Dioxina

Dioxina – O que é

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Dioxina é um nome genérico para um grande grupo de compostos químicos com estrutura semelhante.

Estes compostos são constituídos por átomos de carbono, oxigénio, hidrogénio e cloro.

O número dos átomos de cloro e as suas posições na molécula de dioxina são o que determina a toxicidade das dioxinas diferentes.

A dioxina mais tóxica tem quatro átomos de cloro nas posições 2, 3, 7 e 8.

Esta dioxina (2, 3, 7, 8-tetraclorodibenzeno-p-dioxina) é muitas vezes referida como TCDD ou “dioxina”. TCDD é o mais estudado e mais tóxica das dioxinas.

Dioxina
TCDD, 2, 3, 7, 8-tetraclorodibenzo-p-dioxina

Quais são as principais fontes de dioxinas?

Enquanto pequenas quantidades de dioxina são produzidos naturalmente por incêndios florestais, as principais fontes de dioxinas no ambiente são feitas pelo homem. No passado, estes incluíram fundição de metal, e de branqueamento de pasta e papel, e a utilização de certos herbicidas que foram contaminadas com dioxina durante o seu fabrico. Graças a regulamentos governamentais, mudanças voluntárias em práticas industriais, e melhorias na fabricação de produtos químicos, estes já não são as principais fontes de dioxinas nos Estados Unidos. Hoje, a queima de resíduos urbanos e / ou hospital, queima quintal e emissões de automóveis continuar a contribuir para a libertação dos baixos níveis de toxinas no meio ambiente.

Mas, como, normalmente, aparece a dioxina?

Basicamente, na queima de produtos que contém cloro. O PVC, por exemplo, nosso velho conhecido, é inofensivo em si; todavia, a sua queima irá gerar dioxina, além do que, para esse produto, haverá a liberação de ácido cianídrico, poderoso tóxico.

Muitos países da Europa (Japão também) julgavam que a queima de seus lixos era a solução tecnicamente perfeita para se desfazerem das montanhas de lixo doméstico existentes e constantemente geradas. Julgava-se que dioxinas e furanos pudessem ser destruídos a 800oC e pretendia-se, só na Alemanha, construir-se 200 mega incineradores para dar conta de 800 toneladas de lixo por dia, em cada incinerador. Todavia, descobriu-se que no resfriamento dos gases de combustão, em determinada faixa de temperatura, lá estavam, de novo, dioxinas e furanos.

As dioxinas e furanos têm grande afinidade pelas gorduras ou pelos alimentos que contém gorduras (lingüiças, queijos, leites, manteigas, carnes…). Caindo nas pastagens, ela passa às gorduras dos animais e daí para o alimento que o homem irá ingerir.

Devido a fortes pressões das comunidades esclarecidas, as grandes usinas incineradoras de lixo doméstico existentes no Primeiro Mundo tendem a ser desativadas,.a menos de rigoroso controle do que será incinerado e de caríssimos tratamentos dos gases evoluídos. Só esperamos que elas não sejam vendidas para nós, com a mesma finalidade.

Um outro grande gerador de dioxina é a produção do papel branco. O cloro é largamente utilizado para o branqueamento da celulose, matéria prima para a produção do papel.

Dioxina – Compostos Químicos

Dioxina é o nome de uma família de compostos químicos que são subprodutos não intencionais de certos processos industriais, não-naturais e industriais, normalmente envolvendo a combustão.

Compostos de dioxinas diferentes têm diferentes toxicidades. Por vezes o termo dioxina é também usado para se referir a TCDD, a forma mais bem estudado e mais tóxica de dioxina. Os muitos tipos diferentes de dioxina, na verdade, variam grandemente em toxicidade – algumas delas 10.000 vezes menos tóxico do que a TCDD.

A concentração de matéria orgânica e cloro isolados entre si, pode acarretar um malefício muito menor do que algumas de suas combinações – dentre estas, se destacam setenta tipos distintos, denominados de dioxinas, bastante semelhantes em relação à sua composição (fórmula), embora tenham um potencial de toxicidade muito variado.

Um desses compostos é considerado a substância mais tóxica que existe, a qual é uma dioxina que pode ser produzida em determinadas etapas de industrialização, como, por exemplo, no processo de branqueamento do papel, realizado por fábricas de celulose ou de papel, que utilizam CLORO para tornar o seu produto mais “estético” (branco).

Essa substância, mesmo em quantidades infinitesimais pode causar sérios estragos – o que, às vezes se dá de modo imperceptível.

Teoricamente, apenas uns trezentos gramas seriam suficientes para eliminar toda a população de uma cidade como Nova Iorque, desde que cada habitante ingerisse a sua parcela correspondente. Na prática, o mais provável é que uma parcela relevante da população humana, tenha absorvido quantidades variadas de dioxinas, sem perceber qualquer sinal disso. Isso porque a substância adere ao tecido adiposo e pode se acumular aí, durante anos sem dar nenhum sinal de sua presença.

Durante um eventual período de convalescência da pessoa intoxicada, devido a uma ocorrência qualquer (um acidente automobilístico, por exemplo) é possível que o organismo tente se abastecer com as suas “reservas”, acumuladas nos tecidos, e ative a dioxina aí depositada. Quem sabe quantos casos de manifestação de sintomas, de internações, e até de óbitos, já ocorreram, sem que a verdadeira causa tenha sido diagnosticada, por ser creditada aos problemas provocados, após o período de convalescência de algum acidente, por exemplo.

Um fato curioso é que os efeitos e sintomas de uma contaminação com essas substâncias, são muito semelhantes aos da SIDA (ou AIDS – síndrome de imunodeficiência adquirida); também os primeiros registros de casos de intoxicação de algumas das piores dioxinas são contemporâneos dessa doença, creditada unicamente à ação de vírus. Contudo, poucos estudos foram concluídos (ou tornados públicos) a respeito de seus efeitos no meio ambiente.

Talvez num futuro próximo, quando o meio já estiver irremediavelmente sobrecarregado de dioxinas – “surjam” descobertas, e sejam tornadas públicas determinadas informações – atualmente “inconvenientes” – sobre os diversos males provenientes da cconcentração dessas substâncias.

Dioxina
Dioxina

Dioxina Carcinogênica

A fórmula molecular da dioxina é: C4H4O2.

Por que a Coca-Cola está voltando com as garrafas de vidro?

Dioxina Carcinogênica causa especialmente câncer da mama.

Não congele a sua água em garrafas ou utensílios de plástico, pois isso provoca a liberação de dioxina do plástico.

Edward Fujimoto, médico do Castle hospital, foi entrevistado por um programa de TV explicando este alerta de saúde. (Ele é o gerente do Programa de Bem Estar/Programa de Promoção da Saúde do hospital)

Ele falou sobre a Dioxina e seu risco de saúde para nós. Ele mencionou que não devemos esquentar alimentos em vasilhames de plástico no forno de microondas.

Isto é aplicável para alimentos que contém gordura. Ele mencionou que a combinação de gordura, alta temperatura e plástico, libera a dioxina no alimento e por fim, vai parar nas células do nosso corpo.

Dioxinas são carcinógenos altamente tóxicos. Ele recomenda o uso de refratário de vidro, pirex ou porcelana para aquecer alimentos. Você tem o mesmo resultado… sem as dioxinas.

Sopas Lamen que adiciona água quente no invólucro de isopor ou qualquer tipo de comida semi-pronta/ congelada com invólucro de plástico, próprio para ir ao forno ou microondas, deveriam ser retiradas para outro tipo de vasilhame mencionado e aquecidas.

Invólucro de papel não é ruim, mas não sabemos o que o papel pode conter, entao, seria mais seguro utilizar refratário de vidro, pirex ou porcelana.

Vocês devem se lembrar quando alguns restaurantes fast-food (MacDonalds) trocaram o invólucro de isopor pelo de papel. O problema da dioxina seria um dos motivos.

Para acrescentar, filme-plástico (saran wrap) utilizado para proteger e cobrir alimentos, quando aquecidos podem na verdade respingar toxina venenosa (contida no plástico) no alimento a ser esquentado junto com o vapor condensado. Use papel toalha, é mais seguro.

Dioxina – O que são

As dioxinas e furanos são uma classe de compostos químicos amplamente reconhecidos como algumas das substâncias químicas mais tóxicas já produzidas pelo homem. Freqüentemente referidos apenas como dioxinas, as dioxinas e furanos não têm utilidade própria e são produzidos como produtos secundários indesejados de processos industriais como a fabricação de PVC, a produção de agrotóxicos, a incineração, o branqueamento de papel e da polpa da celulose com cloro e a fusão e reciclagem de metais.

Uma vez lançadas no meio ambiente, as dioxinas podem alastrar-se por grandes distâncias, carregadas por correntes aéreas e marinhas. Por possuírem essa capacidade de disseminação, as dioxinas representam um tipo de contaminante onipresente, que pode ser encontrado nos tecidos, no sangue e no leite materno das populações de quase todos os países do mundo.

Em 1997, a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC-International Agency for Research on Cancer) classificou as dioxinas mais tóxicas como carcinógenos humanos.

Elas estão associadas com inúmeros outros impactos na saúde, como:

Alterações no desenvolvimento sexual
Problemas reprodutivos masculinos e femininos
Supressão do sistema imune
Diabetes
Toxicidade orgânica
Efeitos em uma grande variedade de hormônios

Um dos aspectos mais alarmantes da toxicidade das dioxinas é o efeito que podem ter no desenvolvimento do feto, aparentemente bem mais suscetível que os adultos.

Os seres humanos estão expostos às dioxinas quase que exclusivamente através dos alimentos que ingerem, especialmente carnes, peixes e laticínios. Os níveis de dioxinas são geralmente maiores em pessoas que vivem em países industrializados, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão, onde sua concentração já atingiu o limite – ou está muito próxima dele – em que os efeitos na saúde começam a ser sentidos. Entretanto, estudos já mostraram que comunidades com uma dieta rica em peixes ou em mamíferos marinhos, como os indígenas do Ártico, também estão ameaçadas pelos efeitos das dioxinas.

DIOXINAS: ELAS ESTÃO POR TODA A PARTE

Na medida em que se alastram pelo ambiente global, as dioxinas se acumulam e pode levar décadas para serem degradadas.

As dioxinas não se dissolvem prontamente na água, mas são facilmente solúveis nos tecidos gordurosos animais ou humanos, sendo capazes de se fixar nestes tecidos vivos. Desta forma, os animais com altas taxas de gordura, como os humanos, as baleias, os ursos polares ou os golfinhos, estão particularmente mais suscetíveis à acumulação das dioxinas.

À medida em que se espalham pela cadeia alimentar (quando um animal com dioxinas no tecido corporal é ingerido por outro animal) as dioxinas se biomagnificam ou multiplicam a sua concentração. Assim, os animais no topo da cadeia alimentar (humanos, ursos polares, baleias beluga) irão acumular os níveis mais altos de dioxinas.

Devido à sua natureza insidiosa e propagadora, as dioxinas representam um problema global que requer uma solução global.

A LISTA NEGRA

As dioxinas são um grupo de substâncias dentre os doze Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) altamente virulentos que a comunidade internacional, através do Programa Ambiental das Nações Unidas (PNUMA), decidiu que devemos eliminar do nosso ambiente.

Todos os poluentes da lista, conhecida popularmente como “A Lista dos Doze” ou “Os Doze Sujos”, são organoclorados, como as dioxinas.

Devido à tendência atual de transferência de tecnologia de países industrializados a países recém-industrializados, é fundamental que um tratado global de POPs inclua medidas que desencorajem os países ricos de promover e exportar tecnologias geradoras de dioxinas como os incineradores. Deve-se, também, incluir medidas para encorajar os países ricos e os programas de auxílio financeiro a ajudar os países recém-industrializados a desenvolver e implementar programas que apoiem o desenvolvimento de uma tecnologia livre de dioxinas. O único caminho é prevenir as substâncias contendo dioxinas de serem geradas e de alcançarem o ambiente.

Um programa de redução da emissão de dioxinas poderia se tornar inviável para alguns países, uma vez que as infra-estruturas regulatórias e científicas necessárias para monitorar e impor um programa nacional desse porte são caras e complexas. Um exemplo disso é que o número de laboratórios no mundo credenciados pela OMS para a análise de dioxinas em tecidos humanos não chega a 50, e o custo de tal análise varia de 1.000 a 3.000 dólares por amostra. O custo de montar um laboratório desse tipo é estimado em 1,5 a 2 milhões de dólares. Até mesmo nos países mais ricos, esses custos têm sido um obstáculo para o monitoramento adequado das emissões industriais e do compromisso ambiental.

As principais fontes de dioxinas que requerem uma ação imediata incluem:

Incineração (lixo municipal, lixo perigoso e lixo médico)
Produção de polpa e papel
Produção, uso e disposição de PVC
Uso e produção de compostos aromáticos clorados
Fusão e reciclagem primárias e secundárias de aço que esteja contaminado com compostos clorados

EFEITOS DA DIOXINA

Pesquisas recentes sobre os efeitos das dioxinas na saúde mostram alguns efeitos que já podem estar ocorrendo na população geral de países industrializados.

Alguns deles são os seguintes:

Em peixes, pássaros, mamíferos e humanos, o feto/embrião que está se desenvolvendo é muito sensível aos efeitos tóxicos das dioxinas.
Efeitos no desenvolvimento humano percebidos após exposição acidental/ocupacional a dioxinas incluem: mortalidade pré-natal, queda no crescimento, disfunção orgânica e efeitos nos sistemas reprodutivos feminino e masculino.
Pessoas com um índice de exposição às dioxinas maior do que a média, por exemplo, através de uma dieta rica em peixes ou mamíferos marinhos, têm um maior risco de sofrerem efeitos das dioxinas, tais como diminuição da quantidade de esperma, enfraquecimento do sistema imunológico e endometriose na mulher.
Experimentos com animais mostram que a exposição a pequenas doses de dioxina durante um período extremamente curto e crítico na gestação é suficiente para causar danos à saúde do feto.
Em países industrializados, os níveis de dioxinas no leite materno freqüentemente fazem com que a criança amamentada receba quantidades de dioxinas muito além da dose diária aceitável (DDA) proposta pela OMS.

DIOXINAS NO MEIO AMBIENTE

Devido ao fato de as dioxinas serem extremamente estáveis quimicamente e serem difíceis de degradar no ambiente natural, elas são freqüentemente encontradas em altas concentrações em sedimentos, borras e poeira. Visto que a maioria das dioxinas acumulamse nos tecidos gordurosos de animais, elas são particularmente evidentes em organismos aquáticos, que habitam o fundo dos oceanos e que estão em permanente contato com sedimentos, além dos animais que ingerem matéria particulada suspensa na água.

Alguns casos de contaminação:

Junho de 1999: galinhas na Bélgica foram expostas a alimentos contaminados com dioxinas, levando a uma proibição da comercialização de ovos e de produtos avícolas provenientes da Bélgica na União Européia, medida esta que mais tarde foi adotada na América do Norte e na Ásia. Os custos para a Bélgica e para a União Européia (UE) decorrentes das restrições nas importações globais foram estimados em 3 bilhões de dólares.
Março de 1998: a descoberta de contaminação do leite por dioxinas na Alemanha levou à proibição da importação de polpa cítrica brasileira pela União Européia. A Grã-Bretanha e outros países da União Européia tinham estoques consideráveis de farelos de polpa cítrica, usados para a alimentação do gado, que tiveram que ser destruídos. Em 1999 o Greenpeace conseguiu mostrar que as dioxinas eram provenientes da fábrica de PVC Solvay em Santo André, Estado de São Paulo.
Setembro de 1997: estatísticas confidenciais que vazaram do Ministério da Agricultura da França mostraram níveis alarmantes de dioxinas nos queijos Brie e Camembert e na manteiga proveniente do norte da França.
Junho de 1997: o Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação do Reino Unido acusou “concentrações relativamente altas” de dioxinas e de PCBs (bifenilas policloradas) semelhantes a dioxinas em suplementos alimentares feitos de óleo de peixe, como o óleo de fígado de bacalhau.
Novembro de 1996: Um grande incêndio na ala de produção de uma fábrica de processamento de metais, em Lingen, no noroeste da Alemanha, levou à contaminação de animais e vegetais a uma distância de 2,5 quilômetros.

PRODUÇÃO DE PVC

A produção do plástico cloreto de polivinila (PVC ou, simplesmente, vinil) é uma das maiores fontes mundiais de dioxinas. Elas são geradas quando durante a produção ou queima do PVC por incineração ou em acidentes, como incêndios em casas. O cloro, a parte “clor” do cloreto de polivinila, combina-se com petroquímicos para formar o PVC. O cloro é um precursor da formação das dioxinas. Assim, quando o PVC é queimado, formam-se dioxinas. O PVC é um dos produtos clorados mais comuns, junto com o solvente de lavagem a seco, o percloretileno. Visto que todos os usos do cloro ou de compostos orgânicos clorados são suspeitos de serem formadores de dioxinas (em um ou mais momentos de seu ciclo de vida), a eliminação das dioxinas exigirá a eliminação, substituição e restrição de produtos contendo cloro, como o PVC.

ALCANÇANDO UM NÍVEL ZERO DE DIOXINAS

Devido aos altos índices de dioxinas já presentes no ambiente global que irão persistir por muitos anos, medidas extremas precisam ser tomadas para conter a exposição humana à estas substâncias tóxicas. Em alguns setores, é necessário um investimento significativo.

No entanto, a maioria dos produtos e métodos de gerenciamento de lixo alternativos possibilitarão benefícios econômicos em termos de:

Aumento nos índices de emprego
Aumento na eficiência
Diminuição dos custos para a obtenção de substâncias químicas, disposição do lixo, passivos ambientais e remediação
Eliminação dos custos sociais associados aos danos à saúde e ao ambiente natural

ELIMINAÇÃO DAS DIOXINAS

O Greenpeace defende a eliminação gradativa das dioxinas do meio ambiente.

Eliminação, ao invés da redução: as emissões de dioxinas das indústrias e de outras fontes devem ser eliminadas, não apenas reduzidas. Devido à natureza persistente dessas substâncias, e à sua reciclagem contínua no meio natural, a acumulação atual das dioxinas globalmente levará anos para diminuir
Prevenção, ao invés do controle: o uso de dispositivos de controle de poluição (filtros, sistemas de tratamento e métodos de disposição do lixo como queimar ou enterrar), apenas transferem as substâncias de um meio para o outro, ou atrasam a sua liberação. Para alcançar um nível zero de dioxinas, os processos industriais devem ser modificados para prevenir a produção e a emissão de dioxinas.
Conhecimento sobre o inimigo: todas as fontes industriais de dioxinas conhecidas devem ser abordadas, e as pesquisas devem estender-se para a tentativa de identificar fontes de dioxinas desconhecidas e suspeitas.
Priorizar: cronogramas de eliminação devem ser elaborados, priorizando os setores que produzem mais dioxinas e as fontes para as quais já existem alternativas para substituição. Não devem ser dadas novas autorizações para a produção de dioxinas, e as já existentes devem incluir cronogramas de redução e eliminação.

DE ONDE VEM A DIOXINA?

As Dioxinas são primariamente um subproduto do mundo industrial moderno. A prova disto é o aumento significativo de dioxina no meio ambiente desde a virada deste século.

A agência “Environment Canada” concluiu que:

“O registro monitorado indica de forma clara e consistente que embora fontes naturais possam contribuir com um aumento de PCDDs e PCDFs, estes não podem ser responsáveis:

Pelo grande aumento das concentrações medidas em vários meios ambientais desde o início desse século e nem: Pelas concentrações mais elevadas medidas nos diversos meios industrializados, em contraponto às áreas não industrializadas.

Com base na revisão de informações conclui-se que as principais fontes contemporâneas de PCDDs e PCDFs são antropogênicas. Portanto, a concentração destas substâncias medidas no ambiente resulta predominantemente de atividades humanas”

Uma série de condições pode contribuir para formação de Dioxinas e daí uma variedade de processos industriais.

As seguintes condições foram identificadas como facilitadoras na formação de dioxinas/furanos em processos térmicos:

Presença de organoclorados ou outros compostos contendo Cloro;

Temperaturas no processo entre 200 – 400°C; e

Equipamento de controle de poluição operando entre 200 – 400 °C.

A condições citadas são ótimas para formação de Dioxinas. Além dessas, temperaturas entre 800 – 1200°C podem conduzir igualmente à formação de Dioxinas.

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) menciona três possibilidades para explicar a presença de Dioxinas em processos de combustão:

As Dioxinas já estariam presentes no material alimentado e seriam destruídas de modo incompleto, no processo de combustão;
Compostos clorados precursores estariam presentes na fonte (i.e. substâncias químicas que se assemelham à Dioxina, tais como Hidrocarbonetos Aromáticos Clorados, por exemplo Fenóis Clorados e Cloro Benzeno) que sofrem reestruturação química para formar Dioxinas; e
As Dioxinas seriam formadas em processo de síntese de novo – isto é, envolvendo combinações de substâncias químicas totalmente não relacionadas entre si, que se combinam para formar Dioxina.

FORMAÇÃO DE DIOXINA E QUÍMICA DO CLORO

O súbito aumento na emissão de Dioxina, durante os últimos cinqüenta anos, parece não estar relacionado a “fontes naturais”. O aumento de Dioxinas, no meio ambiente, coincide com o aumento de produção industrial de substâncias com base em Cloro, ou Cloreto, desde os anos quarenta (1940).

De fato, a química do Cloro não existia, em escala comercial, até início do século XX. Entretanto, a produção do Cloro deu-se de forma limitada, até a Primeira Guerra Mundial, quando o Cloro e substâncias químicas relacionadas foram usadas como armamento. Depois da Segunda Guerra Mundial, a indústria química buscou novos mercados para produtos baseados no Cloro. A produção de Cloro expandiu-se rapidamente, dobrando a cada década. Atualmente, a produção da indústria química de Cloro é de, aproximadamente, 40 milhões de toneladas por ano.

O campo da química de Cloro industrial engloba uma cadeia de oportunidades para síntese de Dioxina, na qual é possível apontar a presença dos três fatores para formação de Dioxina.

A formação da Dioxina começa com a produção do Cloro Gasoso, em uma planta de Cloro – Álcali, onde uma grande quantidades de eletricidade é utilizada para transformar uma solução de salmoura (cloreto de sódio) em Cloro Gasoso, Hidróxido de Sódio, e Hidrogênio elementar.
Oportunidades para síntese da Dioxina têm continuidade através do uso de Cloro nos processos Industriais ou Municipais, onde o gás de Cloro, por si, cria o ambiente reativo.
Formação adicional de Dioxina ocorre quando organoclorados são usados em ambientes reativos, reciclados por combustão, ou eliminados por incineração. Uma vez lançadas no ambiente natural ou humano, substâncias químicas orgânicas cloradas estão sujeitas a processos de transformação adicionais que podem produzir Dioxinas, incluindo fotólise, incêndios em florestas, e incêndios em edifícios.

Assim sendo, a Dioxina parece ser formada em algum ponto do ciclo vital de quase todos produtos e processos Cloro-Alcalinos (ver Tabela 2).

Em última instância, o fator causal previsível na formação de Dioxina é a presença do Cloro, como matéria prima na subsequente incorporação à Dioxina.

Todas as diferentes rotas propostas para a geração da Dioxina requerem: uma fonte de Cloro, uma fonte de matéria orgânica e um ambiente térmico ou quimicamente reativo em que os materiais citados possam se combinar.

A presença de “doadores de Cloro” é o fator que converte o processo industrial, sob condições reativas, em fonte de Dioxina. Portanto, os materiais clorados constituem o foco apropriado para os esforços preventivos.

Evidências esmagadoras indicam que as fontes de Dioxinas são provenientes dos detritos ou dos produtos da Química do Cloro industrial.
A produção de Cloro sintético é o único fator previsível na geração da Dioxina, dada a ubiqüidade dos produtos orgânicos e comum ocorrência de ambientes reativos, como incêndios e processos industriais.

A formação da Dioxina parece ser tão onipresente, uma vez que a química do Cloro e de seus produtos tornaram-se tão difundidos.

Tabela 1: RESUMO DAS FONTES DE DIOXINA E SEUS EMISSORES DE CLORO.

Processos Formadores de Dioxinas Emissor primário de Cloro
Incineração do lixo hospitalar PVC
Fusão dos Metais ferrosos PVC, queima de óleos com base em Cloro,
Solventes clorados
Incineração de resíduos perigosos Solventes gastos, detritos da indústria química,
pesticidas
Fundição secundária do cobre Cabos cobertos com PVC, PVC em telefones e
equipamento eletrônico, solventes clorados/
óleos queimados
Fundição secundária de Chumbo PVC
Produção química Uso de Cloro ou organoclorados como reagente
Moinho de trituração Alvejantes com base em Cloro
Incêndios residenciais e edifícios PVC, Pentaclorofenol, PCBs, solventes clorados
Incêndios em veículos PVC , Óleos clorados queimados
Queima de combustível de veículos Aditivos clorados
Incineração do lixo municipal PVC, papel alvejado, lixo doméstico danoso
Incêndios em Florestas Pesticidas, deposição de organoclorados
aerógenos
Incineração de lodo de esgoto Subprodutos da Cloração
Queima de madeira (indl. Residl.) PVC, Pentaclorofenol, ou químicos

FORMAÇÃO DA DIOXINA NA PRODUÇÃO DE PVC

A formação da Dioxina na indústria de PVC está fundamentada por extensa evidência científica. A produção de Dioxina foi identificada em vários processos da produção do PVC na fábrica da ICI em Runcorn, Grã-Bretanha, em investigação conduzida pela Agência Ambiental do Reino Unido.

Os processos incluem:

Processo Fluxo dos Detritos de Dioxina
Eletrólise de baterias de Mercúrio Efluentes líquidos
Oxicloração Lavadores de gases
Catalisadores usados
EDC cru
Purificação de EDC Fração pesada
Fração leve

A associação entre os altos níveis de contaminação por Dioxina e a eletrólise nas células de mercúrio foi claramente demonstrada por pesquisa realizada na Suécia Depósitos de Grafite nas baterias de eletrólise de mercúrio, achados abandonados em um aterro, foram analisados e encontrada a concentração de 650 000 pg/g de PCDFs. Os autores também relataram a contaminação por Dioxina decorrente de Cloreto de Ferro comercial, sugerindo que produção de Cloreto Férrico também possa ser uma fonte de contaminação por Dioxina.

Outros processos industriais, associados com fabricação de PVC, podem gerar Dioxinas. A incineração de qualquer resíduo organoclorado levará inevitavelmente à geração da Dioxina, através de gases exalados, água para lavagem e resíduos sólidos.

De modo semelhante, a Agência Ambiental do Reino Unido cita a produção de Carbonato de Cálcio e o uso de recuperadores de mercúrio para remover Mercúrio de filtros de carbono, como fonte potencial adicional de Dioxina na produção de PVC.

A DIOXINA E O MITO DOS TRAÇOS QUÍMICOS NA TEORIA DA COMBUSTÃO

É possível interrogar se a Dioxina possa ser formada na queima de uma região com pouca vegetação (tipo serrado/ semi-árida) ou em queimadas. No fim das contas, parece, à primeira vista, que o necessário para a formação da Dioxina no ambiente é uma fonte de Cloro e Carbono e as condições adequadas de temperatura.

A “Dow Chemical Company” sustentou, em 1980, a posição de que a Dioxina ocorre naturalmente no meio ambiente e sempre esteve conosco “desde o advento do fogo”.

Com esta teoria, chamada de “Traços Químicos da Combustão”, a Dow alegou que a Dioxina é formada em qualquer processo de combustão, inclusive fogos em floresta, vulcões, e fogões domésticos, devido à presença de sais naturais de cloreto, tais como o sal de cozinha e o do mar. A importância da “Dioxina natural” ainda é reivindicada pelos representantes da indústria química, que consideram ineficazes as políticas que enfocam as fontes industriais de Dioxinas.

Entretanto, a Teoria dos Traços Químicos foi demonstrada como sendo falsa. Uma revisão recente estabelece que “não há nenhuma evidência experimental para apoiar a produção natural abundante de PCDD/F”. Identicamente, as agências ambientais do Canadá e dos Estados Unidos concluíram que as Dioxinas são de natureza predominantemente antropogênica.

Várias evidências indicam que a contaminação por Dioxinas é devida à fabricação e dispersão de substâncias orgânicas cloradas e não devida à presença natural de sais de Cloro.

Se qualquer Dioxina for produzida naturalmente, as quantidades são desprezíveis. A USEPA demonstra que mais de 99% de toda a Dioxina nos EUA vem de fontes industriais e que o inventário global indica que, no máximo, 3% da deposição de Dioxina é proveniente da queima da “biomassa”, incluindo a combustão de madeira contaminada por pesticidas e outros materiais clorados, e a deposição atmosférica destes produtos.
Os níveis de Dioxina achados em tecidos preservados de seres humanos primitivos indicam que a Dioxina não era um poluente significativo antes do advento da química do Cloro. Os estudos estabeleceram que os níveis de Dioxina, nos tecidos de primitivos humanos – incluindo aqueles que cozinhavam em ambientes fechados, não ultrapassa a dois por cento da quantidade total achada num homem moderno. De acordo com a USEPA, ” A teoria de que a maior parte da carga (burden) corporal na atualidade poderia ser proveniente das fontes naturais, tais como incêndios em florestas, deve ser descontada, pelos testes em tecidos de homens primitivos que revelam níveis muito menores do que os encontrados atualmente”.
Estudos em sedimentos encontrados nos Grandes Lagos e em outro lugares demostram que a Dioxina não existia, virtualmente, até o século XX e que só depois da Segunda Guerra Mundial os níveis começaram a escalada em direção às concentrações atuais depois da Segunda Guerra Mundial. Um estudo foi conduzido em um dos Lagos, cujas margens sofreram um grande incêndio em 1937, mas mesmo neste caso os níveis de Dioxina não apresentaram resposta a este evento. A tendência geral da Dioxina, particularmente nos Grandes Lagos, se relaciona ao desenvolvimento e à expansão da indústria do Cloro, mas não possui nenhuma relação com o aumento da combustão do carvão.
De modo similar, a análise do solo e folhagens na Amazônia resultou em níveis extremamente baixos na selva, apesar da alta taxa de queimadas que lá ocorrem.

Conclusão

As Dioxinas contaminam o nosso ambiente extensivamente. Os dados disponíveis sugerem que a extensão da contaminação está diretamente relacionada à produção em larga escala de Cloro, desde a Segunda Guerra Mundial.

Há pouca evidência para sugerir que as Dioxinas sejam produzidas naturalmente. A produção de PVC é a principal utilizadora de Cloro no mundo. O Cloro é o vínculo comum em toda a produção de Dioxina, sendo que o PVC é implicado como a fonte primária, na maioria dos casos. Assim, produtores de PVC, como Solvay, são diretamente responsáveis pela contínua geração e liberação de Dioxinas para o meio ambiente.

Fonte: unsolvedmysteries.oregonstate.edu/www.gpca.com.br/br.geocities.com/www.acpo.org.br

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