Poluição Luminosa

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Poluição Luminosa – Definição

A definição de poluição luminosa, também conhecida como fotopoluição, é o uso excessivo, mal direcionado ou invasivo de iluminação artificial externa.

A iluminação mal gerenciada altera a cor e o contraste do céu noturno, eclipsa a luz natural das estrelas e interrompe os ritmos circadianos (os processos de 24 horas da maioria dos organismos), que afetam o meio ambiente, os recursos energéticos, a vida selvagem, os humanos e a pesquisa em astronomia.

A ameaça de poluição luminosa continua a crescer à medida que a demanda por luz artificial aumenta a cada ano.

poluição luminosa é o uso excessivo e prolongado de luzes artificiais, de forma que resulte no clareamento dos céus noturnos, perturbando os ciclos naturais e as atividades da fauna silvestre, problemas de saúde em humanos, além de impedir o homem de observar estrelas e outros planetas.

Em outras definições, não tem a ver apenas com o céu, mas com qualquer lugar onde luzes artificiais sejam usadas, onde não são destinadas. Outros termos frequentemente usados para poluição luminosa são ‘fotopoluição’ e ‘poluição luminosa’.

Poluição Luminosa – O que é

Poluição Luminosa é comumente definida como a luz externa mal-direcionada que vai para o céu (causando o brilho visto acima das cidades), ao invés de somente iluminar o chão; ou seja, é luz desperdiçada.

Poluição Luminosa é a maior ameaça que temos hoje à beleza do céu noturno.

Quem não nota a quantidade de estrelas visíveis à noite quando se vai a uma fazenda?!

Nas cidades, é impossível observar sequer parte do que é visível longe delas!

Alguém poderia dizer que essa “poluição” é inevitável, resultado do progresso, e como tal, necessária. Porém essa afirmação é falsa.

Poluição Luminosa é resultado do mau planejamento das luminárias que compõem os sistemas de iluminação. Uma luminária correta, anti-poluente, direciona a luz para o local a ser iluminado, eliminando o desperdício de luz.

As luminárias atuais em geral deixam a luz escapar em todas as direções. O correto seria que o campo luminoso gerado não ultrapassasse a altura da própria lâmpada.

As vantagens disso?

São muitas. A maior delas (além da preservação da atividade astronômica) é a economia de energia elétrica. Nas luminárias que poluem o céu, é preciso gastar mais energia (lâmpadas mais potentes, “com mais Watts”) para compensar a luz que deixa de ir para o chão. Usando luminárias bem projetadas, anti-dispersivas, concentra-se a luz no local a ser iluminado (uma rua, por exemplo), o que permite que lâmpadas menos potentes sejam usadas, economizando energia.

Outro benefício alcançado com a implantação de luminárias anti-dispersivas seria a maior segurança, tanto nas propriedades privadas quanto no trânsito, já que a luz que polui o céu também causa ofuscamentos nas pessoas, atrapalhando motoristas e escondendo marginais.

Vê-se, portanto, que não existem razões para continuar desperdiçando energia elétrica e poluindo o meio ambiente (o céu).

Mas como se poderia mudar o quadro atual da iluminação?

Para isso, bastaria que se passasse a utilizar as luminárias anti-dispersivas (também chamadas full- cutoff) ao invés das usadas atualmente nas cidades.

Continue lendo e veja alguns exemplos de boa e má iluminação.

Poluição LuminosaEste é o esquema da má iluminação. Neste tipo de luminária, a luz se espalha por todas as direções, principalmente o alto, deixando deficiente a iluminação do solo e poluindo o céu noturno, ofuscando o brilho dos astros.

Poluição LuminosaNas boas luminárias, o facho de luz não ultrapassa a horizontal, concentrando a luz no chão até a base do próximo poste. Dessa forma, preserva-se o céu e economiza-se energia, sem prejudicar a qualidade da iluminação!

Poluição Luminosa
Comparando com os esquemas acima, podemos ver que a foto ao lado mostra uma situação onde a iluminação é bem feita. Note que a luz segue um caminho descendente até o chão, sem que haja emissão de luz para os lados ou acima da horizontal.

Poluição LuminosaJá aqui, vemos um exemplo do que é uma luminária poluente, ineficiente, e muito atrativa para os vândalos…

Perguntas frequentes

O QUE É POLUIÇÃO LUMINOSA (PL) ?

É a luz externa excessiva e mal direcionada que causa o fulgor (brilho) que se vê no céu acima das cidades.

COMO A POLUIÇÃO LUMINOSA (PL) É CAUSADA ?

É causada pelas luminárias mal desenhadas, que lançam grande quantidade de luz para cima.

QUE PREJUÍZO CAUSA A LUZ QUE VAI PARA CIMA ?

Além do desperdício, essa luz ilumina a atmosfera, impedindo que se veja bem o céu, que é um patrimônio de grande importância para a Ciência.

A POLUIÇÃO LUMINOSA (PL) PODE SER EVITADA ?

Facilmente. Basta que se tenha o cuidado de utilizar, nas vias públicas, luminárias que só lançam luz para o chão, no máximo até a base do poste seguinte.

QUAL A VANTAGEM DISSO ?

Aproveitar toda a luz criada na luminária para iluminar o chão e não o céu. Além disso, a luz concentrada em uma área menor ilumina mais.

COMO SE RECONHECE UMA LUMINÁRIA CAUSADORA DE POLUIÇÃO LUMINOSA (PL)?

A regra básica é que nunca se deveria poder observar a fonte geradora de luz, e sim a área iluminada. Uma luminária é malfeita se permitir que sua lâmpada seja vista a grande distância ou de locais mais altos que ela. Infelizmente, é só o que se vê nas cidades hoje em dia.

MAS, SE AS LÂMPADAS NÃO PODEM SER VISTAS, AS RUAS NÃO FICAM ESCURAS?

Não, muito pelo contrário. Nós precisamos ver o chão, e não as lâmpadas. A observação direta das lâmpadas ofusca nossa visão e fecha nossas pupilas, diminuindo a visibilidade das ruas.

O QUE É LUZ INTRUSA ?

É a iluminação local incômoda que invade nossas casas sem o nosso consentimento. Pode ser gerada pelas próprias luminárias das vias públicas ou por qualquer fonte de luz próxima.

QUAL É O PROBLEMA CAUSADO PELA ELETRIFICAÇÃO RURAL?

A eletrificação rural traz grandes benefícios. O problema está no mau uso dela na iluminação incorreta, que pode ofuscar o céu também longe das cidades. É preciso educar o homem do campo para que isto não aconteça.

COMO CONSTRUIR UMA LUMINÁRIA CORRETA?

A luminária correta deve ter uma abertura horizontal, a lâmpada oculta dentro da proteção metálica e nunca utilizar um globo de vidro projetado para fora. Em geral, as atuais são inclinadas, com lâmpadas expostas ou usando aqueles globos, que são os principais causadores da emissão de luz na direção errada.

Exemplos de Poluição Luminosa

Poluição LuminosaA foto da avenida acima mostra como as lâmpadas expostas jogam a luz em
direções incorretas (para cima e para os lados) e causam ofuscamentos que colocam em risco a segurança.
Excesso de luz não significa mais segurança!

Poluição LuminosaEste é um exemplo de uma boa iluminação. Neste estacionamento, as luminárias
direcionam a luz para o chão, e não deixam que ela escape para o alto.
Note que a foto foi feita a partir de um plano acima das luminárias e que elas realmente
não deixam as lâmpadas visíveis para quem está acima das mesmas

Poluição LuminosaPoluição Luminosa

A foto acima é o modelo de luminária não-poluente. Nela, a lâmpada fica oculta, iluminando a área que se deseja iluminar e preservando o céu noturno.

Este modelo de luminária permite ainda o uso de lâmpadas de menor potência, o que garante economia de energia.

Poluição Luminosa – Uso

Existem vários tipos de poluição que afetam o nosso ambiente, a menos conhecida é a poluição luminosa.

poluição luminosa é causada pelo mal uso da luz na iluminação de ruas, praças ou residências.

As luminárias mais utilizadas em iluminação pública são ineficientes, mandando literalmente grande parte da luz para o espaço, ou seja, gasta-se energia para se iluminar mal a rua e ainda poluir o ambiente.

Apenas lançar luz para o espaço não seria um problema se a luz não fosse espalhada pela atmosfera, quando vistas de longe, as grandes cidades parecem estar envoltas em uma grande bolha de luz que não contribui em nada para a iluminação da cidade.

Podemos perceber a poluição luminosa de diversas maneiras. Olhando para o céu em uma noite com algumas nuvens, vemos as nuvens esbranquiçadas ou até amareladas.

Esta luz é luz proveniente da iluminação que é perdida para na direção do céu, que refletida nas nuvens chega até nós novamente. Em uma região afastada de fontes intensas de luz, longe de grandes cidades, não podemos distinguir as nuvens do escuro do céu pela cor, vemos que estas apenas encobrem a luz das estrelas. Em uma noite de céu sem nuvens o efeito da poluição luminosa também é devastador, em uma grande cidade podemos ver estrelas de até terceira ou quarta magnitude a olho nu, enquanto em uma região menos iluminada podemos enxergar até sexta magnitude.

Mas o que representa a falta de estrelas de 2 ou 3 magnitudes?

De uma grande cidade é impossível enxergar a faixa da Via Láctea também devido a poluição luminosa.

Em uma região de pouca iluminação também podemos ver os rastros dos diversos corpos que adentram nossa atmosfera, vários em uma noite, já numa cidade isto é impossível.

Mas não é apenas a degradação do céu noturno que é relevante, temos também o desperdício de energia. O potencial de produção de energia de nosso país está chegando perto de seu limite, precisamos então utilizar a energia de forma racional. As luminárias frequentemente utilizadas na iluminação pública utilizam uma determinada quantidade de energia para uma iluminação ineficiente.

Se a luminária for projetada adequadamente, teremos uma condição de iluminação do solo melhor com menos energia, pois de que adianta a luminária de uma rua, por exemplo, iluminar para cima ou para os lados.

Poluição Luminosa – História

Poluição Luminosa

À medida que a humanidade entra no século XXI, a nossa é a primeira geração em que a maioria das crianças não pode ver rotineiramente o céu noturno em todo o seu esplendor e glória.

O problema é causado pela poluição luminosa, excesso ou luz artificial mal direcionada que altera o céu noturno natural.

No céu noturno, a Poluição Luminosa causa um fenômeno atmosférico conhecido como brilho do céu.

Você pode ter visto nuvens altas à noite brilhando com estranhas cores rosa ou laranja; isso é luz desperdiçada refletindo nas partículas de água que formam nuvens. Mesmo sem nuvens, a luz dispara para o céu e reflete em pequenas partículas de poeira e umidade transportadas pelo ar.

O fenômeno brilho do céu afeta diretamente a pesquisa científica de astrônomos amadores e profissionais. Também afeta todos os outros que simplesmente desfrutam de um céu noturno escuro repleto de estrelas.

Em um esforço para avaliar a magnitude do problema da poluição luminosa, um abrangente Atlas Mundial de Brilho Artificial do Céu Noturno foi produzido em 2001 por pesquisadores da Universidade de Pádua, Itália, e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Graças a um trabalho como este, a poluição luminosa está rapidamente ganhando reconhecimento como uma questão econômica global.

Embora o problema seja mais pronunciado entre as nações industrializadas desenvolvidas, ele também é responsável por desperdiçar os recursos limitados das nações pobres e em desenvolvimento que menos podem arcar com o desperdício.

Obviamente, a poluição luminosa é um problema com muitas ramificações negativas. Felizmente, porém, também é um problema que tem muitas soluções positivas.

Uma é proteger a iluminação noturna e direcioná-la adequadamente para que toda a luz seja direcionada para o solo, onde é necessária, e não para o céu. Ao fazer isso, luzes com menor potência podem ser usadas e uma quantidade significativa de energia e dinheiro economizados.

Outra solução é simplesmente reduzir o número e o brilho das luzes. Muitas vezes, argumenta-se que isso reduzirá a segurança, mas pesquisas mostraram que, se feito corretamente, menos luz pode realmente aumentar a visibilidade (e, portanto, a segurança), reduzindo o brilho e eliminando sombras escuras e de alto contraste.

Finalmente, a substituição de luminárias ineficientes por modelos modernos com eficiência energética (e blindados), bem como o uso de sensores de movimento e temporizadores, podem ajudar a economizar energia e reduzir o desperdício de luz.

Esses exemplos ilustram o que pode ser feito para reduzir a poluição luminosa. Os legisladores estão começando a abordar essas questões cada vez mais, já que muitas comunidades, parques e até países inteiros estão decretando controles de iluminação, decretos e regulamentos.

Poluição Luminosa – Resumo

Poluição Luminosa

Poluição luminosa, luz artificial indesejada ou excessiva. Assim como a poluição sonora, a poluição luminosa é uma forma de desperdício de energia que pode causar efeitos adversos e degradar a qualidade ambiental.

Além disso, como a luz (transmitida como ondas eletromagnéticas) é normalmente gerada por eletricidade, que em si é normalmente gerada pela combustão de combustíveis fósseis, pode-se dizer que há uma conexão entre a poluição luminosa e a poluição do ar (de usinas movidas a combustíveis fósseis emissões).

O controle da poluição luminosa, portanto, ajudará a economizar combustível (e dinheiro) e reduzir a poluição do ar, bem como mitigar os problemas mais imediatos causados pelo excesso de luz.

Embora a poluição luminosa possa não parecer tão prejudicial à saúde e ao bem-estar públicos quanto a poluição dos recursos hídricos ou da atmosfera, é uma questão de qualidade ambiental de grande importância.

poluição luminosa afeta adversamente os astrônomos profissionais e amadores, bem como os observadores casuais do céu noturno, porque reduz drasticamente a visibilidade das estrelas e outros objetos celestes.

A redução na visibilidade do céu noturno é resultado do “brilho do céu”, luz direcionada para cima que emana de lâmpadas mal projetadas ou direcionadas e holofotes de segurança.

Essa luz desperdiçada é espalhada e refletida por partículas sólidas ou líquidas na atmosfera e então devolvida aos olhos das pessoas no solo, obliterando sua visão do céu noturno.

O efeito do skyglow (brilho do céu) de uma vila ou cidade não é necessariamente localizado; pode ser observado longe da fonte principal.

poluição luminosa não é um problema apenas para astrônomos e pessoas que desejam simplesmente desfrutar da beleza de uma noite estrelada. O brilho das lâmpadas rodoviárias, das luzes e sinais de segurança comercial ou mesmo da iluminação brilhante e mal direcionada do quintal de um vizinho pode causar desconforto e distração e afetar adversamente a qualidade de vida de muitas pessoas.

poluição luminosa também tem impactos adversos sobre pássaros e outros animais. Muitos pássaros migratórios, por exemplo, voam à noite, quando a luz das estrelas e da Lua os ajuda a navegar.

Essas aves ficam desorientadas pelo brilho da luz artificial enquanto voam sobre áreas urbanas e suburbanas.

A poluição luminosa é considerada um dos fatores que contribuem para o declínio dramático de certas populações de pássaros canoros migratórios nas últimas décadas.

A quantidade de poluição luminosa de uma determinada área depende do número e do brilho das fontes de luz no solo, da fração de luz que escapa acima da horizontal, da refletividade das superfícies próximas às fontes de luz (por exemplo, estradas, calçadas, paredes, janelas ) e as condições atmosféricas prevalecentes.

As fórmulas empíricas permitem o cálculo dos níveis de skyglow (brilho do céu) em função da população e da distância do observador. Quando os níveis de brilho do céu estão mais de 10% acima dos níveis de fundo naturais, uma degradação significativa do céu começou. Mesmo as luzes de uma cidade relativamente pequena, com uma população de apenas 3.000 pessoas, causarão uma degradação significativa do céu noturno para um observador a até 10 km de distância.

A poluição luminosa pode ser reduzida usando luminárias bem projetadas com controles óticos modernos para direcionar a luz para baixo e também usando a quantidade mínima de watts para a área a ser iluminada.

Agências governamentais nacionais e locais podem ajudar aprovando e aplicando leis e decretos apropriados de controle de luz.

Fonte: www.geocities.com/www.revistamacrocosmo.com/www.darksky.org/www.delmarfans.com/Jerry A. Nathanson (www.ucc.edu)/www.darkskiesawareness.org

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