Árvore, cujo pomo, belo e brando (1616)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Arvore, cujo pomo, belo e brando,

natureza de leite e sangue pinta,

onde a pureza, de vergonha tinta,

está virgíneas faces imitando;

nunca da ira e do vento, que arrancando

os troncos vão, o teu injúria sinta;

nem por malícia de ar te seja extinta

a cor, que está teu fruto debuxando;

que, pois me emprestas doce e idóneo abrigo

a meu contentamento, e favoreces

com teu suave cheiro minha glória,

se não te celebrar como mereces,

cantando te, sequer farei contigo

doce, nos casos tristes, a memória.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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