Vossos olhos, Senhora, que competem (1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Vossos olhos, Senhora, que competem

co Sol em fermosura e claridade,

enchem os meus de tal suavidade

que em lágrimas, de vê-los, se derretem.

Meus sentidos vencidos se sometem

assi cegos a tanta majestade;

e da triste prisão, da escuridade,

cheios de medo, por fugir remetem.

Mas se nisto me vedes por acerto,

o áspero desprezo com que olhais

torna a espertar a alma enfraquecida.

Ó gentil cura e estranho desconcerto!

Que fará o favor que vós não dais,

quando o vosso desprezo torna a vida?

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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