D’Amor e seus danos (1595)

Redondilhas de Luís Vaz de Camões

Cantiga

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a este moto:
Quem ora soubesse
onde o Amor nasce,
que o semeasse!

VOLTAS

D’amor e seus danos

me fiz lavrador;

semeava amor

e colhia enganos;

não vi, em meus anos,

homem que apanhasse

o que semeasse.

Vi terra florida

de lindos abrolhos,

lindos para os olhos,

duros para a vida;

mas a rês perdida

que tal erva pace

em forte hora nace.

Com quanto perdi,

trabalhava em vão;

se semeei grão,

grande dor colhi.

Amor nunca vi

que muito durasse,

que não magoasse.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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