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A princípio, o Dodge Polara foi o nível de acabamento superior do “tamanho padrão” Dodge Dar.
Quando lançado, o Polara baseados em Dodge Dart.
Originalmente planejado para ser um tamanho real sedan / intervalo coupe, o Polara foi encurtada no último minuto para se corresponder com seus rivais lineup, que passou a ser de alguma forma maior do que de Dodge tinha antecipado.
Dodge Polara 1800
Dodge Polara 1800 nasceu cheio de problemas, mas evoluiu.
Virou Polara e deixou saudades.
O início foi um desastre, por absoluta ausência de controle de qualidade. Mas com o passar dos anos, o carro foi evoluindo, até se tornar um modelo confiável.
Este é um breve resumo da história do Dodge 1800 / Polara, o “Dodginho“.
No Brasil, em 1971, a Chrysler já havia consolidado a linha Dart, e preparava um novo modelo, desta vez na faixa dos carros médios-pequenos. A empresa trouxe da Inglaterra e estava testando dois Hillman Avenger, de quatro portas e motor de 1500.
O Avenger foi lançado na Inglaterra em fevereiro de 1970, sendo vendido também nos Estados Unidos e Canadá como Plymouth Cricket, e produzido ainda na Argentina com a denominação Dodge 1500. Por uma preferência do mercado da época, o novo Dodge nacional teria só duas portas, e várias modificações em relação ao Hillman, como grade dianteira, lanternas, parachoques e outros detalhes.
O motor 1500 original, de alta taxa de compressão, não se adaptaria à gasolina daqui. Reduzir a taxa de compressão significaria grande perda de potência e, por isso, optou-se pelo aumento do curso dos pistões, elevando a cilindrada para 1799 cc.
Quase pronto, em fase final de testes, o Dodge 1800 foi mostrado no VIII Salão do Automóvel, em novembro de 1972, ainda como modelo de pré-série.
Afinal, estavam chegando muitas novidades ao mercado, como o Chevette, Passat e Brasília.
Dodge 1800 . . .
. . . o Dodginho
O lançamento ao público ocorreu em abril de 1973, e o carro logo foi chamado de “Dodginho”. O 1800 trazia motor dianteiro (desenvolvendo 78 cv), tração traseira e câmbio de quatro marchas, sendo oferecido nas versões Luxo e Gran Luxo.
Como a empresa apressou o lançamento, num ano rico em novidades, o Dodginho apresentou muitos defeitos de qualidade, que comprometeram a sua imagem.
Em 1974 chegou a versão SE, de aparência esportiva e acabamento mais despojado, visando atingir o público jovem.
Na linha 75, o Dodge 1800 era oferecido em quatro versões: básica, SE, Luxo e Gran Luxo.
Os modelos 1976 do Dodginho trouxeram grandes novidades: disponível apenas nas versões Luxo e Gran Luxo, o carro foi rebatizado com o nome Polara, apresentando nova grade dianteira e lanternas traseiras redesenhadas, melhorando o aspecto visual.
Na mecânica, o cabeçote do motor foi retrabalhado, e ele ganhou novo carburador e, assim, a potência passou para 82 cv, tornando o Polara quase outro carro – principalmente se comparado dinamicamente ao 1800 de 1973 – tanto que acabou sendo eleito “O Carro do Ano” no Brasil.
Mais mudanças de estilo foram incorporadas em 1978, incluindo aí nova frente, com faróis retangulares e lanternas traseiras redesenhadas.
No ano seguinte, o Polara Gran Luxo ganhou apenas novo tecido de estofamento, além de frisos protetores laterais – os carros de 1978 tinham apenas filetes na pintura. Como equipamento opcional, a grande inovação para um veículo dessa categoria foi a transmissão automática de quatro velocidades, com alavanca seletora no console.
Ainda em 1979 a Volkswagen adquiriu o controle acionário da Chrysler do Brasil, selando assim o destino dos Dodge nacionais. Nas mãos da Volkswagen, o Polara 1980 recebeu parachoques com polainas plásticas e bancos dianteiros de encosto alto.
Foi lançada depois a versão GLS, de acabamento ao mesmo tempo luxuoso e esportivo, com painel de instrumentos importado, contendo seis mostradores, e carburador Weber. Pouco tempo depois a Volkswagen absorveu o restante da Chrysler, e começou a preparar a antiga fábrica para produzir seus caminhões.
Deste modo, as previsões mais sombrias confirmaram-se, e o Polara, bem como os demais modelos da marca, tiveram a produção oficialmente encerradas em 1981, após 92.665 unidades construídas.
Em síntese
O Dodge 1800, o popular Dodginho, foi um carro que marcou a década de 70 no Brasil.
Lançado prematuramente para fazer frente aos concorrentes, ele colecionou problemas e posteriormente sucessos.
Fez a Chrysler do Brasil ter uma importante sobrevida depois da crise do petróleo de 1973 praticamente tirar a competitividade dos Dodges V8 no Mercado brasileiro.
Produzido com escassez de recursos, mas com excesso de paixão, ele foi um guerreiro das ruas brasileiras.
Fotos
Dodge Polara 1800
Fonte: silverstone.fortunecity.com