De tão divino acento e voz humana (1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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De tão divino acento e voz humana,

de tão doces palavras peregrinas,

bem sei que minhas obras não são dinas,

que o rudo engenho meu me desengana.

Mas de vossos escritos corre e mana

licor que vence as águas cabalinas;

e convosco do Tejo as flores finas

farão enveja à cópia mantuana.

E pois, a vós de si não sendo avaras,

as filhas de Mnemósine fermosa

partes dadas vos tem, ao mundo caras,

a minha Musa e a vossa tão famosa,

ambas posso chamar ao mundo raras:

a vossa d’alta, a minha d’envejosa.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

 

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