Canela de Velho

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A canela de velho é usada popularmente como protetora do fígado, depurativa do sangue, controlar o açúcar no sangue, controle da artrite, artrose, hérnia de disco, bursite, dores de coluna.

Ela possui uma ótima função analgésica para ossos e articulações.

Ela pode ser consumida em forma de chá ou em cápsulas.

A planta possui dois principais princípios ativos. O ácido oleanólico e ursólico.

Eles possuem ação analgésica,  anti-inflamatória, melhora o funcionamento da insulina.

Também auxilia a combater os radicais livres.

Por Portal São Francisco.

canela de velho

Nome científico:  Miconia albicans (Sw.) Steud.
Sinonímia popular:  Folha-branca, quaresma-branca.
Sinonímia científica:  Melastoma albicans Sw.
Família: Melastomataceae
Partes usadas: Folhas
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): Flavonoides, compostos triterpênicos (ácidos ursólico e oleanólico).
Propriedade terapêutica: Antioxidante, antimutagênica, anti-inflamatória, tônica digestiva, antimicrobiana, antitumoral, hepatoprotetora.
Indicação terapêutica: Artrose, artrite reumatoide, redução de radicais livres, redução de dor e inflamação das articulações, purificação do sangue.

Descrição
Miconia albicans é uma planta arbustiva com até 2,5 m de altura. A floração ocorre entre os meses de setembro e novembro, com picos coincidentes com os períodos chuvosos. A frutificação se dá entre novembro e março, sendo a dispersão dos frutos realizada por roedores e formigas. Ocorre desde o sul do México e Antilhas até o Paraguai, distribuindo-se por quase todos os Estados brasileiros, de Roraima e Amazonas ao Paraná. É espécie característica de cerrados e savanas, mas também é encontrada em vegetação litorânea.

Uso popular e medicinal 
As partes utilizadas para fins medicinais são as folhas. Tradicionalmente são tomadas como uma infusão quente, 1 copo 3 vezes ao dia. A infusão é tomada internamente. Externamente é aplicada nas áreas afetadas, agindo como agente anti-inflamatório em condições artríticas para reduzir a dor e inflamação das articulações.

Muitas pessoas têm se beneficiado do chá de canela-de-velho para amenizar as dores articulares e crônicas e em muitos casos a cura é definitiva. Toma-se o chá e aplica-se o próprio chá na localidade afetada. A ação anti-inflamatória tem se mostrado eficaz em joelhos inchados, desinchando-o rapidamente e acabando com as dores.

É indicado como tônico digestivo e já foi relatado apresentar um efeito geral de limpeza de sangue. Não se sabe ao certo o mecanismo preciso desta ação, provável que seja devido à ação da erva no sistema digestivo, incluindo o fígado.

O uso da planta por muitas gerações tem provado que é de grande valor medicinal, especialmente nas regiões carentes do Brasil, onde não podem pagar por outro tipo de medicamento.

Não há efeitos colaterais conhecidos, mesmo quando tomado ao longo prazo.

Efeitos comprovados
O flavonoide, substância conhecida e valorizada por ser um poderoso antioxidante capaz de reduzir os radicais livres que causam danos à saúde, foi encontrado por pesquisadores do Departamento de Ciências Biológicas da Unesp de Bauru na Miconia albicans.

Também presente em alimentos como as frutas vermelhas e até mesmo no vinho, uma das principais funções dos flavonoides é prevenir ou retardar o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. “Também testada em um Instituto de Química de Araraquara, a Miconia mostrou ter propriedades antimutagênicas, ou seja, a planta é capaz de proteger as células contra danos no DNA, o que previne doenças como o câncer e má formação no desenvolvimento do organismo”, destaca Anne Lígia Dokkedal Bosqueiro, pesquisadora e professora do Departamento de Ciências Biológicas da Unesp de Bauru.

Outros trabalhos acadêmicos atestam a ação medicinal desta planta, com a tese de doutorado defendida na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto [1] sobre os ácidos triterpênicos ursólico e oleanólico, as duas substâncias naturais com potencial biológico da M. albicans. Ácido ursólico e seu isômero, ácido oleanólico, são amplamente distribuídos no reino vegetal e têm sido frequentemente isolados como mistura isomérica. Durante a última década muitos artigos foram publicados, refletindo o grande interesse e progresso no entendimento destes triterpenoides. Isso inclui o isolamento e purificação de várias plantas, modificações químicas, pesquisas farmacológicas e estudos toxicológicos. Dentre as inúmeras atividades biológicas atribuídas a esses triterpenos tem-se a analgésica, anti-inflamatória e antioxidante.

Em 1995 foi descrito com sucesso o emprego de ácido oleanólico na China no tratamento de doenças hepáticas, incluindo hepatite aguda e crônica, bem como outras desordens hepáticas. Estes triterpenoides apresentam propriedade hepatoprotetora por meio de diminuição da necrose de células parenquimatosas do fígado, fibrose, prevenção da cirrose crônica e intensificação da regeneração do fígado.

Os ácidos ursólico e oleanólico são também conhecidos por apresentarem atividade antimicrobiana, antitumoral e anti-inflamatória. Adicionalmente o ácido oleanóico revelou atividade antialérgica e anti-HIV e o ácido ursólico é um composto supressivo útil para tratamento de artrite reumatoide com baixos riscos de problemas gástricos.

Outros usos
O interesse em compostos bioativos naturais tem variadas aplicações farmacêuticas, nutracêuticas, cosméticas e em alimentos funcionais.

Referências

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (2010): Propriedades terapêuticas de triterpenos ácidos na doença de Chagas experimental – avaliação em fase aguda da infecção [1] – Acesso em 10 de novembro de 2014
The Natural Pharmacie (2013): Miconia albicans [2] – Acesso em 10 de novembro de 2014
Jornal da Cidade (JCNET, 2011): Folhas do cerrado agem contra câncer e úlcera [3] – Acesso em 10 de novembro de 2014
Método para obtenção de um extrato rico em ácidos triterpênicos a partir da casca de eucalipto [4] – Acesso em 10 de novembro de 2014
Imagem: Jardim Botânico Jundiaí [5], Wikimedia [6] (Autor: João de Deus Medeiros) – Acesso em 10 de novembro de 2014
The Plant List: Miconia albicans [7] – Acesso em 10 de novembro de 2014

Fonte: www.ppmac.org

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