Figo

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Nome popular: Figueira

Nome popular da fruta: Figo

Nome científico: Ficus carica L

Família botânica: Moraceae

Origem: Região do Mediterrâneo

Figo
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Figo
Figo

“Parece tora de dúvidas que esta espécie é originária da Cária dos antigos, vasta região daAsia Menor… Porém, para maior facilidade de compreensão, diz-se simplesmente originárioda bacia do Mediterrâneo de onde muito cedo foi levada para outros países Países bem distantes.

Quanto ao seu aproveitamento na alimentação humana, é certamente tão antigo que seperde na noite dos tempos; registra-se entre o homem das habitações lacustres 770 h m daIdade da Pedra e emaranha-se na mitologia grega. ” DICIONÁRIO DAS PLANTAS ÚTEIS DO BRASIL e das exóticas cultivadas M. Pio Corrêa (1926)

Características da planta

Árvore de crescimento amplo que pode atingir até 8 metros de altura. Caule tortuoso de casca cinzenta e lisa, ramos frágeis.

Folhas recortadas em 5 a 7 lobos. Flores muito pequenas, desenvolvem-se no interior da chamada fruta do figo, quando ainda verdes.

O figo é uma fruta altamente energética, por ser rica em açúcar. Entre os sais minerais que contém destacam-se o Potássio, o Cálcio e o Fósforo, que contribuem para a formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e contribuem para a transmissão normal dos impulsos nervosos.

O figo seco é ótimo alimento para as pessoas que gastam muita energia em exercícios musculares.

Já o figo fresco é considerado expectorante pela sua eficácia contra inflamações do aparelho respiratório (tosse, catarros).

O figo seco, bem triturado e aplicado em compressas quentes, amadurece e desfaz abcessos e furúnculos. As sementes fazem dele um laxante ativo e suave, estimulando a musculatura do intestino.

A água de figos (secos ou frescos), tomada pela manhã, em jejum, e à noite ao deitar, normaliza a função intestinal, além de auxiliar a expulsão de vermes intestinais

O figo é recomendado para os que sofrem de doenças do fígado e vesícula biliar. Já os que sofrem de acidez do estômago, artrites ou são obesos, devem evitá-lo.

Em boas condições, o figo fresco conserva-se na geladeira por até uma semana e seu período de safra vai de janeiro a abril.

Fruto

A estrutura carnosa e suculenta de formato periforme, comestível, de coloração branco-amarelada até roxa, conhecida como “figo’, encerra em seu interior os inúmeros frutos desta espécie, que são frequentemente confundidos com sementes.

Cultivo

Adapta-se a qualquer tipo de solo, preferindo os profundos e permeáveis. Porém, requer clima temperado, não suportando geadas. Sua multiplicação se dá por estaquia. Frutifica conforme a poda ou o ano todo

Presume-se que as primeiras figueiras, com toda a sua história e seus mistérios, tenham chegado às terras brasileiras já no século XVI. Figueiras de todos os tipos, muitas delas improdutivas ou geradoras de frutos não comestíveis, espalharam-se por todo o continente.

Segundo Pio Corrêa, porem, até o início deste século o plantio do figo bom para comer – o Ficus carica era muito disperso no Brasil e as quantidades produzidas, insignificantes. Embora excelentes variedades de figueiras – originárias, em grande parte, da Espanha, de Portugal e do norte da África – tivessem se aclimatado perfeitamente a diferentes regiões do país, seu cultivo não ultrapassava o limite das chácaras urbanas e dos quintais das fazendas.

Foi entre os anos 10 e 20 deste século, que se iniciou o plantio de figueiras na região mineira de Poços de Caldas, destinando-se sua produção inicial basicamente ao consumo local e à indústria caseira de doces e compotas.

Sob a orientação do Instituto Agronômico de Campinas, logo após a queda da produção cafeeira no início dos anos 30 e, muitas vezes, em substituição à mesma, deu-se um grande impulso à produção de figos associada à de uvas no Estado de São Paulo. Ali destacavam-se as regiões compreendidas entre Campinas, Itatiba, Valinhos e Jundiaí, e São Paulo e Mogi das Cruzes, sendo algumas delas, até os dias de hoje, bastante produtivas.

O fruto da figueira é comumente identificado com o figo, propriamente dito. No entanto, este não passa de um receptáculo carnoso, de casca fina e macia, em cujo interior encontram-se os verdadeiros frutinhos, as sementinhas e os restos das flores da figueira sendo, todo o conjunto, com-pletamente comestível. Por dentro, a massa rosada ou esbranquiçada é refrescante e se desmancha na boca, podendo variar o seu sabor entre o insípido e o muito doce.

Muito delicados, os figos machucam-se facilmente, o que dificulta o seu acondicionamento, preservação, transporte e comercialização in natura. Por esse motivo, desde os primórdios de sua utilização pelo homem, aprendeu-se a aproveitar de outras formas suas qualidades “altamente nutritivas e inocentes”, como diz Lúcia C. Santos, e seu sabor sofisticado ao paladar.

Assim, de acordo com a sua destinação futura,sejam provenientes de pomares caseiros ou comerciais, os frutos das figueiras devem ser colhidos em diferentes estágios de maturação: os figos verdes se destinam basicamente à confecção de doces em compotas; os inchados são usados para a produção do figo-rami, espécie de passa de figo; os maduros são para a produção de doces em pasta ou figada, ou ainda para o consumo in natura.

Conforme as características de suas flores e formas de frutificação, existem quatro tipos gerais de Ficus carica: Caprifigo, Smirna, Comum e São Pedro Branco, sendo que as variedades mais cultivadas em todo o mundo pertencem ao tipo Comum.

No Brasil, ocorre o mesmo: a variedade Roxo de Valinhos (município do interior de São Paulo onde a produção de figos é bastante antiga e volumosa) é a mais cultivada comercialmente e pertence, também, ao tipo Comum.

Entre as principais características dessa variedade de figueira está a sua rusticidade que, acrescida do vigor e da boa produtividade que apresenta, faz do figo uma cultura lucrativa e de grande interesse.

A figueira se desenvolve bem nas regiões subtropicais temperadas, mas tem grande capacidade de adaptação climática. Pio Corrêa exemplifica elegantemente essa qualidade da figueira dizendo que ela é capaz de se adaptar “às condições de existência as mais diversas e até as mais opostas” e que, por esse motivo, pode ser encontrada “desde a beira-mar, nas dunas ardentes da Líbia, até as planícies frias dos Andes, a mais de 3 mil metros de altitude”.

No Brasil, exemplo de adaptabilidade é o sucesso obtido em culturas tanto no Estado do Rio Grande do Sul, em região de clima frio, como nas regiões serranas do Estado de Pernambuco, no nordeste quente do país.

Essa capacidade de adaptação se reflete, também, no porte da árvore, que pode variar muito dependendo do clima da região em que tenha nascido e do tratamento que lhe for dispensado. Nas regiões próximas ao Mar Mediterrâneo que Ihes deram existência, quando deixadas à vontade para crescer, as figueiras chegam a atingir o porte de árvores enormes. Por outro lado, quando são parte de pomares mantidos sob poda drástica, nos climas do sul do Brasil, as figueiras podem ser conduzidas de forma a não ultrapassarem o porte arbustivo.

A figueira

A figueira é uma árvore frutífera da família da Ásia Menor, tendo daí se expandido para a região do Mediterrâneo. Hoje acha-se aclimada no Brasil, para onde foi trazida no século XVI.O figo, do ponto de vista botânico, não é o fruto, mas a polpa das infrutescências da figueira.

Utilidades Medicinais

Boca, doenças da – Comer o figo cozido em leite. Descascá-lo e picá-lo antes de cozer.
Calos
– Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira.
Caspa
–  Macerar figo seco juntamente com sal e limão. Massagear o couro cabeludo com este preparado.
Constipação intestinal
– Recomenda – se substituir, ao longo de semanas, pelo menos uma refeição diária por figos.
Expectoração
– Cozinhar o figo, descascado e picado, em leite e um pouco de mel. Compor uma refeição com este preparado. Usar quente. O infuso das folhas de figueira é também recomendado.
Feridas
– Aplicar localmente o suco de folhas de figo ou a pasta de figo.
Garganta, doenças da
– Cozinhar o figo descascado. Com a água deste decocto gargarejar.
Inflamações em geral
– Cozinhar o figo, descascado e picado, em água. Fazer refeições exclusivas deste preparado.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Figo

Da família das moráceas, o figo é o fruto carnoso da figueira, conhecida desde os primórdios da humanidade, mencionada até mesmo na Bíblia.

Há um relato no Velho Testamento de que “Adão e Eva esconderam-se do Senhor atrás de uma figueira, com cujas folhas se cobriram, e receberam de Deus um figo cada para se alimentarem no caminho”.

No Brasil, o figo começou a ser plantado pelos portugueses, ainda no século XVI.

Existem mais de 150 variedades de figos, com cores que vão do branco ao verde, marrom, vermelho, roxo e até o preto.

A casca é fina e delicada e a polpa rosa ou vermelha, cheia de minúsculos grãos.

Figo, fruta nativa da região mediterrânea, é cultivado no Sul e Sudeste do Brasil.

Fruto comestível da figueira, árvore da família das moráceas. Possui formato parecido com o de uma pêra, tem entre 3 e 7 cm. Pode ser roxo, vermelho, verde, amarelo ou preto.

Apresenta casca áspera, com uma abertura na parte superior, e interior formado por minúsculos frutos denominados aquênio.

O figo é nativo das regiões próximas do Mar Mediterrâneo. No Brasil, é cultivado principalmente no Sul e nos planaltos do Sudeste. Com irrigação, pode ainda ser cultivado nas serras e planaltos do Nordeste.

Variedades

São conhecidas mais de 30 variedades de figo. A fruta possui as vitaminas A, B1, B2, B5, e C.

Possui os seguintes sais minerais: potássio, cálcio, fósforo, sódio, magnésio, cloro e ferro.

É laxante, digestivo e diurético. Faz bem para o fígado, é depurativo do sangue e desintoxicante, além de nutritivo porque apresenta grande quantidade de açúcar natural, aproximadamente 15%. Já os figos secos aumentam o seu teor de açúcar em até 60%.

Rico em potássio, quando seco, o figo tem o valor calórico e mineral triplicado e a quantidade vitamínica reduzida pelo processo de desidratação.

A fruta é uma fonte de benzaldeído, um agente anticancerígeno, e de flavanoides, antioxidantes. O figo contém também enzimas que ajudam a digestão, além de fibras, e é ótimo para quem sofre de problemas ósseos.

O figo fresco é considerado um poderoso expectorante. Já o seco é ótimo para quem tem bastante desgaste físico. Podem ser usados no tratamento de furúnculos, abscessos e aftas. Deve ser evitado por pessoas obesas e por quem sofre de acidez do estômago e artrite.

Observação: 100 gramas de figo contêm 384 miligramas de potássio.

O figo

É uma fruta com grande quantidade de energia, por ser rica em açúcar.

Entre os sais minerais que contém destacam-se o Potássio, o Cálcio e o Fósforo.

A casca do figo é porosa, e varia de cor segundo a espécie, podendo ser roxa, esverdeada, vermelha e, em alguns casos, amarela. Em boas condições, o figo fresco conserva-se na geladeira por até uma semana.

Valor Nutritivo ( Composição por 100g )
Calorias 185kcal
Glicídios 50g
Proteínas 1g
Lipídios Tr
Cálcio 33mg
Fósforo 6mg
Ferro 0,5mg
Sódio 7mg
Potássio 589,3mg
Fibras 2g

Tipos de Figos

Os caprifigos, que em geral não são comestíveis, são conhecidos como figos masculinos. Contêm, no entanto, flores masculinas e femininas.

Os figos-de-esmirna só possuem flores femininas, que precisam ser polinizadas com o pólen dos caprifigos para que os frutos se desenvolvam. No interior de cada fruto encontram-se centenas de flores minúsculas. Uma abertura no topo do fruto permite a entrada de uma pequena vespa que o poliniza. Os figos comuns também possuem apenas flores femininas, mas não precisam ser polinizados pelos caprifigos.

No Brasil, como não existe essa espécie de vespa, cultivam-se apenas as variedades de figueira comum, cujas flores são exclusivamente femininas e se desenvolvem sem fecundação.

Várias maneiras de consumo

O figo é consumido normalmente ao natural. Deve ser consumido sem a casca, pois é comercializado com uma camada de sulfato, para melhor conservação.

Outras maneiras de consumo são: em saladas (de frutas e de verduras), com presunto cru, como recheio de tortas e na elaboração de musses, cremes e molho.

Para completar, os figos verdes são usados para doces em calda ou cristalizados. O figo maduro também pode ser usado para fazer doce em pasta.

Como comprar e conservar

Compre sempre os figos inteiros (macios, mas firmes), sem bolor e sem partes moles. Por estragarem com muita facilidade, devem ser guardados na geladeira, sem lavar e sem colocá-los uns sobre os outros. O ideal é consumi-los até 3 dias depois de comprados.

Valor nutricional

Graças ao seu elevado conteúdo em açúcar, o figo seco é alimento de primeira ordem para atletas e esportistas. Camponeses gregos e árabes, assim como estivadores turcos, utilizavam-no como alimento básico.

Veja o valor nutricional:

Fresco: 64kcal (100g)
Seco: 255kcal (100g)
Conserva: 88kcal (100g)

Composição

Energético, fibras indigeríveis, ácidos de fruta.

Cem gramas de figos secos contém:

Proteínas 3,4
Gorduras 0,8
Hidratos de carbono 60
Calorias 260
Vitaminas A 60 (U.I. – unidade internacional)
B1 120; B2 80; C 5mg
Ácido nicotínico 1,7mg.

Indicação

Um dos melhores remédios para a prisão de ventre, regular o fluxo biliar e como meio facilitador das secreções (devido aos ácidos de frutas e fibras indigeríveis).

Prisão de ventre

Nas obstruções intestinais parciais, dar de manhã e em jejum, ou então no lanche, de 150 a 250gr de figos secos, depois de terem estado de molho, 12 a 24 horas. Igual quantidade se deve administrar nas doenças hepáticas e nos cálculos biliares, mas precisamente nos períodos não coincidentes com ataques agudos destas doenças.

Para facilitar a expectoração na bronquite, dar figos desfeitos numa boa infusão bronquial (?), da qual se deve beber uma xícara, várias vezes por dia.

O figo cozido com leite é um excelente remédio para úlceras gástricas, inflamações da boca e da laringe, tosse e bronquite. Excelente laxante, com propriedades emolientes, e se comido cru, em jejum, é vermífugo.

Com o pó de figos torrados, faz-se uma espécie de “café” recomendado contra bronquite e coqueluche.

Fonte: www.soreceitasculinarias.com/www.klickeducacao.com.br/www.diabetes.org.br

Figo

Melhor variedade: roxo-de-valinhos.

Época de plantio: junho – julho.

Espaçamento básico: 3,5 x 2m.

Mudas necessárias: 1.400/ha.

Combate à erosão: linhas de nível, terraços, patamares ou banquetas de nível, capinas alternadas.

Figo
Figo

Adubação por planta

Na cova: 20kg de esterco de curral; 1Kg de fosfato natural; 150g de cloreto de potássio 500g de calcário magnesiano;
Em cobertura:
200g de Nitrocálcio, em quatro parcelas;
No pomar em formação
: 40 a 60g de cada um dos nutrientes – N P2O5 e K2O – por ano de idade;
No pomar adulto:
após a colheita: 5kg de esterco de galinha; 1kg de Superfosfato e 400g de cloreto de potássio;
Na vegetação:
três a quatro aplicações e 400g a 500g de sulfato de amônio.

Tratos culturais: Manter espessa camada de cobertura morta. Tratamentos fitossanitários, e poda para manter a copa arejada, com 15 a 20 ramos;

Irrigação: Aconselhável nas estiagens da primavera.

Combate à moléstias e pragas

No inverno: Caiação do tronco; fungos: calda bordalesa ou similares; brocas: Trichlorphon ou Fenitrothion .

Época de colheita: Dezembro – abril

Produção normal: (frutos): 20 a 22t/ha.

Observações: na formação de um figueiral, recomendam-se estacas enraizadas em viveiros livres; de nematóides; evitar o aproveitamento de filhotes que se formam junto do tronco das plantas adultas; a estaquia direta no campo é um processo de multiplicação que pode ser conveniente. Cultura permanente.

Uso Nutricional

Os figos são consumidos frescos, secos, preservados, cristalizados ou enlatados.

O valor nutritivo dos figos muda conforme a variedade e reside em seu conteúdo de sais minerais e açúcar, sendo um dos frutos de clima temperado que possui mais cálcio. Possui ainda cobre, potássio, magnésio, sódio e traços de zinco.

O figo é um fruto altamente energético. O conteúdo de açúcares nos figos aumenta devagar nas primeiras etapas do desenvolvimento e rapidamente no final, chegando a uma concentração de 20,7% de açúcares no suco do fruto – sendo que o conteúdo total de açúcares dos figos frescos varia de 13 a 20% e dos figos secos de 42 a 62%. O açúcar presente está na forma de açúcares invertidos. Nos figos secos, a distribuição de açúcares é em torno de 50% de glucose, 35% de frutose e 10% de sacarose.

O ácido principal nos figos maduros é o ácido cítrico, contém também ácidos: acético, málico, ascórbico, aspártico e oxálico. Das enzimas presentes, a masi importante, é a ficina que tem uso como amaciador de carne. Outras enzimas isoladas são peroxidase e lisozimas.

A proteína do figo é de bom valor biológico, contendo todos os aminoácidos essências. Os mais abundantes são o ácido aspártico e ácido glutâmico, sendo pobre nos aminoácidos triptofano e metionina.

A textura do fruto vai mudando com o amadurecimento, ficando mais macio quando está pronto para ser consumido. Isto acontece por ação de enzimas que atuam na hidrólise do amido; na transformação dos constituintes da celulose e pela conversão da protopectina solúvel.

É importante consumir o figo com a sua pele – pois ela é rica em fibras, proteínas, sais minerais, goma e mucilagem – tendo o cuidado de lavá-lo bem, para retirar o pó branco que é colocado para proteger o fruto de fungos.

O conteúdo do látex do figo é maior na fruta verde e serve para coalhar o leite, sendo de 30 a 100 vezes mais potente que o coalheiro preparado do fato dos animais ruminantes.

Uso medicinal

As folhas em cozimento são usadas para dor de estômago.

Em Porto Rico e Argentina, usam 3 folhas secas fervidas por 15 minutos, para baixar a glicemia. Por enquanto, em Cuba, Venezuela, Colômbia e Curaçao, o cozimento das folhas é usado para tosse e problemas do peito, como bronquite. Folhas aquecidas em água fervendo são usadas como cataplasma sobre calos.

O fruto é considerado um laxativo suave, acredita-se que esse efeito seja provocado pela presença da sacarose no fruto fresco e na fruta seca, pelas sementes que não são digeridas, como também pela pele rica em fibras. Na farmacopéia Britânica existem laxativos preparados a base de figo – sena -casca sagrada e ruibarbo.

Os figos cozidos no leite, usar na forma de bochechos e gargarejos.

Na coqueluche, para aliviar a tosse, em jejum, utilizar um figo deixado de molho no vinho ou álcool de cereais.

Os figos são também úteis na prevenção das anemias nutricionais, por serem ricos em cobre e ferro.

Na china, os frutos ainda verdes cozidos com carne de porco, são usados como tônico e também para aumentar o leite nas lactantes.

O leite e o látex que saem do fruto verde e do talo, são cáusticos e utilizados sobre calos e verrugas. No México, é usado para obstrução intestinal e aplicado em feridas e abscessos.

Por via oral, na Índia, é utilizado contra vermes (trichiuria e áscaris), esse fato deve-se a ficina, enzima proteolítica que digere vermes vivos. Deve ser administrado com bicarbonato de sódio para evitar ser destruído pelo ácido clorídrico do estômago.

A casca do tronco cortada fina e colocada dentro da narina, serve para estancar hemorragias.

Outros Usos

As folhas amassadas são aplicadas no rosto para clarear manchas. Obs.: Não ficar no sol para evitar a dermatite causada pelo efeito tóxico do bergapteno.

Composição Química

A folha contém grande número de compostos entre eles: xantotaxol, marmesina, bergapteno, quercitina, rutina, isoquercitina, estiguimasterol, sitosterol, tirosina, ácido cerotírico, ficusina, glutamina e papaína. Sais Minerais como cálcio sílica e potássio. Enzimas como protease, lipase e diastase. O látex ou leite, contém enzimas proteolíticas e ficina.

Na fruta fresca, os principais ácidos são: cítrico, acético, pequenas quantidade de ácido málico, bórico e oxálico. O conteúdo de ácidos vai de 0.1% a 0.44%, como o ácido cítrico. Contém também goma, mucilagem e pentoses.

As sementes produzem um óleo com predominância de ácidos insaturados 85,66% e saturados 8,46%, sendo os principais ácidos: oléico 18,99%, liniléico 33.72%, linolênico 32,95%, palmítico 5,23%, esteárico 2,18% e araquídico 1,05%.

Toxidade

A furanocumarina bergapteno, presente nas folhas, apresenta fototoxicidade, produzindo dermatite, bolhas e hiperpigmentação como resultado de contato com a planta e exposição ao sol.

Fonte: www.agrov.com

Figo

Figo
Figo

Figo é o fruto da figueira (Ficus carica), árvore da família moraceae, que pode atingir em média oito métros de altura, é originário da região do mediterrâneo e seu uso iniciou-se na Idade da Pedra.

Seus ramos frágeis, possuem folhas recortadas entre cinco e sete lobos, suas flores de pequeno tamanho desevolvem-se no interior de suas infrutescências.

Os seus frutos são homônimos (homónimos), de estruturação carnuda e suculenta, têm a coloração branco-amarelada até roxa, são comestíveis e altamente energéticos pois são ricos em açúcar e geralmente são confundidos com as infrutescências da árvore.

Figo é o fruto da figueira (Ficus carica), árvore da família moraceae, que pode atingir em média oito métros de altura, é originário da região do mediterrâneo e seu uso iniciou-se na Idade da Pedra.

Seus ramos frágeis, possuem folhas recortadas entre cinco e sete lobos, suas flores de pequeno tamanho desevolvem-se no interior de suas infrutescências.

Figo é o fruto da figueira (Ficus carica), árvore da família moraceae, que pode atingir em média oito métros de altura, é originário da região do mediterrâneo e seu uso iniciou-se na Idade da Pedra.

Seus ramos frágeis, possuem folhas recortadas entre cinco e sete lobos, suas flores de pequeno tamanho desevolvem-se no interior de suas infrutescências.

Os seus frutos são homônimos (homónimos), de estruturação carnuda e suculenta, têm a coloração branco-amarelada até roxa, são comestíveis e altamente energéticos pois são ricos em açúcar e geralmente são confundidos com as infrutescências da árvore.

Pelas suas qualidades alimentares e nutricionais, a sua versatilidade gastronómica… o figo é ingrediente indispensável na doçaria algarvia. O Figo cheio, o Queijo de figo ou o Morgado de figo são apenas alguns exemplos de como este fruto pode ser preparado.

Seco no inverno, fresco no Verão, alimentou sucessivas gerações de Algarvios, Transmontanos e Beirões. Matou-lhes a fome, deu-lhes esperança e capacidade de trabalho muscular, graças às suas propriedades nutricionais.

Fonte: www.cgalgarve.com

Figo

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Fruto

O figo é um sicônio ou fruto composto (infrutescência). O receptáculo carnoso, de casca fina e macia e formato periforme, comestível, de coloração branco-amarelada até roxa, conhecido como “figo”, encerra em seu interior os inúmeros frutos desta espécie, que são freqüentemente confundidos com sementes.

Planta

Árvore de crescimento amplo, caducifólia (perde as folhas no inverno), bastante ramificada e com até 10 metros de altura. O caule é tortuoso e a casca cinzenta e lisa, os ramos são frágeis. Flores muito pequenas desenvolvem-se no interior da chamada fruta do figo, quando ainda verdes.

Os quatro tipos da planta são estabelecidos conforme as características de suas flores e formas de frutificação, a saber:

Caprifigo (Ficus carica silvestris): Único tipo de figo que apresenta, quando maduro, estames fornecedores de pólen às demais variedades. Também é o único que apresenta flor apropriada para oviposição e desenvolvimento da vespa polinizadora Blastophaga psenes. Na simbiose entre o caprifigo e a vespa, o inseto não vive por muito tempo fora do caprifigo. Por outro lado, a grande maioria dos caprifigos não chega a amadurecer se não houver o estímulo provocado pela presença de larvas da vespa em seu interior.
Smyrna (Ficus carica smyrniaca):
Neste tipo de figo, a caprificação (fecundação das flores do figo pelo pólen transportado pela vespa) é indispensável. Sem este estímulo e sem a formação de sementes, as frutas da produção principal enrugam e caem ao atingirem cerca de 2 cm de diâmetro. Figos do tipo smyrna são mais doces, firmes e duráveis após a colheita que os do tipo comum.
Comum (Ficus carica violaceae ou F. carica hortensis):
Neste tipo, as flores são exclusivamente femininas. Os figos tipo comum desenvolvem-se partenocarpicamente, ou seja, não necessitam da caprificação (polinização)
São Pedro (Ficus carica intermedia):
As plantas deste tipo são intermediárias entre as do tipo smyrna e comum.

Os figos têm apenas flores femininas. Enquanto as flores dos figos da primeira safra são partenocárpicas, as da segunda safra não se desenvolvem até a maturidade sem o estímulo da fecundação.

As variedades mais cultivadas no mundo pertencem ao tipo comum, assim como no Brasil – onde, embora existam cerca de 25 cultivares de figueira,a variedade roxo de Valinhos é a mais cultivada comercialmente e pertence, também, ao tipo comum.

Figo
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Cultivo

A figueira é uma das árvores que melhor responde à poda, com uma grande brotação. A época recomendada para realizar a poda é no inverno, quando a árvore está em repouso, com o crescimento vegetativo paralisado.

A poda da figueira geralmente é drástica, eliminando-se praticamente toda a copa. Utiliza-se uma tesoura bem afiada, cortando-se os ramos acima dos nós e nunca sobre eles, pois é de onde surgem os novos ramos. No final, devem restar apenas três ou quatro nós em cada ramo.

A exigência de frio para quebra da dormência das gemas na figueira é de 100 a 300 horas (abaixo de 7,2ºC). No entanto, a figueira se adapta bem a regiões de clima quente (a figueira tolera temperaturas de até 35ºC a 42ºC), com a vantagem adicional de poder-se produzir frutas durante o ano todo, com a irrigação e a poda condicionando a frutificação. Nas regiões quentes, as safras são maiores e os figos, mais doces.

A figueira está sujeita ao ataque de diversas pragas e doenças, que se não forem convenientemente controladas, tornam a cultura antieconômica. Sucessivas gerações de propagação vegetativa (mudas produzidas a partir de partes de uma mesma planta por enxertia, estaquia ou outro meio) provocam degenerações, deixando as plantas mais sensíveis às doenças. O produtor deve comprar as mudas em viveiros registrados e fiscalizados, garantido a ausência de pragas e doenças.

A produção se concentra no Sudeste de novembro a abril e, no Sul do país, de janeiro a abril. Um pomar bem formado, depois do sexto ano de idade, pode produzir 20 a 30 toneladas de figos maduros/ha, o que equivale a 15 a 25 kg/planta, com estande de cerca de 1.600 pés/ha.

A colheita e pós-colheita devem ser realizadas com extremo cuidado, evitando-se danos físicos aos frutos. Os frutos são retirados manualmente das árvores, um a um, com todo o pedúnculo e colocados em caixas de colheitas forradas (palha, espuma ou outro material). O látex ou “leite” produzido pela planta é irritante, devendo a colheita ser realizada com proteção das mãos.

Figo
Figo

Usos

O figo é consumido fresco ou industrializado.De acordo com sua destinação futura, os frutos das figueiras devem ser colhidos em diferentes estágios de maturação.

Mercado

Os figos verdes se destinam basicamente à industrialização de doces em compotas; os inchados são usados para a produção do figo-rami, espécie de passa de figo; e os maduros são destinados à produção de doces em pasta (figada) ou para consumo “in natura”.

O figo, quando destinado à produção de figo em calda, figo-rami e doces, é colhido 20 a 30 dias antes do figo para a mesa. A colheita é feita quando a cavidade central estiver completamente cheia.

Pierre Vilela

Fonte: www.sebrae.com.br

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Ocorrência: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e norte do Paraná.

Outros nomes: Figueira brava, figueira, mata pau, figueira mata pau

Características

Árvore perene com copa densa podendo chegar a mais de 20 m de diâmetro.

Alcança de 8 a 20 metros de altura, com tronco dotado de sapopemas basais de 90 a 180 cm de diâmetro.

Possui folhas pecioladas, glabras, grossa, coriáceas, com a lâmina foliar elíptica, oblonga ou ovada de 10 a 20 cm de comprimento por 6 a 10 cm de largura.

Os figos axilares se desenvolvem em duplas.

Habitat: Floresta semidecídua

Propagação: Sementes

Madeira: Moderadamente pesada, macia, testura grossa, grã direita, pouco resistente, de baixa durabilidade natural.

Utilidade

Madeira usada para miolo de portas e painés, caixotaria leve, confecção de chapas e folheados. Os frutos são consumidos por morcegos e outros animais. Proporciona ótima sombra, sendo utilizada na arborização de grandes áreas urbanas e rurais. Indicada para recomposição de áreas degradadas e matas ciliares.

Suas sementes são amplamente disseminadas pelas aves e macacos. O plantio na beira dos rios é muito importante, pois, além de fornecer alimento à fauna silvestre, seus frutos são intensamente consumidos pelos peixes, como o pacu, a piapara, a piracanjuba, além de outros.

Florescimento: Setembro a outubro

Frutificação: Dezembro a janeiro

Fonte: www.vivaterra.org.br

Figo

Figo
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Rico em açúcar, o figo é uma fruta altamente energética. Entre os sais minerais que contém destacam-se o potássio, o cálcio e o fósforo, que contribuem para a formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e contribuem para a transmissão normal dos impulsos nervosos.

A figueira adapta-se a qualquer tipo de solo, porém se desenvolve melhor nos profundos e permeáveis. A planta requer clima temperado e não suporta geadas. Presume-se que as primeiras figueiras tenham chegado ao Brasil já no século 16 e se espalharam por todo o continente.

De acordo com o livro “Frutas no Brasil”, o fruto da figueira é comumente identificado com o figo, propriamente dito. No entanto, este não passa de um receptáculo carnoso, de casca fina e macia, em cujo interior encontram-se os verdadeiros frutinhos, as sementinhas e os restos das flores da figueira sendo, todo o conjunto, completamente comestível.

Por dentro, a massa rosada ou esbranquiçada é refrescante e se desmancha na boca, podendo variar o seu sabor entre o insípido e o muito doce. O plantio é realizado entre junho e julho e as safras comerciais são obtidas já a partir do segundo ano de instalação do pomar e colheita anual dos frutos nos estágios maduro, “inchado” ou verde, conforme a destinação do produto.

Os figos verdes são destinados à produção de doces e compotas, os chamados inchados são utilizados na produção de uma espécie de pasta da fruta e os maduros são destinados à fabricação de doces em pasta e ao consumo in natura. A colheita é feita entre abril e dezembro e a produtividade média varia de 20 a 22 toneladas de frutos maduros ou inchados ou 10 toneladas de frutos verdes.

O figo aparece entre as 20 principais frutas exportadas pelo Brasil, principalmente para países do continente europeu. O maior produtor brasileiro da fruta é o estado de São Paulo, seguido por Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Em São Paulo, o figo é cultivado em 48 municípios numa área de 550 hectares, segundo dados da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral). A região de Valinhos é responsável por 80% do figo de mesa produzido no Brasil.

Figo
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Tabela de valor nutricional do Figo

Originário da Ásia, o figo espalhou-se pelos países do Mediterrâneo chegando ao Brasil no XVI através da colonização Portuguesa. O figo verde é utilizado na fabricação de compota, pasta e geléia.

Os figos de Ficus carica e de outras plantas do gênero Ficus podem constituir uma inflorescência se possuirem somente flores e uma infrutescência se as flores forem fertilizadas e se transformarem em pequenos aquênios, frutos, que contêm a semente.

Os figos são de estruturação carnuda e suculenta, têm a coloração branco-amarelada até roxa, são comestíveis e altamente energéticos pois são ricos em açúcar.

Os figos de Ficus carica podem ser provenientes de plantas masculinas ou femininas, embora os figos  comestíveis sejam da planta feminina.

O figo  da planta masculina é designado por caprifigo, e não é comercializado; a sua designação provém do seu uso antigo na alimentação de cabritos.

No cultivo de figos, na Europa, é comum levar caprifigos à plantação de figueiras para que as vespas do caprifigo fertilizem os figos das plantas femininas, num processo designado por caprificação.

Quantidade 100 gramas
Água (%) 88,2
Calorias (Kcal) 41
Proteína (g) 1,0
Carboidratos(g) 10,2
Fibra Alimentar (g) 1,8
Colesterol (mg) n/a
Lipídios (g) 0,2
Ácido Graxo Saturado (g) n/a
Ácido Graxo Mono insaturado (g) n/a
Ácido Graxo Poli insaturado (g) n/a
Cálcio (mg) 27
Fósforo (mg) 15
Ferro (mg) 0,2
Potássio (mg) 174
Sódio (mg) traços
Vitamina B1 (mg) 0,05
Vitamina b2 (mg) traços
Vitamina B6 (mg) traços
Vitamina B3 (mg) *
Vitamina C (mg) 0,8

Fonte: www.jornalentreposto.com.br/www.informacaonutricional.net

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A figueira é planta de folhas caducas, nativa da região mediterrânea, onde predomina clima subtropical temperado. A antiga cidade de Ática era famosa por seus figos e transformou-se logo numa necessidade básica para seus cidadãos, ricos ou pobres.

Consideravam a a figueira como arvore sagrada, fato divulgado para todos os países do sudoeste da Ásia, no Egito, na Grécia, e na Itália. O decreto de Solon (639-559 AC) em Ática, foi feita especialmente para impedir a exportação de figos fora de Grécia reservando-os unicamente para seus cidadãos. (Califórnia Fig,1999)

O rei persa Xerxes, após ser derrotado pelos gregos em Salamis em 480 AC, comeu figos de Ática em cada refeição, servindo- lembrá-lo que não possuiu a terra onde esta fruta cresceu. Cada habitante de Atenas, incluindo Platão, era um “philosykos” , que traduzido literalmente significa “um amigo do figo”. Como um símbolo da honra, os figos foram usados como um alimento do treinamento pelos atletas olímpicos adiantados, e os figos foram apresentados também como laureos aos vencedores como a primeira medalha olímpica. ”

Plínio, o escritor romano (Anúncio 52-113 DC) disse, os “Figos são restaurativos, aumentam a força de pessoas novas, preservam as pessoas idosas na melhor saúde e fazem- lhes o olhar mais novo com poucos enrugamentos. ” O figo é relatado como ter sido a fruta favorita de Cleópatra, como a serpente que terminou sua vida que está sendo trazida a ela em uma cesta de figos.

No período que marcou a queda do Império Romano (fins do século V), a figueira foi levada em torno da costa Atlântica, na África e no Sul da França. Einsen (l901), citado por Condit(1947), relata a influência dos mouros na expansão da cultura da figueira desde o norte da África até a Espanha e Portugal.

Durante o período dos “grandes descobrimentos” (Storey,1975), o figo difundiu-se em cultivos por todas as Américas. Cultivares europeus foram estabelecidos no Peru em 1526 e na Florida em 1575.

Na América do Norte , os figos foram trazidos para a Califórnia pelos missionários espanhóis que os plantaram primeiramente na missão do San Diego em 1759.

As árvores de figo foram plantadas então em cada missão, atravessando para o norte Califórnia. O figo da missão, figo preto principal da Califórnia, teve a origem de seu nome devido a esta história. . O figo popular de Calimyrna, marrom dourado na cor, é a variedade Smyrna que foi trazida ao vale do São Joaquim da Califórnia, vindo da Turquia em 1882, e foi rebatizado Calimyrna em honra da nova terra (California Fig,1999).

Fonte: www.cati.sp.gov.br

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A história do figo e da figueira

O figo não é um fruto simples, mas sim uma infrutescência denominada “sícone”: a parte inferior da flor (receptáculo) envolve a inflorescência, de modo que se forma um receptáculo piriforme, oco, onde se alojam as numerosas flores, que, ao amadurecer, formarão frutos diminutos dispersos no receptáculo, finalmente carnudo.

As figueiras são árvores tipicamente mediterrânicas, região de onde procede a maioria dos figos frescos. Pode considerar-se subespontânea em todo o Sul da Europa.

O tronco da figueira (Ficus carica L.) é curto, liso, cinzento e não muito resistente, por ter madeira branda e flexível. Horácio quase falava com desprezo do trunculus ficulnus.

Existem numerosas variedades, que se diferenciam não só pela forma mas também pela cor do receptáculo, que pode ser amarelo, verde ou violáceo.

É muito difícil determinar a origem da figueira, porque é cultivada desde tempos imemoráveis e cresce facilmente no estado selvagem. Geralmente considera-se que o seu centro de origem é a Asia Ocidental, mas também há autores que são de opinião que provém da Arábia, onde crescem outras espécies de figueiras que se considerariam antecessoras das espécies que formam híbridos, o que também explicaria as diferenças entre umas e outras.

Na Grécia o figo foi introduzido na época pós-homérica. Pensa-se que as passagens da Odisseia onde a figueira é mencionada tenham sido adicionadas mais tarde.

A primeira menção segura é dada por Arquíloco de Paros em 700 a. C. O vinho e os figos converteram-se, por assim dizer, na base da vida dos Gregos; a sua importância é refletida pelo rumor (fundamentado, ou não, numa realidade) de que se publicou um decreto segundo o qual não se podiam exportar figos de Atenas.

Os contrabandistas e comerciantes do mercado negro continuaram ilegalmente a comercialização; chamava-se-lhes ,”sicofantes”. Inclusivamente, o filósofo Platão apreciava muito os figos, que para os Gregos eram de origem divina, já que Deméter os deixou crescer para agradecer a Phytalos a sua hospitalidade.

Os Egípcios chamavam ao figo teb e a Bíblia denominou-o teenah. Isaias comentava que os figos se usavam como apósitos nas feridas.

A figueira de certeza que não chegou a Roma pela Grécia; foi introduzida por mercadores fenícios. Rómulo e Remo foram amamentados pela loba debaixo de uma figueira. Para demonstrar ao Senado como os Cartagineses estavam perto de Roma e para ilustrar esse grave perigo, Catão mostrou figos frescos vindos de Cartago.

Fonte: www.tudosobreplantas.net

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O figo, fruto da figueira-comum (Ficus carica) uma árvore da família Moraceae, está presente em todos os continentes, com excepção da Antárctica.

Os figos são caracterizados pela sua estrutura carnuda e suculenta. Variam drasticamente na cor, apresentando uma coloração branco-amarelada que pode ir até roxa, e variam igualmente na textura subtil, dependendo da variedade. Estão disponíveis de Junho a Setembro, embora alguns figos europeus estejam, frequentemente, disponíveis durante o Outono. Os figos secos estão disponíveis durante todo o ano.

Os figos são o único fruto que têm uma abertura, chamada de “ostíolo” ou “olho”, que não é ligado à árvore, mas que ajuda o desenvolvimento da fruta, aumentando a sua comunicação com o meio ambiente.

Simbolicamente, podemos dizer que o figo existe desde o início dos tempos, já que a sua árvore, a figueira, é a primeira planta descrita na Bíblia, no livro do Gênesis, quando Adão se veste com as suas folhas, ao notar que está nu.

A figueira é originária da região do Mediterrâneo e o seu uso iniciou-se na Idade da Pedra. Trata-se de umas das primeiras plantas cultivadas pelo homem. O figo comestível era cultivado em todas as civilizações do Mediterrâneo, na antiguidade, incluindo os povos egípcios, judeus, gregos e romanos.

O figo tinha a vantagem de poder ser seco e de se manter adequado à alimentação durante meses. Para atravessar o deserto, os povos antigos do Médio Oriente e norte da África utilizavam frutas secas, entre elas o figo, ricas em nutrientes e fáceis de conservar.

Foram os romanos que levaram o figo da região do Mediterrâneo para o resto da Europa, onde continuou a ser um alimento venerado: na França, por exemplo, onde foi introduzido no final do século VIII, era comida de reis. Luis XIV mantinha uma plantação no palácio de Versalhes com mais de 700 figueiras só para abastecer a mesa real.

E, à semelhança do que acontece com os vinhos e champanhes, os franceses têm hoje os seus figos com “denominação de origem controlada”.

Fenícios, egípcios, gregos e romanos veneravam a figueira e o figo.

Durante o Império Romano, era considerado sagrado: na mitologia romana, a loba que alimentou Rómulo e Remo, fundadores de Roma, descansou sob uma figueira. Era também considerado um fruto sagrado para os judeus, fazendo parte dos sete alimentos que crescem na Terra Prometida.

Na Grécia Antiga, era tão valorizado que foram criadas leis para proibir que os figos de melhor qualidade fossem exportados. Maias e astecas utilizavam a casca de figueiras nativas da região para produzir o papel utilizado nos seus livros sagrados.

Atualmente, a Califórnia é um dos maiores produtores de figos, além da Turquia, Grécia, Portugal e Espanha.

Informação Nutricional

O figo é um fruto que se caracteriza por ser uma boa fonte de fibras alimentares e potássio. É um fruto altamente energético pois é rico em açúcar. O figo seco é uma boa fonte de cálcio.

Tabela de composição nutricional (100g de porção edível):

  Figo Figo Seco
Energia (kcal) 70 234
Água (g) 79.1 25.6
Proteína (g) 0.9 2.3
Lípidos (g) 0.5 0.6
Hidratos de carbono (g) 16.3 58.3
Fibra (g) 2.3 11.0
Potássio (mg) 168 944
Cálcio (mg) 35 235

Porção Edível = diz respeito ao peso do alimento que é consumido depois de rejeitados todos os desperdícios. Fonte: Porto A, Oliveira L. Tabela da Composição de Alimentos. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 2006.

Vantagens e desvantagens

O figo é um fruto rico em potássio, este mineral desempenha um papel importante na regulação da tensão arterial, no equilíbrio dos fluidos do corpo e na contração muscular.

Tem um leve efeito diurético pelo seu conteúdo em água e pelo já referido potássio, que poderá ser benéfico no caso de gota e hipertensão arterial ou em caso de perdas excessivas de potássio, como durante a utilização de diuréticos. É desaconselhado em casos de insuficiência renal, visto que nesta condição o consumo de potássio é restrito.

O seu conteúdo em fibra é importante para facilitar o trânsito intestinal, impedir a absorção de colesterol e ácidos biliares pelo organismo, promover saciedade e melhorar o metabolismo da glicose.

O cálcio é vital para a formação de ossos e dentes. É especialmente importante durante a infância e adolescência para assegurar um crescimento ósseo adequado. É também importante na idade adulta para prevenir e atrasar a perda de massa óssea, responsável pelo aparecimento da osteoporose e fraturas.

Como comprar e conservar

O figo é uma das frutas mais perecíveis, assim deve ser comprado com pouca antecedência ao momento que se pensa consumir. No figo, o enrugamento da pele e a pequena abertura sinalizam que está no ponto ideal para ser consumido. A abertura deve mostrar um tom que vai do vermelho ao grená. Se estiver esverdeada, o figo não está maduro.

Devem procurar-se figos com predominância de tons de roxo na casca. O figo é naturalmente macio, mas não se deve apresentar “desmanchado”. No momento da compra certifique-se que não contêm lesões. Cheirar os figos também pode dar pistas em relação à sua frescura e sabor.

Devem ter um perfume levemente doce e não emanar um odor acre, que é uma indicação de que podem estar estragados. Os figos maduros devem ser mantidos no frigorífico, onde permanecerão frescos por aproximadamente dois dias.

Uma vez que eles têm uma natureza delicada e podem ser facilmente esmagados, quando se armazenam, os figos devem ser cobertos ou envolvidos, a fim de garantir que não secam, não se esmagam e não adquirem odores de outros alimentos que estejam à sua volta.

Se o figo não estiver completamente maduro, pode ser deixado à temperatura ambiente num local que não receba luz direta do sol.

Os figos secos mantêm-se frescos durante vários meses e podem ser mantidos num local fresco e escuro ou armazenados no frigorífico. Evite deixá-los por muito tempo expostos ao ar, para que não fiquem duros ou secos demais.

Fonte: www.nestle.pt

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