Dia do Médico Legista

7 de Abril

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Dia do Médico Legista
Médico Legista

A Medicina Legal é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que servem ao Direito. Essa profissão é um ramo da Medicina que engloba um pouco de cada especialidade e demanda muito conhecimento médico, pois é necessário ter a perspicácia de olhar e saber explicar o que aconteceu com uma pessoa.

O médico legista é chamado a atuar toda vez em que um indivíduo sofre uma agressão física ou moral e procura uma reparação pelo dano na Justiça. Assim, a Medicina Legal ajuda muitas vezes os juízes a fazerem justiça, e é conhecida como o preâmbulo do Direito, pois participa tanto na elaboração como no auxílio à interpretação de processos e, colabora na execução das Leis ao seu campo de Medicina Legal.

A Medicina Legal já teve muitos sinônimos, na Roma antiga, onde seus juízes eram chamados de sábios de Roma, referiam-se a ela como medicina Forense Jurídica. Alguns considerados seus primeiros pesquisadores, como Prunelle, a chamava de Medicina dos Tribunais, já Trébuchet chamava-a de medicina da lei.

A profissão consta nos currículos das faculdades de Medicina e de Direito e normalmente atua no IML (Instituto Médico Legal) realizando necropsias, exames de DNA e de corpo delito. O legista é responsável ainda pela a liberação dos cadáveres e a expedição dos atestados de óbito, com seus respectivos diagnósticos de “causa mortis”.

Fonte: CFM

Dia do Médico Legista

7 de Abril

Nesta semana, mais precisamente no dia sete, comemorou-se o dia do Médico Legista. Trata-se de uma especialidade da medicina nem sempre bem compreendida pela população e que só é utilizada em momentos de perda familiar ou para concessão de laudos sobre lesões que farão parte de inquéritos criminais.

Quais são as atribuições do médico legista e qual a formação necessária para exercer a profissão?

As atribuições são realizar exames de lesão corporal diretos, indiretos e complementares, para violência sexual (de conjunção carnal e atentado violento ao pudor), teor alcoólico, toxicológico, necropsias e perícias diversas em processos de causa criminal. Essas perícias são realizadas exclusivamente em processos de causa criminal, sendo realizados somente mediante requisição escrita por parte das Autoridades competentes.

A formação necessária é de graduação em medicina (seis anos) e a seguir residência em Medicina Legal ou curso de formação específica nessa área.

Qual é a parte mais difícil da profissão? E o lado bom?

Em relação ao trabalho nesta região, a parte mais difícil atualmente se refere a haver apenas um profissional contratado para atuar havendo em consequência uma sobrecarga de trabalho.

E em relação aos exames, a parte mais difícil é quando há um crime com inúmeras entradas e saídas de projéteis no corpo de uma vítima, isso realmente se torna muito desgastante em virtude da infinidade de dados que devem ser extraídos do corpo da vítima, exigindo horas e horas de trabalho, concentração absoluta e ainda risco de acidentes (lesões com agulhas, lâminas de bisturi etc).

A gratificação da profissão de médico legista é saber que este trabalho tem auxiliado, principalmente, no esclarecimento dos crimes, que consiste no maior objetivo, evitando assim, que ocorram injustiças nos julgamentos.

Quais os cuidados que o médico legista deve ter no exercício da sua profissão?

Quanto à ética médica, é preciso ser imparcial e não tomar posicionamentos quanto a pré-julgamentos das situações nas quais os pacientes ou vítimas estão envolvidas, pois a investigação e julgamento desses casos cabe às autoridades competentes; manter sigilo dos laudos e relatos a ele apresentados tanto pelos pacientes como pelas autoridades.

Quanto aos cuidados durante os exames é preciso tomar todas as precauções necessárias para evitar ferimentos e contaminação com o material biológico manuseado e/ou contaminar o material biológico que é coletado. Também é preciso procurar acrescentar o máximo de dados possíveis aos laudos que estão sendo realizados, aperfeiçoando-os constantemente para auxiliar da melhor maneira possível no esclarecimento dos fatos que estão sendo apurados.

Quais são os anseios dos médicos legistas para a classe profissional?

Um salário mais justo, compatível com a responsabilidade exercida e a carga horária de trabalho; dispor de mais médicos legistas, auxiliares de perícia e material ideal para o trabalho, obtendo, assim, melhores resultados; maiores incentivos para aperfeiçoamento profissional, o que reverteria em otimização de meios e resultados, auxiliando o Poder Judiciário na justa aplicação da lei.

Essa é uma profissão que trabalha em todos momentos com a morte. Qual sua visão da morte? Como lida com isso em sua profissão?

A morte é uma situação difícil de ser aceita por qualquer ser humano. Compreendo o sofrimento de todas as famílias cujos parentes necessitam ser submetidos a necropsia em virtude de morte violenta. Como legista, tento minimizar ao máximo eesse sentimento, dentro do possível, agilizando a liberação do corpo dentro da legalidade. Lido com a morte com o respeito e profissionalismo pertinentes à profissão.

Um grande triunfo obtido, que igualmente acontece em outras cidades, em favor da população, foi a conscientização dos médicos da região na verificação do óbitos de cadáveres que não foram vítimas de morte violenta, os quais anteriormente eram submetidos desnecessariamente a necropsia, necessitando passar por todos os trâmites da autoridade policial e necessitando aguardar as 6 horas previstas por lei para o início da necropsia, o que tornava ainda maior o sofrimento dos familiares.
Muitas destas necropsias são de crimes de autoria incertas ou desconhecidas, cercadas de mistério e dúvidas, onde cada detalhe poderá ter valores imensuráveis na investigação e seu direcionamento. O benefício e a demora desse trabalho, às vezes, não é compreendido e é pouco aceito pela população, mas reverterá aos mesmos esclarecendo da maneira mais exata possível os fatos que desencadearam o evento. Ao contrário disso, o imediatismo para liberação dos corpos pode vir a desencadear a necessidade de futura exumação do corpo.

Francine de Oliveira

Fonte: www.gazeta-rs.com.br

Dia do Médico Legista

7 de Abril

Profissional da área da saúde que aplica a medicina em questões legais para auxiliar a justiça; legisperito; jurisconsulto”

O que é ser um médico legista?

O médico legista é o profissional que trabalha com a medicina legal, aplicando conceitos técnicos-científicos da medicina à causas legais e jurídicas. O médico legista é responsável por fazer o exame de corpo de delito em vítimas vivas ou mortas, relacionando-se com os mais diversos campos do direito, e elaborando laudos que permitam a análise de fatos ocorridos durante o crime, de armas utilizadas, da causa da morte, etc. Esse laudo do médico legista auxilia na investigação de cada caso, podendo até fornecer características do criminoso, como também de ser imprescindível na resolução de casos judiciais, consubstanciando os inquéritos e ações penais. As conseqüências dos ferimentos também são levadas em conta no laudo e no resultado da ação criminal.
Quais as características necessárias para ser um médico legista?

Para ser um médico legista é necessário que o profissional domine conceitos de medicina, direito, biologia, sociologia, química, balística, entre outras.

Outras características interessantes são:

responsabilidade
capacidade de observação
capacidade de concentração
visão abstrata
capacidade de interligar os fatos
raciocínio lógico
metodologia
capacidade de lidar com as pessoas
agilidade

Qual a formação necessária para ser um médico legista?

Para ser um médico legista é necessário que o profissional possua diploma de cursos superior em Medicina, que tem duração média de seis anos. A medicina legal é considerada uma especialidade médica, portanto, após o término do curso é necessário a especialização. Na especialização são abordados muitos conceitos diferentes, principalmente de direito, biologia, balística, sociologia, filosofia, etc.

Principais atividades de um médico legista

Realizar o exame de corpo de delito em vítimas vivas ou mortas

No caso de vítimas vivas, realizar a análise dos ferimentos e elaborar laudo que auxilie na resolução do processo que envolverá o caso

No caso de vítimas mortas, o legista examina o cadáver e os ferimentos, elaborando laudo que possa auxiliar na investigação do crime. A partir desse laudo é possível descobrir a arma utilizada no crime, se houve requintes de crueldade, características do criminoso

Apresentar o laudo às autoridades competentes que, a partir daí, podem trabalhar com esses resultados

Áreas de atuação e especialidades

Antropologia forense

Estudo da identidade e identificação, como a datiloscopia, papiloscopia, irologia, exame de DNA, etc.

Traumatologia forense

Estudo das lesões e suas causas.

Asfixiologia forense

Analisa as formas de asfixias, sejam acidentais ou criminosas, homicídios e autocídio (suicídio).

Sexologia forense

Trata da Erotologia, Himenologia e Obstetrícia forense, analisando a sexualidade em sob três aspectos: normalidade, patológico e criminológico.

Tanatologia

Estudo da morte e do morto.

Toxicologia

Estudo das substâncias cáusticas, venenosas e tóxicas, seus efeitos.

Psicologia e psiquiatria forenses

Estudo da vontade e das doenças mentais. Pode-se assim a vontade, as capacidades civil e penal.

Polícia científica

Atua na investigação criminal.

Criminologia

Estudo da gênese e desenvolvimento do crime.

Vitimologia

Estudo da participação da vítima nos crimes.

Infortunística

Estudo das circunstâncias que afetam o trabalho, como seus acidentes, doenças profissionais, etc.

Mercado de trabalho

O profissional da medicina legal é um servidor público, portanto, o mercado de trabalho para esse profissional depende apenas da abertura de concursos públicos para tal cargo. A seleção pública é concorrida e existem até cursos preparatórios para os candidatos que querem se preparar melhor para a prova.

Curiosidades

A medicina legal já existia na Antigüidade Clássica, e as técnicas foram evoluindo cada vez mais, chegando em Roma já com grandes avanços. Na Idade Média a medicina legal vai sendo deixada um pouco de lado, e na chegada das luzes do Renascimento sua importância já voltava a ser reconhecida, com a intervenção do Direito Canônico.

É na Alemanha que essa especialidade ganha verdadeira força, quando leis tornam obrigatória a perícia em casos de ferimentos, homicídios, abortos, etc.

Foi somente no século XIX que a ciência tomou novos ares e autonomia suficiente, a partir daí a evolução de técnicas e métodos de perícia é continua, até hoje.

Fonte: www.brasilprofissoes.com.br

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Como se tornar um médico legista?

Seriados de TV sobre a investigação científica de crimes são um sucesso. No Brasil, esse trabalho é feito por dois profissionais: o médico legista e o perito criminal. Este mês, vamos falar sobre os legistas e, em fevereiro, sobre os peritos. “As dificuldades são imensas. Precisaria de uma estrutura que a gente não tem. Não é aquela coisa que se vê no cinema”, diz o médico legista José Salomão Neto, do Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo. Sonhar com essa profissão, porém, não é crime. me

FORMAÇÃO

Graduação e pós-graduação

O médico legista precisa se graduar em medicina, curso que dura seis anos. Existem alguns locais, como o Instituto Oscar Freire, da USP, em São Paulo, que têm pós-graduação nessa área específica

O que se aprende

Medicina legal é uma disciplina no curso de medicina. Os alunos podem até ter aulas em IMLs

Outros cursos

Após se formar em medicina, é preciso prestar concurso público para trabalhar no IML, onde há cursos que ensinam, por exemplo, noções de balística, legislação criminal e a examinar cadáveres

TRABALHO

Área de atuação

Dá para trabalhar nos IMLs, como professor universitário ou ainda prestando assessoria para escritórios de advocacia

Dia-a-dia

Dentro dos IMLs existem vários departamentos. Na antropologia forense, por exemplo, você exuma cadáveres; na clínica médica, faz exames de lesões corporais e dá pareceres em casos de erros médicos; além disso, os legistas ainda emitem laudos explicando as causas de várias mortes

Situação do mercado

A profissão tem sido muito procurada nos últimos anos e os concursos públicos são bem disputados

O que vale mais a pena

Saber que seu trabalho pode dar pistas importantes para esclarecer crimes; a estabilidade no emprego ao passar num concurso público do IML

Por que pensar duas vezes

A responsabilidade é grande. Um laudo errado pode acusar um inocente. A falta de uma boa estrutura de trabalho nos IMLs faz com que só os crimes de repercussão recebam a atenção necessária

Helena Arnoni

Fonte: mundoestranho.abril.com.br

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7 de Abril

7 de Abril

O que é médico legista

Dia do Médico Legista

O médico legista atua na questão legal para auxiliar a justiça aplica conceitos técnicos-cientificos da medicina às causas legais e jurídicas, sendo responsável por fazer exame de corpo de delito em vitimas vivas ou mortas. Elaboram laudos que permitem analisar fatos ocorridos durante o crime as armas utilizadas da causa da morte, tendo um papel muito importante pois auxilia na investigação de cada caso.

Para ser um médico legista é necessário dominar conceitos de medicina tendo que se graduar em medicina curso que dura seis anos, na qual precisando dominar conceitos de medicina, direito, química, biologia, sociologia, balística e entre outros.

Nessa área o que predomina em todos os momentos em um médico legista é a responsabilidade, o raciocínio lógico, metodologia, capacidade de observação, visão abstrata, capacidade de interagir com os fatos, capacidade de concentração, agilidade sendo os principais. As atividades que o médico legista irá realizar serão exames de corpo de delito em vitimas tanto vivas quanto morta, se estiver viva utiliza ferramentas para identificar o caso e se estiver morta já usa outras ferramentas para analisar o caso ocorrido, apresenta laudos ás autoridades competentes que a partir daí é que podem trabalhar com esses resultados.

Sendo uma linda profissão valendo muito a pena investir e seguir essa carreira se realmente a pessoa gosta, pois saber que seu trabalho pode dar pistas importantes esclarecendo crimes, mesmo que a responsabilidade é grande, pois um laudo errado pode acusar um inocente sendo assim é preciso realizar uma boa estrutura de trabalho, onde seu salário inicial é de 2.250 entre 2.500. Após dez anos de atuação pode ser entre 5 mil e 6 mil reais para quem alcança o topo da carreira.

Fonte: www.blogers.com.br

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7 de Abril

A função de um medico legista

Ocupar o cargo de médico não é uma tarefa simples, isso requer muito estudo e capacidade. A medicina é um curso desejado por muitos, mas são poucos que conseguem de fato ocupar as vagas nas universidades federais.

Depois de se formar clínico geral, o médico deve optar por uma especialização e dentre elas está a possibilidade de ser legista. Esse profissional não irá lidar com vidas, mas sim irá exameinar corpos de pessoas mortas. A sua atuação é muito importante para os laudos médicos, ou seja, ele é capaz de constatar os motivos que levaram ao óbito.

Um legista pode ajudar bastante em crimes de homicídio, ele terá a tarefa de analisar o cadáver e o seu diagnostico será fundamental para exclerecer o crime. Se tornar um médico legista pode ser uma promissora carreira, mas o profissional terá que se dedicar bastante.

Fonte: www.gandaiabr.net

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7 de Abril

Medicina legal

A Medicina Legal é uma especialidade médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da Medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da Justiça. Seu praticante é chamado de médico legista ou simplesmente legista.

Conceituação

Variam as definições, conforme os autores.

Algumas delas:

“É a contribuição da medicina e da tecnologia e ciências afins às questões do Direito, na elaboração das leis, na administração judiciária e na consolidação da doutrina” (Genival Veloso de França)

“É a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais” (Ambroise Paré);

“Arte de pôr os conceitos médicos a serviço da administração da Justiça” (Lacassagne)

“A aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem” (Flamínio Fávero).

“É o conjunto de conhecimentos médicos e para-médicos, destinados a servir ao direito e cooperando na elaboaração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais no seu campo de ação de medicina aplicada.” (Hélio Gomes).

Para muitos, é uma especialidade médica, embora seja um corpo próprio de conhecimentos, que reúne o estudo não somente da medicina, como também do Direito, paramédicos, da Biologia – uma disciplina própria, com especializações, que serve mais ao Direito que propriamente à Medicina.

Relação com outras ciências

Para a consecução dos seus misteres, a Medicina Legal relaciona-se com vários dos ramos do Direito, tais como o Civil, Penal e ainda Constitucional, do Trabalho, Desportivo, etc.

Histórico

Na Antiguidade já se fazia presente a Medicina Legal,até então uma arte como a própria Medicina. No Egito, por exemplo, mulheres grávidas não podiam ser supliciadas – o que implicava o seu prévio exame. Na Roma Antiga, antes da reforma de Justiniano a Lex Regia de Numa Pompílio prescrevia a histerectomia quando a gestante morresse – e da aplicação desta lei, segundo a crença de muitos – refutada por estudiosos, como Afrânio Peixoto – teria advindo o nascimento de Júlio César (quando o nome César, assim como Cesariana, advêm ambos de cœdo ? cortar).

O próprio César, após seu assassinato, foi submetido a exame tanatológico pelo médico Antístio, que declarou que apenas um dos ferimentos fôra efetivamente o causador da morte. Este exame, entretanto, ainda era superficial, posto que a necropsia constituía-se em violação ao cadáver. Também foram casos históricos de exame post-morten Tarquínio e Germânico, ambos assassinados.

No Digesto justiniano tanto a Medicina como o Direito foram dissociadas, e vê-se no primeiro caso intrínseca a Medicina Legal, na disposição que preconizava que “Medici non sunt proprie testes, sed magis est judicium quam testimonium”. Outras leis romanas dispunham sobre assuntos afeitos à perícia médico-legal.

Durante a Idade Média ressalta-se o período carolíngio, onde diversos exames eram referidos na legislação, desde aqueles que determinavam os ferimentos em batalha, até que os julgamentos submetiam-se ao crivo médico – prática que foi suprimida com a adoção do direito germânico.

Na Baixa Idade Média e Renascença ocorre a intervenção do Direito Canônico, e a prova médica retoma paulatinamente sua importância. É na Alemanha que encontra seu verdadeiro berço, com a Constituição do Império Germânico, que tornava obrigatória a perícia em casos como ferimentos, homicídios, aborto, etc.

Caso exemplar foi a necropsia feita no Papa Leão X, suspeito de haver sido envenenado, em 1521.

Período científico

Considera-se que o período moderno, propriamente científico da Medicina Legal, dá-se a partir de 1602, com a publicação na Itália da obra de Fortunato Fidelis, à qual se seguiram estudos sobre este ramo da Medicina.

No século XIX a ciência ganha finalmente os foros de autonomia, e sua conceituação básica, evoluindo concomitantemente aos expressivos progressos do conhecimento humano, a invenção de novos aparelhos e descobertas de novas técnicas e padrões, cada vez mais precisos e fiéis.

Divisões

Na variada temática objeto da Medicina Legal, pode-se traduzir sua divisão, da seguinte forma:

Antropologia forense

Procede ao estudo da identidade e identificação, como a datiloscopia, papiloscopia, iridologia, exame de DNA, etc., estabelecendo critérios para a determinação indubitável e individualizada da identidade de um esqueleto ;

Traumatologia forense

Estudo das lesões e suas causas;

Asfixiologia forense

Analisa as formas acidentais ou criminosas, homicídios e autocídios, das asfixias, sob o prisma médico e jurídico (esganadura, estrangulamento, afogamento, soterramento, etc.);

Sexologia forense

Trata da Erotologia, Himenologia e Obstetrícia forense, analisando a sexualidade em seu tríplice aspecto quanto aos efeitos sociais: normalidade, patológico e criminológico;

Tanatologia

Estudo da morte e do morto;

Toxicologia

Estudo das substâncias cáusticas, venenosas e tóxicas, efeitos das mesmas nos organismos. Constitui especialidade própria da Medicina, dada sua evolução.

Psicologia e Psiquiatria forenses

Estudo da vontade, das doenças mentais. Graças a elas determina-se a vontade, as capacidades civil e penal;

Polícia científica

Atua na investigação criminal.

Criminologia

Estudo da gênese e desenvolvimento do crime;

Vitimologia

Estudo da participação da vítima nos crimes;

Infortunística

Estudo das circunstâncias que afetam o trabalho, como seus acidentes, doenças profissionais, etc.

Química forense

Estudo de materiais como tintura, vidros, solos, metais, plásticos, explosivos e derivados do petróleo.

Fonte: pt.wikipedia.org

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7 de Abril

Como morreu Jesus

Médico legista dos EUA faz uma inédita autópsia de Cristo e explica, cientificamente, o que ocorreu em seu corpo durante o calvário

Deposição de Cristo, de Caravaggio

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CALVÁRIO Após a sua condenação, Jesus enfrenta 18 horas de tortura até morrer na cruz

De duas, uma: sempre que a ciência se dispõe a estudar as circunstâncias da morte de Jesus Cristo, ou os pesquisadores enveredam pelo ateísmo e repetem conclusões preconcebidas ou se baseiam exclusivamente nos fundamentos teóricos dos textos bíblicos e não chegam a resultados práticos. O médico legista americano Frederick Zugibe, um dos mais conceituados peritos criminais em todo o mundo e professor da Universidade de Columbia, acaba de quebrar essa regra. Ele dissecou a morte de Jesus com a objetividade científica da medicina, o que lhe assegurou a imparcialidade do estudo. Temente a Deus e católico fervoroso, manteve ao longo do trabalho o amor, a devoção e o respeito que Cristo lhe inspira. Zugibe, 76 anos, juntou ciência e fé e atravessou meio século de sua vida debruçado sobre a questão da verdadeira causa mortis de Jesus. Escreveu três livros e mais de dois mil artigos sobre esse tema, todos publicados em revistas especializadas, nos quais revela como foi a crucificação e quais as conseqüências físicas, do ponto de vista médico, dos flagelos sofridos por Cristo durante as torturantes 18 horas de seu calvário. O interesse pelo assunto surgiu em 1948 quando ele estudava biologia e discordou de um artigo sobre as causas da morte de Jesus. Desde então, não mais deixou de pesquisar e foi reconstituindo com o máximo de fidelidade possível a crucificação de Cristo. Nunca faltaram, através dos séculos, hipóteses sobre a causa clínica de sua morte. Jesus morreu antes de ser suspenso na cruz? Morreu no momento em que lhe cravaram uma lança no coração? Morreu de infarto? O médico legista Zugibe é categórico em responder “não”. E atesta a causa mortis: Jesus morreu de parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluidos corpóreos (choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos castigos físicos a ele infligidos. Para se chegar a esse ponto é preciso, no entanto, que antes se descreva e se explique cada etapa de seu sofrimento.

Zugibe trabalhou empiricamente. Ele utilizou uma cruz de madeira construída nas medidas que correspondem às informações históricas sobre a cruz de Jesus (2,34 metros por 2 metros), selecionou voluntários para serem suspensos, monitorou eletronicamente cada detalhe – tudo com olhos e sentidos treinados de quem foi patologista-chefe do Instituto Médico Legal de Nova York durante 35 anos. As suas conclusões a partir dessa minuciosa investigação são agora reveladas no livro A crucificação de Jesus – as conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal, recém-lançado no Brasil (Editora Idéia e Ação, 455 págs., R$ 49,90). “Foi como se eu estivesse conduzindo uma autópsia ao longo dos séculos”, escreve o autor na introdução da obra. Trata-se de uma viagem pela qual ninguém passa incólume – sendo religioso, agnóstico ou ateu. O ponto de partida é o Jardim das Oliveiras, quando Jesus se dá conta do sofrimento que se avizinha: condenação, açoitamento e crucificação. Relatos bíblicos revelam que nesse momento “o seu suor se transformou em gotas de sangue que caíram ao chão”. A descrição (feita pelo apóstolo Lucas, que era médico) condiz, segundo o legista, com o fenômeno da hematidrose, raro na literatura médica, mas que pode ocorrer em indivíduos que estão sob forte stress mental, medo e sensação de pânico. As veias das glândulas sudoríparas se comprimem e depois se rompem, e o sangue mistura-se então ao suor que é expelido pelo corpo.

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DEPOIS DA CRUZ Jesus morreu de parada cardiorrespiratória

ala-se sempre das dores físicas de Jesus, mas o seu tormento e sofrimento mental, segundo o autor, não costumam ser lembrados e reconhecidos pelos cristãos: “Ele foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força física até a exaustão total.” Zugibe cita um trecho das escrituras em que um apóstolo escreve: “Jesus caiu no chão e orou.” Ele observa que isso é uma indicação de sua extrema fraqueza física, já que era incomum um judeu ajoelhar-se durante a oração. A palidez com que Cristo é retratado enquanto está no Jardim das Oliveiras é um reflexo médico de seu medo e angústia: em situações de perigo, o sistema nervoso central é acionado e o fluxo sangüíneo é desviado das regiões periféricas para o cérebro, a fim de aguçar a percepção e permitir maior força aos músculos. É esse desvio do sangue que causa a palidez facial característica associada ao medo. Mas esse era ainda somente o começo das 18 horas de tortura. Após a condenação, Jesus é violentamente açoitado por soldados romanos por ordem de Pôncio Pilatos, o prefeito de Judéia. Para descrever com precisão os ferimentos causados pelo açoite, Zugibe pesquisou os tipos de chicotes que eram usados no flagelo dos condenados. Em geral, eles tinham três tiras e cada uma possuía na ponta pedaços de ossos de carneiro ou outros objetos pontiagudos. A conclusão é que Jesus Cristo recebeu 39 chibatadas (o previsto na chamada Lei Mosaica), o que equivale na prática a 117 golpes, já que o chicote tinha três pontas. As conseqüências médicas de uma surra tão violenta são hemorragias, acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. A vítima também sofre tremores e desmaios. “A vítima era reduzida a uma massa de carne, exaurida e destroçada, ansiando por água”, diz o legista.

Ao final do açoite, uma coroa de espinhos foi cravada na cabeça de Jesus, causando sangramento no couro cabeludo, na face e na cabeça. Também nesse ponto do calvário, no entanto, interessa a explicação pela necropsia. O que essa coroa provocou no organismo de Cristo? Os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores lancinantes quando são irritados. A medicina explica: é o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás. As dores do trigêmeo são descritas como as mais difíceis de suportar – e há casos nos quais nem a morfina consegue amenizá-las. Em busca de precisão científica, Zugibe foi a museus de Londres, Roma e Jerusalém para se certificar da planta exata usada na confecção da coroa. Entrevistou botânicos e em Jerusalém conseguiu sementes de duas espécies de arbustos espinhosos. Ele as plantou em sua casa, elas brotaram e cresceram. O pesquisador concluiu então que a planta usada para fazer a coroa de espinhos de Jesus foi o espinheiro- de-cristo sírio, arbusto comum no Oriente Médio e que tem espinhos capazes de romper a pele do couro cabeludo. Após o suplício dessa “coroação”, amarraram nos ombros de Jesus a parte horizontal de sua cruz (cerca de 22 quilos) e penduraram em seu pescoço o título, placa com o nome e o crime cometido pelo crucificado (em grego, crucarius). Seguiu-se então uma caminhada que os cálculos de Zugibe estimam em oito quilômetros. Segundo ele, Cristo não carregou a cruz inteira, mesmo porque a estaca vertical costumava ser mantida fora dos portões da cidade, no local onde ocorriam as crucificações. Ele classifica de “improváveis” as representações artísticas que o mostram levando a cruz completa, que então pesaria entre 80 e 90 quilos.

A queda de Cristo, de Giovanni Tiepolo

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A queda de Cristo, de Giovanni Tiepolo

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A flagelação de Cristo, de Caravaggio

RELIGIÃO “Em nenhum momento meu livro contradiz as escrituras. Os meus estudos só reforçaram a minha fé em Deus”, diz o legista Zugibe

Ao chegar ao local de sua morte, as mãos de Jesus foram pregadas à cruz com pregos de 12,5 centímetros de comprimento. Esses objetos perfuraram as palmas de suas mãos, pouco abaixo do polegar, região por onde passam os nervos medianos, que geram muita dor quando feridos. Já preso à trave horizontal, Cristo foi suspenso e essa trave, encaixada na estaca vertical. Os pés de Jesus foram pregados na cruz, um ao lado do outro, e não sobrepostos – mais uma vez, ao contrário do que a arte e as imagens representaram ao longo de séculos. Os pregos perfuraram os nervos plantares, causando dores lancinantes e contínuas.

Preso à cruz, Cristo passou a sofrer fortes impactos físicos. Para conhecê-los em detalhes, o médico legista reconstituiu a crucificação com voluntários assistidos por equipamentos médicos. Os voluntários tinham entre 25 e 35 anos e o monitoramento físico incluiu eletrocardiograma, medição da pulsação e da pressão sangüínea. Eletrodos cardíacos foram colados ao peito dos voluntários e ligados a instrumentos para testar o stress e os batimentos cardíacos. Todos os voluntários observaram que era impossível encostar as costas na cruz. Eles sentiram fortes cãibras, adormecimento das panturrilhas e das coxas e arquearam o corpo numa tentativa de esticar as pernas.

Zugibe contra Mel Gibson

O filme americano A paixão de Cristo (2005), de Mel Gibson (foto), é duramente criticado pelo médico Frederick Zugibe. Ele afirma que a produção tem equívocos médicos, científicos e históricos.

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REPROVADO Gibson cometeu erros históricos

Os erros:

Jesus leva um violento golpe no olho no Jardim das Oliveiras. De acordo com Zugibe, ele não foi agredido nessa fase de seu calvário.

Apenas o aramaico e o latim são falados no filme. Ficou de fora o grego, principal idioma da Terra Santa na época de Jesus.

A parte da frente do corpo de Jesus também é açoitada, o que contraria os escritos antigos.

Jesus leva uma cruz de 80 a 90 quilos. Zugibe afirma que só a barra horizontal era carregada e a vertical ficava pregada ao chão do lado de fora dos portões da cidade.

O descanso para os pés mostrado no filme é uma invenção de artistas do século passado, segundo Zugibe.

Ao contrário do que mostra o filme, a água e o sangue não jorram do peito de Jesus após a retirada da lança. Escorrem suavemente.

A partir desse derradeiro, corajoso e ousado experimento realizado por Zugibe, ele passou a discutir o que causou de fato a morte de Cristo. Analisou três teorias principais: asfixia, ruptura do coração e choque traumático e hipovolêmico – por isso a importância médica e fisiológica de se ter descrito, anteriormente e passo a passo, o processo de tortura física e psíquica a que Jesus foi submetido. A teoria mais propagada é a da morte por asfixia, mas ela jamais foi testada cientificamente. Essa hipótese sustenta que a posição na cruz é incompatível com a respiração, obrigando a vítima a erguer o corpo para conseguir respirar. O ato se repetiria até a exaustão e ele morreria por asfixia quando não tivesse mais forças para se mover. Defende essa causa mortis o cirurgião francês Pierre Barbet, que se baseou em enforcamentos feitos pelo Exército austro-germânico e pelos nazistas no campo de extermínio de Dachau. Zugibe classifica essa tese de “indefensável” sob a perspectiva médica. Os exemplos do Exército ou do campo de concentração não valem porque os prisioneiros eram suspensos com os braços diretamente acima da cabeça e as pernas ficavam soltas no ar. Não é possível comparar isso à crucificação, na qual o condenado é suspenso pelos braços num ângulo de 65 a 70 graus do corpo e tem os pés presos à cruz, o que lhe dá alguma sustentação. Experimentos feitos com voluntários atados com os braços para o alto da cabeça mostraram que, em poucos minutos, eles ficaram com capacidade vital diminuída, pressão sangüínea em queda e aumento na pulsação. O radiologista austríaco Ulrich Moedder também derruba o raciocínio de Barbet afirmando que esses voluntários não suportariam mais de seis minutos naquela posição sem descansar. Pois bem, Jesus passou horas na cruz.

Quanto à hipótese de Cristo ter morrido de ruptura do coração ou ataque cardíaco, Zugibe alega ser muito difícil que isso ocorra a um indivíduo jovem e saudável, mesmo após exaustiva tortura: “Arteriosclerose e infartos do miocárdio eram raros naquela parte do mundo. Só ocorriam em indivíduos idosos.” Ele descarta a hipótese por falta de provas documentais. Prefere apostar no choque causado pelos traumas e pelas hemorragias. A isso somaram-se as lancinantes dores provenientes dos nervos medianos e plantares, o trauma na caixa torácica, hemorragias pulmonares decorrentes do açoitamento, as dores da nevralgia do trigêmeo e a perda de mais sangue depois que um dos soldados lhe arremessou uma lança no peito, perfurando o átrio direito do coração. Zugibe usa sempre letras maiúsculas nos pronomes que se referem a Jesus e se vale de citações bíblicas revelando a sua fé. Indagado por ISTOÉ sobre a sua religiosidade, ele diz que os seus estudos aumentaram a sua crença em Deus: “Depois de realizar os meus experimentos, eu fui às escrituras. É espantosa a precisão das informações.” Ao final dessa viagem ao calvário, Zugibe faz o que chama de “sumário da reconstituição forense”. E chega à definitiva causa mortis de Jesus, em sua científica opinião: “Parada cardíaca e respiratória, em razão de choque traumático e hipovolêmico, resultante da crucificação.”

Dia do Médico Legista

NATÁLIA RANGEL

Fonte: www.visaoreal.com.br

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