Perigo das Usinas Nucleares

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Perigo das Usinas Nucleares – O que é

Energia nuclear é aquela que mantém prótons e nêutrons juntos no núcleo, responsável pela ligação dos chamados nucleons (partículas do núcleo). Em suma, ela consiste no uso controlado das reações nucleares com objetivo de se obter energia para a realização de movimento, eletricidade, energia e calor.

De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: a primeira é a fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas.

Já na fusão nuclear, ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.

Vale destacar que a energia nuclear não é renovável, uma vez que a sua matéria-prima é formada por elementos químicos, como o urânio, extraídos de minerais (no caso do urânio, um dos minerais utilizados é a autonite).

fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. Este processo é utilizado em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Norte, Paquistão e Índia.

Resumindo, a energia nuclear é a energia que pode ser liberada do núcleo de um átomo.

Existem duas maneiras de produzir essa energia, por fissão ou fusão.

fissão ocorre quando o núcleo atômico é dividido.

fusão é o resultado da combinação de dois ou mais núcleos leves em um núcleo mais pesado. Na maioria das vezes, quando as pessoas discutem energia nuclear, elas estão falando sobre fissão nuclear.

A produção de energia a partir da fusão ainda está em sua infância.

Os átomos são compostos de várias partes: prótons, nêutrons, elétrons e um núcleo. Um núcleo é o centro carregado positivamente de um átomo.

Os prótons são partículas carregadas positivamente e os nêutrons são partículas não carregadas. Os elétrons orbitam ao redor do núcleo e são carregados negativamente.

A fissão pode ocorrer de duas maneiras: primeiro, em alguns elementos muito pesados, como o rutherfórdio, o núcleo de um átomo pode se dividir em pedaços menores espontaneamente.

Com elementos mais leves, é possível atingir o núcleo com um nêutron livre, o que também fará com que o núcleo se desfaça.

De qualquer forma, uma quantidade significativa de energia é liberada quando o núcleo se divide.

A energia liberada assume duas formas: energia luminosa e energia térmica. A radioatividade também é produzida.

As bombas atômicas liberam essa energia de uma só vez, criando uma explosão. Os reatores nucleares liberam essa energia lentamente em uma reação em cadeia contínua para produzir eletricidade.

Depois que o núcleo se divide, novos átomos mais leves são formados. São lançados mais nêutrons livres que podem dividir outros átomos, continuando a produzir energia nuclear.

A primeira reação nuclear controlada ocorreu em 1942.

Vantagens e desvantagens

Listamos para você as vantagens e desvantagens já descobertas em relação ao uso da energia solar.

Começamos pelos pontos vantajosos:

Não contribui para o efeito de estufa (principal);
Não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio e particulados;
Não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação;
Não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos);
Tem pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
Conta com grande disponibilidade de combustível;
É a fonte mais concentrada de geração de energia;
A quantidade de resíduos radioativos gerados é extremamente pequena e compacta;
A tecnologia do processo é bastante conhecida;
O risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas.

Por outro lado, a energia nuclear também é desvantajosa em alguns aspectos.

São eles:

Há a necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos;
Necessidade de isolar a central após o seu encerramento;
É mais cara quando comparada às demais fontes de energia;
Os resíduos produzidos emitem radiatividade durante muitos anos;
Registram-se dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e segurança;
Pode interferir, mesmo que não seja de forma drástica, nos ecossistemas;
Grande risco de acidente na central nuclear.

Perigo das Usinas Nucleares – História

Usina Nuclear

Historicamente, as centrais nucleares foram construídas para o uso civil ou militar. O aumento da produção de plutônio nestas centrais gerou grandes quantidades de resíduos radioativos, que devem ser enterrados sob fortes medidas de segurança, a fim de que o meio ambiente não seja contaminado.

Não por acaso os movimentos ambientalistas pressionam as entidades governamentais para a erradicação das usinas termonucleares, por entenderem que são uma fonte perigosa de contaminação do meio ambiente.

O primeiro teste nuclear da história foi realizado em 16 de julho de 1945, no deserto de Alamogordo, no Novo México.

Já o segundo e o terceiro foram executados em plena Segunda Guerra Mundial e teve consequências aterradoras: a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki dizimou às respectivas populações numa fração de segundo.

Depois de alguns acidentes como o de Chernobyl (1986), diversos países diminuíram os investimentos em seus programas de produção de energia nuclear, em especial a Itália, que desativou permanentemente os reatores e cancelou os projetos. Paralelamente, a indústria nuclear mundial passou a investir em segurança como forma de superar a decadência com a qual se deparou este setor na década de 1980.

No entanto, atualmente, defensores da utilização da energia nuclear (para fins civis) como fonte energética consideram que estes processos são as únicas alternativas viáveis para suprir a crescente demanda mundial por energia, em relação a futura escassez dos combustíveis fósseis.

Eles consideram a utilização da energia nuclear como a mais limpa das existentes.

Símbolo da Radiação

Perigo das Usinas NuclearesSímbolo da Radiação

Ele é o símbolo internacional de radiação, apresentado na cor vermelha ou preta em um fundo amarelo, que deve estar presente para alertar as pessoas da presença de alguma fonte radioativa ou de um local contaminado por material radioativo, para evitar exposição à radiação.

Este aviso deve ser colocado, por exemplo, nos equipamentos hospitalares que produzem radiação, máquinas de tratamento de radioterapia para câncer e unidades de radiografi a industriais.

O símbolo deve ser colocado no aparelho que abriga a fonte radioativa e servir de alerta para que esse aparelho não seja desmontado, como aconteceu com a fonte de radioterapia de césio-137 do acidente de Goiânia.

O Ciclo da Energia Nuclear

O ciclo inicia-se pela exploração do minério. Depois de extraído das rochas, ele é moído, purificado e submetido a reações químicas para que a seja preparado o hexafluoreto de urânio. Esse composto é enriquecido, ou seja, é aumentada a concentração do isótopo urânio-235 no hexafluoreto de urânio, para só então ser reduzido a urânio metálico que é o combustível usado no reator.

O combustível nuclear é usado no reator por aproximadamente dois anos. Então, o lixo produzido é estocado até que sua radioatividade decresça um pouco. Aí ele é enviado para ser reprocessado.

Após o reprocessamento, obtem-se urânio, plutônio e lixo de alto nível, esse último composto de uma infiniddade de radionuclídeos extremamente radioativos e de meia vida longa.

Efeitos da Radiação e seu Ciclo Biológico

Perigo das Usinas Nucleares
Usina Nuclear

Os efeitos biológicos e sanitários da poluição radioativa são normalmente diversificados, podem ser de extrema gravidade para a saúde do homem e exigem complexos conhecimentos de biologia, no que se refere a distribuição desigual dos elementos radioativos na atmosfera, nos rios e mares, ao metabolismo biológico das espécies animais e vegetais.

A radioatividade que sai da usina dispersa-se na atmosfera, mas o perigo para o homem que a respira diretamente é secundário, pois a quantidade de radioatividade é muito baixa.

O risco existe para aqueles que são obrigados a viver, anos e anos, em contato com traços de elementos químicos radioativos e com pequenas doses de radioatividades introduzidas no meio e que chegam ao homem através da cadeia alimentar. São estas pequenas quantidades que, somando-se no tempo, causam sérios prejuízos ao homem, uma vez que esses materiais radioativos têm efeito cumulativo nos organismos.

Além disso, elementos diferentes, com diferentes períodos de decaimento radioativo, concentram-se em diferentes partes do corpo. O iodo-131 se concentra na tireoide (fatal para recém-nascidos); o enxofre tem como sede seletiva à pele, com a consequente possibilidade de câncer de pele; o cobalto se concentra no fígado. Os órgãos mais complicados são os ossos, em que o estrôncio substitui o cálcio e irradia a medula, e os ovários, importante devido a transmissão hereditária (genética), que são atacados por todos os isótopos radioativos que emitem radiações gama.

O plutônio-239, concentra-se nas gônadas, provocando defeitos biológico congênitos e mau formação desde a primeira geração.

Cada elemento tem um destino completamente diferente, isto é, participa de reações químico biológicos diferentes, interagindo a diversos níveis com diversos órgãos.

Um só átomo radioativo errante ou uma radiação podem danificar a estrutura de uma célula e seu DNA, que controla o crescimento normal. Se essa estrutura for danificada, a célula pode multiplicar-se sem controle, criando milhões de células que podem levar a morte por câncer.

A população que vive na zona de uma usina nuclear está exposta a pequenas doses de radiação e aos átomos radioativos errantes. Essas pequenas doses fracionadas no tempo resultam, no que diz respeito ao câncer, mais perigosa que a soma de tais doses de uma só vez. Os efeitos dessas pequenas doses podem ser somáticos diferidos (tumores) ou genéticos (mutações).

É importante salientar que não se pode prever uma limiar de risco, devido à complexidade dos processos celulares, e aos efeitos de fatores externos, além da reação particular de cada organismo.

Como Funciona a Usina ?

O reator está contido num recipiente sob pressão, esta pressão se destina a impedir a ebulição da água de resfriamento que circula no circuito refrigerador primário;
Do recipiente sob pressão emergem as barras de controle;
O circuito refrigerador primário no permutador de calor;
Transforma a água sob pressão normal em vapor, que através dos tubos do vapor secundário;
Chega a turbina;
Unida ao gerador elétrico;
Depois do qual um condensador, resfriado por um circuito de água condensada fornecida por um rio ou pelo mar, transforma o vapor que sai da turbina em água a fim de aumentar o salto de pressão disponível para a turbina. A água condensada volta ao ciclo através dos tubos do condensador;
O reator é rodeado por um edifício muito sólido, capaz de resistir as pressões altíssimas produzidas por uma eventual pane do reator e impedir assim o vazamento da radiação.

Fissão Nuclear

Deu-se um grande passo à frente no conhecimento dos fenômenos radioativos quando os físicos atômicos após atingir um nível satisfatório na teoria dos movimentos das partículas que compõem o edifício atômico, voltaram com decisão para o estudo do núcleo, isto é, a parte mais interna do átomo, elaborando assim uma física nuclear.

No mundo da pesquisa ocorreu a descoberta em 1934, o casal Fréderic Joliot e Irénie Curie, questionaram a distinção entre elementos radioativos e elementos não radioativos, descobrindo a possibilidade de produzir radioatividades com meios artificiais, partindo de elementos normalmente não-radioativos.

Descobriram então, que a energia nuclear origina-se da reação de fissão nuclear, que consiste na divisão de um núcleo em dois fragmentos com liberação de muita energia. Na reação de fissão nuclear do urânio-235, ele é bombardeado com nêutrons. Originam-se dois outros elementos químicos e cerca de três novos nêutrons com liberação de muita energia.

A quantidade de energia armazenada nos núcleos atômicos é incomparavelmente maior que a armazenada nas ligações químicas. Se todos os núcleos de 1 Kg de urânio-235 se desintegrassem pela fissão, seria liberado mais de um milhão de vezes a quantidade de energia produzida na queima de 1 Kg de petróleo.

O acidente de Chernobyl

Um dos principais acidentes ocorreu em abril de 1986 quando um dos quatro reatores em Chernobyl na república soviética da Urânia. Liberando 50 a 100 milhões de curies de material radioativo no meio ambiente.

Vinte e nove pessoas morreram contaminados pela radiação logo nos primeiros meses, e outras possuíam uma pequena perspectiva de vida.

Devido a explosão nuclear todos os legumes e animais tiveram que ser retirados do cardápio, pois, estavam inteiramente contaminados pela radiação ( o qual muitas vezes o pareciam com anormalias).

Rejeitos Nucleares e Reprocessamentos

Rejeito nuclear ou lixo nuclear é todo material contaminado cuja produção seja resultado da atividade desenvolvida em uma instalação nuclear. Atualmente o rejeito é produzido pelas 413 usinas espalhadas e cresce constantemente problemático. Os rejeitos podem-se dividir em baixa, média ou alta radioatividade.

Uma das soluções encontradas pelos países para esse grave problema é o enterramento do material em aterros especialmente preparados, porém podem ocorrer vazamentos e contaminar o lençol freático.

Mas não são só usinas que se utilizam de material radioativo, muitos equipamento utilizam esse material, por exemplo, o acidente do césio-137. Na produção de 1Kg de plutônio gera 1300 litros de resíduos líquido de alto nível, e mais 10 milhões de água de refrigeração contaminada.

O lixo nuclear pode irradiar o que está à sua volta, ou contamina-los por átomos radioativos. Por isso é necessário embala-lo com uma blindagem de grossas paredes de cimento e chumbo.

Essa blindagem também pede que essas partículas radioativas do lixo entrem em contato com o ar ou com a água onde está depositado. Com o passar do tempo, diminui a radioatividade do material, tornando-o menos perigoso.

O perigo do lixo de alto nível diminui vertiginosamente conforme ele sofre decaimento natural.

Uma maneira de quantificar essa mudança é comparando o perigo potencial combinado de todos os lixos radioativos do lixo em questão com o perigo apresentado por igual volume de minério de urânio na forma em que se encontra quando retirado da terra.

O resíduo de alto nível, no seu primeiro ano de estocagem, é cerca de mil vezes mais perigoso do que o minério de urânio.

Mas depois de mil anos de estocagem, o decaimento radioativo do lixo fez seu perigo cair para 1% de seu valor inicial.

O reprocessamento do lixo nuclear foi desenvolvido tanto para extrair o plutônio (formado no reator pela fissão nuclear), utilizado na fabricação da bomba atômica, como para recuperar urânio não consumido no reator.

Esse urânio pode ser enriquecido e novamente usado como combustível. O lixo nuclear de reprocessamento também é resíduo de alto nível, já que dele fazem parte radionuclideos transurânicos que foram formados durante o bombardeamento de nêutrons na fissão nuclear. Muito desses radionuclideos tem a meia vida longa, tornando lento decaimento do lixo de reprocessamento.

Para realizar-se o reprocessamento, o combustível deve ser guardado por meses em piscinas de refrigeração, pois ainda é muito radioativo. Só então é enviado para ser reprocessado mecanicamente, pois o material ainda é muito radioativo para ser manipulado. O combustível é, então, dissolvido em ácido e os produtos da fissão separados do urânio do plutônio (usa-se extração por solventes), na qual os compostos são lavados com diferentes solventes orgânicos. Essa extração baseia-se na solubilidade de certos compostos e na insolubilidade de outros.

Com isso é possível transferir compostos sólidos que se encontram misturados com outros, para soluções nas quais estão num estado de pureza bastante grande.

Energia Nuclear na Constituição Federal

A Constituição Federal contém em seu bojo inúmeros dispositivos concernentes à utilização da energia nuclear. É importante que se observe que a utilização da radioatividade tem diversas finalidades, e na Lei Fundamental são tratados temas que variam desde o uso de radioisótopos com objetivos medicinais até proibição de utilização de energia nuclear com finalidades agressivas.

É portanto um espectro bastante amplo e diferenciado.

Foi estabelecido no art. 21, inciso XXIII, alíneas a, b e c, os princípios fundamentais para utilização da energia nuclear no Brasil. Esses princípios, contudo, não devem ser vistos como únicos aplicáveis às atividades nucleares.

É fundamental que sejam incorporados aos princípios especificamente voltados para energia nuclear aqueles que dizem respeito à proteção do meio ambiente e aos princípios fundamentais da República.

Art. 21, XXIII, alíneas:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e os usos medicinais, agrícolas e atividades análogas;
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independente da existência de culpa;

Da análise dessas alíneas, conclui-se que:

1) a atividade nuclear deve estar voltada para fins pacíficos, ou seja, não pode haver no Brasil atividade nuclear no Brasil com fins de agressão militar;
2) controle democrático da atividade nuclear: o constituinte atribui ao povo o papel preponderante na definição da atividade nuclear no Brasil;
3) a atividade nuclear no Brasil encontra-se submetida ao controle do Estado;
4) a responsabilidade civil na atividade nuclear é objetiva.

Fonte: www.emgeraldadiasassuncao.com/www.direitounisal.com.br/www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/www.ecodesenvolvimento.org.br

 

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