Dia do Filatelista Brasileiro

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Dia do Filatelista Brasileiro

O trabalho dos filatelistas – como são chamados os colecionadores de selos – não se resume a recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los, separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum outro critério.

E tem mais: nem só de selos vive o filatelista. Há também carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos, por exemplo.

A Filatelia é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil. Estes colecionadores, ao reunirem os vestígios do dia-a-dia postal, recolhem também um pouco de história, contribuindo assim para a preservação da memória cultural de um país ou época. O hobby é tão valorizado que, em alguns países da Europa, a Filatelia chega a ser matéria obrigatória no currículo de escolas.

Correio na antiguidade

A criatividade dos povos antigos permitiu que as mensagens chegassem ao destinatário das mais variadas formas. Até que se inventassem o selo e o sistema de correio tal como hoje o conhecemos, muita oisa aconteceu.

Para envio de mensagens através de pontos distantes do país, os egípcios usavam pranchetas de barro com hieróglifos em baixo relevo.

Os persas utilizavam mensageiros a cavalo. Fenícios e cretenses davam seu recado por meio de pombos e andorinhas – um protótipo de serviço de correspondência aérea. O sistema regular de correio, entretanto, surgiu apenas na China, em 4.000 a.C

O primeiro selo

O selo nasceu na Inglaterra, em 1840, a partir da necessidade de se estabelecer um padrão de tarifas postais para toda a nação. Antes de existir, o destinatário arcava com as despesas de correspondência. Com os selos, foi possível uniformizar as taxas de todas as regiões de uma nação e, posteriormente, implantar um sistema postal de âmbito internacional.

A idéia de criação do selo era parte de um projeto de reforma do sistema postal inglês, concebido por Rowland Hill, que foi também o responsável pelo esboço do primeiro exemplar, com a estampa do perfil da Rainha Vitória. Os primeiros selos foram colocados à venda ainda em 1840 e eram conhecidos como Penny Black, uma alusão a seu preço, um penny, e a sua cor, preta

A Filatelia no Brasil

Seguindo o exemplo da Inglaterra, o segundo selo foi lançado em Zurique, em 1943. Em agosto do mesmo ano, o Brasil emite o terceiro selo do mundo, o “Olho de Boi”, que é hoje uma raridade e vale de 100 a 4 milhões de francos (cerca de 660 mil dólares), dependendo da peça.

A Filatelia no País prosseguiu com a criação dos selos “Inclinados”, em 1844, “Olhos de cabra”, em 1850 e “Olhos de gato”, em 1854. Outros destaques que um bom filatelista apreciaria são os primeiros selos comemorativos, celebrando o 4.º Centenário do Descobrimento do Brasil, em 1900; os selos alusivos ao 3.º Congresso Pan-Americano, em 1906; o primeiro carimbo comemorativo, em 1904, relativo aos 50 anos de emancipação política do Paraná.

Sucederam-se muitas mudanças no sistema postal brasileiro. Os selos contribuíram para registrar estes acontecimentos, como foi o caso da criação do serviço postal aéreo, em 1920, com selos exclusivos no período de 1927 a 1934.

A impressão dos selos melhorou a partir de 1968. O ano seguinte também foi importante, quando a então recém-criada Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) serviu de trampolim para a melhoria da qualidade das emissões comemorativas, o que rendeu aos selos brasileiros vários destaques e prêmios internacionais

Selo com defeito vale mais

Muitas vezes, um defeito de fabricação, algumas manchas e outras pequenas imperfeições podem dar um toque especial ao selo, valorizando-o ainda mais. Um dos “defeitos especiais” clássicos e bastante apreciados é o papel marmorizado, que recebe este nome quando apresenta pequenos veios, semelhantes à textura do mármore.

Quase imperceptíveis (só são vistos contra a luz ou apenas com ajuda de benzina), estes veios nada mais são do que falhas na fabricação do papel. Ninguém adivinharia que o mau preparo do caulim e da caseína, que fazem parte da produção deste tipo de papel, aumentariam tanto o valor real de um selo

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Dia do Filatelista Brasileiro

5 de Março

Dia do Filatelista Brasileiro

O hábito de colecionar coisas é um dos mais antigos passatempos do ser humano. Há mais de um século e meio, a coleção de selos tem atraído um grande número de aficionados, por todo o mundo. Esse tipo de coleção é denominado “filatelia” (do grego fila = amigos e telos = selo); seu praticante é o filatelista. Contudo, nem só de selos vive o filatelista; na sua coleção também encontram-se carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos.

A filatelia se tornou uma atividade cultural. Os selos comemorativos, por exemplo, registram os aspectos socioculturais das nações, tornando-se fontes inesgotáveis de pesquisa, entretenimento e investimento.

Os filatelistas de todo o mundo criaram diversas organizações para promover a arte da filatelia e fornecer informações úteis. Entre elas, destacam-se a Federação Internacional de Filatelia (FIP) e a Federação Brasileira de Filatelia (Febraf). O primeiro selo do mundo surgiu na Inglaterra, em 1840. Era conhecido como penny black e trazia a efígie da rainha Vitória. O advento do selo foi fundamental para o sucesso da reforma postal, que revolucionou os correios no mundo inteiro.

O primeiro selo brasileiro foi o olho-de-boi, que surgiu em 1º de agosto de 1843. o Brasil foi o segundo país do mundo a emitir selos. Mais tarde surgiram os selos inclinados (1844), olhos-de-cabra (1849) e olhos-de-gato (1854).

Os primeiros selos comemorativos brasileiros datam de 1900 e foram emitidos para celebrar o IV Centenário do Descobrimento do Brasil.

O Brasil foi o primeiro país do mundo a lançar um selo com legenda em braile, emitido em 1974, e o segundo do mundo a lançar um selo tridimensional (emholograma), em 1989.

O pioneirismo brasileiro revelou-se mais uma vez, quando foi lançado, em 1999, o primeiro selo do mundo com odor.

Fonte: www.paulinas.org.br

Dia do Filatelista Brasileiro

5 de Março

Etmologicamente formada das palavras gregas phílos (amigo, amador) e atelês (franco, livre de qualquer encargo ou imposto), a Filatelia é normalmente definida como o ato de colecionar selos, especialmente aqueles considerados raros. Mas, muito mais do que um hobby de colecionismo, a Filatelia é, ao mesmo tempo, uma ciência e uma arte que apaixona pessoas dos mais diversos lugares do mundo.

Dia do Filatelista Brasileiro

História do Selo

O primeiro selo do mundo, conhecido como Penny Black, surgiu na Inglaterra, em 6 de maio de 1840, dentro da reorganização promovida no serviço postal daquele país por Rowland Hill. Até essa data, o pagamento pela prestação do serviço de transporte e entrega de correspondências era feito pelo destinatário. A chegada do selo foi fundamental para o sucesso da reforma postal, que revolucionou os Correios no mundo inteiro.

Dia do Filatelista Brasileiro

Os primeiros selos do mundo têm como figuração a efígie (como a da Rainha Vitória, no Penny Black), o brasão ou a cifra.

O Brasil lançou seu primeiro selo em 1843 – a famosa série “Olho-de-boi” – e foi o segundo país do mundo a emitir selos. Seguiram-se os selos conhecidos como “Inclinados” (1844), “Olhos-de-cabra” (1850) e os “Olhos-de-gato” (1854).

Os primeiros selos comemorativos foram emitidos em 1900 e celebravam o 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, mas somente em 1906 foram feitas emissões comemorativas com repercussão no exterior, sendo alusivas ao 3º Congresso Pan-Americano.

O primeiro carimbo comemorativo apareceu em 1904, em Curitiba, durante a “Exposição do Paraná”, evento que comemorou os 50 anos da emancipação política do Estado.

Em 1920, foi criado o serviço aéreo, que teve selos exclusivos no período de 1927 a 1934.

Dia do Filatelista Brasileiro

O primeiro bloco comemorativo surgiu em 1938, em comemoração à 1ª Exposição Filatélica Internacional – BRAPEX, no Rio de Janeiro.

Até 1968, a grande maioria dos selos comemorativos brasileiros tinha impressão em uma só cor, com as mesmas técnicas e deficiências dos selos ordinários. Nesse ano, começaram a ocorrer melhorias significativas no processo de impressão, especialmente no que se referia ao tipo de papel, às técnicas utilizadas e aos mecanismos de segurança contra falsificações.

A partir da criação da ECT, em 1969, artistas plásticos e desenhistas promissores foram contratados para melhorar a qualidade das nossas emissões comemorativas e a Casa da Moeda foi reequipada para garantir uma impressão compatível com o novo padrão, dentre as providências que foram adotadas para incrementar a Filatelia.

Como decorrência da modernização em sua concepção artística, os selos brasileiros tornaram-se mais atraentes e competitivos, obtendo importantes prêmios internacionais. Destacam-se entre as emissões premiadas o bloco “São Gabriel Padroeiro dos Correios” (1973), o selo “Imprensa – Bicentenário de Hipólito da Costa” (1974), o selo “Dia Nacional de Ação de Graças” (1976), a série “Folguedos e Bailados Populares” (1981) e o bloco “Literatura de Cordel – Lubrapex 86” (1986).

Dia do Filatelista Brasileiro

Na Filatelia Brasileira merecem destaque, também, o primeiro selo do mundo com legendas em “Braille”, emitido em 1974, e o segundo selo do mundo com imagens tridimensionais (holográfico), lançado em 1989.

Em 1996, outro importante marco no processo de diversificação e melhoria do design das emissões filatélicas: o Concurso “Arte em Selo”, realizado por ocasião da 23ª Bienal de Arte de São Paulo, selecionou, dentre 3000 artistas, os 50 melhores para trabalharem no processo de criação dos selos brasileiros.

Em 1997, foram lançados produtos com nova concepção temática visual e tecnológica, como a folha de selos variados da campanha “Criança e Cidadania”, e, para as máquinas de auto-atendimento, a cartela de selos auto-adesivos (série “Cidadania”) e as etiquetas de franqueamento.

Com a proposta de sempre oferecer selos de significativo apelo temático e artístico, em 1998 a ECT lançou, entre outros, uma folha de selos sobre o tema EXPO’98 – Oceanos, e outra para homenagear a XVI Copa do Mundo, tendo como tema o Futebol-Arte, demonstrando que a Filatelia sempre está ao lado dos mais importantes acontecimentos do Brasil e do exterior.

Em 1999, importantes emissões foram lançadas, com destaque especial para a quadra alusiva aos “Parques Nacionais do Brasil – Prevenção a Incêndios Florestais”, impressa em papel reciclado, com aroma de madeira queimada, visando conscientizar para a necessidade de preservar as riquezas do nosso meio-ambiente. Outra emissão que merece ser ressaltada é a que focalizou oito espécies de “Peixes do Pantanal – Aquário de Água Doce” que, além de forte apelo temático, representa a segunda emissão brasileira impressa com detalhes em holografia.

Em 2002, a ECT lançou o primeiro selo redondo brasileiro, dentro da emissão conjunta “Campeões do Mundo de Futebol do século 20”. Os países que já ganharam a Copa do Mundo – Argentina, Alemanha, Itália, França, Uruguai e Inglaterra – participaram desse grande projeto filatélico, junto com os Correios do Brasil

Dando continuidade ao processo de diversificação, melhoria do design e utilização de inovações tecnológicas na produção filatélica , em 2003, foram lançados: o selo do Natal, no formato triangular e auto-adesivo, e o selo alusivo à luta contra o HIV/AIDS, no formato de coração. Em 2004, as principais novidades foram: a aplicação da retícula estocástica na emissão “Preservação dos Manguezais e Zonas de Maré”, proporcionando efeitos de micropigmentação, e o recorte do selo de Natal, em formato de Papai Noel.

Como iniciar sua coleção de selos

Diversas são as maneiras de se iniciar uma coleção.Uns iniciam com selos retirados das correspondências da família ou recebidos como herança de algum parente filatelista que deixou uma coleção.Outros começam comprando os selos nas Agências dos Correios ou em casas comerciais especializadas.

Na hora de decidir como você vai montar sua coleção de selos, é preciso criatividade para pensar como ela será desenvolvida.Você pode escolher o tema que mais gostar: esportes, artes, cidadania, ecologia, personalidades, meios de transporte, aviação, fatos históricos, educação, entre outros, e ilustrar a coleção com selos do Brasil e de outros países.

Para ser um bom colecionador, é fundamental que você conheça, também, um pouco da história das comunicações e do selo postal.Assim, na hora de conversar com seus novos amigos, você não ficará de fora e entenderá tudo o que é comum ao bate-papo de um grupo de amigos do selo.

Dicas

Existem algumas dicas que são importantes pra quem coleciona selos:

1. Não pegue os selos com as mãos.Use sempre uma pinça.Guarde-os com todo cuidado, pois são peças valiosas para sua coleção.

2. Nunca arranque um selo usado do envelope.Encha uma vasilha com água até a metade e coloque os pedaços de envelope com selos de cabeça para baixo.Em alguns minutos, os selos começarão a desgrudar dos envelopes.Vá retirando-os com a pinça, um a um, e colocando-os com a face virada para baixo, em cima de uma folha de jornal, para que sequem.

3. Depois de secos, pegue um a um e verifique se os picotes estão perfeitos.Os selos não podem estar rasgados ou cortados, nem raspados no verso.Separe os estragados daqueles que estão em perfeito estado.

4. Se o selo for auto-adesivo, ele deve ser recortado do envelope com uma margem de segurança, para não correr o risco de estragar.

5. Ao destacar um selo, cuidado para não estragar os picotes.

6. Para guardá-los, adquira um álbum próprio, chamado de classificador, numa loja de comércio filatélico.

7. Não cole os selos em cadernos ou em outro material.Adquira os suportes adequados (hawid) nas lojas de comerciantes filatélicos.

8. Procure saber como outros colecionadores cuidam de suas coleções e como fazem para obter ou comprar selos diferentes, às vezes raros.Associe-se a um clube filatélico, para manter contato com outros colecionadores.

PORTARIA Nº 500, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2005

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,

Art. 1º Estabelecer os critérios e procedimentos para a elaboração do Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT.

Art. 2º Para os fins desta Portaria são adotadas as seguintes definições:

I. Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais – programação que contém informações sobre os selos comemorativos e especiais a serem emitidos no decorrer do ano;

II. Selo Comemorativo – selo postal de tiragem limitada, alusivo à comemoração de data de destaque no segmento sócio-cultural, com repercussão nacional ou internacional;

III. Selo Especial – selo postal temático não-comemorativo, de tiragem limitada;

IV. Tema – assunto ou argumento de onde são extraídos e definidos os motivos focalizados nos selos postais, conforme especificado no art. 3º desta Portaria;

V. Motivo – é a especificação de um tema, representada no selo pelas imagens e informações que o compõem;

VI. Emissão – é o ato de colocar em circulação, por meio do respectivo lançamento, o selo postal produzido; e

VII. Edital – impresso destinado a divulgar o lançamento dos selos postais, contendo informações sobre motivo, detalhes técnicos e descrição de elementos que compõem as respectivas imagens.

Art. 3º As emissões de selos comemorativos ou especiais deverão ser alusivas aos seguintes temas:

I. Eventos ou manifestações culturais, artísticas, científicas e esportivas de repercussão nacional ou internacional, que apresentem interesse temático;
II. Acontecimentos históricos;
III. Ação governamental;
IV. Personalidades;
V. Chefes de Estado;
VI. Atletas que obtiverem a primeira colocação nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, promovidos por inspiração do Barão Pierre de Coubertin;
VII. Ganhadores de Prêmio Nobel;
VIII. Preservação do meio ambiente;
IX. Aspectos do turismo nacional; e
X. Valores da cidadania, direitos humanos e outros assuntos relacionados ao bem-estar da humanidade.

Art. 4º As propostas para a emissão de selos serão captadas pela ECT, junto à sociedade civil e aos órgãos governamentais, até o dia 1º de junho de cada ano, devendo estar acompanhadas de histórico com justificativa para a emissão pretendida, bem como de sua importância no contexto nacional ou internacional.

Art. 5º A ECT procederá a prévia análise das propostas recebidas, selecionando aquelas que atendam as disposições constantes do art. 3º desta Portaria e às seguintes condições:

I. Acontecimento histórico somente poderá ser assinalado pela emissão de selo, a partir do advento de seu centenário;

II. Selo homenageando personalidade deverá ser emitido, preferencialmente, no aniversário de nascimento do homenageado, evitando-se referência à data fúnebre;

III. Poderão ser homenageados em selo postal, em vida, somente os Chefes de Estado, os ganhadores de Prêmio Nobel e os atletas citados no inciso VI do art. 3º desta Portaria, observado ainda:

a. o Chefe de Estado será homenageado somente após o término do seu mandato ou conjunto de mandatos consecutivos; e

b. os atletas e os ganhadores de Prêmio Nobel poderão ser homenageados em até um ano após a ocorrência da premiação;

IV. Aniversário de cidade somente poderá ser focalizado em selo a partir do tricentenário, levando-se em consideração a importância da cidade no contexto econômico, histórico e sócio-cultural do País;

V. Emissões homenageando acontecimento histórico, personalidade e aniversário de cidade, já contemplados com selos comemorativos ou especiais, somente poderão ser realizadas com um intervalo mínimo de cem anos; e

VI. Instituições privadas, de caráter político ou religioso, e pessoas jurídicas de direito privado não poderão ser homenageadas com a emissão de selo comemorativo ou especial.

Art. 6º As propostas selecionadas serão submetidas, pela ECT, à Comissão Filatélica Nacional – CFN para a eleição dos motivos que comporão o Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais do exercício posterior ao ano em curso.

Art. 7º A eleição dos motivos que comporão o Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais será realizada pela CFN, a cada ano, no mês de julho, mediante o exame das propostas selecionadas pela ECT, considerados os seguintes critérios:

I. Originalidade;
II. Exploração de inovações estéticas e filatélicas;
III. Utilização de inovações técnicas, como recurso tecnológico avançado de impressão de selo, a exemplo das emissões com aroma ou com a aplicação de efeitos holográficos;
IV. Aceitação do mercado; e
V. Ineditismo nos contextos nacional e internacional.

Art. 8º Serão convidados pela ECT a compor a CFN, representantes de órgãos do Poder Executivo, da Casa da Moeda do Brasil – CMB, da Federação Brasileira de Filatelia – FEBRAF, da Associação Brasileira de Comerciantes Filatélicos – ABCF e da Associação Brasileira de Jornalistas Filatélicos – ABRAJOF.

§ 1º A ECT poderá convidar representantes de outras entidades.

§ 2º A ECT designará dois membros da Empresa para compor a CFN, com as atribuições de Presidente e de Secretário.

§ 3º Compete ao Ministério das Comunicações aprovar a composição da CFN, considerando os membros escolhidos pela ECT.

§ 4º A reunião da CFN com vistas à eleição dos motivos poderá ser realizada pessoalmente ou com o auxílio de mecanismos eletrônicos, por meio de teleconferência ou de videoconferência.

§ 5º Caberá à ECT prestar assessoria técnica à reunião da CFN, mediante a designação de empregados da área de filatelia ou de técnicos da Empresa, de notório saber em assuntos filatélicos, bem como gerenciar a sistemática de eleição dos motivos.

§ 6º A eleição dos motivos deverá ser referendada pela ECT.

Art. 9º O Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais será elaborado pela ECT, com base nos motivos eleitos pela CFN, e submetido, até 31 de julho de cada ano, à aprovação do Ministério das Comunicações.

Parágrafo único. A decisão quanto à aprovação do Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais deverá ocorrer até 31 de agosto de cada ano.

Art. 10º O Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais deverá conter o máximo de quinze motivos, ressalvadas as disposições do parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. O Ministério das Comunicações poderá promover a inclusão de motivos, até o limite de vinte por cento do total eleito pela CFN, ou a exclusão destes, em casos excepcionais de relevância nacional e que venham a ocorrer após a aprovação do Programa Anual de Selos Comemorativos e Especiais.

Art. 11º Caberá à ECT definir as características técnicas, os valores faciais, as tiragens e os critérios de criação, produção e comercialização dos selos comemorativos e especiais, bem como o local e a data dos lançamentos desses produtos.

Art. 12º A ECT publicará edital para cada emissão, como forma de divulgar o lançamento dos selos postais comemorativos e especiais.

Art. 13º A propriedade e o direito de reprodução das imagens, bem como de obra-de-arte e da arte final, especialmente elaboradas para ilustrar selos, pertencem à ECT.
Parágrafo único. A utilização de imagem dos selos postais comemorativos e especiais somente poderá ocorrer com a autorização da ECT, observadas as restrições de qualidade e segurança, além dos dispositivos do Código de Ética de Impressores de Selos filiados à União Postal Universal – UPU.

Art. 14º Caberá à ECT estabelecer os procedimentos operacionais necessários à aplicação desta Portaria.

Art. 15º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Portaria MC nº 818, de 17 de julho de 1996, e a Norma no 10/96, por ela aprovada.

Fonte: www.correios.com.br

Dia do Filatelista Brasileiro

5 de Março

O Selo e sua História

Dia do Filatelista Brasileiro

O selo nasceu no século passado por causa da Revolução Industrial. O desenvolvimento das relações comerciais aumentou a necessidade de comunicação. O volume de correspondência cresceu tanto que os correios não davam mais conta dele. Era preciso encontrar um meio de facilitar o serviço.

A Inglaterra, que foi o motor da Revolução Industrial, resolveu o problema com uma reforma audaciosa, que entrou em vigor em 6 de maio de 1840. Primeiro, unificou a tarifa para envio de cartas no interior do Reino Unido, independentemente da distância percorrida. Além disso, ficou decidido que quem pagaria a tarifa seria o remetente e não mais 0 destinatário, como acontecia até então.

A idéia do pagamento antecipado, que hoje pode parecer óbvia, foi de sir Rowland Hill, que estava preocupado com a grande quantidade de cartas devolvidas, à custa do serviço público.Para garantir o pagamento antecipado, Hill inventou o selo: um retângulo de papel com cola que a pessoa compra pelo valor impresso nele, para colocá-lo sobre a carta e depositá-la na caixa do correio, com a certeza de que chegará a seu destino.

O selo democratizou o correio, que foi criado pelos chefes dos grandes impérios para enviar mensagens a seus funcionários. Deixando de lado a figura mitológica de Mercúrio, o mensageiro dos deuses, o primeiro serviço postal conhecido foi criado no século VI a.C. pelo imperador persa Ciro, que obrigava o povo a fornecer cavalos e postos para seus mensageiros. Na Roma Antiga, o Imperador Augusto instalou uma densa rede de estações de troca de cavalos para os mensageiros imperiais. Carlos Magno tentou criar um correio, mas o sistema feudal dificultava muito o livre trânsito dos mensageiros.

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O correio ressurgiu no fim da Idade Média. Em 1315 o Ateneu de Paris obteve uma licença para organizar um serviço de entrega de correspondência entre os estudantes e suas famílias. Pouco mais tarde, na Itália, as famílias Visconti e Sforza organizaram uma rede de mensageiros entre Milão e Gênova. No século XVI, os mensageiros da República de Veneza percorriam velozmente toda a Itália.

No âmbito europeu geral, as ligações postais foram ativadas pela família Tasso a partir do final do século XIII e, mais efetivamente, desde o século XVI. O correio dos Tasso cobria regularmente Itália, França, Alemanha, Flandes e península Ibérica. Esse monopólio durou até o fim do século XVIII: depois foi duramente atingido pela Revolução Francesa e por Napoleão, que organizou um correio estatal em todo o seu império. Com a Restauração de 1815, os Tasso recuperaram o privilégio, mas, em poucos decênios, os novos Estados europeus resgataram o monopólio estatal.

Chega-se assim à Revolução Industrial e à reforma de sir Rowland Hill. Note-se que ele não inventou apenas o selo: sua idéia alternativa eram os envelopes desenhados, vendidos a 1 penny e 2 pence, e que, dispensavam os selos. O desenho, feito por Willian Mulready, mostrava a figura dominante de Britânia (representando a Inglaterra), circundada por anjos. Mas os jornais humorísticos começaram a publicar desenhos parodiando os “envelopes Mulready”, que caíram no ridículo e acabaram sendo extintos.

Predominou assim o selo: os primeiros, um preto de 1 penny (para cartas com peso de até meia onça) e um azul de 2 pence (para cartas de até uma onça) mostravam a Rainha Vitória, como num camafeu, e eram pequenas obras de arte gráfica.

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Um precursor interessante do selo postal é o chamado “cavalinho sardo”: um pequeno gênio montado sobre um cavalo, impresso numa folha da qual constava a tarifa postal. Os cavalinhos foram emitidos pelo Reino da Sardenha em folhas de 15, 20 e 50 centavos: a emissão provisória, de 1819, era impressa em azul, e a definitiva, de 1820, era um relevo aplicado a seco.

A reforma inglesa teve sucesso imediato, aumentando o volume de correspondência. O penny vermelho surgiu em 10 de fevereiro de 1841, substituindo o preto. Em 1858 surgiram exemplares com bordas dentadas (até então, os selos eram separados com tesoura).

Nesse meio tempo, a idéia inglesa do selo começou a difundir-se. Seus primeiros seguidores foram os suiços: em 21 de janeiro de 1843, o Conselho de Estado de Zurique aprovou sua reforma postal, e , em fevereiro, foram impressos selos de 4 e 6 centavos. Tinham apenas o algarismo, as inscrições e um fundo de segurança, mas eram de boa qualidade gráfica.

Cinco meses depois de Zurique, surgem no Rio de Janeiro os primeiros selos do Brasil, terceiro país a adotar o sistema (provavelmente devido aos intensos contatos comerciais com a Inglaterra). Lançados em 1o. de agosto de 1843, eram selos de 30, 60 e 90 réis, também com desenho bem simples: algarismos destacados em branco sobre um fundo moiré ovoidal impresso em preto. O desenho fez essa primeira série ser chamada de “olhos-de-boi”, enquanto a segunda emissão (1844/46) ficou conhecida como “inclinados” e a terceira (1850) como “olhos-de-cabra”.

Em outubro do mesmo ano, Genebra, capital da Suiça latina (que não admitia ficar atrás da germânica Zurique), lançou seu primeiro selo, de 5 centésimos, na cidade de Lemano. Ainda na Suiça, surgiu em 1o. de julho de 1845 o primeiro selo policromático: a “pomba” do cantão da Basiléia. Também tiveram caráter local os mais antigos selos dos Estados Unidos: o primeiro, de 5 cents, saiu em julho de 1845 em Nova York, e em 5 de agosto de 1847 saiu a primeira impressão válida para todo o país. Ainda em 21 de setembro de 1847 surgiram na ilha de Maurício selos de 1 penny e 2 pence.

E em 1o. de julho de 1849 apareceram os primeiros selos da Bélgica, mostrando o Rei Leopoldo I, e os primeiros da França, com o perfil da deusa Ceres, em 1o. de janeiro.

Tipos de Coleção

Durante quase um século e meio de existência, o selo tornou-se conhecido no mundo como um objeto de dupla finalidade: um meio de cobrar o serviço do correio e uma peça de coleção. Depois de acompanhar o seu nascimento e primeiros anos de vida na Inglaterra e nos países que o adotaram pioneiramente (como a Suíça e o Brasil), vamos deixar por um momento sua história e focalizar sua “segunda vida” – como peça de coleção.

Para compreender a existência do selo como peça de coleção, pode-se tomar como ponto de partida a antiga expressão latina “ars una, species mille” – a arte é uma, mas tem mil faces. Ela reflete muito bem o espírito da Filatelia, que abrange os mais variados tipos de coleção. A escolha dependerá exclusivamente da vontade livre do colecionador.

Quem nunca fez coleção de selos não precisa definir imediatamente o tipo de coleção que quer. Convém começar apenas juntando um grande número de exemplares: é um bom meio de aprender a conhecer, manusear e classificar os selos. Aos poucos, a preferência da pessoa acabará se orientando para algum tipo de coleção.

Dia do Filatelista Brasileiro
Alguns dos temas mais apaixonantes: flores, em selos da China e da Serra Leoa. esportes, em emissões sobre as Olimpíadas do México de 1968 e as da Grécia de 1896; e animais em selos de Cingapura e da Polônia.

Quando se sabe quais são os principais tipos de coleção de selos, a opção fica mais fácil. Em primeiro lugar, existe a “coleção geral”, que abrangeria todos os selos já emitidos em todo o mundo. No começo da história da filatelia e mesmo até há algumas décadas, essa coleção seria viável, mas hoje em dia ela é praticamente impossível, não só pelo tamanho e custo como também porque exigiria um trabalho imenso e contínuo para manter-se atualizada.

Contudo, é a coleção de caráter geral a que mais estimula a imaginação do filatelista, transportando-o para os lugares mais estranhos do mundo e fornecendo-lhes as mais variadas imagens.

E é possível viabilizar uma coleção do tipo geral: para isso é preciso limitá-la a selos de uma certa época – por exemplo, os selos de um decênio do século XIX ou os selos emitidos entre as duas guerras mundiais. As opções cronológicas são infinitas. E resta ainda a possibilidade de, terminada a coleção referente a um período, passar-se imediatamente para outro.

Pode-se ainda colecionar apenas os selos de um país ou de um grupo de países. Nesse caso, há quem prefira “jogar em casa”, colecionando os selos do próprio país; isso oferece muitas vantagens: é mais fácil conseguir os exemplares, não é preciso conhecer línguas estrangeiras para entender as mensagens dos selos e não é difícil conseguir orientações precisas para a coleção.

Muita gente, contudo, prefere colecionar selos de outros países, por vários motivos: por simpatia em relação ao país escolhido, por familiaridade com a língua, pela confiança na administração postal ou ainda porque a coleção é um investimento seguro(quando se trata de uma nação economicamente forte). A escolha também pode recair sobre um país que ficou independente há pouco tempo e ainda tem um número pequeno de emissões de selos, de modo que não seja difícil conseguir todos eles.

Até aqui só foram mencionados os tipos de coleção baseados em critérios geográficos ou cronológicos. Mas existem numerosas possibilidades de se formar coleções inspiradas nos desenhos dos selos ou na sua temática. Incluem-se, nesse caso, os selos comemorativos.

Dia do Filatelista Brasileiro

Dentre os fatores que podem influenciar a escolha de um tipo de coleção está o modismo. Não há por que não seguir a moda se ela corresponder aos gostos do colecionador.

Cabe ao colecionador decidir se vai fazer uma coleção caracterizada pela variedade de selos ou se vai seguir um dos muitos caminhos da especialização.

Em vista das dificuldades que se colocam a um tipo de coleção especializada é bom que o principiante seja cauteloso e se decida por uma coleção simples, que lhe dê garantia de continuidade. Aventurar-se por um caminho complicado seria o mesmo que começar um curso partindo da especialização e não da formação básica.

De qualquer modo, o importante é que cada um escolha o tipo de coleção que lhe dê mais satisfação. A partir disso, será possível obter da filatelia aquilo que ela costuma proporcionar a todos os que se aventuram nela: uma distração agradável, um enriquecimento da cultura e até mesmo uma forma de investimento financeiro.

Além de tudo, a filatelia sempre será algo muito pessoal, um meio pelo qual alguns dos aspectos da personalidade do colecionador se manifestem criativamente.

Ferramentas e acessórios

Todo hobby exige que quem o exerça disponha de um certo número de instrumentos. Felizmente, as “ferramentas” necessárias ao exercício da filatelia se resumem a um pequeno número de objetos pouco custosos.

Deixamos de lado, por enquanto, o catálogo, que serve para identificar precisamente os selos, os álbuns, os classificadores e outros métodos de conservar as coleções. Inicialmente, vamos tratar apenas dos objetos que o filatelista utiliza para manejar e “reconhecer” os selos.

O instrumento principal, que não deve faltar no bolso do bom colecionador, é a pinça: os selos nunca devem ser manuseados – ou seja, nunca devem ser tocados com as mãos. Mesmo que as mãos não estejam sujas, os dedos sempre deixam suas marcas em tudo o que tocam. Com o tempo, as impressões digitais deixadas sobre os selos, mesmo que invisíveis a olho nu, podem ocasionar o aparecimento de halos, mofos e outras manchas – o que diminui consideravelmente o valor dos exemplares.

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Foi para evitar esse inconveniente que se idealizou a pinça usada em filatelia: ela precisa ser inoxidável – do contrário, pode enferrujar, o que também prejudicaria os selos. É preferível que tenha pontas bem lisas ou arredondadas, pois só um colecionador com muita experiência pode pegar selos com pinças de pontas muito finas sem correr o risco de estragá-los. Convém ainda proteger a pinça com uma capinha de couro ou plástico, para evitar que ela se suje no bolso.

Além da pinça, é preciso que o filatelista tenha sempre consigo outro objeto igualmente indispensável: uma lente de aumento.

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A identificação exata de um selo e, portanto, seu valor, pode depender da presença de algum sinal característico, às vezes tão pequeno que dificilmente é notado a olho nu. Será preciso recorrer então ao auxílio de uma lente.

No começo, pode-se usar uma lente de plástico. Mais tarde, contudo, o filatelista precisará de algo mais seguro e preciso: uma lente de cristal.

Não é necessário – aliás, é desaconselhável – o uso de lentes muito grandes. Em filatelia, é preciso concentrar a atenção em detalhes minúsculos, de modo que uma lente circular de 3 cm de diâmetro é suficiente para o colecionador. Para uso normal, basta dispor de uma lente de aumento.

O especialista poderá ter lentes mais potentes de reserva, só para casos excepcionais – não convém usá-las continuamente porque podem prejudicar a visão. Em ocasiões muito raras, pode ser necessário examinar o selo ao microscópio. Mas esse não é um instrumento que faça parte do equipamento normal do colecionador.

O filatelista irá precisar, no entanto, de um filigranoscópio, um objeto bem mais simples do que o nome leva a crer. Muitos selos são impressos em papel que apresenta, por transparência, sinais ou desenhos mais claros: são justamente as filigranas, uma garantia contra falsificações, que costuma aparecer também nas cédulas de papel-moeda. Em vários casos, um exemplar muda extraordinariamente de preço conforme tenha filigrana ou não, ou a tenha de um tipo ou de outro. E nem sempre basta olhar o selo contra a luz para conseguir a indispensável identificação. É então que se torna necessário recorrer ao filigranoscópio.

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Esse instrumento é apenas uma tigelinha preta de fundo chato, feita de plástico ou de cerâmica, sobre a qual se coloca o exemplar a ser examinado, voltado para baixo. Algumas vezes o simples contraste com o fundo preto basta para destacar a filigrana. Mas, em geral, é preciso umedecer o selo com algumas gotas de benzina retificada: o papel imediatamente revelará seus segredos.

Há também o filigranoscópio elétrico, no qual o selo é colocado entre duas pequenas placas de uma substância chamada rhodoid e apoiado sobre uma fonte luminosa: a filigrana fica evidente quando se interpõem alguns filtros coloridos translúcidos.

Voltando ao filigranoscópio normal, é preciso insistir na necessidade de utilizar apenas benzina retificada, pois ela se evapora em pouco tempo e deixa o selo em perfeitas condições.

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Cuidados ao manusear os selos

Também o colecionador de selos precisa, de vez em quando, marcar um dia para “fazer a faxina”. Não nos exemplares novos, que têm de ser conservados com a cola intata, mas sim nos usados, que em geral precisam ser destacados do envelope. E destacá-los é uma operação muito especial e cuidadosa, que é precedida de uma outra: para destacar os selos, é preciso “lavá-los”.

Na lavagem dos selos, o colecionador não usa nenhum produto de limpeza, mas apenas água limpíssima – de preferência sem cloro. Vejamos quais são os procedimentos corretos para se conseguir uma boa limpeza nos selos usados.

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Primeiro, pegue uma pequena bacia (naturalmente, bem limpa) e coloque água fria ou morna até o meio. Os selos a serem lavados deverão estar separados e preparados, isto é, recortados dos envelopes com uma tesoura, deixando-se uma margem de papel de cerca de 1 cm em torno de cada um.

Mergulhe os recortes na água; eles podem ficar assim por meia hora. Depois disso, eles começam a se soltar sozinhos do papel em que foram colados. Então, é preciso soltá-los completamente, com cuidado, e jogar os fragmentos de envelope ou de cartão-postal em que estavam grudados.

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Na pequena bacia só ficam os selos. Só que agora a água não está mais limpa: a cola que fixava os selos se dissolveu aí.

É hora de passar para a segunda etapa de lavagem. Jogue fora a água suja – tomando cuidado para não perder nenhum selo no processo – e acrescente outra quantidade de água limpa, fria ou morna. Esfregue delicadamente o verso dos selos com a ponta dos dedos: assim, os últimos resíduos de cola desaparecem. Embora não seja rigorosamente necessário, você pode trocar a água mais uma vez.

Agora, passemos à secagem dos selos. Para isso, use folhas de papel absorvente limpas, estendendo-as sobre a mesa duas a duas, uma por cima da outra. Retire os selos da água, um por um, e coloque-os sobre as folhas absorventes, com o lado impresso para baixo.

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Nesse processo, preste atenção para que os selos fiquem bem esticados, sem pregas nem dobras. Os selos não devem ficar muito perto uns dos outros – 1 cm de distância é o ideal. Esse distanciamento é importante, porque, devido à umidade e à cola, um selo pode danificar seu vizinho. E, se este for valioso, o perigo será ainda maior.

Quando o par de folhas estiver coberto de selos, cubra-o com outra folha absorvente e coloque por cima um pedaço de papelão de mesmo tamanho. Depois, pressione o conjunto com um peso de papéis não muito pesado. Se ainda houver selos na bacia, repita a operação.

Antes da lavagem, é preciso tomar algumas precauções. O papel de certos envelopes é muito perigoso, porque solta tinta na água, o que poderá manchar os selos para sempre. Os envelopes mais perigosos são os de cor de laranja, muito usados em correspondência comercial. Assim, antes de começar a lavagem dos selos, é bom separar os fragmentos desse tipo e soltá-los separadamente dos demais. No caso, use água quente, que derrete a cola mais depressa. Os selos ainda grudados não devem ficar na bacia por muito tempo: é preciso observá-los a cada momento e retirá-los assim que for possível soltá-los.

Outro perigo vem dos sinais ou escritos feitos com lápis-tinta, que deixam manchas. Alguns países, como a Áustria e a Holanda, gomam seus selos com uma cola extremamente resistente. Quando os selos que estão no “banho” estiverem a ponto de serem retirados, é provável que os austríacos e holandeses ainda permaneçam grudados no envelope. Para que se soltem com mais facilidade, pode-se acrescentar um pouco de bicarbonato à água.

Todo colecionador lava seus selos, mas nem todo selo deve ser lavado. Ao fazer isso, corre-se o risco de destruir algum pequeno tesouro. De fato, em diversos casos, um selo carimbado tem mais valor se for conservado com o envelope sobre o qual foi colocado.

Como regra geral, lave apenas os selos de emissão recente. Caso tenha a sorte de encontrar algum envelope mais antigo, ou um “clássico”, é melhor deixá-lo intato e mostrá-lo a um filatelista mais experiente para que diga se convém ou não lavá-lo.

Outra regra importante: se o selo estiver carimbado com uma marca que parece diferente dos carimbos tradicionais, não recorte o envelope antes de consultar alguém. Não tenha medo de pedir conselhos: certamente uma pessoa mais experiente se sentirá feliz por ajudar e, em poucos meses, você estará com uma bagagem de conhecimento que lhe permitirá resolver as coisas por si mesmo.

Agora, o que fazer com os selos que acabaram de ser lavados e estão enxutos e esticadinhos no papel absorvente? Primeiro, vire os selos para cima e separe os repetidos dos exemplares que ainda não estão na coleção. Não jogue fora os repetidos: eles podem ser arrumados de diversas maneiras. Uma das mais usadas é colocá-los em pequenos envelopes de papel celofane, que não gruda nos selos, e guardá-los depois numa caixa.

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Esse mesmo tratamento deve ser dado aos exemplares únicos que não fazem parte do tema escolhido para sua coleção. Tanto os únicos como os repetidos poderão ser muito úteis quando você se tornar um colecionador experiente. Poderá até perceber que certos selos que à primeira vista você considerou repetidos são na verdade diferentes dos que você tem.

Fonte: www.maniadeselos.hpg.ig.com.br

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