sobrar da massa joguem fora, pois agora é só bagaço.Viúva é só bagaço…”

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Coco


1 –
Exocarpo ou epicarpo
2 –
Mesocarpo
3 –
Endocarpo Lenhoso (casquilho)
4 –
Endosperma sólido (polpa)

Origem da Cultura

A cultura do coqueiro (Cocos nucífera L.) é cultivada em aproximadamente 90 países , sendo típica de clima tropical. Tem origem no Sudeste Asiático.

Os maiores produtores mundiais são: Filipinas, Indonésia e Índia.

No Brasil a cultura do coqueiro, variedade gigante, chegou possivelmente, na colonização portuguesa em 1553, oriunda da ilha de Cabo Verde, que por sua vez, foram originadas de plantações Indianas, introduzidas na África.

O coqueiro, variedade anã, foi introduzido no Brasil pelos Doutores: Artur Neiva e Miguel Calmon, quando retornavam de uma viagem ao Oriente em 1921, estimulados pela precocidade na produção e facilidade de colheita dos frutos.

O CULTIVO NO BRASIL

A cultura se adaptou bem no litoral Brasileiro, sendo encontrada em áreas desde o Maranhão até o Espírito Santo. O coqueiro pertence ao gênero Cocos e Família Palmae, sendo comumente tradada como palmeira .

Atualmente o Brasil possui em torno de 50 mil hectares implantados, com a cualtura do coqueiro anão, praticamanete em quase todos os Estados da Federação.

O maior produtor é o Estado do Espírito Santo, com aproximadamente 14 mil hectares, seguido pela Bahia, com aproximadamente 12 mil hectares e Ceará em terceiro, com 5 mil ha produzindo.

O Estado de São Paulo vem nos últimos anos substituindo as tradicionais culturas de café e laranja por coqueiro anão, devido a grande procura pela água do fruto, mundialmente conhecida como “Água de coco“, que além do sabor adocicado apresenta características isotônicas em relação ao sangue humano, não sendo necessário acrescentar nenhum eletrólito. .

A água de coco envasada já pode ser encontrada no comércio na forma congelada, refrigerada, 100% natural e em embalagens “Tetra Pak”, longa vida, com 250 mm. Atualmente pesquisas tem sido realizada para a pasteurização da água de coco verde no próprio fruto, aumentando assim a vida útil do produto.

Com a expansão novas áreas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, agricultores de regiões tradicionais, como o Ceará, Paraíba e Pernambuco estão perdendo mercado, principalmente pela distância dos centros consumidores.

A alternativa encontrada pelos produtores, além do envasamento da água é a exportação para outros Países. A primeira exportação de frutos verdes, in natura para a Europa (Itália e Inglaterra) foi realizada nos meses de agosto e setembro de 1999, o que deixou os produtores do Vale do São Francisco bastantes otimistas.

O fruto sob temperatura de 12oC, pode ser armazenado por um período de 28 dias, sem deformação da casca nem perda da qualidade da água.

De posse dessa informação produtores do Vale do São Francisco, conseguiram transportar em contêinres refrigerados por via marinha, até a Europa o fruto in natura, o que tornou a operação economicamente viável. Os produtores pretendem o mercado internacional, principalmente, durante o verão do Hemisfério Norte, período em que a demanda interna se retrai em função do inverno. O que facilitou o acesso ao mercado internacional do fruto in natura foi o desenvolvimento de um selo de qualidade, que atesta a procedência e a padronização do produto.

O coqueiro (Cocos nucifera L.) é uma planta arbórea, com caule ereto, sem ramificações e com folhas terminais. Pertencendo a família Palmae (Arecaceae), uma das mais importantes famílias da classe Monocotyledoneae, que possui mais de 200 gêneros com mais de 200 espécies.

O coqueiro é uma das plantas mais úteis do mundo. Conhecida como “a árvore da vida”, ela tem um papel importante na vida das pessoas que habitam as regiões tropicais úmidas e, indiscutivelmente, tem tanta importância nos dias de hoje como em tempos passados. Constitui-se na mais importante das culturas perenes possíveis de gerar um sistema auto-sustentavél de exploração como provam vários países do continente asiático.

INFLORESCÊNCIA

O coqueiro é uma planta monóica produzindo flores unissexuadas em uma inflorescência ramificada normalmente, de 12 a 15 inflorescência por ano em intervalos de 24 a 30 dias. Uma inflorescência paniculada, parte sempre da axila da folha e acha-se envolta por por duas espatas, que a protege. A espata inferior tem cerca de 60 cm de comprimento e a forma de cunha. Sobre ele repousa o ramo florífero. A espata superior é cilíndrica e cobre a inflorescência. A espata superior tem o nome de buso antes de abrir e o nome de cangaço após aberta.

O cacho florífero é o ingaço. O crescimento da espata dura de 3 a 4 meses. A abertura da espata faz-se longitudinalmente e em cerca de 24 horas.

A inflorescência propriamente dita, consta de um pedúnculo, subcilíndrico flexível, e raque, que leva ramos em número variável de de 15 a 30 em cada inflorescência. cada ramo, na parte basal, possui corpo arredondado, com cerca de 15 mm de diâmetro, que são os botões, de flores femininas.

O número destes varia de zero a nove, conforme a variedade e o estado nutricional do coqueiro. Nos dois terços terminais do ramo acha-se flores masculinas, em números que variam de dezenas e centenas em cada um; são alongadas, menores que as femininas. Logo que a inflorescência abre-se, desabrocham também as flores masculinas sucessivamente, a começar pela base.

A flor masculina é composta de seis pequenas lâminas amarelas; as três externas são sépalas e as três internas, pétalas. No centro da flor, montadas em pequenos filamentos, estão seis anteras, que abertas deixam escapar o pólen, elemento de fecundação da das flores femininas para formação do fruto.

A flor feminina consta de uma espécie de botão, de coloração amarelo-clara, como a flor masculina, de três brácteas duras, curtas, seis folíolos esbranquiçados e um tanto carnudos, dos quais os três externos são as sépalas e os três internos são as pétalas.

O embrião da fruta encontra-se no meio sendo de coloração branco, esférico e tenso. Este é o futuro mesocarpo. No centro e na base do mesocarpo, encontra-se o óvulo sob a forma de um corpúsculo pequenino. Os estigmas acham-se na parte apical do embrião, e constam de três pequenas saliências.

A abertura das flores femininas não coincide, em geral, com a das masculinas. As flores masculinas abrem progressivamente, começando pela base,desde que a espata se abra.

Em três a cinco semanas todas as flores masculinas tem aberto e caídos. Enquanto isto, os botões das flores femininas continuam o seu desenvolvimento e mantêm-se fechadas. A fecundação nesse período é impossível. Começa então a abertura a abertura das flores femininas. Primeiro abrem as da base.

A abertura é também progressiva e dura cerca de uma semana. A fecundação deve se processar nas primeiras 24 horas que seguem a abertura da flor. depois desse período o estigma enegrece. caem as flores não fecundadas, persistindo as fecundadas, que evoluem e forma a fruta.

No coqueiro gigante, em uma mesma inflorescência, as flores masculinas abrem-se e disseminam o pólen antes que as flores femininas se tornem receptivas, sendo normal a polinização cruzada.

No anão, as flores masculinas e femininas amadurecem aproximadamente ao mesmo tempo, ocorrendo normalmente a auto-fecundação. No entanto, entre as cultivares do coqueiro anão, o nível de auto-fecundação é variável e ocorre de acordo com a variedade considerada.

O FRUTO

O coqueiro fornece não somente alimento, água e óleo de cozinha, mas também folhas para telhados de palha, fibras para cordas, tapetes e redes, casca que pode ser usada como utensílios e ornamentos, açúcar e álcool podem ser feitos da seiva de sua inflorescência e inúmeros outros produtos elaborados de partes da planta. O coqueiro também é, muito utilizada como planta ornamental em casas, parques e jardins. O desenvolvimento do fruto necessita de 12 meses, desde a diferenciação floral até a maturação completa.

PARTE AÉREA

A folha do coqueiro é do tipo penada, sendo constituída pelo pecíolo, que se continua pela raque, onde se prendem numerosos folíolos, podendo a folha atingir até 6 metros de comprimento.
A inflorescência é paniculada, axilar, protegida por bráctea grande, chamada espata; com flores masculinas e femininas na mesma inflorescência.
O fruto é uma drupa formado por uma epiderme lisa ou epicarpo, que envolve o mesocarpo espesso e fibroso, ficando mais para o interior uma camada muito dura, o endocarpo.
A semente é constituída de uma camada fina de cor marrom, o tegumento, que fica entre o endocarpo e o albúmem sólido (carne) onde fica o embrião; a cavidade interna é preenchida pelo albúmem líquido ( água do coco ).

SISTEMA RADICULAR

O coqueiro possui sistema radicular fasciculado, com maior concentração nos primeiros 60 centímetros e raio de 150 centímetros. Seu caule é do tipo estipe, não ramificado, muito desenvolvido e bastante resistente, não apresentando crescimento secundário.

VARIEDADES

O coqueiro é constituído de uma única espécie (Cocos nucifera), e pode ser dividido em três grupos:

Gigantes
Intermediários (híbridos)
Anões

Cada grupo contém um número de variedades. As variedades são geralmente nomeadas de acordo com a sua suposta localidade de origem. As variedades gigantes apresentam de modo geral, fecundação cruzada; seu crescimento é rápido e fase vegetativa longa (cerca de sete anos).

ESPAÇAMENTO, COVEAMENTO E SOLOS

Os espaçamento mais recomendados são 7,5 m x 7,5 m para as variedades anãs, 8,5 m x 8,5 m para os híbridos e 9,0 m x 9,0 m para as variedades gigantes em triangulo equilátero, totalizando 205, 160 e 142 plantas por hectare.
As covas devem ser abertas com dimensões de 0,80 m x 0,80 m x 0,80 m.
Os solos mais indicados para a cultura são os areno-argiloso, profundos, com boa drenagem.

PLANTIO

O plantio deve ser realizado no início da estação chuvosa, caso a cultura não seja irrigada, ou qualquer época com irrigação. As mudas são colocadas no centro das covas tendo-se o cuidado de deixar sobre a parte superior da semente uma camada de terra suficiente para cobrí-la, mas sem permitir que o colo da planta fique coberto.

IRRIGAÇÃO: O coqueiro se adapta a diversos sistemas de irrigação.

Os mais recomendados são:

A irrigação localizada

No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações.

A água é aplicada no solo através de emissores, em pequena intensidade e alta freqüência, para manter a umidade próximo da ideal, que é a de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizados. Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972) e, o segundo, o mais recente (1982).

Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação. Um sistema completo de irrigação localizada consta de conjunto motobomba, cabeçal de controle, linhas de tubulações (de recalque, principal, secundária e lateral), válvulas e emissores (gotejadores ou microaspersores). O conjunto motobomba é normalmente de menor potência, em virtude das pequenas alturas manométricas e das pequenas vazões do sistema.

O cabeçal de controle é o cérebro do sistema. Nele ocorrem vários processos fundamentais, tais como a filtragem da água, a mistura dos produtos para quimigação e a distribuição da água para os vários setores.

É composto de filtros, válvulas, manômetros e injetor de fertilizantes.

Os filtros são de três tipos mais comuns: de areia, de tela e de disco. O de areia é usado para reter o material orgânico e partículas maiores e, por isso, é o primeiro filtro do sistema. Sua limpeza é feita facilmente com a retrolavagem, recomendada a cada aumento de 10 a 20% da perda de carga normal do filtro, quando limpo (aproximadamente 20 kPa). Em algumas condições especiais de qualidade da água ou mesmo em alguns sistemas de microaspersão, pode-se dispensar seu uso.

O filtro de tela tem grande eficiência na retenção de pequenas partículas sólidas, como a areia fina, porém entopem facilmente com algas. A tela usada apresenta orifícios que podem variar de 0,074 mm (200 mesh ou malhas por polegada) até 0,2 mm (80 mesh). Constitui, juntamente com o filtro de areia, o sistema de filtragem mais usado. Os filtros de discos têm forma cilíndrica e são colocados na linha, em posição horizontal.

O elemento filtrante é composto por um conjunto de pequenos anéis, com ranhuras, presos sobre um suporte central cilíndrico e perfurado. A água é filtrada ao passar pelos pequenos condutos formados entre anéis consecutivos. A qualidade da filtragem vai depender da espessura das ranhuras.

Na maioria dos coqueirais irrigados no Brasil até a década de 80, com irrigação localizada, dava-se preferência a irrigação por gotejamento, e ainda hoje vem sendo utilizada, principalmente nos Estados da Paraíba e Ceará.

Atualmente a irrigação localizada por microaspersão, vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio sistema apresenta como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de melhor adequar o perfil do bulbo úmido ao sistema radicular da cultura.

A microaspersão na cultura do coqueiro, se expande em todo o Pais, principalmente nos municípios de Petrolina-PE, Juazeiro, Anagê, Bom Jesus da Lapa-BA, Varjota, Paraibaba-CE, Norte de Minas, Platô de Neópolis–SE e São Mateus, Vila Valério e São Gabriel da Palha–ES.

A irrigação localizada: Gotejamento e Microaspersão

A cultura do coqueiro exige grande quantidade de água durante seu desenvolvimento vegetativo e fase produtiva.. A irrigação, além de favorecer o desenvolvimento da planta, contribui para a precocidade de floração, que ocorre a um (01) e oito (08) meses que a partir daí produz continuamente. O suprimento adequado de água a cultura promove aumento da produtividade e a produção de frutos durante ano inteiro. A cultura do coqueiro adapta-se bem a diversos métodos de irrigação, dentre eles a irrigação por sulcos, a aspersão convencional e a irrigação localizada.

No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária a cultura é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações. A água é aplicada em pequena intensidade, e alta freqüência para manter a umidade do solo na região explorada pelas raízes próxima à umidade de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizadas.

Atualmente, a irrigação localizada vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio método apresenta, como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de maior economia de mão-de-obra, água e energia, pois, molha somente parte da superfície do solo. Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972), e o segundo, o mais recente (1982). Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação.

No sistema por gotejamento, os gotejadores normalmente trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, cujas vazões variam de e 2 a 16 l.h-1, sendo mais comum na cultura do coqueiro, gotejadores com 4 l.h-1, dependendo do espaçamento entre gotejadores Os gotejadores são mais sensíveis ao entupimento, e proporcionam uma maior concentração do sistema radicular do coqueiro.

No caso da microaspersão no cultivo do coqueiro, os microaspersores normalmente também trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, atingindo vazões entre 20 a 100 l.h-1, sendo mais comum microaspersores com 30 a 50 l.h-1. Eles são menos sensíveis ao entupimento quando comparados aos gotejadores.

Na irrigação por gotejamento, deve-se usar no mínimo dois (02) gotejadores por planta, enquanto na irrigação por microaspersão usa-se apenas um (01) microaspersor por cova.

Na opção por microaspersão ou gotejamento, deve-se levar em consideração o tipo de solo, a quantidade e qualidade da água a ser utilizada. Se a água for escassa, e de baixa qualidade principalmente quanto à salinidade, com possibilidade de promover salinização, e se o solo for de textura média a argilosa deve-se dar preferência ao gotejamento, por proporcionar melhor volume de solo umedecido e menor incidência danoso dos efeitos da salinidade no solo e na cultura.

Nos solos arenosos, a microaspersão seria a mais recomendada, pois propiciará maior volume de solo molhado, neste tipo de solo, pois a água penetra e se move com maior velocidade, sendo necessário uma área de umedecimento maior, beneficiando o sistema radicular do coqueiro. Nas regiões com pouca possibilidade de salinização e independente do tipo de solo, como é o caso das zonas litorâneas, cerrados, etc, o mais recomendado seria a microaspersão.

Deve-se levar em consideração na momento de optar por um ou outro sistema localizado, a qualidade da água de irrigação. Água com alto teor de sais e matéria orgânica, pode ao longo do tempo promover obstruções nos gotejadores ou microaspersores.

Aspersão convencional

Neste método a água é aplicada na forma de chuva artificial com fracionamento do jato d’água, originando gotas que espalham pelo ar e atingem o solo. É um sistema pressurizado e sua distribuição envolve tubulações com derivações que conduzem a água até os aspersores que direcionam o jato e auxiliam seu fracionamento. os sistemas de irrigação por aspersão convencional é bastante utilizado, sendo que no extremo sul da Bahia estão usando, canhões e autopropopelidos em pomares novos em formação e início de produção.

A irrigação por superfície através de sulcos, respectivamente na ordem de maior adequação à cultura e economia d’água

Este sistema consiste na distribuição de água às áreas irrigadas utilizando a própria superfície do solo para escoamento gravitacional, durante o tempo necessário para que a água, infiltrada ao longo do sulco, seja suficiente para umedecer o solo da zona radicular efetiva da cultura.

Este sistema prevalece em quase todas as áreas de agricultura irrigada do mundo e também no Brasil, tendo sido o primeiro sistema de irrigação usado na cultura do coqueiro.

Para a cultura do coqueiro, geralmente utiliza-se um (01) a dois (02) sulcos por fileira de planta, o que resulta no molhamento de 30 a 80% da superfície total da área irrigada, diminuindo assim as perdas por evaporação, permitindo ainda realizar os tratos culturais e colheita durante e após a irrigação. Quanto a forma geométrica, a mais comum é “V”, com 15 a 20 cm de profundidade e 25 a 30 cm de largura, na parte superior, que normalmente conduz uma vazão inferior a 2 l/s.

Este sistema de irrigação é comum na região de Souza-PB, Juazeiro-BA, Petrolina-PE, Pentecoste e Lima Campos-CE, em áreas de pequenos produtores localizadas em perímetros irrigados.

PRODUÇÃO

Os frutos são grandes, em número de 50 a 80 por planta/ano geralmente, variedades gigantes, e 150 a 240 frutos/planta/ano nas variedades anãs . Os frutos se prestam tanto para o consumo “in natura” como para a produção de copra para a indústria, pois, possuem endocarpo espesso e firme.

FRUTO DO COQUEIRO “COCO”

O coco se desenvolve a partir de sua semene chamada drupa, sendo formado por três carpelos, onde apenas um deles se desenvolve. O fruto é mais ou menos de formato ovóide, dependendo da variedade, que também condiciona seu tamanho.

O coco consta, conforme FIGURA abaixo, de um exocarpo ou epicarpo, camada fina, que cobre o mesocarpo fibroso, formando a casca do coco (com aproximadamente 5 cm de espessura) dependendo da variedade. Por baixo desta, encontra-se o endocarpo, lenhoso, muito duro, denominado de casquilho ou quenga.

O casquilho apresenta três bordas aproximadamente longitudinais e três depressões bem definidas na base, que representam as divisões dos três carpelos originados da flor, que são conhecidos como poros germinativos e estão situados no final do fruto, onde se prende ao pedúnculo.

Antes de amadurecer, os frutos estão quase que completamente cheios com uma substância denominada água de coco, cuja quantidade e composição combinam a medida que avança o desenvolvimento.

Quando os frutos estão completamente maduros, esta água desaparece quase que complemente, e forma o endosperma sólido, de cor branca.

Para a germinação do fruto é necessário pequena quantidade de água de coco: um coco seco não germina.

O endosperma sólido do coco é uma camada fina, e quando jovem, parece geleia, no entanto, fica mais grossa a medida que a amêndoa vai amadurecendo, chega a 1 cm ou mais.

Na primeira fase de (4 a 5 meses), ocorre o desenvolvimento da amêndoa, da casca, casquilho e a água de coco que enche totalmente seu interior. Na segunda fase (que dura de 6 a 8 meses), a casca e o casquilho se endurecem e engrossam. Na terceira fase, o endosperma se desenvolve e amadurece.

Em geral, quando o fruto tem uns 160 dias, alcança seu tamanho máximo e começa a formar a amêndoa. Quando tem 220 dias, começa a madurecer o casquilho.

O endosperma sólido, está completamente formado em torno de 300 dias e em 12 meses, o casquilho, está completamente maduro, juntamente com o fruto. A casca, que se forma ao mesmo tempo que o embrião, que, em seu período inicial é tenro, e, logo se enrijece e escurece. O fruto chega a alcançar o peso médio de 3 a 4 Kg.

A TABELA abaixo apresenta a composição média em valores percentuais dos componentes do fruto:

Componentes  %
Casca  35
Casquilho  12
Amêndoa  28
Água  25

Esses valores são bastantes uniformes para coco maduro de vários tamanhos e mesma variedade e, portanto, podem utiliza como medida para determinar o rendimento de copra, procedendo simplesmente pesando os frutos. A amostragem de 100 frutos deve dar um peso médio compreendido entre uns 5 a 6% de erro, e em 500 frutos, em torno de 2,5%, quando os diferentes pesos variam dentro de limites de 3 a 1%.

Os diferentes métodos permitem avaliar, mais ou menos, o rendimento da copra na cultura, sem que seja necessário partir os frutos e nem sequer descascá-las.

CAUSAS DA QUEDA PREMATURA DE FRUTOS DO COQUEIRO ANÃO

As espécies vegetais cultivadas exigem condições específicas de clima, suprimento de água e nutrientes, em quantidade e distribuição adequada, para desenvolverem-se e atingirem máxima produção. Na cultura do coqueiro, a exigência é intensificada, já que a planta produz continuamente, durante todo o ano.

Caso essas condições seja adequadas, o coqueiro emite uma nova folha a cada 21 dias e junto a ela uma inflorescência. A diferenciação das flores femininas ocorre no palmito e a sua emissão dura em torno de doze meses, quando esta abre-se e é polinizada, ocorrendo o pegamento, o fruto desenvolve-se e é colhido seis meses após a abertura da espata.

A conseqüência do padrão de desenvolvimento da inflorescência em uma planta de coqueiro anão será a reação imediata ao não atendimento das exigências de clima, água e nutrientes é uma redução na produtividade, uma vez que haverá uma queda prematura de frutos, os quais a planta não será capaz de manter até o ponto de colheita.

Outro fator importante relacionado também à queda de frutos prematuros são os ataques de insetos e pragas, devido a um inadequado manejo de controle fitossanitário. Na cultura do coqueiro, um dos baixos índices de produtividade é devido a elevada queda prematura de frutos. É comum ocorrer na cultura a queda, de até 75 % dos frutos jovens da emergência da espádice e até algumas semanas após a polinização. A queda de frutos na cultura do coqueiro se deve à associação de uma série de fatores.

Destacam-se entre esses, os relacionados a seguir:

FATORES FISIOLÓGICOS

No coqueiro anão, as flores masculinas e femininas amadurecem aproximadamente ao mesmo tempo, ocorrendo normalmente autofecundação. No entanto, entre as cultivares do coqueiro anão, o nível de autofecundação é variável e ocorre de acordo com a variedade considerada.

Sendo assim alguns frutos caem por falhas de polinização, sendo atribuídas a causas fisiológicas, que determinam uma queda normal, comparável àquela das árvores frutíferas em geral. Muito pouca queda ocorre em seguida a esse período inicial, a não ser que as condições sejam extremamente desfavoráveis.

Há também variação sazonal no número de flores femininas formadas em cada inflorescência consecutiva e, portanto no número de frutos que amadurecem.

FATORES NUTRICIONAIS

A condição nutricional da cultura do coqueiro e extremamente importante à produção. A quantidade de nutrientes extraídos pela cultura poderá atingir valores elevados, considerando-se que a produtividade pode situar-se entre 150 a 200 frutos/planta/ano a partir do 3o ano de produção ( 5o ano de cultivo).

Esta estando em deficiência ocasiona considerável queda dos frutos e baixa produtividade, já que o pegamento dos frutos determinam o tamanho da safra.

Verifica-se também que o índice de pegamento de frutos diminui após uma safra abundante, como conseqüência de condição nutricional exaurida.

Para manter uma produção constate, evitando a queda prematura deve-se realizar além da análise química uma análise foliar, uma vez que existe relação entre a quantidade de nutrientes nas folhas e a produção da cultura. A adubação deve ser realizada anualmente, baseada nos resultados das análises de solo associados aos da análise foliar, para repor os nutrientes retirados pela colheita.

FATORES AMBIENTAIS

O coqueiro é uma palmeira tropical, e seu desenvolvimento é favorável em climas quentes e úmidos, os quais são encontrados entre as latitudes 20o N e 20o S.

A temperatura de 27o C é considerada ótima para o coqueiro, o qual tem seu desenvolvimento prejudicado se as temperaturas mínimas diárias forem inferiores a 15o C. Temperaturas maiores que a ótima são toleráveis pela cultura se não houver baixa umidade relativa do ar.

A umidade relativa do ar em torno de 80% é adequada ao desenvolvimento do coqueiro. Se a umidade atmosférica for menor que 60% e estiver associada a ventos quentes e secos, poderá haver prejuízo no desenvolvimento da cultura, devido a uma alta taxa de transpiração foliar, a qual não poderá ser compensada pela absorção de água através das raízes. Uma umidade relativa maior que 90% também pode prejudicar a planta, porque reduz a absorção de nutrientes devido à menor transpiração, provocando queda prematura de frutos, além de favorecer a propagação de doenças.

A luz é outro fator importante para o bom desenvolvimento da cultura. Considerando-se como ideal uma insolação anual de 2.000 horas com, no mínimo, 120 horas/mês. Entretanto, a intensidade dessa luz também é importante. Em dias nublados, as nuvens reduzem a radiação solar, o que pode interferir negativamente na fotossíntese do coqueiro.

A cultura do coqueiro anão produz continuamente durante o ano todo. E a partir da polinização os frutos são colhido em torno de 6 meses, conclui-se que qualquer estresse, nesse período pode afetar a produção. Um déficit hídrico prolongado (mais de 03 meses com precipitações abaixo de 50 mm) pode provocar queda prematura de frutos, daí a importância da irrigação sobre o rendimento da cultura. Por outro lado, chuvas excessivas também prejudicam a cultura devido às menores insolação, eficiência de polinização e aeração do solo e da maior lixiviação de nutrientes.

FATORES FITOSSANITÁRIOS

O coqueiro pode ser atacado, na fase de produção, por diversas pragas e doenças, e este é um dos fatores importantes para a redução da produtividade da cultura. Os mais importantes estão relacionados abaixo.

INSETOS

Homalinotus coriaceus (Gylenhal, 1836)l (Coleóptero: Curculionidade) ou broca do pedúnculo floral. A fêmea deposita os ovos no pedúnculo floral, as larvas quando eclodem abrem galerias no pedúnculo, ocasionando a queda de frutos e às vezes do cacho completo, causa a queda em torno de 50% dos frutos novos.

Hyalospila ptychis (Dyar., 1919) ( Lepidoptera: Phycitidae) ou traça dos cocos novos. A largadas atacam a inflorescência recém-abertas, roendo os carpelos das flores femininas, quando tenras, perfuram as brácteas provocando o aborto e queda da flor atacada. Atacam também os cocos novos, introduzindo-se por baixo das brácteas na base destes, abrindo galerias no mesocarpo e causando a exsudação da seiva que se solidifica em forma de goma. Os frutos atacados ou caem logo ou crescem deformado assimétricos.

Parisoschoenos obessulus (Casey, 1922) (Coleóptero: Curculionidade) ou gorgulho dos frutos e flores. O inseto ataca as flores femininas na base e corrói o mesocarpo, causando o aborto delas.

Eriophyes guerreronis Keiher (Acari: Eriophyidae) ou ácaro da necreose do coqueiro. Nos frutos jovens atacam os tecidos meristemáticos quando as brácteas se abrem, causando necrose e sua queda prematura. Nos frutos, que não caem as lesões necrosadas e suberizadas apresentam escoriações longitudinais características. O ferimento deixado pelo ácaro permite a penetração do fungo da antracnose.

DOENÇAS

Antracnose ou podridão do fruto, Colletotrichum gloeosporioides Penz. O ataque é facilitado pelo ferimento deixado pelo ácaro Eriophyes guerreronis.

Apesar da incidência (ocorrência e da severidade (grau de ataque) de cada inseto/doença varia de região para região, alguns cuidados devem ser tomados pelos produtores, a fim de minimizar o efeito desses agentes.

Esses cuidados envolvem a utilização de mudas sadias, a realização de tratos culturais e adubações adequadas e a correta identificação das causas dos problemas da cultura, que podem ser, além de fisiológicos, nutricionais, ambientais e fitossanitário. Outro cuidado, a fim de identificar os precocemente as possíveis pragas/doenças, é a fiscalização mensal da cultura, observando rigorosamente eventual ocorrência.

Colheita

O método de colheita depende de vários fatores, dentre os quais, a tradição local, o clima, a variedade, e a finalidade a que se destina o fruto. Por exemplo, no Sri Lanka a variedade gigante, não desprende seus frutos quando estão maduros e por tanto, devem ser cortados. Por outro lado, na Nova Guiné, os frutos caem por si só, e geralmente se deseja que isso ocorra.

As variedades anãs tem vantagens evidentes para a colheita mesma assim algumas variedades anãs crescem a uma altura considerável, e nunca alcançam as das variedades gigantes, que as vezes chegam a 30 metros de altura. Em ambas, quanto mais velhas as árvores estão, mais difícil resultam suas colheitas.

Uma das característica mais importante do coco é ter uma produção escalonada durante todo o ano, em virtude a sua floração ser ininterrupta.

O tamanho dos frutos a serem colhidos, depende de seu uso final. Quando se quer utilizar a água do coco para consumo in natura, os frutos são colhidos quando estão tenros (verdes) a partir de 6 a 8 meses após abertura da espata. Nesta fase de desenvolvimento os componentes da água do copo chegam ao máximo, em torno de 5%, quando se considera seu sabor ótimo, e o máximo de volume de água (em torno de 500 a 600 ml) para um coco de bom tamanho.

Para alimentação local o coco pode ser colhido em várias fases de desenvolvimento, desde que estejam totalmente maduros, ou antes, caso seja para consumo in natura, ou para a indústria de envasamento.

A parte gelatinosa do endosperma, tem sido empregado para alimentação infantil. Em uma fase mais avançada, se utiliza para rápida refeição e preparo de produtos fermentados ou quando se encontra totalmente madura, se consome natural, geralmente ralada, ou é usado para extração do leite de coco.

O coco para industria é colhido completamente maduro, em torno de 12 a 14 meses após a abertura da espata.

Para a produção de copra e coco ralado, a coleta deve ser realizada quando os frutos estiverem completamente maduros.

A copra obtida de coco verde, tem mais água e menos leite de coco, sendo mais difícil de completar sua secagem.

De acordo com o ciclo de crescimento biológico, um cacho maduro é colhido a cada 25 a 30 dias, segundo a variedade.

A colheita de cocos maduros pode ser através de dois sistemas: colheita dos frutos caídos ou colheita retirando-se o fruto da árvore.

A colheita de frutos caídos é mais econômica e prática. Contudo, devido as perdas que ocorrem no chão, particularmente, quando há muita vegetação cobrindo o terreno, oculta os frutos caídos, que ficam perdidos.

Outras perdas são devido a possíveis ruptura de alguns frutos ocasionada na queda. Devido essas perdas, nem todos os cocos produzidos atingem a fase de processamento.

Uma desvantagem da colheita quando o fruto cai é a impossibilidade de inspecionar a copa da árvore, e de localizar, um possível ataque de praga ou doenças. A colheita de frutos, subindo na árvore, apresenta uma série de inconvenientes. Há perigo, principalmente, quando o tronco está molhado, como também este método apresenta pouca eficiência.

Na colheita diretamente na árvore, os cachos, ou são cortados com uma pequena foice na extremidade mais longa, deixando os frutos caírem no chão, ou são descidos amarrados em uma corda ou em cestos, para evitar as perdas. Este método não é muito eficiente, pois cocos maduros podem ser derrubados juntamente com os do mesmo cacho não maduros.

O colhedor de coco, sobe na estipe com ajuda de dois laços de cordas ou peias, para cada pé, constituindo uma espécie de degrau de corda, que se desloca com o colhedor.

Este ao atingir o cacho a ser colhido, com um podão, corta os cachos de cocos maduros ao mesmo tempo que procede à poda das folhas secas e à limpeza, e outro trato cultural caso seja necessário, como controle de pragas e doenças. Um método mais geral para colheita dos frutos em coqueiros mais baixos, pode ser com uso de escadas ou com um suporte (vara), com uma pequena foice, curvada, na extremidade mais longa.

Irrigação no Coqueiro

A cultura do coqueiro anão é cultivada em quase todos os estados brasileiro, principalmente na região nordeste. A expansão desordenada, exige que pesquisas sejam desenvolvidas para definir os parâmetros regionais, utilizado no manejo da cultura.

A IRRIGAÇÃO DO COQUEIRO NO BRASIL

INTRODUÇÃO

A cultura do coqueiro anão (Cocos nucifera L.) exige grande quantidade de água durante seu crescimento vegetativo e na fase de produção de frutos com boa qualidade, sendo assim, dificilmente encontrará água disponível em quantidades adequadas para atender a demanda evapotranspirativa em condições de cultivo em sequeiro.

O coqueiro é uma planta essencialmente tropical e encontrou no Brasil excelentes condições climáticas, para seu pleno desenvolvimento e potencial produtivo. A cultura encontra condições climáticas favoráveis entre 24°N e 23°S de latitude, temperatura média anual em torno de 27ºC, com oscilações de 5° a 7°C, umidade relativa entre 65 a 85%, pluviosidade entre 1.200 a 2.200 mm anuais, bem distribuídos.

O coqueiro não desenvolve-se bem sob qualquer sombreamento ou condições de intensa nebulosidade, para tanto, exige em torno de 2.000 horas de luz de sol/luminosidade/ano e 120 horas/mês como limite quantitativos.

Os ventos fracos e moderados com velocidade de até 4 mps beneficia o desenvolvimento da cultura, estimulando a absorção de água e nutrientes pela planta. Ventos frios são indesejáveis, já que prejudicam o desenvolvimento da mesma.

A cultura desenvolve-se melhor em solos com textura média, permeáveis e férteis, sendo que de 70 a 90% de seu sistema radicular fasciculado estão distribuídos entre 0,2 a 1,0 m de profundidade e até 1,50 m de raio da estipe da planta.

É uma cultura que exige cuidados em relação aos tratos culturais, principalmente a irrigação. A ocorrência de déficit hídrico na fase de produção afeta o desenvolvimento e formação dos frutos. A baixa pluviosidade em algumas regiões pode ser compensada pela situação favorável do lençol freático, pois a cultura desenvolve seu sistema radicular profundo, conseguindo resistir a déficit hídrico nos períodos com escassez de chuvas.

A irrigação possibilita elevar a produção além de suplementar a quantidade total de água que a planta necessita durante o período de seca, e mantém um nível normal de água disponível no solo durante o ciclo da cultura para produzir frutos com qualidade, destinados ao comércio interno e exportação.

NECESSIDADE HÍDRICA

O fruto do coqueiro anão é extremamente rico em água (em torno de 450 ml). A diferenciação das flores femininas, ocorre no palmito e a emissão da espata dura em torno de doze meses, quando esta abre-se e é polinizada. O fruto desenvolve-se e é colhido seis meses após a abertura da espata.

A ocorrência de déficit durante a fase de produção irá comprometer a diferenciação e conseqüentemente a produção no ano seguinte.

Devido ser a cultura extremamente sensível ao déficit hídrico, em regiões com precipitações irregulares ou inferiores a 1.200 mm/ano é necessário a suplementação com água através da irrigação. Em regiões semi-áridas, onde a precipitação pluviométrica na sua maioria varia de 400 a 700 mm/ano e distribuída em 3 a 4 meses do ano, com escassez de chuvas nos meses restantes a irrigação é indispensável.

IRRIGAÇÃO NECESSÁRIA

Á água necessária para atender a demanda evapotranspirativa de uma cultura é um importante parâmetro a ser considerado no planejamento, dimensionamento e manejo da irrigação.

A irrigação pode ser suplementar, para corrigir a escassez de chuvas ou total sem considerar a precipitação efetiva, de modo que não limite o crescimento e produção da cultura.

MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO

A cultura do coqueiro adapta-se bem aos diversos métodos de irrigação, dentre eles; irrigação por superfície com sulco, irrigação por aspersão e irrigação localizada.

A escolha do método de irrigação adequado depende de vários fatores a ser considerados, tais como, clima, tipo e topografia do solo, quantidade e qualidade da água disponível, práticas culturais e custos de implantação e operação do sistema.

Normalmente os sistemas de irrigação por sulcos são os de menor custo de implantação por unidade de área, os de aspersão convencional de custo médio e os localizados de maior custo. Quanto aos custos com operação do sistema, há uma inversão na ordem,

Os sistemas de menor custo são os localizados e os de maior custos os sistemas de irrigação por sulco. Com relação a operação dos sistemas de irrigação no campo, os sistemas de irrigação localizado e por aspersão são os que apresentam mais facilidade na condução do que o sistema de irrigação por sulco.

A irrigação localizada

No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações.

A água é aplicada no solo através de emissores, em pequena intensidade e alta freqüência, para manter a umidade próximo da ideal, que é a de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizados.

Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972) e, o segundo, o mais recente (1982).

Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação. Um sistema completo de irrigação localizada consta de conjunto motobomba, cabeçal de controle, linhas de tubulações (de recalque, principal, secundária e lateral), válvulas e emissores (gotejadores ou microaspersores).

O conjunto motobomba é normalmente de menor potência, em virtude das pequenas alturas manométricas e das pequenas vazões do sistema. O cabeçal de controle é o cérebro do sistema. Nele ocorrem vários processos fundamentais, tais como a filtragem da água, a mistura dos produtos para quimigação e a distribuição da água para os vários setores. É composto de filtros, válvulas, manômetros e injetor de fertilizantes. Os filtros são de três tipos mais comuns: de areia, de tela e de disco.

O de areia é usado para reter o material orgânico e partículas maiores e, por isso, é o primeiro filtro do sistema. Sua limpeza é feita facilmente com a retrolavagem, recomendada a cada aumento de 10 a 20% da perda de carga normal do filtro, quando limpo (aproximadamente 20 kPa).

Em algumas condições especiais de qualidade da água ou mesmo em alguns sistemas de microaspersão, pode-se dispensar seu uso. O filtro de tela tem grande eficiência na retenção de pequenas partículas sólidas, como a areia fina, porém entopem facilmente com algas. A tela usada apresenta orifícios que podem variar de 0,074 mm (200 mesh ou malhas por polegada) até 0,2 mm (80 mesh).

Constitui, juntamente com o filtro de areia, o sistema de filtragem mais usado. Os filtros de discos têm forma cilíndrica e são colocados na linha, em posição horizontal. O elemento filtrante é composto por um conjunto de pequenos anéis, com ranhuras, presos sobre um suporte central cilíndrico e perfurado. A água é filtrada ao passar pelos pequenos condutos formados entre anéis consecutivos. A qualidade da filtragem vai depender da espessura das ranhuras.

Na maioria dos coqueirais irrigados no Brasil até a década de 80, com irrigação localizada, dava-se preferência a irrigação por gotejamento, e ainda hoje vem sendo utilizada, principalmente nos Estados da Paraíba e Ceará. Atualmente a irrigação localizada por microaspersão, vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio sistema apresenta como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de melhor adequar o perfil do bulbo úmido ao sistema radicular da cultura. A microaspersão na cultura do coqueiro, se expande em todo o Pais, principalmente nos municípios de Petrolina-PE, Juazeiro, Anagê, Bom Jesus da Lapa-BA, Varjota, Paraibaba-CE, Norte de Minas, Platô de Neópolis–SE e São Mateus, Vila Valério e São Gabriel da Palha–ES.

A irrigação localizada: Gotejamento e Microaspersão

A cultura do coqueiro exige grande quantidade de água durante seu desenvolvimento vegetativo e fase produtiva.. A irrigação, além de favorecer o desenvolvimento da planta, contribui para a precocidade de floração, que ocorre a um (01) e oito (08) meses que a partir daí produz continuamente. O suprimento adequado de água a cultura promove aumento da produtividade e a produção de frutos durante ano inteiro.

A cultura do coqueiro adapta-se bem a diversos métodos de irrigação, dentre eles a irrigação por sulcos, a aspersão convencional e a irrigação localizada.

No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária a cultura é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações. A água é aplicada em pequena intensidade, e alta freqüência para manter a umidade do solo na região explorada pelas raízes próxima à umidade de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizadas.

Atualmente, a irrigação localizada vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio método apresenta, como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de maior economia de mão-de-obra, água e energia, pois, molha somente parte da superfície do solo. Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972), e o segundo, o mais recente (1982). Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação.

No sistema por gotejamento, os gotejadores normalmente trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, cujas vazões variam de e 2 a 16 l.h-1, sendo mais comum na cultura do coqueiro, gotejadores com 4 l.h-1, dependendo do espaçamento entre gotejadores Os gotejadores são mais sensíveis ao entupimento, e proporcionam uma maior concentração do sistema radicular do coqueiro.

No caso da microaspersão no cultivo do coqueiro, os microaspersores normalmente também trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, atingindo vazões entre 20 a 100 l.h-1, sendo mais comum microaspersores com 30 a 50 l.h-1. Eles são menos sensíveis ao entupimento quando comparados aos gotejadores.

Na irrigação por gotejamento, deve-se usar no mínimo dois (02) gotejadores por planta, enquanto na irrigação por microaspersão usa-se apenas um (01)microaspersor por cova.

Na opção por microaspersão ou gotejamento, deve-se levar em consideração o tipo de solo, a quantidade e qualidade da água a ser utilizada.

Se a água for escassa, e de baixa qualidade principalmente quanto à salinidade, com possibilidade de promover salinização, e se o solo for de textura média a argilosa deve-se dar preferência ao gotejamento, por proporcionar melhor volume de solo umedecido e menor incidência danoso dos efeitos da salinidade no solo e na cultura.

Nos solos arenosos, a microaspersão seria a mais recomendada, pois propiciará maior volume de solo molhado, neste tipo de solo, pois a água penetra e se move com maior velocidade, sendo necessário uma área de umedecimento maior, beneficiando o sistema radicular do coqueiro.

Nas regiões com pouca possibilidade de salinização e independente do tipo de solo, como é o caso das zonas litorâneas, cerrados, etc, o mais recomendado seria a microaspersão. Deve-se levar em consideração na momento de optar por um ou outro sistema localizado, a qualidade da água de irrigação. Água com alto teor de sais e matéria orgânica, pode ao longo do tempo promover obstruções nos gotejadores ou microaspersores.

Aspersão convencional

Neste método a água é aplicada na forma de chuva artificial com fracionamento do jato d’água, originando gotas que espalham pelo ar e atingem o solo. É um sistema pressurizado e sua distribuição envolve tubulações com derivações que conduzem a água até os aspersores que direcionam o jato e auxiliam seu fracionamento. os sistemas de irrigação por aspersão convencional é bastante utilizado, sendo que no extremo sul da Bahia estão usando, canhões e autropopelidos em pomares novos em formação e início de produção.

A irrigação por superfície através de sulcos, respectivamente na ordem de maior adequação à cultura e economia d’água

Este sistema consiste na distribuição de água às áreas irrigadas utilizando a própria superfície do solo para escoamento gravitacional, durante o tempo necessário para que a água, infiltrada ao longo do sulco, seja suficiente para umedecer o solo da zona radicular efetiva da cultura.

Este sistema prevalece em quase todas as áreas de agricultura irrigada do mundo e também no Brasil, tendo sido o primeiro sistema de irrigação usado na cultura do coqueiro.

Para a cultura do coqueiro, geralmente utiliza-se um (01) a dois (02) sulcos por fileira de planta, o que resulta no molhamento de 30 a 80% da superfície total da área irrigada, diminuindo assim as perdas por evaporação, permitindo ainda realizar os tratos culturais e colheita durante e após a irrigação. Quanto a forma geométrica, a mais comum é “V”, com 15 a 20 cm de profundidade e 25 a 30 cm de largura, na parte superior, que normalmente conduz uma vazão inferior a 2 l/s.

Este sistema de irrigação é comum na região de Souza-PB, Juazeiro-BA, Petrolina-PE, Pentecoste e Lima Campos-CE, em áreas de pequenos produtores localizadas em perímetros irrigados.

Luís Camboim

Fonte: www.br.geocities.com

Coco


Coco

Água de coco

A água de coco e suas propriedades isotônicas impulsionam a produção de coco verde no país, inclusive no interior

O coqueiro é considerado a árvore da vida, dada a grande gama de produtos e subprodutos que podem ser obtidos da planta.

O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A demanda é suprida pelo comércio do fruto e, principalmente, pela extração e envasamento da água, o que envolve pequenas, médias e grandes empresas.

Fruto

O coco possui uma camada externa grossa e fibrosa (casca).

A água-de-coco (endosperma líquido) preenche a cavidade central do fruto, encerrado pela copra ou polpa (endosperma sólido). Em seu estado natural, a água é estéril (sem presença de microrganismos – fungos, bactérias etc) e é utilizada como isotônico natural.

O coco verde possui maior quantidade de líquido que o maduro ( ou coco seco ) e tem polpa tenra.

O sabor da água-de-coco é doce e levemente adstringente. Suas características são influenciadas, principalmente, pela variedade e o estágio de maturação do fruto, bem como pelas práticas agronômicas empregadas na lavoura (adubação, irrigação etc) e condições climáticas.

Planta

O coqueiro é uma planta da família Palmae (palmeira), introduzida no Brasil em 1553 pelos portugueses. É considerada a árvore da vida, dada a grande gama de produtos e subprodutos que podem ser obtidos da planta.

Três variedades de coqueiro são exploradas no país:

Coqueiro gigante: Planta de porte alto, atingindo cerca de 35 m de altura. Sua finalidade principal é o fornecimento de polpa (copra) para a indústria de derivados de coco ( coco ralado e leite de coco). Inicia sua produção a partir de seis anos e meio. Tem a produção média de 70 frutos/planta/ano
Coqueiro anão:
Planta de porte baixo, atingindo cerca de 12 m de altura, utilizado para atendimento do consumo de água-de-coco (“in natura” ou envasada). Começa a produzir com 2 anos e meio, apresenta produtividade de 120 frutos/planta/ano, podendo alcançar 250 frutos em sistemas irrigados
Coqueiro híbrido:
Plantas de porte intermediário, atingindo cerca de 20 m de altura, com dupla finalidade de fornecimento de coco para a indústria e para água. Sua produtividade alcança de 120 a 150 frutos/planta/ano, com início de produção aos quatro anos pós-plantio. Tem participação pouco expressiva na produção.

Cultivo

O coqueiro é uma planta de clima tropical, cultivado em cerca de 90 países, destacando-se o continente asiático, líder na produção e comercialização do fruto “in natura”e de seus subprodutos. Dentre as principais regiões brasileiras produtoras, o Nordeste destaca-se, produzindo cerca de 80% de toda a produção nacional.

A área de produção do coqueiro do tipo anão cresce rapidamente no Brasil, onde estima-se haver cerca de 50 mil hectares dedicados a essa variedade.

Dependendo da tecnologia utilizada, o coqueiro anão pode florescer com pouco mais de dois anos de idade e atingir, em função dos tratos culturais, de 200 a 250 frutos/pé/ano, o que proporciona maior rapidez no retorno dos investimentos realizados.

Precipitações acima de 1.500 mm, bem distribuídas, e insolação em torno de 2.000 horas são ideais. Temperaturas abaixo de 17° afetam o desenvolvimento da planta. A altitude também limita a produção de coco.

Áreas com mais de 400 m de altitude promovem a redução da produtividade, podendo inviabilizar economicamente a cultura.

Nas regiões com baixa precipitação anual ou com distribuição irregular de chuvas, a suplementação hídrica através da irrigação é fundamental para a obtenção de alta produtividade e estabilidade de produção.

A cultura do coqueiro anão irrigado, que pode produzir o ano todo, e a expansão da industrialização (que aumenta o tempo de vida de prateleira da água-de-coco), regularizam a oferta, reduzindo significativamente a sazonalidade da produção e dos preços.

Na colheita, deve-se também proceder à limpeza dos cachos, eliminando-se as ráquilas (rabicho do coco) para que não haja atritos com os frutos no transporte.

Com isso, evitam-se ferimentos e o escurecimento da casca do coco, que prejudicam a aparência do fruto, dificultando a comercialização.

A comercialização da água-de-coco dentro do próprio fruto envolve problemas de transporte, armazenamento e perecibilidade do produto. Observam-se danos à aparência dos frutos durante o período de transporte e armazenamento. Além disso, os resíduos deixados pela casca da fruta durante sua extração tornam a água avermelhada após alguns dias.

Usos

Do coqueiro podem-se aproveitar diversas partes, como o fruto, as folhas, a inflorescência, entre outros produtos e subprodutos.

A casca do coco é usada na fabricação de cordas, tapetes, chapéus e encosto de veículos. O óleo é largamente usado na indústria alimentícia como óleo de mesa e também na produção de margarina, glicerol, cosméticos, detergentes sintéticos, sabão, velas e fluidos para freio de avião.

Mercado

O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A demanda é suprida pelo comércio do fruto e, principalmente, pela extração e envasamento da água, o que envolve pequenas, médias e grandes empresas. As multinacionais de bebidas (refrigerantes), por exemplo, já visualizam o crescimento do mercado de bebidas naturais, em detrimento de refrigerantes e produtos artificiais.

O mercado de água-de-coco é quase totalmente suprido por plantas da variedade anã.

Estima-se que apenas 15% do mercado de água-de-coco seja suprido pelos plantios de coqueiro gigante.

A água pode ser extraída do fruto e comercializada, também, na forma congelada, resfriada, esterilizada, concentrada e desidratada (bebida obtida por meio de processo tecnológico adequado, não diluída e não fermentada, submetida a um processo adequado de desidratação cujo teor de umidade seja igual ou inferior a 3%).

A casca de coco verde é um subproduto do consumo e da industrialização da água de coco e tem se tornado um problema ambiental nos grandes centros urbanos, seja depositada nos lixões ou às margens de estradas, praias, lotes vagos etc.

É um material de difícil decomposição, levando mais de 8 anos para se decompor. Portanto, a utilização da casca do coco verde processada, além da importância econômica e social, é também interessante do ponto de vista ambiental. Cerca de 80% a 85% do peso bruto do coco verde é considerado lixo.

A fibra do coco maduro já é utilizada na agricultura e na indústria. Já a fibra da casca do coco verde tem baixo aproveitamento e pode se tornar matéria-prima importante na produção de vasos, placas, substratos (para a produção de mudas ou em cultivos sem o uso do solo) e outros produtos. Suas fibras são quase inertes e têm alta porosidade. A facilidade de produção, baixo custo e alta disponibilidade são outras vantagens adicionais apresentadas por este tipo de material.

Para a obtenção da fibra e seu uso, a casca de coco passa por diversas operações, como corte, desfibramento, lavagem, trituração, secagem e, quando necessário, compostagem

Fonte: www.sebrae.com.br

Coco

COCO VERDE

O valor nutritivo do coco varia de acordo com seu estado de maturação, apresentando de maneira geral bom teor de sais minerais (Potássio, Sódio, Fósforo e Cloro), e fibras, importantes para o estímulo da atividade intestinal.

O coco realça o sabor dos alimentos, sendo excelente no preparo de bebidas, pratos doces e salgados, substituindo com vantagem nozes e amêndoas nos diferentes tipos de receitas.

O coco verde, encontrado em praias, possui maior quantidade de líquido que o maduro e tem polpa tenra, sendo muito apreciado como bebida e no preparo de cocadas moles Cem gramas de coco maduro fornecem 266 calorias e 100 gramas de água de coco 22 calorias.

Quantidade por Porção % VD (*)
Valor Energético 198,3 Kcal = 832,9 Kj 10
Carboidratos nd 0
Proteínas 2,3 g 3
Gorduras Totais nd 0
Gorduras Satur. nd 0
Gorduras Trans. 0,0 g 0
Fibra Alimentar nd 0
Cálcio 8,7 mg 1
Ferro 1,2 mg 9
Sódio nd 0
Fósforo 55,6 mg 8
Vitamina A 0 g 0
Vitamina B1 0,0268 mg 2
Vitamina B2 0,0201 mg 2
Niacina nd 0
Vitamina C 2,68 mg 6
* Valores Diários com base em uma dieta de 2.500 Kcal ou 8.400 Kj seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
*ND = Não Disponivel

Fonte: www.polifruta.com.br

Coco


Coco

Com origem no sudeste asiático, o coco foi introduzido no Brasil pelos portugueses, no século XVI.

A parte comestível do coco é constituída pela polpa branca e a água. Pode ser consumido verde ou maduro.

Da polpa madura extrai-se óleo ou gordura e leite de coco.

A polpa do coco verde é deliciosa para comer com colher, pois é mole e doce.

A água de coco, com composição química semelhante à das bebidas isotônicas usadas por esportistas, para reidratação e reposição de sais, é refrescante e rica em minerais como sódio, potássio e fósforo.

O valor nutricional do coco varia conforme seu estado de maturação. A medida que amadurece, aumenta seu teor de gorduras, aumentando suas calorias.

É rico em proteínas, gorduras, calorias, carboidratos, vitaminas (A, B1, B2, B5e C), e ainda em sais minerais, principalmente o potássio.

O leite de coco é obtido da mistura da polpa madura do coco e água, que quando prensado produz um líquido cremoso, rico em gorduras.

Agora já se encontra o leite de coco light, com redução de gorduras que é muito benéfico para quem não abre mão do sabor das receitas preparadas com ele, mas que precisam controlar a quantidade de gorduras da dieta.

 100g Calorias Proteínas Calorias (g) Carboidratos (g) Gorduras (g) Potássio (mg) Fibras (g)
 Coco verde 131 1,9 4 11,9 144 1,5
 Coco maduro 302 3,5 13,7 27,2 320 3,8
 Coco seco/industrializado 600 8,3 20 60 543 10
 Água de coco 19 0,7 3,7 0,2 250 1,1
 Leite de coco 253 18 nada consta nada consta
 Leite de coco 126 9,3 nada consta nada consta

Fonte: www.xenicare.com.br

Coco


Coco

Planta típica das regiões tropicais, o coqueiro (Cocos nucifera), é originário do arquipélago malaio, de onde foi trazido para o Brasil pelos colonizadores em meados do século XIV.

É uma palmeira com caule sem ramificação que pode atingir até 26 metros de altura.

O fruto é coberto por uma casca lisa, dura e fibrosa, de cor verde, quando ainda não maduro.

A semente é constituída por uma casca dura, uma polpa (endosperma sólido) de cor branca, carnuda e adocicada. Em seu interior se encontra água (endosperma líquido).

Informações Nutricionais

Com teor excepcional de glicídios (açúcares) e lipídios (gorduras) o coco destaca-se dos demais frutos pelo alto conteúdo energético. Apresenta também elevado teor de cálcio e de ferro.

100 g contêm, em média:

Macrocomponentes Glicídios (g) 27
Proteínas (g) 5
Lipídios (g) 50
Fibras alimentares (g) 0
Vitaminas Vitamina A1 (mg) 0
Vitamina B1 (mg) 60
Vitamina B2 (mg) 40
Vitamina B3 (mg) 0
Vitamina C (mg) 8
Minerais Sódio (mg) 46
Potássio (mg) 302
Cálcio (mg) 43
Fósforo (mg) 191
Ferro (mg) 3
Conteúdo energético (kcal) 589

Como Comprar

Para saber se o coco está em boas condições é suficiente bater na casca. Se o som for oco, está estragado.

Como Conservar

O coco verde conserva-se em geladeira por 15 dias.

Como Consumir

A polpa pode ser consumida nas formas madura e gelatinosa. Pode ser comida crua, inteira ou ralada, ou na forma de ingredientes para pratos assados ou cozidos. Consome-se também água de coco, que é um ótimo hidratante, o leite de coco e o óleo de coco, obtido industrialmente.

Fonte: www.ceasacampinas.com.br

Coco

COQUEIRO (Cocos nucifera)

Ocorrência – do Pará a São Paulo

Outros nomes – coco, coco da bahia, coqueiro da bahia, coqueiro da praia, coco da índia

Características – espécie com estipe solitário de até 30 m de altura, curvado ou ereto, com 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas de até 3 m de comprimento, pêndulas, largas, com folíolos de coloração verde-amarelada, rígidas, em número de 20 a 25 contemporâneas.

Espécie monóica, com flores numerosas brancas, pequenas, reunidas em cacho de até 1 m de comprimento. Fruto grande, fibroso, de forma ovóide, quase globoso, de coloração esverdeada a amarela, de casca lisa, com cerca de 25 cm de comprimento e 15 em de diâmetro, que demora a amadurecer, quando então torna-se castanho. Polpa abundante de até 2 cm de espessura. Cavidade central contendo a conhecida “água-de-coco”. Cada fruto pesa em média 1,2 Kg .

Habitat – faixa litorânea

Propagação – plantio do fruto seco (coco-semente)

Utilidade – é a palmeira de maior importância econômica em todo o mundo. A polpa é usada como alimento e matéria-prima para numerosos produtos. As fibras do mesocarpo são usadas na indústria têxtil para fabricação de cordas, capachos, esteiras, estofados, etc. Do endosperma líquido, imaturo, se retira a água de coco. A espécie é amplamente usada em paisagismo e cultivada na fruticultura.

Florescimento – janeiro a abril

Frutificação – julho a fevereiro

Fonte: www.vivaterra.org.br

Coco


Coco

Embora ainda não seja comprovado, parece que o Coco foi introduzido no Brasil pelos portuguêses no século XVI.

O Coco, fruto do coqueiro, originário da Índia Ocidental, é grande, com uma camada externa grossa e fibrosa, tendo no meio uma “noz” que constitui o Coco propriamente dito.

Essa “noz” têm forma ovalada, com uma das pontas mais dura e pontiaguda, na qual existem três “olhos”. A casca marrom e dura cobre uma camada interna, branca e macia, com cerca de 2 cm de espessura, chamada polpa. Dentro desta última camada há um líquido esbranquiçado, conhecido como a água de Coco.

Do Coco, tudo se aproveita. A camada externa serve para fabricar capachos, brochas, escovas e tecidos grossos para sacos. Da casca dura da noz, fazem-se objetos caseiros. A parte comestível do fruto são a polpa branca e a água, que podem ser consumidas quando o fruto ainda está verde ou depois de maduro.

Quando verde, a polpa é consumida com colher e a água bebida como refresco, pelo seu sabor adocicado e agradável.

Da polpa madura, extraí-se óleo e leite de Coco. A gordura é usada na alimentação e no fabrico de sabão, comésticos, detergentes e margarina.

O leite de Coco, puro ou com água, usado para preparar pratos doces e salgados, é extraído da polpa fresca ralada e prensada.. Também a seiva do coqueiro é usada como bebida refrescante.

O valor nutritivo do Coco varia de acordo com o seu estado de maturação. À medida que a polpa amadurece, aumenta seu teor de gorduras. Também contém sais minerais, como potássio e fósforo e proteínas importantes para o funcionamento do organismo.

A água de Coco contém sais minerais (sódio, potássio e cloro) e um tipo de açúcar muito fácil de digerir, a glicose. A gordura do Coco tem características bem diferentes das demais gorduras e óleos vegetais, parecendo-se mais com as gorduras animais (toicinho e banha). É digerida com facilidade e tem sabor mais agradável que as outras gorduras vegetais. O leite de Coco é rico em gordura e sais minerais, contendo também pequena porcentagem de proteínas.

Quando fechado, o Coco fresco conserva-se por 2 meses. Depois de aberto, deve ser usado no mesmo dia ou guardado em recipiente tampado, com água, por não mais do que 5 dias.

O Coco ralado pode ser conservado por 2 dias, em saco plástico fechado. O seco, com ou sem açúcar, permanece por muito tempo sem se alterar.

O leite de Coco se conserva bem, não precisando ficar na geladeira. Porém, depois que a garrafa for aberta, deve ser consumido rapidamente, pois fica rançoso com facilidade. A gordura de Coco pode ser guardada dentro ou fora da geladeira.

O Coco é encontrado nas mais diversas formas e em cada uma delas devem ser observados aspectos diferentes:

Coco verde: Fácil de encontrar nas praias do Nordeste. A polpa deve ser tenra com a consistência de um creme.
Coco maduro:
Encontrado em feiras e supermercados, deve ser escolhido em função do seu peso e da quantidade de água que tem. Para saber se está em boas condições, é suficiente bater com uma moeda na casca: se ele estiver fresco, o som é estridente; se o som for oco, indica que a fruta está estragada.
Coco ralado fresco
: Deve ser consumido no mesmo dia da compra ou conservado na geladeira por apenas um dia.
Coco desidratado puro:
é encontrado em pacotes de vários tamanhos. Conserva o sabor por bastante tempo e volta à forma natural desde que seja acrescido de água por alguns minutos.
Coco desidratado com adições:
Parece uma farinha, de cor levemente amarelada. Já vem com açúcar.
Leite de Coco:
Pode ser encontrado em vidros de diversos tamanhos. A qualidade depende do tempo de fabricação e, quanto mais recente, melhor o estado do produto.

DICAS CULINÁRIAS

Para que o doce de Coco não açucare, junte 1 colher (chá) de manteiga.
As balas de Coco caseiras ficarão mais brancas e macias se você juntar à água 1 colher (sopa) de vinagre.
No .manjar de Coco, a geléia de ameixa pode substituir as ameixas em calda.
O Coco solta mais fácil da casca se for aquecido no forno antes de ser quebrado.
Se quiser ralar o Coco bem fininho, rale pela parte côncava (a parte arredondada). Isto se chama “ralar de costas”.
Para que o Coco usado na decoração de bolos não escureça, polvilhe-o com açúcar antes de usar.
A água de Coco funciona como um excelente diurético. É só beber um copo por dia. Os resultados são surpreendentes: baixa a pressão arterial, elimina o inchaço dos pés e diminui o colesterol.
Para a prisão de ventre, tome 1 copo de água de Coco em jejum até regularizar as funções intestinais.
A água de Coco também é um ótimo vermífugo, principalmente para as crianças.

CURIOSIDADES

Para alguns estudiosos, os coqueiros começaram a nascer nas costas americanas porque as sementes foram trazidas por correntes marítimas.
A palavra Coco também designa uma música do folclore nordestino que é acompanhada de viola.
O uso do leite de Coco nos alimentos é uma herança cultural deixada pelos escravos que vinham de Moçambique.
No Timor, a água de Coco é um líquido sagrado usado para abençoar os plantios de milho.

Fonte: www.geocities.com

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