Porsche 356

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Porsche 356: 1948

Um projeto que Ferry Porsche tinha em mente há algum tempo começou a tomar forma no desenho-boards no escritório de design em Gmund de 17 de julho, 1947.

Tornou-se realidade em 08 de junho de 1948: Um de dois lugares carro esporte com base em peças de VW, o primeiro automóvel com o nome Porsche.

É classificado como Tipo 356 de acordo com a tradição da numeração consecutiva de todos os projetos.

Ferry Porsche se tinha fixado o objetivo de construir um carro esporte de proporções modestas, que por conta de sua relação ideal de potência-peso e sua baixa resistência do ar, poderia alcançar altos valores de aceleração e velocidade máxima, o comportamento ideal em curva e distâncias de travagem mais curtas do que era possível com os carros mais pesados.

356 era para ser em forma para manter o bem estrada e permitir uma sensação de condução segura em velocidades que já eram relativamente alta.

O primeiro Porsche era um carro com motor central, cujo motor – uma unidade VW modificado – foi montado à frente do eixo traseiro. Com 35 cv e um pronto para o peso de 585 kg de condução, a Porsche “Number 1” correu a um bom 135 kmh.

O Porsche 356

Porsche 356, introduzido em 1950, colocou esta renomada montadora alemã no mapa de carros esportivos.

Mas mesmo que o 356 foi o primeiro carro desportivo Porsche, ele estava longe de ser o primeiro esportivo Porsche.

Porsche 356 foi criado em 1939 para uma corrida de Berlim a Roma, que mais tarde foi cancelada.

Há ainda algum debate, mas o 356 é geralmente considerado pela Porsche para ser seu primeiro modelo de produção.

Porsche 356
Ferry e Ferdinand Porsche com o Porsche 356/1 em Gmund

O carro que deu origem aos lendários Porsche, vencedores nas pistas e invejados nas ruas, foi criado a partir dos componentes do não menos lendário Volkswagen Carocha.

O primeiro dessa linhagem foi o Porsche 356, que revolucionou o conceito de carro desportivo com o inédito motor traseiro refrigerado a ar, responsável pelo desempenho surpreendente para a baixa cilindrada do modelo.

Foi o 356º projeto do escritório fundado em 1930 por Ferdinand Porsche, daí a inspiração para o nome do carro.

Na cidade de Gmund, na Áustria, o dia 8 de Junho de 1948, marca a data do lançamento do primeiro carro desportivo a ostentar o logótipo da marca Porsche.

Aproveitando o motor de 1.131 cc de capacidade do Volkswagen Carocha, com quatro cilindros opostos refrigerados a ar, velhas peças de suspensão com barras de torção, caixas de velocidades e outras, nascia o projeto de nome 356. Começava a ser escrito o primeiro capítulo de uma história de sucesso, performance e pureza.

Porsche 356
Porsche 356

O motor original debitava 25 cv de potência, mas com a introdução de mais um carburador e o aumento da taxa de compressão para 7:1, era “envenenado” para gerar 40 cv. Nova mesmo era a carroçaria aberta (tipo0 Spider), feita a partir de chapas de alumínio batido, assente sobre um chassis tubular. Esta configuração foi adoptada devido a questões de ordem económica, uma vez que uma carroçaria fechada aumentaria sobremaneira os custos de desenvolvimento e produção do modelo.

A carroçaria original parecia até que tinha sido feita com um abridor de latas, tendo sido posteriormente redesenhada por Erwin Kommenda, mantendo-se quase inalterada durante 17 anos. Leve, pesando apenas 596 kg, a velocidade máxima do Porsche 356 chegava aos 141 km/h. A aceleração para a época era deveras emocionante.

O seu coeficiente aerodinâmico, Cx, seria medido apenas 20 anos depois – e era exatamente o que seu criador estimara, 0,40. Desempenho nada mau, mesmo 30 ou 35 anos mais tarde.

Os estreitos pneus de lona exigiam cuidado nas curvas. No painel, existia apenas o velocímetro e um relógio analógico, para além dos indicadores de direção e das luzes de aviso da pressão do óleo e da carga do alternador.

A produção era artesanal e as encomendas não paravam de aumentar.

Ainda em 1948, Ferdinand Porsche estabelecia um acordo com a Volkswagen: a Porsche não iria desenvolver um modelo concorrente e em troca a VW iria fornecer peças. Assim, aproveitariam a rede de distribuição da marca. Nesse ano, os Porsche mudavam-se para Feurbach, próximo de Stuttgart, na Alemanha.

A produção em 1949 passava para 10 unidades por dia, com a casa Reutter a fornecer as carroçarias do 356. Até Março de 1950 foram produzidas 500 unidades. Em Setembro de 1951, eram vendidos mil 356, todos equipados com motores 1,1 e 1,3 litros. Os Porsche eram vendidos em inúmeros países, tais como Suécia, França e EUA e exportados até para o Egipto. A década de 50 marcou a entrada da marca em competições automóveis, sendo de referir o sucesso da marca neste campo de atuação. Ganharam na classe 1.100 o Rali do Sol da Meia-Noite e o Rali Internacional dos Alpes Austríacos, duas importantes provas na época.

Em Janeiro de 1951 Ferdinand Porsche falecia, deixando o filho Ferry como único responsável pela empresa. No mesmo ano, a marca aumentou a gama disponibilizando o motor 1.5 com carburadores duplos.

A suspensão ganhava amortecedores telescópicos e a instrumentação passava a contar com o conta-rotações no centro do painel (que acabou mesmo por se tornar uma tradição nos Porsche) e indicador de temperatura. O 356 obtinha ainda em 51, a sua primeira vitória na classe 1.100 das 24 Horas de Le Mans (20°. na classificação geral) nas mãos da dupla francesa Veuillete/Mouche.

Porsche 356
Porsche 356 Speedster

Porsche 356
Porsche 356 Speedster

Porsche 356
Porsche 356 Speedster

Porsche 356
Porsche 356 Speedster

Já em 1952 foram adoptadas modificações mais significativas. O visual foi renovado com o restyling de diversas partes do carro, tais como os para-choques, os grupos ópticos e o para-brisas.

Sob o pequeno capot traseiro, o motor de quatro cilindros opostos ganhava cada vez mais fôlego, para deleite, sobretudo, dos que conduziam a versão cabriolet. O nível de potência situava-se entre os 55 cv (na versão 1500) e os 70 cv de potência (no modelo 1500 Super) e a velocidade máxima era, respectivamente, de 160 km/h e 175 km/h. O 356 recebia ainda novos travões a tambor e uma caixa de velocidades sincronizadas.

O mito do carro que se tornou sinónimo de velocidade começava a formar-se.

Vencedor na sua categoria na famosa corrida Mille Miglia, o 356 deixava todos entusiasmados. Tão entusiasmados que a Porsche desenvolveu um novo motor boxer mais potente, com duplo comando de válvulas à cabeça, colocado numa versão baptizada de RS Spider. Os veículos de competição passavam a ter a denominação Spider e os de série Cabriolet.

Porsche 356
Porsche 356 Cabriolet

Porsche 356
Porsche 356 Cabriolet

Foi a partir de 1954, quando as vitórias nas competições mais importantes da época começavam a acumular-se, que o primogénito da Porsche passou a fazer parte de um capítulo importante da história do automóvel.

Da famosa Mille Miglia, passando pela também italiana Targa Florio, até a corrida de estrada Carrera Panamericana, as versões cada vez mais potentes e velozes do 356 cruzavam frequentemente a linha da meta em primeiro lugar. O motor 1.5 já desenvolvia 110 cv, suficientes para superar os imponentes V8 usados pela maioria dos competidores.

São várias as referências ao 356 em filmes…

Quem é capaz de esquecer-se de James Dean?

Em Março de 1955, Dean comprou o seu Porsche 356 1.500 Super Speedster Cabriolet, e em Setembro de 1955 adquiriu um 550 Spyder prateado, com o número 130 pintado no capot e na traseira, ao qual deu o nome de Little Bastard.

James Dean adorava os seus Porsche, competiu com eles várias vezes. Numa das provas que fez acabou em 4º. lugar… porque fundiu um dos pistões. Pena que tenha encontrado a morte num deles. Nova referência, para os mais ou menos novos, no filme Top Gun com Tom Cruise e Kelly Magilles, quem não se lembra de ambos com os cabelos ao vento num bonito cabriolet verde-escuro, versão Speedster.

De 1959 a 1963, a Porsche desenvolveu a evolução natural do 356 A… o 356 B, com carroçaria em aço estampado e dotado de um motor de 1,6 litros, capaz de gerar 90 cv às 5.500 rpm (Super 90). Acelerava de 0 aos 100 km/h em 10 segundos e atingia a velocidade máxima de 177 km/h. A versão Speedster, com o característico meio pára-brisas, é a mais cotada presentemente e a mais cobiçada pelos colecionadores.

Neste caso, o motor tinha duplo comando de válvulas e a potência chegava aos 110 cv, podendo-se atingir uns maravilhosos 200 km/h.

Os travões a tambor hidráulicos deram lugar a travões a disco nas quatro rodas no final de 1963.

Os Porsche emanam força e charme, atributos que nasceram com o 356, e continuam na memória de todos os que gostam de carros desportivos. A produção do 356 foi encerrada em 1965, dando lugar aos lendários 911 e 912. Mas, aqui, a história já é outra…

A história do Porsche 356

A empresa de engenharia Porsche projetava carros para outras empresas há muito tempo, mas foi finalmente em 1948 que um primeiro “Porsche” foi feito sob a liderança de Ferdinand Anton Ernst “Ferry” Porsche, filho de Ferdinand Porsche. Naquela época, a empresa Porsche estava localizada em Gmünd, na Áustria. Hoje chamamos o primeiro Porsche roadster de motor central de 356/1 (ou 356 nº 1) para distingui-lo dos Porsches com motor traseiro que se seguiram. Os carros 356/1 e 356/2 construídos em Gmünd tinham carroçarias de alumínio.

A produção logo mudou para Stuttgart, na Alemanha. A produção em série não permitia o uso de painéis de carroceria de alumínio feitos à mão, portanto, os carros eram feitos de painéis de aço estampado.

Os primeiros 356 construídos em Stuttgart foram posteriormente chamados de 356 Pre-A. Esses carros têm dois vidros de pára-brisa separados, como o 356 construído na Áustria, ou um vidro de pára-brisa nitidamente dobrado!

Foi em 1953 que um carro de corrida chamado America Roadster foi construído em pequenas séries. Considerando que tinha um corpo de alumínio, é ainda mais desejável que o 356 Speedster que o seguiu.

Durante a geração 356 A, alguns carros já estavam equipados com motores Carrera (corrida) de 4 cames no tamanho de 1,5 litro e 1,6 litro. Embora o 356 tenha tido “gerações” diferentes até 356 C, a maior mudança no design da carroceria aconteceu durante a geração 356 B. Os primeiros carros 356 B tinham uma carroceria chamada T5 e os carros posteriores tinham uma carroceria T6. O 356 C também tinha o corpo T6. A principal novidade do 356 C foram os freios a disco.

Os motores flat-4 do 356 evoluíram de 1,1 litro de árvore de cames simples para o Carrera 2 de 4 cames e 2 litros disponível para o 356 B T6 e o 356 C.

Embora os números de vendas de 356 estivessem aumentando quase ano a ano, e impressionantes 50% em 1964, os planos já estavam definidos e o 356 foi descartado para dar espaço à produção em série do 901 (911) no final de 1964.

Fonte: www.porsche.com/motores.sapo.pt/www.stuttcars.com

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