Joana D’arc

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Nascimento: 1412, Domrémy, França.

Falecimento: 30 de maio de 1431, Ruão, França.

Mártir, santa e líder militar Joana d’Arc, agindo sob orientação divina, conduziu o exército francês à vitória sobre os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos.

Joana D'arc
Joana D’arc

Joana d’Arc, apelidado de “A empregada doméstica de Orléans”, nasceu em 1412 em Domrémy, Bar, França.

A heroína nacional da França, aos 18 anos, ela liderou o exército francês à vitória sobre os ingleses em Orléans.

Capturado um ano mais tarde, Joana foi queimada na fogueira como herege pelos ingleses e seus colaboradores franceses.

Ela foi canonizada como um santo católico romano mais de 500 anos depois, no dia 16 de maio, 1920.

Contexto histórico

Na época do nascimento de Joana d’Arc, a França foi envolvido em uma longa guerra com a Inglaterra conhecida como Guerra dos Cem Anos; a disputa começou sobre quem seria o herdeiro do trono francês.

No início do século 15, no norte da França era uma fronteira sem lei dos exércitos de saqueadores.

Joana D’arc – Quem foi

Foi em 1338 que a Inglaterra, associada aos flamengos e bretões, iniciou contra a França uma guerra que duraria cem anos. Em 1415, quando os ingleses já dominavam quase todas as províncias marítimas francesas, surgiu no cenário de batalhas a figura de Joana D’Arc, cujas façanhas guerreiras mudaram completamente o rumo dos acontecimentos.

Nascida provavelmente em 6 de janeiro de 1412, em Donremy, pequena localidade fronteiriça, ela era filha de camponeses relativamente abastados, mas apesar disso permaneceu analfabeta.

Extremamente devota, Joana tinha pouco mais de cinco anos quando ouviu pela primeira vez o chamado de Deus, o que continuou acontecendo durante os cinco anos seguintes, cerca de duas e três vezes por semana. Entre as vozes que ouvia a menina identificou as de Santa Catarina e Santa Margarida, que lhe ordenaram partir em socorro do delfim da França, futuro Carlos VII.

Uma profecia conhecida na época anunciava que a restauração da grandiosidade francesa seria feita por uma donzela da fronteira da Lorena, e Joana provavelmente devia saber disso. O fato é que a moça se equipou para a guerra e procurou em seguida o palácio real, onde após algumas dificuldades conseguiu chegar à presença de Carlos, a quem afirmou que tinha sido enviada por Deus para salvar a pátria assediada e depois coroar o rei na cidade de Reims.

Submetida a muitas provas, nas quais respondeu a todos os interrogatórios com grande habilidade, ela foi então declarada como chefe de guerra, iniciando a partir daí uma campanha militar cujo primeiro resultado foi a reconquista de Orleans, em 29/4/1429.

A seguir, ofensivas fulminantes permitiram a retomada de Patay, onde os ingleses sofreram derrota esmagadora, além de Troyes, Châlons e Reims, invadida pelo exército de Joana D’Arc no dia 16 de julho, e na qual, no dia imediato, processou-se a sagração do soberano francês em presença da donzela, que mostrando seu estandarte de guerra ocupava lugar de destaque na cerimônia.

Com isso chegara ao fim a missão a que Joana D’Arc se propusera, mas ela continuou à frente dos seus soldados. Até que na primavera de 1430, quando, mesmo desaconselhada por vozes interiores, a donzela marchou para socorrer Compiégne, acabou caindo em poder dos inimigos.

Em novembro de 1430, Joana d’ Arc entrou pela primeira vez na sala do tribunal tendo contra si a acusação de heresia, apostasia, bruxaria e idolatria. Seu julgamento durou seis meses, e ao final dele sendo considerada culpada, foi condenada à fogueira. Joana D’Arc morreu na cidade de Ruão em 30 de maio de 1431.

Consumada a execução, o corpo carbonizado da heroína francesa permaneceu exposto para que todos pudessem vê-lo, mas em seguida foi novamente atirado à fogueira, a fim de que se transformasse em cinzas. Apesar do trágico desfecho, a carreira militar da jovem e seu martírio fortaleceram e estimularam a França para a resistência aos ingleses, o que acabou redundando na expulsão dos invasores.

Joana d’Arc foi esquecida pela história até ao século 19, quando os franceses a redescobriram. Antes disso, porém, Shakespeare tratou-a como uma bruxa, e Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado “La Pucelle d´Orleans” ou “A Donzela de Orleans”. Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha – que ocupou a Alsácia e a Lorena – “Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingênua, tornou-se a heroína do sentimento nacional”, o que fez com que republicanos e nacionalistas passassem a exaltar “aquela que deu sua vida pela pátria”.

Por ocasião da Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, ‘os postais patrióticos mostravam Joana à frente dos exércitos’, e monumentos seus apareceram como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabeleceu, então, uma festa nacional em sua honra, no 2º domingo de maio.

Beatificada em 1909, o papa Bento XV a santificou em 9 de maio de 1920, quinhentos anos depois da sua morte, e em 1922 ela se tornou padroeira da França.

A Igreja a festeja em 30 de maio, mas os franceses comemoram o seu dia no segundo domingo do mesmo mês. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo sendo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.

Joana D’arc – Vida

Joana D'arc
Joana D’arc

Joana d’Arc era filha de camponeses da Lorena, ela tinha dezessete anos de idade quando se tornou uma heroína da França, na Guerra conhecida como “guerra dos cem anos”.

Muito religiosa, Joana d’Arc afirmava ter visões, em que lhe apareciam Santa Catarina e Santa Margarida, ordenando-lhe que fosse salvar a Pátria. A cavalo com vestes masculinas e acompanhada de uma escolta, Joana foi a Chinon, onde se encontrava o rei Carlos VII.

Por ordens do soberano, foi nomeada uma comissão de teólogos para interrogá-la, mas a todos surpreendeu a jovem francesa com a confiança inabalável em sua missão. Então Carlos VII permitiu que fosse, à frente de dez mil homens, socorrer Orleãs, cercada pelos ingleses. Pouco depois era o inimigo obrigado a bandonar o cerco.

Em Patay, Joana alcançou novo triunfo, quando venceu e aprisionou o célebre Talbot, herói das tropas inglesas. Com esta vitória pôde Carlos VII entrar em Reims, onde foi coroado rei de toda a França.

É neste momento que a Joana resolve sair de cena e declarou estar terminada sua missão, mas o rei não consentiu que ela abandonasse a luta. Quando procurava libertar a cidade de Compiègne, foi aprisionada pelos borgonheses que, embora franceses, eram aliados da Inglaterra.

Os ingleses procuraram anular o prestígio e a popularidade da heroína: Submeteram- na a injusto processo, acusando-a de herética e feiticeira.

Condenada à morte, foi queimada em praça pública, a 30 de maio de 1431, na cidade de Ruão.

O ingrato rei, que lhe devera o trono, nada fêz em seu favor: mais tarde, como sempre, porém, arrependido reabilitou publicamente a sua memória.

A guerra prosseguiu ainda alguns anos, sempre com a vitória dos franceses embalados com o espírito vencedor de joana d’Arc uma grande heroína francesa.

Joana D’arc – Biografia

Joana D'arc
Joana D’arc

Movida por uma fé inquebrantável, Joana d’Arc contribuiu de forma decisiva para mudar o rumo da guerra dos cem anos, entre a França e a Inglaterra.

Joana d’Arc nasceu em Domrémy, na região francesa do Barrois, em 6 de janeiro de 1412. Filha de camponeses, desde pequena distinguiu-se por sua índole piedosa e devota. Aos 13 anos, declarou que podia ouvir a voz de Deus, que a exortava a ser boa e a cumprir os deveres cristãos. A mesma voz ordenou-lhe depois que libertasse a cidade de Orléans do jugo inglês. Afirmou ainda ter visto o arcanjo são Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, cujas vozes ouvia.

Quando as lutas entre franceses e ingleses se aproximaram do Barrois, Joana d’Arc não retardou por mais tempo o cumprimento das ordens sobrenaturais.

Partiu de sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava o rei da França, Carlos VII, então escarnecido como “rei de Bourges” em alusão às reduzidas proporções de seus domínios.

O país estava quase todo em mãos dos ingleses. Os borgonheses, seus aliados, com a cumplicidade de Isabel da Baviera, entregaram a nação ao domínio britânico, pelo Tratado de Troyes. Inspirada por extraordinário patriotismo, Joana comunicou ao rei a insólita missão que recebera de Deus. Nesse encontro, em março de 1428, assombrou a todos pela segurança com que se dirigiu ao rei, que lhe entregou o comando de um pequeno exército para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. No caminho, a atitude heróica da humilde camponesa atraiu adesões para as tropas que comandava.

Chegando a Orléans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, fortalecido pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. O feito glorioso de Joana d’Arc, pelo qual foi cognominada a Virgem de Orléans, aumentou seu prestígio, mesmo entre os soldados inimigos, e alimentou a crença em seu poder sobrenatural. A coragem da heroína realizou efetivamente o milagre de erguer o espírito abatido da França. Um sopro cívico perpassou pela nação.

Joana d’Arc, porém, ambicionava nova missão: levar o rei Carlos VII para ser sagrado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa, o que ocorreu em 17 de julho de 1429. Na tentativa que se seguiu da retomada de Paris, a heroína foi ferida, o que contribuiu para aumentar o patriotismo de seus conterrâneos.

No ataque que empreendeu a Compiègne, em maio de 1430, Joana foi aprisionada pelos borgonheses. Em lugar de executá-la sumariamente, como poderiam ter feito, preferiram planejar uma forma de privá-la da auréola de santa por meio da condenação por um tribunal espiritual. No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de heroína, Joana d’Arc não encontrou apoio por parte do rei.

Em junho, o bispo Pierre Cauchon surgiu no acampamento de João de Luxemburgo, onde se encontrava a prisioneira, e conseguiu que ela fosse vendida aos ingleses. Ambicioso, desejando obter o bispado de Rouen, então vago, Cauchon faria tudo para agradar aos donos do poder. Sem direito a defensor, confinada numa prisão laica e guardada por carcereiros ingleses, Joana d’Arc foi submetida por Cauchon a um processo por heresia, mas enfrentou os juízes com grande serenidade, como revela o texto do processo.

Para transformar a pena de morte em prisão perpétua, assinou uma abjuração em que prometia, entre outras coisas, não mais vestir roupas masculinas, como forma de demonstrar sua subordinação à igreja. Dias depois, por vontade própria ou por imposição dos carcereiros ingleses, voltou a envergar roupas masculinas. Condenada à fogueira por heresia, foi supliciada publicamente na praça do Mercado Vermelho, em Rouen, em 30 de maio de 1431. Seu sacrifício despertou novas energias no povo francês, que finalmente expulsou os ingleses de Calais. Joana d’Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento V.

SANTA JOANA D’ARC

Joana D'arc
Joana D’arc

Mártir francesa canonizada em 1920 (1412-1431). Heroína da Guerra dos Cem Anos, ajuda a libertar a França do domínio inglês. De família modesta, nasce em Domrémy e, aos 13 anos, afirma ouvir vozes divinas lhe pedirem para salvar a França da mão dos ingleses.

Durante cinco anos, mantém essas mensagens em segredo.

Em 1429, deixa sua casa na região de Champagne e viaja para a Corte do rei francês Carlos VII.

Convence-o a colocar as tropas sob seu comando e parte para libertar a cidade Orléans, sitiada pelos ingleses há oito meses. À frente de um pequeno Exército, derrota os invasores em oito dias, em maio de 1429. Um mês depois, conduz Carlos VII à cidade de Reims, onde ele é coroado no dia 17 de julho.

A vitória em Orléans e a sagração do rei reascendem a esperança dos franceses de libertar o país. Na primavera de 1430, Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne, dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses.

É presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos ingleses. Interessados em desacreditá-la, eles a processam por bruxaria e heresia. Submetida a um tribunal católico em Rouen, é condenada à morte depois de meses de julgamento. É queimada viva na mesma cidade em 30 de maio de 1431, aos 19 anos.

A revisão de seu processo começa a partir de 1456 e a Igreja Católica a beatifica em 1909. Em 1920, é declarada santa pelo Papa.

CONDENAÇÃO DE JOANA D’ARC

Joana D'arc
Joana D’arc

Victoria Sackiville-West, escreveu Santa Joana D’Arc (Ed. N.Fronteira, 1964, p. 263/294), onde relata trechos autênticos do processo de Joana D’Arc, queimada viva como herege em Rouen, à 30 de maio de 1431. Estátua em Paris

Sentença:

“Que a mulher comumente chamada de Jeanne la Pucelle… será denunciada e declarada feiticeira, adivinha, pseudoprofeta, invocadora de maus espíritos, conspiradora, supersticiosa, implicada na prática de magia e afeita a ela, teimosa quanto à fé católica, cismática quanto ao artigo Unam Sanctam, etc, e, em diversos outros artigos de nossa fé, cética e extraviada, sacrílega, idólatra, apóstata, execrável e maligna, blasfema em relação a Deus e Seus santos, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz, incitadora da guerra, cruelmente ávida de sangue humano, incitando o derramamento do sangue dos homens, tendo completa e vergonhosamente abandonado as decências próprias de seu sexo, e tendo imodestamente adotado o traje e o status de um soldado; por isso e por outras coisas abomináveis a Deus e aos homens, traidora das leis divinas e naturais e da disciplina da Igreja, sedutora de príncipes e do povo, tendo, em desprezo e desdém a Deus, consentido em ser venerada e adorada, dando as mãos e a roupa para serem beijadas, hereje ou, ou de qualquer modo, veementemente suspeita de heresia, por isso ela será punida e corrigida de acordo com as leis divinas e canônicas…”

E a autora narra a execução da seguinte forma: “…Mãos inglesas seguraram-na rudemente e a impeliram em direção ao cadafalso, para onde a ergueram e onde a estaca e os feixes de lenha estavam à sua espera. Era feito de estuque, e muito alto, tão alto que o carrasco teve dificuldade em alcançá-la, e foi incapaz de fazer seu trabalho rapidamente.

Em vez de uma coroa de espinhos, puseram-lhe um chapéu alto de papel, como uma mitra, contendo as palavras: ‘Herege, relapsa, apóstata, idólatra’…

La Pierre, a pedido dela e enviado por Masieu, foi buscar o crucifixo na igreja próxima de Saint-Sauveur e, subindo o cadafalso, segurou-o à sua frente. Joana lhe disse que descesse quando o fogo fosse aceso, mas que continuasse a segurar o cruxifixo no alto para que ela pudesse vê-lo.

Enquanto isso, eles a amarraram à estaca, e alguns ingleses riram quando ela chamou Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel em voz alta e gritou:

“Ah, Rouen! tenho grande medo que tenhas de sofrer pela minha morte”. Então, enquanto as chamas estalavam e subiam, ela chamou Jesus repetidamente e em voz alta; sua cabeça caiu para a frente, e foi a última palavra que a ouviram pronunciar…Para que não houvesse nenhuma dúvida possível quanto à morte da feiticeira – pois os ingleses tinham medo de que surgisse algum rumor de sua fuga -, o carrasco recebeu ordens de abrir as chamas e mostar seu corpo nu e carbonizado pendurado na estaca.”

Fonte: www.biography.com/www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/historianovaemfoco.com

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