Resíduos Sólidos

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Resíduos Sólidos – Definição

Um resíduo sólido é definido como qualquer material descartado que é abandonado ao ser descartado, queimado ou incinerado, reciclado ou considerado “semelhante a lixo”.

Um resíduo sólido pode ser fisicamente um sólido, líquido, semi-sólido ou recipiente de material gasoso.

Os resíduos sólidos incluem lixo, entulhos de construção, lixo comercial, lodo de abastecimento de água ou estações de tratamento de resíduos, ou instalações de controle de poluição do ar e outros materiais descartados.

Os resíduos sólidos podem ser provenientes de operações industriais, comerciais, de mineração ou agrícolas, e de atividades domésticas e comunitárias.

Resíduos sólidos não incluem resíduos como materiais sólidos ou dissolvidos em esgoto doméstico, fonte, material nuclear especial ou subproduto, conforme definido por lei federal.

gestão de resíduos sólidos pode incluir a redução da fonte, reciclagem, armazenamento, coleta, transporte, processamento e descarte.

Exemplos de instalações de resíduos sólidos incluem: aterros sanitários, locais de compostagem, estações de transferência, incineradores e instalações de processamento.

Essas instalações podem ser de propriedade pública ou privada.

Resíduos Sólidos – Lixo

Montes de lixo são uma visão comum hoje. O lixo jogado é onipresente na forma de pilhas podres que pontilham nossa paisagem, sujam nossos rios e poluem nossos poços e lagos.

Mesmo a ideia de uma vila pitoresca e limpa não é mais verdadeira porque o lixo superou a divisão rural-urbana com muito sucesso.

Resíduos sólidos são os materiais sólidos indesejados ou inúteis gerados a partir de atividades humanas em áreas residenciais, industriais ou comerciais. Pode ser categorizado de três maneiras.

De acordo com sua:

Origem (doméstica, industrial, comercial, de construção ou institucional)
Conteúdo (material orgânico, vidro, metal, papel plástico etc.)
Potencial de perigo (tóxico, não tóxico, inflamável, radioativo, infeccioso etc).

Gestão de Resíduos Sólidos reduz ou elimina o impacto adverso sobre o meio ambiente e a saúde humana. Vários processos estão envolvidos na gestão eficaz de resíduos para um município.

Estes incluem monitoramento, coleta, transporte, processamento, reciclagem e descarte. A quantidade de resíduos gerados varia principalmente devido aos diferentes estilos de vida, o que é diretamente proporcional à condição socioeconômica da população urbana.

Resíduos Sólidos – O que são

Resíduos SólidosResíduos Sólidos

Os resíduos sólidos são o conjunto dos produtos não aproveitados das atividades humanas (domésticas, comerciais, industriais, de serviços de saúde) ou aqueles gerados pela natureza, como folhas, galhos, terra, areia, que são retirados das ruas e logradouros pela operação de varrição e enviados para os locais de destinação ou tratamento. Também podemos defini-los como lixo, ou seja, os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis.

Normalmente, apresentam-se sob estado sólido, semi-sólido ou semilíquido (com conteúdo líquido insuficiente para que esse líquido possa fluir livremente).

São várias as formas possíveis de se classificar os resíduos sólidos:

Por sua natureza física: seco e molhado
Por sua composição química:
 matéria orgânica e matéria inorgânica ou
Pelos riscos potenciais:
 perigosos, não-inertes.

Os resíduos urbanos conhecidos como lixo doméstico, são aqueles gerados nas residências, no comércio ou em outras atividades desenvolvidas nas cidades. Incluem-se neles os resíduos dos logradouros públicos, como ruas e praças, denominados lixo de varrição ou público.

Nesses resíduos encontram-se: papel, papelão, vidro, latas, plásticos, trapos, folhas, galhos e terra, restos de alimentos, madeira e todos os outros detritos apresentados à coleta nas portas das casas pelos habitantes das cidades ou lançados nas ruas.

Os resíduos especiais são aqueles gerados em indústrias ou em serviços de saúde, como hospitais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente, exigem maiores cuidados no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino final. Também se incluem nessa categoria os materiais radioativos, alimentos ou medicamentos com data vencida ou deteriorados, resíduos de matadouros, inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e dos restos de embalagem de inseticida e herbicida empregados na área rural.

Ainda leva-se em conta o lixo doméstico formado diariamente nas residências, tais como, cascas de frutas, verduras, produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens e os originados dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.

Os resíduos sólidos desses estabelecimentos e serviços têm um forte componente de papel, plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários, tais como, papel toalha, papel higiênico, etc.

Entulho da construção civil, demolições e restos de obras, solos de escavações são geralmente material inerte, passível de reaproveitamento. Resíduos públicos são originados de limpeza pública urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, de galerias, de córregos e de terrenos, restos de podas de árvores, de limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos vegetais diversos, embalagens, etc. Os de serviços de saúde – hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde – constituem resíduos sépticos (que contem ou potencialmente podem conter germes patogênicos) tais como agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazos de validade vencidos, instrumentos de resina sintética e filmes fotográficos de raios X. Resíduos assépticos desses locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas, etc.), e outros materiais que não entram em contato direto com pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são considerados como domiciliares.

Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contem ou potencialmente podem conter germes patogênicos, trazidos aos portos, terminais rodoviários e aeroportos. Basicamente, originam-se de material de higiene, asseio pessoal e restos de alimentação que podem veicular doenças provenientes de outras cidades, estados e países.

Os resíduos assépticos desses locais também são considerados como domiciliares.

O industrial é aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria metalúrgica, química, petroquímica, papelaria, alimentícia, etc., sendo bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros e cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do lixo considerado tóxico.

Das atividades agrícolas e da pecuária, embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva. As embalagens de agroquímicos diversos, altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica, definindo os cuidados na sua destinação final e, por vezes, co-responsabilizando a própria indústria fabricante desses produtos.

Quanto ao tratamento dos resíduos sólidos, os aterros sanitários são locais onde o lixo é depositado permitindo mantê-lo confinado sem causar maiores danos ao meio ambiente.

É um método em que o lixo é comprimido através de máquinas que diminuem seu volume. Com o trabalho de um trator, o lixo é empurrado, espalhado e amassado sobre o solo (compactação), sendo posteriormente coberto por uma camada de areia, minimizando odores, evitando incêndios e impedindo a proliferação de insetos e roedores.

A compactação tem como objetivo reduzir a área disponível prolongando a vida útil do aterro ao mesmo tempo em que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins.

A distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m. Já nos casos de incineração a queima do lixo a altas temperaturas em instalações chamadas “incineradores” é o método de alto custo devido a utilização de equipamentos especiais. Nesse método existe uma grande redução do volume do lixo, cerca de 3% do volume original.

No mundo o primeiro incinerador foi instalado na cidade de Nohinglam, Inglaterra, projetado e construído por Alfred Figer, em 1874 e no Brasil foi instalado em Manaus, em 1896 pelos ingleses. Entretanto, em 1958, foi desativado por não mais atender as necessidades locais e por haver problemas de manutenção. Atualmente existem modernos incineradores, inclusive no Brasil, entretanto, ainda existem muitos inconvenientes envolvendo seu uso.

O problema mais grave desse método é o da poluição do ar pelos gases da combustão e por partículas não retidas nos filtros e precipitadores.

Os gases remanescentes da incineração do lixo são: anidrido carbônico (CO2); anidrido sulfuroso (SO2); nitrogênio (N2); oxigênio (O2); água (H2O) e cinzas.

RESÍDUOS E LIXO

Resíduos SólidosResíduos e Lixo

Apesar da dependência existente entre a industrialização, poluição, e o aumento da população, o comprometimento do meio ambiente por diversas substâncias não constitui nenhum problema recente.

Ao utilizar as fontes de energia da natureza, o homem produz uma série de resíduos e lixos orgânicos e inorgânicos: fezes, restos de alimentos, águas usadas, efluentes químicos, gases, partículas tóxicas, plástico, vidro, metais, papéis e outros. Estes são constantemente despejados no ambiente sem o tratamento adequado. São causadores de poluição e de contaminação, sendo muitas vezes responsáveis pela destruição irreversível das fontes de energia necessárias à vida humana.

Desde os primórdios da nossa história formaram-se, pela ação do homem, produtos de despejo e resíduos diversos que, levados aos rios, ao solo e ao ar atmosférico, mostraram-se poluentes. Devido a este problema, desde cedo tornou-se quase que obrigatório controlar através de normas, decretos e resoluções, a produção e a remoção destes resíduos. No início era restrito a uma determinada área, um local ou uma atividade, hoje o comprometimento é de toda população.

Milhares de produtos químicos vem sendo produzidos, armazenados, transportados e comercializados diariamente e desde então, a preocupação maior está voltada aos riscos que tais produtos podem apresentar à saúde humana e com o impacto que os mesmos podem apresentar ao meio ambiente.

A identificação dos aspectos ambientais inerentes às atividades da organização e a avaliação de suas possíveis consequências, constituem os passos iniciais para qualquer sistema de gestão.

Isso é alcançado através da avaliação de aspectos ambientais com a identificação e a quantificação em cada setor da Universidade, dos diferentes tipos de falhas que podem ocorrer em suas instalações e os volumes de descargas em caso de acidentes.

Muitas vezes os termos lixo e resíduos são usados como sinônimos, mas na realidade não são.

Lixo é todo o resto que por seu estado de subdivisão e deterioração não pode ser recolhido e classificado para dele se obter algum aproveitamento, por exemplo: o papel higiênico.

Resíduo é o que sobra de um processo natural ou de transformação, que ainda pode ser aproveitado, por exemplo: o papel.

Os resíduos são a expressão visível e mais palpável dos riscos ambientais. Segundo uma definição proposta pela Organização Mundial da Saúde, um resíduo é algo que seu proprietário não mais deseja, em um dado momento e em determinado local, e que não tem um valor de mercado.

Resíduos Sólidos – Classificação

Segundo a norma NBR 10004 os resíduos são divididos em três classes:

Resíduos Classe I – Perigosos
Resíduos Classe II –
 Não inertes
Resíduos Classe III –
 Inertes

Os resíduos classe I ou perigosos são os resíduos sólidos ou misturas de resíduos que em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, e patogenicidade, podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para o aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Os resíduos classe II ou não inertes são os resíduos sólidos ou misturas de resíduos que são classificados segundo as características como biodegradabilidade ou solubilidade em água.

Os resíduos classe III ou inertes são os resíduos que segundo a NBR 10007- Amostragem de resíduos, e a NBR 10006 Solubilização de resíduos, não tenham nenhum dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, como exemplo: as rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas, que não são decompostos totalmente.

O que fazer com os resíduos sólidos não perigosos?

Para minimizar os problemas causados pelos resíduos não perigosos, pode-se reduzir o consumo, reutilizar ou reciclar o produto. Estes três itens são diferentes, pois a redução consiste em diminuir a quantidade de resíduo produzido. A reutilização do resíduo, consiste em encontrar uma nova utilidade para o material que, a princípio, é considerado inútil. E reciclagem, por sua vez, consiste em dar uma nova vida ao material, transformando-o novamente em matéria-prima para, a partir dele, fabricar novos produtos.

A coleta seletiva é um passo importante para a reutilização ou reciclagem do material. É através dela que os resíduos são recolhidos e classificados para deles se obter algum aproveitamento.

O tema atual de reciclagem e reaproveitamento de materiais sucateados e rejeitos vem de encontro às necessidades da sociedade. Em qualquer atividade, a reciclagem traz benefícios diretos.

Por exemplo: para as indústrias ocorre uma redução dos custos com matéria-prima e uma maior valorização ambiental de seu produto; nas cidades, a quantidade de lixo é reduzida, além de surgirem novas fontes de renda com a indústria de reciclagem. Todos ganham com a preservação da qualidade ambiental.

Por que vale a pena reciclar?

Vale a pena reciclar porque:

Há excesso de lixo e é preciso fazer alguma coisa para diminuir este volume excessivo que se acumula em aterros sanitários e no próprio ambiente, poluindo rios, mares, solos e o ar
Prolonga a vida útil dos aterros
Diminui a proliferação de doenças e a contaminação de alimentos
Reduz a contaminação ambiental provocada por rejeitos
Queimar o lixo significa poluir o ar
É uma questão de bom gosto (a reciclagem remove o lixo, transformando-o em produtos úteis novamente)
É um processo rápido e geralmente econômico (a reciclagem, na maioria dos materiais, é mais barata que enterrar e incinerar)
Reduz o consumo de recursos naturais (os recursos naturais são finitos e precisam ser conservados e preservados)
Aumenta a vida útil das reservas naturais
Influencia na conservação de energia, ocorrendo um baixo consumo de energia por unidade produzida
Ocorre a economia de divisas, em substituição dos materiais importados
Diminui os custos de produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias
Acaba diminuindo também o desperdício
Gera empregos
Cria uma oportunidade de fortalecer organizações comunitárias
Muito outros porquês ainda podem ser mencionados…

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos são rejeitos resultantes das diversas atividades humanas.

Podem ser de diversas origens: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de limpeza de vias públicas e outras.

A intensificação das atividades humanas nas cidades tem gerado um acelerado aumento na produção de resíduos sólidos, que constituem um grande problema para a administração pública.

O crescimento demográfico, a mudança ou a criação de novos hábitos, a melhoria do nível de vida, o desenvolvimento industrial e uma série de outros fatores são responsáveis por alterações nas características dos resíduos, contribuindo para agravar o problema de sua destinação final.

O gerenciamento inadequado desses resíduos pode resultar em riscos para a qualidade de vida das comunidades, criando, ao mesmo tempo, problemas de saúde pública e se transformando em fator de degradação do meio ambiente, além, é claro, dos aspectos social, estético, econômico e administrativo envolvidos.

Quando os resíduos sólidos não tratados adequadamente são dispostos sem as devidas precauções em lixões à céu aberto ou até em cursos d água, há o perigo de contaminação de mananciais de água potável, sejam superficiais ou subterrâneos e a disseminação de doenças por intermédio de vetores que se multiplicam nos locais de disposição de papel, garrafas e restos de alimentos, que criam um ambiente propício para a sua proliferação.

Igualmente grave é a questão dos catadores, muitos dos quais crianças, que buscam nos vazadouros públicos alimentos ou materiais que possam ser comercializados e, nesse aspecto, reside não só o risco direto à saúde dos que buscam a subsistência nos lixões como o risco da venda de determinados resíduos como matéria-prima para fins desconhecidos.

Para entender melhor o risco potencial à saúde, é preciso ressaltar que a população pode ficar exposta a doenças infecciosas, direta ou indiretamente, em decorrência do gerenciamento inadequado dos resíduos sólidos, seja na fase de manuseio, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e destinação final.

Desta maneira, justifica-se a preocupação com os resíduos sólidos, em função da recorrência de problemas de natureza operacional dos sistemas de coleta, tratamento e disposição final nos municípios.

Numa estação de tratamento de lixo, os materiais sem valor comercial, denominados rejeitos, retornam ao fluxo de resíduos e são encaminhados para um aterro juntamente com os demais resíduos.

Um sistema completo de gerenciamento de resíduos deve contar, ainda, com um sistema de coleta e transporte eficiente e um aterro sanitário ambientalmente adequado.

Componentes do Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos são definidos como o conjunto de produtos não aproveitados nas atividades humanas (domésticas, comerciais, industriais e de serviços) e aqueles gerados nas operações de varrição urbana, como folhas, galhos, terra, areia, que são retirados de ruas e logradouros públicos. Também podemos definir lixo como os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis.

Os atuais sistemas de recuperação e reciclagem demonstram que há um certo valor que pode ser agregado ao resíduo. Desta forma, pode-se transformar o resíduo em um recurso econômico ao ser separado e transportado para um novo local ou passar por um beneficiamento.

A solução para os problemas de gerenciamento de resíduos não deve ser delegada a um único tipo de sistema de eliminação, mas a uma rede integrada de medidas capazes de satisfazer as necessidades da eliminação, das correntes primárias de resíduos, mas também das correntes secundárias (como os resíduos derivados de tratamento e de usinas de eliminação de outros resíduos) e a curto prazo, mas também, a médio prazo.

A hierarquia dos princípios de Sistemas de Gerenciamento Integrado de Resíduos (SIGR) aceita é baseada no que se denomina de Quatro Rs: Redução (ou Prevenção), Reutilização, Reciclagem e Recuperação (do material ou da energia).

A disposição final em um aterro significa que o lixo ou frações dele é considerado inaproveitável. Consequentemente, um SIGR apropriado deve minimizar os resíduos duplamente, ou seja, deve minimizar o volume de resíduos depositados em aterros, bem como a periculosidade dos mesmos.

A redução na fonte objetiva diminuir a quantidade de resíduos sólidos gerados, enquanto as demais tecnologias de redução se aplicam ao resíduo efetivamente gerado.

A prevenção, em matéria de resíduos, deve permanecer como prioridade, seguida pelo reaproveitamento (considerado em suas três dimensões: reutilização, reciclagem e recuperação de energia) e, finalmente, a eliminação segura de resíduos (limitada àqueles para os quais não existir mais possibilidade de reaproveitamento).

Resíduos Sólidos – Redução

A redução de produção de resíduos na fonte geradora é estratégia preventiva e pode ser realizada somente com uma política específica executada por meio de instrumentos regulatórios, econômicos e sociais, sendo que a maneira mais efetiva de atingir esse objetivo é evitar a sua geração. A produção per capita anual de resíduos sólidos municipais vem aumentando constantemente em virtude, entre outros, dos resíduos de embalagens. Desta forma é possível concluir que a política deve ser dirigida, principalmente, para as embalagens, tanto para a redução das mesmas, como para a utilização de embalagens menos impactantes ao meio ambiente.

A redução na fonte vem também conhecida como prevenção de resíduo, é definida pela EPA (Environmental Protection Agency) como qualquer mudança no projeto, fabricação, compra ou uso de materiais ou produtos, inclusive embalagens, de modo a reduzir a sua quantidade ou toxicidade, antes de se tornarem resíduos sólidos urbanos.

Como exemplos de atividades de redução destaca-se:

O design dos produtos ou embalagens voltado à redução da quantidade, à redução da toxicidade dos materiais utilizados e a facilitação do reuso.O reuso de produtos ou embalagens como, por exemplo, garrafas recicláveis, pallets recicláveis, barris e tambores recondicionados
O aumento da vida útil dos produtos, de modo a evitar ao máximo possível, a necessidade de produzi-los e, consequentemente, dispô-los
A utilização de embalagens que diminuam os danos ou o derramamento dos produtos; e
O gerenciamento de resíduos orgânicos como restos de alimentos e resíduos de jardinagem, por meio da compostagem no próprio local ou por outras alternativas de disposição (como dispor restos de poda sobre o gramado).

Outras ações que contribuem para reduzir a disposição de materiais orgânicos são o estabelecimento de taxas variáveis para a coleta de lixo, de modo a estimular a redução da quantidade de restos alimentares dispostos, o aprimoramento da tecnologia de aproveitamento do produto descartado, o paisagismo com plantas que demandam pouca água e geram resíduo mínimo, etc. Uma legislação ou norma que, por exemplo, proíba a disposição de resíduos de jardinagem em aterros pode constituir medida de considerável eficácia para a redução de resíduos e para a economia de recurso na sua disposição final.

A prevenção também inclui o reuso de produtos ou materiais. Assim, as atividades de redução na fonte influenciam o fluxo do resíduo antes do ponto de geração. Além de aumentar a vida do produto, o reuso de produtos e embalagens retarda o tempo em que os itens devem ser finalmente descartados como resíduos.

Quando um produto é reutilizado, a presumível compra e o uso de um novo produto são geralmente retardados.

Resíduos Sólidos – Reutilização

A reutilização é um método de gerenciamento de resíduos, baseado no emprego direto de um produto com a mesma finalidade para a qual foi originalmente concebido: um exemplo típico é a reutilização das garrafas de vidro. Reutilização é um método de controle útil na minimização da produção de resíduos, mantendo os bens envolvidos com as suas características e funções originais.

Resíduos Sólidos – Reciclagem

A reciclagem é um método de gerenciamento de resíduos baseado no reaproveitamento do material, considerando as suas características e composição, visando o mesmo ou um diferente uso para o qual foi originalmente concebido: um exemplo típico é a reciclagem de garrafas plásticas para produzir outras garrafas plásticas ou outros produtos.

A reciclagem se diferencia da reutilização porque, neste caso, não há a reutilização direta do produto propriamente dito, mas do material de que é feito. Em consequência, reciclagem é um método de reaproveitamento no qual é necessário levar-se em conta uma provável perda de valor, mesmo que sensível, do produto original. A reciclagem, como definida acima, é também conhecida como reciclagem mecânica.

Resíduos Sólidos – Recuperação

A recuperação é um método de gerenciamento de resíduos baseado na transformação térmica, química, física ou biológica da matéria-prima utilizada na fabricação do produto, para produzir material e/ou energia diretamente disponível para uso.

Exemplos típicos são: incineração com recuperação de energia; reciclagem de resíduos plásticos; produção de derivados de petróleo; e compostagem e a digestão anaeróbica, com produção de biogás.

Em consequência, a recuperação é um método de reaproveitamento no qual é necessário levar-se em conta uma possível perda substancial de valor do produto original. A recuperação, como definida acima, pode ser classificada como recuperação de material ou energia.

Resíduos Sólidos – Eliminação Final

A eliminação final é o último método de gerenciamento de resíduos e deve ser restrita somente ao lixo ou frações do mesmo, que não sejam reutilizáveis, recicláveis ou recuperáveis.

A eliminação final pode ser realizada em aterros sanitários ou em incineradores, para a redução do volume.

Conclui-se, assim, que os aterros são indispensáveis em um sistema de gerenciamento de resíduos, sendo ideal que somente os rejeitos dos processos de triagem, reciclagem, recuperação e incineração com recuperação de energia sejam depositados nos mesmos. Os aterros devem, ainda, ser considerados como elementos novos no planejamento e projeto da paisagem, sendo mais do que meros locais de depósito.

Fonte: www.panoramaambiental.com.br(Synara Regina Bollauf Balbino)/www.projetos.unijui.edu.br/co.ib.usp.br(Geovani Zanella/Solange da Veiga Coutinho)

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