Apartava-se Nise de Montano (1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Apartava se Nise de Montano,

em cuja alma partindo se ficava;

que o pastor na memória a debuxava,

por poder sustentar se deste engano.

Pelas praias do Índico Oceano

sobre o curvo cajado s’encostava,

e os olhos pelas águas alongava,

que pouco se doíam de seu dano.

Pois com tamanha mágoa e saudade

(dezia) quis deixar me a que eu adoro,

por testemunhas tomo Céu e estrelas.

Mas se em vós, ondas, mora piedade,

levai também as lágrimas que choro,

pois assi me levais a causa delas!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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