Curiola

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Nome popular: guapeva currioloa

Nome científico: Pouteria ramiflora Radlk.

Família botânica: Sapotaceae

Origem: Brasil – Região de Cerrados.

Curiola
Curiola

A espécie Pouteria ramiflora Radlk, popularmente conhecida como curriola, abiú-do- Cerrado, ou abiu-piloso, é uma espécie frutífera, de hábito arbustivo-arbóreo, amplamente distribuída em áreas de Cerrado.

Os frutos apresentam cheiro forte e sabor agradável, de coloração esverdeada e polpa branca, sendo apreciada pelas populações locais na forma de suco ou in natura.

Nomenclatura e Significado

CURRIOLA ou CURRIOBA vem do Tupi, e significa ”Fruta que deixa escorrer leite”. Também é chamada de Abiu-carriola, Leiteiro preto, Grão de Galo, Pitomba de Leitte e Guapeva pilosa.

Características da planta

Árvore de até 6 m de altura, tronco com casca de coloração acinzentada. Folhas duras, verdes na face superior e ligeiramente ferrugínea na inferior. Flores pequenas.

Arvore muito lactescente de 4 a 8 metros quando cultivada (ou até 35 m quando na mata da floresta amazônica) com copa em forma de taça com galhos em formação de leque e bem distribuídos com graduação de 45 a 75 graus de distancia.

O tronco geralmente é cilíndrico, porém retilíneo (direito), medindo 20 a 4 cm de diâmetro; com casca marrom escura ou acinzentada, com superfície fissurada ou sulcada na juventude passando a ficar canelada (com caneletas) na idade adulta.

Os ramos novos são glabros (sem pelos) mais tem coloração ferrigunea. As folhas são inteiras, alternas, espiraladas, coriáceas (rijas como couro), reunidas no ápice dos ramos e com nervuras bem evidentes por causa da cor diferenciada (creme ou ferruginosa quando mais velha) em ambas as faces. A lamina é oblonga (mais longa que larga), ovada (com forma de ovo), medindo 7 a 20 cm de comprimento por 4 a 8 cm de largura, com base e ápice arredondado.

O pecíolo (haste ou suporte) é largo e achatado de cor e textura aveludada, medindo 1,5 a 3 cm de comprimento.

As flores surgem nos ramos e galhos com diâmetro inferior a 3 cm e são sésseis (sem cabinho), agrupadas em feixes; estas medem 8 a 10 mm de altura, e tem 4 pétalas arredondadas de coloração esverdeada.

Os frutos são bagas ovaladas de 5 a 9 cm de diâmetro com casca amarelo esverdeada, levemente tomentosa (coberta de lanugem) com polpa branca, leitosa, as vezes bem liquida com sabor de leite com açúcar, envolvendo 1 ou 2 sementes.

Fruto

Curiola
Curiola

Curiola
Curiola

Forma ovóide, de coloração alaranjada , com polpa esbranquiçada, contendo uma única semente de cor roxa. Surgem no período de dezembro a janeiro.

Os frutos maduros da curriola possuem coloração esverdeada e são coletados de setembro a dezembro. Para obtenção da polpa, raspe a polpa esbranquiçada, que pode ser utilizada em bebidas doces e geléias.

Cultivo

Cultivadas apenas em pomares domésticos. Sua propagação é feita por sementes.

Curiola é, ao mesmo tempo, designação para frutas e árvore bem conhecidas e freqüentes em quase se todo o território nacional. Originárias do Brasil árvores com esse nome podem ser encontradas desde a Amazônia até a Bahia, seguindo por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, até chegar ao Paraná.

Planta da mesma família do abiu e de outras sapotas, a curiola ocorre, preferencial mente, perto da água, nas beiras de rios e nas várzeas. Algumas espécies preferem ferem o ambiente da floresta pluvial, nas regiões amazônicas (Pouteria torta); outras preterem o cerrado (Pouteria ramiflora).

Geralmente, os frutos da curiola são esverdeados ou alaranjados e, algumas vezes, possuem uma colo-ração esbranquiçada, fato bastante raro na natureza. Sua polpa, tam-bém branca, é comestível e muito saborosa.

Habitualmente, a curiola é apenas consumida in natura. No entanto, técnicos do Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado da EMBRAPA de Brasília vêm testando e aprovando receitas de geléias e de batidas feitas com a polpa da fruta.

Além das áreas onde sua ocorrência é espontânea, a curiola pode ser encontrada, em plantação, nos pomares domésticos daqueles que sabem apreciar o sabor de seus frutos e a sua beleza. A árvore, de características ornamentais próprias, não é muito alta e apresenta uma bonita copa de conformação uniforme, o que a torna indicada na arborização de ruas, parques e jardins.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Curiola

Nome científico: Pouteria ramiflora (sinonímia: Pouteria ovata, Labatia ramiflora)

Família: Sapotáceas

Nome comum: Curriola, curiola, abiu-do-cerrado, grão-de-galo, pitomba-de-leite

Origem

Espontânea de vários ecossistemas de solos arenosos de campos e formações mais fechadas dos cerrados, aparecendo na região amazônica, no Maranhão, Ceará, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, tendo seu limite sul no estado de São Paulo, Brasil.

Descrição e característica da planta

Existem outras plantas do mesmo grupo, conhecidas também como curriola, que se desenvolvem na floresta pluvial e diferem em algumas características desta que será abordada aqui.

A planta, da espécie botânica Pouteria ramiflora, apresenta extensa área geográfica brasileira, principalmente nas áreas remanescentes dos cerrados que abrangem o Distrito Federal e os estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.

Como a maioria das árvores do cerrado, o seu tronco é tortuoso, de cor cinza, com aspecto corticoso (cortiça), cheio de fissuras profundas em todas as direções, formando placas de várias dimensões.

É uma planta arbórea, quando no cerrado, com 4 a 6 metros de altura, 4 a 6 metros de diâmetro da copa, apresenta intensa exsudação leitosa ao destacar as folhas e os ramos terminais são espessos, pilosos, ferrugíneos (cor de ferrugem).

As folhas são simples, de tamanho e forma bastante variáveis, com 5 a 20 centímetros de comprimento por 2 a 11 centímetros de largura, coriáceas (aspecto de couro), nervuras salientes em ambas as faces, caducas (elas caem no inverno ou na época seca), com ou sem pêlos na sua face inferior.

As flores são pequenas, branco-esverdeadas, axilares (formadas na região de inserção das folhas nos ramos) e em racemos (cacho ou conjunto de flores).

Os frutos são arredondados ou em forma de pêra, pequenos, com cerca de 5 centímetros de comprimento, casca esverdeada ou alaranjada quando maduros, carnosos, polpa branca, com 1 a 3 sementes no seu interior.

As condições favoráveis ao seu desenvolvimento e frutificação são: temperatura amena a quente, solos profundos, bem drenados, não é exigente em fertilidade do solo e adaptada ao longo período sem chuva, durante o inverno, porque apresenta um sistema radicular bem desenvolvido e profundo nos solos do cerrado.

A propagação é feita através de sementes e disseminadas por animais e pássaros silvestres.

Produção e produtividade

Em se tratando de planta do cerrado e ainda explorado de forma extrativista, não existem informações concretas sobre a sua produtividade.

Nas condições de cerrado da região de Brasília, DF, cada árvore produz 100 a 400 frutos.

Possivelmente, essa produtividade pode ser bem maior, se cultivar em pomares comerciais e com adubações para aumentar o seu desempenho, mas pouco se sabe sobre o comportamento dessa planta quanto à ocorrência de pragas e de doenças.

Dicas para cultivo

Planta de crescimento lento na faze juvenil, que aprecia qualquer tipo de solo com alguma textura arenosa, podendo ser fracos ou com boa fertilidade natural, que sejam profundos e de rápida drenagem da água das chuvas. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; pois é extremamente adaptável a secas prolongadas e a geadas leves de até – 3 grau. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 7 a 8 anos a depender do clima e tratos culturais. Em solos somente arenosos a planta frutifica a cada 2 ou 3 anos .

Mudas

As sementes são oblongas (mais longa que larga) com casca marrom clara e amarelada e lisa e com cicatriz no seu comprimento, medindo 4 a 5 cm de comprimento por 1 a 1,5 cm de largura. São recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas), por isso devem ser plantadas logo que despolpadas, colocando 1 semente por embalagem individual contendo substrato de 40% de terra vermelha, 30% de matéria orgânica e 30% de areia. A germinação se inicia com 40 a 60 e tem percentual médio de 60% para sementes frescas. As mudas devem ser formadas em pleno sol e atingem 30 cm com 10 a 12 meses de vida.

Plantando

Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 6 x 6 (em climas subtropicais) ou 9 x 9 m (em climas tropicais) em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 2 pás de areia saibro avermelhada + 6 pás de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover, tomando esse cuidado nos primeiros 6 meses após o plantio.

Cultivando

A planta cresce lentamente nos primeiros 2 anos após o plantio e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Deve-se fazer podas no fim do inverno, visando a formação da planta, eliminando ramos e brotos da base e todo o excesso de ramos que nascerem voltados para o interior da copa. Adubar com 3 pás de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10, dobrando a quantidade até o quarto ano, depois é só manter consecutivamente. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de agosto ou setembro.

Usos

Frutifica nos meses de janeiro a março. Os frutos são deliciosos e tem gosto de leite adoçado, sendo ótimo para o consumo in-natura e como sobre-mesa.

A polpa pode ser usada para rechear bolos e para fazer sorvetes. A árvore não deve faltar em projetos de reflorestamentos, pois seus frutos alimentam diversas espécies de animais. A madeira é resistente e tem diversos usos para obras externas e internas.

Utilidade

Os frutos maduros podem ser consumidos ao natural e na forma de sorvetes, sucos, doces e geléias.

Curiola
Curiola

Curiola
Curiola

Referências

1. Frutas do cerrado. Dijalma Barbosa da Silva e outros. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 2001. 178 p. 2. 100 árvores do cerrado: guia de campo. Manoel da Silva Júnior e outros. Brasília. Ed. Rede de sementes do cerrado. 2005. 278 p.

Fonte: globoruraltv.globo.com/www.colecionandofrutas.org

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