Efeito El Niño

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El Niño e La Niña

El Niño e La Niña são perturbações dos sistemas oceânicos e atmosféricos do Oceano Pacífico equatorial que têm efeitos de longo alcance nos padrões climáticos da Terra.

El Niño e La Niña não mudam com a regularidade das estações; em vez disso, eles se repetem a cada dois a sete anos. Eles são os extremos de um ciclo aperiódico, ou irregular, chamado de Oscilação Sul do El Niño (ENSO), durante o qual as águas quentes da superfície do Oceano Pacífico ocidental se espalham em direção à costa sul-americana.

Durante os períodos não-ENSO, os ventos alísios de sudeste (leste para oeste) empurram as águas da superfície equatorial para a metade ocidental do Pacífico, impulsionando a Corrente Equatorial do Sul que flui para noroeste e criando um monte de água quente ao redor da Indonésia. As temperaturas da superfície do mar perto da Indonésia são tipicamente cerca de 8 °C mais altas do que as próximas ao Equador, e a superfície do mar é cerca de 0,7 m mais alta. A piscina de água quente no Pacífico ocidental aquece o ar acima dele, criando uma corrente ascendente de ar úmido que sobe para formar nuvens de chuva. As áreas costeiras e ilhas do Pacífico ocidental normalmente desfrutam de chuvas abundantes e abrigam florestas tropicais exuberantes e biologicamente diversas, incluindo as de Bornéu e Nova Guiné. Enquanto isso, ao longo da costa da América do Sul, as águas frias e ricas em nutrientes do oceano profundo sobem para a superfície do mar, uma vez que as águas superficiais mais quentes foram sopradas para o oeste. O resultado é chamado de ressurgência, que nutre abundante fitoplâncton e zooplâncton, as plantas e animais microscópicos que formam a base da cadeia alimentar planctônica. Como resultado, a ressurgência sul-americana é uma região ecologicamente muito produtiva. A água fria de uma ressurgência resfria o ar acima dela, criando zonas de alta pressão de ar seco descendente. Regiões próximas a ressurgências, como a costa do Peru e Equador, tendem a ser áridas (desérticas).

Um evento ENSO começa com um afrouxamento dos ventos alísios no Pacífico equatorial e um colapso correspondente da inclinação da superfície do mar entre a Indonésia e a América do Sul. A pilha de água quente no Pacífico ocidental se move em direção à costa da América do Sul e interrompe a ressurgência sul-americana. Um aquecimento dramático das águas da América do Sul e um declínio correspondente da produtividade marinha indicam a fase El Niño da oscilação sul. La Niña, a fase oposta de um ciclo ENSO, ocorre quando os ventos alísios de sudeste são particularmente fortes.

Os eventos de La Niña são acompanhados por temperaturas mais frias que o normal na América do Sul e uma intensificação da ressurgência sul-americana. Os eventos de La Niña frequentemente, mas nem sempre, seguem os eventos de El Niño.

Eventos El Niño ocorreram durante 1982–1983, 1986–1987, 1991–1992, 1993, 1994, 1997–1998, 2002–2003 e 2006. (É incomum ter dois El Niños em linha, como aconteceu em 1993 e 1994.

Episódios de La Niña ocorreram recentemente em 1995-1996 e 1998-1999.

El Niño – O que é

El Niño

fenômeno El Niño é uma mudança no sistema oceano-atmosfera do Pacífico-Leste provocada pelo aumento anormal da temperatura da superfície da água do mar nessa região, seguindo mais ou menos a linha do Equador(área central do oceano Pacífico).

O nome El Niño (significa “menino” em espanhol) foi dado séculos atrás por pescadores peruanos que observavam, em alguns anos, considerável diminuição da quantidade de peixes na costa peruana e morte de pássaros que se alimentavam dos mesmos. A diminuição da quantidade de peixes é devida ao aumento da temperatura da água, dificultando sua sobrevivência. Como tal fato sempre ocorria próximo ao Natal foi denominada “El Niño” em homenagem ao nascimento do menino Jesus.

O que ocorre normalmente sobre as águas da faixa tropical do Pacífico é o vento soprando de leste para oeste(em direção à Ásia) acumulando a água mais quentes(água de toda a superfície da faixa tropical que foi aquecidas pelo Sol) no setor oeste do mesmo, deixando o nível do oceano na Indonésia meio metro acima do nível da costa oeste da América do Sul. Assim, na costa sul-americana a temperatura da água é cerca de 8°C mais fria e rica em nutrientes para o ecossistema marinho.

Em anos de El Niño, os ventos leste-oeste enfraquecem chegando, em algumas áreas na faixa tropical, a inverterem o sentido soprando de oeste para leste.

Logo, a água mais quente do oeste é “empurrada” para o leste, deixando a água da costa oeste da América do Sul com temperaturas acima da média, e abaixo da média a água da região da Indonésia e norte/nordeste da Austrália.

A anomalia da temperatura dessa parte do oceano provoca mudanças climáticas regionais e globais.

Na própria faixa tropical há um deslocamento do ar deixando as áreas menos chuvosas com índices de chuva mais elevado(Indonésia e Austrália) e as áreas mais chuvosas com índices de chuva menos elevados(oeste da América do Sul). Como na atmosfera não há barreiras, tais mudanças na faixa tropical passam a afetar todo o globo terrestre.

El Niño – Impactos

Os Impactos globais provocados pelo El Niño foram: “O que é o El Niño) de maneira geral. Como podemos perceber nos últimos dias, o verão do Hemisfério Sul está c/ índices de chuva acima da média no nordeste africano, sudeste americano e região costeira do Peru, e abaixo no sudeste africano, norte da Austrália, Filipinas e Indonésia.

Já o inverno do Hemisfério Norte está com o clima mais seco no Paquistão e nordeste da Índia(as monções tem sido iregulares em partes do território indiano), mais frio e úmido no sudeste dos Estados Unidos e mais quente no nordeste.

No Brasil, o El Niño está provocando:

Região Norte: diminução das chuvas no nordeste e leste da Amazônia.
Região Nordeste:
 itensificação na seca nordestina que irá agravar-se no período de fevereiro/98 a junho/98(período no qual seria a estação chuvosa do semi-árido nordestino).
Região Cento-Oeste:
 temperaturas mais altas e menos chuvas.
Região Sudeste:
 na maior parte da região há elevação da temperatura e secura do ar, e em algumas área aumento de chuvas.
Região Sul: 
aumento de chuvas principalmente na faixa do Rio Grande do Sul ao Paraná.

Algumas previsões dizem que os impactos do El Niño no Brasil serão consideráveis neste verão, ainda piores do que os registrados em 1982 e 1983.

É muito provável que no sul do país haja inundações, e no nordeste, seca. O El Niño deverá formar um bloqueio das frentes frias vindas do sul, na altura de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Com isso, a formação de nuvens sobre o Estado do Rio de Janeiro será prejudicada, resultando na inibição das chuvas típicas das tardes de verão.

O fenômeno atinge proporções gigantescas que poderá até causar uma temperatura de 42ºC no Rio de Janeiro em pleno inverno.

As chuvas de monção asiáticas talves falhem, resultando em escassez de alimentos no subcontinente indiano. Na Austrália, onde o El Niño tipicamente significa seca, já está em andamento um programa rigoroso de conservação de água.

Tudo isso, é claro, poderia afetar a economia global. Secas no Brasil e inundações na Colômbia podem resultar em alta nos preços do café e de outros produtos agrícolas. E a pesca comercial, desde o Equador até a Califórnia, já está sofrendo prejuízos.

El Niños Passados

A maioria ds pessoas pensam que o El Niño é um fenômeno recente devido à sua divulgação maciça pela mídia que está acontecendo no momento.

Mas o que poucos sabem é que o El Niño é um fenômeno que persiste há milhares de anos e só agora os cientistas estão conseguindo montar esse grande quebra-cabeça.

Nós só podemos imaginar o que as civilizações anteriores pensavam sobre essas mudanças do clima em alguns anos e quais deuses culpavam pelas secas, falta de peixes, muita chuva.

La Niña

Quando há anos de El Niño, quase sempre há logo após anos de La Niña(significa “menina” em espanhol). O fenômeno La Niña caracteriza-se por um resfriamento da água na faixa equatorial do Oceano Pacífico, em particular no centro-oeste da bacia. Mas a magnitude de tal resfriamento é bem menor que a magnitude do aquecimento da água no El Niño, não afetando tanto no clima global.

Sabemos que, normalmente, a água do Oceano Pacífico é mais aquecida na região da Indonésia e setores norte/nordeste da Austrália(centro-oeste da bacia) e mais fria na região da América do Sul(centro-leste da bacia). Isso caracteriza o vento da região equatorial do Pacífico soprando de leste para oeste, “empilhando” a água mais aquecida no setor oeste.

Quando ocorre o fenômeno La Niña, as temperaturas do oceano ficam acima da média no setor centro oeste da bacia e abaixo no setor centro-leste, fazendo com que os ventos que sopram de leste para oeste intensifiquem-se ou mantem-se na média. Assim, fortalece-se a formação de nuvens e consequente chuvas no setor centro oeste, principalmente na região da Indonésia e setores norte/nordeste da Austrália, provocando um ar seco e frio na parte centro leste da bacia principalmente na costa oeste da América do Sul.

Não existem, cientificamente, resultados de estudo sobre a influência do fenômeno La Niña com anomalias climáticas sobre o Brasil.

Mas o que se tem observado é que em anos de La Niña as chuvas tendem a ser menos abundantes no Sul e, em geral, mais abundantes no Nordeste(vale comentar que nem sempre em anos de La Niña as chuvas foram acima da média, principalmente no setor norte do Nordeste, que tem seu período chuvoso de fevereiro a maio).

El Niño – História

Zebiak e Mark Cane, cientistas e pesquisadores do Lamont-Doherty Earth Observatory da Universidade de Colúmbia, haviam criado modelo computadorizado de previsão de tempo que indicou corretamente as ocorrências do El Niño em 1982, 1986 e 1991, e havia previsto reaparecimento em 1998.

Mas os dados na tela de Zebiak enviados por monitores de satélite e de superfície marinha espalhados pelo Pacífico eram inequívocos: o El Niño já se iniciava. Imensa lagoa de água morna – maior do que os Estados Unidos, com profundidade de cerca de 180 metros – arrastava-se para o leste, em direção à América do Sul.

Em junho, a direção dos ventos alísios equatorias inverteu-se de oeste para leste. Segundo os Centros Nacionais de Prognósticos para o Meio Ambiente, a última vez ocorreu no inverno de 1982-1983.

Foi o El Niño mais devastador dos últimos tempos.

Em setembro de 1996, as águas ao largo da costa da região norte da Califórnia estavam oito graus mais quentes, e ao largo da costa de Washington pescadores atônitos capturavam um marlim, alvo de pesca esportiva que raramente se desvia tanto para o norte. Tempestades inundavam a região do Chile, e nevascas de força incomum nos Andes isolaram centenas de pessoas em meio ao frio cortante.

Zebiak e Cane acompanharam a evolução dos acontecimentos. Se o El Niño deste ano continuar a crescer, poderá ser o mais forte dos últimos 150 anos.

Efeitos do El Niño no Brasil

El Niño

Os efeitos do El Niño no Brasil causam prejuízos e benefícios.

Mas os danos causados são muito maiores que os benefícios, então para o Brasil o fenômeno é muito temido, principalmente por agricultores. A região sul é, talvez, a mais afetada.

Em cada episódio do El Niño é observado na região sul um grande aumento de chuvas e o índice pluviométrico, principalmente nos meses de primavera, fim do outono e começo de inverno, pode sofrer um acréscimo de até 150% de precipitação em relação ao seu índice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves prejuízos aos agricultores, principalmente de grãos.

Estas chuvas também podem atingir o estado de São Paulo.

As temperaturas também mudam na região sul e sudeste e é observado invernos mais amenos na região sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em relação ao seu valor normal.

Este aumento de temperatura no inverno trás benefícios para os agricultores da região sul e do estado de São Paulo por não sofrerem os prejuízos da geada.

No estado de São Paulo na maioria dos episódios não é registrada geadas com intensidade o suficiente para matar as plantações. No leste da Amazônia e no nordeste ocorre uma diminuição no índice de chuvas.

Algumas áreas do sertão nordestino podem ficar sem registrar nenhum índice de chuva nos meses de seca e nos meses em que pode chover não chove, sendo assim as secas duram até 2 anos em períodos de El Niño.

Mas os períodos de seca não se limitam apenas ao sertão e até mesmo no litoral há um grande déficit de chuva.

Os agricultores do nordeste também são prejudicados pela falta de chuva e sofrem graves perdas para a agricultura.

El Niño – Resumo

O nome ‘El Niño‘ é amplamente usado para descrever o aquecimento da temperatura da superfície do mar que ocorre a cada poucos anos, normalmente concentrado no Pacífico equatorial centro-leste.

Um El Niño é declarado quando as temperaturas do mar no Pacífico oriental tropical sobem 0,5°C acima da média de longo prazo. O El Niño é sentido fortemente no Pacífico oriental tropical com clima mais quente que a média.

Os efeitos do El Niño geralmente atingem o pico em dezembro; acredita-se que seu nome “o menino” tenha se originado como “El Niño de Navidad” séculos atrás, quando pescadores peruanos nomearam o fenômeno climático em homenagem ao Cristo recém-nascido.

Fonte: www.geocities.com/www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/www.metoffice.gov.uk

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