Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

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A cegueira é a falta do sentido da visão.

A cegueira pode ser total ou parcial; existem vários tipos de cegueira dependendo do grau e tipo de perda de visão, como a visão reduzida, a cegueira parcial (de um olho) ou o daltonismo.

Tipos de cegueira

A cegueira classifica-se dependendo de onde se tenha produzido o dano que impede a visão.

Este pode ser:

1. Nas estruturas transparentes do olho, como as cataratas e a opacidade da córnea.
2.
Na retina, como a degeneração macular e a retinose pigmentária.
3.
No nervo óptico, como o glaucoma ou os diabetes.
4.
No cérebro.

A cegueira pode ser congênita ou adquirida. O dano que impede a visão pode ser causado no nascimento, em algum evento ao longo da vida do indivíduo ou ainda no útero materno.

Dia Nacional do Cego
Cegueira

Cegueira Definição

Uma delimitação de deficientes visuais, cegos e portadores de visão subnormal, se dá por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão.

Em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira.

Considera-se portador de cegueira aquele cuja visão do melhor olho, após a melhor correção óptica ou cirúrgica, varia de zero a um décimo (escala optométrica de Snellen), ou quando tem o campo visual reduzido a um ângulo menor que 20 graus.

Para entender-se melhor o que significa um décimo de acuidade visual, podemos esclarecer isso dizendo que o indivíduo portador dessa limitação enxerga apenas a uma distância de 20m.

Existe a cegueira parcial (conhecida como legal, econômica ou profissional) e nessa categoria estão os indivíduos apenas capazes de contar dedos a pouca distância e os que só vêem vultos.

Próximos da cegueira total estão os indivíduos que só têm percepção e projeção de luminosidade. No primeiro caso, há apenas a distinção entre claro e escuro e no segundo (projeção) o indivíduo é capaz de identificar a direção de onde vem a luz.

A cegueira total (amaurose) pressupõe completa perda de visão. A visão é totalmente nula, ou seja, nem a percepção luminosa está presente e em oftalmologia isso significa visão zero.

Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios técnicos a seguir: visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se pode ver a 6m, o que uma pessoa de visão normal pode ver a 60 metros.

Os indivíduos podem ter cegueira de nascença ou adquirida ao longo da vida. É freqüente imaginar que toda pessoa portadora de cegueira nasceu com tal problema visual, porém muitos são os casos de pessoas que adquiriram a cegueira. Eis aí uma diferença que se observa para habilidades dos portadores de cegueira.

Fonte: www.pt.shvoong.com

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Santa Luzia, protetora dos olhos e da visão, é homenageada nesse dia. Nascida na Sicília, Itália, cerca do ano de 283, Luzia tentou fugir de um casamento arranjado por sua mãe, mas foi perseguida pelo noivo rejeitado, que a entregou como cristã às autoridades.

Ela foi torturada, tendo seus olhos arrancados. Antes de finalmente morrer com um golpe de espada na garganta, recuperou a visão. Por isso, sua associação com os cegos e pessoas com problemas de visão.

Luzia morreu em 304.

Durante o governo de Jânio Quadros, foi instituído o Dia Nacional dos Cegos para homenagear a data da morte de José Álvares de Azevedo.

O Dia Nacional do Cego foi criado pelo então Presidente da República Jânio da Silva Quadros através do Decreto nº 51.405/61 – publicado no Diário Oficial da União em 26 de julho de 1961, e a ser comemorado todo dia 13 de dezembro.

Esta data foi criada em decorrência da necessidade de incentivar o princípio de solidariedade humana, mundialmente estabelecido no princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que preserva o Direito fundamental de igualdade e soledariedade entre todos dentro da mesma sociedade, sem discriminação e distinção a qualquer nível.

Braille

O jovem introduziu o sistema braille no Brasil, em 1850, depois de aprendê-lo na França, e inspirou Dom Pedro II a criar o Imperial Instituto dos Jovens Cegos, hoje Instituto Benjamim Constant, localizado no Rio de Janeiro. No entanto, a data acabou não tendo a mesma repercussão que o Dia de Santa Luzia.

Fonte: www.jambo.com.br

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

DIFERENÇA ENTRE SER CEGO E BAIXA VISÃO

DEFICIÊNCIA VISUAL

O termo deficiência visual abrange conceitos que incluem desde a cegueira total, onde não há percepção de luz até a baixa visão.

Foi a partir da resolução adotada pelo Conselho Internacional de Oftalmologia, em Sidney, Austrália, em 20 de abril de 2002, que se passaram a utilizar os seguintes termos e condições:

Cegueira: somente em caso de perda total da visão e para condições nas quais os indivíduos precisam contar predominantemente com habilidades de substituição da visão.

Dia Nacional do Cego

Baixa visão: para graus menores de perda de visão e para condições as quais os indivíduos precisam receber auxílio significativo por meio de aparelho e dispositivo de reforço da visão (o termo ainda utilizado é visão subnormal.

Visão diminuída: quando a condição de perda de visão é caracterizada pela perda da função visual (como acumulado visual, campo visual) muitas dessas funções podem ser medidas quantitativamente.

Cego Visualdescreve a capacidade de visão pelas pessoas para a Atividade Diária de Vida (ADV), sendo que, muitas dessas atividades podem ser descritas apenas qualitativamente.

Perda da Visão: termo geral que compreende perda total (Cegueira) e perda parcial (Baixa Visão), caracterizada por visão diminuída ou perda de visão funcional.

Fonte: proavirtualg28.pbworks.com

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13 de Dezembro

Cegueira

Tanto uma ferida como uma doença no olho podem afetar a visão. A clareza da visão denomina-se acuidade visual, que oscila entre a visão completa e a falta de visão. À medida que a acuidade diminui, a visão torna-se cada vez mais imprecisa.

A acuidade mede-se normalmente por meio de uma escala que compara a visão de uma pessoa a 6 m de distância com a de alguém que tenha a acuidade máxima.

Em conseqüência, uma pessoa que tenha uma visão de 20/20 vê objetos a 6 m de distância com completa nitidez, enquanto uma pessoa com uma visão de 20/200 vê a 6 m o que uma pessoa com acuidade máxima vê a 60 m.

Legalmente, a cegueira define-se como uma acuidade visual inferior a 20/200, inclusivamente depois de uma correção com óculos ou lentes de contato. Muitas pessoas que são consideradas legalmente cegas podem distinguir formas e sombras, mas não os pormenores normais.

Por representar a perda de um dos sentidos mais úteis no relacionamento do homem com o mundo, a cegueira é considerada uma deficiência grave, que pode ser amenizada por tratamento médico e reeducação.

Em termos gerais, a cegueira pode ser proveniente de quatro causas:

Doenças infecciosas (tracoma, sífilis).
Doenças sistêmicas (diabetes, arteriosclerose, nefrite, moléstias do sistema nervoso central, deficiências nutricionais graves).
Traumas oculares (pancadas, ação de ácidos).
Causas congênitas e outras (catarata, glaucoma, miopia).
Em qualquer processo, a visão das cores é a primeira sensação visual a ser comprometida e a última a ser recuperada.

Causas da Cegueira

A cegueira pode surgir devido a qualquer das seguintes razões:

A luz não chega à retina.
Os raios de luz não se concentram corretamente sobre a retina.
A retina não pode receber normalmente os raios de luz.
Os impulsos nervosos da retina não são transmitidos ao cérebro normalmente.
O cérebro não pode interpretar a informação enviada pelo olho.

São várias as perturbações que podem causar estes problemas que degeneram em cegueira. Uma catarata pode bloquear a luz que entra no olho de tal forma que ela nunca chega à retina. Os erros de focagem (refração) em geral podem ser corrigidos com lentes que o médico receita, embora nem sempre esta correção se consiga por completo.

O descolamento da retina e as perturbações hereditárias, como a retinose pigmentar podem afetar a capacidade da retina para recepcionar a luz. A diabetes ou a degenerescência macular também podem danificar a retina. As perturbações do sistema nervoso, como a esclerose múltipla ou um inadequado fornecimento de sangue, podem danificar o nervo óptico, que transmite impulsos ao cérebro.

Os tumores em estruturas próximas do cérebro, como a glândula hipófise, também podem danificar o nervo. As áreas do cérebro que interpretam os impulsos nervosos podem ficar danificadas por ataques cerebrais repentinos, tumores ou outras doenças.

Causas Freqüentes da Cegueira

Catarata

A causa mais freqüente.
Pode ser curada com cirurgia.

Infecção

A causa mais comum e evitável.

Diabetes

Uma das causas mais frequentes.
Evitável através do controle da doença.
O tratamento com laser atrasa a perda de visão.

Degenerescência macular

Afeta a visão central, não a periférica.
Evitável e tratável em menos de 10% das pessoas.

Glaucoma

Pode-se tratar muito bem.
Se for tratado a tempo, não deve conduzir à cegueira.

Fonte: www.bengalalegal.com

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13 de Dezembro

Deficiência Visual

É considerado cego aquele que apresenta desde ausência total de visão até a perda da percepção luminosa.

Na medicina duas escalas oftalmológicas estabelecem a existência de dois grupamentos de deficientes visuais: acuidade visual (ou seja, aquilo que se enxerga a determinada distância) e campo visual (a amplitude da área alcançada pela visão).

O termo cegueira não significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob cegueira poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão residual. Engloba prejuízos dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras.

Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios seguintes: a visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se ela pode ver a 20 pés (6 metros) o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), ou se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200.

Esse campo visual restrito é muitas vezes chamado “visão em túnel” ou “em ponta de alfinete”, e a essas definições chamam alguns “cegueira legal” ou “cegueira econômica”.

Nesse contexto, caracteriza-se como indivíduo com visão sub-normal aquele que possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50º.

Pedagogicamente, delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo visão sub-normal, necessita de instrução em Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como possuidor de visão sub-normal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

Dia Nacional do Cego
Leitura Braille

Dia Nacional do Cego
Cegos jogando xadrez

Cegos Famosos

Existem muitas pessoas cegas que se tornaram famosas, graças a suas atividades pessoais e profissionais, à sua arte, a suas obras literárias, a seu canto e em muitas outras áreas. Seria tarefa impossível relacionar todas elas.

Mas o Centro de Referências FASTER deseja destacar uma figura brasileira que tem dado muito de si para a causa das pessoas cegas:

DORINA NOWILL (Líder no Campo da Cegueira)

Dorina é seu nome. Pelo ano de 1936, com apenas 17 anos de idade, tomava chá com algumas colegas de escola, quando sentiu o impacto de uma “cortinade sangue” descendo pelos seus olhos.

Determinada que era, não desistiu de estudar e, apesar das muitas dificuldades, acabou formando-se como professora primária. Segundo suas próprias palavras, “nessa época os livros em Braille eram raríssimos, tanto que fui a primeira aluna cega a matricular-se em curso para estudantes de visão normal. Formei-me professora e através de uma bolsa de estudos especializei-me nos Estados Unidos”.

Em 1946, cercada de amigos e pessoas interessadas, organizou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil – hoje conhecida como Fundação Dorina Nowill para Cegos, com o objetivo principal de produzir e distribuir gratuitamente livros em Braille. Para tanto, recebeu também o apoio do governo e a ajuda financeira e técnica da American Foundation for the Overseas Blind.

Hoje a Fundação Dorina Nowill para Cegos dispõe de moderna imprensa Braille, que distribui livros para cerca de 800 escolas, para entidades de atendimento e para três mil cegos individuais. Livros em Braille são doados também a muitas bibliotecas municipais.

Além desse trabalho de valor incalculável para o ensino das pessoas cegas, a Fundação mantém um projeto chamado Livro Falado, onde voluntários gravam livros em fitas cassete e em CDs.

Casada, mãe de cinco filhos, avó de 12 netos, Dorina Nowill tem vencido barreiras incontáveis. Ocupou importantes cargos em organizações internacionais de cegos. Foi inclusive Presidente do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje União Mundial dos Cegos.

Um dia Dorina recebeu de Érico Veríssimo uma carta em que dizia: “Dorina, sua vida é um romance que eu gostaria de ter escrito. Criaturas como você – com seu espírito e sua coragem – constituem um enorme crédito para a raça humana”.

Fonte: www.crfaster.com.br

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Desde a Declaração de Salamanca, no encontro mundial de educadores na Espanha, em 1994, a inclusão de alunos portadores de deficiência visual em salas de aula regulares começou a fazer parte da pauta internacional dos profissionais da educação. Muitas vezes, os livros não são escritos em braile, o que pode dificultar o aprendizado.

Mas as dificuldades do deficiente visual não se limitam ao momento de aprendizagem. O simples fato de ir ao banco para retirar dinheiro pode ser um grande problema pois nem sempre os caixas-eletrônicos são adaptados. Ajudar as pessoas que tem essa limitação visual é um ato de carinho, mas não se deve tratar o cego como alguém incapaz.

Muitas vezes, as pessoas sentem pena ou até mesmo conversam em voz alta, como se o cego também fosse surdo ou incapaz de entender o que foi dito. São comuns também situações em que as pessoas se dirigem ao guia do deficiente para tratar de qualquer assunto, como se o cego não fosse hábil para entender.

O Instituto Benjamin Constant (IBC) é um órgão do Ministério da Educação do Governo do Brasil, que tem suas ações destinadas às questões relacionadas à Deficiência Visual. Fundado em 1854, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos, o IBC foi a primeira instituição de educação especial da América Latina, e hoje possui atividades voltadas para o atendimento das necessidades acadêmicas, reabilitacionais, médicas, profissionais, culturais, esportivas e de lazer da pessoa cega e portadora de visão subnormal.

Braile – O Sistema Braille, utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, foi inventado na França por Louis Braille, um jovem cego, reconhecendo-se o ano de 1825 como o marco da conquista para a educação e a integração dos deficientes visuais na sociedade.

Fonte: CEDI Câmara dos Deputados

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

As maneiras de ver: como os cegos produzem imagens?

A pesquisa se insere no campo pouco explorado da comunicação, muitas questões ainda são feitas quando procuramos compreender os processos de comunicação de pessoas que possui alguma deficiência dos cinco sentidos que nos norteiam por isso os estudos sobre o pensamento sensorial são pouco explorados.

“Sabemos que não existiria observação possível sem a existência de nossos órgãos sensoriais (a visão sem dúvida, mas também a audição, o olfato, o paladar, o tato, o gestual, etc). (…) Mas o que sabemos realmente desses canais fundadores da comunicação humana? Como cada um deles funciona? Como esses canais se inter-relacionam? Quais seriam as lógicas de funcionamento de cada desses órgãos sensoriais, embutidas num único cérebro? Ainda mais: quais seriam as relações existentes entre as funções e performances cognitivas (perceber, decidir, inferir, estimar, corrigir, memorizar).” (SAMAIN, 2001, p.9)

O deficiente visual ou cego não possui um sentido mais tem em si a compreensão do mundo, a seu modo faz a representação visual das “coisas” que o cercam. De acordo com Anne-Marie Christi, primeiro vem à imagem depois a palavra. Como uma pessoa que não vê, faz essa relação? Como é a representação para ela de um objeto ou de coisas abstratas? Ela o faz através de outro sentido?

“De acordo com um homem deficiente visual altamente educado, uma pessoa deficiente visual falha em ver a luz, não da mesma maneira que uma pessoa de olhos vendados falha em ver. Uma pessoadeficiente visual vê através de sua mão, ela não sente diretamente que é privada da visão.

Para uma pessoa deficiente visual a habilidade em ver a luz tem um significado prático e pragmático não um significado instintivo ou orgânico, uma pessoa deficiente visual apenas indiretamente, de um modo refletido e somente em circunstâncias sociais, sente seu defeito.

Seria um erro ingênuo da parte de uma pessoa vidente assumir que nós encontraremos na mente de um homem deficiente visual a deficiência visual ou sua sombra psicológica, sua projeção, ou reflexão. Nesta mente há o impulso para vencer a deficiência visual e o desejo de conquistar uma posição social”. (VYGOTSKY, 1994, p. 6-7).

VYGOTSKY (1994) acredita que os cegos têm a sua maneira de ‘ver’, ou fazer a representação em sua mente não é em si uma sombra. Seria feita a representação através da percepção e da imaginação? Existe enfim uma imagem mental? “A imagem mental tem a sua origem antes do desenvolvimento das operações do mesmo modo que a percepção e a imitação e, por assim dizer, ela está, na ordem genética, ligada ao primeiro aspecto das funções cognitivas, os aspectos figurativos do pensamento, presentes desde o nascimento.”(p.37-38)

PIAGET (1977) diz que, “O estudo das imagens mentais teve por objetivo principal verificar as relações existentes entre a representação imagética e o funcionamento do pensamento, o que eqüivale a dizer que as pesquisas sobre as imagens, dentro desse marco teórico, estiveram todo o tempo atreladas ao estudo do desenvolvimento, incidindo sobre os aspectos figurativos e operativos das funções cognitivas, nos domínios visuais e tátil-cinestésicos.” (PIAGET & INHELDER, 1977:5).

É possível conhecer os processos pelos quais os cegos interpretam e representam o meio que os cercam. De acordo com Bateson “a maneira através da qual, desta vez, adquirimos “conhecimentos ou informações” origina-se, ‘da observação e da experimentação’ (ou da experiência). O ser humano somente pode adquirir conhecimentos através dos seus órgãos sensoriais ou através de seus próprios experimentos.

De tal modo que não se pode falar de uma epistemologia que não seja, por necessidade, vinculada e atrelada a um constante e prévio trabalho de observação”. (SAMAIN, 2001,p.7)

Metodologia

Para este artigo utilizamos a pesquisa exploratória sobre o tema imagem, produção e representação, como as pessoas cegas fazem a representação de imagens.

Além da pesquisa de bibliográfica e documental, sobre o mesmo tema a fim de compreender como se dá o processo de produção e de representação de imagens.

Utilizamos como objeto de pesquisa o filme Janela da Alma e a história de Evgen Bavcar.

Ficha técnica do filme:

Duração: 73 min.
Distribuidora(s):
Europa Filmes
Diretor(es):
Walter Carvalho, João Jardim
Roteirista(s):
Walter Carvalho, João Jardim
Elenco:
Evgen Bavcar, Arnaldo Godoy, HermetoPaschoal, Oliver Sacks, José Saramago, Marieta Severo, Wim Wenders, Antonio Cícero, Paulo Cesar Lopes, Agnès Varda, Hanna Schygulla, Carmella Gross, João Ubaldo, Walter Lima Jr., Manoel de Barros

Tabela 1 – Ficha técnica

O vídeo documentário trata a questão do olhar, ou podemos dizer as maneiras de ver, é composto por depoimentos de 15 personalidades que possuem algum problema na visão. Entre elas está o fotógrafo Evgen Bavcar que é cego. Como uma pessoa cega pode produzir imagens? Isso é de fato, uma questão intrigante.

“A correspondência entre som e imagem não é decodificável apenas pela visão, mas submete o espectador à experiência de ver por outros sentidos, a vivenciar a sinestesia mais próxima do míope, do cego, do ler em braille: tatear objetos e articular respostas.(RIBAS, 2003, p.71)

“Ele [Evgen Bacar] fotografa o interior, imagens mentais. Graças à palavra, temos imagem.”(Hanna Schygulla) (RIBAS, 2003,p.73)

Ronaldo Entler em O Fotográfico (2005) traz um exemplo, de um cego fotógrafo. “Um esloveno Evgen Bacvcar (1946), perdeu a visão do olho direito aos onze anos e depois foi perdendo do outro olho até ficar cego, registrou de acordo com suas palavras “um longo adeus á luz” que lhe fornecerá o repertório de lembranças do mundo visível com o qual trabalhará.

Começando a fotografar aos dezenove anos, possui hoje uma obra de grande originalidade.” Bavcar nos obriga a repensar o controle como aquilo que se submete á visão na tomada da foto. Seu trabalho decorre de um contato indireto entre imagens e seu imaginário , operado por meio de sentidos e das palavras de algumas pessoas que confia.

Orienta-se pelo toque, pela temperatura, pelos sons, pela descrição da cena feita por alguns amigos e por suas lembranças de infância(tema constante em seu trabalho): paradoxalmente, uma superação dos acasos, mas também uma aceitação, como síntese de certas experiências viáveis em imagem – a experiência visual de que não dispõe e que descobre a partir de então.”(ENTLER, 2005,p.285)

Resultados

“Diante de uma imagem, como fazemos para “fazê-la vomitar”, para tirar o sentido dela?” (DARBON, 2005, p.100). Dando continuidade a pergunta e ao trabalho de pesquisa, como um cego tiraria sentido da imagem.

No vídeo Evgen Bavcar diz: “As pessoas não sabem mais ver…vive-se uma cegueira generalizada.

Não vejo imagens, faço imagens. Fotografo a mortalidade das mulheres. Não se deve usar a língua dos outros, o olhar dos outros, senão existimos através dos outros. Enxergo com um terceiro olho. [mostra um espelhinho embaixo do casaco]”.

“Talvez por uma questão de sobrevivência da espécie nós aprendemos a montar imagens a partir de descrições simbólicas.”

Diria que uma imagem não nos fala do mundo – falar do mundo só a linguagem articulada pode fazê-lo. “ (…) No nível do emissor, a imagem, longe de nos dar uma visão unívoca do que seria a realidade, no entanto, pode propor múltiplas dimensões dessa realidade.”(id, p.100)

L’ Ecologie des images, Gombrich diz que “a significação de uma imagem permanece grandemente tributária da experiência e do saber que a pessoa que a contempla adquiriu anteriormente. Nesse sentido a imagem visual não é uma simples representação da realidade e sim um sistema simbólico. Cada indivíduo, em função de sua cultura e de sua história pessoal, incorporou modos de representação e potencialidades de leitura da imagem que lhes são próprias.(id, p.101)

Discussão

O filme vai além da edição de depoimentos. “Nos deparamos com os mais diversos depoimentos sobre o olhar e suas limitações físicas, tornando-nos sujeitos interativos do processo de questionamento da relação direta entre o olhar e o objeto, entre o subjetivo e o real. Podemos escolher a forma de como olhar para o real, ou quando não temos esta escolha a própria limitação irá criar outras formas de construir o real .”

As diferentes maneiras de ver e como a vivência, a cultura pode mudar as maneiras de construir imagens, e a representação da realidade tem um outro valor. Evgen Bavcar é um fotógrafo cego que produz imagens que estão em sua memória, e se traduz num trabalho expressivo, diz que tem um terceiro olho, utiliza os outros sentidos para fotografar.

Repensar sobre as imagens que nos cerca como a ´deficiência´seja ela uma pequena miopia ou a cegueria total não nos impede de enxergar a realidade que nos cerca, criamos nossas imagens a partir da interação com o meio da intenção que temos ao produzir ou reproduzir as imagens, o que realamente importa é que temos a visão que queremos ter.

Conclusão

Existem várias maneiras de ver o mundo ou de produzir imagens, elas estão dentro de nós, independentes dos nossos sentidos, da maneira que vemos ou da maneira que há representamos, a produção de imagens pode ser feita por qualquer um, a representação da realidade pode ser feita com máquinas ou sem elas, mas a representação está em nossa mente.

“A emoção compõe com o olho da razão um acorde peculiar, de timbre inaudível. É possível ser cego e sonhar com imagens.Fotografar, enxergar, compor. Amar. Filmar.”

Referências Bibliográficas

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AMÉRICO , Solange Maria. Memória auditiva e desempenho em escrita de deficientes visuais. Dissertação de mestrado defendida em 2002.Instituto de Educação. Unicamp Orientadora: Profª. Drª. Selma de Cássia Martinelli.
BARTHES, Roland, 1984 [Or. Fr. 1980] – A Câmara Clara. Nota sobre fotografia., Rio de Janeiro (Editora Nova Fronteira), 2ª ed. BATESON. Gregory, Mind and Nature. A Necessary Unity, Toronto – Nova Iorque, Bantam Books, 1980 [1979]. Versão portuguesa: Mente e Natureza. A Unidade Necessária, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1986 (esgotado). Versão francesa: La nature et la pensée, Paris: Le Seuil, 1984.
BISPO, Neusa Lopes. Imagem mental, Memória e Dificuldades de Aprendizagem na Escrita. Dissertação de Mestrado Defendida na Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas– UNICAMP. 2000.
CHIOZZI, Paolo. Manuale di antropologia visuale. Milano, Edizioni Unicopli, 1997, pp. 9-46.
CHRISTIN, Anne-Marie. 1995 – L’Image écrite ou la Déraison Graphique. Paris: Flammarion, Col. Idées et Recherches”.
DARBON, Sébastien. 2005 – “O etnólogo e suas imagens”, in O Fotográfico (org. Etienne Samain), São Paulo, 2a ed., Hucitec/Senac, pp.101-112.
DUBOIS, Philippe. 1998 – La ligne générale (des machines à images) in Cinéma et Dernières technologies (sob a dir. de Frank Beau, Philippe Dubois, Gérad Leblanc), Paris, INA/De Boeck & Larcier, pp. 19 – 39. Versão portuguesa in Dubois, Philippe. “Máquinas de Imagens: uma questão de linha geral, in ID. Cinema, Vídeo, Godard.São Paulo:Cosac-Naify,2004,p.31-67.
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MASINI, Elcie F. Salzano. A Educação do portador de deficiência Visual — as perspectivas do vidente e do não vidente. Em Aberto, Brasília, ano 13, n.60, out./dez. 1993.
SAMAIN, Etienne. Gregory Bateson: Rumo a uma epistemologia da comunicação. Ciberlegenda. Número 5.2001. Disponível em:http://www.uff/mestcii/samain1.htm.
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RIBAS, Maria Cristina. Depoimentos à meia luz: a Janela da Alma ou um breve tratado sobre a miopia. ALCEU – v.3 – n.6 – p. 65 a 78 – jan./jul. 2003.

Fonte: www.inicepg.univap.br

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Crianças e bebês cegos

A educação de uma criança ou bebê cego

O papel da sociedade diante de uma criança que tenha uma deficiência ocular é muito importante para que a criança se sinta integrada, considerada e respeitada.

Uma criança com algum impedimento, se for bem atendida, educada, aceita, poderá fazer as mesmas coisas que qualquer outra criança, só que de modo diferente.

A atitude de respeito deve começar desde o momento em que se detecte a deficiência. Não temos que limitar suas possibilidades pela simples razão de que a criança tenha uma dificuldade. Pelo contrário, devemos animá-la e ensiná-la os meios pelos quais poderá fazer o que deseja.

Por exemplo, não seria aconselhável que uma criança cega atravesse a rua sem antes ter recebido treinamento devido em aulas de orientação e movimentação.

Mas pior seria pensar que essa criança cega possa cruzar uma rua por si mesma.

A consciência de reforçar que uma criança cega possa conseguir o que uma criança sem deficiência consegue, deve estar presente em todos os espaços da sociedade, em casa, na escola, nas ruas, parques, etc.

O que não se pode permitir é que tenham pena da criança cega. Se for assim, estaremos tirando a oportunidade de que seja e que se sinta produtiva na sociedade.

Causas da cegueira

Uma pessoa funcionalmente cega é aquela que não vê nada (cego total), ou que somente possui percepção de luz ou outros lampejos.

As causas dessa deficiência residem em:

Doenças de origem hereditária como catarata congênita, miopia degenerativa, etc.
Doenças de origem congênita: atrofia do nervo ótco, perda da agudeza visual, rubéola durante a gravidez.
Transtornos de origem traumática: na retina, excessiva administração de oxigênio na encubadora, retinopatia diabética, desprendimento da retina.
Trastornos produzidos por tumores, vírus ou tóxicos: tumor na retina, inflamação e degeneração do nervo ótico.

Aspectos do desenvolvimento da criança cega

A sensibilidade do tato e a audição, são capacidades que devem ser estimuladas e desenvolvidas na criança cega. Através dessas sensações, a criança poderá conhecer seu espaço. A audição, por exemplo, permite à criança diferenciar sons, localizar e detectar obstáculos e identificar pessoas e objetos.

Quanto aos sentidos químicos, o paladar e o olfato, não existem estudos relacionados.

A educação de um bebê cego tem como objetivo conseguir sua maturidade e desenvolvimento de acordo com as suas possibilidades. O papel dos pais é importante.

Devem considerar que:

Devem alimentar a exploração do bebê das distintas partes do seu corpo.
Não devem impedir a atividade motriz pelo medo das quedas.
O desenvolvimento do tato e da audição é importante para que a criança perceba os sons e descubra de onde procedem.
Devem melhorar os comportamentos pré-verbais do bebê (o sorriso, o choro).
Devem estimular a exploração do meio, associando palavras aos objetos.
Devem ajudar a criança a desenvolver atividades da vida diária, como pegar a mamadeira, a chupeta, utilizar as cobertas, vestir-se e a tirar a roupa sozinhas, indicar quando quiser urinar, etc.

Um bebê cego reconhece as pessoas através dos sons que produzem.

É necessário saber que nos primeiros meses de vida, o desenvolvimento da criança cega é similar a de um vidente. A partir do quarto mês de vida, as diferenças são mais evidentes.

Para um bebê cego, as pessoas existem através dos sons que produzem. Entre os 7 e 9 meses, o bebê cego começa a buscar objetos que já conhecem. E entre os 9 e 12 meses, sabem buscar o objeto no lugar que deixou.

Quanto ao desenvolvimento postural e motor dos bebês cegos, pode ser quase igual aos dos outros. Somente haverá atraso no gatinhar, que é entre os 12 e 13 meses, e o caminhar até os 19 meses.

A linguagem adquire um papel fundamental na criança cega, principalmente no que diz respeito a conseguir situações concretas.

Se uma criança cega não recebe afeto nem estímulo ambiental, pode converter-se em uma criança passiva, incapaz de enfrentar situações do dia-a-dia, acabará se sentindo inferior, e deficiente quanto à sua imagem corporal.

Fonte: br.guiainfantil.com

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Fotógrafos cegos

Os olhos são considerados alguns dos principais componentes para observar a imagem que se quer registrar, seja por meio da máquina digital, analógica e até mesmo as que estão integradas aos aparelhos celulares. Porém,pernambucanos e paulistas com diferentes deficiências visuais, mostram que é possível aprender fotografar e tirar uma bela foto, como qualquer outra pessoa que enxerga.

Poucas pessoas sabem que é possível um cego fotografar, e aos que possuem esse conhecimento, souberam através da história do fotógrafo eslovênico Evgen Bavcar.

Ele perdeu a visão aos 12 anos, devido a dois acidentes: o primeiro foi no olho esquerdo, onde perdeu a visão quando foi perfurado por um galho e o segundo no olho direito, ao ser afetado durante a explosão de um detonador de minas, onde brincava.

Quando completou 17 anos começou a tirar fotos, hoje , com 63 anos, ainda continua a tirar belíssimas fotos, todas em preto e branco, como essa ao lado. É internacionalmente conhecido, pois suas exposições já rodaram o mundo, inclusive no Brasil, em 2007, onde também fez a divulgação do livro “Memórias do Brasil”, que retrata suas experiências fotográficas nos solos brasileiros.

O professor de fotografia do SENAC-PE, Bero Augusto, acredita que a cegueira atrapalha ao realizar uma fotografia, pois o foco, abertura e a velocidade são primordiais para se obter uma boa imagem. Mas diz que a tecnologia vem facilitando a quem não tem noção de fotografia e também aos cegos, pois muitas maquinas funcionam no automático..

“Isso não significa que os deficientes visuais não possam e nem devam deixar de tirar fotografias, pelo contrário, eles devem tirar frutos da tecnologia e eternizar o momento que quiserem através da fotografia. Acredito que isso seja uma bela terapia para todos que fazem esse curso”, afirma o professor.

No Brasil, existem dois cursos de fotografias para deficientes visuais, um em São Paulo e o outro em Recife. Em São Paulo, desde abril de 2008, o SENAC –SP disponibiliza o curso de Alfabetização Visual, voltada para fotógrafos cegos. A idéia surgiu graças aos inúmeros pedidos dos usuários do Espaço Braille da Biblioteca do Centro Universitário, que queriam algo totalmente novo e depois de meses conseguiram.

O curso tem como objetivo estimular a reflexão, a imaginação e a participação dos alunos desenvolvendo sempre a auto-estima e abrindo novos canais de comunicação e expressão entre os deficientes visuais e o publico vidente, e isso ocorre com a ajuda do professor João Kulcsár.

Os alunos não precisam pagar nada, e a turma é composta por no máximo 7 alunos, que possuem diferentes graus de deficiências visuais.

João Kulcsár é o professor desde inicio do curso. “A cegueira atrapalha pouco para um deficiente visual se transformar em fotógrafo. Mas ao passar do tempo e com toda essa tecnologia, não atrapalhará mais em nada”, afirma o professor.

Em recife, o curso surgiu graças à ideia de Sandra Araujo, que também é a professora do curso. “Em 2008, assisti um seminário de Acessibilidade em Museus, e então pensei que poderia ser feito um trabalho envolvendo fotografia e os deficientes visuais”, disse Sandra.

Quando voltou a recife, ela fez um curso de tifologia, na Apec (Associação Pernambucana dos Cegos), ao terminar teve a oportunidade de oferecer o curso de fotografia para os deficientes visuais e a proposta foi aceita pela associação.

Cada aluno tem um ponto fixo para apoiar a máquina e tirar a foto, Silvia Rodrigues, por exemplo, a coloca na altura do estômago e por meio principalmente do tato e da audição consegue bater a foto.

O fotógrafo Evgen Bavcar prefere fixar a máquina na altura da boca e também se guia por outros sentidos. Os alunos ainda estão no segundo exercício com a máquina, e já se pode observar bons resultados, mas ainda são orientados na questão de enquadramento pela professora, em relação a quantos passos deve dar de distância da imagem desejada.

A aluna Silvia Rodrigues, hoje com 44 anos, perdeu a visão quando tinha apenas 18 anos. “Perdi minha visão por causa da retige pigmentar, dizem os médicos que adquiri por causa do casamento do meu avô e avó, pois eles são primos legítimos”, afirmou ela. Teve conhecimento do curso na própria Apec, localizada no Cordeiro, pois já é freqüentadora da associação.

Quando ainda tinha a visão, Silvia nunca tinha se interessado por fotografia, mas quando ficou sabendo do curso se interessou. No inicio teve muita insegurança e medo de errar, mas com o passar do tempo, e a cada aula nova, conseguiu adquirir mais confiança.

A Universidade Católica de Pernambuco, também tem sido uma grande incentivadora para os fotógrafos cegos. Milton Pereira, aluno do curso de publicidade, se interessou em tirar foto, quando teve que pagar a disciplina de Fotografia.

“Assim que terminei o período, fiz um pequeno curso sobre fotografia. Na verdade, gostaria de ter uma câmera em casa, mas como não tenho, aprendi também a tirar fotos com meu celular” diz Milton, que é cego desde sua nascença.

Graças às oportunidades que vão surgindo para pessoas cegas em relação à fotografia, é que questionamentos, dúvidas e espantos devem acabar ao saber que os deficientes visuais são capazes de serem excelentes fotógrafos.

Fonte: ora.jor.br

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Educação de Cegos Mediada pela Tecnologia

Falar em inclusão tem sido uma das grandes preocupações contemporâneas. Os indivíduos que possuem deficiências motoras, cognitivas ou sensoriais trazem consigo um histórico de exclusão, preconceito e alijamento da sociedade, o que se constitui em problema social grave.

Não é incomum nos depararmos com tais pessoas empurradas à mendicância ou subvida por não encontrarem oportunidades de aprendizagem nas escolas ou no mundo do trabalho. Urge um novo pensar da escola e da sociedade, visando avançar em experiências significativas, realização de pesquisas e desenvolvimento de projetos com uso de ferramentas tecnológicas para apoio aos estudos e trabalho dos indivíduos cegos, a exemplo do que efetivamente tem sido realizado no Brasil.

No presente artigo, buscamos discutir tais experiências partindo do pressuposto que inclusão só se faz mediante um novo pensar e agir da sociedade comprometida e aberta para tal, bem como também levantamos algumas dificuldades encontradas para realizar inclusão de forma significativa para o público em questão.

REFLEXÕES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A aprendizagem, segundo teóricos construtivistas e sociointeracionistas, Piaget, Vygotsky, Wallon (1992) e outros, é um processo, através do qual o sujeito não só adquire conhecimentos, conteúdos e informações, mas adquire e assimila novos padrões de comportamento, formas de perceber, ser, pensar e agir, gerando constantes transformações tanto em si quanto no objeto de aprendizagem, não sendo esta restrita ao ato de memorizar e sim à construção do conhecimento de cada um e da coletividade. O ato de aprender é construído através de experiências vividas dependendo do grau de satisfação que esta proporcionará. Valente (1998), aponta que:

(…) a aprendizagem é uma atividade contínua, iniciando – se nos primeiros minutos da vida e estendendo – se ao longo dela. Isto significa expandir o conceito de aprendizagem: ele não deve estar restrito ao período escolar e pode ocorrer tanto na infância quanto na vida adulta. A escola será um – entre muitos – dos ambientes em que será possível adquirir conhecimento. Para tanto, ela terá que incorporar os mais recentes resultados das pesquisas sobre aprendizagem e assumir a função de propiciar oportunidades para o aluno gerar e não somente consumir conhecimento, desenvolvendo assim, competências e habilidades para poder continuar a aprender ao longo da vida. (VALENTE, 1998, p.67).

Portanto, é uma necessidade de caráter universal, contribuindo para o desenvolvimento das características psicológicas, que se inicia no seio familiar e se estende por toda vida.

Desde a idade mais tenra, nas trocas que faz com a mãe, a criança já está realizando aprendizagens, ao mesmo tempo em que vai construindo um estilo próprio de aprender, modificando – o e ampliando – o na medida em que outras interações vão acontecendo. (VISCA, 1987, p. 75).

Percebe-se que, sob esta ótica, a aprendizagem nem sempre é sistematizada, seqüenciada e compartimentada como se apresenta nos currículos escolares. Em alguns momentos, o aprendiz resolve as situações com facilidade; em outros, surge a dificuldade que o mobiliza para a solução. Sendo assim, aprender implica em dificuldade de aprender e a não-aprendizagem pode representar, em muitos casos como sentido de exclusão, portanto, assegurar a igualdade de oportunidades e participação com qualidade, continuidade e aprendizado, respeitando-se as individualidades, permitindo a construção da identidade pessoal, a futura integração e participação na sociedade deverá ser o caminho para a inclusão e o presente artigo pretende discutir alguns dessescaminhos, através do uso de ferramentas tecnológicas em experiências brasileiras.

Os indivíduos cegos, durante muito tempo foram deixados à margem da sociedade por sua característica peculiar: não enxergar. No Brasil, somente a partir de iniciativas particulares de grupos e instituições comprometidas com o desenvolvimento social e após a Lei 9394/96 que um novo pensar sobre a escola propiciou pensar em inclusão, no oferecimento de oportunidades de acesso para alunos diferentes.

Tais mudanças nas concepções e atitudes devem ter como aporte as políticas públicas, iniciando o atendimento escolar desde a primeira infância e o clínico terapêutico, com a estimulação precoce, através de serviços e escolas de qualidade em qualquer região do país; oportunizando a formação docente continuada por meio da participação em cursos, seminários, conferências; propiciando que a escola torne-se um espaço de aprendizagem e participação do corpo docente, discente, pessoal de apoio e familiares; apoiando todos os alunos e dando ênfase aos aspectos afetivos e emocionais, demonstrando expectativa com seu sucesso; montando um currículo amplo e flexível que atenda a diversidade; reavaliando critérios e procedimentos de avaliação e promoção.

As crianças cegas não têm uma inteligência inferior, elas podem demonstrar suas habilidades em muitas áreas. No entanto, sentem-se excluídas da escola, pois os métodos utilizados não contribuem para despertar todo o potencial que possuem. A tecnologia na educação representa para o portador de deficiência não só o direito de acessar a rede de informações, mas também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.

Damasceno e Galvão (2000), indicam que:

A Tecnologia de Informação e de Comunicação (TIC) é utilizada como Tecnologia Assistiva, conceito que designa toda e qualquer ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia a pessoa portadora de deficiência (DAMASCENO e GALVÃO, 2000, p. 2).

A sociedade contemporânea vive uma fase de profundas mudanças com relação ao conhecimento. É nesse contexto que se destaca a ação da mediação tecnológica que por se tratar de um novo elemento no espaço educacional, enfrenta alguns desafios para se inserir no ambiente da aprendizagem. Algumas experiências têm sido realizadas na criação de ferramentas tecnológicas para educação dos cegos, o que será alvo da próxima discussão.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA PARA O ALUNO CEGO

Ter acesso às informações e acompanhar o constante movimento em seu entorno social faz-se cada vez mais uma exigência da contemporaneidade. Um cego possui todas as características pertinentes a qualquer outra pessoa e ser punido pelo seu limite orgânico é no mínimo desumano.

Contudo, uma sociedade que pretende avançar, deverá estabelecer condições necessárias para o desenvolvimento pleno dos indivíduos cegos. Com as possibilidades advindas dos recursos tecnológicos, um novo perfil poderá ser delineado, considerando que a alfabetização e as ferramentas permitirão ao cego além da garantia dos seus direitos como cidadãos, apropriar-se do conhecimento dinâmico e atual.

Algumas experiências têm sido realizadas no Brasil com êxito e uma dessas alternativas está proposta pelo Núcleo de Computação Eletrônica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), num sistema operacional específico na utilização do microcomputador, possibilitando o desempenho de uma série de tarefas, antes consideradas complicadas ao cego: o DOSVOX.

A definição para tal programa, segundo seus idealizadores, está na possibilidade de um cego escrever e ler o que os outros escreveram, a partir das ferramentas interativas, antes impossibilitadas, uma vez que o sistema Braille restringia o seu uso à minoria cega ou aos interessados no assunto. “Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler.” (BORGES, 2002). Muitas barreiras podem ser pontuadas na descrição das dificuldades encontradas pelos cegos para sua inclusão social, tais como: a tradução do Braille para a escrita convencional ou vice-versa, a carência de material escrito ou auditivo; a coerência textual e adequação à gramática normativa dos textos produzidos pelos cegos, mesmo os que são escritos à máquina. Para os idealizadores do Dosvox, a tecnologia de computação tornou possível o rompimento dessas barreiras e muitas mais.

(BORGES, 2002), uma vez que: com o uso de “scanners”, o cego pode ler a escrita convencional (datilografada) diretamente; adquirir textos transmitidos pela internet com a mesma rapidez, traduzidos em qualquer língua e em tempo real à produção e divulgação; as impressoras Braille diminuem o tempo de criação dos textos; com a conexão a instrumentos eletrônicos, um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras; andar sozinho pela rua, guiado por um computador acoplado a um sistema de posicionamento global (GPS); até mesmo desenhar, usando o computador.

O Programa proposto pelo Dosvox permite outras ações como: acesso sonoro, adaptado aos equipamentos e máquinas eletrônicas como caixas de banco; disponibilização de material informativo às bibliotecas de cidades distantes, a custo muito baixo; treinamento para o trabalho e execução de tarefas como telefonista, ascensorista e outras com o uso de tecnologia específica; reabilitação de profissionais das diversas áreas que se tornaram cegas; possibilitar a inclusão nas universidades; permitir acesso e trocas pela internet.

Outras tecnologias assistivas podem ser definidas também no atendimento educacional dos acadêmicos cegos. Dentre estas temos o software leitor de tela, que permite ao usuário navegar por janelas, menus e controles enquanto recebe informações, monitor Braille, navegador Web textual e ampliadores de telas.

Como as que se seguem abaixo:

Jaws: oferece tecnologia de voz sintetizada em ambiente Windows para acessar softwares, aplicativos e recursos na Internet. Utiliza a placa e as caixas de som do computador para fornecer informações exibidas no monitor possibilitando, também, o envio dessas informações a linhas braille.
Virtual Vision:
é um sistema que se comunica com o usuário através de síntese de voz.
Virtual Magnifying Glass:
é uma lupa virtual que permite a ampliação da tela do computador, conforme a localização do cursor e o movimento do mouse.
Open Book:
permite que as pessoas com deficiência visual possam acessar e editar materiais impressos mediante um processo de escaneamento e digitalização. O software com voz sintetizada faz a leitura de todos os textos fornecendo informações ao usuário sobre imagens e legendas, estrutura de colunas,cabeçalhos e outras informações de layout.
Magic:
é um ampliador de tela (de 2 a 16x) para ambiente Windows e todos os aplicativos compatíveis. Possui uma série de ferramentas que permitem alterar cores e contraste, rastrear o cursor ou o mouse, localizar o foco dentro do documento, e personalizar a área da tela antes ou depois da ampliação. O software também pode fazer a leitura da tela através de voz sintetizada.
Conect:
é um conjunto de aplicativos contendo navegador de Internet, gerenciador de e-mail e um editor de textos.
Braille Falado:
os dados entrados em Braille são eletronicamente guardados e permite escrever, revisar e editar, manter um caderno de endereços de acesso instantâneo, armazenar até 800 páginas Braille, enviar textos para impressora. Não é necessária a experiência em computadores, no entanto, é imprescindível o domínio do Sistema Braille.
Linha Braille:
as linhas Braille são dispositivos utilizados com leitores de telas, que servem para os usuários cegos e com baixa-visão poderem acessar de forma táctil à informação contida no monitor.
Programa TGD (Tactile Graphics Designer):
é um software pedagógico criado para a geração de figuras e/ou gráficos em Braille. Permite a conversão de imagens dos mais variados formatos para o sistema Braille. Permite escanear imagens, convertê-las no TGD em telas em Braille. Através do TGD é possível desenhar e imprimir em Braille os seus desenhos.
Software GRAPHIT:
programa para produção de gráficos a partir de equações matemáticas. Possui função de calculadora gráfica para produção em Braille. Trabalha com equações nos tipos: Algébrica, trigonométrica, exponencial e logarítima.

O USO DO COMPUTADOR NA SALA DE APOIO AOS DEFICIENTES VISUAIS: UMA EXPERIÊNCIA EM IRECÊ (BAHIA)

A escola Municipal Clériston dos Santos, localiza-se num bairro da periferia, na microrregião de Irecê, no Estado da Bahia, conta com uma sala de apoio aos alunos portadores de necessidades especiais visuais. Fazem parte desse apoio 16 alunos que freqüentam a classe regular em turnos opostos.

A sala de apoio conta com várias ferramentas que auxiliam no trabalho pedagógico, os alunos têm idade variante entre 03 e 42 anos, os recursos tecnológicos têm contribuído muito para incrementar o aprendizado e dentre eles o que mais se destaca é o computador, que sem dúvida é um dos melhores meios de integração social com o mundo, e inclusive para pessoas portadoras de alguma limitação.

A prova disso são as inúmeras adaptações existentes: a sala de apoio conta com programas ledores de telas, como Dosvox, Jaws e Virtual Vision, que contam com várias funções que podem ser trabalhadas com os deficientes visuais.

O Dosvox é o programa mais utilizado na sala por ter um sistema prático e fácil de ser operado, permitindo que os alunos possam executar tarefas simples através do computador. Desse modo, a auto-estima que muitas vezes está afetada pelo preconceito da sociedade e da família, é trabalhada e ascendida. Os discentes fazem tarefas como editar textos, ler arquivos, abrir e-mails, se comunicar com outras pessoas pelo e-mail e jogam, exercitando as diversas áreas de conhecimento. Além do uso do programa, eles também utilizam o computador para ouvir músicas ou histórias e em momentos de aula fílmica.

Os alunos de baixa visão, como Carlos Rodrigues e Verusca Salgado, também usam o Word para digitar textos, porém, de forma ampliada. O aluno Domingos Mendes surpreende por ter cegueira total e muitas vezes conseguir, usando o Dosvox, caminhos muito mais rápidos do que outros, ditos normais, conseguem.

“Temos a intenção de estimulá-los a buscar maiores aprendizados a partir do mínimo necessário, tornando-se assim, mais integrado na sociedade em todos os sentidos.” (Roberta Almeida, diretora da escola e professora da classe de apoio).

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA MEDIADA PELA TECNOLOGIA

Realizar tal ação num município interiorano constitui ato de coragem, pois mesmo nos grandes centros as iniciativas de inclusão do cego ainda são tímidas. Nos movimentos pró-inclusão, alguns percalços podem ser verificados, inclusive na Escola visitada. Apesar de muitos projetos serem desenvolvidos, infelizmente ainda uma parcela muita pequena das pessoas cegas tem acesso a tal tecnologia. São muitas as instituições parceiras do Projeto DOSVOX, inclusive o Ministério de Educação e Cultura (MEC), que criou Centros de Apoio Pedagógico (CAP), com o objetivo de fornecer material didático e impressão em Braille. No entanto, a homepage do Projeto só anuncia na Bahia, dois municípios, sendo um a capital do Estado. Ademais, foi possível verificar que, em Irecê, a gestora da Escola é quem assiste os alunos de apoio, o que denota falta de equipe qualificada para tal papel. Pode ser notado, também, que apesar do uso das ferramentas, este é feito de modo limitado, devido ao desconhecimento de algumas funções dos programas.

A professora responsável pelo grupo informou da capacitação realizada para a operacionalização dos sistemas, mas não esconde ainda a inexperiência na utilização dos mesmos, que, inclusive têm passado por constantes atualizações, necessárias ao melhor desempenho dos usuários. Outro aspecto que pode ser notado nas escolas ditas inclusivas é que o professor não se sente apto para tal empreitada. Muitos são os que têm buscado capacitação por conta própria e o Poder Público tem feito tentativas de implementação em planos de cargos e salários, de benefícios para especialistas em Educação Inclusiva ou Educação Especial. Porém, numa turma de Especialização em Educação Inclusiva no município de Lauro de Freitas, a maioria dos alunos está em fase de aposentadoria, o que nos permite pensar que os conhecimentos adquiridos não serão utilizados na escola.

O Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais (P.E.E.), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, foi implantado em 2003, e a maior dificuldade do Programa foi com pessoalpermanente para acompanhamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos realizados com o objetivo de verificar o processo de inclusão do cego através da tecnologia, no Brasil, são, sem dúvida, exitosos. Pesquisar este tema fez descortinar um interessante cenário da inclusão digital e conhecer diversas ações que têm sido realizadas no intuito de potencializar o avanço tecnológico em prol da cidadania. Também conhecer as limitações da implementação de tais ações e as necessidades inerentes à permanência e ao desenvolvimento de programas.

Popularizar a tecnologia para a inclusão é uma ação que deve ser urgente, pois um dos objetivos principais da Ciência e da pesquisa qualitativa é produzir conhecimento com vistas à melhoria da sociedade.

As Escolas atualmente devem receber os alunos cegos e têm até se preparado do ponto de vista arquitetônico, o que parece ser um avanço. No entanto, reestruturação física não garante inclusão. Além disso, as equipes escolares, do porteiro ao gestor devem ser conscientizadas do atendimento e suporte que devem ser oferecidos aos alunos cegos.

A capacitação do pessoal que vá incluir os cegos deve levar em consideração a motivação, aliando teoria e prática, evitando a queda em discussões exacerbadas acerca de estudiosos, mas também não caindo na prática pela prática, com cunho puramente assistencial.

REFERÊNCIAS

BORGES, J.A, Paixão, B. e Borges, S. – Projeto DEDINHO – DOSVOX – Uma nova realidade educacional para Deficientes Visuais – Rio de Janeiro – 2002. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/artfoz.doc. Acesso em: 15 jun. 2006.
GALVÃO, T. A. F.; DAMASCENO, L. L.- As Tecnologias da Informação e da Comunicação como Tecnologia Assistiva, Brasília, PROINFO/MEC, 2000.
LA TAILLE, Ives. Piaget, Vigotsky e Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
VALENTE, J. A. (1998) Por que o computador na educação. In: VALENTE, J. A. (Org.). Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. 2ªedição. Campinas, SP: UNICAMP/NIED.
VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto Alegre, Artes Médicas, 1987.

Sites acessados:

http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ Acesso 22/07/06
http://www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2005/02/r7.htm
http://www.inf.ufsc.br/~jbosco/IEE/Salamanca.html
http://inf.unisinos.br/~swm/PosterSBIE_2003.pdf
http://scholar.com/scholar?hl=pt-
BR&lr=&q=inclus%C3%A3o+digital+cegos&lr=
http://scholar.com/scholar?hl=pt-
BR&lr=&q=inclus%C3%A3o+digital+cegos&lr=
http://www.nied.unicamp.br/publicacoes/pub.php?classe=memo
http://www.cidade.usp.br/educar2002/modulo6/0008/tpl_mensagem5dce.html?id_mensagem=65
http://www.unioeste.br/nei/pee/Formularioextensao.rtf

Fonte: www.smec.salvador.ba.gov.br

Dia Nacional do Cego

13 de Dezembro

Como tratar deficientes visuais corretamente

Ofereça sua ajuda sempre que um(a) cego(a) parecer necessitar. Mas não ajude sem que ele(a) concorde.
Sempre pergunte antes de agir. Se você não souber em que e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo.
Para guiar uma pessoa cega, ela deve segurar-lhe pelo braço, de preferência no cotovelo ou no ombro. Não a pegue pelo braço: além de perigoso, isso pode assustá-la. À medida que encontrar degraus, meios fios e outros obstáculos, vá orientando-a. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado a lado, ponha seu braço para trás de modo que a pessoa cega possa lhe seguir.
Ao sair de uma sala, informe o(a) cego(a); é desagradável para qualquer pessoa falar para o vazio. Não evite palavras como “cego”, “olhar” ou “ver”, os(as) cegos(as) também as usam.
Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível. Não se esqueça de indicar os obstáculos que existem no caminho que ela vai seguir. Como algumas pessoas cegas não têm memória visual, não se esqueça de indicar as distâncias em metros (por exemplo: “uns vinte metros para a frente”). Mas se você não sabe corretamente como direcionar uma pessoa cega, diga algo como “eu gostaria de lhe ajudar, mas como é que devo descrever as coisas?”, ele(a) lhe dirá.
Ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira, guie a sua mão para o encosto da cadeira, e informe se a cadeira tem braços ou não.
Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços.
Uma pessoa cega é como você, só que não enxerga; trate-a com o mesmo respeito que você trata uma pessoa que enxerga.
Quando você tiver em contato social ou trabalhando com pessoas portadoras de deficiência visual, não pense que a cegueira possa vir a ser problema e, por isso, nunca as exclua de participar plenamente, nem procure minimizar tal participação. Deixe que decidam como participar. Proporcione à pessoa cega a chance de ter sucesso ou de falhar, tal como qualquer outra pessoa.

Quando são pessoas com visão subnormal (alguém com sérias dificuldades visuais), proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhe se precisa de ajuda, quando notar que ela está em dificuldade.

Fonte: www.deficientesvisuais.org.br

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