Dia do Desbravador

8 de Abril

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O desbravador é aquele que alimenta a sede de descobertas e desafia o espírito de aventura, enfrentando vários obstáculos em busca de novas conquistas. Eles buscam sempre o diferente e o desconhecido, como foi durante a época das navegações.O ser humano é o desbravador do nosso tempo. Com sua inteligência é capaz de realizar inúmeras descobertas, que visam proporcionar o bem –estar dos homens e aumentar sua qualidade de vida.

Os desbravadores fazem inúmeros descobertos e deixam grandes legados de conhecimento, que ao mesmo tempo em que deixam novos caminhos a serem explorados, proporciona um novo estilo de vida. Entre as grandes descobertas dos homens pode-se citar a criação da imprensa, da energia elétrica, do telefone, do motor a vapor, do computador digital, do telégrafo, do rádio, da internet, entre muitas outras. Na ciência, o homem já criou o clone e o projeto Genoma. Fora do planeta Terra, o homem foi capaz de chegar à lua e atualmente suas forças estão voltadas para a exploração do Planeta Marte.

Dia do Desbravador

Todo homem possui dentro de si o instinto de um verdadeiro desbravador, seu desejo de descoberta não possui limites e sua criatividade é sempre capaz de leva-lo além. Para isso, é necessário se arriscar, mas inovando, surpreendendo-se e, principalmente, torcendo por si mesmo.

“Não devemos parar de explorar, e no fim de todas as nossas explorações chegaremos aonde começamos e conheceremos esse sítio pela primeira vez” T.S. Elliot.

Fonte: Correio Histórias

Dia do Desbravador

8 de Abril

BREVE HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES

O SURGIMENTO DA IDÉIA

O nome DESBRAVADORES foi usado por Theron Johnston, em 1930, quando organizou um clube em sua casa na cidade Sant‘Ana, Califórnia, nos Estados Unidos. Não recebeu apoio e acabou abandonando a idéia.

Já em 1940, a Associação do Sudoeste da Califórnia chamou o seu acampamento de “Acampamento de Desbravadores Jovens Missionários Voluntários”. Nessa época, também surgiu um clube organizado pelo pastor Laurence Skinner com o nome “Locomotiva”.

O DESENVOLVIMENTO

O clube começou a tomar corpo a partir de 1946, com a liderança do pastor John Hancock, que era diretor de jovens da Associação do Sudoeste da Califórnia. Aproveitando o nome do acampamento da Associação, chamaram de “Clube dos Desbravadores Jovens Missionários Voluntários”.

A ORGANIZAÇÃO

Em 1946, o próprio pastor Hancock desenhou o emblema em forma de triângulo, que ainda é usado em todo o mundo.

Em 1947, a Associação Geral pediu à União do Pacífico para desenvolver a Organização do Clube de Desbravadores. O pastor J. R. Nelson coordenou este trabalho. Em seguida, Lawrence Paulson escreveu os primeiros manuais de orientação. Em maio de 1949, o pastor Henry Berg, mesmo não sendo músico, compôs o Hino dos Desbravadores.

A OFICIALIZAÇÃO

Em 1950 o departamento de Jovens da Associação Geral adotou oficialmente o “Clube de Desbravadores Jovens Missionários Voluntários” como um programa mundial. Em 1952 o Hino dos Desbravadores foi oficializado e passou a fazer parte do programa.

Texto compilado do folheto NOSSO CLUBE – O que você precisa saber para ser um Desbravador.

Até o início do século XX faltava à juventude adventista um bem dirigido programa de atividades designadas especificamente para suprir as suas necessidades, uma situação no qual os líderes denominacionais na Associação Geral, União e Associações Locais pareciam despercebidos. Em vista de que eles queriam estar mais preocupados com o evangelismo, os próprios jovens e alguns leigos adultos iniciaram a Sociedade dos Missionários Voluntários e ao Clube dos Desbravadores que se tornaram os maiores programas da denominação.

O Programa Missionário Voluntário que foi adotado na Conferência Geral em 1907 era basicamente espiritual e, por conseguinte satisfazia somente parcialmente as necessidades dos jovens. Alguns meninos adventistas desejaram unir-se aos escoteiros que se estabeleceram em 1910, mas enfrentaram problemas já que as atividades dos escoteiros conflitavam com as crenças adventistas e as práticas adventistas, incluindo o culto do sábado, ida ao cinema, a danças, a dieta e atividades missionárias.

Respondendo a esta situação, o Departamento dos Missionários Voluntários expandiu seu programa numa tentativa para prover treino físico, mental, social e técnico através das Classes Progressivas, das Especialidades e de Acampamentos.

As Classes Progressivas, agora Classes dos Desbravadores, ofereciam instrução religiosa, estudo da natureza, e aquisição de novas técnicas. A Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Guia para as Classes em 1922. O menino ou menina com dez anos de idade, ou na quinta série, podia tornar-se Amigo. Completando os requisitos, ele participaria num serviço de investidura, numa cerimônia especial, no qual aqueles que passaram no teste eram investidos e recebiam os seus distintivos, certificados e também comendas aos distintivos das especialidades. Os meninos e as meninas conseguiam ou ganhavam especialidades JA em muitos campos diferentes enquanto trabalhavam para cumprir os requisitos das Classes. C. Lester Bond, secretário do Departamento de Jovens da Associação Geral, obteve a permissão do líder dos escoteiros para usar algumas de suas idéias e materiais ao ele preparar a especialidade em 1928.

Alguns líderes da igreja o acusaram consequentemente de trazer o mundo para dentro da igreja. No entanto, Bond incorporou idéias dos escoteiros e materiais num programa dos Missionários Voluntários Juvenis.

Por volta desse tempo a denominação temendo que um acampamento de verão não-adventista pudesse trazer uma influência negativa sobre os jovens adventistas, organizou seus próprios acampamentos de verão. O primeiro foi organizado na cidade de Lina Lake, Michigan, em 1926. Através dessas iniciativas dos líderes dos jovens, incorporavam atividades seculares no programa jovem, mas a Sociedade dos Missionários Voluntários da Igreja e a Escola da Igreja local, as quais eram responsáveis para implementar o programa, continuavam a dar ênfase aos elementos espirituais. A Sociedade dos Missionários Voluntários se reunia aos sábados e limitava as suas atividades às que eram apropriadas para o sábado. Raramente planejavam atividades seculares, exceto sociais para o sábado á noite na Igreja ou uma excursão ocasional.

Os meninos e as meninas, por conseguinte necessitavam de um programa efetivo centralizado na igreja que pudesse provê-los com oportunidades para explorar, para experimentar e desenvolver técnicas enquanto ao mesmo tempo os levava a uma sincera entrega para a vida cristã.

Uma história não documentada intitulada “Fora da Janela” apareceu no Departamento dos Missionários Voluntários para mostrar como a juventude adventista anelava por mais atenção por parte da igreja. Conta-nos que os meninos Dom e Bert se uniram aos meninos da vizinhança no parque numa noite enquanto seus pais estavam fazendo uma festa na Casa da Don. Os meninos foram para a casa e cautelosamente olharam através da janela para ver o que estava acontecendo, sentindo-se negligenciados e desejando também participar da festa. Eles tinham esperança de organizar um Clube e pediram ao pai de Bert por ajuda, mas ele estava muito ocupado e recomendou que eles pedissem ao Sr. Miller, professor da escola. Ele também estava muito ocupado. Os meninos ainda estavam procurando alguém para ajuda-los naquela noite, e um menino disse: Se os pais têm tempo para as suas festas como esta, eu penso que eles deveriam ter tempo para ajudar-nos.

Em resposta à sugestão de Bill, os meninos esvaziaram os pneus de todos os carros que estavam estacionados perto da casa e se esconderam no mato. Descobrindo que seus carros tinham os pneus vazios, os pais chamaram a polícia para pegar os gangsters que haviam se comportado daquela maneira e como uma afronta à sociedade deviam ser detidos.

Imaginem quão chocados eles ficaram quando os “vagabundos” foram identificados. Numa seção da corte juvenil, no dia seguinte, o juiz Simpson descobriu que os pais dos meninos estavam tão ocupados para atender os seus filhos e que a igreja não tinha suficientes atividades recreativas para eles. Repreendeu o pai de Bert e o pastor da igreja por serem delinquentes e mencionou que era tempo para que os pais e a igreja se despertassem de sua letargia e planejassem um programa positivo para os jovens.

No esforço para satisfazer as necessidades da juventude adventista, alguns membros da igreja começaram a organizar para eles no início de 1911, mas não desenvolveram um programa unificado. A Associação Geral também não tentou organizar um clube e nem endossar o estabelecimento de um Clube até meados do século XX. Clubes experimentais incluindo Woodland Clan, os Escoteiros Missionários, os Índios Takoma e os Pals, surgiram em Takoma Park Maryland.

Influenciado pelos escoteiros, Harold Lewis, que começou os Pals, incorporou algumas de suas idéias, incluindo excursões e acampamentos e um Clube. Pouco é conhecido acerca desses clubes, exceto que eles não estendiam a oportunidade para as meninas. Poucos anos mais tarde, Newton Robinson, diretor do Currículo Normal do Union College, Lincoln, NE, decidiu experimentar com um programa revisado do Departamento dos Missionários Voluntários. Ele começou o Clube chamado Boy Pals com jogos, excursões, fogueiras, trabalhos manuais, e habilidades recomendadas pelos líderes MV. Mas não havia nenhuma evidência que o Clube de Robinson tinha algum significado permanente.

Em 1919, entretanto, Arthur Spalding, editor do Watchman Magazine, aventurou-se numa atividade similar do Sul. Ele começou um Clube chamado os Escoteiros Missionários em seu lar em Madison, Tenesse, para seus dois filhos, Ronald e Winfred, e alguns de seus amigos, em resposta ao desejo de unirem-se aos escoteiros da América.

A idéia em realidade originou-se com Winfred, que pediu, ao estar passando por um acampamento de escoteiros com seu pai e seu irmão, sábado á tarde, que lhes permitisse acampar. A sugestão fez tal impressão sobre Arthur Spalding que ele começou a pensar em organizar um Clube para meninos adventistas. Ele estudou a organização e os regulamentos dos escoteiros, fez alguma revisão e formulou novas diretrizes, as quais ele pensou se adaptariam melhor para uma organização de jovens adventistas. Depois de algum tempo num domingo na primavera enquanto Spalding e seus filhos estavam trabalhando no jardim, Ronald expressou o desejo de ir acampar. Por esta ocasião Spalding agiu prontamente. Juntos, naquela tarde fizeram planos para um Clube e decidiram que meninos convidar.

Na próxima Sexta-feira foram acampar e usufruíram de um fim de semana fazendo excursões no verão. Atividades adicionais do Clube incluíam trabalhos manuais, trabalhos em madeira e seguimento de pista. O Clube de Spalding desenvolveu os regulamentos e idéias que foram fundamentos para o moderno Clube de Desbravadores.O Clube adotou o Voto e a Lei, que formava a base para aqueles usados pelos missionários, pela Sociedade dos Missionários Voluntários Juvenis e os Desbravadores. Que Spalding adotou idéias dos escoteiros é evidenciado na similaridade entre o voto JA e a Lei dos escoteiros e a

Promessa e Lei achada no Manual do Escoteiro Mestre. Ambos os votos requerem dos jovens que trabalhe para Deus e para o homem, que mantenham altos padrões morais e que guardem a Lei do Clube. Ambos conjuntos de Lei incluem em qualidades que devem ser imitadas: obediência, veracidade, cortesia, lealdade, alegria, respeito, amizade e reverência. Através da Lei ou do Voto do seu Clube, Spalding em contraste com os líderes de outros clubes, contribuiu para alguma coisa de significado permanente.

Uma série de eventos que começou na Califórnia no fim de 1920 levou ao desenvolvimento do primeiro Clube a usar o nome de Desbravador. John Mckim que cuidava de uma escola pública, e era um experimentado escoteiro, pensou que os meninos e meninas da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Santa Ana necessitavam de um programa com atividade similar aquela dos escoteiros. Ele reconheceu que os jovens adventistas que se uniram aos escoteiros teriam problemas com as atividades dos escoteiros que conflitavam com algumas doutrinas e práticas da igreja adventista. Ele, por conseguinte organizou os meninos da Igreja de Santa Ana num clube, mas reunia em Anaheim, no condado de Orange, onde ele vivia. As meninas mais tarde tornaram-se membros do Clube supervisionadas pela esposa em Mckim.

Em 1930 outro clube para meninos da Igreja de Santa Ana surgiu sob a liderança do Dr. Theron Johnston. Ele se encontrava com os juvenis no porão de sua casa em Santa Ana, ensinando-os técnicas de rádio e eletrônica. Sua filha Maurine tinha o ajudado com rádio e protestou quando não lhe foi permitido entrar no Clube. Como resultado sua mãe começou o clube para meninas, que se reunia no porão.

Os Clubes de Mickim e Johnston se encontravam uma vez por mês no lar de Johnston para reuniões em conjunto e iam acampar, faziam excursões a cada 3 meses. Os membros do Clube também se uniram ao coral juvenil do condado de Orange, que era dirigido pela Sr. Mckim e cantavam nas regiões evangelísticas. Eles também se reuniam regularmente num dia de semana aprendendo técnicas e estudando a natureza ao estarem cumprindo os requisitos de Amigo, Companheiro e Guia. Seu uniforme era apenas uma camisa especial.

Ambos os Clubes usaram o nome de Desbravadores escolhidos por Mckim. Não há certeza onde é que ele obteve aquele nome, porquanto provavelmente aprendeu em 1928 no primeiro acampamento conduzido pela Associação do Sudeste da Califórnia.

Um dos oficiais da Associação no Acampamento contou-lhe a história de John Fremont, um explorador americano ao qual se referiu como desbravador. Mckim podia ter ouvido então o nome e decidiu usá-lo para seu clube que foi formado no ano seguinte.

Mesmo formado para os jovens de Santa Ana, os clubes não receberam o reconhecimento e apoio dos membros da igreja que argumentavam que eles não necessitavam de um clube secular para os jovens e nem desejavam escoteiros nem escoteiras na igreja. Eles acusaram Mckim e Johnston de trazer o mundo para a igreja e os ameaçaram de discipliná-los, desligá-los da igreja se eles não abandonassem os clubes. C. Lester Bond, diretor associado dos jovens para a Associação Geral e outros também temiam que o nome Desbravador pudesse substituir o nome religioso Missionários Voluntários. Não desejando que atividades seculares tomassem lugar das espirituais, eles desencorajaram o uso do nome Desbravador e a idéia de um Clube secular. A despeito dos esforços que Mckim e Johnston fizeram, ambos os clubes cessaram de existir depois de 1936, mas a idéia de desbravar sobreviveu e os clubes de Santa Ana permanaceram como precursores do Clube de Desbravadores na Califórnia em particular e na América do Norte e no mundo geral.

A Associação do Sudeste da Califórnia continuou usando o termo Desbravador. Ela chamou o acampamento que estabeleceu em Idyllwild em 1930 de Acampamento do Desbravador MV, evidentemente por causa do relacionamento do seu programa e aqueles dos Clubes de Desbravadores de Santa Ana. Lawrence Skinner, pastor adventista, continuou mais tarde a idéia de Desbravador quando ele organizou o primeiro clube permanente em Glendale em 1937. Lawrence Paulson, um empregado do Hospital de Glendale, assumiu a liderança do Clube em 1939, 1940, e sob sua guia o clube começou a crescer.

O Curso da Formação de Socorrista-Padioleiro era muito forte então e parecia tempo apropriado para os Desbravadores crescerem, diz Skinner. O Clube incorporou a ordem unida e marcha praticada pelos socorristas-padioleiros em seu programa e usava membros dos socorristas-padioleiros para ensinar os desbravadores.

Na década de 40, os clubes dos desbravadores cresceram através da América do Norte, alguns começaram na Califórnia, o centro das atividades dos Desbravadores, e outros começaram no noroeste do Pacífico.

Em 1944 Skinner foi para a União do Pacífico Norte, como Diretor de Jovens e estimulou o interesse no Clube de Desbravadores, mesmo que não tivesse por si mesmo iniciado nenhum clube. Em vista de que a Associação Geral ainda se opunha á criação dos desbravadores, Skinner decidiu chamar os novos clubes de “Trailblazer” (que abre caminho); um destes clubes envolvia meninos e meninas de 10 a 15 anos de idade. Seu programa era similar ao programa dos clubes de desbravadores, hoje, incluindo as Classes JA e Especialidades, investidura, acampamento, cozinha, excursões, seguimento de pista, estudo da natureza, nós, primeiros socorros e assim por diante. Os membros tinham um uniforme verde selva, que usaram no dia do MV Trailblazer. A idéia do Trailblazer se espalhou pela Califórnia também onde Bem Mattison, diretor de Jovens da Associação começou um Clube na Associação do Norte da Califórnia. Antes da organização de Mattison, entretanto, o primeiro Clube patrocinado pela Associação se desenvolveu em Riverside, 1946, sob a direção de John Hancock, diretor de jovens da Associação do Sudeste da Califórnia. Logo depois que Hancock voltou do Acampamento de verão daquele ano, uma mãe dos acampantes o visitou expressando o desejo de que o acampamento tivesse a duração de um ano. Quando perguntada por que, ela explicou que seu filho tinha recebido uma grande benção durante o acampamento de verão. A conversação impressionou Hancock, a começar uma organização que tivesse um efeito similar sobre os jovens através do ano. Hancock sabia dos desbravadores em Santa Ana e do Trailblazers e ele decidiu organizar um clube similar.

Francis Hunt, um estudante do La Sierra College e sua esposa serviram como os primeiros diretores do clube e Orva Ackerman foi uma das conselheiras. O grupo começou com 15 membros que com seus líderes se reuniam no lar dos Hancocks. O estabelecimento deste clube patrocinado pela Associação marcou um importante passo na história do desbravador, em vista de que a Associação tinha se unido com a igreja local para ajudar a cumprir a missão da igreja à sua juventude.

No mesmo ano, Skinner, ardente advogado de tais grupos, tornou-se Diretor Associado da Associação Geral. Naquele tempo J.R. Nelson servia como Diretor de Jovens da União Pacífico na qual existiam os Clubes de Desbravadores. A presença de Paulson na igreja de Glendale, Mattison e Hancock na Associação Local, Nelson na União e Skinner na Conferência Geral estabeleceram um ponto para o desenvolvimento e adoção de um programa unificado para os desbravadores.

Também em 1946 Hancock acrescentou um novo item no clube de desbravadores desenhando o emblema dos desbravadores. Os três lados do emblema representam o desenvolvimento físico, mental e espiritual dos jovens. A espada representa o Espírito Santo e o escudo a Fé. Juntos eles indicavam que o Clube era uma organização espiritual, relacionada com a igreja. O ano de 1946 foi um ano chave na história de movimento dos desbravadores.

No ano seguinte o departamento de jovens da Associação Geral pediu a União Pacífico para desenvolver um programa unificado dos desbravadores. Dirigidos por Nelson, uma comissão de Diretores de jovens da Associação local e alguns leigos, incluindo Paulson, começaram a trabalhar o programa. A sugestão de Paulson, que um livro de registros fosse providenciado para o resultado dos desbravadores, na publicação dos livros de registros dos Missionários Voluntários designado para permitir um acurado relatório do trabalho feito no Clube de Desbravadores e nas Classes MV. A comissão levou vários anos para organizar o programa e naquele tempo os clubes ganhavam novos feitios.

Henry Bergh, Diretor de Jovens da Associação Central da Califórnia, desenhou a bandeira dos desbravadores em 1948. Os quadrados azuis significando lealdade e coragem enquanto dois quadrados brancos representando a pureza. O emblema dos desbravadores, que se encontra no meio da bandeira, colocava uma interpretação diferente daquela dada por Hancock. A espada representava a palavra de Deus e o escudo a verdade.

Além de adquirir novas feições, os Clubes de Desbravadores da Califórnia começaram a se multiplicar. Motivados pelas atividades do grupo de Don Palmer em Loma Linda e pelo seu desejo pessoal de trabalhar com os jovens, Mervyn Maxwell, um pastor, juntamente com sua esposa, estabeleceram um clube na igreja de Alturas no norte da Califórnia em 1949. Os Maxwell dirigiram as reuniões do Clube em seu lar e permitiram que os estudantes de música da Sr. Maxwell que não eram adventistas se unissem. Eles chamaram o Clube de O Pentáculo. Os membros adotavam a ordem da “água fria” significando que eles mostravam bondade de maneira prática.

Em um ano, os membros do clube trabalharam nas especialidades MV, incluindo fotografia, trabalhos em couro, cozinha e ciclismo, completando os requerimentos de Amigo e Companheiro, saíram em excursões e participaram em cerimônia de investidura. Numa dessas excursões eles descobriram um rio gelado numa caverna vulcânica. Assistido pelo irmão Lawrence Mervyn Maxwell dirigiu a cerimônia de investidura com a permissão de Glen Fillman, diretor de jovens da Associação, que teria que viajar 500 milhas para chegar a Alturas. Apesar de pequeno, o clube estava tendo êxito.

Em 1950, Lawrence Maxwell, com a ajuda de Janie Pryce, um professor, organizaram os Índios Napa, no Norte da Califórnia. Eles dividiram os meninos e as meninas em unidades que se reuniam separadamente em lares diferentes, mas que tinham reuniões juntas uma vez em algumas semanas. Em vista de que algumas unidades não estavam tendo êxito, Maxwell eventualmente abandonou a idéia de permitir que as unidades se reunissem separadamente e trouxe todos os 50 ou 60 jovens para uma reunião em conjunto. Os membros fizeram uniformes especiais de um tecido cinzento fabricado em Napa.

À medida que esses novos clubes se desenvolviam, a comissão de Nelson completou seu trabalho e apresentou o programa que tinha desenvolvido para o Departamento de Jovens da Associação Geral. Em 24 de Agosto de 1950, a comissão da Associação Geral oficialmente reconheceu o programa do Clube de Desbravadores. Ela aprovou o folheto que devia ser usado como guias na organização de clubes. Também recomendou que as reuniões fossem semanalmente, ou uma vez cada duas semanas, num dia de semana, e que as atividades incluíssem excursões, acampamentos, hobbies e recreação. É significativo que somente quatro anos antes Skinner tinha se tornado Diretor Associado do Departamento de Jovens da Associação Geral, tivesse feito uma importante decisão de interesse para a juventude adventista. Os líderes tinham finalmente reconhecido que os Desbravadores ajudariam os meninos e as meninas a se tornarem bons cristãos e que o clube animaria o uso das classes MV e o nome Missionário Voluntário. A vista dos líderes dos Escoteiros Nacionais aos escritórios da Associação Geral em 1949, pode também ter influenciado os líderes da igreja a desenvolverem seu próprio Clube. Quando os adventistas se recusaram a aceitar o convite dos líderes dos escoteiros para unir-se à sua organização, os escoteiros observaram que a denominação não tinha os recursos para executar um programa de êxito. Os líderes da igreja podem ter tomado esse comentário como um desafio.

A Associação Geral continuou a ver os Desbravadores com reservas, apesar disso. Em vista de que ainda se temia que o Clube pudesse superar a Sociedade dos Missionários Voluntários, a Associação Geral apresentou o Clube de Desbravadores como um programa da Sociedade MV que reconhecia a necessidade física, mental, social e espiritual dos meninos e meninas de 10 a 15 anos de idade.

O Clube adotou o Voto e a Lei, os clubes de leitura, o ano bíblico juvenil, a devoção matinal, as especialidades MV, cerimônia de investidura e as classes MV do programa dos juvenis. Também em 1950, a Associação Geral mudou o nome da Classe Camarada para Guia, por causa da Associação termo “camarada” com o comunismo. Em 1956, o Departamento de Jovens inseriu a Classe de Pesquisadores entre a classe de Companheiro e Guia, e a Pioneiro que foi acrescentada entre Pesquisador e Guia em 1966.

Em adição às feições adotada do Programa dos Missionários Voluntários, o clube de Desbravadores introduziu nova ênfase para ampliar o seu apelo. Instituiu o Sistema de Mérito através do qual recompensava os membros do clube por realizações especiais, oferecendo o distintivo de Excelência, reconhecimento e boa conduta. O sistema de mérito animava o desenvolvimento de traços tais como: auto controle, iniciativa individual, esportividade, trabalho em equipe e respeito pelo direito e trabalho dos outros. Também, um clube de desbravadores podia ganhar um certificado de realização anual no qual a Associação local recompensava os clubes que tivessem cumpridos determinados requerimentos. A ordem unida e a marcha tornaram-se uma parte importante do programa dos Desbravadores. À medida que eles tentavam cumprir os requisitos, os clubes solicitam a presença dos pais, e de outros adultos que mostravam interesse em suas atividades.

Através do auxilio de pais de desbravadores, adultos se desenvolveram nas atividades dos jovens, ajudando a levantar fundos para os projetos do clube, e também a compartilhar suas técnicas com os meninos e as meninas.

O resultado se seu trabalho, incluía vários trabalhos manuais e de artesanato, que eram mostrado em feiras especiais. A feiras dos desbravadores, uma ocasião festiva anual para os clubes dos desbravadores, começou em 1951. Ela era o clímax do programa do ano e provia às crianças as oportunidades de participarem de várias atividades e mostrar a sua melhor atuação. Cada unidade do clube observava o que os outros clubes fizeram e se beneficiavam com o intercâmbio de idéias. Os índios Napa realizaram a primeira feira de que se tem relato no sanatório da Escola de 1º Grau em Santa Helena, Califórnia, em 1951, mas somente os membros daquele clube participaram. O Oregon realizou sua primeira feira na Academia Eugene, apresentando demonstrações da ordem unida, cinco eventos ao ar livre, incluindo salto em extensão, armação de barracas, lançamento de sapato, queima do barbante, revezamento e prova de velocidade para atar nós.

Reconhecendo a necessidade de liderança qualificada para efetivamente implementar o programa de desbravadores, o Departamento de Jovens da Associação Geral publicou em 1951 o Curso de Treinamento para a Diretoria, editado por Lawrence Skinner, John Hancock e Lee Carter. O curso incluía treinos sobre a psicologia da adolescência, liderança de recreações, projetos da natureza, artesanato, acampamento, ordem unida e jogos. O Departamento expandiu o programa de treino, fazendo-o mais compreensíveis em 1962. Para ajudar os diretores de clubes e conselheiros a entender o programa total de desbravadores, o Departamento alguns anos depois publicou um novo e atualizado trabalho chamado Manual da Diretoria dos Desbravadores.

Uma música “Desbravadores” escrita por Henry Berg apareceu em 1952, como uma marca acrescentada para identificar os Desbravadores:

“Nós somos os Desbravadores,
Os servos do Rei dos reis!
Sempre avante, assim, marchamos,
Fiéis às suas leis.
Devemos ao mundo anunciar
As novas da salvação;
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.”

A ênfase espiritual desse hino também apareceu nas atividades dos desbravadores. No mesmo ano, 1952, os clubes de Wisconsin participaram num programa na noite de Halloween, reunindo, coletando latas de alimentos que eles distribuíram entre os pobres. A atividade tornou-se um evento anual para os desbravadores através da América do Norte. Mais de 125 meninos e meninas participaram do programa na cidade de Nove Iorque em 1953, saudando as pessoas da casa com:

Hoje é à noite do “trick ou treat” Mas não é esta a razão pela qual estamos aqui. Gostaríamos de algum alimento enlatado para os pobres, dando-lhes a oportunidade de um Dia de Ação de Graças feliz.

Enquanto coletavam os alimentos, os desbravadores ofereciam literatura adventista, incluindo “Sinais dos Tempos”, “Guide”, a “Mocidade” e “Estes Tempos”, para as pessoas e um folheto que apresentava os desbravadores e convidava o leitor a se escrever num curso de correspondência bíblica. A natureza religiosa do clube também apareceu em seu programa “Compartilhe Tua Fé”. Aos meninos e meninas estudaram a Bíblia a desenvolverem um íntimo relacionamento coM Jesus Cristo e a igreja, eles partilhavam suas experiências com outros e os animavam a aceitarem a Jesus também. Alguns desbravadores conduziram reuniões evangelísticas, testemunhando para seus colegas e adultos.

Dia do Desbravador
Elder Lester Bond

Numerosos exemplos dessas atividades apareceram nas publicações adventistas. Os Desbravadores de Chula Vista, Califórnia, distribuíram literatura adventista para o povo na sua área e participaram de esforço evangelístico na igreja. Os membros do Hapi Lanta Clube, em Atlanta, Geórgia, apareceram quatro vezes nas maiores televisões de Atlanta e partilhando sua fé com as pessoas daquela cidade. Eles também visitaram os enfermos, matriculando as pessoas no Curso Bíblico por correspondência e distribuíram cestas de alimentos entre os pobres. Os desbravadores de Vermont demonstraram como a participação de atividades seculares pode influenciar alguém para tornar-se um membro da igreja. Depois de uma excursão de dois dias com alguns desbravadores de Vermont, alguns não adventistas concluíram que a Igreja Adventista deveria ser boa para unir-se. Mesmo planejado primariamente para adventistas, o clube de desbravadores aceitou uma pequena porcentagem de não adventistas e os animou a tornarem-se membros da igreja.

Quando os Desbravadores saíam para partilhar a sua fé, eles vestiam um uniforme verde floresta, uma outra marca de identificação do clube. O uniforme ajudava a manter moral entre os membros, dando-lhe um senso de pertencer a uma organização importante. Outras ocasiões nas quais os desbravadores usavam uniformes incluíam as reuniões do clube, cerimônias de investidura e reuniões especiais da igreja.

O Clube também apresentava seu programa de Campori, um acampamento patrocinado pela Associação, onde os Desbravadores demonstravam técnicas de atividades ao ar livre. As unidades individuais, treinadas e equipadas para viver ao ar livre, se reuniam num programa no qual se combinavam o secular e o espiritual por 3 ou 4 dias. Estas atividades ao ar livre, se uniam num programa no qual se combinavam o secular e o espiritual por 3 ou 4 dias.

Dia do Desbravador
Arthur Spalding

A literatura do clube cita que o primeiro Campori de desbravadores se reuniu 7 a 9 de Maio de 1954, em Idyllwid, Califórnia, mas há evidência que os desbravadores no sul da Nova Inglaterra e os seus líderes passaram um fim de semana em Winnekeog, demonstrando técnicas de acampamento e tendo recreação.

O maior Campori realizado nos primeiros três anos de aceitação dos Camporis tomou lugar em Oneill Park, perto de Santa Ana, Califórnia, de 12 a 21 de Outubro de 1956, onde 850 pessoas representavam o sul e o sudeste das Associações da Califórnia. O primeiro Campori da União ocorreu em 11 a 14 de Abril de 1960, em Lone Pine, Califórnia.

Dia do Desbravador
Laurence Skinner

A denominação começou a dar mais ênfase aos desbravadores através da celebração anual do Dia dos Desbravadores que começou em 1957. No sábado designado pela Associação Geral, usualmente o terceiro ou quarto sábado em setembro, os desbravadores deveriam dirigir o culto divino usando o programa preparado pelo Departamento de Jovens da Associação Geral. Neste dia, os membros do clube vestiam seus uniformes, sentavam num lugar separado para eles e relatavam à igreja seus objetivos e realizações. Tentando fazer a igreja consciente de sua responsabilidade para o clube, os desbravadores apelavam para novos membros e solicitavam a assistência dos adultos nas reuniões do clube.

A participação do culto dava aos desbravadores um senso de pertencer à Igreja.

Dia do Desbravador
John Hancock

A expansão do programa de clube também incluía um livro guia especializado no estudo na natureza e vida ao ar livre. O Departamento de Jovens da Associação Geral estabeleceu comissões e pediu a vários indivíduos para prover manuscritos e fotografias. Skinner visitou os líderes dos escoteiros e com a sua permissão selecionaram pinturas e diagramas dos seus arquivos para serem usados na preparação do livro guia. Lawrence Maxwell então trabalhou com o Departamento de Jovens e preparou o Guia de Camping (Acampamentos) que o Departamento de Jovens publicou em 1962.

Enquanto servindo como editor de Guide, Maxwell também publicou muitos artigos sobre as atividades dos Clubes de Desbravadores através da América do Norte e ás vezes recomendava coisas que os clubes poderiam fazer para enriquecer seus programas e assim ajudar a enfrentar as necessidades da juventude adventista. Desta maneira, os desbravadores em Danville, Illinois, imprimiram o primeiro jornal, “Novas dos Desbravadores”, e construíram a primeira sede do Clube em Illinois em 1953.

Os desbravadores em Reading, Pensilvânia, dirigidos por Robert Kershner, se empenharam num fim de semana de atividades no parque estadual. Os membros do clube em Los Angeles e New Hampshire participaram do “Treat em lugar do Trick” dos desbravadores, um projeto que Maxwell especialmente recomendara.

O programa de desbravadores beneficiava meninos e meninas em outras áreas também. Dirigidos por Neil Jones, os desbravadores de Cedaredge, Colorado saíram em excursão para jogar. Os desbravadores de Idaho participaram no quarto Congresso de Juvenis da Associação realizado na Academia Gen Atate. O grupo do Air Capitol e a Escola de Wichita, Kansas ganharam o primeiro prêmio na seção para juvenis de flutuar ao entrarem no Concurso na Feira Anual de Salvação. Os desbravadores de Washington adquiriram técnicas em rádio, cestaria e fogueira. Os desbravadores Moneton em New Brunswick cancelaram sua excursão e reuniram alimentos que deram para as famílias necessitadas que tinham pouco ou nenhum alimento para comer.

Os membros do Clube ressuscitado de Santa Ana fizeram um quadro de nós em 1954. Lawrence Maxwell começou um clube na igreja de Sligo, Takoma Park, Maryland, e levava os membros do clube para acampamentos de fim de semana duas vezes por ano.

A apelo destas variadas atividades foi refletido nas estatísticas do clube. Em 1957, sete anos após ter recebido reconhecimento oficial a América do Norte tinha 717 clubes com 14.722 desbravadores e 3.527 líderes adultos.

É, bem parece que a organização dos desbravadores estavam cumprindo as necessidades da juventude adventista. Mesmo que não supere totalmente a sociedade dos Missionários Voluntários, dirigia as atividades seculares e também meninos e meninas adventistas. A ênfase espiritual do primeiro trabalho jovem denominacional agora se expandiu no programa geral que tenta manter os interesses das crianças da igreja.

AMÉRICA DO SUL

Quando a mensagem adventista entrou no Peru em 1889, mais ou menos 68 anos após a independência, ninguém sonhava com que o céu havia planejado para o futuro do país. Os anos passaram, a igreja cresceu até chegarmos no ano de 1955. Um grupo de jovens que assistia à Igreja de Miraflores, perto de Lima, ouviu com muito interesse sobre a existência de um grupo de jovens e adolescentes organizados num Clube chamado Desbravadores, que se envolviam em diversas atividades especiais para sua idade.

O interesse cresceu rapidamente, as informações chegaram e foram passadas adiante e os sonhos começaram a ser formulados. Então, alguns dos líderes de jovens da igreja decidiram que era tempo de tomar coragem e estabelecer um Clube de Desbravadores moldado em solo peruano, sob a liderança e encorajamento do irmão J. Von Pohle, então diretor de jovens da União Incaica. Os líderes desse novo Clube eram um jovem casal, Nercida Ruiz (Diretora do Clube) e seu marido Armando, Sra. Phil, Segundo Guerra, Moises Rojas, Leonardo Pinedo e Sra. Ruf. Esse pequeno grupo de pioneiros se reuniu e se empenhou na tarefa de estabelecer o que tornou-se o primeiro Clube de Desbravadores no Peru e na América do Sul.

Sob a liderança de Nercida, (também a primeira diretora do clube na América do Sul) o primeiro problema que eles enfrentaram foi à escolha de um nome. Várias opções foram consideradas, como “Crianças Exploradoras”, “Exploradores de Trilhas”, “Conquistadores” e outros. Foi escolhido o nome “Conquistadores” pelos seus significados potenciais. Assim eles formaram um clube onde as crianças podiam “conquistar o mundo para Cristo”, “conquistar novos amigos” e como membro do primeiro clube, a Sra. Nira Florian, lembra, “Conquistar o Reino do Céu”. O novo nome também estava em harmonia com o objetivo da liderança que era oferecer aos jovens, adolescentes e juvenis da igreja, atividades de acordo com sua faixa etária visando o seu desenvolvimento total e harmônico, dando-lhe oportunidades de testemunhar por Jesus.

Não podemos deixar de mencionar a primeira classe batismal durante o segundo ano, liderado pelo marido da Sra. Nercida, Armando. Seus esforços resultaram nos primeiros dez desbravadores sendo batizados naquele ano. Este foi um marco que resultou em uma carta especial de felicitações enviada pelos administradores da Divisão Sul Americana.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos líderes de jovens foi à decisão pelos uniformes e por sua obtenção. Finalmente decidiram pela cor caqui para os meninos e para as meninas eles tingiram o tecido de verde escuro para as saias que serão usadas com blusas brancas. Hoje ainda existem alguns dos quepes “estrangeiros” que eles usavam. Mas a despeito de todo o trabalho, logo foram capazes de trajarem todos os 40 membros com trabalhos impecáveis. O aspecto vistoso do clube, com seus elegantes uniformes e bandeiras agitadas provocaram muitas exclamações dos curiosos e despertou o desejo em muitas crianças de fazerem parte do clube.

Hoje, após cinco décadas de existência, contamos com um verdadeiro exército de jovens e mais de 150 Clubes de Desbravadores no país, todos com os mesmos objetivos. Todos cantando com grande entusiasmo: “Conquistadores somos, los siervos del buen Jesús”. Eles sobreviveram aos muitos anos das sérias dificuldades criadas pelos grupos políticos subversivos no país. Temos orgulho de termos sido os pioneiros e de ainda fazermos parte dos mais de 160 mil desbravadores da Divisão Sul Americana.

Aproveitamos esta oportunidade para expressar nossa gratidão a Sra. Nercida Ruiz, a Deus e aos outros jovens visionários por seus esforços que nos leva a dizer literalmente com Jesus: “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.

Em nosso país a história dos Desbravadores padece por falta de registros e documentação comprobatória. Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas, nem jornais que confirmem os fatos relatados. Falando ao jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, Henry Feyerabend disse: “Eu sempre entendi que em Lageado Baixo foi fundado o primeiro Clube do Brasil, mas não tenho nenhuma prova disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da organização desse clube”.

Muitas realizações , nomes de pessoas, datas e informações podem ter caído involuntariamente no anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas deficiências naturais da comunicação oral. Consequentemente, as versões existentes, aqui apresentadas, podem, num momento ou noutro, chocar-se. Mas que tal incarar tudo isso como parte de um grande e belo mosaico construído por muitos atores?

O que você vai ler a seguir faz parte de um esforço de reconstrução da história, baseado praticamente em lembranças e relatos de personagens muito importantes para os Desbravadores no Brasil. Eles efetivamente contribuíram para estabelecer um programa que deu certo, e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard Turcílio, Henry Feyerabend, Jairo de Araújo, Jesus Nazareth Bronze, José Silvestre, Luis Roberto Farias, Osvaldo Haroldo Fuckner, Wilson Sarli… ) foi acreditar no potencial dos juvenis e jovens cristãos de nosso país. A dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode ser a oportunidade de dedicar somente a Cristo as homenagens e o louvou pelo grande empreendimento espiritual e social que é o Clube de Desbravadores.

Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de Desbravadores da Associação Geral , o Pastor Jairo Tavares de Araújo, então líder da juventude adventista da Divisão Sul-Americana, com sede ainda no Uruguai foi o primeiro a incentivar a organização de Clubes de Desbravadores na América do Sul. Em 1957, ele preparou um pequeno manual sobre como organizar um Clube de Desbravadores.

EM SÃO PAULO

“Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião de um Camporee da União Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu fomos homenageados pela criação desse movimento [ Desbravadores] no Brasil”, conta o Pastor Wilson Sarli. “Ele me lembrou de quando, em 1959, por ocasião das comemorações dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários no Brasil, realizadas no artigo Colégio Adventista Brasileiro, de 29 de julho a 1 de agosto, ele lançou um desafio para a criação de clubes de desbravadores. Eu estava presente a este congresso, ainda como distrital em Bauru, SP. Mas, até então, não havia desbravadores no Brasil. Era uma atividade desconhecida.”

O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um clube de desbravadores organizado, foi no dia 6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele havia recém assumido o Departamento de Jovens da Associação Paulista e estava representando São Paulo no Congresso de Jovens da União Austral. Na sexta-feira assistiu as apresentações de um clube de desbravadores no Chile, sob a liderança do Pastor John B. Youngberg, missionário americano que havia criado o clube naquele país.

De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor Youngbeerg, o Pastor Wilson pediu a sua secretária que o traduzisse. Segundo ele, esse material foi-lhe solicitado pelo Pastor Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos Desbravadores em Santa Catarina. Alguns dias depois, o Pastor Jesus Nazareth Bronze, então Distrital de Ribeirão Preto, comunicou-lhe que a comissão da igreja havia recentemente escolhido um diretor para o Clube de Desbravadores local, a ser fundado, e solicitava instruções para o seu funcionamento.

Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado a um dos primeiros diretores de clube do Brasil, o jovem Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois por Edgard Turcílio. No sábado, todos aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da Associação, que naquele dia pregaria sobre o Clube de Desbravadores.

O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido a 10 de junho de 1931, também participou no Congresso na Argentina, em 1961, como Diretor de Jovens da Missão Catarinense. Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense, “o Pastor Feyerabend chegou ao Brasil em 24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem as idéias da formação de clubes de Desbravadores, adquiridas em seu distrito nos Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960, Feyerabend dirigiu uma reunião de planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, que se iniciaram no dia 28 de abril de 1960… De acordo com Elza Fuckner Alves, que então contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos, nasceu exatamente um dia antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de Lúcia confirma a data. Ademar Zabel ainda lembra que, por ter apenas nove anos de idade na época, não poderia participar do Clube, mas acabou sendo aceito depois de muita insistência. Hoje (abril de 2000), Ademar tem 49 anos.”

Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor Henry Feyerabend afirma com respeito à origem dos Desbravadores em Santa Catarina: ” Não tenho nada escrito para confirmar a data de início dos clubes. Minha memória também não é perfeita. Fui para Santa Catarina em 1958 e saí de lá em 1962, transferido para A voz da Profecia. Organizei 7 ou 8 clubes em Santa Catarina messe período. Mas a Associação não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os membros da Igreja de Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu clube foi organizado antes da viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho dados escritos nem memória para declarar que foi assim”.

No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor Youngberg, que viera ao Brasil passar algumas dicas sobre como organizar clubes de desbravadores. Naquele tempo já havia clubes em seis cidades catarinenses – Lageado Baixo, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado foi o de Lageado Baixo, que teve como primeiro Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.

NO RIO DE JANEIRO

Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o clube de Ribeirão Preto, o Pastor Cláudio C. Belz ( bisneto do pioneiro Guilherme Belz) recebia dos Estados Unidos material sobre os Desbravadores. Na época, ele era Diretor de Jovens na Associação Rio-Minas. Seu pai, Rodolpho Belz, traduziu as apostilas e ambos, pai e filho, ficaram entusiasmados com as idéias nelas apresentadas. O Pastor Cláudio preparou um sermão sobre o assunto e o apresentou na igreja de Pavuna, no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, vestindo seu uniforme recém-confeccionado (foi o primeiro desbravador uniformizado em nosso país) e de bandeira em punho apresentou-se na Igreja de Meyer, Rio de Janeiro, onde também falou sobre a importância do Clube de Desbravadores. “Na hora do culto, algumas se retiraram da igreja”, lembra o Pastor Cláudio. ” Na saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um pastor adventista organizando um clube dentro da igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial… Quase desanimei. Ainda bem que meu pai era o presidente da União Este-Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda a cobertura”.

O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro campori de União, no Brasil, e o primeiro campori Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, ele foi o Diretor de jovens que mais tempo dedicou aos Desbravadores: 33 anos. Junto com o Pastor Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes em vários lugares do Brasil.

DESAFIO JUVENIL

Nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a oportunidade de participar do primeiro Campori de Associação (congresso do qual participaram vários clubes) realizado no Brasil. A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores foram o Pastores Rodolpho Gorski ( então diretor de jovens da antiga União Sul-Brasileira, cuja sede era São Paulo) e José Silvestre. “Lembro-me da viagem que fizemos de trem de São Paulo até Pirassununga”, recorda o Pastor Gorski. “Lembro-me com saudades das barracas, do programa, das atividades, dos banhos no rio, e da cachoeira”. Havia Clubes do interior do Estado e da capital, o que tornava aquele encontro um fato inédito, uma vez que os acampamentos até então eram realizados isoladamente por clubes.

Além de ser um dos organizadores desse primeiro Campori, o Pastor José Silvestre foi um desses homens que vestiu o uniforme dos desbravadores para nunca mais tirar, Natural de Regente Feijó, SP, Silvestre começou a trabalhar com Desbravadores (na Obra)em 1972, com 34 anos. Foi ordenado ao Ministério em 1975. Em 1978 foi para o distrito de Registro, SP, onde organizou três clubes, que funcionam até hoje. Em 1980 assumiu o Departamento de Jovens da Associação Paulista, a fim de continuar trabalhando com os Desbravadores. “Sempre gostei de trabalhar com os jovens porque eles encaram mais facilmente os desafios”, diz o Pastor Silvestre.

Esse gosto pelos Desbravadores começou bem cedo, quando Silvestre ainda estava no Colégio Interno, onde fundou o Clube de Desbravadores do IAE, em 1965. Na época ele leu muitos livros, manuais e apostilas dos escoteiros e outros movimentos ligados a educação de menores. Pesquisou também os livros de Ellen G. White e encontrou apoio no que ela escreveu sobre a educação, orientação e formação dos jovens e juvenis.

Os desbravadores das décadas de 1960 e 1970 não tinham materiais didáticos nem equipamentos. Naquela época as barracas eram caras e muitos materiais eram importados. Também não tinham líderes preparados, mas insistimos na realização de cursos e na preparação de novos líderes. Foram tempo difíceis, é verdade, mas acreditamos e antevimos milhares de jovens e juvenis que se firmariam na Igreja, sendo, no futuro, líderes fortes” lembra o Pastor Silvestre.

Os pequenos clubes fundados no início da década de 60, no Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e em outros Estados de nosso país foram a célula inicial do que são hoje os mais de 100 mil desbravadores, organizados em quase 3.000 clubes. “Em mais de 50 anos de história e milhares de acampamentos e Camporis, os Desbravadores acumularam muitos troféus. Eles não são apenas de madeira e metal. Os mais preciosos são pessoas, juvenis que cresceram e hoje são empresários, pastores, professores, médicos e gente que está espalhada no mundo todo, anunciando com a sua vida que Jesus em breve voltará. As faixas de especialidades, os broches, a farda, a bandeira azul e branca, o escudo vermelho e amarelo são lembranças da esperança plantada no peito. Com amor, brincadeiras e muitas felicidades.”

CAMPORIS

Com o crescimento do programa dos Desbravadores, em 1954 a idéia de um Campori de Desbravadores foi introduzida em Idyllwild. Para este Campori no sudeste da Califórnia, Charles Martin, diretor de Jovens desta Associação e seu associado, Harry Garlick, foram os coordenadores. O primeiro Camporee de Divisões além-mar foi realizado na Suécia, em 1971, pelas divisões da África Ocidental e Norte da Europa. Infelizmente, a Divisão da América do Norte não foi capaz de realizar um Campori até 1985.

O Campori da Divisão Norte-Americana foi realizado em Camp Hale, em um antigo local da divisão “Alpine”, do exército americano próximo a Leadville, nas montanhas do Colorado. A Divisão Norte-Americana não aprovou mais por um bom tempo nenhum Campori de Divisão, mas a União da Columbia patrocinou um Acampamento da Amizade ne Pensilvânia, em 1989, e desbravadores de todas as divisões estavam presentes. De fato, no sábado, haviam mais de 23 mil pessoas. é interessante notar, no entanto, que nas divisões além-mar, os Camporis de Divisão eram realizado praticamente a cada 4 anos.

Em nossa Divisão Sul-Americana, o primeiro Campori de Divisão aconteceu em Foz do Iguaçu/PR, nos últimos dias do ano de 1983 até os primeiros dias de 1984. O segundo campori aconteceu na cidade de Ponta Grossa/PR, no início do ano de 1994, e em janeiro de 2005 na cidade de Santa Helena/PR o terceiro campori.

No Brasil os primeiros Camporis foram realizados em Santa Catarina (1961), sob a liderança do Pr. Henry Feyerabend, em São Paulo (1970), sob a liderança do Pr. José Silvestre e no Rio Grande do Sul (1975), sob a liderança do Pr. José Maria Barbosa. Em anos diferentes, com propostas semelhantes, eles deram origem aos Camporis como conhecemos hoje em todo o país.

OBJETIVOS DOS DESBRAVADORES

Esta filosofia é uma parte integrante do Clube. O Clube de Desbravadores tem um currículo de 6 classes que formam o coração do programa. Os seguintes objetivos podem ser alcançados à medida que os líderes de Clube propõem satisfazer o que segue:

1. Ajudar os juvenis a compreender que são amados, cuidados e apreciados por Deus e sua Igreja.

Os desbravadores são aceitos e confirmados quando começarem a apreciar o amor de Deus revelado através da Igreja e seu ministério e sentir a necessidade de mais comprometimento e envolvimento com seus programa.

2. Encorajar os desbravadores a descobrirem o seu potencial dado por Deus

E usar os seus dons e habilidades para preencherem as espectativas de Deus para com eles, e a parte que eles podem desempenhar no grande plano da Salvação.

3.Inspirar os juvenis a dar uma expressão pessoal ao seu amor a Deus

Unindo-os em várias atividades de pesquisa.

4. Fazer a prioridade número 1 de seu programa de clube a salvação pessoal de cada desbravador.

A idade do desbravador é uma época em que muitas decisões são feitas que irão afetar as relações futuras da juventude e no desenvolvimento pessoal dele ou dela. O tempo áureo para descobrir e fazer um rrelacionamento com Deus parece estar ao redor dos 12 anos.

5. Edificar na vida do desbravador uma apreciação sadia e amor à criação de Deus pela satisfação de uma atividade ao ar livre (acampar, andar pela natureza, etc).

Os desbravadores terão a experiência do senso de admiração e adoração ao observarem e explorarem a beleza, a majestade e o poder criativo na natureza. A adoração a Deus se tornará mais significativa.

6. Ensinar habilidades específicas e passatempos prediletos aos desbravadores que farão a vida deles mais significativa e ocupará o seu tempo com empreendimentos mais úteis.

O jovem experimentará satisfação e deleite quando usam suas mãos em fazer artigos úteis de madeira, plástico, aço, argila, feltro e lã, a medida que descobrem como as coisas são trabalhadas e feitas.

7. Encorajar o desbravador a conservar um ajustamento físico

Esta é uma maneira importante para salvaguardar-se contra a doença e o enfado. Ensinar a criança a cuidar do seu corpo e estabelecer hábitos que proverão no futuro felicidade e utilidade.

8. Dar oportunidade para o desenvolvimento de liderança

Encorajando os membros do Clube a trabalharem juntos e comparrtilharem em responsabilidade de liderança. Isto ensinar-lhes-ão as lições de obediência, disciplina, desenvoltura, patriotismo e processos de dinâmica de grupos.

9. Procurar criar um desenvolvimento harmonioso da vida física, social intelectual do desbravador

O vigor da mente e do corpo, a criação de um espírito altruísta, a atenção para as atividades recreativas e culturais, poderão estimular ao crescimento pessoal e age como uma vazão para esta agitada energia a qual é tão frequentemente uma fonte destrutiva e perigosa para a pessoa jovem.

IDEAIS DOS DESBRAVADORES

Voto (original em inglês)

By the grace of God…
I will be pure.
I will be kind.
I will be true.
I will keep the Pathfinder Law.
I will be a servant of God.
I will be a friend of man.

Lei (original em inglês)

Keep the Morning Watch.
Do my honest part.
Care for my body.
Keep a level eye.
Be courteous and obedient.
Walk softly in the sanctuary.
Keep a song in my heart.
Go on God’s errands.

VOTO

“Pela graça de Deus
Serei puro, bondoso e leal.
Guardarei a Lei dos Desbravadores,
Serei um servo de Deus
E um amigo de todos.”

“Serei puro, bondoso e leal” e “servo de Deus e amigo de todos” é a maneira clara de dizer tudo quanto a Lei implica.

LEI

A Lei dos Desbravadores ordena-me:

Observar a Devoção Matinal.

Farei oração e estudo individual da Bíblia cada dia.

Cumprir fielmente a parte que me corresponde.

Pelo poder de Deus ajudarei os outros e farei o meu dever e compartilharei honestamente onde estiver.

Cuidar do meu corpo.

Serei temperante em todas as coisas e lutarei para alcançar uma alta norma de aptidão física.

Manter a consciência limpa.

Não mentirei, roubarei ou enganarei. Aborrecerei a conversa suja ou maus pensamentos.

Ser cortês e obediente.

Serei bondoso e atencioso para com os outros, refletindo o amor de Jesus em todas as minhas associações com os outros.

Andar com reverência na casa de Deus.

Em qualquer reunião devocional estarei quieto, compenetrado e reverente.

Ter sempre um cântico no coração.

Serei alegre e feliz e que a influência de minha vida seja como o Sol radiante para os outros.

Ir aonde Deus mandar.

Sempre estarei disposto a compartilhar a minha fé e sair fazendo o bem como Jesus fez.

ALVO

A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração.

Meu compromisso é mostrar Cristo para o maior número de pessoas, sem perda de tempo, ajudando-os a prepararem-se para Sua volta.

LEMA

O Amor de Cristo me motiva.

É o amor de Cristo que me motiva a ser uma pessoa melhor, e também ajudar meus amigos para isso.

OBJETIVO

Salvar do pecado e guiar no serviço.

PROPÓSITO

Os jovens pelos jovens
Os jovens pela Igreja
Os jovens pelos semelhantes.

VOTO JOVEM

Por amor ao Senhor Jesus prometo tomar parte ativa nos deveres da Sociedade dos Jovens, fazendo tudo quanto puder para ajudar a outros e para terminar a obra do Evangelho em todo o mundo.

VOTO À BÍBLIA

Promedo fidelidade à Bíblia, sua mensagem de um Salvador, crucificado ressurreto e prestes a vir, doador de vida e liberdade à todos que nEle crêem.

LEGIÃO DE HONRA

Uno-me voluntariamente à
LEGIÃO DE HONRA J.A, e pela graça e poder de Deus irei:
HONRAR A CRISTO naquilo que eu decidir VER.
HONRAR A CRISTO naquilo que eu decidir ESCUTAR.
HONRAR A CRISTO na escolha dos lugares onde decidir IR.
HONRAR A CRISTO na escolha de minhas AMIZADES.
HONRAR A CRISTO naquilo que eu decidir FALAR.
HONRAR A CRISTO no cuidado que eu dedicar ao TEMPLO DE MEU CORPO.

A Legião de Honra JA, foi adotado no Concilio Anual de 1953, pelo Concilio Consultivo de Jovens, um grupo que sentiu o renovador valor da seguinte declaração de Ellen White: “Dizei firmemente: Não passarei preciosos momentos na leitura daquilo que de nenhum proveito me será e tão somente me incapacitará para ser prestativo aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos, buscando habilitar-me para o serviço de Deus. Fecharei os olhos para as coisas frívolas e pecaminosas. Meus ouvidos pertencem ao Senhor, e não escutarei o sutil arrazoamento do inimigo. De maneira nenhuma minha voz se sujeitará a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e cada faculdade de meu ser será consagrada para atividades dignas.” Mensagens aos Jovens, 270

HINO OFICIAL DOS DESBRAVADORES

Em Maio de 1949, o Pr. Henry Berg, dirigia seu carro por uma estrada pensando em um cântico para os Desbravadores. Logo lhe vieram à mente algumas palavras; parou o carro e as escreveu. Continuou a viagem e começou a pensar na melodia, mesmo não sendo músico. Mas segundo suas palavras: “Deus lhe deu um cântico”. Chegando a sua casa apresentou o hino à sua esposa Miriam que assentando-se ao piano começou a tocar e cantar. Mas tarde o hino foi levado à comissão de música dos Arautos do Rei, que aprovou sem nenhuma alteração.

O hino dos Desbravadores foi oficializado em 1952 e a letra que temos em português foi traduzida e adaptada por Isolina Waldvogel.

“Nós somos os Desbravadores
Os servos do Rei dos reis
Sempre avante assim marchamos
Fies às suas Leis.

Devemos ao mundo anunciar
As novas da salvação
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.”

A CHEGADA DO ADVEDNTISMO AO BRASIL

Corria o ano de 1884. Um jovem alemão conhecido como Borchardt, residente em Brusque, Santa Catarina, envolve-se em uma briga, ferindo gravemente seu oponente. Com medo da polícia, resolve fugir em direção ao Porto de Itajaí. Lá chegando, embarca clandestinamente em um navio que rumava para a Alemanha. Numa das escalas, acaba conhecendo dois missionários adventistas que lhe perguntam se conhece algum protestante no Brasil. Meio desconfiado, Borchardt responde que seu padrasto, Carlos Dreefke, é luterano. Os missionários pedem-lhe o endereço de Dreefke, deixando claro que o único interesse deles é enviar literatura religiosa para o Brasil.

Alguns meses depois, um pacote contendo revistas adventistas em alemão chega à Colônia de Brusque, endereçado a Carlos Dreefke e com selo de Battle Creek, Estados Unidos. A encomenda é aberta na casa comercial de Davi Hort, um típico casarão colonial de dois pavimentos, distante oito quilômetros do atual centro de Brusque. Dreefke, ainda meio desconfiado, toma para si uma das revistas, com inscrição de capa A Voz da Verdade, e distribui as outras nove para seus amigos que ali estavam.

Com o tempo, algumas famílias demonstraram interesse por aquelas publicações que falavam, dentre outras coisas, na segunda vinda de Cristo, num estilo de vida mais saudável e na importância de se reservar o sábado para atividades de cunho religioso. Continuaram a pedir mais literatura, usando o nome do Sr. Dreefke que, com medo de que algum dia lhe mandassem a conta de todas as revistas, acabou cancelando os pedidos futuros.

A frustração foi geral. Quem poderia assumir agora a responsabilidade pelas revistas? Um polonês de nome Chikiwidowski chegou a se responsabilizar pelos pedidos, mas seu entusiasmo durou pouco. Foi então que uma terceira pessoa entrou na história: Frederich Dressler.

Dressler era filho de um pastor luterano, na Alemanha. Foi expulso de seu país por ser alcoólatra. Aproveitando as correntes migratórias para o Brasil, veio parar em Brusque. Trabalhou como professor, mas toda a sua renda era gasta em bebida. Quando Dressler ouviu falar das tais revistas adventistas que eram enviadas de graça, resolveu fazer um pedido, com a intenção de vendê-las para alimentar o vício que o destruía.

As revistas (como a Hausfreund , “Amigos do Lar”) chegaram e, com elas, alguns livros. Entre eles, um muito especial: o Comentário Sobre o Livro de Daniel , de Uriah Smith. Após a leitura desse livro, Guilherme Belz se tornaria – anos mais tarde – o primeiro no Brasil a reconhecer o sábado como dia de descanso, através da literatura adventista.

Em certas ocasiões, enquanto Dressler caminhava pelas ruas em busca de compradores, os folhetos caíam-lhe das mãos trêmulas. Como não havia muito papel espalhado pelo chão naquela época, as pessoas, curiosas, apanhavam os folhetos e os liam. Sem saber, Dressler prestou grande contribuição à causa adventista que ensaiava seus primeiros passos em terras brasileiras.

A Sociedade Internacional de Tratados dos Estados Unidos enviou centenas de dólares em literatura, que Dressler transformou em cachaça. Na venda de Davi Hort, Dressler trocava as revistas e folhetos por bebida. O Sr. Davi as usava como papel de embrulho. E foi dessa forma que a mensagem adventista conseguiu se espalhar mais e mais, como folhas de outono, alcançando famílias e corações nos quais a semente do evangelho começava a germinar.

O PRIMEIRO CONVERSO NO BRASIL

Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial em uma das mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler – livro que “coincidentemente” tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto.

O Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith, também estava escrito em alemão. Ao tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no capítulo intitulado “O Papado Muda o Dia de Repouso”. Este título fez Belz recordar sua juventude na Alemanha.

Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a Bíblia, mas algo o intrigava: “Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que guardamos o domingo?” Sua mãe Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a resposta teve de aguardar muitos anos.

Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro – segurando-o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua Bíblia. Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos e tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região. Pouco tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar.

Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades. Assim, os primeiros interessados na mensagem adventista, em São Paulo, foram surgindo. O mesmo aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários livros O Grande Conflito.

Os adventistas que, em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na volta de Jesus estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que, já há alguns anos, professavam a mesma fé.

Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: William Henry Thurston. Acompanhado da esposa Florence, Thurston veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos missionários no Brasil. Com ele vieram duas grandes caixas de livros e revistas impressos em inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português, pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.

Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios oceânicos, outros nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.

O PRIMEIRO PASTOR ADVENTISTA A VISITAR O BRASIL

Dia do Desbravador
Albert Stauffer: primeiro missionário a pisar em solo brasileiro

O mesmo navio – Magdalena – que trouxe o casal Thurston ao Brasil levou o Pastor Frank Henry Westphal para a Argentina. Eram poucos os primeiros representantes da Igreja Adventista no continente sul-americano, na época. No final de 1894, num território de 15.500.000 quilômetros quadrados, somente dez homens se dedicavam à proclamação da fé adventista, oralmente ou por escrito. Um deles era o Pastor Westphal, os outros eram os colportores-missionários. Mas, em apenas cinco anos, os vinte já eram duzentos!

Neste mesmo ano – 1894 – o missionário Albert Bachmeyer chegou ao Estado de Santa Catarina. Grande foi sua alegria quando, ao oferecer seus livros a uma família em Brusque, descobriu que havia adventistas ali. Imediatamente, transmitiu a boa notícia a Thurston que, por sua vez, escreveu informando o Pastor Westphal, na Argentina.

Dia do Desbravador
Primeiro templo de Gaspar Alto, inaugurado em 1896 (a igreja havia
sido organizada um ano antes, pelo Pastor Westphal)

Westphal foi o primeiro ministro adventista enviado para servir na América do Sul. Ordenado ao ministério em 1883, em Michigan, dedicou-se à missão urbana de Milwaukee e lecionou História no Departamento Alemão do Union College. Em 1894 foi chamado para servir no continente sul-americano.

Em fevereiro de 1895, o Pastor Westphal desembarcou no Rio de Janeiro, onde o esperavam o casal Thurston e o colportor A. B. Stauffer. Acompanhado por Stauffer, o Pastor Westphal seguiu primeiro para o interior de São Paulo, para batizar os primeiros conversos naquele Estado. Guilherme Stein Jr. foi o primeiro adventista brasileiro a ser batizado, numa manhã de abril do ano de 1895. Seu batismo foi realizado no rio Piracicaba, que na língua indígena significa colheita de peixes. Stein Jr. desempenhou papel importante na Obra Adventista do Brasil como missionário, evangelista, professor, administrador, redator e editor.

Dia do Desbravador
Casal de pioneiros Guilherme e
Johanna Belz

No dia 30 de maio de 1895, o Pr. Westphal chega em Brusque, e lá encontra os primeiros grupos de conversos ao adventismo, no Brasil. Emocionados, os novos conversos ouviram pela primeira vez a pregação de um ministro adventista. Em oito de junho de 1895, foi realizado o primeiro batismo de oito pessoas no rio Itajaí-Mirim, uns cinco ou seis quilômetros acima da Vila de Brusque. Três dias depois, o Pastor Westphal realizou o segundo batismo, em Gaspar Alto. Naquele dia, mais 14 pessoas foram batizadas. Com esse grupo de conversos catarinenses foi organizada a primeira congregação adventista do sétimo dia no Brasil, tendo como primeiro-ancião Augusto Olm e diácono, Guilherme Belz (no ano seguinte, 1896, foi construído o primeiro templo em Gaspar Alto).

Dia do Desbravador
Guilherme Stein Jr., primeiro converso batizado no Brasil

Em 14 de dezembro de 1895, foi realizado o primeiro batismo adventista no Estado do Espírito Santo. Na ocasião, 23 pessoas foram batizadas, tornando-se membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Poucos anos depois, grupos de conversos adventistas já realizavam a Escola Sabatina em Campos dos Quevedos e Taquari (RS), Brusque e Joinville (SC), Curitiba (PR), Rio Claro e Indaiatuba (SP), Santa Maria (ES) e Teófilo Otoni (MG). O árduo trabalho dos missionários pioneiros prosperava, e mais e mais pessoas eram salvas para o Reino de Deus. Daquele humilde início, com algumas dezenas de conversos espalhados aqui e ali, hoje a Igreja Adventista do Sétimo Dia pode louvar a Deus pelo seu rápido crescimento. Dos dez milhões de membros que a igreja tem no planeta, mais de um milhão estão no Brasil, o que o torna o país com a maior presença adventista no mundo.

Nossa missão hoje não é menos importante que a iniciada pelos pioneiros, com esforço e muita dedicação. Eles prepararam o caminho e espalharam a preciosa semente da verdade. Cabe a nós terminar a colheita para que Cristo volte logo e encerre nossa peregrinação. Maranata!

DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO RESUMIDO DA OBRA ADVENTISTA NO BRASIL

1884 — O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade , em alemão, chega a Brusque, SC.

1890 — Surgem os primeiros observadores do sábado em Gaspar Alto, SC. Guilherme Belz é o pioneiro.

1893 — Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Associação Geral, chega ao País.

1894 — (1) Albert Bachmeier encontra observadores do sábado em Brusque e em Gaspar Alto; (2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela cidade um depósito de livros.

1895 — (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho; (2) No mesmo mês, a primeira igreja adventista do Brasil é organizada em Gaspar Alto; (3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil para colportar; (4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo; (5) É criada a Missão Brasileira da IASD.

1896 — (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2) Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola particular adventista.

1900 — (1) Além da escola paroquial já existente em Gaspar Alto, começa a funcionar a escola missionária, sob a direção do Pastor John Lipke; (2) Começa a ser publicada a revista O Arauto da Verdade , em português, mas ainda em tipografia secular. Guilherme Stein foi seu primeiro editor.

1903 — Em agosto, o Colégio Superior de Gaspar Alto é transferido para Taquari, RS. A escola paroquial da igreja de Gaspar Alto, entretanto, continuou funcionando.

1904 — (1) O Pastor Ernesto Schwantes visita o comerciante José Lourenço Mendes, em Santo Antônio da Patrulha, RS. Surgem as igrejas de Campestre e Rolante e inicia-se a transição do adventismo das colônias alemãs para todo o Brasil; (2) Pastor Lipke consegue, nos EUA, a doação de um prelo para o Brasil.

1905 — O prelo é montado no colégio de Taquari, RS. A Sociedade Internacional de Tratados no Brasil (embrião da Casa Publicadora Brasileira) inicia suas atividades gráficas.

1907 — A Casa Publicadora Brasileira (então conhecida como Tipografia Adventista de Taquari) é transferida de Taquari para São Bernardo do Campo, São Paulo.

1911 — (1) José Amador dos Reis, da igreja de Rolante, ingressa na colportagem, passando depois à obra bíblica, na qual foi ordenado ao ministério, tornando-se o primeiro pastor adventista brasileiro ordenado (em 1920); (2) É organizada a União Brasileira, com sete campos, 68 igrejas e 1.550 membros.

HISTÓRIA DA IGREJA

Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual.

Dia do Desbravador
Guilherme Miller

Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supradenominacional movimento Milleriano da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluia cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Dia do Desbravador
Tiago White

Entre 1831 e 1844, Guilherme (William) Miller – um pregador Batista e ex-capitão de Exército da Guerra de 1812 – lançou o grande despertar do segundo advento, o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a Terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O Grande Desapontamento”.

Dia do Desbravador
Ellen White

Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do grande desapontamento, surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal – Tiago e Ellen White – e um capitão de navio aposentado, José Bates.

Dia do Desbravador
John Andrews

Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer – principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte – aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do grande desapontamento, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar – como têm os Adventistas desde então – que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes.

Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheram o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, John Nevins Andrews, foi enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H. P. Ribton, um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 – Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão. A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países.

A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A ‘Advent Review’ e o ‘Sabbath Herald’ (hoje ‘Adventist Review’), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris, Maine, em 1850; o ‘Youth’s Instructor’ em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o ‘Signs of the Times’ em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira Casa Publicadora denominacional em Battle Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia.

O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, e 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o Estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.

COMO ORGANIZAR UM CLUBE

Iniciar um Clube de Desbravadores é uma tarefa desafiante, com dezenas de questões aflorando à mente, e inúmeras interrogações pedindo resposta.Exatamente para ajudar a você a encontrar as soluções adequadas, foi preparado este manual, originalmente escrito por Ken Veal para o Ministério Jovem da Divisão Norte Americana, traduzido e adaptado pelo Pastor Josiel Unglaub, então Secretário da Missão Matogrossense.

O manual está dividido em seis capítulos, respondendo a seis grandes questões normalmente levantadas no início de um Clube.Ter um bom início não é certamente o único requisito para alcançar o êxito mas é um dos elementos fundamentais para sua conquista.

Três são as situações em que este manual poderá ser-lhe útil:

a. Para reativar um clube;
b. Para reestruturar um clube em funcionamento;
c. Para iniciar um novo clube.

Nem todas as sugestões aqui apresentadas poderão ser aplicadas integralmente em cada situação, mas temos a certeza que com a benção de Deus e a consulta a este material, adaptando-o a sua realidade, a tarefa de iniciar um novo clube será coroada de êxito e os resultados serão vistos na vida de dezenas de juvenis e adolescentes mais amigos de Jesus e mais perto do Céu.

PRIMEIRA PERGUNTA: “POR QUÊ?”

A primeira pergunta que surgirá quando você pensar em formar um Clube de Desbravadores será: Por que devemos ter um clube em nossa Igreja ou Escola? Primeiramente você terá que respondê-la satisfatoriamente a si mesmo. Se não tiver sucesso em convencer-se, como espera convencer a outros? Sendo que para iniciar e continuar um Clube com êxito é imprescindível ter uma boa base de apoio, quando mais pessoas “comprarem”a idéia, maiores serão suas chances de sucesso.

Para ajuda-lo em sua tarefa de responder o “por que?” Vejamos algumas boas razões para iniciar imediatamente um Clube de Desbravadores.

1. Historicamente os Desbravadores tem tido êxito

Durante quase cinquenta anos os desbravadores receberam uma ênfase mundial que ajudou a ganhar milhares de juvenis e adolescentes para Deus, e que tem se comprometido com sua igreja. Para os Desbravadores não há diferenças raciais, linguísticas, culturais ou nacionais. O Clube é igualmente eficaz em igrejas pequenas ou grandes, rurais ou urbanas, tanto com meninas quanto meninos.

Os Desbravadores não só tem ajudado a fortalecer a relação dos jovens com Jesus e sua Igreja, mas também tem eletrizado um grande exército de adultos que dedicam um tempo ilimitado, dinheiro e trabalho consagrado a serviço de sua Igreja.

Os clubes podem incluir entre seus membros, juvenis de outras crenças religiosas, tornando-se um ponto de apoio entre eles e Jesus.

O clube pode ser um elo de ligação entre os juvenis que frequentam a escola adventista e os que por alguma razão não podem fazê-lo.

A evidência histórica aponta para que fato que o Clube de Desbravadores em todo o mundo é um tesouro entregue pelos céus à Igreja Adventista, apresentando um histórico de relevantes resultados espirituais.

2. Os Desbravadores provêem uma experiência única de entretenimento

Os juvenis e adolescentes desejam necessitam ter seu espaço de lazer. A Igreja pode oferecê-lo de muitas maneiras: nas atividades de sábado, nas reuniões sociais, nos acampamentos, etc. Mas para muitas igrejas o Clube de Desbravadores pode oferecer recreação que não seria possível conseguir de outra maneira.

Onde não houver escola Adventista esta ” forma de entretenimento” ganha ainda mais força, pois apresenta um padrão alegre divertido, sem recorrer às fórmulas muitas vezes artificiais de recreação e entretenimento de seu ambiente escolar.

Algumas das formas de lazer, recreação e passatempo construtivo que podem ser apontadas como ingredientes decisivos que tornam o Clube de Desbravadores uma fonte de entretenimento recreativo e saudável são:

a) Amigos

O fato de pertencer ao Clube de Desbravadores proporciona ao juvenil uma grande oportunidade de ser amigo e fazer amizades, principalmente para os que por alguma razão não tem em casa um ambiente de companheirismo. Os juvenis se divertem mais quando podem estar com seus amigos.

b) Adultos que os compreendem

Se são deixados sozinhos, em pouco tempo a diversão acaba. Para que uma diversão seja duradoura é necessário a atuação ativa de adultos compreensivos que não só preparem as brincadeiras como também sirvam de árbitros que intervenham para resolver dúvidas e estabelecer ordem nas atividades, e ainda que lhe forneçam materiais e sugestões. Por meio do Clube de Desbravadores os juvenis e adolescentes podem entrar em contato com adultos que os apreciam de um modo especial, e que possuem talentos e sensibilidade podendo proporcionar-lhes uma atenção diferenciada e especializada que não é facilmente encontrada em muitos lares hoje.

c) Novas experiências

Por meio do Clube os garotos e as meninas podem ter atividades e aventuras que não encontrariam de outra maneira: viajar a grandes camporis, fazer excursões, participar em eventos ao ar livre e aprender algumas das mais de duzentas especialidades. O programa de desbravadores oferece muitas oportunidades para qualquer adolescente, não importa o seu ambiente de origem.

3. Porque formar um Clube de Desbravadores é a atitude correta a tomar?

O Manual do Curso de Treinamento Básico para Diretores de Clubes apresenta a filosofia da existência dos Desbravadores, centralizando-a na salvação de seus membros.

Algumas das razões porque este ministério é importante são:

a) Benefícios de ordem espiritual

b) Formação de modelos corretos

c) Atividades alternativas para contrarrestar as perturbadoras influências de um mundo secularizado

d) Desenvolvimento das habilidades adquiridas e boa preparação física

e) Desenvolvimento de um estilo de vida saudável

f) Participação de atividades junto à natureza

g) Assimilação das Escrituras

h) Desenvolvimento de liderança em grupo e aprendizagem de como tomar decisões corretas.

Os Desbravadores tem uma filosofia correta quanto ao desenvolvimento mental, físico e espiritual, baseado em princípios sólidos. Tenha a certeza de que esteja bem familiarizado com os benefícios que um clube oferece para poder facilmente repeti-los quando seja necessário.

4. Os Desbravadores oferecem a oportunidade de se viver uma experiência de “laboratório”.

Um reconhecido especialista em Desbravadores, o Pr. Normam O. Middag, em sua instrução para líderes lhes recorda que os Desbravadores constituem um “laboratório”, um programa prático, uma extensão do lar, da escola e da igreja e um laboratório experimental onde florescem o crescimento e a aprendizagem, um ambiente onde o eventual fracasso pode tornar-se uma ferramenta de ensino, visando a não repeti-lo.

Quando os pais e outros adultos trabalham com desbravadores se cria um laço de afeto especial entre eles. É justamente neste “laboratório” onde se captam e se ensinam os princípios bíblicos aos garotos e as meninas. O Clube de Desbravadores se torna um laboratório educacional único para o lar, escola e igreja. Estas quatro razões podem ajudar-lhe a responder a pergunta: “Por que deveríamos…?”, que podem fazer-lhe quando estiver tentando organizar um Clube de Desbravadores. Seria útil para você, elaborar suas próprias respostas com antecedência, para expor com segurança e convicção sincera aqueles que se opuseram a idéia de iniciar-se um Clube.

Métodos sugestivos de como responder à pergunta: “Por quê?”

Esta pergunta pode ser respondida aproveitando-se de situações como:

Conversas pessoais;
Reuniões em grupo: (lar, escola, culto, etc.);
Visitas formais no escritório e no lar;
Visitas a salas de aula;
Reuniões da comissão da Igreja.

Nestas ocasiões se podem utilizar recursos tais como:

a) Testemunhos

Convide a um desbravador, pai ou membro da diretoria de outro clube, para que diga porque os desbravadores são algo especial para ele ou para ela.

b) Vídeos

Utilize algum vídeo como: “Especialidades”, “Desbravadores uma Eterna Aventura”, vídeo de um camporee ou simplesmente utilize algum relatório de um clube vizinho com imagens de alguns de seus eventos. Podem ainda conter entrevistas para servirem de promoção

c) Folhetos

Utilize o folheto “Nós somos os Desbravadores” ou a cartilha de mesmo nome mostrando os distintivos, uniforme, etc… dos desbravadores. Utilize também fotos de um Clube em atividades ou de eventos da associação, mostrando condecorações, investiduras ou outras notícias que mostrem as vantagens de ter desbravadores em sua Igreja/Escola.

d) Exposições

Prepare cartazes, fotos, amostras de especialidades, troféus, medalhas ou outras condecorações obtidas, amostras do uniforme, etc; para colocá-las na escola ou na entrada da igreja.
Inclua folhetos descritivos e informativos.

e) Carta pessoal

Par distribuí-la aos pais e aos potenciais desbravadores com á resposta a pergunta: “porque ter um clube em nossa região?”

f) Folheto: “Nós Somos os Desbravadores”

Este folheto define e explica o Clube de Desbravadores, de uma forma sucinta, definindo claramente as funções e atividades dos Desbravadores.

g. Adapte os seus métodos às necessidades locais

Caso necessite apoio para a abertura do Clube, use uma variedade de métodos para conseguí-lo.

Ás vezes poucas respostas bem preparadas serão suficientes. Em outro casos poderá ser necessário usar “técnicas de venda, bem elaboradas”. É importante lembrar-se que a pergunta “Por que agora?” deve ser respondida adequadamente, para não postergar o início da atividade indefinidamente.

SEGUNDA PERGUNTA: “QUEM?”

Algumas pessoas podem estar convencidas que necessitam de um Clube de Desbravadores, e até desejam tê-lo, mas parece que não há gente suficiente para sua organização.

Depois de examinar a parte teórica no primeiro capítulo este folheto, este e os demais capítulos tratam dos aspectos reais e práticos. Quando você chega a ser catalisador no desenvolvimento de um clube, terá a oportunidade de ajudar a uma igreja a ver que não importa o seu tamanho, sempre haverá pessoas disponíveis para escolher, em número suficiente para garantir a existência de um Clube desde que sejam devidamente motivadas, apoiadas e treinadas.

Nem todas serão necessariamente parte da Diretoria, pois um Clube necessita de três grupos de pessoas para apóia-lo:

Grupo 1 – REGULARES: Diretores, conselheiros, instrutores e outros que dirijam as atividades regulares do Clube.

Grupo 2 – EQUIPE DE APOIO: Ocasionalmente essas pessoas ajudam, em necessidades especiais do Clube, como: ensinar uma classe ou especialidade JA, servir como motorista para algum evento, ajudar a estabelecer contato com membros ausentes, conseguir provisões para uma atividade especial, supervisionar um acontecimento social único, etc.

Grupo 3 – MOTIVADORES: São pessoas que crêem em seu programa, ajudam a tomar decisões, conseguem fundos para o Clube e seu progresso, animam outros a participarem regularmente. Mesmo que não participem regularmente, você sabe que está dentro da possibilidade delas, que irão ajudá-lo numa situação particular e podem contar com seu apoio.

Considere ainda as alternativas abaixo indicadas, de pessoas que serão muito úteis para apoiarem seu projeto. Ao lado de cada uma delas, ponha o nome, o endereço e o número do telefone.

Mesmo as comunidades pequenas podem criar uma boa lista de pessoas que podem ajudar em um novo Clube:

1. Diretor do Ministério Jovem de sua Associação/Missão
2. Diretor de Educação de sua Associação/Missão
3. Pastor da Igreja Local
4. Coordenador Regional de Desbravadores
5. Professores da Escola da Igreja
6. Professores adventistas que trabalham em escolas seculares
7. Professores da Escola Sabatina, (divisão dos adolescentes, juvenis e primários)
8. Desbravadores em perspectiva
9. Líderes de Clubes próximos
10. Membros da Comissão da Igreja
11. Pessoas interessadas em trabalhar com um Clube

Todos estes grupos de pessoas são assistentes potenciais para seu clube. Alguns podem formar parte do pessoal regular; outros serão aliados para defender o seu clube sem comissões ou grupos de planejamento da comunidade. Ao lado de cada pessoa de sua lista faça uma anotação especial indicando o que você crê que ela pode especificamente fazer para ajudar no estabelecimento do Clube.

Algumas Indicações:

1. Respaldo

Apoio em comissões, estímulo a líderes, promoção de grupos.

2. Treinamento

Desenvolvimento e orientação para líderes.

3. Fundos

Ajudam na arrecadação de fundos, doam fundos para começar, ajudam a proporcionar a equipe que necessita e patrocinam os Desbravadores que vêem . de lares pobres.

4. Ajuda Voluntária

Regular ou ocasional.Ajudam em reuniões, transporte para excursões, cuidam dos filhos dos líderes adultos, oferecem sua casa para reunirem-se, ajudam com a inscrição e estabelecem contato com membros ausentes, colaboram aos sábados ou em outras atividades.

5. Visitação

Ajudam a visitar os lares dos Desbravadores em perspectiva.

Antes que um exército vá a batalha tem que preparar as suas tropas De modo semelhante é necessário um “exército para que um clube de Desbravadores tenha êxito”.

Para iniciar um clube será muito útil ter uma lista de pessoas disponíveis porque:

1. Ajudará a criar a “idéia de propriedade” do novo clube; quanto mais pessoas se tornem “membros fundadores do clube”, haverá mais gente sentindo-se responsável pelo seu êxito.

2. Ajudará a prevenir um cansaço prematuro. Um Clube novo necessita pelo menos um ano inteiro para desenvolver o entusiasmo de sua congregação. Se vocês têm suficientes auxiliares, prevenirá o desânimo, por esgotamento, de seus líderes. Geralmente um programa de um clube novo de desbravadores começa com poucas pessoas que tem interesse nele, então torna-se difícil a tarefa de recrutamento, aprender o sistema de pontuação, fazer o inventário dosa pertencentes do clube, etc. Por isso é importante distribuir responsabilidades para aliviar a carga de poucos.

3. Pode demonstrar que é “factível” um novo clube e que as pessoas suficientes para faze-lo funcionar. O tamanho do clube determinará as necessidades.

Os clubes pequenos naturalmente necessitam menos pessoas do que os clubes maiores O alvo é conseguir tantos quantos sejam possíveis para estabelecer um novo clube.

TERCEIRA PERGUNTA: “ONDE?”

Às vezes as igrejas temem organizar um clube, porque pensam não possuir um lugar adequado para as reuniões.Não há escola ou salão, ou talvez haja resistência por parte de alguns, para que o clube ocupe determinada sala, por que temem que os garotos estraguem os móveis da igreja. Você pode antecipar-se propondo alguns lugares possíveis de reuniões e de atividades, dentro da comunidade onde vá organizar-se o novo clube.

Não é necessário que os desbravadores se reúnam sempre no mesmo lugar. Faça uma lista, não se esquecendo de anotar ao lado dos locais possíveis, o endereço, o telefone, horário que pode entrar em contato com a pessoa responsável e eventual valor cobrado pelo uso.

Alguns lugares possíveis para reuniões semanais, excursões, noites de recreação, classes JA e outras atividades são:

1. Propriedade da igreja

Prédio da igreja ou escola, casa dos membros da igreja, garagens ou pátios.

2. Propriedades da comunidade

Parques, salas de outras igrejas e escolas, edifícios cívicos, museus, galerias públicas, salas de reuniões e bibliotecas públicas.

3. Propriedades comerciais

Salas de reuniões de bancos, salão de festas, ginásios e clubes de esportes, lugares de excursões, centros artesanais ou outros recintos comerciais, que podem ser frequentados quando se está fazendo determinada especialidade que trata de um tema específico, ou atrações recreativas.

4. Propriedades municipais

Reservas florestais, áreas de lazer, parques.

5. Acampamentos

Acampamentos de outras entidades cristãs, como da igreja Batista, Presbiteriana, Metodista, etc. Acampamentos de escoteiros, campos de irmãos amigos, quartéis.

Uma idéia que está se tornando cada vez mais popular entre os desbravadores, é o conceito de que o lugar de reunião dos desbravadores,é exatamente um lugar pra se reunirem. Ao procurar esta variedade de lugares de reunião, os desbravadores saem da igreja para a comunidade. A falta de um lugar regular e fixo para o clube reunir-se nunca deve ser desculpa, porque com certa criatividade este problema pode tornar-se uma grande solução para atividades variadas e excitantes.

Revisando os três primeiros passos.Você já sabe como responder a pergunta “por que ter um clube de desbravadores agora?”: tem uma lista de referência de pessoas que podem ajudá-lo a iniciar o clube e firmá-lo durante o seu primeiro ano, e visitou vários lugares possíveis de reuniões. Você conhece bem os passos “pó que, quem, onde?” a seguinte pergunta será “o que?”

Na introdução foi mencionada que na realidade alguns clubes são a continuação de anos anteriores.Estes clubes já sabem por experiência o que e quanto necessitam fazer para ter êxito com os desbravadores. Em outros casos, mesmo que o clube tenha pouca experiência ou durou pouco tempo, há líderes que conhecem e sabem o que fazer com um clube de Desbravadores. Mas muitas vezes se organiza um clube que não conta com esta experiência, há adultos dispostos a colaborar, mas nunca foram desbravadores e nem viram um clube de desbravadores funcionado.

QUARTA PERGUNTA: “O QUE?”

Este capítulo trata de assuntos que deveriam ser conhecidos pelos diretores de um novo clube antes de começar suas atividades.

1. Classes JA

As Classes regulares cursadas pelos desbravadores são seis: Amigo, Companheiro, Pesquisador, Pioneiro, Excursionista, e Guia, e são divididos de acordo com a faixa etária, começando com os dez anos de idade, cumprindo cada desbravador os requisitos da Classe correspondente à sua idade, podendo ao longo do ano ir recuperando as Classes ainda não realizadas, e que corresponderiam aos anos anteriores. Os cartões para estes requisitos podem ser adquiridos no escritório da Associação/Missão local. Enquanto você planeja as atividades anuais dos desbravadores, trate de coordenar o dia e o local para o cumprimento dos requisitos para investidura. O ideal é que cada Classe tenha seu instrutor, de tal maneira que no horário destinado às Classes cada desbravador tenha alguém coordenando o cumprimento dos requisitos correspondentes à sua Classe. Para cada classe regular existe a sua correspondente Classe avançada que segue o mesmo padrão de cumprimento de requisitos da classe regular.

2. Especialidades

O Manual de Especialidades contém todos os requisitos para se obter qualquer especialidade. Ao planejar o ano dos desbravadores, faça referência a estas especialidades. A maioria dos clubes oferece duas ou mais especialidades cada dois ou três meses durante o ano.

3. Cerimônia de recepção de novos membros

Esta é uma cerimônia na qual participam os novos membros dos clubes de desbravadores. Através dela o nove desbravador é oficialmente integrado ao Clube, pela colocação do lenço com seu respectivo prendedor, que deve ser metálico, na cor dourada, na qual apareça o triângulo dos desbravadores. As instruções completas em relação a como planejar uma cerimônia especial de investidura se encontra no Manual do Curso de Treinamento Básico para Diretoria dos Desbravadores. Alguns clubes oferecem duas destas cerimônias anualmente, sendo uma em cada semestre.

4. Arrecadação de fundos

Os novos clubes necessitam uma boa quantidade de equipamentos e materiais de apoio. Para arrecadar fundos a fim de obter o equipamento necessário, deve-se ter um ou mais projetos. É aconselhável apresentar estes projetos ao pastor e à comissão da igreja. O Departamental JA da Associação/Missão pode sugerir-lhe projetos específicos e dar-lhe idéias e orientações, materiais e catálogos disponíveis.

5. Calendário da Associação

O diretor do Ministério Jovem de sua Associação, seu associado para desbravadores (quando houver) e o regional desejarão estar incluídos no grupo de apoio ao desenvolvimento de seu novo clube. Familiarize-se com o sistema de trabalho da Associação/Missão, com os incentivos e eventos e outras informações. Leve ao escritório da Associação uma lista completa de todos os oficiais de desbravadores, com o endereço correto, de maneira que seu pessoal possa receber todas as cartas da Associação. As atividades das Associações podem variar, mas a maioria terá eventos anuais tais como camporís, cursos para orientar líderes, etc.

6. Dia dos Desbravadores

O quarto sábado de Abril é o Dia do Desbravador. Durante este sábado especial, o Clube tem a principal responsabilidade em todas as atividades sabáticas incluindo o culto divino. Tudo deve ser planejado cuidadosamente para causar melhor impressão nos membros da igreja. Naturalmente todos devem estar com seu uniforme de gala. Consulte seu pastor para planejar este sábado especial. A Associação/Missão se encarregará de enviar uma sugestão de programação para este dia, mas você pode fazer as adaptações que julgar conveniente.

7. Cerimônia de investidura

Esta cerimônia costuma ser organizada duas vezes por ano, e pode ser realizada na igreja, sendo que neste caso todo o cuidado deve ser tomado para manter o espírito de solenidade e reverência. Os desbravadores que preencheram os requisitos das classes ou especialidades JÁ serão investidos, recebendo seus distintivos e insígnias. Como a investidura é uma prerrogativa da Associação/ Missão, o departamental JÁ de sua associação é quem geralmente dirige o programa ou então delega esta responsabilidade a alguém, um regional, ou um líder investido, com experiência suficiente para fazê-lo. Se necessitar mais informações, eles estarão habilitados a atendê-lo.

8. Atividades missionárias

Esta é uma parte vital para o programa de um clube de êxito. As atividades incluem assuntos tais como o programa anual da recolta, recolher alimentos e objetos para dorcas, ou natal dos pobres, visitas a hospitais, asilos, creches, distribuição de folhetos e muitas coisas mais. Sugere-se pelo menos uma atividade bimestral para compartilhar a fé.

9. Folheto de informações

Seria muito útil que cada clube elaborasse essa espécie de Manual no qual apresentaria toda informação que fosse relevante para os pais dos desbravadores. Alguns assuntos que você poderia incluir são: o programa das reuniões, programa anual de atividades, os requisitos gerais, o custo do uniforme, as cotas e outras informações financeiras; a lista dos membros da diretoria, incluindo os conselheiros, com o número do telefone e endereço, os regulamentos de disciplina e etc. A preparação deste material não só ajudará a manter uma boa organização, mas também responderá ás perguntas mais comuns que poderiam ser feitas pelos pais e garotos que não estão familiarizados com os desbravadores.

10. Uniformes

Há dois tipos de uniforme para o clube de desbravadores: uniforme de campo e uniforme de gala. O uniforme de campo consiste geralmente em camisetas com identificação do Campo ou Clube local, tênis e calça jeans. O uniforme de gala é o uniforme padrão orientado pela Divisão Sul Americana através do regulamento de Uniforme, disponível em sua Associação/Missão.

11. Reuniões do Clube

No próximo capítulo se comentará mais sobre isto. Deve-se considerar o lugar em que se realizarão as diferentes reuniões e o que você planeja fazer em cada uma delas.

As reuniões do clube devem incluir atividades tais como: cerimônias de abertura e encerramento, (hasteamento e arriamento da bandeira, com ideais, hino e oração), devocionais, assuntos de negócios do clube, cantinho das unidades, (onde se combinam suas atividades exclusivas), atividades recreativas, preparação para investidura, classes progressivas e especialidades, exercícios de marcha e outras atividades mais. Será necessário ter uma reunião da comissão dos desbravadores para discutir e planejar estes assuntos, se possível com a presença do regional, ou de outra pessoa com experiências na liderança de desbravadores para se reunirem com os dirigentes do clube e assim ajudá-lo nestes assuntos básicos. Familiarizar-se com eles é essencial para um bom começo.

12. Divisão em Unidades

O Clube deve dirigir-se em unidades de garotos ou meninas, por faixa etária o mais próximo possível e com 5-9 componentes, com um conselheiro para cada uma. Os oficiais da unidade são o capitão (a) e o secretário (a), eleitos pela própria unidade, com rotatividade de cargos.

QUINTA PERGUNTA: “QUANDO?”

Nem todos os Clubes começam exatamente da mesma maneira. Alguns começam com o pastor e os membros da igreja local, que organizam seu próprio clube, outro com clubes vizinhos, que tem como projeto ajudar a iniciar um clube de uma comunidade próxima. Alguns começaram como uma iniciativa de um diretor ou regional de desbravadores da Associação.

A sequência de contatos e atividades a ser seguida para se organizar um clube de desbravadores é:

PASSOS PARA SE ORGANIZAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES

1. Aconselhamento com o l íder do Ministério Jovem do campo local

O diretor de jovens do campo local é responsável por todos os Clubes de Desbravadores de sua associação/missão. Qualquer membro da igreja que sente a necessidade de um Clube de Desbravadores deveria se aconselhar com esse líder, antes de quaisquer outros planos.

2. Reunião com o Pastor da Igreja local e o l íder JA da Associação/Missão

A solicitação deveria partir da igreja ao diretor de jovens do campo, que deveria dispensar algum tempo com o pastor da igreja, explicando o ministério do Clube de Desbravadores e seu funcionamento, detalhando qual seria a assistência que a associação/missão poderia prestar à igreja. Se o líder de jovens do campo estiver impossibilitado, devido a qualquer eventualidade, de participar desse encontro, deve então delegar a responsabilidade ao Coordenador Regional de Desbravadores.

3. Apresentação do plano à comissão da Igreja

O líder de jovens do campo local deveria pedir uma reunião a comissão da igreja. É necessário que a comissão da igreja autorize a organização do programa de desbravadores. A comissão deveria estar bem familiarizada com todos os objetivos, conceitos e necessidades financeiras da organização do Clube, e o papel que ele pode vir a desempenhar no evangelismo jovem de sua igreja.

Nessa ocasião, a comissão deveria receber questionários e folhas informativas com detalhes importantes a serem completados e submetidos ao líder do Ministério Jovem do campo, que acompanhará o planejamento e organização do Clube. Tais informações deverão incluir nomes e endereços de todos os juvenis e adolescentes da igreja, ativos ou inativos; nomes de todos os membros da Escola Sabatina dos primários, juvenis e adolescentes; nomes dos adultos qualificados e líderes; nomes de pessoas hábeis para atuarem como instrutores. Logo após a comissão da igreja conceder sua autorização, a igreja toda deverá ser informada acerca da intenção de se formar um Clube de Desbravadores.

4. Comunicar à congregação durante o serviço de culto

É importante que todos os membros da igreja sejam informados sobre o Clube de Desbravadores, seus objetivos e seu programa. Alguém com experiência para falar em defesa do clube e das necessidades dos juvenis e adolescentes deveria levar essas informações à igreja toda , de preferência durante o culto do Sábado de manhã. Seria bom ter como orador convidado para esta ocasião, o Lidere do Ministério Jovem da União, ou do campo local, ou o pastor da igreja, ou algum outro pastor qualificado para tal, convidado da associação/missão. Nesse culto, deverá ser feito um convite especial para pessoas interessadas em apoiar e ajudar o Clube de Desbravadores.

5. Convocar uma reunião especial no sábado à tarde

Essa reunião especial deverá reunir todos os que estarão envolvidos no Clube de Desbravadores. Convide todos os líderes, todos os pais de crianças na idade de desbravadores, todos os professores da escola (da escola adventista ou professores de escola pública que forem membros da igreja), todos os professores da Escola Sabatina, Divisão Primários e Juvenis, todos os adultos que tenham algum hobby interessante e habilidades, e que seria do interesse dos meninos e meninas, e outras pessoas interessadas em ingressar no ministério dos menores. Durante essa reunião, devem ser explicados maiores detalhes com vistas á organização do Clube. Seria bom ter também alguns desbravadores de clubes de igrejas vizinhas que pudessem demonstrar algumas de suas atividades e expor o uniforme. Deveria ser feito um apelo especial para voluntários, para se prepararem para a liderança do Clube. Aproveite também para distribuir um questionário.

6. Ensinar as bases do Clube de Desbravadores

O Curso de Treinamento Básico para a Diretoria do Clube de Desbravadores, como é apresentado neste manual, deveria ser realizado na igreja ou em local próximo o suficiente para que as pessoas interessadas possam frequentá-lo. Uma das condições essenciais para o funcionamento bem-sucedido do Clube é um número adequado de líderes bem treinados. O líder do Ministério Jovem do campo local deveria dirigir esse curso e produzir tantos instrutores quantos forem possíveis.

7. Eleição do diretor e membros da diretoria

Ao final do curso de treinamento, a comissão da igreja/comissão de nomeação deveria ser comunicada a respeito dos melhores qualificados para atuar na liderança do Clube, e recomendar à igreja o Diretor do Clube, um Diretor Associado (homem) e uma Diretora Associada (mulher). Depois de a igreja eleger devidamente essas pessoas, deve ser formada uma comissão executiva do Clube de Desbravadores.

8. Escolha dos conselheiros e instrutores (comissão executiva)

A Comissão Executiva do Clube de Desbravadores consiste do Pastor, do Diretor J.A, dos Superintendentes dos Juvenis ou Professores da Escola da Igreja (5º a 8º série do I Grau), Diretor do Clube e Diretores Associados. Essa comissão vai definir as normas mais importantes para a operação do Clube e selecionar os conselheiros e instrutores.

9. Reunião da comissão executiva dos Desbravadores para elaboração do planejamento anual

Agora que os oficiais e diretoria foram treinados e se familiarizaram com os procedimentos, e decidirão que padrão seguir, a Comissão Executiva dos Desbravadores deveria começar a elaborar seu programa anual. Deveria ser estabelecida uma agenda de eventos, incluindo aulas de atividades, reuniões, dias especiais, eventos do campo local, programas bimestrais, feiras e camporis.

10. Elaboração do programa seis semanas antes da noite de inscrições

Esse pode ser o passo mais importante de toda a organização. A elaboração do programa consiste em um planejamento de grande abrangência. Significa definir os objetivos do Clube por um período de meses ou mesmo anos. As atividades gerais do clube deveriam ser realizadas sempre de acordo com aqueles objetivos propostos. Cada reunião deveria ser planejada detalhadamente semanas antes. O reconhecimento das características distintas dos juvenis e adolescentes levará a diretoria a dividir o programa anual em três ou quatro segmentos, com atividades e objetivos distintos. Esses segmentos dão flexibilidade ao programa anual, permitindo que novas idéias e aspectos sejam introduzidos de tempos em tempos.

11. Enviar cartas às famílias de Desbravadores em potencial, quatro semanas antes da noite de inscrições

4 semanas antes da noite de inscrições – anúncios no boletim da igreja local.

3 semanas antes da noite de inscrições – programa bem atraente no quadro de anúncios.

2 semanas antes da noite de inscrições – programa feito pelos juvenis e adolescentes da Escola Sabatina.

2 semanas antes da noite de inscrições – período missionário da igreja.

2 semanas antes da noite de inscrições – carta do Diretor aos pais dos Desbravadores em potencial.

1 semana antes da noite de inscrições – toda a programação do sábado na igreja dando ênfase ao programa.

12. Instruções e uniforme da diretoria antes da noite de inscrições

O diretor, os diretores associados, conselheiros e instrutores formam a diretoria do Clube. Haverá, sem dúvida, certas ocasiões quando a recém-formada diretoria se reúne para algum ensaio antes do início das atividades do Clube. Dessa maneira, cada pessoa vai se familiarizando com seus deveres e o programa geral de atividades do clube. Esses membros da Diretoria deveriam adquirir uniformes e colocar devidamente as insígnias. Seria muito bom ter também uns quatro desbravadores uniformizados.

13. Dia de inscrições

O programa do dia de inscrições deveria ser a primeira reunião de desbravadores no ano. É a ocasião de levar ao conhecimento dos pais e menores o programa anual planejado para Clube de Desbravadores: suas metas e objetivos, suas atividades e reuniões, tanto as religiosas como as seculares. É preciso um planejamento cuidadoso do programa de inscrições. Deveria começar pontualmente e respeitar o tempo de duração estabelecido, ser realizado no local regular de reuniões do clube.

Nota

Este dia de inscrições acontece três semanas antes da Cerimônia de Admissão, que pode coincidir com a primeira reunião do clube.

SEXTA PERGUNTA: “COMO?”

Este capítulo se preocupa em dar orientações básicas quanto à “como” realizar algumas tarefas relacionadas com as atividades de um Clube. Algumas áreas de desenvolvimento de habilidades tanto para os desbravadores como para a diretoria de seu novo clube poderão incluir:

1. Exercícios e marchas

Par uso do Clube em eventos da Associação, desfiles e acontecimentos na comunidade. Faça a Especialidade de Ordem Unida e consulte também o Manual de Ordem Unida da série cinquentenário. Utilize os comandos normais para os deslocamentos e evoluções para demonstrações especiais.

2. Disciplina do Clube

Seu Clube deve ter regras próprias de disciplina. Devem ser poucas e bem claras de modo a serem compreendidas perfeitamente por todos os desbravadores. Se for necessário assessore-se com pessoas experientes no relacionamento com juvenis e adolescentes.

3. Desenvolvimento na liderança

Querendo ou não, você será visto como modelo pelos desbravadores, e este fato torna-se muito importante para a definição de sua liderança. Por isto você e sua diretoria devem esforçar-se para continuar na conquista de novas especialidades. É importante que os desbravadores saibam que seus líderes estão em constante aprendizagem especialmente nas especialidades que tem a ver com liderança de Desbravadores.

4. Arrecadação de fundos

Para a maioria dos clubes este é um desafio permanente. Com um clube novo as necessidades são grandes em relação à aquisição de equipamentos, material para acampar, trabalhos manuais, uniformes e outros. Mantenha um programa regular e flexível para conseguir os recursos necessários. No orçamento anual da igreja deverá estar incluída uma verba mensal para os Desbravadores. Além disso, as mensalidades pagas pelos próprios desbravadores representarão uma entrada regular de fundos. Para eventos especiais como camporis ou acampamentos deverão ser programadas outras atividades para se conseguir dinheiro. É muito importante lembrar-se que a realização de “pedágio” é um método proibido de obtenção de recursos.

5. Promoção do Clube

O Clube deve valer-se de todas as oportunidades possíveis para manter-se em destaque nas programações e atividades da igreja. Isso criará um clima favorável ao Clube que certamente granjeará a simpatia e apoio necessários ao seu êxito. Aqueles que contribuíram com tempo ou dinheiro para dar início ao Clube verão seus esforços coroados de êxito. Utilize também todos os meios impressos de comunicação disponíveis, sejam denominacionais ou não-inclusive jornais da cidade-para divulgar as realizações de seu clube.

6. Assuntos de responsabilidade legal

É muito séria a responsabilidade assumida pelo clube, de cuidar de menores. Frente ao Estatuto do Menor e Adolescente esta responsabilidade pode adquirir um caráter civil ou mesmo penal. Todo o esforço deve ser feito no sentido de garantir a total proteção dos menores sob sua responsabilidade. Consulte o Departamento JÁ de sua Associação/Missão quanto a seguros, leis e outras situações de caráter legal. Não se esqueça de pedir a autorização por escrito dos seus pais para a matrícula de seus filhos no Clube, e uma específica para atividades fora do ambiente normal de reuniões.

À medida que você aprende como satisfazer os diferentes aspectos da Direção de um Clube, irá desenvolver uma maior habilidade e capacidade para alcançar êxito em sua tarefa. Um Clube bem sucedido é liderança competente. Em realidade a tarefa de organizar um Clube de sucesso está diretamente relacionada ao seu conhecimento de “como” fazer as atividades relacionadas ao seu funcionamento. Este conhecimento aumentará a capacidade de sobrevivência do Clube.

CONCLUSÃO

Aplicando as sugestões deste manual você pode começar com uma grande vantagem para seu Clube. Se depois de estudá-lo você necessita mais ajuda, não hesite em recorrer ao seu pastor, ao diretor do Ministério Jovem de sua Associação/Missão e seu regional. Juntos podem desenvolver o significativo Ministério dos Desbravadores em sua igreja.

Se a tarefa parecer-lhe demasiado grande e for tentado a desanimar deixamos para sua meditação e inspiração, as seguintes promessas bíblicas que carregam em si a grande certeza: “Eu posso fazê-lo”:

Filipenses 4:13
S. Tiago 1:5 e 6
S. João 14:26
Romanos 8:31 e 37 
Salmos 46:1
Isaías 50:7
Judas 24

Fonte: www.desbravadores.org.br

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