Parque Nacional do Superagui

PUBLICIDADE

Terceiro parque marinho criado no país, o Parque Nacional do Superagui é formado por duas ilhas – a de Superagui, com cerca de 14 mil hectares de superfície, e a das Peças, que cobre a área restante.

O relevo de ambas é constituído basicamente de restingas, ocorrendo as maiores elevações justamente na ilha de Superagui, na parte voltada para a baia dos Pinheiros.

O solo é predominantemente do tipo podzol, e a vegetação se divide em dois ambientes: áreas de formações pioneiras e região de mata atlântica densa. Da primeira, além das gramíneas, são característicos os manguezais, como o mangue-vermelho (Rhizophora mangle), mangue-branco ou amarelo (Laguncularia sp) e siriúba (Avicenia sp), que ocupam solos lodosos e de alto teor de salinidade.

Também se encontra ai grande variedade de orquídeas, com predominância dos gêneros Aechmea e Vriesea spp.

Na floresta atlântica, que percorre as planícies e terraços arenosos, as espécies mais representativas São as figueiras (Ficus spp) e o guanandi (Callophylum brasiliense). Em menor número encontram-se a maçaranduba (Manilkara subsericea), bocuva (Virola oleifera) e estopeira (Cariniana estreliensis).

Na fauna destacam-se as aves marinhas, como o biguá (Phalacrocorax olivaceus), fragata (Fregata magnificens) e garça-branca-grande (Casmerodius albus), além de outras terrestres, como os tucanos (Ramphastos spp), sabiá (Turdus rufiventris) e o raro papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), ameaçado de extinção.

Entre os habitantes mamíferos das ilhas podem ser vistos a paca (Agouti paca), cutia (Dasyprocta sp), veados (Mazama spp) e os pouco amistosos porcos-do-mato (Tayassu spp).

Recentemente foi descoberta na área a quarta espécie de mico-leão (Leontopithecus caissara). Entre os répteis há que ter cuidado com as venenosas corais (Micrurus coralinus) e jararacas (Bothrops spp).

Próximo à divisa dos estados do Paraná e São Paulo, o Parque ainda não dispõe de infra-estrutura para a hospedagem e locomoção de visitantes.

Parque Nacional do Superagui – Dados

Parque Nacional do Superagui

Data de criação: 25 de abril de 1.989, pelo decreto federal nº. 97.688.
Localização: Paraná, no município de Guaraqueçaba.
Área: 21.400 hectares
Perímetro: 210 km
Clima: temperado, subquente superúmido, sem seca.
Temperaturas: no verão, média de 24 e 26ºC e, no inverno, média de 15ºC.
Chuvas: Entre 600 e 2000 mm anuais.
Relevo: plano e suave ondulado.

Parque Nacional do Superagui – Brasil

Parque Nacional do Superagui

Parque Nacional do Superagui é um parque nacional no litoral do estado do Paraná, Brasil.

Parque Nacional do Superagui possui baías, praias desertas, restingas, estuários, manguezais e abundantes formações de Mata Atlântica. O parque é o habitat primário do mico-leão-do-superagui, criticamente ameaçado de extinção, e abriga muitas outras fauna e flora características da sub-região da Serra do Mar da Mata Atlântica.

Evidências indicam que a área foi ocupada por pescadores desde tempos imemoriais. Antes da chegada dos europeus era habitada por índios carijós e tupiniquins. Os portugueses se estabeleceram na área a partir de 1500, não construíram cidades.

Em 1852, o cônsul suíço no Rio de Janeiro, Perret Gentil, fundou a Ilha Supeargüi, uma das primeiras colônias europeias no estado do Paraná, porém, a colônia não cresceu, e hoje as poucas aldeias que estão dentro do parque têm poucos habitantes, pescadores herdeiros das 15 famílias trazidas pelo cônsul para morar na Ilha de Superagui.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar amostras dos ecossistemas ali existentes, assegurando a preservação de seus recursos naturais, proporcionando oportunidade controlada para uso pelo público, educação e pesquisa científica.

DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO

Foi criado pelo Decreto n° 97.688 de 25 de abril de 1989 e ampliado pelo Decreto n° 9.513 de 20.11.97.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

Ilha do Superagui

A ilha do Superagui foi inscrita como Patrimônio Natural e Histórico em 1970 pela Divisão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná.

Este processo foi contestado pela Companhia Agropastoril Litorânea do Paraná em 1984, a fim de tomar posse das ilhas das Peças e do Superagui para a criação de búfalos e de um pólo turístico. Felizmente, após análise dos acontecimentos acima, foi reconhecido, em 1985, o tombamento da ilha do Superagui, colocando-se uma série de proibições em relação à várias atividades potencialmente danosas ao meio ambiente.

Com a finalidade de garantir a proteção das ilhas de forma mais eficaz, foi criado em 1989 a unidade, formada assim pela ilha do Superagui e pela ilha das Peças. Ao ser ampliado, em 1997, abrangeu também uma parte do continente, denominada Vale do Rio dos Patos, e as ilhas do Pinheiro e Pinheirinho.

Em 1991 a região foi abrangida pela Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Serra da Graciosa e em 1998 foi intitulada pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.

As áreas que formam a unidade eram habitadas por índios Tupiniquins e/ou Carijós, na época da colonização do Brasil, os quais foram extinguidos em razão da escravidão pelos brancos ou morte por doenças trazidas durante este período.

Historicamente o local passou por influências distintas: fase luso-indígena; fase de fazendas agropecuárias dos jesuítas; fase de colonização suíça e, posteriormente, transformação em colônias de pescadores.

O suiço William Michaud se destacou como líder, sendo nomeado professor em 1883, e, posteriormente, Juiz de paz e Agente Postal. Quando faleceu (1902), foi enterrado na própria península de Superagui e até hoje é famoso em razão de suas telas pintadas sobre a natureza do local.

O nome da unidade é de origem tupi-guarani e significa “Rainha dos Peixes”.

ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

Possui uma área de 33.988,00 ha e perímetro de 339 km.

Está localizado no estado do Paraná, em terras do município de Guaraqueçaba.

O acesso é feito, saindo-se de Curitiba, pela rodovia BR-227 até o município de Antonina e depois pelas PR-440 e PR-405 até a cidade de Guaraqueçaba, percorrendo-se um total de 180 Km; a partir de Guaraqueçaba o acesso à unidade só pode ser realizado através de embarcações. Ou então pela BR-227 até o município de Paranaguá e de lá por via marítima até o Parque.

CLIMA

Clima sub-quente, super-úmido, sem seca (temperado), no inverno pode chegar à temperaturas baixas.

QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO

Parque Nacional do Superagui não é aberto à visitação pública, mas o entorno é visitado, bem como as praias, mesmo estando estas dentro da unidade, por ser uma visitação moderada, não podendo acampar nas mesmas.

O seu maior atrativo é a Praia Deserta, que possui 38 Km de praias virgens que podem ser apreciadas em caminhadas a pé (4 a 7 horas) ou de bicicleta. É possível também, ver na ilha do Pinheiro, a revoada dos papagaios-da-cara-roxa que ocorre ao entardecer e ao amanhecer. A paisagem, constituída pelas áreas de manguezais contínuas e Floresta Atlântica, intercaladas pelas águas do estuário e do Oceano Atlântico, apresenta grande beleza cênica.

RELEVO

Apresenta caráter montanhoso ao norte e planícies litorânea ao sul e sudeste.

VEGETAÇÃO

Está situado no domínio da Floresta Atlântica, apresentando: Formações Pioneiras de Influência Marinha (vegetação de praias, dunas e restinga); Formações Pioneiras de Influência Flúvio-Marinha (manguezais); Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas ( que ocorre nas planícies, até 50 m a.n.m) e Floresta Ombrófila Densa Sub-Montana (que ocorre entre 50 a 500 m a.n.m).

Ombrófila quer dizer afinidade com a umidade, portanto, em todo a área do Parque Nacional do Superagui podem ser vistas muitas bromélias e orquídeas.

FAUNA

A fauna do Parque é representada por uma grande diversidade de espécies, dentre as aves destaca-se o papagaio-da-cara-roxa, que é endêmico da região, o colhereiro, tiê-sangue e tangarás.

Já entre os mamíferos destacam-se: pacas, cutias, veados, bugio, onça-parda, jaguatirica e o mico-leão-da-cara-preta, este endêmico também.

Neste parque ocorrem animais peçonhentos como cobra coral e jararacas.

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO

A retirada de madeira, a caça, os conflitos entre pescadores e índios, a construção de casas de turistas, o corte clandestino de palmito e os desmatamentos e caça de animais silvestres feitos pelos índios que exploram a área do Parque, são os maiores problemas enfrentados pela unidade.

BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO

Proteção do habitat de vários animais, sendo um dos mais importantes o mico-leão-de-cara-preta, pois sua proteção está restrita somente à área da unidade.

A Praia Deserta possibilita que espécies de aves migratórias encontrem ambiente adequado para descanso.

As populações humanas do entorno estão sendo beneficiadas pelas atividades de turismo e o município pelo ICMS Ecológico.

Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com/www.braziltourstravel.com

Veja também

Desequilíbrio ambiental

PUBLICIDADE Desequilíbrio ambiental – O que é O desequilíbrio ambiental é uma das questões ambientais que mais …

Competição Ecológica

PUBLICIDADE Competição Ecológica – O que é A competição ecológica é a luta entre dois organismos pelos …

Comensalismo

PUBLICIDADE O comensalismo pode implicar a palavra comunidade, e isso é verdade, porque o comensalismo apresenta duas …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.