Aqueles claros olhos que chorando (1860)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Aqueles claros olhos que chorando

ficavam quando deles me partia,

agora que farão? Quem mo diria?

Se porventura estarão em mim cuidando?

Se terão na memória, como ou quando

deles me vim tão longe de alegria?

Ou s’estarão aquele alegre dia

que torne a vê-los, n’alma figurando?

Se contarão as horas e os momentos?

Se acharão num momento muitos anos?

Se falarão co as aves e cos ventos?

Oh! bem-aventurados fingimentos,

que, nesta ausência, tão doces enganos

sabeis fazer aos tristes pensamentos!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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