Bruno Giorgi

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O celebrado escultor Bruno Giorgi, que nasceu no Brasil, mas cresceu na Itália, terminava as refeições com um pedaço de queijo de ovelha acompanhado de pão e goles de bom tinto

“Uma vida não basta para um escultor”, dizia ele. “Quero morrer como Rodin, trabalhando até os 90 anos de idade.” Faltaram apenas dois anos para o grande artista plástico brasileiro Bruno Giorgi concretizar esse desejo.

Nascido em 1905, o autor da escultura Candangos (1960), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, morreu aos 88 anos, em 1993.

Trabalhou até o fim, deixando o precioso legado de 32 peças de bronze, 25 esculturas de mármore, três obras de terracota, além de duas estátuas de pedra-sabão, seis de gesso, uma escultura de madeira e seis desenhos.

Sua primeira grande obra foi Monumento à Juventude Brasileira (1947), exposto nos jardins do Ministério da Educação e Cultura, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro.

São dele também Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, e Integração (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Bruno Giorgi nasceu na cidade de Mococa, em São Paulo, mas era um autêntico italiano – em tudo, especialmente nos hábitos à mesa.

Seus pais vieram da região da Toscana.

Quando tinha 6 anos, a família voltou para a Itália e essa primeira fase, passada nos arredores de Carrara, cidade-berço do famoso mármore, proporcionou os contatos iniciais do garoto com o material que iria servir de matéria-prima para obras suas.

Depois, a família mudou para Roma, e o menino deu sinais de que não gostava da escola – em vez de fazer as lições, desenhava.

Por isso, a mãe o matriculou na Academia de Artes, o que para ele se revelou um suplício: sofreu muito nas mãos de um mestre acadêmico severo e radical. Apesar de odiar as aulas, terminou o curso. Não queria decepcionar a mamma Pia Hirsch. Ela retribuía agradando-o à mesa.

De quatro filhos, Bruno Giorgi era o que mais apreciava seus gnocchi esculpidos com um garfo. Após cozinhá-los, colocava numa travessa aquecida, salpicava manteiga e queijo parmesão ralado. A receita tinha, entretanto, um segredo, conhecido apenas pelas mulheres da família – quando a mãe faleceu, a irmã de Bruno assumiu o papel de cozinheira.

No entanto, jamais ensinou o truque a outra pessoa, nem mesmo à cunhada Leontina, a mulher com quem anos mais tarde Bruno Giorgi se casou em segundas núpcias e teve o filho Bruno Giorgi Filho, hoje com 23 anos. Assim, a receita original se perdeu. Outras jóias da cozinha italiana iam à mesa da família, como ribollita, zuppa de feijão e repolho escuro; e castagnaccio, doce à base de farinha de castanha açucarada.

Na Itália, o grande escultor teve a chance de exercitar sua ideologia anarquista. Estava no seu sangue. Um tio paterno fundou o anarco-sindicalismo italiano.

Até os 25 anos de idade, Bruno Giorgi trabalhava com o pai, negociando café. Nas horas vagas, visitava museus e assimilava a monumental riqueza artística do país da família. A veia anarquista se manifestou sobretudo durante o regime fascista. Dos 25 aos 30 anos, Bruno Giorgi militou na resistência. Mas acabou detido e condenado à prisão, em Nápoles. Cumpriu quatro anos de pena por conspiração contra o regime fascista.

Em 1937, com a intervenção do embaixador do Brasil na Itália, foi extraditado ao país natal. Instalou-se no Rio de Janeiro e, por um período, esteve sob a vigilância da polícia. Entretanto, a vida inteira afirmou que a prisão italiana o aprimorou na arte de esculpir.

Em 1937, transferiu-se para Paris, a fim de freqüentar as academias La Grande Chaumière e Ranson.

Conhece Aristide Maillol, que passa a orientá-lo e reconhece nele um grande talento.

De volta ao Brasil, em 1940, entra em contato com grandes artistas nacionais: Portinari, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade e Victor Brecheret.

Mas nenhum foi mais importante em sua vida e carreira como o amigo Alfredo Volpi.

Os dois tinham em comum o amor pela Toscana, terra natal de Volpi e de Ferdinando Giorgi, pai de Bruno.

Além das artes, celebravam o prazer da culinária italiana simples, caseira e, especialmente, a paixão pelo queijo pecorino (à base de leite de ovelha). “Eles o saboreavam junto com vinho tinto da Sardenha”, conta a viúva do escultor, Leontina Giorgi, de 67 anos. O queijo importado era servido depois da refeição, acompanhado de pão, que só podia ser retirado da mesa depois que Bruno Giorgi levantasse.

Leontina recorda inúmeras histórias sobre os dois artistas e o queijo pecorino. A mais divertida envolve o editor Adolpho Bloch. Certa vez, o dono da revista Manchete encomendou a Volpi alguns quadros para colocar num evento de sua publicação. O tempo foi passando e nada das obras de arte.

Preocupado, Bloch recorreu à mediação de Bruno Giorgi , que aconselhou: “Se quer que Volpi pinte rápido, dê a ele um verdadeiro pecorino e um bom vinho tinto”. Bloch obedeceu. Mandou um pecorino inteiro e uma caixa do vinho siciliano Corvo Duca di Salaparuta. Entretanto, avisou Volpi que o presente seria entregue na casa de Bruno Giorgi , no Rio de Janeiro. Temendo que o amigo devorasse o queijo e bebesse o tinto, Volpi pegou o primeiro avião para a Cidade Maravilhosa. Os dois passaram uma semana inteira comendo o pecorino e tomando o Corvo Duca di Salaparuta. E nada dos quadros… Portanto, não deu muito certo a estratégia sugerida por Bruno Giorgi . “Bloch ficou furioso”, recorda Leontina.

Bruno Giorgi – Vida

1905 – 1993

Bruno Giorgi
Bruno Giorgi

Pintor e escultor.

Nasceu no dia 13 de agosto de 1905 e morreu em 07 de setembro de 1993.

Nasceu em Mococa – São Paulo, mas foi criado na Itália.

Deixou em seu legado mais de 60 obras.

Nasceu no interior paulista, na cidade de Mococa. é considerado o mais importante escultor brasileiro contemporâneo. Seu estilo atravessou diversas fases.

Simplificando-se cada vez mais, evoluiu do realismo para as grandes formas estilizadas.

Ficou conhecido por seus monumentos, entre os quais o Meteoro, em mármore, no lago do Palácio dos Arcos, em Brasília.

Bruno Giorgi – Biografia

Bruno Giorgi
Bruno Giorgi

Bruno Giorgi, o escultor brasileiro, que teve mais influência sobre os jovens artistas de seu país.

Ele estudou em Roma e Paris, retornando ao seu país em 1939.

Nascido em Mococa, São Paulo em 19.905 e morreu no Rio de Janeiro em 1993.

Em 1942 ele se mudou para o Rio de Janeiro, para completar algumas tarefas Niemeyer e Lucio Costa, para a cidade na construção de Brasília.

Entre 1952-1954, ele era parte da Comissão Nacional de Belas Artes. Entre 1951 a 1957, ele exibiu nas edições I, II, IV, da Bienal de São Paulo. Em 1953 ele recebeu o Prêmio Nacional de Escultura.

Ele participou de exposições em todo o Brasil e Europa. Ele recebeu a medalha de prata da Divisão Moderna, o Nacional de Belas Artes.

Ela casou-se apenas uma vez, em 1970, quando ele tinha 65 anos, com um Português, Leontina Ribeiro Rodriguez, com quem uma criança de 78 anos de idade fez.

Bruno Giorgi – Obra

Bruno Giorgi
Bruno Giorgi

O estilo da escultura na biografia de Bruno Giorgi, é principalmente figurativo, mas evoluiu representação do real, a formas mais estilizadas. Ele estava interessado principalmente nos humanos figura, mulheres, adolescentes, flautistas.

Ele foi influenciado pelo barroco e Henry Moore. Ele esculpiu formas e deitado em decúbito. Seu trabalho mostra simplicidade e plasticidade.

Na década de 60, ele se aventurou em abstração. Sua escultura tem lotes de volumes de ritmo.

Seus trabalhos principais incluem: o “Monumento à juventude brasileira”, localizado nas terras do Ministério da Cultura, no Rio de Janeiro. Em Brasília são a “Dois guerreiros” escultura de bronze “O Tempo”. No Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, é o “Camponesa”.

Em Tel Aviv, é “O Ritual” escultura em mármore no Weizmann Insitituto.

Em San Pablo estão cinco de suas obras. “Fundadores” e “Mulheres de Mococa” estão em lugares públicos.

Os restantes “Mulheres de triângulos”, “São Francisco eo Lobo de Gubbio” e “Torso”, estão no Museu de Belas Artes EQuirino da Silva “.

Cronologia

Filho de comerciantes italianos imigrantes, aos seis anos foi com a família, pais e os dois irmãos, para Roma (1911), quando seus pais decidiram regressar para sua terra natal, e em Roma foi educado e estudou desenho e escultura (1920 – 1922).

Entre os anos de 1930 a 1935.

Envolveu-se com os movimentos anarquistas e antifascistas, durante o período em que viveu na Itália.

No governo de Mussolini, ele serviu a resistência italiana e acabou sendo preso pelo governo em Nápoles. Acusado de conspiração contra o regime, foi preso por quatro anos. Através da intervenção da embaixada brasileira.

Só voltou ao Brasil no fim da década de 1930, quando aderiu ao movimento modernista.

Depois decidiu radicar-se em Paris (1937), onde frequentou as academias La Grande Chaumière e Ranson . Na capital francesa montou um atelier que na verdade, funcionava como um centro de articulação de atividades de exilados italianos e da resistência antifascista na Europa. Durante este período conviveu com nomes como Henry Moore , Marino Marini e Charles Despiau. Na Ranson conheceu Aristide Maillol , que passou a orientá – lo em técnicas da escultura.

É considerado o mais importante escultor brasileiro contemporâneo. Seu estilo atravessou diversas fases.

Simplificando-se cada vez mais, evoluiu do realismo para as grandes formas estilizadas.

Por volta de 1965, passou do figurativismo às formas geométricas e a trabalhar em mármore branco de Carrara.

A peça mais importante dessa fase é ” Meteoro “, no lago do palácio Itamarati, em Brasília.

O ajuste dessas várias peças foi feito com uma cola especial. Cerca de 30 homens trabalharam na montagem do monumento, fazendo uso de pesados guindastes.

A maquete do Meteoro recebeu o grande prêmio de escultura da cidade de Milão, em 1966, além de elogios de jornais europeus.”

Ave de rapina, diurna, da América, muito grande, de cabeça e pescoço nus e plumagem preta e branca.

Condor (1978), na Praça da Sé, São Paulo, e Integração (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo.Feito de concreto por Bruno Giorgi .

O Estilo de Bruno Giorgi

Foi subdividido em três fases que compreendem sua produção nas décadas que vão de 1940 a 1950.

A primeira fase teve bastante influência acadêmica com vários retratos,bustos e corpos femininos, ora gordos e opulentos, ora alongados e líricos. Esta fase é conhecida como figurativa.

Na segunda fase, chamada vegetativa, Bruno Giorgi mantém a utilização de figuras com hastes e preocupa-se com o dinamismo das obras.

Na terceira fase, mais conhecida, chamada tectônica, as esculturas assumem um significado mais abstrato e um caráter mais arquitetônico.

Fonte: www2.uol.com.br/www.viajeabrasil.com/www.cfnp.com.br

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