Mercedes Type-S 1927
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Os primeiros Mercedes-Benz veículos nomeados foram produzidos em 1926, após a fusão de Karl Benz e respectivas empresas de Gottlieb Daimler na empresa Daimler-Benz.
O Mercedes-Benz Type S foi desenhado por Ferdinand Porsche para a Mercedes-Benz em 1927.
A Mercedes-Benz Modelo Type S foi introduzido em 1927 e produzido através de 1928.
O S em nome veículos representados Sport.
Durante sua vida de produção apenas 146 exemplos foram produzidos, garantindo a sua exclusividade e tornando-se um automóvel altamente desejado entre muitos colecionadores
Modelo Type S
O modelo S, a obra-prima do Professor Ferdinand Porsche durante seu tempo na Daimler-Benz, e seus derivados estão entre os carros do século que ainda nos fascinam até hoje. Uma razão para isto é o seu tamanho, o resultado apenas do tamanho maciço do motor com a sua capacidade 6,800cc, que foi aumentada para 7,065cc do SS em diante.
Este carro foi originalmente entregue ao britânico Mercedes Ltd., Londres, em 24 de maio de 1928. A partir desse ponto, a história é desconhecida até 1938, quando conhecido colecionador David Uihlein comprou o carro quando ele tinha 18 anos de idade. Naquela ocasião, o carro levava o mesmo carroçarias como faz hoje. O original da carroçaria é desconhecido. O mais provável é que o carro foi encorparado por um fabricante de carrocerias Inglês, possivelmente Freestone & Webb.
A Mercedes-Benz 36 / 220S foi fabricado em 1927 e 1928 na fábrica da Daimler-Benz, em Stuttgart. Apenas 146 do modelo S (esporte), projetado pelo Dr. Ferdinand Porsche, foram produzidos. O Mercedes-Benz S Rennwagen, ou carro de corrida, apareceu pela primeira vez no Grande Prêmio da Alemanha, em 1927; Modelos S terminou em primeiro, segundo e terceiro, com o piloto da Mercedes Rudolf Caracciola tendo a vitória.
História
Os estudos da Mercedes sobre a sobrealimentação como meio para aumentar a potência dos motores nasceram da experiência na utilização da admissão forçada em motores de aviões. A verdade é que se fica sem saber se estes estudos chegaram mesmo as linhas da frente. E como o tratado de Versalhes fez cessar a fabricação de motores de avião, a conclusão a tirar é que a sobrealimentação foi desenvolvida como um mecanismo para aumentar as “performances” dos carros do pós-guerra.
Mercedes-Benz Type S
E não há nada na indústria automóvel comparável ao ruído de um Mercedes sobrealimentado, muito parecido com o grito agudo de uma serra circular a cortar betão… A sobrealimentação foi, em todo o caso, utilizada como uma medida de desespero, pois o motor que a Mercedes tinha altura, adoptado em 1909, provou ser um beco sem saída em termos de evolução e incapaz de aceitar altas rotações. Ao invés de melhorar o rendimento, a sobrealimentação trouxe o sobreaquecimento dos escapes e consequentemente a ruptura.
Apontando o caminho para a construção de novos propulsores, os técnicos da Mercedes aproveitaram a sua experiência nos motores de competição e de aviação para extraírem todo o potencial dado pela colocação de um veio de excêntricos a cabeça. Assim, não espantou ninguém o nascimento de uma nova gama de pequenos motores de 4 cilindros com veio de excêntricos à cabeça e sobrealimentação. O compressor enviava ar forçado para dentro do carburador quando o acelerador chegava ao máximo, mudando completamente o carácter do motor. Este sistema do tipo tudo ou nada tornava os carros complicados de controlar, mas a chegada de Ferdinand Porche como engenheiro chefe em 1923, tudo mudou.
O brilhante engenheiro alemão não podia ter chegado em pior altura, pois a economia alemã caiu numa profunda crise em 1924. Apesar disso, Porche não parou a investigação sobre a sobrealimentação e quando a administração da Daimler lhe requisitou um novo modelo de prestigio, criou o 24/199/140 HP. Este era movido por um motor sobrealimentado de 6 cilindros com 6.3 litros e veio de excêntricos a cabeça. Para criar este motor, Porsche abandonou a tradicional construção da Mercedes, que utilizava camisas individuais em aço, introduzindo o bloco compacto realizado em liga leve, com a cabeça do motor em ferro fundido onde se montava um veio de excêntricos. O propulsor formava um bloco com a caixa de 4 velocidades e prometia muito. Contudo, quando começou a ser vendido em 1924, rapidamente se chegou a conclusão de que os Mercedes eram automóveis cujas performances estavam muito avançadas no tempo. E apesar de Porsche ter redesenhado o carro dotando-o de uma distância entre eixos mais curta (criando o type K de Kurtz, em português, curto), a verdade é que vibrava muito e rapidamente recebeu a alcunha de Death Trap.
Após a fusão da Mercedes com a usa rival Benz, em Junho de 1926, formando a Daimler-Benz, um dos primeiros carros da empresa foi o type S. Derivado do anterior type K, foi lançado em Fevereiro de 1927, sendo um modelo mais baixo e rígido com o motor (com uma cilindrada de 6.8 litros, dois carburadores e uma sobrealimentação melhorada) colocado mais atrás no chassis. A maneabilidade melhorou e Otto Merz venceu a primeira edição do G.P. da Alemanha, em Julho de 1927, com um dos primeiros Mercedes type S.
A produção total do Type S foi modesta, oscilando entre as 149 e 170 unidades entre 1927-1929, a Mercedes apresentou o SS com um motor de 7.1 litros.
O nome do carro denunciava o seu objetivo, pois SS significa Super Sport e, até 1930, foram construídas 114 unidades.
Pilotando um Mercedes SS, equipado com cabos de reforço (tecnologia da aviação) para minimizar a torção do chassis, Rudi Caracciola canhou o Ulster Trophy Race em 1929, superando uma equipa de 3 Bentley 4.5 litros. Quanto ao SSK, era uma variante mais curta cujo motor possuía um maior compressor.
A produção variou entre 35 e 45 unidades, enquanto a última variante, o temível SSKL (Light)só foi construído para fins desportivos.
Fotos
Mercedes-Benz Type S – 1927
Fonte: www.bonhams.com/www.interclassico.com