Aquela que, de pura castidade (1598)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Aquela que, de pura castidade,

de si mesma tomou cruel vingança

por üa breve e súbita mudança,

contrária a sua honra e qualidade

(venceu à fermosura a honestidade,

venceu no fim da vida a esperança

porque ficasse viva tal lembrança,

tal amor, tanta fé, tanta verdade!),

de si, da gente e do mundo esquecida,

feriu com duro ferro o brando peito,

banhando em sangue a força do tirano.

[Oh!] estranha ousadia ! estranho feito !

Que, dando breve morte ao corpo humano,

tenha sua memória larga vida!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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