Parque Nacional do Cabo Orange

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Parque Nacional do Cabo Orange está localizado no bico do Estado do Amapá, voltado para o mar, inclui ecossistemas terrestres, mangues e uma faixa marítima de 10 km, por onde deságuam no Oceano Atlântico os rios Cassioporé, Uacá e afluentes.

Na parte norte, seu relevo é caracterizado por extensas planícies, com trechos permanentemente alagados e outros sujeitos a inundações, onde ocorre a formação de restingas.

Os solos são de textura argilosa, mal drenados, com mangues ao longo da costa e com alguma presença, na parte sudoeste, de latossolos amarelos distróficos.

Nos mangues, onde a salinidade age como fator seletivo, a vegetação é constituída de siriúba (Avicenia nitida), mangue-vermelho (Rhyzophora mangle) e mangue-amarelo ou branco (Laguncularia sp).

Onde não há influência da salinidade, mas apenas inundações periódicas em decorrência das chuvas, há abundância de gramíneas e melastomatáceas como o tiriricão (Scleria sp), aninga (Montrichardia arborescens), buriti (Mauritia flexuosa) e piri (Cyperus giganteus).

Na fauna fluvial reina soberano o herbívoro peixe-boi (Trichechus inunguis), que chega a consumir 15 quilos de vegetação por dia. No mangue, o guaxinim (Procyon cancrivours) busca também seus alimentos, ao mesmo tempo que muitas espécies de peixes e crustáceos ai iniciam seu crescimento, antes de se transferir para o mar Ave típica dos manguezais, o guará (Eudocimus ruber) tem na região coloração vermelha-carmim, que lhe é transmitida pelos pigmentos dos pequenos caranguejos de que se alimenta. Devido à beleza de suas penas, sua população já sofreu drástica redução, a exemplo do flamingo (Phoenicopterus ruber), que utiliza o Parque como ponto de apoio em sua migração.

Em terra firme, outras espécies do Parque ameaçadas de extinção são o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tatu-canastra (Priodontes giganteus), podendo ainda ser vistos a onça (Panthera onca), suçuarana (Puma concolor), anta (Tapirus terrestris) e capivara (Hydrochaeris hydrochaeris). E, nas praias duas variedades de tartarugas-marinhas – a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-couro (Dermochelys couriacea), ambas em processo de extinção – buscam refúgio para sua desova.

Com acesso por vias aérea, terrestre e fluvial, o Parque ainda não dispõe de infra-estrutura para a hospedagem e locomoção de visitantes.

Parque Nacional do Cabo Orange – Dados

Parque Nacional do Cabo Orange

Data de criação: 15 de julho de 1.980, pelo decreto federal nº. 84.913.
Localização: Amapá, abrangendo os municípios de Calçoene e Oiapoque.
Área: 619.000 hectares
Perímetro: 590 km
Clima: tropical, quente úmido, com três meses secos.
Temperaturas: média anual de 24 a 26ºC, máxima absoluta de 38 a 40ºC e mínima absoluta de 12 a 16ºC.
Chuvas: Entre 1750 e 2000 mm anuais.
Relevo: plano.

Parque Nacional do Cabo Orange – Brasil

Parque Nacional do Cabo Orange

O Parque Nacional do Cabo Orange é um parque nacional localizado no estado do Amapá, no norte do Brasil, próximo à fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.

O Parque é significativo por estar situado no litoral do Brasil; o único na floresta tropical que goza de tal localização. Isto significa que as espécies faunísticas e florais aqui encontradas são bastante diferentes das das áreas situadas mais para o interior.

O parque é acessível por barco e oferece uma visão fascinante dos ecossistemas muito diferentes da costa e da selva, justapostos um ao outro.

Parque Nacional do Cabo Orange abrange ecossistemas variados, como manguezais, campos naturais, florestas marinhas fluviais, áreas inundáveis e terra firme, além de rica fauna.

O parque é caracterizado por campos alagados, únicos na região amazônica, bem como por manguezais, que funcionam como “viveiros de peixes”.

Parque Nacional do Cabo Orange – Objetivo

Parque Nacional do Cabo Orange

Preservação de Mangue ou manguezal e de campos de planície do Amapá.

O mangue ou manguezal tem como fator seletivo da vegetação a salinidade do mar, onde as espécies que ocorrem estão adaptadas às condições do habitat.

DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO: Foi criado pelo Decreto n° 84.913 de 15 de julho de 1980, com o objetivo de proteger a flora, fauna e belezas naturais.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS: Antes da criação do parque já existia uma reserva indígena que o limitava, o que favoreceu a sua proteção.

ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

Possui uma área de 619.000 ha.

Está localizado no Território Federal do Amapá, nos municípios de Calçoene e Oiapoque.

O acesso é feito através da BR-156, ou por rede fluvial (Rio Caciporé).

De Oiapoque (670 Km da capital) por via marítima, é possível chegar a Vila Taperebá que fica na área do Parque.

CLIMA

Quente úmido com 3 meses secos; Tropical, com temperatura média anual de 24 a 26° C.

A pluviosidade está entre 1750 e 2000 mm anuais.

QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO

Para visitar esta área é necessário uma autorização expedida pela diretoria do Parque. A melhor época para visitação desta unidade é de agosto a novembro.

RELEVO

O Parque pertence à unidade de relevo Planície Fluvio-Marinha Macapá-Oiapoque, que se constitui de áreas planas, na faixa de terrenos quaternários, formados por sedimentos argilosos, siltosos e arenosos de origem mista, fluvial e marinha.

VEGETAÇÃO

As espécies mais significativas do mangue são a siriúba (Avicenia nitida), o mangue-vermelho (Rhizophora mangue) e o mangue-amarelo (Laguncularia sp.).

Já os campos da planície do Amapá têm a cobertura vegetal abundante de gramíneas ciperáceas.

São encontrados o buriti (Mauritha flexuosa), mururés (Eichornia sp.), canaranas (Echinoa sp.) e o capim-arroz.

FAUNA

A fauna apresenta-se bastante rica e diversificada, ocorrendo várias espécies de tartaruga, o peixe-boi (Trichechus inunguis), bem como a avifauna,que merece destaque por ser o litoral amapaense o último reduto de várias espécies outrora encontradas em todo o litoral brasileiro, entre elas o guará (Eudocimus ruber) e o flamingo (Phoenicopterus ruber).

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO

Existe dificuldade em lidar com os pioneiros da região, que possuem mini fazendas que não estão na área do Parque.

Além de incêndios, invasões, pecuária, agricultura, caça, pesca, desmatamentos, mineração e erosão dentro da área do Parque.

BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO

O Parque protege uma grande extensão de mangue (uma faixa marítima a 10 Km de largura da costa) e ecossistemas terrestres, além de favorecer a educação ambiental e a pesquisa.

Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com/amapaecocamping.com.br

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