Doce sonho, suave e soberano (1668)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

PUBLICIDADE

Doce sonho, suave e soberano,

se por mais longo tempo me durara!

Ah! quem de sonho tal nunca acordara,

pois havia de ver tal desengano!

Ah! deleitoso bem! ah! doce engano!

Se por mais largo espaço me enganara!

Se então a vida mísera acabara,

de alegria e prazer morrera ufano.

Ditoso, não estando em mim, pois tive,

dormindo, o que acordado ter quisera.

Olhai com que me paga meu destino!

Enfim, fora de mim, ditoso estive.

Em mentiras ter dita razão era,

pois sempre nas verdades fui mofino.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Veja também

Os Reis Magos

PUBLICIDADE Diz a Sagrada Escritura Que, quando Jesus nasceu, No céu, fulgurante e pura, Uma …

O Lobo e o Cão

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Encontraram-se na estrada Um cão e um lobo. …

O Leão e o Camundongo

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Um camundongo humilde e pobre Foi um dia …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.