Quando cuido no tempo que, contente (1668)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Quando cuido no tempo que, contente,

vi as pérolas, neve, rosa e ouro,

como quem vê por sonhos um tesouro,

parece tenho tudo aqui presente.

Mas tanto que se passa este acidente,

e vejo o quão distante de vós mouro,

temo quanto imagino por agouro,

porque d’imaginar também me ausente.

Já foram dias em que por ventura

vos vi, Senhora (se, assi dizendo, posso

co coração seguro estar sem medo);

Agora, em tanto mal não mo assegura

a própria fantasia e nojo vosso:

eu não posso entender este segredo!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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